EDIÇÃO COMEMORATIVA - Arquidiocese de São Luís
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ano xxxIx - nº 35 - SETEMBRo dE 2012 R$ 0,50<br />
<strong>EDIÇÃO</strong> <strong>COMEMORATIVA</strong><br />
QUARTO CENTENÁRIO<br />
1<br />
6<br />
1<br />
2<br />
Para celebrar o quanto centenário<br />
da chegada do Evangelho<br />
à capital maranhense e no Maranhão,<br />
a arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> elaborou uma programação<br />
especial. Umas das primeiras<br />
ativida<strong>de</strong>s foi a eleição, por concurso,<br />
da logomarca (imagem<br />
acima) do quarto centenário da<br />
arquidiocese.<br />
as ativida<strong>de</strong>s continuaram com<br />
a realização <strong>de</strong> retiros <strong>de</strong> for-<br />
PUBLICação dE oRIEnTação CaTóLICa da aRqUIdIoCESE dE <strong>São</strong> LUíS<br />
mação, abertura do ano jubilar<br />
e lançamento da Campanha da<br />
Fraternida<strong>de</strong> 2012, pedido <strong>de</strong><br />
perdão e Santas Missões Populares.<br />
o povo <strong>de</strong>monstrou fé e<br />
<strong>de</strong>voção ao participar com entusiasmo<br />
do Bote Fé <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, em<br />
abril, e do 18º Congresso Estadual<br />
do apostolado da oração,<br />
em julho.<br />
as semanas missionárias, que<br />
arrebanharam centenas <strong>de</strong> pes-<br />
soas e <strong>de</strong>ram uma ‘sacudida’ na<br />
arquidiocese, em muitas paróquias<br />
<strong>de</strong>vem continuar até o fim<br />
do ano.<br />
o 08 <strong>de</strong> setembro, data em que<br />
a arquidiocese comemora a chegada<br />
do Evangelho, também foi<br />
bem participado. duas missas<br />
solenes: uma às 10h, na Igreja da<br />
Sé, e a outra no Santuário <strong>São</strong><br />
José <strong>de</strong> Ribamar, às 17h.<br />
o Jornal do Maranhão entrou<br />
2<br />
0<br />
1<br />
2<br />
no ritmo das celebrações com<br />
esta edição comemorativa. Um<br />
ca<strong>de</strong>rno especial <strong>de</strong> oito páginas<br />
é nosso presente aos leitores,<br />
que po<strong>de</strong>rão se <strong>de</strong>leitar com textos<br />
<strong>de</strong> pessoas renomadas da socieda<strong>de</strong><br />
maranhense, tais como<br />
dom José Belisário da Silvar, padre<br />
Raimundo Meireles, senador<br />
José Sarney, dom Vilson, dom<br />
xavier Gilles, padre Cláuber Pereira<br />
e muitos outros.
2<br />
Opinião<br />
Quatro séculos<br />
<strong>de</strong> Evangelho<br />
* dom José Belisário da Silva<br />
quatrocentos anos <strong>de</strong> história<br />
<strong>de</strong> anúncio do Evangelho em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
e no Maranhão. Essa é a efeméri<strong>de</strong> que,<br />
neste dia 8 <strong>de</strong> setembro, a Igreja Católica<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> quer celebrar e fixar na<br />
nossa memória e nos nossos corações.<br />
data comemorativa importante para ludovicences<br />
e maranhenses que têm sua<br />
história marcada pela passagem, breve,<br />
mas significativa, dos franceses; pela<br />
permanência e povoação estável dos<br />
portugueses; pela chegada – maciça e<br />
dramática – dos negros escravos; pela<br />
luta – <strong>de</strong>sigual e que continua até os<br />
dias <strong>de</strong> hoje – dos povos indígenas na<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus territórios; pela presença<br />
<strong>de</strong> muitas etnias que vieram <strong>de</strong> outros<br />
países e regiões do Brasil e se encontraram<br />
neste Estado terreno fértil para se<br />
estabilizarem e criarem raízes, cultura,<br />
lutas e festas tradicionais.<br />
A mensagem evangélica<br />
transcen<strong>de</strong> e supera<br />
limites históricos e é<br />
sempre uma mensagem<br />
<strong>de</strong> salvação<br />
a Igreja católica talvez tenha<br />
chegado por <strong>de</strong>mais associada aos conquistadores<br />
portugueses, pagando, por<br />
esta ligação, um alto preço em termos<br />
<strong>de</strong> ambiguida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à sua<br />
vocação original. Em muitas situações,<br />
em vez <strong>de</strong> serva do Senhor e serva dos<br />
povos, ela se tornou escrava das lógicas<br />
colonialistas e escravocratas, em <strong>de</strong>fesa<br />
dos interesses do reinado <strong>de</strong> Portugal e<br />
<strong>de</strong> seus interesses hegemônicos. Como<br />
se expressou Gustavo Gutierrez, a cruz<br />
chegou junto com a espada, o que não<br />
foi um bom começo. Mas, acrescentamos<br />
com ele, graças a <strong>de</strong>us que chegou,<br />
porque a mensagem evangélica transcen<strong>de</strong><br />
e supera esses limites históricos<br />
e é sempre uma mensagem <strong>de</strong> salvação.<br />
Certamente, temos muitos motivos<br />
para celebrar os quatrocentos anos<br />
da chegada do Evangelho, gratidão<br />
sendo um <strong>de</strong>les. Gratidão ao Senhor<br />
da História, gratidão aos nossos antepassados,<br />
instrumentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>us nessa<br />
História. olhando para o nosso passado,<br />
assumiremos melhor os <strong>de</strong>safios<br />
presentes e futuros. Se fazemos memória<br />
