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EDIÇÃO COMEMORATIVA - Arquidiocese de São Luís

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Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

A Paulus em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

ao iniciar suas ativida<strong>de</strong>s no Brasil<br />

em 1931, a Paulus mostrou que pioneirismo,<br />

proativida<strong>de</strong>, ética e comprometimento são<br />

traços <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e norteiam suas<br />

ações. Já dizia o fundador da Pia Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, o Bem-aventurado Tiago alberione:<br />

“Vão e anunciem! Eu acredito em<br />

um gran<strong>de</strong> futuro para o Brasil”.<br />

nós também acreditamos! Tanto é<br />

que nossas iniciativas na missão <strong>de</strong> “falar <strong>de</strong><br />

tudo cristãmente” não pararam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então!<br />

a Paulus, hoje, possui em todo o território<br />

nacional livrarias, uma gravadora e, há pouco<br />

mais <strong>de</strong> cinco anos, a Faculda<strong>de</strong> Paulus<br />

<strong>de</strong> Tecnologia e Comunicação (FaPCoM).<br />

no dia 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 foi a<br />

vez <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> nos receber. nesse dia foi<br />

inaugurada a primeira Paulus Livraria em<br />

território maranhense, que ficava situada na<br />

Rua da Paz, número 121. Com um acervo<br />

<strong>de</strong> produtos nas diversas áreas do conhecimento,<br />

atraímos a população e fi<strong>de</strong>lizamos<br />

inúmeros clientes, que nos acolheram prontamente,<br />

<strong>de</strong> braços abertos. Tanto é que quase<br />

cinco anos <strong>de</strong>pois, em 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011,<br />

<strong>de</strong>cidimos nos mudar para uma loja ainda<br />

melhor, com amplas instalações e repleta <strong>de</strong><br />

produtos especialmente concebidos para difundir<br />

cada vez mais cultura e informação.<br />

na época, a cerimônia <strong>de</strong> reinauguração da<br />

nova livraria foi presidida pelo arcebispo<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário da Silva, e<br />

contou com a presença <strong>de</strong> dom José Carlos<br />

Chacorowski, bispo auxiliar. Hoje, estamos<br />

na Rua do Passeio, número 229.<br />

Temos a plena convicção <strong>de</strong> que lutamos<br />

para humanizar a socieda<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong><br />

que seja resgatada a dignida<strong>de</strong> do ser humano,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da fé que professe,<br />

por meio <strong>de</strong> conteúdos que possibilitem a<br />

reflexão sobre a influência da Comunicação<br />

Social no cotidiano das pessoas. Estamos<br />

certos <strong>de</strong> que <strong>de</strong>us continuará a abençoar o<br />

nosso caminhar e a parceria que mantemos<br />

com você, cliente Paulus.<br />

a todos os maranhenses, o nosso<br />

muito obrigado pelo reconhecimento e confiança!<br />

A<br />

Justiça e Paz, preocupação da Igreja pós-conciliar<br />

Muitos são os momentos <strong>de</strong> celebração da<br />

caminhada do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. agora, por exemplo,<br />

vive a Igreja Católica o momento <strong>de</strong> celebração jubilosa<br />

dos 50 anos da instalação do Concílio Vaticano<br />

II, cujos frutos são excelentes.<br />

o concílio indicou, na Constituição Pastoral<br />

Gaudium et Spes, documento que marca a relação<br />

da Igreja com o mundo, que era “muito oportuna<br />

a criação <strong>de</strong> um organismo da Igreja universal,<br />

com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar a comunida<strong>de</strong> dos católicos<br />

para que promovam o progresso das regiões indigentes<br />

e a justiça social entre as nações”.<br />

É sob este impulso que surge a Comissão<br />

Pontifícia Justiça e Paz, criada pelo papa Paulo VI,<br />

em janeiro <strong>de</strong> 1967, sediada em Roma, com representantes<br />

<strong>de</strong> todos os continentes, em cuja mensagem<br />

criava, também, o Conselho <strong>de</strong> Leigos. Foi <strong>de</strong>finida,<br />

