EDIÇÃO COMEMORATIVA - Arquidiocese de São Luís

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10 Quatrocentos anos de evangelização no Maranhão Falar dos 400 anos da cidade de São Luís é falar dos 400 anos de evangelização do Maranhão. a missão da Igreja no Maranhão não se restringiu apenas à parte religiosa, mas, sobretudo, revelou-se civilizatória. nas três caravelas que aqui chegaram em 1612 — Régent, Charlotte e Sainte anne —, vinham a bordo os padres ambroise d’amiens, arsène de Paris, Claude d’abbeville e Yves d’Evreux, os primeiros a desembarcar e pregar sobre o deus cristão, que revelavam aos índios para convertê-los ao cristianismo. a história da cidade começa com a presença desses padres, com a peregrinação pelas aldeias em busca de levar-lhes a revelação. o padre d’abbeville resume a missão com a afirmação de que “havíamos tomado posse da terra em nome de Jesus Cristo” e, antes de fazer conhecer as águas, as árvores, a fauna, ele explica o desejo que os trazia àquelas longínquas paragens: “Conhecer os índios, sentir o bom odor entre nós; reconhecer-lhes os costumes, os modos de vida para, em seguida, fazer com que compreendam, facilmente, a finalidade com que lá estávamos.” É bom lembrar que d’abbeville escreveu seu famoso livro — Histoire de la Mission des Pères Capucins en l’Isle de Maragnan et terres circonvoisines — quando já se encontrava na França, depois de, durante quatro meses, conseguir armazenar os conhecimentos que constituem o primeiro e mais detalhado livro sobre as coisas do Brasil e dos índios, seus costumes e hábitos. Regressando a Paris, as referências que o autor faz nas suas citações são as de quem fala de coisas que vivenciou; daí por que são referências ao passado. o padre Yves d’Evreux, outro membro da missão, também deixou um livro notável sobre sua passagem pelo Maranhão — Suite de l’Histoire des choses plus mémorables advenues em Maragnan —, de que, infelizmente, só foram salvos três exemplares, assim mesmo incompletos. Com a derrota dos franceses, os franciscanos portugueses decidiram criar uma missão de alta categoria, que incluía Frei Cristóvão de Lisboa, autor de uma história sobre o Maranhão e também sobre animais e plantas. a primeira parte dessa história foi perdida no incêndio de Lisboa, de 1755, mas a segunda, com gravuras belíssimas, sobre plantas e animais do Maranhão, foi salva, porque estava no gravador e, portanto, não foi atingida pelo incêndio que destruiu o arquivo da catedral. Frei Cristóvão de Lisboa era um erudito e conceituado historiador da ordem, bispo designado de angola. Também com os libertadores portugueses vieram os jesuítas. depois, vieram outras ordens, como a dos carmelitas, e o Maranhão teve a destinação de receber duas figuras das mais notáveis da Igreja: o padre antónio Vieira e o mártir Gabriel Malagrida, queimado na perseguição de dom José e do Marquês de Pombal aos jesuítas. Também no século xVII, aportaram ao Maranhão os mercedários, que desceram o amazonas, de Iquitos, com dois frades que fundaram conventos, um em Belém do Pará, outro em São Luís. quando visitou o Maranhão o papa João Paulo II, pedi ao núncio apostólico dom Carlo Furno, meu amigo, hoje cardeal, que Sua Santidade incluísse no programa o recentemente restaurado Convento das Mercês. dom Furno respondeu-me que, por motivos de segurança, o papa não poderia visitar o convento, já que as ruas de acesso ao local não permitiam tal visita. Mas as minhas considerações sobre a presença do missionário e a necessidade de restauração do Convento das Mercês fizeram com que dom Carlo conseguisse do secretariado do Vaticano a inclusão de uma parte desse texto, de minha autoria, na homilia feita pelo papa (Homilia do Papa João Paulo II na Missa Celebrada para os Fiéis da arquidiocese de São