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Agroboy e Bicho Grilo - Setor de Ciências Humanas UFPR

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3. Estruturação, reflexivida<strong>de</strong> e a compreensão sobre as novas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s.<br />

3.1 Enveredando pelos caminhos da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

Mergulhar em uma discussão sobre as novas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s na contemporaneida<strong>de</strong> exige antes<br />

uma reflexão complementar a respeito daquilo que enten<strong>de</strong>mos por homem mo<strong>de</strong>rno.<br />

A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é freqüentemente classificada como a ascensão <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> preceitos<br />

no campo das idéias (Iluminismo), uma mudança no âmbito político dando fim ao antigo regime<br />

(Revolução Francesa) e uma transição radical quanto ao modo <strong>de</strong> produção (Revolução Industrial).<br />

Todo esse conjunto <strong>de</strong> alterações traz os elementos daquilo que chamamos <strong>de</strong> preceitos mo<strong>de</strong>rnos.<br />

Atualmente, a discussão que impera <strong>de</strong>vido às novas <strong>de</strong>mandas sociais, diz respeito às<br />

características da contemporaneida<strong>de</strong>. Gid<strong>de</strong>ns (2002) nomeia essa época como alta mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />

nessa teríamos os preceitos mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> forma agravada e por outro lado uma série <strong>de</strong><br />

características que <strong>de</strong>frontam esses preceitos. A tendência homogeneizante da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> não<br />

completa seu ciclo — se assistimos à massificação, notamos também a crescente diversida<strong>de</strong><br />

proporcionada pela conjuntura da alta mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.<br />

É sob a luz da alta mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sejamos oferecer os contornos <strong>de</strong>sse artigo. Antes <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>ntrarmos na discussão sobre i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s é necessário enten<strong>de</strong>r o projeto <strong>de</strong> indivíduo que<br />

emerge na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e como esse projeto com suas diferentes perspectivas nos direciona para<br />

um novo entendimento sobre indivíduos mo<strong>de</strong>rnos.<br />

3.2 Perspectivas indivíduo – socieda<strong>de</strong>, ou a prepon<strong>de</strong>rância do social<br />

Com a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, assistimos ao processo <strong>de</strong> individuação no qual o homem encontra-se<br />

epistemologicamente separado da natureza. O indivíduo traz para si as explicações sobre o mundo;<br />

através da razão <strong>de</strong>smistifica o mundo natural não se encontrando mais submisso ao medo, aos<br />

mistérios que a natureza proporcionava 4 .<br />

É na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> que surge o projeto científico universal, <strong>de</strong>sta forma o conhecimento é<br />

fracionado em diversas ciências, <strong>de</strong>ntre elas a sociologia, que aparece para explicar <strong>de</strong> fato o mundo<br />

mo<strong>de</strong>rno. Assim como quase todas as ciências sociais a sociologia em um primeiro momento foi<br />

fortemente marcada pela influência das ciências naturais. Essa influência não se refere <strong>de</strong> todo aos<br />

métodos e procedimentos (a prática em si científica), mas sim influenciou as abordagens, as<br />

4 Nesse ponto, estamos abordando o caráter mítico da natureza, chamando a atenção para a relação <strong>de</strong> dádiva que havia<br />

em relação a esta, o período analisado nessa passagem é pré-mo<strong>de</strong>rno. Na alta mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, com advento da socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> risco, o medo, a insegurança em relação aos <strong>de</strong>sastres naturais, adquire outra perspectiva.

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