então, como ativida<strong>de</strong> da Comissão Justiça<br />

e Paz “o estudo dos gran<strong>de</strong>s problemas da justiça<br />

social, com vistas ao <strong>de</strong>senvolvimento das nações<br />

jovens e especialmente quanto à fome e à paz no<br />

mundo”, que recebe mais vigor com a Encíclica Populorum<br />

Progressio, em março <strong>de</strong> 1967, que retoma<br />

os mesmos temas.<br />

o Concílio Vaticano II foi, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

o maior evento da Igreja Católica, no século xx,<br />

principalmente em sua última meta<strong>de</strong>. Convocado<br />

pelo saudoso João xxIII, instalado em outubro <strong>de</strong><br />

1962, prolongou-se até 1965, e, ainda hoje, é reconhecido<br />

como “um momento <strong>de</strong> reflexão global da<br />

Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com<br />

o mundo” (João Paulo II/ 1995). É a Igreja, através<br />

<strong>de</strong> um organismo <strong>de</strong> tanta relevância e responsabilida<strong>de</strong>,<br />

assumindo os <strong>de</strong>safios do mundo contemporâneo.<br />

É com este mesmo espírito que, logo em<br />

seguida, o papa Paulo VI recomenda às Conferências<br />

Episcopais nacionais a criação <strong>de</strong> estruturas<br />

semelhantes com os mesmos objetivos da Pontifícia<br />

Comissão Justiça e Paz.<br />

Esses ventos renovadores chegaram ao Brasil,<br />

exatamente quando os nossos bispos retornavam<br />

da Conferência <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>llín, em 1968, sacudidos<br />

pela “opção preferencial pelos pobres”, expressão<br />

proclamada ali, mas, há muito e sempre, síntese<br />

do Evangelho <strong>de</strong> Jesus, razão por que, em outubro<br />

daquele ano, <strong>de</strong>cidiram criar a Comissão Brasileira<br />

riqueza cultural do Brasil é imensa! Cada Estado e suas cida<strong>de</strong>s possuem os<br />

seus encantos. Em Minas encontramos as igrejas <strong>de</strong>coradas com ouro. Já as<br />

fibras do capim dourado são a matéria-prima para os artesanatos <strong>de</strong> Tocantins.<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> também é especial e possui suas belezas. A singeleza dos seus azulejos, que<br />

<strong>de</strong>coram igrejas e casarões, convive harmoniosamente com o colorido exuberante<br />

dos arraiais da mais importante manifestação folclórica do lugar: o bumba meu boi.<br />

A PAULUS parabeniza com muita alegria todos os maranhenses pelos 400 anos <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>! Ficamos contentes e honrados <strong>de</strong> participar da história <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>ste momento tão marcante na vida dos ludovicenses.<br />

Parabéns, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>!<br />

Justiça e Paz, cuja instalação se <strong>de</strong>u um ano <strong>de</strong>pois,<br />

tendo como norte os princípios enunciados na Encíclica<br />

Populorum Progressio.<br />

Suce<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criação da Comissão<br />

Brasileira tinha sido tomada um pouco antes do<br />

ato Institucional nº. 5, com o qual o regime militar<br />

brasileiro endureceu sua prática. Em <strong>de</strong>corrência<br />

disso, a nova comissão foi logo levada a cumprir<br />

um papel especial <strong>de</strong> proteção aos perseguidos pela<br />

ditadura. E, logo, começaram a surgir Comissões<br />

arquidiocesanas Justiça e Paz, como a <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo,<br />

Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />

Pernambuco...<br />

a Comissão Brasileira, aos poucos, foi ampliando<br />

seu campo <strong>de</strong> atuação, mas sem <strong>de</strong>ixar o seu<br />

carisma inicial <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> cristãos nas estruturas<br />

sociais, centrada nos seguintes eixos: estudo,<br />

produção <strong>de</strong> documentos e articulação com outros<br />

organismos da Igreja e com instituições comprometidas<br />

com a causa da justiça social, direitos humanos<br />

e promoção da dignida<strong>de</strong> da pessoa.<br />

Por isso, a presença das CJPs nos conflitos<br />

<strong>de</strong> terra – urbana e rural – na <strong>de</strong>fesa das comunida<strong>de</strong>s<br />

indígenas, do direito dos encarcerados,<br />

do direito à moradia e ao trabalho, do direito da<br />

criança e do adolescente, do direito à preservação<br />

ambiental e contra toda sorte <strong>de</strong> violência policial.<br />

não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser esse organismo ligado somente<br />