Luís do Maranhão.) Por isso, desejo recordar este monumento que nos lembra um dos marcos fundamentais da evangelização na América Latina. Refiro-me ao Convento das Mercês que, recentemente restaurado por mãos generosas, concluirá sua reconstrução quando lhe for anexada a igreja que os padres mercedários construíram, no início deste século, com enorme sacrifício e zelo. [...] não poderia deixar também de lembrar que o Maranhão foi o grande foco irradiador no Brasil da devoção ao Coração de Jesus, tão querida do povo, através do zelo do insigne missio- nário e fundador de obras e institutos religiosos, o padre Gabriel Malagrida, que deixou marcas profundas de sua ação apostólica em todo norte e nordeste do Brasil do século dezoito! Essa parte transcreveu, na quase totalidade, as palavras do texto que mandei ao núncio apostólico, com o meu pedido de visita do papa ao Convento das Mercês. Cito um ponto da passagem de João Paulo por São Luís. Eu, que tinha estado com ele no Vaticano e nas visitas que fez no Brasil, já não sendo mais presidente da República, estava a esperar o papa João Paulo no aeroporto. Então, eu me apresentei, sabendo que ele não entendia perfeitamente o português: “Je suis José Sarney, ancien président du Brésil.” qual não foi minha surpresa quando o papa pegou na minha mão e repetiu meu nome duas vezes: “Sarney! Sarney!” E perguntou: “Como vai o Brasil?” Vivíamos uma grave crise política com o problema do Collor. Eu respondi: “Cada vez mais precisando de suas preces, Santidade!” o Vaticano me pediu que escrevesse uma página, sobre a minha visita oficial a João Paulo II, num livro que organizou os depoimentos de todos os chefes de Estado que estiveram com o Papa. Contei que, na audiência, quando falamos sobre a necessidade de urgência na ação da Igreja para nos ajudar a resolver o problema da reforma agrária no Brasil, o papa respondeu-me: “aqui nada é urgente, presidente. nós lidamos com a eternidade!” durante minha vida, conheci quase todos os arcebispos que passaram por aqui e com eles mantive — com uns mais, com outros menos — bom relacionamento e amizade. o primeiro foi dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, que depois veio a ser cardeal de aparecida. dom Carmelo comparecia às missas e a todas as solenidades paramentado. quando presidente da República, recebi dom Carmelo, ele já bem velhinho, no Planalto, e lembrei-lhe que eu era coroinha e o ajudava nas missas no Colégio Marista da Igreja da Sé. quando dom Carlos Carmelo saiu do Maranhão, o arcebispado ficou vazio, de 1944 a 1947, e respondia por ele o cônego e depois Monsenhor Frederico Chaves, de grande popularidade, muito querido e invocado como milagroso pelo povo maranhense. Ele era o confessor de minha mãe, que por ele tinha grande devoção. Recordo também a figura de dom Adalberto accioli Sobral, arcebispo que passou relativamente pouco tempo no Maranhão e chegou trazendo um Buick preto, que fazia o maior sucesso porque era o veículo mais solene que tinha chegado ao Estado. Este carro foi comprado pela prefeitura de São Luís, quando era prefeito Epitácio Cafeteira, que o usava para seu transporte pessoal. Faziam parte do séquito do arcebispo os monsenhores Santana e Madureira — que ficou no Maranhão muito tempo depois de sua saída e aqui faleceu como pároco de Rosário. dom adalberto era moreno escuro, bem alto, forte e gostava de pompas e de ser tratado como o eram os bispos e arcebispos antigamente, com o maior respeito e reverência. quando ele passava pelo Colégio Marista, ao entrar na nave da igreja, cantávamos o hino que ele mandara fazer em homenagem a sua pessoa. Saudação a dom adalberto accioli Sobral Salve, salve, nosso Bispo adalberto. aceitai os cânticos de alegria. os cânticos de vitória e alegria. Benditos sejam na