Eletricista Montador – Medidas Eletricas
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ELETRICISTA<br />
MONTADOR<br />
MEDIDAS ELÉTRICAS
MEDIDAS ELÉTRICAS<br />
1
© PETROBRAS <strong>–</strong> Petróleo Brasileiro S.A.<br />
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Direitos exclusivos da PETROBRAS <strong>–</strong> Petróleo Brasileiro S.A.<br />
Badia, José Octavio e DUTRA FILHO, Getúlio Delano<br />
<strong>Medidas</strong> Elétricas/ CEFET-RS. Pelotas, 2008.<br />
117P.:147il.<br />
PETROBRAS <strong>–</strong> Petróleo Brasileiro S.A.<br />
Av. Almirante Barroso, 81 <strong>–</strong> 17º andar <strong>–</strong> Centro<br />
CEP: 20030-003 <strong>–</strong> Rio de Janeiro <strong>–</strong> RJ <strong>–</strong> Brasil<br />
2
ÍNDICE<br />
UNIDADE I ............................................................................................................................................ 14<br />
1.1 Generalidades sobre os instrumentos de medição ..................................................................... 14<br />
1.1.1 Classificação dos instrumentos de medição ........................................................................ 14<br />
1.1.1.1 Quanto ao modo de indicação do valor da grandeza medida: ..................................... 14<br />
1.1.1.2 Quanto ao uso:.............................................................................................................. 15<br />
1.1.1.3 Quanto ao tipo de grandeza mensurável:..................................................................... 15<br />
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos eletromecânicos):.............................. 16<br />
1.1.3.1 Padrão:.......................................................................................................................... 20<br />
1.1.3.2 Aferição: ........................................................................................................................ 20<br />
1.1.3.3 Calibração: .................................................................................................................... 20<br />
1.2 Teoria dos erros........................................................................................................................... 21<br />
1.2.1 Classificação dos erros ........................................................................................................ 21<br />
1.2.1.1 Erros grosseiros ............................................................................................................ 21<br />
1.2.1.2 Erros sistemáticos......................................................................................................... 22<br />
1.2.1.3 Erros Instrumentais: ...................................................................................................... 22<br />
1.2.1.4 Erros ambientais: .......................................................................................................... 23<br />
1.2.1.5 Erros acidentais............................................................................................................. 23<br />
1.2.1.6 Erro absoluto e erro relativo.......................................................................................... 23<br />
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de medição................................................................ 25<br />
1.3.1 - Considerações Gerais........................................................................................................ 25<br />
1.4 Voltímetros................................................................................................................................... 29<br />
1.5 Amperímetros............................................................................................................................... 30<br />
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate....................................................................................................... 31<br />
1.7 Megôhmetros ............................................................................................................................... 33<br />
1.7.1 Como usar o Megôhmetro.................................................................................................... 34<br />
1.8 <strong>–</strong> Medidores de Potência ............................................................................................................. 36<br />
1.9 Freqüencímetros.......................................................................................................................... 37<br />
1.9.1 Freqüencímetros Eletrodinâmicos........................................................................................ 37<br />
1.9.2 Freqüencímetros de Indução............................................................................................... 38<br />
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória................................................................................ 39<br />
1.10 Terrômetros............................................................................................................................... 40<br />
1.10.1 Eletrodo de aterramento..................................................................................................... 41<br />
1.10.2 Cuidados na medição......................................................................................................... 42<br />
3
1.10.3 Conclusões e recomendações ........................................................................................... 42<br />
UNIDADE II ............................................................................................................................................ 43<br />
2.1 Exemplos de Ferramentas Elétricas............................................................................................ 43<br />
2.2 Exemplos de Ferramentas Manuais ............................................................................................ 44<br />
2.3 Alicates......................................................................................................................................... 45<br />
2.3.1 Descrição.............................................................................................................................. 45<br />
2.3.2 Utilização .............................................................................................................................. 45<br />
2.3.3 Classificação......................................................................................................................... 45<br />
2.4 Desencapador de fios .................................................................................................................. 47<br />
2.5 Alicates prensa terminal............................................................................................................... 48<br />
2.5.1 Alicate Manual ...................................................................................................................... 48<br />
2.5.2 Alicate Manual de Pressão................................................................................................... 48<br />
2.5.3 Alicate de Pressão................................................................................................................ 49<br />
2.5.4 Alicate Hidráulico.................................................................................................................. 50<br />
2.6 Conectores à compressão ........................................................................................................... 50<br />
2.7 Alicate Rebitador.......................................................................................................................... 51<br />
2.8 Rebites ......................................................................................................................................... 52<br />
2.8.1 Procedimento de Rebitagem ................................................................................................ 52<br />
2.9 Chaves de aperto......................................................................................................................... 53<br />
2.9.1 Descrição.............................................................................................................................. 53<br />
2.9.2 Comentários ......................................................................................................................... 53<br />
2.9.3 Classificação......................................................................................................................... 53<br />
2.10 Morsa de bancada ..................................................................................................................... 59<br />
2.10.1 Funcionamento................................................................................................................... 60<br />
2.10.2 Condição de Uso ................................................................................................................ 60<br />
2.11 Arco de serra.............................................................................................................................. 61<br />
2.11.1 Características.................................................................................................................... 61<br />
2.11.2 Comentários ....................................................................................................................... 62<br />
2.12 Ferro de solda............................................................................................................................ 63<br />
2.13 Serrote ....................................................................................................................................... 64<br />
2.14 Arco de Pua ............................................................................................................................... 64<br />
2.15 Torquímetro................................................................................................................................ 65<br />
2.15.1 Como usar o torquímetro.................................................................................................... 65<br />
2.16 Verificadores e calibradores ...................................................................................................... 66<br />
2.16.1 Tipos ................................................................................................................................... 66<br />
2.16.2 Condições de Uso .............................................................................................................. 69<br />
2.16.3 Conservação....................................................................................................................... 69<br />
2.17 Compassos ................................................................................................................................ 69<br />
4
2.17.1 Constituição ........................................................................................................................ 69<br />
2.17.2 Cuidados............................................................................................................................. 70<br />
2.18 Chaves de Impacto .................................................................................................................... 71<br />
2.18.1 Chaves de gancho.............................................................................................................. 71<br />
2.18.2 Chaves de batida................................................................................................................ 72<br />
2.19 Limas.......................................................................................................................................... 73<br />
2.19.1 Descrição............................................................................................................................ 73<br />
2.19.2 Utilização ............................................................................................................................ 73<br />
2.19.3 Classificação....................................................................................................................... 73<br />
2.19.4 Comentários ....................................................................................................................... 74<br />
2.19.5 Aplicações das limas segundo suas formas. ..................................................................... 75<br />
2.20 Extratores para polias e rolamentos .......................................................................................... 76<br />
2.20.1 Extrator de dois braços....................................................................................................... 76<br />
2.20.2 Extrator auto-centrante....................................................................................................... 76<br />
2.20.3 Jogo de extração ................................................................................................................ 77<br />
2.20.4 Extrator hidráulico auto-centrante ...................................................................................... 77<br />
2.20.5 Anel de injeção com dispositivo extrator ............................................................................ 78<br />
2.21 Furadeiras.................................................................................................................................. 79<br />
2.21.1 Funcionamento................................................................................................................... 79<br />
2.21.2 Furadeira de coluna............................................................................................................ 80<br />
2.21.3 Furadeira Radial ................................................................................................................. 80<br />
2.21.4 Furadeira Portátil ................................................................................................................ 81<br />
2.21.5 Características.................................................................................................................... 81<br />
2.21.6 Acessórios .......................................................................................................................... 81<br />
2.21.7 Condições de uso............................................................................................................... 82<br />
2.22 Broca.......................................................................................................................................... 82<br />
2.22.1 Descrição............................................................................................................................ 82<br />
2.22.2 Comentários ....................................................................................................................... 82<br />
2.22.3 Classificação....................................................................................................................... 82<br />
2.23 Machos de roscar ...................................................................................................................... 87<br />
2.23.1 Machos de roscar <strong>–</strong> Manual ............................................................................................... 87<br />
2.23.2 A máquina........................................................................................................................... 88<br />
2.23.3 Características.................................................................................................................... 88<br />
2.23.4 Tipos de macho de roscar .................................................................................................. 90<br />
2.23.5 Seleção dos machos de roscar, brocas e lubrificantes ou refrigerantes............................ 91<br />
2.23.6 Condições de uso dos machos de roscar .......................................................................... 91<br />
2.23.7 Conservação....................................................................................................................... 91<br />
2.23.8 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca ......................................... 92<br />
5
2.24 Desandadores............................................................................................................................ 92<br />
2.24.1 Descrição............................................................................................................................ 92<br />
2.24.2 Utilização ............................................................................................................................ 92<br />
