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Resumo das Sucessoes.pdf - jgeraldes.net

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Escola Secundária Dr. Júlio Martins I Ano lectivo: 2005/2006 I 12º Ano I Turmas: B e C<br />

<strong>Resumo</strong> do Tema Sucessões<br />

1. Definição: Uma sucessão de números reais, ( a n ) , é uma função real de variável<br />

natural em que o domínio é o conjunto dos números naturais IN .<br />

n é a urdem do termo ( n∈ IN ) ;<br />

sucessão.<br />

2. Sucessões monótonas:<br />

a n é o termo de ordem n ( an∈ IR)<br />

; ( a n ) é a<br />

Uma sucessão ( a n ) é crescente se e só se ∀n∈IN, an+ 1 −an≥ 0.<br />

Uma sucessão ( a n ) é estritamente crescente se e só se ∀n∈IN, an+ 1 − an><br />

0.<br />

Uma sucessão ( a n ) é decrescente se e só se ∀n∈IN, an+ 1 −an≤ 0.<br />

Uma sucessão ( a n ) é estritamente decrescente se e só se<br />

∀n∈IN, a − a < 0.<br />

n+<br />

1<br />

n<br />

3. Sucessões limita<strong>das</strong>.<br />

Definição: Uma sucessão ( a n ) é limitada se existirem dois números reais m e<br />

M t ais que m≤an≤M, ∀n∈ IN .<br />

O número m é minorante do conjunto dos termos da sucessão ( an ) se e só se m<br />

é menor ou igual que qualquer termo de ( a n ) .<br />

O número M é majorante do conjunto dos termos da sucessão ( an ) se e só se M<br />

é maior ou igual que qualquer termo de ( a n ) .<br />

4. Progressões aritméticas.<br />

Definição: Uma sucessão ( a n ) é uma progressão aritmética se existe um<br />

número real r , tal que an+ 1 anr, n IN<br />

− = ∀ ∈ .<br />

Ao número r chama-se razão da progressão aritmética,<br />

Propriedade: O termo geral a n de uma progressão aritmética é dado por<br />

n<br />

1<br />

( 1)<br />

( )<br />

a = a + n− × r .<br />

an = ap+ n− p × r,<br />

sendo a p um termo qualquer.<br />

Monotonia: Se r > 0 , ( an ) é estritamente crescente.<br />

Se r < 0 , ( an ) é estritamente decrescente.<br />

Se r = 0 , ( an ) é constante.<br />

Soma dos termos de uma progressão aritmética.<br />

Propriedade: Em n termos consecutivos de uma progressão aritmética, a soma<br />

dos termos igualmente distanciados dos extremos é igual à soma dos<br />

extremos.<br />

Propriedade: A soma, Sn = a1+ a2+ ... + an−1+ an,<br />

dos n primeiros termos de uma<br />

a1+ an<br />

progressão aritmética ( a n ) é dada por Sn= × n.<br />

2<br />

ap+ an<br />

ap+ ap+ 1+ ... + an−1+ an = Sn− p+ 1= × ( n− p+ 1)<br />

= Sn− Sp−1.<br />

2<br />

Professor: António Alfredo Duarte Lopes<br />

1


Escola Secundária Dr. Júlio Martins I Ano lectivo: 2005/2006 I 12º Ano I Turmas: B e C<br />