Santa Igreja o bom pastor e nosso digno pai. o bom pastor e nosso digno pai. Viva! Viva nosso arcebispo adalberto Sobral! o Hino a dom adalberto — uma composição do Irmão Hélio, Regente da orquestra Carlos Gomes no Colégio Marista — era entoado em todas as missas a que dom adalberto estivesse presente. após ser cantado o Christus Vincit, Christus Regna, Christus Imperat, acrescentava- -se o estribilho: adalbertus episcopus, pater est salus perpetuo. Contava-se que dom adalberto tinha horror a ratos, que eram habitantes do Palácio Episcopal. Ele ficava deitado numa rede, em seu quarto, e colocava quatro seminaristas em cada ponto do cômodo e pedia ao monsenhor: “Frederico, mande os seminaristas miarem para espantar os ratos.” Então, os seminaristas, um em cada canto do quarto, ficavam miando: “Miau. Miau. Miau. Miau.” Devo destacar a figura excepcional de dom José delgado, um homem operoso e trabalhador, que fez uma verdadeira revolução na Igreja no Maranhão e foi o fundador da primeira universidade que tivemos no Estado, a Universidade Católica. Foi dom José quem me casou. Muito mais tarde, quando Roseana marcou seu casamento, ele morava em Fortaleza. Mandei convidá-lo para presidir a cerimônia do matrimônio. Ele veio. quando consegui com o presidente Castelo a criação da Universidade Federal do Maranhão, a Universidade Católica atravessava grandes dificuldades e talvez não tivesse condições de manutenção. Vali-me, então, da minha relação com dom delgado e com padre Ribamar para fazermos um acordo e juntarmos as duas casas, com a participação da Igreja, conjuntamente com o Governo Federal. Foi dom delgado também quem imprimiu à Igreja maranhense um espírito de empreendedorismo, criando a Faculdade de Medicina, a Escola do Serviço Social, a Rádio da arquidiocese e o Jornal do Maranhão, modernizou a catequese e deu grande destinação às coisas da Igreja. Ele, sem dúvida alguma, deixou uma marca profunda na Igreja no Maranhão. outro arcebispo com quem tive ligação bem próxima foi dom João José da Motta e albuquerque, facilitada essa ligação pelo fato de ser irmão do Mauro Motta, meu amigo desde moço, que dirigia o diário de Pernambuco, no qual tive meus primeiros versos publicados, e de quem depois fui colega na academia Brasileira de Letras. dom Motta era um homem afável, extremamente místico e muito simples. dom Motta trouxe ao Maranhão, para morar com ele, uma tia bem velhinha. Contou- -me que ela tinha uma caderneta em que anotava os seus pecados. Uma das brincadeiras que dom Motta fazia era pegar essa caderneta e esconder. Então, ela ficava profundamente preocupada. Um dia, ele resolveu bisbilhotar os pecados dela na caderneta. Um deles era o seguinte: “Hoje, eu pensei mal do jardineiro achando que ele não tivesse molhado as plantas. Depois, verifiquei que era um mau pensamento, porque ele o tinha feito”. Eu tinha por hábito visitar dom Motta domingo à tarde e lá ficava, em longas conversas — era o tempo da Revolução, e eu era governador do Maranhão —, comentando sobre os problemas, alguns relativos aos militares com o clero — problemas que, no Maranhão, foram conduzidos pelo arcebispo com grande habilidade. Outra figura da Igreja no Maranhão, essa mais antiga, mas que deixou uma marca bem folclórica pela sua personalidade, foi a do primeiro arcebispo, dom otaviano de albuquerque, que se dizia ser nobre três vezes: porque era Príncipe da Igreja, era albuquerque, uma família da nobreza, e tinha dinheiro. Contava-se uma história passada em São Bento, aonde ele ia para iniciar as desobrigas, o que naquele tempo era feito a cavalo, pelo interior do Maranhão, sem estrada. Eram emprestados cavalos por aqueles que ajudavam na passagem do arcebispo, que montava em um cavalo com os melhores arreios que lá se encontravam. numa