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estudo do potencial de utilização do heliodon em projetos ...

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IV Conferencia Latino Americana <strong>de</strong> Energia Solar (IV ISES_CLA) y XVII Simposio Peruano <strong>de</strong> Energia Solar (XVII- SPES), Cusco, 1- 5.11.2010<br />

ESTUDO DO POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DO HELIODON EM<br />

PROJETOS ARQUITETÔNICOS<br />

Chvatal, Karin Maria Soares (1) – karin@sc.usp.br<br />

Regolão, Rosilene (2) - rosileneregolao@yahoo.com.br<br />

(1) Professora Doutora, (2) Aluna <strong>de</strong> Iniciação Científica, Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo – Escola <strong>de</strong><br />

Engenharia <strong>de</strong> São Carlos, EESC, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, USP, Brasil<br />

T<strong>em</strong>a 5. Energía Solar y Ambiente Construí<strong>do</strong><br />

Resumo. A análise da insolação é um <strong>do</strong>s mais importantes aspectos que configuram o conforto térmico <strong>de</strong> um<br />

ambiente construí<strong>do</strong> e a consequente redução <strong>do</strong> seu consumo <strong>de</strong> energia. Uma ferramenta <strong>de</strong> análise da insolação <strong>em</strong><br />

<strong>projetos</strong> arquitetônicos e urbanísticos bastante útil é o Helio<strong>do</strong>n. Este aparelho, disponível no Laboratório <strong>de</strong> Conforto<br />

Ambiental <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo da EESC, USP, permite a visualização, <strong>em</strong> maquetes, da<br />

trajetória aparente <strong>do</strong> sol na latitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada, nos perío<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano significativos, correspon<strong>de</strong>ntes aos equinócios <strong>de</strong><br />

outono e primavera e aos solstícios <strong>de</strong> verão e <strong>de</strong> inverno. O objetivo principal <strong>de</strong>ste trabalho consistiu <strong>em</strong> estudar as<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>em</strong> <strong>projetos</strong>, com enfoque no <strong>potencial</strong> didático <strong>de</strong>ssa ferramenta, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que<br />

ele seja mais explora<strong>do</strong> nos cursos <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo. Para tal, o objeto <strong>de</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong>sta pesquisa foi o<br />

helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> 3 arcos disponível no Laboratório <strong>de</strong> Conforto Ambiental da EESC/USP. A meto<strong>do</strong>logia consistiu no<br />

acompanhamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> equipamento pelos alunos <strong>de</strong> graduação, <strong>em</strong> especial durante o seu projeto <strong>de</strong> final <strong>de</strong><br />

curso, e <strong>de</strong> entrevistas com professores <strong>de</strong> projeto e <strong>de</strong> paisagismo. A pesquisa teve como resulta<strong>do</strong>s finais (1) um<br />

manual que permite o uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> forma autônoma pelos alunos e (2) um exercício dirigi<strong>do</strong> para facilitar o<br />

entendimento <strong>do</strong> movimento aparente <strong>do</strong> sol nas diversas latitu<strong>de</strong>s. Além disso, foram levantadas as dificulda<strong>de</strong>s e<br />

limitações no uso <strong>do</strong> equipamento e fornecidas indicações para trabalhos futuros, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se o constante<br />

aperfeiçoamento <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> conforto ambiental.<br />

Palavras-chave: Helio<strong>do</strong>n, Análise da insolação, Conforto ambiental.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O conforto no ambiente construí<strong>do</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários fatores, mas po<strong>de</strong>-se dizer que é principalmente na fase <strong>de</strong><br />

projeto que eles <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, a fim <strong>de</strong> que se possa chegar a um resulta<strong>do</strong> favorável. A análise da insolação<br />

é um <strong>do</strong>s principais aspectos que configura o conforto térmico e luminoso tanto nos <strong>projetos</strong> <strong>de</strong> edifícios quanto <strong>em</strong><br />

intervenções urbanas e a consequente redução <strong>do</strong> seu consumo <strong>de</strong> energia.<br />