2.24.3 Classificação....................................................................................................................... 93<br />
2.24.4 Tipos ................................................................................................................................... 93<br />
2.24.5 Comentários ....................................................................................................................... 94<br />
2.24.6 Desandador para cossinetes.............................................................................................. 95<br />
2.25 Cossinetes ................................................................................................................................. 96<br />
2.25.1 Características dos cossinetes........................................................................................... 96<br />
2.25.2 Uso dos cossinetes............................................................................................................. 97<br />
2.25.3 Escolha dos cossinetes ...................................................................................................... 97<br />
2.25.4 Cossinete bipartido............................................................................................................. 97<br />
2.25.5 Cossinete de pente............................................................................................................. 98<br />
2.26 Talhadeira e bedame ................................................................................................................. 99<br />
2.26.1 Descrição............................................................................................................................ 99<br />
2.26.2 Utilização ............................................................................................................................ 99<br />
2.26.3 Características.................................................................................................................... 99<br />
2.26.4 Comentários ..................................................................................................................... 100<br />
2.27 Ponteiro.................................................................................................................................... 100<br />
2.28 Punção de Bico........................................................................................................................ 100<br />
2.28.1 Descrição.......................................................................................................................... 100<br />
2.28.2 Classificação..................................................................................................................... 101<br />
2.28.3 Utilização .......................................................................................................................... 101<br />
2.29 Martelo, Marreta e Macete....................................................................................................... 102<br />
2.29.1 Martelo.............................................................................................................................. 102<br />
2.29.1.1 Comentários .............................................................................................................. 103<br />
2.29.2 Marreta ............................................................................................................................. 104<br />
2.29.3 Macete .............................................................................................................................. 104<br />
2.29.3.1 Utilização................................................................................................................... 105<br />
2.29.3.1 Comentários .............................................................................................................. 105<br />
2.30 Serra tico-tico........................................................................................................................... 105<br />
2.31 Esmerilhadeira ......................................................................................................................... 106<br />
2.32 Lixadeira................................................................................................................................... 106<br />
2.33 Ferramentas de força............................................................................................................... 107<br />
2.33.1 Alavanca ........................................................................................................................... 107<br />
2.33.1.1 Diversos tipos de alavanca. ...................................................................................... 107<br />
2.33.2 Cunha ............................................................................................................................... 108<br />
2.33.3 Macaco ............................................................................................................................. 108<br />
6
2.33.4 Roldana ............................................................................................................................ 109<br />
2.33.5 Cadernal ........................................................................................................................... 109<br />
2.33.6 Talha................................................................................................................................. 110<br />
2.33.7 Tirfor ................................................................................................................................. 111<br />
2.34 Escadas ................................................................................................................................... 111<br />
2.34.1 Escada de Abrir ................................................................................................................ 111<br />
2.34.2 Escada de Extensão......................................................................................................... 112<br />
2.35 Luvas........................................................................................................................................ 112<br />
2.36 Fitas e fios para enfiação......................................................................................................... 113<br />
2.37 Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos.............................................................. 114<br />
2.38 Ferramenta de pólvora para fixação........................................................................................ 115<br />
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 116<br />
7
LISTA DE FIGURAS<br />
Figura 1.1 <strong>–</strong> Ponteiro acoplado a uma bobina móvel ............................................................................ 16<br />
Figura 1.2 <strong>–</strong> Partes principais de um instrumento de medidas elétricas ............................................... 17<br />
Figura 1.3 <strong>–</strong> Wattímetro e símbolos para classe de isolação. ............................................................... 19<br />
Figura 1.4 -Noções de Padrão, Aferição e Calibração........................................................................... 20<br />
Figura 1.5 <strong>–</strong> Erro de paralaxe................................................................................................................. 22<br />
Figura 1.6 <strong>–</strong> Símbolos ............................................................................................................................ 25<br />
Figura 1.7 <strong>–</strong> Símbolos (Continuação) .................................................................................................... 26<br />
Figura 1.8 <strong>–</strong> Símbolos (continuação) ..................................................................................................... 27<br />
Figura 1.9 <strong>–</strong> Símbolos (Continuação) .................................................................................................... 28<br />
Figura 1.10 <strong>–</strong> Voltímetros....................................................................................................................... 29<br />
Figura 1.11 <strong>–</strong> Amperímetros................................................................................................................... 30<br />
Figura 1.12 <strong>–</strong> Exemplo de amperímetro usado em painel de quadro elétrico ....................................... 30<br />
Figura 1.13 <strong>–</strong> Modelo de volt-amperímetro ............................................................................................ 31<br />
Figura 1.14 <strong>–</strong> Volt-amperímetro <strong>–</strong> componentes básicos ...................................................................... 31<br />
Figura 1.15 <strong>–</strong> Exemplo de medição com volt-amperímetro ................................................................... 32<br />
Figura 1.16 <strong>–</strong> Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) ............................................ 32<br />
Figura 1.17 - Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) ............................................. 33<br />
Figura 1.18 - Megôhmetro...................................................................................................................... 33<br />
Figura 1.19 <strong>–</strong> Indicação em um megôhmetro ........................................................................................ 34<br />
Figura 1.20 <strong>–</strong> Como utilizar o megôhmetro............................................................................................ 34<br />
Figura 1.21 <strong>–</strong> Medição com megôhmetro .............................................................................................. 35<br />
Figura 1.22 <strong>–</strong> Medidores de potência..................................................................................................... 36<br />
Figura 1.23 - Freqüêncímetros............................................................................................................... 37<br />
Figura 1.24 - Freqüêncímetros de Indução............................................................................................ 38<br />
Figura 1.25 - Freqüêncímetros de lingüeta vibratória ............................................................................ 39<br />
Figura 1.26 <strong>–</strong> Exemplo de oscilação do Freqüêncímetro de lingüeta vibratória.................................... 40<br />
Figura 1.27 <strong>–</strong> Terrometro Digital ............................................................................................................ 40<br />
Figura 1.28 <strong>–</strong> Terrômetro Analógico....................................................................................................... 41<br />
Figura 2.1 <strong>–</strong> Exemplos de ferramentas elétricas.................................................................................... 43<br />
Figura 2.2 <strong>–</strong> Exemplos de ferramentas manuais ................................................................................... 44<br />
Figura 2.3 <strong>–</strong> Alicate universal................................................................................................................. 45<br />
Figura 2.4 <strong>–</strong> Alicate de corte .................................................................................................................. 46<br />
Figura 2.5 <strong>–</strong> Alicate de bico.................................................................................................................... 46<br />
Figura 2.6 <strong>–</strong> Alicate de compressão....................................................................................................... 46<br />
8
Figura 2.7 <strong>–</strong> Alicate de eixo móvel ......................................................................................................... 47<br />
Figura 2.8 <strong>–</strong> Desencapador de fios ........................................................................................................ 47<br />
Figura 2.9 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal - manual ....................................................................................... 48<br />
Figura 2.10 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal <strong>–</strong> manual de pressão.................................................................. 48<br />
Figura 2.11 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal <strong>–</strong> manual de pressão 2............................................................... 49<br />
Figura 2.12 <strong>–</strong> Alicate de pressão............................................................................................................ 49<br />
Figura 2.13 <strong>–</strong> Alicate hidráulico.............................................................................................................. 50<br />
Figura 2.14 <strong>–</strong> Conectores à compressão ............................................................................................... 50<br />
Figura 2.15 <strong>–</strong> Alicate Rebitador.............................................................................................................. 51<br />
Figura 2.16 - Rebites.............................................................................................................................. 52<br />
Figura 2.17 <strong>–</strong> Rebitagem (1) .................................................................................................................. 52<br />
Figura 2.18 <strong>–</strong> Rebitagem (2) .................................................................................................................. 52<br />
Figura 2.19 <strong>–</strong> Rebitagem (3) .................................................................................................................. 52<br />
Figura 2.20 <strong>–</strong> Rebitagem (4) .................................................................................................................. 52<br />
Figura 2.21 <strong>–</strong> Chave de boca................................................................................................................. 54<br />
Figura 2.22 <strong>–</strong> Chave Combinada ........................................................................................................... 54<br />
Figura 2.23 <strong>–</strong> Chave de boca fixa de encaixe........................................................................................ 55<br />
Figura 2.24 <strong>–</strong> Chave de boca regulável <strong>–</strong> inglesa.................................................................................. 55<br />
Figura 2.24 <strong>–</strong> Chave de boca regulável - grifo....................................................................................... 56<br />
Figura 2.25 <strong>–</strong> Chave Allen...................................................................................................................... 56<br />
Figura 2.26 <strong>–</strong> Chave radial ..................................................................................................................... 56<br />
Figura 2.27 <strong>–</strong> Chave corrente................................................................................................................. 57<br />
Figura 2.28 <strong>–</strong> Chave soquete................................................................................................................. 57<br />
Figura 2.29 <strong>–</strong> Chave de parafuso de fenda............................................................................................ 58<br />
Figura 2.30 <strong>–</strong> Chave Phillips .................................................................................................................. 58<br />
Figura 2.31 <strong>–</strong> Morsa de bancada ........................................................................................................... 59<br />
Figura 2.32 <strong>–</strong> Morsa de bancada(2)....................................................................................................... 59<br />
Figura 2.33 <strong>–</strong> Morsa de bancada(3)....................................................................................................... 60<br />
Figura 2.34 <strong>–</strong> Tamanhos de morsas ...................................................................................................... 60<br />
Figura 2.35 <strong>–</strong> Arco de serra.................................................................................................................... 61<br />