dessas visitas, dom otaviano, durante o cortejo, fazia comentários sobre o cavalo que lhe tinha sido entregue pelo padre da paróquia: “de quem é este cavalo?” “É do Marcionílio”, respondeu-lhe o padre, que morava em frente à casa do meu avô. dom otaviano, ainda durante o cortejo, mandou chamar o Marcionílio e disse-lhe: “que bom cavalo! É um ótimo cavalo. não queres me vendê- -lo?” Marcionílio respondeu-lhe: “o cavalo é seu, dom otaviano. Para mim, é uma grande honra dar o melhor cavalo ao bispo.” E dom otaviano fez as desobrigas nos municípios da Baixada Maranhense montado no cavalo. depois de três meses, encerradas as desobrigas, dom otaviano chamou o Marcionílio, o antigo dono do cavalo, e disse- -lhe: “Tenho pensado que não tenho como botar o cavalo dentro da arquidiocese de São Luís. Você, que está acostumado com o animal, quanto vale este cavalo?” Marcionílio respondeu-lhe: “Vale 50 mil-réis.” “Pois, então, pague-me 30 e fique com o cavalo!” E vendeu-lhe o cavalo e recebeu os 30 mil-réis. Esse era dom otaviano de albuquerque, arcebispo do Maranhão de 1922 a 1935. outro bispo do Maranhão, que não foi arcebispo, mas com quem tive um bom relacionamento, foi dom Felipe Condurú Pacheco, que me batizou. Era filho de São Bento, terra dos meus pais e avós. dom Felipe escreveu a História Eclesiástica do Maranhão, que mandei publicar quando eu era governador do Estado. Escreveu também outro livro, Pai e Mestre, no qual conta a história do seu pai, o professor Benício Felipe de oliveira Condurú. José Sarney Presidente do Senado Setembro de 2012 quando ele foi nomeado bispo, foi visitar São Bento, e meu pai fez a saudação em nome da cidade, pelo filho que tinha chegado a tão alto cargo de dignitário da Igreja. Eu, menino, fiquei alegre, e com os outros meninos fizemos alas pela cidade inteira para a passagem do bispo. dom Felipe fazia-me cartões muito bons, quando eu era governador. Em um deles, dizia: “Senhor Governador, ouvi, na Rádio do Estado, um locutor chamar o nome do Município São Vicente de Ferrer, quando, na realidade, não existe esse santo. o correto é São Vicente Ferrer, nome do santo. E não posso admitir que a Rádio do Estado cometa erro dessa natureza!” outro cartão que ele me enviou, durante o carnaval, dizia — o slogan da nossa campanha era Maranhão novo — o seguinte: “não fale em Maranhão novo. Enquanto existir a devassidão do carnaval, o Maranhão não pode ser novo!” Ele morava no Palácio Episcopal, no fim da sua vida, num quarto com um aviso na porta: “Se quiser falar com dom Felipe, não bata na porta três vezes. quando ele quer atender, atende na segunda batida. Se ele não atender na segunda batida, retire-se porque ele não deseja recebê-lo.” Devo recordar também a figura extraordinária de dom Paulo Eduardo andrade Ponte, com quem tive um relacionamento não tão estreito, mas que foi sempre amistoso, e uma aproximação feita por intermédio da minha amizade com seu irmão, Luiz Ponte, deputado federal e meu Ministro de Estado quando presidente da República. Ele sofreu bastante no exercício do episcopado, enfrentando vários problemas. Próximo à sua morte, muitas vezes, visitei-o no hospital. quando ele morreu, tive oportunidade de publicar um artigo sobre o que ele tinha realizado em favor da Igreja no Maranhão. Outra figura excepcional do clero maranhense, com quem tive oportunidade de conviver, foi dom xavier Gilles, a quem conheci quando aqui chegou, bem moço — ele era pároco do Bairro Cavaco, hoje Fátima —, cheio de ideias e voltado para as causas sociais. Recém-chegado da Europa, teve um grande choque cultural com a vivência da realidade e da injustiça social com que teve que lidar. Restaurou a Peregrinação de São José de Ribamar, com as ideias e sugestões para fazermos o caminho de São José, bem como a estátua