A posição da luz no cenário global, segun<strong>do</strong> Dikel (2007), e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> simular uma situação real da luz, data da<br />

década <strong>de</strong> 1930. O ex<strong>em</strong>plo mais antigo, relaciona<strong>do</strong> na maioria com a ciência da construção, é o “Solatron”, <strong>do</strong><br />

Colégio Cornell <strong>de</strong> Arquitetura, o “Helio<strong>do</strong>n” no British Building Research Establishment e o “Thermohelio<strong>do</strong>n” na<br />

Escola <strong>de</strong> Arquitetura da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Princeton. O principal objetivo <strong>de</strong>sses “simula<strong>do</strong>res <strong>de</strong> céu artificial” era<br />

imitar o sol como uma fonte <strong>de</strong> luz e observar os efeitos. O Helio<strong>do</strong>n, é um nome advin<strong>do</strong> <strong>do</strong> termo grego que significa<br />

“máquina solar”, sen<strong>do</strong> uma ferramenta eficiente para o <strong>estu<strong>do</strong></strong> da trajetória e incidência solar. Exist<strong>em</strong> vários tipos <strong>de</strong><br />

helio<strong>do</strong>ns (Souza et. al., 2008), a saber: helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> régua, com haste, com um arco, <strong>de</strong> cúpula, <strong>de</strong> anal<strong>em</strong>as, entre<br />

outros.<br />

Esse tipo <strong>de</strong> equipamento po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> nos cursos <strong>de</strong> arquitetura <strong>de</strong> forma multidisciplinar, uma vez que os<br />

conceitos das disciplinas <strong>de</strong> conforto ambiental, paisagismo, urbanismo, projeto arquitetônico, entre outras, po<strong>de</strong>m ser<br />

aplica<strong>do</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> preliminar, seja para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão quanto à forma, orientação ou proteção solar<br />

por meio <strong>de</strong> brises (dispositivos para sombreamento – que po<strong>de</strong>m ser fixos ou móveis), através da verificação prática<br />

<strong>em</strong> maquetes, com varia<strong>do</strong>s graus <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>.<br />

Dessa forma, a observação da insolação <strong>em</strong> mo<strong>de</strong>los tridimensionais reduzi<strong>do</strong>s permite:<br />

- avaliar os <strong>projetos</strong> quanto à implantação, orientação e volumes <strong>do</strong>s edifícios propostos;<br />

- efetuar correções <strong>de</strong> projeto;<br />

- obter soluções específicas <strong>de</strong> iluminação natural e insolação, como o pré-dimensionamento <strong>de</strong> janelas, aberturas<br />

zenitais e proteções.<br />

É importante salientar que o helio<strong>do</strong>n é um equipamento <strong>de</strong> uso obrigatório <strong>em</strong> Cursos <strong>de</strong> Arquitetura, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> Instituto Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas Educacionais (INEP) no seu Manual <strong>de</strong> Avaliação <strong>do</strong><br />

Curso <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo. Ao passo que também está inseri<strong>do</strong> nas recomendações da Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Ensino <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo.


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Foram encontra<strong>do</strong>s vários trabalhos que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> procedimentos feitos com o Helio<strong>do</strong>n, como os <strong>de</strong> Alves<br />

(2000), Schiller (1998), An<strong>de</strong>rsson (1987), Markus (1967), Kim (2003), Heisler (1986), Sattler (1987), Schiller e Evans<br />

(1998), Garcia-Hansen (2002), Al-Sallal (2006), Cheung (2003), Woyte (2003) e Mittal (1986).<br />

No entanto, para que esse conhecimento seja diss<strong>em</strong>ina<strong>do</strong> é necessário que professores, construtores e arquitetos<br />

tenham essa consciência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua formação. E nesse ponto o helio<strong>do</strong>n é uma po<strong>de</strong>rosa ferramenta para mostrar o<br />