Figura 2.36 <strong>–</strong> Arco de serra (2) .............................................................................................................. 62<br />
Figura 2.37 - Arco de serra (3).............................................................................................................. 62<br />
Figura 2.38 <strong>–</strong> Ferro de solda.................................................................................................................. 63<br />
Figura 2.39 - Serrote .............................................................................................................................. 64<br />
Figura 2.40 <strong>–</strong> Arco de pua...................................................................................................................... 64<br />
Figura 2.41 - Torquímetros..................................................................................................................... 65<br />
Figura 2.42 <strong>–</strong> Verificador de raio............................................................................................................ 66<br />
Figura 2.43 <strong>–</strong> Verificador de ângulos ..................................................................................................... 66<br />
9
Figura 2.44 <strong>–</strong> Verificador de rosca ......................................................................................................... 67<br />
Figura 2.45 <strong>–</strong> Calibrador de folgas......................................................................................................... 67<br />
Figura 2.46 - Calibrador “passa-não-passa” .......................................................................................... 68<br />
Figura 2.47 - Calibrador-tampão ............................................................................................................ 68<br />
Figura 2.48 - Verificador de chapas e arames....................................................................................... 68<br />
Figura 2.49 - Compassos....................................................................................................................... 69<br />
Figura 2.50 <strong>–</strong> Compassos (2)................................................................................................................. 70<br />
Figura 2.51 - Chaves de gancho............................................................................................................ 71<br />
Figura 2.52 - Chaves de batida.............................................................................................................. 72<br />
Figura 2.53 - Lima .................................................................................................................................. 73<br />
Figura 2.54 <strong>–</strong> Classificação das limas.................................................................................................... 73<br />
Figura 2.55 <strong>–</strong> Classificação das limas (2) .............................................................................................. 74<br />
Figura 2.56 - Aplicações das limas segundo suas formas..................................................................... 75<br />
Figura 2.57 <strong>–</strong> Extrator de dois braços .................................................................................................... 76<br />
Figura 2.58 <strong>–</strong> Extrator auto-centrante .................................................................................................... 76<br />
Figura 2.59 <strong>–</strong> Jogo de extração.............................................................................................................. 77<br />
Figura 2.60 <strong>–</strong> Extrator hidráulico auto-centrante.................................................................................... 77<br />
Figura 2.61 - Anel de injeção com dispositivo extrator .......................................................................... 78<br />
Figura 2.62 - Furadeira........................................................................................................................... 79<br />
Figura 2.63 - Furadeira de coluna.......................................................................................................... 80<br />
Figura 2.64 - Furadeira Radial ............................................................................................................... 80<br />
Figura 2.65 - Furadeira Portátil .............................................................................................................. 81<br />
Figura 2.66 <strong>–</strong> Broca Helicoidal ............................................................................................................... 83<br />
Figura 2.67 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (2).......................................................................................................... 83<br />
Figura 2.68 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (3).......................................................................................................... 84<br />
Figura 2.69 - Broca Helicoidal (4)........................................................................................................... 84<br />
Figura 2.70 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (5).......................................................................................................... 85<br />
Figura 2.71 - Broca de Centrar............................................................................................................... 85<br />
Figura 2.72 - Broca de Centrar (2) ......................................................................................................... 85<br />
Figura 2.73 - Broca de Centrar (3) ......................................................................................................... 86<br />
Figura 2.74 - Broca de Centrar (4) ......................................................................................................... 86<br />
Figura 2.75 - Machos de roscar ............................................................................................................. 87<br />
Figura 2.76 - Machos de roscar (2)........................................................................................................ 88<br />
Figura 2.77 - Machos de roscar (3)........................................................................................................ 89<br />
Figura 2.78 - Machos de roscar (4)........................................................................................................ 90<br />
Figura 2.79 - Machos de roscar (5)........................................................................................................ 90<br />
Figura 2.80 - Machos de roscar (6)........................................................................................................ 90<br />
Figura 2.81 - Machos de roscar (7)........................................................................................................ 90<br />
10
Figura 2.82 - Machos de roscar (8)........................................................................................................ 90<br />
Figura 2.83 - Machos de roscar (9)........................................................................................................ 91<br />
Figura 2.84 <strong>–</strong> Classificação dos machos de roscar segundo o tipo de rosca........................................ 92<br />
Figura 2.85 - Desandador fixo “T” .......................................................................................................... 93<br />
Figura 2.86 - Desandador em T com castanhas reguláveis .................................................................. 94<br />
Figura 2.87 - Desandador para machos e alargadores ......................................................................... 94<br />
Figura 2.88 - Desandador para cossinetes ............................................................................................ 95<br />
Figura 2.89 <strong>–</strong> Comprimentos dos desandador para cossinetes ............................................................ 95<br />
Figura 2.90 - Cossinetes ........................................................................................................................ 96<br />
Figura 2.91 <strong>–</strong> Cossinetes bipartido......................................................................................................... 97<br />
Figura 2.92 <strong>–</strong> Cossinetes bipartido (2) ................................................................................................... 97<br />
Figura 2.93 - Cossinete de pente........................................................................................................... 98<br />
Figura 2.94 - Talhadeira e bedame........................................................................................................ 99<br />
Figura 2.95 - Talhadeira e bedame <strong>–</strong> Características............................................................................ 99<br />
Figura 2.96 - Punção de Bico............................................................................................................... 100<br />
Figura 2.97 - Punção de bico - utilização............................................................................................. 101<br />
Figura 2.98 <strong>–</strong> Martelo ........................................................................................................................... 102<br />
Figura 2.99 <strong>–</strong> Martelo de bola .............................................................................................................. 103<br />
Figura 2.100 <strong>–</strong> Martelo de borracha..................................................................................................... 103<br />
Figura 2.101 - Marreta.......................................................................................................................... 104<br />
Figura 2.102 <strong>–</strong> Macete ......................................................................................................................... 104<br />
Figura 2.103 <strong>–</strong> Serra tico-tico............................................................................................................... 105<br />
Figura 2.104 - Esmerilhadeira.............................................................................................................. 106<br />
Figura 2.105 - Lixadeira ....................................................................................................................... 106<br />
Figura 2.106 <strong>–</strong> Tipos de alavanca........................................................................................................ 107<br />
Figura 2.107 - Cunha ........................................................................................................................... 108<br />
Figura 2.108 - Macaco ......................................................................................................................... 108<br />
Figura 2.109 - Roldana......................................................................................................................... 109<br />
Figura 2.110 - Cadernal ....................................................................................................................... 109<br />
Figura 2.111 - Talha ............................................................................................................................. 110<br />
Figura 2.112 <strong>–</strong> Talha (2)....................................................................................................................... 110<br />
Figura 2.113 - Tirfor.............................................................................................................................. 111<br />
Figura 2.114 <strong>–</strong> Escada ......................................................................................................................... 112<br />
Figura 2.115 - Luvas ............................................................................................................................ 112<br />
Figura2.116 - Fitas e fios para enfiação............................................................................................... 113<br />
Figura 2.117 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos .................................................. 114<br />
Figura 2.118 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos (2)............................................. 114<br />
Figura 2.119 - Ferramenta de pólvora para fixação............................................................................. 115<br />
11
LISTA DE TABELAS<br />
Tabela 1.1- Classe de precisão.............................................................................................................. 19<br />
Tabela 1.2 <strong>–</strong> Corrente do circuito X Resistência de isolamento ............................................................ 35<br />
12
APRESENTAÇÃO<br />
Esta apostila foi desenvolvida visando dar ao <strong>Eletricista</strong> montador uma noção sobre instrumentos<br />
de medição elétrica bem como o adequado uso do ferramental existente em uma obra, permitindo-lhe<br />
que execute suas atividades dentro dos padrões exigidos com segurança e habilidade.<br />
Dividimos a apostila em duas partes, sendo a primeira sobre Instrumentos de medição elétrica e<br />
a segunda parte sobre ferramental empregado numa obra.<br />
Na primeira parte trataremos do processo de medição, que em geral, envolve a utilização de um<br />
instrumento como o meio físico para determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. O<br />
instrumento atua como extensão da capacidade humana e, em muitos casos, permite que alguém<br />
determine o valor de uma quantidade desconhecida, o que não seria realizável apenas pela<br />
capacidade humana sem auxílio do meio utilizado. Um instrumento pode então ser definido como o<br />
dispositivo de determinação do valor ou grandeza de uma quantidade ou variável.<br />
Existem vários tipos de instrumentos de medição tais como : de bobina móvel; de ferro móvel;<br />
eletrodinâmicos; de indução; de bobinas cruzadas; eletrostáticos mas a apresentação de todos ficaria<br />
impossível nesta disciplina.<br />
Portanto, daremos mais ênfase aos instrumentos mais utilizados tais como voltímetros,<br />
amperímetros, volt-amperímetro de alicate, megôhmetros, medidores de potência, freqüêncímetros e<br />
terrômetros mas discutiremos antes algumas genarilidades sobre os instrumentos de medições<br />
elétricas, teoria dos erros e as simbologias utilizadas nos instrumentos de medição dando com isto<br />
uma visão geral do assunto ao aluno.<br />
Outro fator importante para realização de uma montagem elétrica, é a utilização correta das<br />
ferramentas empregadas as atividades então na segunda parte da apostila desenvolvemos através de<br />
figuras e algum material existente em sala de aula, as ferramentas mais usuais no dia-a-dia do<br />
eletricista montador, pois assim facilitaremos o trabalho do profissional dando-lhe segurança a<br />
realização de suas atividades.<br />
13
I <strong>–</strong> MEDIDAS ELÉTRICAS<br />
1.1 Generalidades sobre os instrumentos de medição<br />
1.1.1 Classificação dos instrumentos de medição<br />
1.1.1.1 Quanto ao modo de indicação do valor da grandeza medida:<br />
Podemos dividir os instrumentos de medida quanto ao seu emprego nos seguintes grupos:<br />
• Instrumentos Indicadores ou Mostradores;<br />
• Instrumentos Registradores;<br />
• Instrumentos Integradores.<br />
Instrumentos indicadores ou mostradores:<br />
São instrumentos que indicam em qualquer momento o valor instantâneo, eficaz, médio ou de<br />
pico da grandeza a ser medida Exemplos: amperímetro, voltímetro, Ohmímetro, wattímetro, etc.<br />
A indicação da grandeza pode se dar pelo deslocamento de um ponteiro sobre uma escala<br />
graduada (instrumentos analógicos) ou pela representação numérica em um display (instrumentos<br />
digitais).<br />
Um instrumento de medição indicador também pode fornecer um registro.<br />
Instrumentos registradores:<br />
São instrumentos que registram os valores da grandeza sobre um rolo de papel graduado,<br />
permitindo que mesmo após o instrumento ter sido desligado possamos fazer uma analise da<br />
variação da grandeza medida durante o período em que o instrumento permaneceu ligado.<br />
Os instrumentos que são ligados a computadores, para armazenamento temporário ou<br />
permanente do valor da(s) grandeza(s) medida em disco rígido, disquete, cd, etc., também são<br />
classificados como registradores.<br />
Um instrumento registrador também pode apresentar uma indicação da grandeza.<br />