que guarda a Baía de São José. É um homem de grandes virtudes, que abandonou tudo, uma vez que era de família de grandes posses na França e de alto nível social, para dedicar toda sua vida a serviço de deus e da Igreja, trabalhando pelos pobres e injustiçados. dom xavier é, sem dúvida alguma, um exemplo de vida. Jubilado hoje — é bispo emérito de Viana —, vive no antigo leprosário, dedicado à tarefa de fazer o bem e manter viva, e cada vez mais sublimada, a sua missão de sacerdote. o atual arcebispo do Maranhão, dom frei José Belisário da Silva, é uma figura eminente do clero e ocupa lugar de grande destaque na Igreja brasileira. Com o meu afastamento do Estado, pelas obrigações das minhas funções, que me fizeram residir na capital do País, perdi, de certo modo, a ligação estreita com o clero maranhense, uma vez que tenho mantido, ao longo de minha vida, sem vacilação, a minha fé, a minha crença no deus da minha mocidade, que me guardou das assombrações dos meninos do interior do Maranhão. na minha juventude, na qual tantos “ismos” foram colocados em dúvida pela mocidade, o único que guardei com a maior felicidade foi o Cristianismo. Como cristão, deus pôs Suas mãos na minha cabeça e me entregou ao cumprimento de um destino, que resumi no poema que escrevi, Homilia do Juízo Final: Tenho um encontro com deus: — José! onde estão tuas mãos que eu enchi de estrelas? Estão aqui, neste balde de juçaras e sofrimentos. a Igreja no Maranhão é uma das mais tradicionais do Brasil, rivalizando-se com as primeiras, uma vez que a nossa arquidiocese era sufragânea da de Lisboa desde 1677, e as nossas ligações sempre foram mais estreitas com as tradicionais universidades teológicas da Europa, que preparou o nosso clero e aqui produziu grandes figuras, que extrapolaram os conhecimentos da religião para contribuírem com a literatura terrena, na poesia e na história.
Setembro de 2012 Detran - MA 46 anos trabalhando a favor de um trânsito seguro o departamento Estadual de Trânsito foi criado há exatos 46 anos, devido principalmente ao crescimento de tráfego e da complexidade dos serviços de trânsito em todo o Estado, além da necessidade de se criar um órgão com uma soma de atribuições e obrigações que pudesse organizar o trânsito e absorver recursos e pessoal para isso. assim diante dessa necessidade foi publicado no diário da assembleia a mensagem do então governador do Estado, José Sarney, apresentando formalmente o projeto da criação do departamento Estadual de Trânsito à assembleia Legislativa do Estado. antes de 1966, o departamento era chamado de Inspetoria Estadual de Trânsito, órgão subordinado à Chefatura de Polícia do Estado. a partir desse importante medida do ex-governador e hoje presidente do Senado Federal, José Sarney, nasceu o departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (detran - Ma), órgão executivo do Sistema nacional de Trânsito com Jurisdição em todo o Estado do Maranhão, por força da Lei Federal nº 5.108, de 21 de setembro de 1966, transformado em autarquia, por meio da Lei Estadual nº 2.668, de 29 de julho de 1966. o detran - Ma funcionava em um pequeno prédio no bairro da Madre deus, próximo ao Centro de São Luís e foi um dos primeiros órgãos de trânsito a ser implantado no Brasil, antes mesmo de estados como Pernambuco, Sergipe, Pará, Bahia e Mato Grosso do Sul. Mesmo sendo uma autarquia, o departamento é vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública até hoje. No final da década de 80, a sede do departamento foi transferida para uma área bem maior localizada no bairro da Vila Palmeira, onde funciona a sede administrativa e um posto de atendimento onde os usuários podem realizar seus serviços tanto de habilitação, quanto de veículos. nos anos 90, na gestão de Heitor Heluy, foram criadas