<strong>potencial</strong> e a lógica <strong>do</strong> movimento solar.<br />

2. OBJETIVO<br />

Este objetivo principal <strong>de</strong>ste trabalho consistiu <strong>em</strong> estudar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>em</strong> <strong>projetos</strong><br />

arquitetônicos, com enfoque no <strong>potencial</strong> didático <strong>de</strong>ssa ferramenta, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que ele seja mais explora<strong>do</strong> nos cursos <strong>de</strong><br />

Arquitetura e Urbanismo.<br />

3. METODOLOGIA<br />

Para se atingir o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho, optou-se por acompanhar o uso <strong>de</strong> um helio<strong>do</strong>n por alunos <strong>de</strong> graduação e<br />

levantar as possíveis limitações e dificulda<strong>de</strong>s encontradas. Além disso, foi feita uma extensa revisão bibliográfica<br />

relacionada ao assunto.<br />

O objeto <strong>de</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> foi o equipamento disponível no Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo da EESC/USP, o<br />

qual consiste <strong>em</strong> um helio<strong>do</strong>n com três arcos, correspon<strong>de</strong>ntes aos solstícios <strong>de</strong> verão, inverno e aos equinócios (Fig.<br />

1).<br />

Figura 1 – Helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> 3 arcos <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Conforto Ambiental da EESC/USP<br />

A mesa (plataforma / superfície) representa o solo terrestre, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser inclinada e rotacionada sobre diferentes<br />

eixos para ajustar a latitu<strong>de</strong> (Fig. 2 e Fig. 3). Dessa forma, colocan<strong>do</strong>-se uma maquete sobre a mesa (plataforma /<br />

superfície) <strong>do</strong> Helio<strong>do</strong>n, e fazen<strong>do</strong> incidir sobre ela a fonte luminosa <strong>do</strong> equipamento, o observa<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> ver como ela<br />

se comportará <strong>em</strong> relação à incidência <strong>de</strong> raios solares, nos solstícios <strong>de</strong> inverno, verão e equinócios, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

posição <strong>do</strong> carrinho <strong>de</strong> luz <strong>em</strong> um <strong>do</strong>s 3 arcos.


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Figuras 2 e 3 - Mesa e Transferi<strong>do</strong>r (Latitu<strong>de</strong>s).<br />

A meto<strong>do</strong>logia consistiu nas seguintes etapas:<br />

elaboração <strong>de</strong> um manual para a <strong>utilização</strong> <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n;<br />

acompanhamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> equipamento pelos alunos, por meio <strong>de</strong> observação e questionários.<br />

Entrevistas com professores e posterior correção <strong>do</strong> manual;<br />

elaboração <strong>de</strong> um roteiro dirigi<strong>do</strong> para o entendimento <strong>do</strong> movimento aparente <strong>do</strong> sol <strong>em</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada latitu<strong>de</strong>.<br />

Cada uma <strong>de</strong>ssas etapas é <strong>de</strong>scrita a seguir.<br />

3.1 Manual e cartaz<br />

O manual foi monta<strong>do</strong> basean<strong>do</strong>-se nas informações obtidas na revisão bibliográfica. A intenção era <strong>de</strong> que ele<br />

permitisse o uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> forma autônoma pelos alunos. Foi também elabora<strong>do</strong> um cartaz <strong>de</strong> divulgação <strong>do</strong><br />

equipamento.<br />

3.2 Observação, questionários e entrevistas<br />

A Professora orienta<strong>do</strong>ra participou, no mês <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009, da disciplina <strong>de</strong> TGI (Trabalho <strong>de</strong> Graduação<br />

Integra<strong>do</strong>), que correspon<strong>de</strong> ao projeto <strong>de</strong> edifício(s) ou intervenção urbana <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s durante o último ano <strong>do</strong><br />

curso. O objetivo <strong>de</strong>ssa participação foi auxiliar os alunos na análise <strong>do</strong> conforto ambiental <strong>de</strong> seus <strong>projetos</strong>. Nesse<br />

perío<strong>do</strong>, foi feita uma <strong>de</strong>monstração <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n, orientan<strong>do</strong>-os a utilizar<strong>em</strong> o mesmo quan<strong>do</strong> sentiss<strong>em</strong> necessida<strong>de</strong>.<br />