14
Instrumentos integradores:<br />
São instrumentos cujo mostrador apresenta o valor acumulado da grandeza medida, desde o<br />
momento em que os mesmos foram instalados até o presente momento.<br />
Exemplos: Medidor de energia elétrica.<br />
Nestes instrumentos o valor da grandeza é obtido pela diferença entre a leitura no fim do período,<br />
chamada “leitura atual” e a leitura feita no início do período, chamada de “leitura anterior”.<br />
1.1.1.2 Quanto ao uso:<br />
Instrumentos para painéis ou quadros de comando:<br />
São empregados para medidas contínuas, isto é, são fixos ou embutidos em painéis indicando,<br />
controlando ou registrando continuamente uma grandeza qualquer. Geralmente têm dimensões<br />
normalizadas para facilidade de troca sem grandes interrupções.<br />
Instrumentos portáteis:<br />
Os instrumentos portáteis são empregados na manutenção ou em laboratório e, portanto, de uso<br />
descontínuo, para avaliação, controle e pesquisa de uma instalação ou de um outro instrumento.<br />
De acordo com a finalidade de uso do instrumento, deve-se fazer a sua escolha, portanto, um<br />
instrumento para a manutenção de instalações, sujeito a trabalhos em condições adversas, deve ser<br />
um instrumento sólido, construído de modo a suportar choques e vibrações, não havendo<br />
necessidade de ter grande sensibilidade ou uma grande precisão. Isto não acontece no entanto, com<br />
os instrumentos e laboratório que poderão ser de construção mais frágil, mas conservando grande<br />
sensibilidade e precisão, pois poderão servir como padrões para aferição de outros instrumentos ou<br />
empregados para medições exatas de grandezas importantes.<br />
1.1.1.3 Quanto ao tipo de grandeza mensurável:<br />
• Amperímetro;<br />
• Voltímetro;<br />
• Freqüêncímetro;<br />
• Wattímetro;<br />
• Fasímetro;<br />
• Varímetro;<br />
• Ohmímetro, etc.<br />
15
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos<br />
eletromecânicos):<br />
Os instrumentos dividem-se de acordo com a finalidade e quanto aos sistemas de medição com<br />
qual funcionam. Os sistemas de medição mais empregados são os seguintes:<br />
• Bobina Móvel e ímã permanente ( BMIP );<br />
• Ferro Móvel;<br />
• Lâminas vibráteis;<br />
• Eletrodinâmico;<br />
• Eletrônico Digital.<br />
Modernamente estão se impondo os instrumentos com sistema eletrônico em virtude do<br />
aperfeiçoamento e confiabilidade sempre melhor dos componentes eletrônicos.<br />
Principio de funcionamento dos instrumentos de medição<br />
Os primeiros instrumentos para medidas de grandezas elétricas eram baseados na deflexão de<br />
um ponteiro acoplado a uma bobina móvel imersa em um campo magnético, conforme figura 1.1.<br />
Figura 1.1 <strong>–</strong> Ponteiro acoplado a uma bobina móvel<br />
Uma corrente aplicada na bobina produz o seu deslocamento pela força de Lorentz. Um<br />
mecanismo de contra reação (em geral uma mola) produz uma força contraria ao modo que a<br />
deflexão do ponteiro é proporcional à corrente na bobina.<br />
Estes instrumentos analógicos, mesmo com a sua grande utilização, são de qualidades inferiores<br />
se comparadas às dos instrumentos digitais, pois apresentam imprecisão de leitura, fragilidade,<br />
desgastes mecânicos entre outros fatores.<br />
16
Os instrumentos digitais atuais são inteiramente eletrônicos, não possuindo partes móveis. São<br />
mais robustos, precisos, estáveis e duráveis. São baseados em conversores analógicos/digitais (A/D)<br />
e são facilmente adaptáveis a uma leitura automatizada. Além disso, o custo dos instrumentos digitais<br />
é em geral inferior (com exceção dos osciloscópios).<br />
Detalhes Construtivos<br />
A figura 1.2 mostra as partes principais de um instrumento de medidas elétricas. O instrumento,<br />
propriamente dito, com os seus acessórios internos intercambiáveis se chama instrumento de medida<br />
elétrica.<br />
Figura 1.2 <strong>–</strong> Partes principais de um instrumento de medidas elétricas<br />
O instrumento com seus acessórios externos intercambiáveis, ou não, formam o conjunto de<br />
medição. Desmembrando o instrumento de medida elétrica em seus componentes principais<br />
encontramos as seguintes partes:<br />
• O mecanismo ou sistema de medição;<br />
• A caixa externa de proteção;<br />
• O mostrador;<br />
• O ponteiro;<br />
Acessórios internos.<br />
Cada uma das partes mencionadas acima apresentam as características e funções que são<br />
características de cada instrumento.<br />
Algumas características elétricas dos instrumentos de medição<br />
Não é possível fazer uma medição cujo resultado seja absolutamente exato, é importante<br />
conhecer-se qual o grau de exatidão da medida e como os diferentes tipos de erros afetam a<br />
medição. Um bom aparelho de medição requer sensibilidade e exatidão.<br />
Sensibilidade é a relação entre o deslocamento da marca (percurso que a marca efetua sobre a<br />
escala durante a medição) e a variação da grandeza de medida, referida sempre e somente ao<br />
17
deslocamento da marca e nunca ao ângulo de desvio. Sensibilidade não significa o mesmo que<br />
exatidão, como se pode comparar com a explicação que se dá de exatidão.<br />
Exatidão é a aptidão de um instrumento para dar respostas próximas ao valor verdadeiro do<br />
mensurando. A exatidão pressupõe a variabilidade das medidas (embora feitas em condições<br />
idênticas), sendo o valor central da distribuição (geralmente a média aritmética) o “exato”. Portanto,<br />
quanto maior a quantidade de medidas feitas, mais exata será sua representação. Obviamente, é<br />
recomendável que todo instrumento ou método possua precisão e exatidão. A primeira dessas<br />
qualidades de fidedignidade é controlada pela calibração, feita por comparação à medida de um<br />
padrão cujo valor (preciso) é conhecido. Sem esse conhecimento, o desvio da escala não pode ser<br />
aferido. Já a segunda característica (exatidão) pode ser conseguida pelo aumento infinito do número<br />
de medidas. Ou, pelo menos, com um número finito, mas até a aproximação desejada ou necessária.<br />
Classe de precisão ou de exatidão: é a margem de erro porcentual que se pode obter na<br />
medição de uma determinada grandeza, por meio de um instrumento de medidas elétricas. Os<br />
instrumentos de precisão para laboratório têm classe de precisão de 0,1; 0,2 ou 0,5. Os instrumentos<br />
de serviço para fins normais têm classe de precisão de 1,0; 1,5; 2,5 ou 5,0. Estes números são<br />
conhecidos como “índice de classe” (IC) e podem ser calculados pela seguinte equação:<br />
Onde representa o erro absoluto máximo.<br />
Como exemplo da utilização da classe de precisão, consideremos a medição de tensão indicada<br />
em 120V por um voltímetro de classe de precisão 1,5 e cuja escala graduada seja de 0 a 300V. Para<br />
tanto está sendo solicitado que você calcule o erro absoluto máximo<br />
Aplicando os dados acima na equação teremos o seguinte desenvolvimento e resultado:<br />
18
Este resultado indica que os 120 V lidos no instrumento são, na realidade 120±4,5, ou seja, pode<br />
variar de 115,5V a 124,5V.<br />
É importante salientar que a Classe de precisão ou de exatidão deve vir impresso no visor do<br />
instrumento, conforme tabela abaixo.<br />
Classe<br />
Erro em<br />
percentagem do<br />
valor, no final da<br />
escala<br />
Tabela 1.1- Classe de precisão<br />
Instrumentos de alta precisão Instrumentos para fins<br />
19<br />
normais<br />
0,1 0,2 0,5 1,0 1,5 2,5 5,0<br />
+- 0,1 +- 0,2 +- 0,5 +- 1,0 +- 1,5 +- 2,5 +- 5,0<br />
Tensão de isolação ou tensão de prova é o valor máximo de tensão que um instrumento pode<br />
receber entre sua parte interna (de material condutor) e sua parte externa (de material isolante). Este<br />
valor é simbolicamente representado nos instrumentos por úmeros 1, 2, 3 ou 5, contidos no interior de<br />
uma estrela.<br />
Figura 1.3 <strong>–</strong> Wattímetro e símbolos para classe de isolação.<br />
Os valores significam tensões de isolação em KV. Quando a estrela se encontrar vazia a tensão<br />
de isolação é de 500V. Devemos tomar o cuidado de não utilizar instrumentos de medidas elétricas<br />
com tensão de isolação inferior à tensão da rede, pois podemos causar danos aos instrumentos e<br />
risco ao operador. A tensão de isolação deve ser sempre maior que a tensão da rede.<br />
Categoria de medição: é definida pelos padrões internacionais, podendo variar entre os níveis I a<br />
IV, onde os sistemas são divididos de acordo com a distribuição de energia. Esta divisão é baseada<br />
no fato de que um transiente perigoso de alta energia, como um raio, será atenuado ou amortecido à<br />
medida que passa pela impedância (resistência CA) do sistema.
1.1.3.1 Padrão:<br />
Figura 1.4 -Noções de Padrão, Aferição e Calibração<br />
É um elemento ou instrumento de medida destinado a definir, conservar e reproduzir a unidade<br />
base de medida de uma determinada grandeza. Possui uma alta estabilidade com o tempo e é<br />
mantido em um ambiente neutro e controlado. (temperatura, pressão, umidade, etc.)<br />
1.1.3.2 Aferição:<br />
Procedimento de comparação entre o valor lido por um instrumento e o valor padrão apropriado<br />
da mesma grandeza. Apresenta caráter passivo, pois os erros são determinados, mas não corrigidos.<br />
1.1.3.3 Calibração:<br />
Procedimento que consiste em ajustar o valor lido com um instrumento com o valor padrão de<br />
mesma natureza. Apresenta caráter ativo, pois além de determinado é corrigido.<br />
20
1.2 Teoria dos erros<br />
1.2.1 Classificação dos erros<br />
Podemos definir os erros que surgem nas leituras dos instrumentos de medição como sendo o<br />
desvio observado entre o valor medido e o valor verdadeiro (ou aceito como verdadeiro). De acordo<br />
com a causa, ou origem, dos erros cometidos nas medidas, estes podem ser classificados em:<br />
grosseiros, sistemáticos e acidentais.<br />
1.2.1.1 Erros grosseiros<br />
São erros causados por falha do operador, como por exemplo a troca na posição dos algarismos<br />
ao escrever os resultados, os enganos nas operações elementares efetuadas, posicionamento<br />
incorreto da vírgula nos números contendo decimais, ajustes e aplicações incorretas dos<br />
equipamentos e o erro de "paralaxe". Esses erros ocorrem normalmente pela imperícia ou distração<br />
do operador.<br />
O erro de paralaxe é um erro de observação que ocorre quando o olho humano não está<br />
diretamente sobre o ponteiro do medidor. Uma visada oblíqua causa o deslocamento aparente do<br />
ponteiro para a direita ou para a esquerda, dependendo de que lado do ponteiro o olho do observador<br />
está localizado, conforme podemos ver na figura 2.1.<br />
A fim de reduzir o erro de paralaxe, a maioria dos instrumentos de bancada e multitestes são<br />
providos de um espelho no mostrador. Para usar a escala de espelho, um olho só deve ser<br />
empregado; o olho deve então ser posicionado de modo a fazer com que o ponteiro e seu reflexo no<br />
espelho coincidam. A seguir, a medida pode ser lida com o máximo de exatidão.<br />
Os erros grosseiros podem ser evitados com a repetição dos ensaios pelo mesmo operador,<br />
ou por outros operadores.<br />
21
1.2.1.2 Erros sistemáticos<br />
Figura 1.5 <strong>–</strong> Erro de paralaxe<br />
Este tipo de erro é geralmente dividido em duas categorias: erros instrumentais e erros<br />
ambientais.<br />
1.2.1.3 Erros Instrumentais:<br />
São erros inerentes aos instrumentos de medição devido à sua estrutura interna. Por exemplo,<br />
o atrito entre as partes móveis dos instrumentos, tensão mecânica irregular da mola de torção,<br />
consumo de energia elétrica dos instrumentos, etc. Estes erros farão com que o instrumento dê<br />
indicação incorreta. Podemos também citar como exemplo de erros instrumentais os erros de<br />
calibração, motivando indicações superiores ou inferiores ao longo de toda a escala do instrumento.<br />
22
1.2.1.4 Erros ambientais:<br />
São erros devidos às condições externas ao dispositivo de medição, incluindo o meio<br />
circundante, como por exemplo as variações de temperatura, umidade, pressão ou campos elétricos e<br />
magnéticos. Alterações na temperatura ambiente causam mudanças nas propriedades elásticas das<br />
molas e na resistência elétrica dos resistores que compõem a estrutura interna do instrumento,<br />
afetando sua indicação. Campos magnéticos externos causam alterações na intensidade do campo<br />
magnético interno dos instrumentos do qual depende seu funcionamento correto. Podemos evitar os<br />
erros ambientais tomando os seguintes cuidados ou precauções:<br />
Utilização de ar condicionado ( necessário apenas em medições de alto grau de exatidão, como<br />
por exemplo medições em laboratório).<br />
Uso de blindagens magnéticas (necessárias aos instrumentos eletrodinâmicos que são utilizados<br />
próximos à fontes de campos magnéticos, como por exemplo, motores, transformadores, etc.).<br />
1.2.1.5 Erros acidentais<br />
A experiência mostra que, a mesma pessoa, realizando os mesmos ensaios com os mesmos<br />
elementos constitutivos de um circuito elétrico, não consegue obter, cada vez, o mesmo resultado. A<br />
divergência entre estes resultados é devida à existência de um fator incontrolável, o “fator sorte”. Para<br />
usar uma tecnologia mais científica, diremos que os erros acidentais são a conseqüência do<br />
“imponderável” (algo que não se pode avaliar). Como já foi dito, são erros essencialmente variáveis e<br />
não suscetíveis de limitação. Este tipo de erro só é detectável em medições de alto grau de exatidão.<br />
1.2.1.6 Erro absoluto e erro relativo<br />
A palavra “erro” designa a diferença algébrica entre o valor medido Vm de uma grandeza e o seu<br />
valor verdadeiro, ou aceito como verdadeiro, Ve , ou seja:<br />
∆V = Vm - Ve<br />
Onde o valor V é chamado de “erro absoluto”.<br />
Quando o valor Vm encontrado na medida é maior que o valor verdadeiro Ve, diz-se que o erro<br />
cometido é “por excesso”. Quando Vm é menor que Ve , diz-se que o erro cometido é “por falta”.<br />
23
O “erro relativo” “e”é definido como a relação entre o erro absoluto ∆V e o valor verdadeiro Ve da<br />
grandeza medida:<br />
Ve V e ∆ =<br />
Para definirmos o erro relativo percentual aplicamos o seguinte equacionamento:<br />
V V e =<br />
∆<br />
e<br />
24<br />
x 100 (%)
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de<br />
medição<br />
1.3.1 - Considerações Gerais<br />
Para a identificação rápida das diversas características do instrumento de medida, foram<br />
adotados símbolos inscritos na escala, de modo que cada um determina uma destas características.<br />
Os diversos símbolos usados na eletrotécnica e no campo de medição elétrica são mostrados nas<br />
figuras a seguir.<br />
Figura 1.6 <strong>–</strong> Símbolos<br />
25
Figura 1.7 <strong>–</strong> Símbolos (Continuação)<br />
26
Figura 1.8 <strong>–</strong> Símbolos (continuação)<br />
27
Figura 1.9 <strong>–</strong> Símbolos (Continuação)<br />
28
1.4 Voltímetros<br />
Os Voltímetros são instrumentos destinados a medir a tensão. Podem ser de bobina móvel, ferro<br />
móvel ou eletrodinâmicos.<br />
A precisão dos voltímetros é tanto maior quanto maior a sua resistência interna. Assim , a<br />
precisão de um instrumento de 100kV é menor do a de 1MV.<br />
Sempre que usamos um voltímetro, devemos verificar se a escala escolhida é compatível com a<br />
grandeza a ser medida. Por exemplo, se formos medir a tensão de aproximadamente 120 volts,<br />
poderemos usar a escala de 0-150V, nunca uma escala menor, porque poderão ocorrer avarias no<br />
instrumento. Caso não se saiba a ordem de grandeza da tensão a ser medida, deverão ser usadas as<br />
escalas mais altas.<br />
Os voltímetros usuais medem tensões de até 500 a 600 volts (baixa tensão). Para se medir altas<br />
tensões é necessário o uso de transformadores de potencial (TP), que transformam a alta tensão em<br />
baixa tensão.<br />
Para se efetuar a leitura da tensão, basta colocar os terminais do instrumento entre os dois<br />
pontos do circuito e ler a grandeza na escala escolhida. As leituras mais precisas são aquelas<br />
efetuadas no meio da escala. Abaixo apresentamos o aspecto físico de um voltímetro, o seu símbolo<br />
e a maneira de como ligá-lo numa medição.<br />
Figura 1.10 <strong>–</strong> Voltímetros<br />
29
1.5 Amperímetros<br />
Os amperímetros são instrumentos destinados a medir correntes elétricas. Podem, a exemplo<br />
dos voltímetros, ser dos tipos bobina móvel, ferro móvel e eletrodinâmicos. Ao contrário dos<br />
voltímetros, os amperímetros são tanto mais precisos quanto menor for a sua resistência interna. A<br />
sua ligação é sempre feita em série com o circuito a ser medido. Abaixo, vemos a fotografia de um<br />
Amperímetro comumente usado e sua simbologia.<br />
Figura 1.11 <strong>–</strong> Amperímetros<br />
Antes de se usar o instrumento, deve-se escolher a escala adequada à grandeza da corrente a<br />
