TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA - Companhia de Teatro de Almada
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA - Companhia de Teatro de Almada
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA - Companhia de Teatro de Almada
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
teAtro MuniciPAl De AlMADA<br />
co-ProDução: coMPAnhiA De teAtro De brAgA | A coMPAnhiA De teAtro Do AlgArve<br />
TROILO E CRÉSSIDA<br />
<strong>de</strong> WilliAM ShAKeSPeAre<br />
Encenação <strong>de</strong> Mário bArrADAS<br />
Tradução<br />
antónio Con<strong>de</strong><br />
Cenário e figurinos<br />
Christian rëtz<br />
Desenho <strong>de</strong> Luz<br />
José Carlos nascimento<br />
Intérpretes<br />
andré silva<br />
luís Vicente<br />
Mário spencer<br />
rogério Boane<br />
solange sá<br />
Tânia silva<br />
e outros actores<br />
a <strong>de</strong>signar<br />
Inédita em Portugal, a peça Troilo e Créssida, <strong>de</strong> William Shakespeare,<br />
estreia-se este ano no TMA, numa nova produção do <strong>Teatro</strong> Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Almada</strong>, dirigida por Mário Barradas. Escrita entre 1 02 e 1 03 –<br />
contemporânea <strong>de</strong> Hamlet, portanto –, a peça foi <strong>de</strong>sprezada até finais do<br />
século XIX, sendo-lhe apontados <strong>de</strong>sequilíbrios vários (seria uma comédia<br />
ou uma tragédia?) e, até, um recorte escandaloso.<br />
A história do amor arrebatado entre o herói Troilo – o mais jovem dos<br />
filhos <strong>de</strong> Príamo, rei da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tróia – e a grega Créssida, que tem lugar<br />
numa Tróia já sitiada pelos gregos – é apenas uma das linhas que tece<br />
esta trama dramática, mais interessada em <strong>de</strong>monstrar a pusilanimida<strong>de</strong><br />
do grego Aquiles, cuja recusa em combater custa a Nestor e a Ulisses<br />
persuasivos apelos a uma mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>.<br />
A infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Créssida – personagem medieval que aqui se intromete<br />
–, o apagamento <strong>de</strong> Troilo e a morte <strong>de</strong> Heitor às mãos <strong>de</strong> Aquiles<br />
sinalizam a <strong>de</strong>cadência <strong>de</strong> um mundo heróico, que tocou particularmente<br />
os encenadores contemporâneos, <strong>de</strong>siludidos com um Mundo <strong>de</strong> guerras<br />
e enganos sucessivos.<br />
24<br />
Estando a rainha moribunda (Isabel I <strong>de</strong> Inglaterra morreria em 1 03),<br />
William Shakespeare escreve Troilo e Créssida, peça em que – segundo Peter<br />
Ackroyd, autor <strong>de</strong> Shakespeare/A biografia – «todas as certezas e crenças<br />
da vida <strong>de</strong> corte são tratadas como material para riso e humor negro.<br />
Shakespeare aposta [aqui] em subverter <strong>de</strong>liberadamente a lenda <strong>de</strong><br />
Tróia. É uma peça em que as crenças ortodoxas na coragem troiana e<br />
na bravura grega são invertidas, revelando uma realida<strong>de</strong> dura, brutal e<br />
hipócrita subjacente às acções <strong>de</strong> ambos os lados. Os únicos valores são os<br />
que o tempo e a moda ven<strong>de</strong>m: ven<strong>de</strong>r é aqui a palavra justa, uma vez que<br />
todos os valores são mercadorias para comprar e ven<strong>de</strong>r no mercado.<br />
Troilo e Créssida é uma comédia selvagem e satírica sobre os temas do<br />
amor e da guerra, que trata ambos como falsos e volúveis. […] As palavras<br />
<strong>de</strong> Shakespeare são magnéticas. Todas as partículas <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong><br />
corte <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>nte, um mundo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> heroísmo e nobreza individuais<br />
atravessaram o seu ser».<br />
2<br />
William Shakespeare<br />
CRIAÇÃO<br />
Abr 22 23 24 28 29 30<br />
QUI<br />
21H30<br />
SEX<br />
21H30<br />
SáB<br />
21H30<br />
QUA<br />
21H30<br />
QUI<br />
21H30<br />
SEX<br />
21H30<br />
sala prinCipal | M12<br />
mAi 02 05 06 07 08 09 12 13 14<br />
DOM QUA QUI SEX SáB DOM QUA QUI SEX<br />
1 H00 21H30 21H30 21H30 21H30 1 H00 21H30 21H30 21H30<br />
15 16<br />
SáB DOM<br />
21H30 1 H00