Além disso, o cartaz <strong>de</strong> divulgação <strong>do</strong> equipamento foi coloca<strong>do</strong> na maquetaria e no mural <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />

Arquitetura e Urbanismo.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, durante 2 meses, a aluna permaneceu no Laboratório <strong>de</strong> Conforto Ambiental, durante um dia por<br />

s<strong>em</strong>ana, a fim <strong>de</strong> acompanhar o uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n por parte <strong>do</strong>s alunos. Esse acompanhamento era feito s<strong>em</strong><br />

interferência, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que os alunos enten<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> o funcionamento <strong>do</strong> equipamento através <strong>do</strong> manual e o utilizass<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong> forma autônoma. Em seguida, era solicita<strong>do</strong> que respon<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> a um questionário.<br />

O questionário foi prepara<strong>do</strong> com questões abertas, para verificar qual seria a eficácia <strong>do</strong> manual, se ele estaria<br />

autoexplicativo, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que os alunos pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> utilizar o equipamento s<strong>em</strong> necessitar<strong>em</strong> <strong>de</strong> qualquer ajuda externa.<br />

As questões elaboradas foram as seguintes:<br />

Qual a utilida<strong>de</strong> da ferramenta para o trabalho didático <strong>em</strong> questão?<br />

Quais são as principais dificulda<strong>de</strong>s no seu uso (aspectos positivos e negativos)?<br />

Você utilizaria esta ferramenta <strong>em</strong> trabalhos <strong>de</strong> outras disciplinas, inclusive <strong>em</strong> seu TGI (projeto <strong>de</strong> final<br />

<strong>de</strong> curso)?<br />

Você acredita que o manual está autoexplicativo, isto é, um aluno po<strong>de</strong> utilizar o equipamento s<strong>em</strong> a<br />

ajuda <strong>de</strong> outra pessoa? Dê sugestões para melhora <strong>do</strong> manual.<br />

Também foram realizadas entrevistas com professores <strong>do</strong> curso, especialmente <strong>de</strong> projeto e paisagismo, os quais<br />

respon<strong>de</strong>ram às seguintes questões:<br />

Você conhece o helio<strong>do</strong>n?<br />

Você sabe para que e <strong>em</strong> que ele po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong>?<br />

Acredita que esse equipamento po<strong>de</strong>ria auxiliar os alunos na sua disciplina? Se sim, por que?<br />

Você possui alguma crítica sobre o equipamento, vê alguma <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong> na sua <strong>utilização</strong>?<br />

A análise das respostas <strong>do</strong>s questionários e das entrevistas, somada ao observa<strong>do</strong> durante o acompanhamento <strong>do</strong><br />

uso <strong>do</strong> equipamento, possibilitaram a correção <strong>do</strong> manual.


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3.3 Elaboração <strong>de</strong> roteiro dirigi<strong>do</strong><br />

Foi elabora<strong>do</strong> um roteiro dirigi<strong>do</strong> para uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a orientar o entendimento <strong>do</strong> movimento<br />

aparente <strong>do</strong> sol <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada latitu<strong>de</strong>. Esse exercício foi feito pelos alunos <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> curso, que estavam<br />

cursan<strong>do</strong> a disciplina <strong>de</strong> Conforto Ambiental, e ten<strong>do</strong> o primeiro contato com o assunto.<br />

4. RESULTADOS<br />

4.1 Manual e cartaz<br />

A estrutura <strong>do</strong> manual consistiu <strong>em</strong> quatro capítulos, a saber:<br />