medir, de modo que a leitura se efetue no meio da escala. Por exemplo, se a corrente a medir for da<br />
ordem de 60 ampères, deve-se escolher a escala de 0-100A. Caso se desconheça a ordem de<br />
grandeza da corrente a medir, deve-se escolher as escalas mais elevadas e, em seguida, trocar de<br />
escala, efetuando-se a leitura na metade da escala escolhida.<br />
Os amperímetros comuns têm escalas até 600 ou 800 ampères. Para leituras maiores, como é o<br />
caso de instrumentos fixos em painéis, há necessidade de transformadores de corrente (TC) que<br />
transformam valores elevados de corrente em valores pequenos (0-5A), as quais, conhecida a relação<br />
de transformação do TC, permitem concluir a leitura real.<br />
Na figura abaixo, vemos um tipo de amperímetro usado nos painéis de quadros elétricos.<br />
Figura 1.12 <strong>–</strong> Exemplo de amperímetro usado em painel de quadro elétrico<br />
30
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate<br />
Modernamente está muito difundido o uso de amperímetros portáteis do tipo ¨alicate¨, ou seja,<br />
um instrumento que não precisa interromper o circuito par a ligação em série. Ele funciona usando o<br />
principio da indução, ou seja, a corrente do condutor produz um campo magnético que induz f.e.m. no<br />
circuito do instrumento, possibilitando a leitura em escalas convenientemente relacionadas com a<br />
corrente a medir.<br />
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos:<br />
Figura 1.13 <strong>–</strong> Modelo de volt-amperímetro<br />
A Gancho (secundário de um TC) D Visor da escala graduada<br />
B Gatilho (Para abrir gancho) E Terminais para medição de tensão<br />
C Parafuso de Ajuste F Botão seletor de escala<br />
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos internos:<br />
Figura 1.14 <strong>–</strong> Volt-amperímetro <strong>–</strong> componentes básicos<br />
A Gancho (bobinado secundário do TC) E Terminais<br />
B Retificador F Seletor de escala<br />
C Resistor Shunt para medições amperimétricas G Resistor de amortecimento para medições voltimétricas<br />
D Galvanômetros<br />
31
O principio de funcionamento do volt-amperímetro tipo alicate é do tipo bobina móvel com<br />
retificador e é utilizado tanto para medições de tensão como de corrente elétrica.<br />
Observações: Quando o volt-amperímetro tipo alicate é utilizado na medição de tensão elétrica,<br />
ele funciona exatamente como um multiteste.<br />
Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos condutores do circuito em<br />
que se deseja fazer a medição (seja no circuito trifásico como no circuito monofásico).<br />
Figura 1.15 <strong>–</strong> Exemplo de medição com volt-amperímetro<br />
O condutor abraçado deve ficar o mais centralizado possível dentro do gancho<br />
Figura 1.16 <strong>–</strong> Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação)<br />
O condutor abraçado funciona como o primário do TC e induz a corrente no secundário (o próprio<br />
gancho). Essa corrente secundaria é retificada e enviada ao galvanômetro do instrumento, cujo<br />
ponteiro indicará, na escala graduada, o valor da corrente no condutor.<br />
32
Os volt-amperimetros tipo alicate não apresentam uma boa resolução no inicio da sua escala<br />
graduada, mesmo assim podem ser empregados nas correntes de baixos valores (menores que um<br />
1A). Neste caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento.<br />
Figura 1.17 - Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação)<br />
Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo numero de vezes que o<br />
condutor estiver passando pelo gancho.<br />
1.7 Megôhmetros<br />
Os Megôhmetros são aparelhos destinados a medir altas resistências, daí serem usados para<br />
teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc.<br />
Figura 1.18 - Megôhmetro<br />
O Megôhmetro não é indicado para se medir mau contato de emendas de fios, chaves ou<br />
fusíveis, pois neste caso a resistência do circuito é muito pequena e o instrumento não teria precisão.<br />
33
O Megôhmetro é um gerador de corrente contínua acionado por manivela, tendo uma escala e<br />
dois bornes de ligação. Em aparelhos modernos a tensão do gerador é mantida constante, qualquer<br />
que seja a rotação da manivela.<br />
Na figura abaixo vemos a indicação de um Megôhmetro de 500 volts, permitindo leituras de até<br />
50megohms. Este instrumento será indicado quando a instalação ou o equipamento a medir for de<br />
baixa tensão. Quando a instalação ou equipamento trabalhar em alta tensão, usam-se Megôhmetros<br />
de até 5000 volts com escala de 10000 megohms.<br />
1.7.1 Como usar o Megôhmetro<br />
Figura 1.19 <strong>–</strong> Indicação em um megôhmetro<br />
Pode-se medir a resistência do isolamento entre condutores ou entre condutores e eletroduto.<br />
Para isso, abrem-se os terminais do circuito em uma das extremidades, e na outra extremidade ligam-<br />
se os bornes do megôhmetro, inicialmente entre os condutores e depois entre cada condutor e a<br />
massa (eletroduto). Deste modo, constata-se qual a resistência de isolamento.<br />
Figura 1.20 <strong>–</strong> Como utilizar o megôhmetro<br />
34
De acordo com a NBR 5410, a resistência de isolamento mínima é a seguinte:<br />
Para fios de 1,5 e 2,5 mm2 <strong>–</strong> 1MΩ<br />
Para fios de maior seção é baseada na corrente do circuito, conforme tabela abaixo:<br />
Tabela 1.2 <strong>–</strong> Corrente do circuito X Resistência de isolamento<br />
Corrente do circuito Resistência de isolamento<br />
De 25 a 50 A 250.000 Ω<br />
De 51 a 100 A 100.000 Ω<br />
De 101 a 200 A 50.000 Ω<br />
De 201 a 400 A 25.000 Ω<br />
De 401 a 800 A 12.000 Ω<br />
Acima de 800 A 5.000 Ω<br />
Vamos supor, por exemplo, que num circuito de 1,5 mm2, aplicando o megôhmetro entre cada<br />
condutor e massa, achamos uma leitura de 0,2 megohms; isso significa problemas de isolamento no<br />
circuito que devem ser sanados antes da ligação definitiva. Pode-se medir também a resistência de<br />
isolamento entre os enrolamentos de um motor e a massa. Uma boa isolação é de 1.000 ohms para<br />
cada volt de tensão a ser aplicada no circuito.<br />
Figura 1.21 <strong>–</strong> Medição com megôhmetro<br />
35
1.8 <strong>–</strong> Medidores de Potência<br />
Os medidores de potência elétrica são conhecidos como wattímetros, pois sabemos que a<br />
potência é expressa em watts por meio das fórmulas conhecidas:<br />
P = U.I corrente contínua;<br />
P = U.I.cos ɵ corrente alternada monofásica;<br />
P = 1,73. U.I.cos ɵ corrente alternada trifásica.<br />
Onde:<br />
U tensão em volts;<br />
I corrente em ampères;<br />
cos ө fator de potência;<br />
P Potencia em Watts.<br />
Assim, para que um instrumento possa medir a potencia de um circuito elétrico, será necessário<br />
o emprego de duas bobinas: uma de corrente e outra de potencial.<br />
A ação mútua dos campos magnéticos gerados pelas duas bobinas provoca o deslizamento de<br />
um ponteiro em uma escala graduada em watts proporcional ao produto Volts x Ampères, conforme<br />
figura abaixo. Note-se que a bobina de tensão ou de potencial está ligada em paralelo com o circuito,<br />
e a bobina de corrente, em série.<br />
Figura 1.22 <strong>–</strong> Medidores de potência<br />
Os wattímetros só medem a potência ativa, ou seja, aquela que é dissipada em calor.<br />
Conhecidas a potencia ativa P, a tensão U e a corrente I, podemos, determinar o fator de potência<br />
(cos ө).<br />
36
1.9 Freqüencímetros<br />
A medição da freqüência da corrente alternada pode efetuar-se por comparação com uma outra<br />
freqüência conhecida e através de métodos denominados de ressonância<br />
Os métodos comparativos são variados e de obtenção muito delicada, ficando restritos a<br />
medições de laboratórios.<br />
Os métodos de ressonância são usados na indústria e nas aplicações comuns, permitindo os<br />
instrumentos deste tipo realizar leituras diretas.<br />
1.9.1 Freqüencímetros Eletrodinâmicos<br />
Os instrumentos eletrodinâmicos podem ser empregados para medir freqüência se os seus<br />
circuitos forme executados eletricamente ressonantes.<br />
Como regra geral possuem dois circuitos sintonizados: um deles em uma freqüência menor que<br />
a mínima que pode indicar o instrumento, estando, o segundo circuito, em uma freqüência<br />
ligeiramente superior à máxima.<br />
Estes sistemas ressonantes podem ser combinados com sistemas eletrodinâmicos simples ou<br />
com sistemas eletrodinâmicos de bobinas cruzadas.<br />
Um Freqüêncímetros do último tipo mencionado é apresentado na figura 16.1, instrumento que<br />
funciona baseado no fato de que a corrente que circula através de uma reatância diminui ao aumentar<br />
a freqüência, ao passo que aumenta ao circular por uma reatância capacitiva.<br />
Figura 1.23 - Freqüêncímetros<br />
37
1.9.2 Freqüencímetros de Indução<br />
Este instrumento é constituído por dois eletroímãs com núcleo de ferro laminado.<br />
As expansões polares destes núcleos possuem espiras em curto-circuito que atuam como<br />
enrolamento de partida, como se fosse um motor elétrico de indução.<br />
Os campos alternados das correntes atravessam as espiras em curto-circuito como também o<br />
disco, produzindo em cada eletroímã dois campos contíguos corridos em fase.<br />
Cada campo criado tende a arrastar o disco em sentido contrário.<br />
Na figura abaixo o eletroímã está conectado à tensão da rede através de uma resistência R, e<br />
em um domínio restrito de freqüência, sendo a intensidade da sua corrente praticamente proporcional<br />
à tensão.<br />
Figura 1.24 - Freqüencímetros de Indução<br />
A bobina do eletroímã 2 está conectada à mesma tensão através de um circuito ressonante com<br />
indutância L e capacitância.<br />
Devido a localização excêntrica do eixo, ao girar o disco, varia a extensão afetada pelas corrente<br />
de Foucault, mudando estas e modificando portanto os momentos de desvio.<br />
Um dos momentos reduz-se aumentando o oposto.<br />
O disco, que carece de momento diretor mecânico, permanece estacionário quando ambos são<br />
iguais, mostrando assim, como medidor de quocientes, a relação entre as intensidades da corrente<br />
nos eletroímãs.<br />
Dado que a intensidade que atravessa 1 é proporcional à tensão e a que circula por 2 é<br />
proporcional à tensão e à freqüência , a indicação do instrumento corresponde exclusivamente à<br />
freqüência.<br />
38
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória<br />
Estes instrumentos baseiam-se em um princípio de ressonância mecânica.<br />
A ressonância é um fenômeno físico verificado quando cessa a diferença entre os períodos dos<br />
momentos vibratórios de um determinado corpo, o que lhe é próprio e o que ele recebe, isto é,<br />
movimentos de vibrações forçadas cuja amplitude é máxima.<br />
Assim, por um recurso qualquer, cria-se outro movimento oscilatório de igual freqüência,<br />
denominando-se excitador ao primeiro sistema e ressonante ao segundo.<br />
Uma lâmina de aço submetida à influência de um campo magnético alternado vibrará com<br />
amplitude máxima quando a freqüência do campo magnético coincida com a freqüência própria da<br />
ressonância da lingüeta.<br />
Baseado nesse principio constroem-se Freqüencímetros denominados de lingüeta vibratória<br />
como pode-se observar externamente na figura 16.3, para um aparelho de 50 a 60Hz, consumo<br />
próprio de 8 a 10mA, para uma tensão de 110, 220, 380 e 440V e classe de precisão de 0,3% do<br />
valor real.<br />
Figura 1.25 - Freqüencímetros de lingüeta vibratória<br />
O instrumento constitui-se por uma determinada quantidade de lingüetas de aço de 2 a 5mm de<br />
largura, de o,1 a 0,4mm de espessura e de 20 a 60mm de comprimento.<br />
Estas lingüetas possuem as extremidades anteriores dobradas e de cor branca, ajustando-se<br />
mecanicamente para que possuam diferentes freqüências de oscilação própria, dispondo-se uma ao<br />
lado da outra.<br />
39
Se são excitadas mediante um campo alternado de um eletroímã, por ressonância, oscilará com<br />
a máxima intensidade a lingüeta, cuja freqüência própria coincida com a da corrente excitante.<br />
As lingüetas vizinhas oscilam também, mais ou menos, de maneira que, segundo seja o aspecto<br />
da oscilação do conjunto, permite realizar uma leitura direta ou tomar um valor médio, figura abaixo:<br />
1.10 Terrômetros<br />
Figura 1.26 <strong>–</strong> Exemplo de oscilação do Freqüêncímetro de lingüeta vibratória<br />
O Terrômetro mede a resistência de sistemas de aterramento formados por estacas ou malhas<br />
pequenas por medição da resistência de um laço de terra aproveitando a presença de aterramentos<br />
vizinhos, sem a necessidade de utilizar estacas auxiliares próprias e sem desconectar o aterramento<br />
sob teste.<br />
Este instrumento é especialmente indicado para medir a resistência própria de um determinado<br />
eletrodo que faz parte de um sistema de aterramento complexo. Também permite detectar<br />
rapidamente a existência de conexões inadequadas e contatos de má qualidade.<br />
Figura 1.27 <strong>–</strong> Terrometro Digital<br />
40
1.10.1 Eletrodo de aterramento<br />
Segundo a NBR 5410:2004, um eletrodo de aterramento pode ser constituído preferencialmente<br />
das próprias armaduras embutidas no concreto das fundações, isso nos garante considerar que as<br />
interligações sejam suficientes para garantir um bom aterramento com características elétricas<br />
suficientes para dispensar qualquer outro tipo de aterramento suplementar, isto é, a tradicional haste<br />
de aterramento.<br />
O tipo de eletrodo a ser utilizado em uma edificação depende da resistência do solo, podendo ser<br />
utilizada a própria fundação, haste de cobre, malha ou até mesmo chapa de cobre. Sendo assim cada<br />
caso deve ser analisado individualmente, observando que a resistência obrigatoriamente deve ser de<br />
no máximo 10 Ohms (verificada com o Terrômetro).<br />
O aterramento em uma instalação tem, como finalidade de dissipar no solo a corrente de fuga,<br />
sem provocar tensões de passo perigosas e mantendo baixa a queda de tensão na resistência de<br />
terra. Os condutores de um sistema de terra são denominados eletrodos e podem ser introduzida nas<br />
posições VERTICAL, HORIZONTAL ou INCLINADA.<br />
A resistência característica do solo, é que vai determinar sua resistividade que pode ser definida<br />
como a resistência entre faces opostas de um cubo de aresta unitária construído com material retirado<br />
do local ou pode-se medir com instrumento chamado TERRÔMETRO (Método de Wenner) com 4<br />
terminais (duas de corrente e duas de tensão), separadas eqüidistantes uns dos outros.<br />
Figura 1.28 <strong>–</strong> Terrômetro Analógico<br />
Quando a distância a for pequena, a resistividade corresponde às primeiras camadas do terreno,<br />
à medida que a distância entre as hastes vai sendo aumentada, vão sendo incluídas as camadas<br />
inferiores, para efeito de padronização são utilizadas distâncias de 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128 metros e<br />
são realizadas medições em varias direções no terreno.<br />
41
1.10.2 Cuidados na medição<br />
Quando conectar os cabos assegure-se de que eles estejam separados. Caso a medição seja<br />
realizada com os cabos trançados ou encostados uns aos outros, a leitura da medição poderá ser<br />
afetada devido a tensão indutiva.<br />
Se a resistência das estacas auxiliares for muito alta, a precisão das medidas será afetada.<br />
Assegure-se de que as estacas estão fixas em uma região úmida. Também assegure-se de que as<br />
conexões estão corretas.<br />
seguir.<br />
Caso o valor medido seja superior a 10 ohms, deve-se tentar redução por um dos métodos a<br />
Para se reduzir a resistência de terra usa-se um dos seguintes métodos, a saber:<br />
Hastes profundas: Existem no mercado, hastes que podem ser prolongadas por buchas de união;<br />
o instalador vai cravando as secções através de um martelete e medindo a resistência até chegar ao<br />
valor desejado. Alem do efeito do comprimento da haste tem-se uma redução da resistência pela<br />
maior umidade do solo nas camadas mais profundas, sendo que não devem ultrapassar a 18 mts de<br />
profundidade, pois causariam indutância elevada.<br />
Sal para melhorar a condutividade do solo: Este método permite obter resistências mais baixas; o<br />
inconveniente é que o sal (normalmente o Nacl) se dissolve com a água da chuva e o tratamento que<br />
ser renovado a cada 2 ou 3 anos ou ainda menos dependendo do tipo de terreno.<br />
Tratamento Químico: neste método o eletrodo é mantido úmido por um GEL que absorve água<br />
durante o período de chuva e a perde lentamente no período de seca, deve-se tomar cuidado no uso<br />
deste método com o uso de hastes de aço galvanizado devido o ataque corrosivo, no Brasil é<br />
conhecido pelo nome do Fabricante + gel. Ex: Aterragel, Ericogel, Laborgel etc.<br />