5. Progressões geométricas.<br />

Definição: Uma sucessão ( a n ) de termos não nulos é uma progressão<br />

an+<br />

1 geométrica se existe um número real r , tal que = r, ∀n∈ IN .<br />

an<br />

Ao número r chama-se razão da progressão geométrica.<br />

Propriedade: O termo geral<br />

n 1 ana1r a n de uma progressão geométrica é dado por<br />

− = × .<br />

n p<br />

an ap r −<br />

Monotonia:<br />

= × , sendo a p um termo qualquer.<br />

Se r < 0 , ( a n ) não é monótona.<br />

Se 0< r < 1 e a 1 < 0 , ( a n ) é monótona crescente.<br />

Se 0< r < 1 e a 1 > 0,<br />

( a n ) é monótona decrescente.<br />

Se r = 1,<br />

( a n ) é constante.<br />

Se r > 1 e a 1 < 0 , ( a n ) é monótona decrescente.<br />

Se r > 1 e a 1 > 0,<br />

( a n ) é monótona crescente.<br />

Soma dos termos de uma progressão geométrica.<br />

S = a + a + ... + a + a , dos n primeiros termos de uma<br />

Propriedade: A soma, n 1 2 n−1<br />

n<br />

6. Limites de Sucessões.<br />

n 1−<br />

r<br />

S = a × , r ≠1<br />

1−<br />

r<br />

n− p+<br />

1 1−<br />

r<br />

ap + ap+ 1+ ... + an−1+ an = Sn− p+ 1= ap× = Sn−Sp−1. 1−<br />

r<br />

progressão geométrica ( a n ) é dada por n 1<br />

Definição: Diz-se que uma sucessão ( a n ) converge para um número real L se,<br />

qualquer que seja o número real positivo δ , existe uma ordem p tal<br />

que, a partir dessa ordem, an− L < δ .<br />

lim a = L ⇔∀δ > ∃ p∈IN : n> p⇒ a − L < δ .<br />

Simbolicamente: ( ) 0<br />

Infinitamente grandes:<br />

n n<br />

( ) 0<br />

lim a = L ⇔∀δ > ∃ p∈IN : n> p⇒L− δ < a < L+<br />

δ .<br />

Definição: Diz-se que uma sucessão ( )<br />

n<br />

n n<br />

Professor: António Alfredo Duarte Lopes<br />

a é infinitamente grande positivo e<br />

escreve-se lim( a n ) =+∞ ou an →+∞ se e só se, qualquer que seja o<br />

número positivo L , existe uma ordem a partir da qual os termos de ( a n )<br />

são maiores que L .<br />

Simbolicamente: a →+∞ ⇔∀L> 0 ∃ p∈IN : n> p⇒ a > L.<br />

n n<br />

.<br />

2


Escola Secundária Dr. Júlio Martins I Ano lectivo: 2005/2006 I 12º Ano I Turmas: B e C<br />

Definição: Diz-se que uma sucessão ( a n ) é infinitamente grande negativo e<br />

escreve-se lim( a n ) =−∞ ou an →−∞ se e só se,( − an<br />

) é um<br />

infinitamente grande positivo<br />

Definição: Diz-se que uma sucessão ( a n ) é infinitamente grande em módulo e<br />

escreve-se lim( a n ) =∞ ou an →∞ se e só se,( a n<br />

grande positivo<br />

) é um infinitamente<br />

Classificação <strong>das</strong> sucessões quanto à existência e natureza do limite:<br />

⎧<br />

⎪<br />

Convergentes: a →L,<br />

em que Léum n.º real<br />

n<br />

⎪<br />

⎧Pr<br />

opriamente divergentes:<br />

⎪<br />

⎪<br />

Sucessões ⎨<br />

⎪an→+∞;<br />

an<br />

→−∞<br />

⎪Divergentes<br />

( nãoconvergentes) ⎨<br />

Oscilantes :<br />

⎪<br />

⎪<br />

n<br />

⎪ ⎪a<br />

→∞ ou a = ( −1)<br />

⎩<br />

Professor: António Alfredo Duarte Lopes<br />

⎩<br />

n<br />

n<br />

por exemplo<br />

Definição: Subsucessão de uma sucessão dada é uma sucessão que se obtém da<br />

primeira suprimindo alguns termos.<br />

Propriedade: To<strong>das</strong> as sucessões que tendem para +∞ ou são crescentes ou têm<br />

subsucessões crescentes.<br />

Propriedade: Se uma sucessão é um infinitamente grande não é limitada.<br />

Se uma sucessão é não limitada e não é um infinitamente grande,<br />

então:<br />

• admite pelo menos uma subsucessão que é um infinitamente<br />

grande;<br />

• admite pelo menos uma subsucessão limitada.<br />

Teoremas sobre infinitésimos e infinitamente grandes:<br />

Teorema: Se ( a n ) é um infinitamente grande e an ≠0, ∀ n∈IN , então 1 ⎛ ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

a ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

infinitésimo.<br />

Teorema: Se ( a n ) é um infinitésimo e an ≠0, ∀ n∈IN , então<br />

infinitamente grande.<br />

⎛ 1 ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

a ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

é um<br />

é um<br />

Teoremas sobre sucessões convergentes:<br />

Teorema da unicidade do limite: O limite de uma sucessão convergente é único.<br />