Capítulo 1: “O que é...”. No primeiro capítulo t<strong>em</strong>-se uma breve <strong>de</strong>scrição física <strong>do</strong> equipamento e<br />

imagens ilustrativas.<br />

Capítulo 2: “On<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong>...”. No segun<strong>do</strong> capítulo são indica<strong>do</strong>s alguns tipos <strong>de</strong> análise que<br />

po<strong>de</strong>m ser conduzi<strong>do</strong>s no equipamento.<br />

Capítulo 3: “Sugestões <strong>de</strong> análise”. Neste capítulo são fornecidas informações adicionais sobre alguns<br />

aspectos a ser<strong>em</strong> observa<strong>do</strong> <strong>em</strong> alguns tipos <strong>de</strong> análises, tais como: análise da incidência solar nos<br />

varia<strong>do</strong>s ambientes da edificação, com posterior colocação <strong>de</strong> proteções solares/brises. Análise da sombra<br />

causada por edifícios ou outros el<strong>em</strong>entos.<br />

Capítulo 4: “Instruções <strong>de</strong> uso.”. Através <strong>de</strong> ilustrações, são explícitos os passos para a <strong>utilização</strong> <strong>do</strong><br />

equipamento.<br />

O cartaz, elabora<strong>do</strong> <strong>em</strong> tamanho A2, é o apresenta<strong>do</strong> na Fig. 4.<br />

4.2 Observação, questionários e entrevistas<br />

Figura 4 - Cartaz <strong>de</strong> divulgação <strong>do</strong> Helio<strong>do</strong>n.<br />

Fonte: Arquivo pessoal.<br />

Foi possível acompanhar alguns alunos da disciplina <strong>de</strong> TGI (Trabalho <strong>de</strong> Graduação Integra<strong>do</strong>), os quais<br />

utilizaram o helio<strong>do</strong>n para incorporar<strong>em</strong> aspectos <strong>de</strong> conforto ambiental <strong>em</strong> seus <strong>projetos</strong> (Fig. 5 e Fig. 6). O<br />

acompanhamento da <strong>utilização</strong> <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n foi importante no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> auxiliar os alunos <strong>em</strong> eventuais dúvidas. As<br />

análises conduzidas referiram-se ao dimensionamento <strong>de</strong> brises e marquises e à análise <strong>de</strong> sombras nas ruas e no<br />

entorno, <strong>em</strong> escala urbana. Ao mesmo t<strong>em</strong>po, a bolsista também pô<strong>de</strong> utilizar o equipamento para a verificação da<br />

insolação <strong>em</strong> seu próprio projeto <strong>de</strong> TGI, que consistiu <strong>em</strong> um parque urbano na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Carlos (Fig. 7). O uso<br />

por parte da bolsista foi essencial para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>em</strong> relação à alguns aspectos analisa<strong>do</strong>s no projeto, tais<br />

como a insolação nas quadras e no teatro <strong>de</strong> arena, b<strong>em</strong> como a relação que a vegetação existente estabelecia com o<br />

parque.<br />

Manusear o carrinho <strong>de</strong> luz foi a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso citada por to<strong>do</strong>s os entrevista<strong>do</strong>s. O manual foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

como suficiente para o uso autônomo <strong>do</strong> equipamento, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> feitas apenas algumas sugestões pontuais, inserir


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fotos <strong>de</strong> ensaios realiza<strong>do</strong>s com edificações e <strong>projetos</strong> urbanos, para ilustrar o produto que se po<strong>de</strong> obter através <strong>do</strong><br />

ensaio.<br />

Figuras 5 e 6 - Acompanhamento da <strong>utilização</strong> por parte <strong>do</strong>s alunos.<br />

Fonte: Arquivo pessoal.<br />

Figura 7 - Utilização <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n pela bolsista,<br />

para análise da insolação <strong>em</strong> parque urbano <strong>de</strong> São Carlos, SP, Brasil.<br />