Uso de eletrodos em paralelo: quando os eletrodos são verticais pode-se colocar hastes a uma<br />
distancia no mínimo igual ao comprimento, em disposição triangular, retilínea, quadrangular ou<br />
circular. A distancia mínima esta relacionada com a interferência entre o mesmo e sua redução.<br />
1.10.3 Conclusões e recomendações<br />
O tipo de eletrodo a ser utilizado em uma edificação depende da resistência do solo, podendo ser<br />
utilizada a própria fundação, haste de cobre, malha ou até mesmo chapa de cobre. Sendo assim cada<br />
caso deve ser analisado individualmente, observando que a resistência obrigatoriamente deve ser de<br />
no máximo 10 Ohms (verificada com o Terrômetro).<br />
42
II <strong>–</strong> FERRAMENTAS ELÉTRICAS<br />
2.1 Exemplos de Ferramentas Elétricas<br />
Figura 2.1 <strong>–</strong> Exemplos de ferramentas elétricas<br />
1- Serra de meia-esquadria; 2-Tupia; 3-Esmerilhadeira;<br />
4-Serra tico-tico; 5-Serra circular; 6-Extensão elétrica<br />
43
2.2 Exemplos de Ferramentas Manuais<br />
Figura 2.2 <strong>–</strong> Exemplos de ferramentas manuais<br />
1- Esquadro metálico; 2- Alavanca metálica (barra); 3 - Serra de esquadria manual;<br />
4 - Batedor de régua; 5 - Martelo de borracha; 6 <strong>–</strong> Espaçadores; 7 - Punção de bico;<br />
8 - Chave de fenda; 9- Alicate universal; 10 <strong>–</strong> Martelo; 11- Suta (esquadro móvel);<br />
12 - Óculos de segurança; 13 <strong>–</strong> Grosa; 14 <strong>–</strong> Formão; 15 <strong>–</strong> Espátula;<br />
16 <strong>–</strong> Trena; 17 - Nível; 18 <strong>–</strong> Estilete; 19 -Serra manual; 20 - Cinta de tração; 21- Arco de serra<br />
44
2.3 Alicates<br />
2.3.1 Descrição<br />
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento, compostas de dois<br />
braços e um pino de articulação, tendo em uma das extremidades dos braços, suas barras, cortes e<br />
pontas, temperadas e revenidas.<br />
2.3.2 Utilização<br />
O Alicate serve para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadas peças nas<br />
montagens.<br />
2.3.3 Classificação<br />
Os principais tipos de alicate são:<br />
• Alicate Universal;<br />
• Alicate de Corte;<br />
• Alicate de Bico;<br />
• Alicate de Compressão;<br />
• Alicate de Eixo Móvel.<br />
O Alicate Universal serve para efetuar operações como segurar, cortar e dobrar.<br />
Figura 2.3 <strong>–</strong> Alicate universal<br />
45
O Alicate de Corte serve para cortar chapas, arames e fios.<br />
Figura 2.4 <strong>–</strong> Alicate de corte<br />
O Alicate de Bico é utilizado em serviços de mecânica e eletricidade.<br />
Figura 2.5 <strong>–</strong> Alicate de bico<br />
O Alicate de Compressão trabalha por pressão e dá um aperto firme às peças, sendo sua<br />
pressão regulada por intermédio de um parafuso existente na extremidade.<br />
Figura 2.6 <strong>–</strong> Alicate de compressão<br />
46
O Alicate de Eixo Móvel é utilizado para trabalhar com peças cilíndricas, sendo sua articulação<br />
móvel, para possibilitar maior abertura.<br />
2.4 Desencapador de fios<br />
Figura 2.7 <strong>–</strong> Alicate de eixo móvel<br />
Pode ser bastante simples como o do tipo que se assemelha a um alicate. Regula-se a abertura<br />
das lâminas de acordo com o diâmetro do condutor a ser desencapado. Outro tipo de desencapador é<br />
o desarme automático. Nele existem orifícios com diâmetros reguláveis correspondentes aos diversos<br />
condutores. Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como a remoção da isolação são executados.<br />
Figura 2.8 <strong>–</strong> Desencapador de fios<br />
47
2.5 Alicates prensa terminal<br />
2.5.1 Alicate Manual<br />
Alicate manual para instalar terminais e emendas não isolados. Possui matriz fixa para<br />
compressão, cortadora e desencapadora de fios e cabos.<br />
2.5.2 Alicate Manual de Pressão<br />
Figura 2.9 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal - manual<br />
Alicate manual de pressão, para instalação de terminais e emendas pré-isoladas. Possui três<br />
matrizes fixadas para a compressão e cortadora de fios e cabos. Permite fazer a compressão de<br />
terminais e emendas numa só operação.<br />
Figura 2.10 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal <strong>–</strong> manual de pressão<br />
48
Alicate de pressão, que funciona sob o princípio de catraca e destina-se exclusivamente para a<br />
fixação dos terminais e emendas pré-isoladas. Possui matrizes que realizam simultaneamente as<br />
compressões do barril e da luva plástica dos terminais.<br />
2.5.3 Alicate de Pressão<br />
Figura 2.11 <strong>–</strong> Alicate prensa terminal <strong>–</strong> manual de pressão 2<br />
Compressor manual, para instalação de conectores, vem equipado com ninho regulável, ajustado<br />
a medida desejada, bastando girar o parafuso regulador que se encontra na cabeça da ferramenta.<br />
Junto à matriz encontra-se uma escala de aço gravada com as várias graduações, que orienta a<br />
ajustagem, podendo ser fixado em uma bancada.<br />
Figura 2.12 <strong>–</strong> Alicate de pressão<br />
49
2.5.4 Alicate Hidráulico<br />
O alicate hidráulico, tem a cabeça rotativa, permitindo a sua utilização em qualquer ângulo.<br />
Possui um avanço manual, além do avanço hidráulico, o que permite o ajuste rápido da abertura dos<br />
mordentes, e é isolado com neoprene, excetuada a cabeça. Utilizável com matrizes intercambiáveis,<br />
para vários diâmetros de terminais.<br />
Figura 2.13 <strong>–</strong> Alicate hidráulico<br />
2.6 Conectores à compressão<br />
Figura 2.14 <strong>–</strong> Conectores à compressão<br />
50
2.7 Alicate Rebitador<br />
Alicate usado para efetuar a fixação de peças com rebites.<br />
Figura 2.15 <strong>–</strong> Alicate Rebitador<br />
51
2.8 Rebites<br />
2.8.1 Procedimento de Rebitagem<br />
1. Coloca-se o rebite no furo;<br />
2. O rebitador agarra o mandril;<br />
Figura 2.16 - Rebites<br />
Figura 2.17 <strong>–</strong> Rebitagem (1)<br />
Figura 2.18 <strong>–</strong> Rebitagem (2)<br />
3. O rebitador traciona o mandril e a cabeça deste efetua a rebitagem, que estará completa<br />
com o final destaque da haste;<br />
Figura 2.19 <strong>–</strong> Rebitagem (3)<br />
4. A rebitagem está concluída e as partes firmemente fixadas.<br />
Figura 2.20 <strong>–</strong> Rebitagem (4)<br />
52
2.9 Chaves de aperto<br />
2.9.1 Descrição<br />
São ferramentas geralmente de aço vanádio ou aço cromo extraduros, que utilizam o princípio da<br />
alavanca para apertar ou desapertar parafusos e porcas.<br />
2.9.2 Comentários<br />
As chaves de aperto caracterizam-se por seus tipos e formas, apresentando-se em tamanhos<br />
diversos e tendo o cabo (ou braço) proporcional à boca.<br />
2.9.3 Classificação<br />
As Chaves de aperto classificam-se em:<br />
• Chave de Boca Fixa Simples;<br />
• Chave Combinada (de boca e de estrias);<br />
• Chave de Boca Fixa de Encaixe;<br />
• Chave de Boca Regulável;<br />
• Chave Allen;<br />
• Chave Radial ou de Pinos;<br />
• Chave Corrente ou Cinta;<br />
• Chave Soquete.<br />
53
A Chave de Boca Fixa simples compreende dois tipos, tais como: de uma boca e de duas bocas<br />
Utiliza o princípio da alavanca para apertar ou desapertar parafusos e porcas.<br />
Figura 2.21 <strong>–</strong> Chave de boca<br />
Chave Combinada :Neste modelo combinam-se os dois tipos básicos existentes: de boca e de<br />
estrias. A de estrias é mais usada para “quebrar” o aperto e a de boca para extrair por completo a<br />
porca ou parafuso.<br />
Figura 2.22 <strong>–</strong> Chave Combinada<br />
54
A Chave de Boca Fixa de Encaixe (Chave de Estria e Chave Copo) é encontrada em vários tipos<br />
e estilos. A chave de estrias se ajusta ao redor da porca ou parafuso, dando maior firmeza,<br />
proporcionando um aperto mais regular, maior segurança ao operador; geralmente se utiliza em locais<br />
de difícil acesso.<br />
Figura 2.23 <strong>–</strong> Chave de boca fixa de encaixe<br />
Chave de Boca Regulável é aquele que permite abrir ou fechar a mandíbula móvel da chave, por<br />
meio de um parafuso regulador ou porca. Existem dois tipos: chave inglesa e chave de grifo<br />
Figura 2.24 A <strong>–</strong> Chave de boca regulável <strong>–</strong> inglesa<br />
55
Permite abrir e fechar a mandíbula móvel da chave, por meio de um parafuso regulador.<br />
Conhecida como chave inglesa.<br />
Figura 2.24 B <strong>–</strong> Chave de boca regulável - grifo<br />
Permite abrir e fechar a mandíbula móvel da chave, por meio de uma porca reguladora.<br />
Conhecida como chave de grifo.Mais usada para serviços em tubulações.<br />
A Chave Allen ou Chave para Encaixe Hexagonal é utilizada em parafusos cuja cabeça tem um<br />
sextavado interno. É encontrada em jogo de seis ou sete chaves, em séries padrão métrico ou em<br />
polegadas.<br />
Figura 2.25 <strong>–</strong> Chave Allen<br />
A Chave Radial ou de Pinos e Axial são utilizadas nos rasgos de peças geralmente cilíndricas e<br />
que podem ter a rosca interna ou externa.<br />
Figura 2.26 <strong>–</strong> Chave radial<br />
56
Chave Corrente (ou cinta):Usadas para serviços em tubulações e fixação de motores para teste<br />
em bancadas.<br />
Figura 2.27 <strong>–</strong> Chave corrente<br />
Chave Soquete: Indicada para eletro-eletrônica e mecânica leve. Capacidade de uso em locais<br />
de difícil acesso.<br />
Figura 2.28 <strong>–</strong> Chave soquete<br />
57
Os soquetes ou chaves de caixa, podem ser incluídas entre as chaves de estrias. Também<br />
conhecidas como “chave cachimbo”. Substituem as chaves de estrias e de boca. Permitem ainda<br />
operar em montagem e manutenção de parafusos ou porcas embutidos em lugares de difícil acesso.<br />
Recomendações<br />
Algumas medidas devem ser observadas para a utilização e conservação das chaves de aperto,<br />
tais como:<br />
1. As chaves de aperto devem estar justas nos parafusos ou porcas;<br />
2. Evitar dar golpes com as chaves;<br />
3. Limpá-las após o uso;<br />
4. Guardá-las em lugares apropriados.<br />
Chave de Parafuso de Fenda :A chave de parafuso de fenda é uma ferramenta de aperto<br />
constituída de uma haste cilíndrica de aço carbono, com uma de suas extremidades forjada em forma<br />
de cunha e a outra em forma de espiga prismática ou cilíndrica estriada, onde acopla-se um cabo de<br />
madeira ou plástico. É empregada para apertar e desapertar parafusos cujas cabeças tenham fendas<br />
ou ranhuras que permitam a entrada da cunha.<br />
Características<br />
Figura 2.29 <strong>–</strong> Chave de parafuso de fenda<br />
A chave de fenda deve apresentar as seguintes características:<br />
1. Ter sua cunha temperada e revenida;<br />
2. Ter as faces de extremidade da cunha, em planos paralelos;<br />
3. Ter o cabo ranhurado longitudinalmente, que permita maior firmeza no aperto, e bem<br />
engastado na haste da chave;<br />
4. Ter a forma e dimensões das cunhas proporcionais ao diâmetro da haste da chave.<br />
Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com cunha em forma de cruz, chamada<br />
Chave Phillips.<br />
Figura 2.30 <strong>–</strong> Chave Phillips<br />
58
2.10 Morsa de bancada<br />
É dispositivo de fixação constituído de duas mandíbulas, uma fixa e outra móvel, que se desloca<br />
por meio de parafuso e porca.<br />
Figura 2.31 <strong>–</strong> Morsa de bancada<br />
As mandíbulas são providas de mordentes estriados e temperados, para maior segurança na<br />
fixação das peças. As morsas podem ser construídas de aço ou ferro fundido, em diversos tipos e<br />
tamanhos. Existem morsas de base giratória para facilitar a execução de certos trabalhos.<br />
Figura 2.32 <strong>–</strong> Morsa de bancada(2)<br />
59
2.10.1 Funcionamento<br />
A mandíbula móvel se deslocar por meio de parafuso e porca. O aperto é dado através do<br />
manípulo localizado no extremo do parafuso.<br />
Figura 2.33 <strong>–</strong> Morsa de bancada(3)<br />
Os tamanhos das morsas são identificadas através de números correspondendo à largura das<br />
mandíbulas.<br />
2.10.2 Condição de Uso<br />
Figura 2.34 <strong>–</strong> Tamanhos de morsas<br />
A morsa deve estar bem presa na bancada e na altura conveniente.<br />
Conservação<br />
Deve-se mantê-la bem lubrificada para melhor movimento da mandíbula e do parafuso, e sempre<br />
limpa-la ao final do trabalho.<br />
60
2.11 Arco de serra<br />
É uma ferramenta manual de um arco de aço carbono, onde deve ser montada uma lâmina de<br />
aço ou aço carbono, dentada e temperada.<br />
2.11.1 Características<br />
Figura 2.35 <strong>–</strong> Arco de serra<br />
O arco de serra caracteriza-se por ser regulável ou ajustável de acordo com o comprimento da<br />
lâmina. A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento e pelo número de dentes por polegada.<br />
Comprimento: 8” - 10” - 12”.<br />
Número de dentes por polegada: 18 - 24 e 32.<br />
61
2.11.2 Comentários<br />
1. A serra manual é usada para cortar materiais, para abrir fendas e rasgos;<br />
2. Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos laterais dos dentes em forma<br />
alternada, a fim de facilitar o deslizamento da lâmina durante o corte;<br />
Figura 2.36 <strong>–</strong> Arco de serra (2)<br />
3. A lâmina de serra deve ser selecionada, levando-se em consideração:<br />
a) a espessura do material a ser cortado, que não deve ser menor que dois passos de dentes;<br />
Figura 2.37 - Arco de serra (3)<br />
b) o tipo de material, recomendando-se maior número de dentes para materiais duros.<br />
4. A tensão da lâmina de serra no arco deve ser a suficiente para mantê-la firme;<br />
5. Após o uso do arco de serra a lâmina deve ser destensionada.<br />
62
2.12 Ferro de solda<br />
É destinado à execução de soldas de estanho, usuais em instalações elétricas. É uma<br />
ferramenta que armazena o calor produzido por uma chama ou resistência elétrica e o transfere para<br />
as peças a serem soldadas e a própria solda, de modo a fundi-la. A solda fundida adere às peças a<br />
unir, solidificando-se ao esfriar. Os ferros de soldar são de três tipos principais: comuns, a gás e<br />
elétricos.<br />
Ferros maiores são usados para a solda de peças grandes que exigem maior quantidade de<br />
calor. Os ferros de solda elétricos são encontrados no mercado com diversas formas e potências.<br />
Normalmente são de 20, 60, 100, 200, 450 ou mais watts de potência<br />
.<br />
Figura 2.38 <strong>–</strong> Ferro de solda<br />
63
2.13 Serrote<br />
É uma ferramenta bastante conhecida, se bem que nem sempre bem utilizada. É de uso apenas<br />
eventual pelo eletricista. É adequado para serrar madeira.<br />
2.14 Arco de Pua<br />
Figura 2.39 - Serrote<br />
Para fazer furos redondos em madeira ou outro material mole, usa-se a pua com o respectivo<br />
arco. A pua, parte da ferramenta que produz o corte, é encontrada em diversos diâmetros para<br />
produzir o furo com as dimensões desejadas. Há um tipo pouco usual cujo diâmetro de corte pode ser<br />
ajustado, podendo-se assim executar furos de diversos diâmetros com a mesma ferramenta.<br />
Figura 2.40 <strong>–</strong> Arco de pua<br />
64
2.15 Torquímetro<br />
O torquímetro é uma ferramenta especial destinada a medir o torque (ou aperto) dos parafusos<br />
conforme a especificação do fabricante do equipamento. Isso evita a formação de tensões e<br />
consequentemente deformação das peças quando em serviço A unidade de medida do torquímetro é<br />
o Newton metro (Nm) e a leitura é direta na escala graduada, permitindo a conferência do aperto, de<br />
acordo com o valor preestabelecido pelo fabricante. Existem vários tipos de torquímetros tais como:<br />
2.15.1 Como usar o torquímetro<br />
Figura 2.41 - Torquímetros<br />
O torquímetro pode ser usado para rosca direita ou esquerda, mas somente para efetuar o torque<br />
final. Para encostar o parafuso ou porca, usa-se uma chave comum. Para obter maior precisão na<br />
medição, é conveniente lubrificar previamente a rosca antes de colocar e apertar a porca ou parafuso.<br />
65
2.16 Verificadores e calibradores<br />
São instrumentos geralmente fabricados de aço, temperado ou não. Apresentam formas e perfis<br />
variados. Utilizam-se para verificar e controlar raios, ângulos, folgas, roscas, diâmetros e espessuras.<br />
2.16.1 Tipos<br />
Os verificadores e calibradores classificam-se em vários tipos tais como:<br />
• Verificador de raio<br />
Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada a medida do raio.<br />
Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15 mm ou de 1/32” a 1/2”.<br />
• Verificador de ângulos<br />
Figura 2.42 <strong>–</strong> Verificador de raio<br />
Usa-se para verificar superfícies em ângulos. Em cada lâmina vem gravado o ângulo, que varia<br />
de 1º a 45º.<br />
Figura 2.43 <strong>–</strong> Verificador de ângulos<br />
66
• Verificador de rosca<br />
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o número de<br />
fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.<br />