Teorema: O limite de uma sucessão constante é a própria constante.<br />

Teorema: Toda a sucessão monótona e limitada é convergente.<br />

Teorema: Se uma sucessão ( )<br />

n<br />

a é convergente para L , qualquer subsucessão de<br />

( )<br />

n<br />

a é convergente para L .<br />

Propriedade: Se duas ou mais subsucessões de uma sucessãosão convergentes<br />

para o mesmo limite L e englobam entre si todos os termos da<br />

sucessão então o limite da sucessão é L .<br />

3


Escola Secundária Dr. Júlio Martins I Ano lectivo: 2005/2006 I 12º Ano I Turmas: B e C<br />

Operações com sucessões convergentes.<br />

Teorema: Se ( u n ) e ( vn ) são duas sucessões convergentes com limites,<br />

respectivamente, a e b , então ( u + v ) é convergente e tem por limite<br />

a+ b.<br />

Teorema: Se ( )<br />

n<br />

n n<br />

u e ( v ) são duas sucessões convergentes com limites,<br />

respectivamente, a e b :<br />

• a sucessão ( u v )<br />

n<br />

× é convergente para a b<br />

n n<br />

⎛u⎞ n<br />

• a sucessão ⎜ ⎟<br />

v ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

e b ≠ 0 .<br />

Consequências do Teorema:<br />

1. Se ( )<br />

n<br />

u é convergente e k IR<br />

é convergente para a<br />

b<br />

× .<br />

, desde que vn ≠0, ∀ n∈IN ∈ (constante), então lim( k u ) k lim(<br />

u )<br />

× = × .<br />

n n<br />

2. Se ( u n ) e ( v n ) são sucessões convergentes, então<br />

( u v ) ( u ) ( v )<br />

lim − = lim − lim .<br />

n n n n<br />

3. Se ( u n ) é convergente e p IN<br />

Teorema: Se ( u n ) é convergente e p IN<br />

( )<br />

∈ p , então ( n )<br />

p<br />

∈ , então lim( un) lim(<br />

un)<br />

p<br />

= .<br />

u é convergente (supondo<br />

p que un≥0, ∀n∈ IN se p é par) e tem-se: lim un p = lim(<br />

un)<br />

.<br />

Teorema <strong>das</strong> sucessões enquadra<strong>das</strong>: Se ( u n ) e ( vn ) são duas sucessões<br />

convergentes com o mesmo limite a e se, a partir de certa ordem, a<br />

sucessão ( w n ) é tal que un ≤wn ≤ vn,<br />

então, lim( wn) = a.<br />

Teoremas:<br />

• limun = limun<br />

.<br />

• Se na sucessão convergente ( un ) é, a partir de certa ordem, un ≥ 0 , então<br />

( )<br />

lim u ≥ 0.<br />

n<br />

• Se ( un ) e ( v n ) são sucessões convergentes, e, a partir de certa ordem se tem<br />

u v lim u ≥ lim v .<br />

≥ , então ( ) ( )<br />

n n<br />

n n<br />

Operações com limites infinitos.<br />

Teorema: Se ( u n ) tende para a ≠ 0 (finito ou infinito) e ( v n ) é um infinitamente<br />

u × v é um infinitamente grande.<br />

grande, então ( )<br />

n n<br />

Nota: ( +∞ ) ×+∞ ( ) =+∞ ( +∞ ) ×−∞ ( ) =−∞ ( −∞ ) ×+∞ ( ) =−∞ ( −∞ ) ×−∞ ( ) =+∞<br />