Fonte: arquivo pessoal.<br />

As entrevistas foram realizadas com quatro professores <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Arquitetura da EESC/USP, sen<strong>do</strong> 3<br />

das disciplinas <strong>de</strong> projeto e um <strong>de</strong> paisagismo. As respostas <strong>em</strong> geral seguiram um mesmo raciocínio: i<strong>de</strong>ntificavam a<br />

importância didática <strong>do</strong> equipamento, porém a maioria <strong>de</strong>les jamais havia utiliza<strong>do</strong> o helio<strong>do</strong>n e não sabia como<br />

funcionava. Sugestões foram dadas, como uma maior divulgação <strong>do</strong> equipamento, até mesmo a construção <strong>de</strong> outro<br />

helio<strong>do</strong>n, já que o que está disponível t<strong>em</strong> várias limitações por conta, por ex<strong>em</strong>plo, da mesa reclinável e <strong>de</strong> diâmetro<br />

limita<strong>do</strong> não suportar o peso <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s maquetes.<br />

De posse das informações coletas, foram feitas as seguintes alterações no manual:<br />

Recomendação <strong>de</strong> que nas fotos tiradas das maquetes, o norte s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>va estar visível.<br />

Informação ao usuário para que procure tirar as fotos s<strong>em</strong>pre na mesma posição, ou com o uso <strong>de</strong> um tripé para<br />

evitar equívocos na sua interpretação <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à diferença <strong>de</strong> ângulos <strong>de</strong> visão.<br />

4.3 Elaboração <strong>de</strong> roteiro dirigi<strong>do</strong><br />

Concomitant<strong>em</strong>ente ao uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n pelos alunos <strong>do</strong> quinto ano, os alunos <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> curso seguiram<br />

um roteiro dirigi<strong>do</strong> cuja intenção foi auxiliar no entendimento <strong>do</strong> movimento aparente <strong>do</strong> sol <strong>em</strong> diversas latitu<strong>de</strong>s<br />

brasileiras (varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> zero a 32 graus sul). Além disso, o objetivo era também proporcionar um contato com o<br />

equipamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que se familiarizass<strong>em</strong> com o mesmo e constatass<strong>em</strong> o seu <strong>potencial</strong>.


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Uma maquete cúbica (Fig. 8 e 9), permitiu a visualização da incidência <strong>do</strong> sol <strong>em</strong> cada fachada nos soltícios e<br />

equinócios, b<strong>em</strong> como a sombra causada pelo volume no entorno. Já as janelas nas quatro faces, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fechamento, permitiam a visualização da mancha <strong>de</strong> sol no interior da maquete. Também foram coloca<strong>do</strong>s painéis<br />

<strong>de</strong>slizantes horizontais e verticais, através <strong>do</strong>s quais era possível simular a sombra feita por um beiral ou por el<strong>em</strong>entos<br />

verticais, e verificar o seu tamanho necessário para sombrear a abertura.<br />

5. CONCLUSÕES<br />

Figuras 8 e 9 - Desenhos da maquete <strong>do</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> dirigi<strong>do</strong>.<br />

Fonte: Arquivo pessoal.<br />

Ten<strong>do</strong> <strong>em</strong> vista a importância da análise da insolação no projeto <strong>de</strong> edifícios a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ao clima e que consumam<br />

menos energia, este trabalho teve o intuito <strong>de</strong> estudar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>em</strong> <strong>projetos</strong><br />

arquitetônicos. O enfoque foi no <strong>potencial</strong> didático <strong>de</strong>ssa ferramenta, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que ela seja mais explorada nos cursos<br />

<strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo. Para tal, o objeto <strong>de</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong>sta pesquisa foi o helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> 3 arcos disponível no<br />

Laboratório <strong>de</strong> Conforto Ambiental da EESC/USP. A meto<strong>do</strong>logia consistiu no acompanhamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />

equipamento pelos alunos <strong>de</strong> graduação, <strong>em</strong> especial durante o seu projeto <strong>de</strong> final <strong>de</strong> curso, e <strong>de</strong> entrevistas com<br />

professores <strong>de</strong> projeto e <strong>de</strong> paisagismo. Com relação ao aparelho <strong>do</strong> da EESC/USP, foram feitas algumas constatações<br />

