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Sumário - Biblioteca - IBGE

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Uma Breve Historia das<br />

Estatisticas<br />

Brasileiras (1822-2002)<br />

José Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, Francisco Otaviano de Almeida Rosa, Angelo<br />

Thomaz do Amaral, e são tomados como adjuntos, os remanescentes signatários da<br />

proposta original Manoel da Cunha Galvão e Manoel de Oliveira Fausto.<br />

Elaborado o estatuto, em janeiro de 1855, a mesa diretora da Sociedade de Estatística<br />

solicita ao Governo Imperial sua aprovação. Em 25 de janeiro, por ordem do Imperador, o Ministro<br />

dos Negócios do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz, o Visconde de Bom Retiro, solicita<br />

parecer da Seção dos Negócios do Império, do Conselho de Estado, que, assinado por Cândido<br />

José de Araújo Vianna, o Marquês de Sapucaí, José da Costa Carvalho, o Marquês de Monte Alegre,<br />

e Pedro de Araújo Lima, o Marquês de Olinda, o encaminha nos seguintes termos:<br />

[...] Foi ouvido sobre esta matéria o Conselheiro Procurador da Coroa, Soberania, e<br />

Fazenda Nacional, o qual disse que em sua opinião esta Sociedade, puramente literária,<br />

e científi ca, não depende da especial aprovação do Governo Imperial; e que nos<br />

estatutos propostos nada encontra que dúvida faça. A seção interpondo seu parecer<br />

a este respeito, em cumprimento do citado aviso, entende que estando a Sociedade<br />

Estatística do Brasil na ordem geral das permitidas pela Lei, com a obrigação unicamente<br />

de satisfazer aos preceitos policiais relativos às reuniões, desnecessária é a<br />

aprovação implorada, como já opinou no seu parecer de 14 de junho do ano próximo<br />

passado sobre os estatutos da Sociedade de Ensaios Médicos; todavia não encontrando<br />

também Lei que a isso se oponha, e atendo a que essa aprovação é solicitada espontaneamente<br />

pela Sociedade Estatística no intuito sem dúvida de receber mais força do<br />

assentamento do Governo Imperial, e dar estabilidade à sua organização, a exemplo<br />

do que se tem praticado com outras Associações de igual natureza como a Auxiliadora<br />

da Agricultura e Indústria Nacional [sic] e o Instituto Histórico e Geográfi co do Brasil<br />

[sic], não se opõe a seção ao favorável deferimento desta pretensão do mesmo modo<br />

como se houve no seu parecer de 03 de novembro do ano próximo passado quando<br />

aprovação semelhante foi requerida pela Sociedade Físico-Química.<br />

Diante desse parecer, com a rubrica do Imperador, secundado por Luiz Pedreira<br />

do Couto Ferraz, o Visconde de Bom Retiro, Ministro dos Negócios do Império, os estatutos<br />

da Sociedade Estatística do Brasil são aprovados pelo Decreto nº 1.565, de 24 de fevereiro de<br />

1855: “Estatutos da Sociedade Estatística do Brasil, fundada sob a Imediata Proteção de Sua<br />

Majestade o Imperador o Senhor Dom Pedro Segundo”. Em sessão de 16 de março de 1855,<br />

da Sociedade Auxiliadora da Indústria, sob a presidência de Miguel Calmon Du Pin e Almeida,<br />

Marquês de Abrantes, lê-se ofício da mesa diretora da Sociedade Estatística do Brasil convidando<br />

para sua solene inauguração, no dia 22 daquele mesmo mês, pelas cinco horas da tarde, na<br />

sala das sessões da Sociedade Auxiliadora, sua patrocinadora.<br />

Os estatutos da Sociedade<br />

A estrutura dos estatutos está dividida em sete capítulos, enfeixando 31 artigos. São<br />

seus capítulos: 1 Dos fi ns da Sociedade; 2 Da organização da Sociedade; 3 Da direção da Sociedade;<br />

4 Das seções; 5 Das assembléias gerais; 6 Das obrigações e direitos dos sócios; 7 Disposições<br />

gerais. Vejamos detalhes, como segue.<br />

O Art. 1º diz que a “Sociedade Estatística do Brasil tem por objeto colher, sistematizar<br />

e publicar os fatos que devem constituir a estatística geral do Império”, o que<br />

expressa o processo de elaboração das estatísticas. O Art. 2º, numa clara antevisão das<br />

Estatísticas desejadas: 1822-c.1889<br />

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