as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), uma espécie de filiais do departamento, nos municípios de açailândia, Bacabal, Balsas, Barra do Corda, Caxias, Chapadinha, Codó, Grajaú, Imperatriz, Pedreiras, Pinheiro, Presidente dutra, Santa Inês, São João dos Patos e Timon, totalizando 15 por todo o Estado. o detran - Ma é regido pelo decreto Estadual n° 20.242 de 26 de janeiro de 2004 e tem como missão planejar, coordenar, fiscalizar, controlar e executar a política estadual de trânsito no Maranhão. dentre os serviços oferecidos estão o cadastro e emissão de Carteira nacional de Habilitação, exames teóricos e práticos, registro e licenciamento de veículos, emissão de boleto de IPVa, seguro, multas e taxas, comunicado de venda de veículos e atualização de endereços. Segundo a servidora do setor de multas, Maria José Carvalho Pontes, que presenciou os primeiro anos do departamento de Trânsito, a grande mudança é em relação à tecnologia. “Logo quando entrei aqui, tudo era bem diferente do que é hoje. o atendimento era feito em balcões, e todos os processos eram feitos sob o próprio punho, ou seja, tudo era na caneta. depois chegaram as máquinas de escrever e passamos a ter datilógrafos trabalhando conosco”, lembra a funcionária que trabalha no detran - Ma há 41 anos. Com 38 anos no órgão a chefe do setor de Recursos Humanos, Maria da Graça Reis, destaca a mudança estrutural do detran - Ma, visto que o prédio antigo era bem menor, onde abrigava todos os setores, situação que era bastante desconfortável, pela falta de espaço, mas que, hoje, a situação mudou, e pra melhor. “Hoje o que a gente vê é um detran bem estruturado, bem dividido, onde todos podem trabalhar com segurança, com conforto, e o que é mais importante, levando sempre agilidade nos serviços aos usuários”, declarou Graça Reis. Hoje, o departamento Estadual de Trânsito do Maranhão comemora 46 arquivo detran anos de existência, no ano em que foi alcançado a marca de 1 milhão de veículos emplacados no Estado, com uma média de 10 mil emplacamentos por mês no Maranhão, sendo mais de 500 ao dia. Vale ressaltar que de 2009 até agora, aproximadamente 550 mil carteiras nacionais de habilitação foram emitidas, o que demonstra o ritmo acelerado de trabalho do órgão tanto na emissão, quanto no emplacamento de veículos no Estado. desde quando assumiu o detran - Ma em 2009 o diretor Geral, Flávio Trindade Jerônimo tem trabalhado fortemente em diversos setores, principalmente no atendimento ao usuário e na educação para o trânsito, além de desenvolver ações implementadoras na área de informática, que incluiu a troca de todo o parque tecnológico do departamento e nas Ciretrans que hoje contam com computadores de última geração. “Estamos felizes por estarmos à frente desse departamento que é tão importante na vida de todos. desde aqueles que estejam tirando a sua 1ª habilitação, emplacando seu veículo ou recebendo uma orientação pela equipe de Educação para o Trânsito. Estamos sempre ao lado do nosso usuário!”, destacou o diretor Geral, Flávio Trindade que sempre colocou o atendimento e a educação no trânsito como alguns de seus principais pilares. o departamento mantém atualmente 1 posto de atendimento na sede (Vila Palmeira, em São Luís) e 2 postos de atendimento na capital (Shopping dal Plaza, Cohab e Shopping do automóvel, Calhau) além de 15 representações no interior do estado, que são as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans). o detran - Ma também possui um posto de atendimento no município de Viana, além de postos de atendimento nos Vivas Cidadãos em São Luís (Praia Grande, Jaracaty e João Paulo), Imperatriz, Carolina e Presidente dutra, totalizando 24 postos de atendimento no Estado. 11
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