<strong>em</strong> relação às suas limitações, sen<strong>do</strong> as principais, a saber:<br />

há a presença <strong>de</strong> apenas um carrinho <strong>de</strong> luz, que t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser troca<strong>do</strong> <strong>de</strong> arco para cada época <strong>do</strong> ano, o que<br />

dificulta o processo. Ao mesmo t<strong>em</strong>po o fato <strong>de</strong> se ter que trocar e <strong>de</strong>sparafusar o carrinho <strong>de</strong> luz acaba crian<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste ao equipamento;<br />

a mesa reclinável não possui um tamanho satisfatório (90 cm <strong>de</strong> diâmetro) para maquetes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e,<br />

portanto, não suporta o peso das mesmas;<br />

os três arcos fixos limitam a visualização da trajetória solar nos varia<strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano, uma vez que só se<br />

visualizam os solstícios e os equinócios.<br />

A pesquisa teve como resulta<strong>do</strong>s finais (1) um manual que permite o uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n <strong>de</strong> forma autônoma pelos<br />

alunos e (2) um exercício dirigi<strong>do</strong>, para ser aplica<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o aluno tiver o primeiro contato com a análise da insolação,<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a facilitar o seu entendimento <strong>do</strong> movimento aparente <strong>do</strong> sol nas diversas latitu<strong>de</strong>s e da eficiência das<br />

proteções solares.<br />

O trabalho também teve gran<strong>de</strong> importância ao estimular o uso <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n aos professores e aos alunos,<br />

principalmente aos <strong>do</strong> último ano <strong>do</strong> curso. No entanto, o seu <strong>potencial</strong> ainda não é totalmente explora<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

justamente às limitações encontradas para sua <strong>utilização</strong>, o que indica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos futuros para que esta<br />

pesquisa tenha continuida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto <strong>de</strong> constante aprimoramento <strong>do</strong> material didático <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong><br />

Conforto Ambiental. As principais necessida<strong>de</strong>s que se apresentaram, sen<strong>do</strong> algumas já <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (Chvatal,<br />

2009), foram as seguintes:<br />

Elaboração <strong>de</strong> um manual que cont<strong>em</strong>ple análises específicas e mais <strong>de</strong>talhadas, mostran<strong>do</strong> passo a passo<br />

como se <strong>de</strong>ve analisar um projeto <strong>de</strong> edificação, um projeto paisagístico, um complexo urbano, <strong>de</strong>ntre<br />

outros.<br />

Reforma no equipamento ou construção <strong>de</strong> um novo, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que as dificulda<strong>de</strong>s com o carrinho <strong>de</strong> luz<br />

sejam resolvidas e o equipamento permita análises <strong>em</strong> mais perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano, e não somente nos solstícios<br />

e equinócios.<br />

Aumento das dimensões da base, para que maquetes maiores possam ser utilizadas.<br />

Inclusão <strong>de</strong> sensores para análise conjunta da insolação e da iluminação natural.


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Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os à FIPAI- Fundação para o Incr<strong>em</strong>ento da Pesquisa e <strong>do</strong> Aperfeiçoamento Industrial, <strong>de</strong> São Carlos,<br />

SP, Brasil, pelo apoio concedi<strong>do</strong> para a realização <strong>de</strong>ssa pesquisa, b<strong>em</strong> como aos funcionários <strong>do</strong>s laboratórios e da<br />

maquetaria <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Arquitetura da EESC/USP.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Al-Sallal, Khaled A.. Easing high brightness and contrast glare probl<strong>em</strong>s in universal space <strong>de</strong>sign studios in the UAE:<br />

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Patrick. Effects of daylighting options on the energy performance of two existing passive commercial buildings.<br />

Building and Environment, Volume 22, Issue 1, 1987, Pages 3-12.<br />

CHEUNG, K. P; et al..Solar <strong>de</strong>sign of buildings by using light: duty universal helio<strong>do</strong>n. Chile - Santiago. 2003. XX<br />

