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Sumário - Biblioteca - IBGE

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Uma Breve Historia das<br />

Estatisticas<br />

Brasileiras (1822-2002)<br />

Posto ser uma síntese, nem por isso deixa de oferecer novidades, já que foi possível,<br />

como fruto do avanço do conhecimento, introduzir correções, fazer alterações na argumentação,<br />

ora de ordem, ora de visão mesmo, afora refi nar o estilo e trazer melhor precisão na<br />

linguagem. Apagamos, para fi car na essência, o fi zemos, ora com dores no peito, pela perda<br />

desta ou daquela minúcia que nos encanta, ora com prazer, a subtrair o supérfl uo, a corrigir<br />

o errado. Foi uma tarefa exigente, difícil mesmo, a cobrar muita refl exão, muito sopesar dos<br />

ganhos e das perdas. Que o leitor julgue o resultado.<br />

***<br />

Esta obra é feita em quatro partes, a mesma divisão temporal dos volumes. Ela se nos<br />

mostra, ainda agora, a melhor para dividir o período 1822-2002 da história da atividade estatística<br />

brasileira, em si e em seus vínculos estreitos à história do Brasil.<br />

Este vínculo histórico, em todos os tempos e lugares, existiu. Afi nal, a maior demanda<br />

por estatísticas, e sua maior oferta, sempre ocorreu no âmbito dos Estados Nacionais.<br />

Sim, ao longo do tempo, pouco a pouco, uma arte de governar foi aprimorada pela utilização<br />

das estatísticas, tendo, esses mesmos Estados Nacionais, percebido que lhes caberia produzilas,<br />

mantendo abrigado em seu seio a atividade estatística. Esta, a seu turno, também pouco<br />

a pouco, foi sendo melhor formada e conformada, vindo à tona uma arte de calcular, resultante<br />

dos avanços das ciências e dos avanços nos métodos de pesquisa (afora as mudanças<br />

tecnológicas).<br />

A demanda por estatísticas realça sua dimensão sócio-política, ao passo que ofertalas,<br />

pautando-se nas ciências e nos métodos de pesquisa, realça sua dimensão técnico-científi ca.<br />

Só no passar do tempo foi possível perceber a necessidade imperativa de se bem separar essas<br />

duas dimensões, não no sentido de se dar aos produtores, detentores da segunda dimensão,<br />

carta branca para decidir o que se deve ou não produzir. De modo algum; o que deve ou não<br />

ser produzido deve vir, legitimamente, da primeira dimensão, já o como produzir, isso sim,<br />

deve ser de domínio da segunda dimensão. Eis a tão almejada independência das instituições<br />

estatísticas.<br />

***<br />

Além disso, a ser extraído da leitura desta síntese, há dois outros pontos a realçar.<br />

Primeiro, a natureza técnico-administrativa da atividade estatística brasileira no período<br />

1822-1972, em que os registros administrativos foram a fonte-chave das informações individuais<br />

fundadoras das estatísticas; então, pouca técnica, de fato, só técnica muito simples, era<br />

necessária para manuseá-los. O período seguinte, 1972-2002, e ainda mais hoje, tendo como<br />

fonte-chave os registros estatísticos, feitos explicita e diretamente para fi ns estatísticos, revelou<br />

uma natureza técnico-científi ca; então, a instituição estatística fez-se centro de pesquisa, fortemente<br />

amparada nas ciências e nos modernos processos de pesquisa; deu-se conta, mais e mais,<br />

da relevância das chamadas “best practices”, as práticas cotidianas que sustentam a credibilidade<br />

e a legitimidade das instituições estatísticas, vale dizer, da atividade estatística.<br />

Segundo, será possível detectar o perfi l dos atores nos quatro tempos. No primeiro,<br />

cobrindo o Império, a atividade estatística foi conduzida e animada por homens políticos, no<br />

Introdução<br />

19

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