Se a > 0 : a× ( +∞ ) =+∞ a× ( −∞ ) =−∞<br />

Se a < 0 : a× ( +∞ ) =−∞ a× ( −∞ ) =+∞<br />

a<br />

= 0 , a∈ IR (a é finito)<br />

∞<br />

a<br />

=∞, a ≠ 0 (a é finito ou infinito)<br />

0<br />

Teorema: Se un→ a,<br />

com a∈ IR , e ( v n ) é um infinitamente grande, então ( un+ vn)<br />

é um infinitamente grande.<br />

Professor: António Alfredo Duarte Lopes<br />

4


Escola Secundária Dr. Júlio Martins I Ano lectivo: 2005/2006 I 12º Ano I Turmas: B e C<br />

Se a∈ IR : a ++∞ ( ) =+∞ a +−∞ ( ) =−∞<br />

Nota: ( +∞ ) ++∞ ( ) =+∞ ( ) ( )<br />

−∞ +−∞ =−∞<br />

Teorema: Se un →+∞ , então ( un ) →+∞, ∀ p∈IN .<br />

p<br />

p<br />

+∞ =+∞ ∀ p∈IN ∞ =∞ ( p∈ IN )<br />

Nota: ( ) ,<br />

p<br />

Se p é par, ( ) p<br />

−∞ =+∞ Se p é ímpar, ( ) p<br />

−∞ =−∞<br />

p<br />

Teorema: Se un →+∞ e un ≥0, ∀ n∈IN , então un , p∈IN p<br />

∞=∞ p∈ IN<br />

Nota: ( )<br />

Indeterminações: 0×∞<br />

n<br />

Sucessão ( a ), a∈ IR .<br />

∞<br />

∞<br />

Professor: António Alfredo Duarte Lopes<br />

→+∞ ∀ .<br />

0<br />

0 ∞−∞<br />

• Se a ≤− 1 ou a > 1 a sucessão é divergente.<br />

• Se − 1< a < 1 a sucessão é convergente para zero.<br />

n<br />

• Se a = 1,<br />

a = 1 é constante e convergente para um.<br />

Soma de todos os termos de uma progressão geométrica:<br />

⎛ n 1−r⎞<br />

u1<br />

Se r < 1,<br />

então S = lim⎜u1×<br />

⎟=<br />

⎝ 1−r ⎠ 1−<br />

r<br />

.<br />

O número de Neper e .<br />

Definição: O número e é um número irracional, isto é, corresponde a uma dízima<br />

infinita mão periódica.<br />

n<br />

un<br />

n<br />

⎛ 1 ⎞<br />

= ⎜1+ ⎟ ; ( u n ) é uma sucessão monótona crescente e<br />

⎝ n ⎠<br />

⎛ 1 ⎞<br />

limitada 2≤ ⎜1 + ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

< e, ∀n∈ IN<br />

⎛ 1⎞<br />

lim⎜1+ ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

= e ; 2,718281828459...<br />

Cálculo de limites de sucessões envolvendo o número de Neper.<br />

Propriedade: Se x∈ IR e u n é um infinitamente grande, então lim 1<br />

n<br />

⎛ x ⎞ x<br />

⎛ x ⎞ x<br />

lim⎜1+ ⎟ = e e lim⎜1+ ⎟ = e , com x∈ IR .<br />

⎝ n ⎠<br />

⎜ u ⎟<br />

⎝ n ⎠<br />

un<br />

n<br />

un<br />

x x + = e .<br />

un<br />

⎛ ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

⎝ ⎠<br />

O número de Neper na matemática financeira.<br />

nt ×<br />

⎛ i ⎞<br />

M = C×<br />

⎜1+ ⎟ ; C é o capital inicial; i é a taxa de juro nominal; n é o n.º de<br />

⎝ n⎠<br />

capitalizações por ano; t é o número de anos de duração da capitalização e M é o<br />

capital acumulado,<br />

Para capitalizações contínuas:<br />

nt ×<br />

n<br />

⎛ i ⎞ ⎡ ⎛ i ⎞ ⎤<br />

n →+∞ logo M = limC× ⎜1+ C ⎢lim 1 ⎥ C e<br />

n<br />

⎟ = × ⎜ +<br />

n<br />

⎟ = ×<br />

⎝ ⎠ ⎢<br />

⎣ ⎝ ⎠ ⎥<br />

⎦<br />

t<br />

i× t<br />

5

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