• Calibrador de folgas (Apalpador)<br />
Figura 2.44 <strong>–</strong> Verificador de rosca<br />
Usa-se na verificação de folgas, sendo fabricado em vários tipos. Em cada lâmina vem gravada<br />
sua medida, que varia de 0,04 a 5 mm, ou de 0,0015” a 0,2000”.<br />
Figura 2.45 <strong>–</strong> Calibrador de folgas<br />
67
• Calibrador “passa-não-passa” para eixos ou calibradores de boca<br />
É fabricado com bocas fixas e móveis. O diâmetro do eixo estará bom, quando passar pela parte<br />
maior e não passar pela menor.<br />
• Calibrador-tampão “passa-não-passa”<br />
Figura 2.46 - Calibrador “passa-não-passa”<br />
Suas extremidades são cilíndricas. O furo da peça a verificar estará bom, quando passar pela<br />
parte menor e não pela maior.<br />
• Verificador de chapas e arames<br />
Figura 2.47 - Calibrador-tampão<br />
É fabricado em diversos tipos e padrões. Sua face é numerada, podendo variar de 0 (zero) a 36,<br />
que representam o número de espessura das chapas e arames.<br />
Figura 2.48 - Verificador de chapas e arames<br />
68
2.16.2 Condições de Uso<br />
As faces de contato dos calibradores e verificadores devem estar perfeitas.<br />
2.16.3 Conservação<br />
Evitar quedas e choques mecânicos; limpar e lubrificar após o uso; guardá-los em estojo ou<br />
local apropriado.<br />
2.17 Compassos<br />
São instrumentos de aço carbono destinados a traçagem.<br />
2.17.1 Constituição<br />
São constituídos de duas pernas que se abrem ou se fecham através de uma articulação. As<br />
pernas podem ser retas, terminadas em pontas afiladas e endurecidas, ou uma reta e outra curva.<br />
Nas oficinas, dois tipos de compassos diferentes são empregados: compassos de traçar e de<br />
verificação.<br />
Compasso de traçar ou de pontas: Usado para transferir uma medida, traçar arcos ou<br />
circunferências.<br />
Compasso de verificação ou de centro : Para medidas internas, externas ou de espessuras.<br />
Figura 2.49 - Compassos<br />
69
2.17.2 Cuidados<br />
• Articulação bem ajustadas;<br />
• Pontas bem aguçadas;<br />
• Proteção contra golpes e quedas;<br />
• Limpeza e lubrificação;<br />
• Proteção das pontas com madeira ou cortiça.<br />
Figura 2.50 <strong>–</strong> Compassos (2)<br />
70
2.18 Chaves de Impacto<br />
2.18.1 Chaves de gancho<br />
Para deslocamento de rolamentos pequenos sobre eixo cônico ou bucha de fixação com ajuda<br />
de uma porca de fixação, bem como para a desmontagem de rolamentos pequenos em bucha de<br />
desmontagem com ajuda de uma porca. As chaves de gancho são fabricadas em aço temperado.<br />
Para cada dimensão de porca há uma chave apropriada, porém podem também ser utilizadas para o<br />
tamanho imediatamente superior.<br />
Figura 2.51 - Chaves de gancho<br />
71
2.18.2 Chaves de batida<br />
Para o deslocamento de rolamentos grandes sobre eixo cônico ou buchas de fixação com ajuda<br />
de uma porca de fixação, bem como para a desmontagem de rolamentos grandes sobre bucha de<br />
desmontagem com ajuda de uma porca. Estas chaves de batidas, fabricadas de ferro fundido<br />
modular, têm uma superfície apropriada para receber as batidas, conseguindo-se assim otimizar a<br />
transmissão da energia do golpe para a porca. As chaves são providas de um cabo leve, articulado ou<br />
encaixado na cabeça da chave. São fáceis de manejar, graças ao seu reduzido peso. O desenho das<br />
chaves de batidas permite que sejam adaptáveis a vários tamanhos de porcas.<br />
Figura 2.52 - Chaves de batida<br />
72
2.19 Limas<br />
2.19.1 Descrição<br />
É uma ferramenta manual de aço carbono, denticulado e temperada.<br />
2.19.2 Utilização<br />
É utilizada na operação de desgaste de materiais.<br />
2.19.3 Classificação<br />
Figura 2.53 - Lima<br />
Classificam-se pela forma, picado e tamanho. As formas mais comuns são:<br />
Figura 2.54 <strong>–</strong> Classificação das limas<br />
73
As limas podem ser de picado simples ou cruzado. Classificam-se ainda em bastardas,<br />
bastardinhas e murças.<br />
Figura 2.55 <strong>–</strong> Classificação das limas (2)<br />
Os tamanhos mais usuais de limas são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de comprimento (corpo).<br />
2.19.4 Comentários<br />
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem estar bem encabadas,<br />
limpas e com o picado em bom estado de corte. Para a limpeza das limas usa-se uma escova de fios<br />
de aço e, em certos casos, uma vareta de metal macio (cobre, latão) de ponta achatada. Para a boa<br />
conservação das limas deve-se:<br />
• Evitar choques;<br />
• Protegê-las contra a umidade a fim de evitar oxidação;<br />
• Evitar o contato entre si para que seu picado não se estrague.<br />
74
2.19.5 Aplicações das limas segundo suas formas.<br />
Figura 2.56 - Aplicações das limas segundo suas formas.<br />
75
2.20 Extratores para polias e rolamentos<br />
2.20.1 Extrator de dois braços<br />
Apropriados para polias e rolamentos pequenos e médios. Este tipo de extrator não deve ser<br />
empregado em desmontagens com injeção de óleo.<br />
2.20.2 Extrator auto-centrante<br />
Figura 2.57 <strong>–</strong> Extrator de dois braços<br />
Apropriado para polias e rolamentos pequenos e grandes. Esta ferramenta absorve o<br />
desalinhamento do rolamento durante a desmontagem sendo particularmente indicado em conjunto<br />
com o método de injeção de óleo.<br />
Figura 2.58 <strong>–</strong> Extrator auto-centrante<br />
76
2.20.3 Jogo de extração<br />
Especialmente destinado para rolamentos rígidos de esferas. Consta de 5 parafusos<br />
extratores e 8 jogos de traços de diversos tamanhos. Todos os elementos são marcados.<br />
Figura 2.59 <strong>–</strong> Jogo de extração<br />
2.20.4 Extrator hidráulico auto-centrante<br />
Adequado para rolamentos grandes. A força extratora alcança 500 kN. Podem ser fornecidos<br />
braços extratores avulsos nos comprimentos de 150, 350 e 600 mm. Com o extrator, é fornecida uma<br />
bomba aproximada de 300 mm2/s à temperatura de trabalho.<br />
Figura 2.60 <strong>–</strong> Extrator hidráulico auto-centrante<br />
77
2.20.5 Anel de injeção com dispositivo extrator<br />
Para a desmontagem em série de rolamentos, especialmente autocompensadores de rolos<br />
mediante o emprego de óleo sob pressão, no caso do eixo não apresentar canais e ranhuras. A<br />
ferramenta consta de um anel de injeção provido de um êmbolo anular, uma cobertura articulada e um<br />
dispositivo extrator mecânico. Como meio de pressão é utilizado óleo com viscosidade aproximada de<br />
1.000 mm2/s à temperatura de trabalho. Pelo fato desta ferramenta ser fabricada especialmente para<br />
cada tipo de rolamento, suas dimensões, peso, etc., não podem ser especificadas. A ferramenta<br />
pode, também, ser fornecida com dispositivo extrator hidráulico.<br />
Figura 2.61 - Anel de injeção com dispositivo extrator<br />
78
2.21 Furadeiras<br />
São máquinas-ferramentas destinadas à execução de operações de furar, escarear, alargar,<br />
rebaixar e roscar com machos.<br />
2.21.1 Funcionamento<br />
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias escalonadas e correias ou um<br />
jogo de engrenagens possibilitando uma gama de rpm. O avanço da ferramenta pode ser manual ou<br />
automático. Furadeira de bancada São montadas sobre bancadas de madeira ou aço. Sua<br />
capacidade de furação é de até 12 mm.<br />
Figura 2.62 - Furadeira<br />
79
2.21.2 Furadeira de coluna<br />
Esta furadeira tem como características o comprimento da coluna e a capacidade que é, em<br />
geral, superior à de bancada.<br />
2.21.3 Furadeira Radial<br />
Figura 2.63 - Furadeira de coluna<br />
A furadeira radial é destinada à furação em peças grandes em vários pontos, dada a<br />
possibilidade de deslocamento do cabeçote. Possui avanços automáticos e refrigeração da<br />
ferramenta por meio de bomba.<br />
Figura 2.64 - Furadeira Radial<br />
80
2.21.4 Furadeira Portátil<br />
Pode ser transportada com facilidade e pode-se operá-la em qualquer posição.<br />
2.21.5 Características<br />
• Potência do motor;<br />
• Número de rpm;<br />
• Capacidade;<br />
• Deslocamento máximo de eixo principal.<br />
2.21.6 Acessórios<br />
• Mandril porta-brocas;<br />
• Jogo de buchas de redução;<br />
• Morsa;<br />
Figura 2.65 - Furadeira Portátil<br />
• Cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.<br />
81
2.21.7 Condições de uso<br />
• A máquina deve estar limpa;<br />
• O mandril em bom estado;<br />
• Broca bem presa e centrada Observação: Lubrificação periódica com lubrificante próprio.<br />
2.22 Broca<br />
2.22.1 Descrição<br />
As Brocas são ferramentas de corte, de forma cilíndrica, com canais retos ou helicoidais que<br />
terminam em ponta cônica e são afiadas com determinado ângulo.<br />
2.22.2 Comentários<br />
As brocas se caracterizam pela medida do diâmetro, forma da haste e material de fabricação,<br />
são fabricadas, em geral, em aço carbono e também em aço rápido. As brocas de aço rápido são<br />
utilizadas em trabalhos que exijam maiores velocidades de corte, oferecendo maior resistência ao<br />
desgaste e calor do que as de aço carbono.<br />
2.22.3 Classificação<br />
As brocas apresentam-se em diversos tipos, segundo a natureza e características do trabalho<br />
a ser desenvolvido. Os principais tipos de brocas são:<br />
• Broca Helicoidal;<br />
o De Haste Cilíndrica<br />
o De Haste Cônica<br />
• Broca de Centrar;<br />
• Broca com Orifícios para Fluído de Corte;<br />
• Broca Escalonada ou Múltipla.<br />
82
A Broca Helicoidal é o tipo mais usado, e apresenta a vantagem de conservar o seu diâmetro,<br />
embora se faça reafiação dos gumes várias vezes. As brocas helicoidais diferenciam-se apenas pela<br />
construção das hastes, pois as que apresentam haste cilíndrica são presas em um mandril, e as haste<br />
cônica, montadas diretamente no eixo da máquina.<br />
Figura 2.66 <strong>–</strong> Broca Helicoidal<br />
Os ângulos das brocas helicoidais são as condições que influenciam o seu corte. Os ângulos da<br />
broca helicoidal são:<br />
1. Ângulo de Cunha C;<br />
2. Ângulo de Folga ou de Incidência f;<br />
3. Ângulo de Saída ou de Ataque S.<br />
Figura 2.67 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (2)<br />
83
O ângulo da ponta da broca deve ser de:<br />
a- 118º, para trabalhos mais comuns;<br />
b- 150º, para aços duros;<br />
c- 125º, para aços tratados ou forjados;<br />
d- 100º, para o cobre e o alumínio;<br />
e- 90º, para o ferro macio e ligas leves;<br />
f- 60º, para baquelite, fibra e madeira.<br />
As arestas cortantes devem ter, rigorosamente, comprimentos iguais, ou seja, A = A’.<br />
Brocas com orifícios para fluído de corte.<br />
Figura 2.68 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (3)<br />
Figura 2.69 - Broca Helicoidal (4)<br />
84
Usadas para cortes contínuos, altas velocidades em furos profundos, onde se exige lubrificação<br />
abundante. Brocas múltiplas ou escalonadas são usadas para executar furos e rebaixos numa mesma<br />
operação.<br />
Figura 2.70 <strong>–</strong> Broca Helicoidal (5)<br />
A Broca de Centrar é uma broca especial fabricada de aço rápido.<br />
• Uso<br />
Este tipo de broca serve para fazer furos de centro e, devido a sua forma, executam numa só<br />
operação, o furo cilíndrico, o cone e o escareado.<br />
• Classificação<br />
Os tipos mais comuns de broca de centrar são:<br />
• Comentário<br />
o Broca de centrar simples;<br />
o Broca de centrar com chanfro de proteção.<br />
Figura 2.71 - Broca de Centrar<br />
A Broca de Centrar Simples é utilizada para executar o tipo mais comum de centro, que é o<br />
Simples, enquanto que a Broca de Centrar Chanfro de Proteção executa o Centro Protegido.<br />
Figura 2.72 - Broca de Centrar (2)<br />
85
As medidas dos centros devem ser adotadas em proporção com os diâmetros das peças<br />
baseadas na tabela abaixo.<br />
Observação: C = comprimento da broca.<br />
Figura 2.73 - Broca de Centrar (3)<br />
Figura 2.74 - Broca de Centrar (4)<br />
Algumas medidas devem ser observadas para o perfeito funcionamento das brocas, tais como:<br />
• As brocas devem ser bem afiadas, com a haste em boas condições e bem fixadas;<br />
• As arestas de corte devem ter o mesmo comprimento;<br />
• O ângulo de folga ou incidência deve ter de 9º a 15º;<br />
• Evitar quedas, choques, limpá-las e guardá-las em lugar apropriado, após seu uso.<br />
86
2.23 Machos de roscar<br />
São ferramentas de corte, constituídas de aço-carbono ou aço rápido, destinadas à remoção ou<br />
deformação do material. Um de seus extremos termina em uma cabeça quadrada, que é o<br />
prolongamento de haste cilíndrica. Dentre os materiais de construção citados, o aço rápido é o que<br />
apresenta melhor tenacidade e resistência ao desgaste, características básicas de uma ferramenta de<br />
corte.<br />
2.23.1 Machos de roscar <strong>–</strong> Manual<br />
São apresentados em jogos de 2 ou 3 peças, sendo variáveis a entrada da rosca e o diâmetro<br />
efetivo. A norma ANSI (American National Standard Institute) apresenta o macho em jogo de 3 peças,<br />
com variação apenas na entrada, conhecido como perfil completo. A norma DIN (Deutsche Industrie<br />
Normen) apresenta o macho em jogo de 2 ou 3 peças, com variação do chanfro e do diâmetro efetivo<br />
da rosca, conhecido como seriado.<br />
Figura 2.75 - Machos de roscar<br />
87
Observação: Diâmetro efetivo - Nas roscas cilíndricas, o diâmetro do cilindro é imaginário, sua<br />
superfície intercepta os perfis dos filetes em uma posição tal que a largura do vão nesse ponto é igual<br />
à metade do passo. Nas roscas, cujos filetes têm perfis perfeitos, a interseção se dá em um ponto<br />
onde a espessura do filete é igual à largura do vão.<br />
2.23.2 A máquina<br />
Figura 2.76 - Machos de roscar (2)<br />
Os machos, para roscar a máquina, são apresentados em 1 peça, sendo o seu formato<br />
normalizado para utilização, isto é, apresenta seu comprimento total maior que o macho manual<br />
(DIN).<br />
2.23.3 Características<br />
São 6 (seis) as características dos machos de roscar:<br />
• Sistema de rosca;<br />
• Sua aplicação;<br />
• Passo ou número de filetes por polegada;<br />
• Diâmetro externo ou nominal;<br />
• Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica;<br />
• Sentido da rosca.<br />
88
As características dos machos de roscar são definidas como:<br />
• Sistema de rosca<br />
As roscas dos machos são de três tipos: Métrico, Whitworth e Americano (USS).<br />
• Sua aplicação<br />
Os machos de roscas são fabricados para roscar peças internamente.<br />
• Passo ou número de filetes por polegada<br />
Esta característica indica se a rosca é normal ou fina.<br />
• Diâmetro externo ou nominal<br />
Refere-se ao diâmetro externo da parte roscada.<br />
• Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica<br />
É uma característica que indica se o macho de roscar serve ou não para fazer<br />
rosca em furos mais profundos que o corpo roscado, pois existem machos de roscas que<br />
apresentam diâmetro da haste cilíndrica igual ao da rosca ou inferior ao diâmetro do<br />
corpo roscado.<br />
• Sentido da rosca<br />
Figura 2.77 - Machos de roscar (3)<br />
Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita (right) ou esquerda (left).<br />
89
2.23.4 Tipos de macho de roscar<br />
Ranhuras retas, para uso geral.<br />
Figura 2.78 - Machos de roscar (4)<br />
Ranhuras helicoidais à direita, para roscar furos cegos (sem saída).<br />
Figura 2.79 - Machos de roscar (5)<br />
Fios alternados. Menor atrito. Facilita a penetração do refrigerante e lubrificante.<br />
Figura 2.80 - Machos de roscar (6)<br />
Entrada helicoidal, para furos passantes. Empurra as aparas para frente, durante o roscamento.<br />
Ranhuras curtas helicoidais, para roscamento de chapas e furos passantes.<br />
Figura 2.81 - Machos de roscar (7)<br />
Estes machos para roscar são também conhecidos como machos de conformação, pois não<br />
removem aparas e são utilizados em materiais que se deformam plasticamente.<br />
Figura 2.82 - Machos de roscar (8)<br />
90
porcas.<br />
Ranhuras ligeiramente helicoidais à esquerda, para roscar furos passantes na fabricação de<br />
Figura 2.83 - Machos de roscar (9)<br />
2.23.5 Seleção dos machos de roscar, brocas e lubrificantes ou<br />
refrigerantes<br />
Para roscar com machos é importante selecionar os machos e a broca com a qual se deve fazer<br />
a furação. Deve-se também selecionar o tipo de lubrificante ou refrigerante que se usará durante a<br />
abertura da rosca. De um modo geral, escolhemos os machos de roscar de acordo com as<br />
especificações do desenho da peça que estamos trabalhando ou de acordo com as instruções<br />
recebidas. Podemos, também, escolher os machos de roscar, tomando como referência o parafuso<br />
que vamos utilizar. Os diâmetros nominais (diâmetro externo) dos machos de roscar mais usados,<br />
assim como os diâmetros das brocas que devem ser usadas na furação, podem ser encontrados em<br />
tabelas.<br />