Conference on Passive and Low Energy Architecture, 2003, Santiago <strong>do</strong> Chile.<br />

Chvatal, Karin M. S. 2009. Estu<strong>do</strong> para a reforma <strong>do</strong> helio<strong>do</strong>n e elaboração <strong>de</strong> procedimentos para o seu uso. Projeto <strong>de</strong><br />

iniciação científica apresenta<strong>do</strong> à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, para o Programa Ensinar com Pesquisa.<br />

DIKEL, Erhan; YENER, Cengiz . A lighting coordinate database for 3D art objects. Building and Environment,<br />

Volume 42, Issue 1, January 2007, Pages 246-253.<br />

GARCIA-HANSEN, V.; ESTEVES, A.; PATTNI, A.. Passive solar syst<strong>em</strong>s for heating, daylighting and ventilation for<br />

rooms without an equator-facing faca<strong>de</strong>. Renewable Energy, Volume 26, Issue 1, May 2002, Pages 91-111<br />

HEISLER, Gor<strong>do</strong>n M.. Effects of individual trees on the solar radiation climate of small buildings. Urban Ecology,<br />

Volume 9, Issues 3-4, June 1986, Pages 337-<br />

KIM, Gon; KIM, Jeong Tai. Projecting performance of reintroduced direct sunlight based on the local meteorological<br />

features. Solar Energy Materials and Solar Cells, Volume 80, Issue 1, 15 October 2003, Pages 85-94.<br />

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Pages 97-121.<br />

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SOUZA, Marisa Bueno e; DUARTE Denise; RONCONI Reginal<strong>do</strong>. Pesquisa, Projeto e Construção <strong>de</strong> Ferramentas <strong>de</strong><br />

Ensaio para Mo<strong>de</strong>los Físicos <strong>em</strong> Conforto Ambiental – Helio<strong>do</strong>n. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitetura<br />

e Urbanismo, Dep. Tecnologia da Arquitetura. São Paulo, SP.<br />

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IV Conferencia Latino Americana <strong>de</strong> Energia Solar (IV ISES_CLA) y XVII Simposio Peruano <strong>de</strong> Energia Solar (XVII- SPES), Cusco, 1- 5.11.2010<br />

STUDY OF THE HELIODON POTENTIAL ON ARCHITECTURAL<br />

DESIGN<br />

Abstract. The analysis of the sun inci<strong>de</strong>nce in buildings and urban areas is one of the most important aspects that<br />

configure their thermal comfort and energy consumption. Helio<strong>do</strong>n is a very useful tool for this purpose. This<br />

equipment is available at the Environmental Comfort Laboratory of the Department of Architecture and Urbanism of<br />

EESC, USP, Brazil. It allows the visualization of the sun trajectory in significant periods, as the solstices and equinocy,<br />

in all latitu<strong>de</strong>s. The aim of this work is to study the helio<strong>do</strong>n potential of use, <strong>em</strong>phasizing on it didactic application.<br />

The helio<strong>do</strong>n available at the EESC/USP Laboratory is three-arch equipment. The metho<strong>do</strong>logy consisted on the use of<br />

the tools by the un<strong>de</strong>rgraduate stu<strong>de</strong>nts during their final project and interviews with lecturers on general <strong>de</strong>sign and<br />

landscape <strong>de</strong>sign. The final results were (1) a manual that allows an autonomous use of the helio<strong>do</strong>n by the<br />

un<strong>de</strong>rgraduate stu<strong>de</strong>nts and (2) an exercise that helps the stu<strong>de</strong>nts to un<strong>de</strong>rstand the apparent sun mov<strong>em</strong>ent in various<br />

latitu<strong>de</strong>s. Finally, difficulties and limitations for the use of the equipment were collected, in or<strong>de</strong>r to indicate possible<br />

future works.<br />

Keywords: Helio<strong>do</strong>n, Sun inci<strong>de</strong>nce analysis, Environmental comfort.

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