à questão do <strong>de</strong>senvolvimento dos países pobres e<br />

das relações entre estes países e o mundo <strong>de</strong>senvolvido,<br />

tratada na encíclica Populorum Progressio,<br />

mas que fora ampliada pelo próprio Paulo VI<br />

ao <strong>de</strong>marcar as estruturas <strong>de</strong>finitivas da Comissão,<br />

em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1976. a Comissão assumia, assim,<br />

a perspectiva <strong>de</strong> atuação que iria ser proclamada<br />

em 1981 por João Paulo II, na encíclica Laborem<br />

Exercens, quando este disse que a Pontifícia<br />

Comissão Justiça e Paz “tornou-se o principal centro<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação das diferentes manifestações<br />

da viva aplicação da Igreja e dos cristãos no que se<br />

refere à questão social”.<br />

É com todo esse sentimento e compromisso<br />

que nasceu a Comissão arquidiocesana Justiça<br />

e Paz <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no início dos anos 80, <strong>de</strong>corrente<br />

da inquietação <strong>de</strong> um pequeno grupo do Movimento<br />

<strong>de</strong> Cursilhos <strong>de</strong> Cristanda<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> ser<br />

Igreja no mundo, diante das <strong>de</strong>safiadoras situações<br />

PAULUS<br />

<strong>São</strong><br />

Livraria<br />

En<strong>de</strong>reço:<br />

Rua do Passeio, 229<br />

Centro – <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>/MA<br />

Tel.: (98) 3231.2665<br />

saoluis@paulus.com.br<br />

Helena Barros Heluy<br />

advogada e jornalista<br />

<strong>de</strong> injustiça gritantes nas realida<strong>de</strong>s<br />

temporais.<br />

assim, aos poucos,<br />

aquele grupo <strong>de</strong> cursilhistas<br />

foi se <strong>de</strong>parando com a realida<strong>de</strong><br />

carcerária (prisões ilegais,<br />

tortura, mortes nos xadrezes,<br />

celas superlotadas e sem aeração suficiente etc.),<br />

com a questão da moradia, dos péssimos transportes<br />

coletivos urbanos, com a causa do menino e menina<br />

<strong>de</strong> rua, todas elas interpeladoras dos cristãos e/<br />

ou pessoas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>.<br />

Tudo isso já vai para mais <strong>de</strong> 30 anos. E<br />

não faz mal relembrar que a CJP <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e seus<br />

membros estiveram presentes nas lutas pelo direito<br />

à moradia da Vila Padre xavier, Vila Menino Jesus<br />

<strong>de</strong> Praga, dos bairros Sá Viana, <strong>São</strong> Bernardo,<br />

João <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, Floresta (Promorar), Bom Jesus, Vila<br />

Itamar, Isabel Cafeteira, com os slogans: “a cida<strong>de</strong><br />

está crescendo, on<strong>de</strong> o pobre vai morar?” / “quem<br />

não tem para on<strong>de</strong> ir fica on<strong>de</strong> está”... A CJP – <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> <strong>de</strong>nunciou as atrocida<strong>de</strong>s cometidas nos cárceres<br />

e a violência policial contra meninos e meninas<br />

<strong>de</strong> rua e disse: presente!, na campanha pelas diretas<br />

– Já! e por uma Constituinte livre, soberana e<br />

<strong>de</strong>mocrática com a participação popular. Em 2005,<br />

coor<strong>de</strong>nou, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, a Campanha do <strong>de</strong>sarmamento.<br />

Dois outros <strong>de</strong>staques: um, na área jurídica;<br />

outro, na área <strong>de</strong> comunicação. o primeiro, através<br />

<strong>de</strong> um escritório <strong>de</strong> advocacia, assessorando movimentos<br />

e comunida<strong>de</strong>s atingidas pela violência do<br />

capital, como o MdFP (Movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos<br />

Favelados e Palafitados); e o segundo, coor<strong>de</strong>nando<br />

e apresentando o Programa “a lei é para todos”, na<br />

Rádio Educadora, semanalmente, <strong>de</strong> 1984 a 2008.<br />

nos últimos anos, a Comissão Justiça e Paz da arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> brinda com as quartas <strong>de</strong><br />

Paz os movimentos, as pastorais, estudantes, comunida<strong>de</strong><br />

acadêmica, militantes políticos, ativistas sociais,<br />

leigos e religiosos, todos movidos pelo <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> contribuir, também, com a construção do Reino.<br />

Encontros <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, pequenos<br />

abastecimentos mantenedores da mística, ajudam o<br />

cotidiano <strong>de</strong> seus membros no exercício da missão<br />

profética das CJPs, fruto do Concílio Vaticano II,<br />

também em terras do Maranhão.<br />

<strong>Luís</strong><br />

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