2.23.6 Condições de uso dos machos de roscar<br />
Para serem usados, eles devem estar bem afiados e com todos os filetes em bom estado.<br />
2.23.7 Conservação<br />
Para se conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-los após o uso, evitar<br />
quedas ou choques, e guardá-los separados em seu estojo.<br />
91
2.23.8 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de<br />
rosca<br />
2.24 Desandadores<br />
2.24.1 Descrição<br />
Figura 2.84 <strong>–</strong> Classificação dos machos de roscar segundo o tipo de rosca<br />
São ferramentas manuais, geralmente de aço carbono, formadas por um corpo central, com<br />
um alojamento de forma quadrada ou circular, onde são fixados machos, alargadores e cossinetes.<br />
2.24.2 Utilização<br />
O desandador funciona como uma chave, que possibilita imprimir o movimento de rotação<br />
necessário à ação da ferramenta.<br />
92
2.24.3 Classificação<br />
Os desandadores podem ser:<br />
• Fixo em T;<br />
• Em T, com castanhas reguláveis;<br />
• Para machos e alargadores;<br />
• Para cossinetes.<br />
2.24.4 Tipos<br />
• Desandador fixo “T”<br />
Possui um corpo comprido que serve como prolongador para passar machos ou alargadores<br />
e em lugares profundos e de difícil acesso para desandadores comuns.<br />
Figura 2.85 - Desandador fixo “T”<br />
93
• Desandador em T com castanhas reguláveis<br />
Possui um corpo recartilhado, castanhas temperadas, reguláveis, para machos até 3/16”.<br />
• Desandador para machos e alargadores<br />
Figura 2.86 - Desandador em T com castanhas reguláveis<br />
Possui um braço fixo, com ponta recartilhada, castanhas temperadas, uma delas regulável por<br />
meio do parafuso existente.<br />
2.24.5 Comentários<br />
Figura 2.87 - Desandador para machos e alargadores<br />
Os comprimentos variam de acordo com os diâmetros dos machos ou alargadores, ou seja:<br />
para metais duros 23 vezes o diâmetro do macho ou alargador e para metais macios, 18 vezes esses<br />
diâmetros.<br />
Comprimentos dos desandadores para machos e alargadores:<br />
94
2.24.6 Desandador para cossinetes<br />
Possui cabos com ponta recartilhada, caixa para alojamento do cossinete e parafusos de fixação.<br />
Figura 2.88 - Desandador para cossinetes<br />
Os comprimentos variam de acordo com os diâmetros dos cossinetes.<br />
Figura 2.89 <strong>–</strong> Comprimentos dos desandador para cossinetes<br />
95
2.25 Cossinetes<br />
São ferramentas de corte, construídas de aço especial temperado, com furo central filetado. Os<br />
cossinetes são semelhantes a uma porca, com canais periféricos dispostos tecnicamente em torno do<br />
furo central filetado, e o diâmetro externo varia de acordo com o diâmetro da rosca. Os canais<br />
periféricos formam as arestas cortantes e permitem a saída das aparas. Os mesmos possuem<br />
geralmente uma fenda, no sentido da espessura, que permite a regulagem da profundidade do corte,<br />
através do parafuso cônico, instalado na fenda, ou dos parafusos de regulagem do porta-cossinete.<br />
Figura 2.90 - Cossinetes<br />
2.25.1 Características dos cossinetes<br />
• Sistema da rosca;<br />
• Passo ou número de fios por polegada;<br />
• Diâmetro nominal;<br />
• Sentido da rosca.<br />
96
2.25.2 Uso dos cossinetes<br />
São usados para abrir roscas externas em peças cilíndricas de um determinado diâmetro, tais<br />
como parafusos, tubos etc.<br />
2.25.3 Escolha dos cossinetes<br />
As escolhas dos cossinetes é levando-se em conta as suas características, em relação à<br />
rosca que se pretende executar.<br />
2.25.4 Cossinete bipartido<br />
É formado por duas placas de aço temperado, com formato especial, tendo apenas duas<br />
arestas cortantes. As aparas que se formam na operação são eliminadas através dos canais de saída<br />
dos cossinetes.<br />
Figura 2.91 <strong>–</strong> Cossinetes bipartido<br />
Os cossinetes bipartidos são montados em um porta-cossinetes especial e sua regulagem é<br />
feita através de um parafuso de ajuste, aproximando-os nas sucessivas passadas, até a formação do<br />
perfil da rosca desejada.<br />
Figura 2.92 <strong>–</strong> Cossinetes bipartido (2)<br />
97
2.25.5 Cossinete de pente<br />
Constitui-se numa caixa circular, em cujo interior se encontram quatro ranhuras. Nessas<br />
ranhuras, são colocados quatro pentes filetados, os quais, por meio de um anel de ranhuras<br />
inclinadas, abrem os filetes da rosca na peça, tanto no sentido radial como no sentido tangencial. As<br />
partes cortantes são de arestas chanfradas junto ao início, para auxiliar a entrada da rosca. Alguns<br />
espaçadores reguláveis separam os pentes entre si e mantêm centralizada a peça que está sendo<br />
roscada.<br />
Figura 2.93 - Cossinete de pente<br />
98
2.26 Talhadeira e bedame<br />
2.26.1 Descrição<br />
A Talhadeira e o Bedame são ferramentas de corte feitas de um corpo de aço, de secção<br />
circular, retangular, hexagonal ou octogonal, com um extremo forjado, provido de cunha, temperada e<br />
afiada convenientemente, e outro chanfrado denominado cabeça.<br />
2.26.2 Utilização<br />
Figura 2.94 - Talhadeira e bedame<br />
Servem para cortar chapas, retirar excesso de material e abrir rasgos.<br />
2.26.3 Características<br />
• O bisel da cunha é simétrico ou assimétrico;<br />
• A aresta de corte deve ser convexa e o ângulo de cunha varia com o material a ser<br />
talhado, conforme, tabela abaixo:<br />
Figura 2.95 - Talhadeira e bedame <strong>–</strong> Características<br />
99
• 3. Os tamanhos são entre 150 e 180 mm<br />
• 4. A cabeça é chanfrada e temperada<br />
2.26.4 Comentários<br />
A cabeça do bedame e da talhadeira é chanfrada e temperada brandamente para evitar<br />
formação de rebarbas ou quebras. As ferramentas de talhar devem ter ângulos de cunha<br />
convenientes, estar bem temperadas e afiadas, para que cortem bem.<br />
2.27 Ponteiro<br />
Ë uma ferramenta semelhante à talhadeira, porém com a extremidade de corte em forma de<br />
ponta arredondada, para efetuar furos em concreto e alvenaria. Tal como a talhadeira, é uma<br />
ferramenta bastante usada pelos eletricistas e encanadores para efetuar rasgos ou furos destinados a<br />
embutir os eletrodutos ou canos d’água, esgoto, gás, etc.<br />
2.28 Punção de Bico<br />
2.28.1 Descrição<br />
É uma ferramenta de aço carbono, com ponta cônica temperada e corpo geralmente<br />
octogonal ou cilíndrico recartilhado.<br />
Figura 2.96 - Punção de Bico<br />
100
2.28.2 Classificação<br />
O punção de bico classifica-se pelo ângulo de ponta. Assim, existem os seguintes tipos:<br />
2.28.3 Utilização<br />
de peças.<br />
O punção de bico serve para marcar pontos de referência no traçado e centros para função<br />
Figura 2.97 - Punção de bico - utilização<br />
O comprimento do PUNÇÃO DE BICO varia de 100 a 125 mm.<br />
101
2.29 Martelo, Marreta e Macete<br />
2.29.1 Martelo<br />
O Martelo é uma ferramenta de impacto, constituída de um bloco de aço carbono preso a um<br />
cabo de madeira, sendo as partes com que se dão os golpes, temperadas.<br />
Utilização<br />
O Martelo é utilizado na maioria das atividades industriais, tais como a mecânica geral.<br />
Figura 2.98 <strong>–</strong> Martelo<br />
102
2.29.1.1 Comentários<br />
Para o seu uso, o Martelo, deve ter o Cabo em Perfeitas Condições e Bem Preso Através da<br />
Cunha. Por outro lado, deve-se evitar golpear com o cabo do martelo ou usá-lo como alavanca.<br />
O peso do Martelo varia de 200 a 1000 gramas.<br />
• Utilizado em trabalhos, com chapas finas de metal, como também na fixação de pregos,<br />
grampos, etc.<br />
• Destina-se a serviços gerais, como exemplo: rebitar, extrair pinos, etc. Muito utilizado em<br />
serviços pesados como chapas de metal, etc.<br />
Figura 2.99 <strong>–</strong> Martelo de bola<br />
• Sua estrutura permite a realização de trabalhos em chapas de metal, etc; sem contudo danificar<br />
ou marcar o material trabalhado.<br />
Figura 2.100 <strong>–</strong> Martelo de borracha<br />
103
2.29.2 Marreta<br />
A Marreta é outro tipo de martelo muito usado nos trabalhos de instalação elétrica e de<br />
encanamento. É um martelo maior, mais pesado e mais simples, destinado a percutir sobre uma<br />
talhadeira ou um ponteiro.<br />
2.29.3 Macete<br />
Figura 2.101 - Marreta<br />
O Macete é uma ferramenta de impacto, constituída de uma cabeça de madeira, alumínio,<br />
plástico, cobre, chumbo ou outro, e um cabo de madeira.<br />
Figura 2.102 <strong>–</strong> Macete<br />
104
2.29.3.1 Utilização<br />
Utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies sejam lisas e que não possam<br />
sofrer deformação por efeito de pancadas. Para sua utilização, deve ter a cabeça bem presa ao cabo<br />
e livre de rebarbas.<br />
2.29.3.1 Comentários<br />
O peso e o material que constitui a cabeça, caracterizam os macetes.<br />
2.30 Serra tico-tico<br />
Aplicada nos serviços de corte em chapas de aço, metais não ferrosos, madeira (maciça ou<br />
compensada), fórmica, matéria plástica, acrílicos.<br />
Figura 2.103 <strong>–</strong> Serra tico-tico<br />
105
2.31 Esmerilhadeira<br />
Utilizada em serviços de corte, desbaste e rebarbação em metais e soldas em caldeirarias,<br />
serralherias, fundições, departamentos de manutenção industrial, funilarias, metalúrgicas, etc.<br />
Empregada, também no desbaste ou acabamento em concreto aparente.<br />
2.32 Lixadeira<br />
Figura 2.104 - Esmerilhadeira<br />
Aplicada em trabalhos de lixamento em madeira, metais, vidros, remoção de tinta ou<br />
ferrugem/oxidação (com escova de aço).<br />
Figura 2.105 - Lixadeira<br />
106
2.33 Ferramentas de força<br />
Em seu trabalho, o eletricista necessita muitas vezes do auxílio de uma ferramenta ou mesmo<br />
de uma máquina simples para melhor executar um determinado trabalho, ligado indiretamente à<br />
eletricidade. A colocação ou remoção de um poste, motor, gerador, armário, etc., pode exigir a<br />
atuação de uma força maior que a produzida por vários homens. Macaco mecânico ou hidráulico,<br />
roldana, cadernal, talha diferencial, macaco para cabo de aço (Tirfor), alavanca e a cunha são<br />
exemplos de máquinas de força simples, muito usadas para trabalhos de força em instalações<br />
elétricas prediais e industriais.<br />
2.33.1 Alavanca<br />
Arquimedes, a vários séculos passados, afirmou: “Dêem-me um ponto de apoio e uma<br />
alavanca e eu suspenderei a Terra.” Realmente, se tivermos uma relação entre os braços de alavanca<br />
de 1 para 1000, com um quilo podemos elevar uma tonelada.<br />
2.33.1.1 Diversos tipos de alavanca.<br />
Figura 2.106 <strong>–</strong> Tipos de alavanca<br />
107
2.33.2 Cunha<br />
É uma ferramenta muito simples, porém bastante eficiente.<br />
2.33.3 Macaco<br />
Figura 2.107 - Cunha<br />
A figura abaixo mostra um macaco hidráulico e outro mecânico.<br />
Figura 2.108 - Macaco<br />
108
2.33.4 Roldana<br />
A figura abaixo mostra uma roldana simples e como funciona.<br />
2.33.5 Cadernal<br />
Figura 2.109 - Roldana<br />
A figura abaixo mostra um cadernal e como funciona.<br />
Observação: A figura abaixo mostra um cadernal de seis roldanas. A força feita pelo operador<br />
é seis vezes menor que o peso a levantar.<br />
Figura 2.110 - Cadernal<br />
109
2.33.6 Talha<br />
Manual ou acionada por motor elétrico, a talha é o equipamento de força normalmente usado<br />
em oficinas e fábricas para movimentar peças ou pequenas máquinas e motores.<br />
Figura 2.111 - Talha<br />
Nota: A figura abaixo mostra uma talha motorizada equipada com “troler” para correr sobre<br />
trilho suspenso, permitindo a manobra das cargas em diversos lugares.<br />
Figura 2.112 <strong>–</strong> Talha (2)<br />
110
2.33.7 Tirfor<br />
É um macaco mecânico que aciona um cabo de aço, o qual vai sendo puxado aos poucos,<br />
porém com força de até 750 kg, 1500 kg ou mais. Trata-se de ferramenta muito útil e versátil para o<br />
instalador que precisa movimentar cargas pesadas.<br />
2.34 Escadas<br />
Figura 2.113 - Tirfor<br />
Muitas vezes, o eletricista tem necessidade de trabalhar no alto, em um poste, no teto, numa<br />
marquise ou num telhado. A escada é um equipamento auxiliar do eletricista e o ajudará muito se for<br />
adequada ao serviço.<br />
2.34.1 Escada de Abrir<br />
paredes.<br />
Indicada para serviços de enfiação dos condutores em caixas no teto ou em partes altas de<br />
111
2.34.2 Escada de Extensão<br />
É apropriada para trabalhos em postes e, muitas vezes, já vem equipada com ganchos e<br />
cintas para apoio em condutores ou no próprio poste.<br />
Nota: A figura abaixo mostra uma escada de extensão muito usada na instalação de linhas de<br />
distribuição de energia.<br />
2.35 Luvas<br />
Figura 2.114 <strong>–</strong> Escada<br />
Com o objetivo de proporcionar isolamento adequado ao trabalho com circuito energizado de<br />
baixa tensão, são fabricadas luvas de borracha ou de plástico. São isoladas e testadas para tensões<br />
bastantes altas, como 6000 volts, o que não deve ser considerado que com elas podemos tocar em<br />
condutor com 6000 volts. Elas somente devem ser utilizadas em baixa tensão.<br />
Figura 2.115 - Luvas<br />
112
2.36 Fitas e fios para enfiação<br />
Há fitas e fios fabricados e especificados para os trabalhos de enfiação dos condutores na<br />
rede de eletrodutos. Servem de guia para puxar os condutores, enfiando-os nos eletrodutos entre<br />
duas caixas. São conhecidas como “fish tapes” ou “fish wires” e fabricados em aço temperado muito<br />
resistente e flexível, adequados ao serviço de enfiação. Costuma-se usar para o mesmo fim um fio ou<br />
arame galvanizado no 16 ou mesmo mais grosso. Tais fitas são fornecidas nas espessuras de .03” e<br />
.06” (0,76 e 0,52 mm) e largura de 1/8”, 3/16”, 1/4” (3,2, 4,76 e 6,35 mm).<br />
Nota: A figura abaixo motra uma caixa com fita de enfiação do tipo “fish tape” de aço flexível e<br />
temperado, É muito útil no caso de serviço de enfiação de grande porte, porque torna o trabalho mais<br />
fácil e rápido.<br />
Figura2.116 - Fitas e fios para enfiação<br />
113
2.37 Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos<br />
rígidos<br />
Eletrodutos de pequeno diâmetro (1/2”, 3/4” e 1”) podem ser curvados na obra sem grande<br />
dificuldade, principalmente se for usada ferramenta adequada. Existem máquinas especiais que<br />
executam o curvamento de eletrodutos, mesmo de diâmetros maiores que 1”, com esforço produzido<br />
por prensa hidráulica, podendo o eletroduto ser aquecido, a fim de que a curva seja feita sem<br />
deformação da seção do tubo. Essas máquinas somente são empregadas em instalações muito<br />
pesadas e de grande porte.<br />
Figura 2.117 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos<br />
Nos casos mais comuns de instalações elétricas prediais, usam-se ferramentas muito simples;<br />
até uma simples perna de 3”, fixada a uma bancada ou enterrada no chão, com um buraco para a<br />
introdução do eletroduto, pode resolver o problema.<br />
Uma ferramenta muito usada e adequada é feita com um “Tê” de tubo de ferro galvanizado tipo<br />
água, de diâmetro adequado (1 1/4”), com um pedaço de tubo, com cerca de 1 metro, atarraxado.<br />
Figura 2.118 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos (2)<br />
114
2.38 Ferramenta de pólvora para fixação<br />
São ferramentas denominadas moldes, confeccionada de acordo com a junção as ser<br />
soldada, a bitola do condutor e sua finalidade. Este processo também é conhecido como solda<br />
exotérmica. A energia calorífica utilizada é obtida por uma reação química a base de óxido de cobre e<br />
alumínio em pó e outros componentes, onde os produtos a serem soldados, tem o ponto de fusão<br />
inferior ou igual ao do cobre. Após a soldagem, as conexões não são afetadas quando do<br />
aparecimento de elevados picos de corrente. As conexões não se desprendem, ou sofrem corrosões<br />
no local da soldagem. Suportam uma alta corrente elétrica, igual ou maior que as dos condutores<br />
soldados. Este processo é utilizado para conexões do cobre com: latão, bronze, ferro, aço inoxidável,<br />
aço galvanizado e aço comum.<br />
Figura 2.119 - Ferramenta de pólvora para fixação<br />
115
BIBLIOGRAFIA<br />
ROLDAN, José, Manual de <strong>Medidas</strong> Elétricas, Editora Hemus<br />
TORREIRA, Eng. Raul Peragallo, Instrumentos de Medição Elétrica, Editora Hemus, 3a Edição<br />
CREDER, Hélio, Manual do Instalador <strong>Eletricista</strong>, Editora LTC, 2a Edição<br />
FONSECA, Alex, APOSTILA DE ELETRICIDADE, Departamento de Engenharia Química, Faculdade<br />
de Ciências Humanas de Aracruz.<br />
Catálogo Técnico, Instrumentos de Medição, MINIPA<br />
BRONGAR. Francisco Carlos e MEDINA Ricardo Luiz Rilho, Apostila de <strong>Medidas</strong> Elétricas, CEFET-<br />
RS<br />
DUTRA MÁQUINAS em, www.dutramaquinas.com.br<br />
NEI, Revista Noticiário de Equipamentos Industriais, guia eletrônico 2008.<br />
GEDORE, Catálogo Geral de Produtos Gedore, 2004.<br />
F.G., Ferramentas Gerais, Catálogo Ferramentas Gerais, 2006.<br />
116