das etapas da evangelização em <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> e no Maranhão; se pedimos perdão<br />
pelos erros cometidos ao longo da história,<br />
sobretudo pela violência contra<br />
os indígenas e os negros; se elevamos<br />
a <strong>de</strong>us ação <strong>de</strong> graças pela efetiva encarnação<br />
do Evangelho em solo maranhense...<br />
é para olharmos para frente.<br />
É para fortalecer a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> católica,<br />
com sua história e sua riqueza; é para<br />
dar novo impulso à ação evangelizadora;<br />
é para continuarmos firmes na construção<br />
<strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> sempre mais<br />
igualitária, fraterna e justa.<br />
Boas festas, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e Maranhão!<br />
Impressão: Estação Gráfica<br />
* arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
Bíblia: livro da caminhada<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, nos seus 400 anos: entre rupturas e assimilações<br />
Foram e são as rupturas e assimilações<br />
filosóficas, culturais, geográficas,<br />
econômicas, religiosas e políticas que<br />
produziram aquilo que se po<strong>de</strong> chamar <strong>de</strong><br />
emaranhado cultural maranhense e que<br />
nos torna um povo único no Brasil.<br />
<strong>de</strong>ste jeito maranhense <strong>de</strong> ser, confuso<br />
e orgulhoso do passado glorioso da<br />
atenas brasileira surgiu um nauro Machado<br />
e sua poesia hermética e que ainda<br />
hoje po<strong>de</strong> falar tranquilamente com todos<br />
os que passam por seu caminho na Praça<br />
João Lisboa. Tivemos também um Joãozinho<br />
Trinta e o seu brilho <strong>de</strong> um carnaval<br />
diferente, e tivemos um dos maiores bispos<br />
da História recente e que os seminaristas<br />
<strong>de</strong>veriam estudar: dom José <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />
<strong>de</strong>lgado e seu legado da Universida<strong>de</strong> do<br />
Maranhão que tanto beneficiou a socieda<strong>de</strong><br />
civil e Eclesiástica. Temos também o<br />
atual arcebispo dom José Belisário que<br />
largou a sua querida Minas Gerais e que<br />
Padre Clauber Lima<br />
Sócio efetivo do IHGM<br />
Conflitos pela posse da terra Geram fome e miséria no campo<br />
ao longo dos últimos quinze anos,<br />
venho acompanhando os sérios e graves<br />
problemas pela posse da terra no Maranhão.<br />
Pelo menos em mais <strong>de</strong> cinco vivenciei<br />
<strong>de</strong> perto sofrimentos <strong>de</strong> milhares<br />
<strong>de</strong> famílias, olhando mulheres, crianças e<br />
homens fazerem clamores pelo direito <strong>de</strong><br />
justiça e <strong>de</strong> terem uma pequena área para<br />
com o suor <strong>de</strong> cada dia, retirar da terra o<br />
alimento <strong>de</strong> cada dia para viver.<br />
quando fui membro do Conselho<br />
arquidiocesano <strong>de</strong> Pastoral, participando<br />
<strong>de</strong> reuniões e conhecendo pessoas, não <strong>de</strong>morou<br />
e logo estava integrado como colaborador<br />
da Comissão Pastoral da Terra e<br />
da Pastoral da Criança. Com o padre Chagas,<br />
coor<strong>de</strong>nador regional da CPT, e Pedro<br />
Marinho, estive em inúmeros municípios e<br />
nas áreas <strong>de</strong> conflitos, vendo <strong>de</strong> perto os<br />
massacres que latifundiários e fazen<strong>de</strong>iros<br />
com a conivência dos po<strong>de</strong>res constituídos<br />
impunham aos pobres e oprimidos, o que<br />
mexeu profundamente com a minha consciência<br />
crítica e a indignação acabava se<br />
transformando em revolta.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, com a gestão do padre<br />
Flávio Lazzarin e a participação <strong>de</strong> Pedro<br />
Marinho, iniciei um gran<strong>de</strong> aprendizado<br />
sobre a problemática política, social<br />
e econômica no meio rural. Participei <strong>de</strong><br />
inúmeros treinamentos <strong>de</strong>stinados para<br />
agentes da CPT e conhecei muita gente,<br />
a Bíblia foi surgindo ao longo do<br />
tempo, não como fruto <strong>de</strong> uma reflexão sobre<br />
<strong>de</strong>us, mas primeiramente como uma<br />
experiência do povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us com o <strong>de</strong>us<br />
do povo. a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, sempre terá<br />
força na vida da comunida<strong>de</strong> cristã, pois faz<br />
com que a ela esteja sempre atenta a voz do<br />
seu Senhor.<br />
a Igreja atesta que os livros contidos<br />
na Bíblia foram escritos por pessoas chamadas<br />
e escolhidas por <strong>de</strong>us e contaram com<br />
a inspiração do Espírito Santo. Tal pensamento<br />
vai ao encontro do que é dito no texto<br />
aldir dantas, antônio José Ramos, Claudio<br />
Bombieri, Jadson Borba, João Rezen<strong>de</strong> Filho,<br />
José Carlos Chacorowski, José Guilherme<br />
Zagallo, Maria da Glória Bor<strong>de</strong>ghini, Mario<br />
Cella, Renato Fontoura e Rogener almeida.<br />
obs.: Matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião da arquidiocese.<br />
tanto faz pela Igreja que está no Maranhão<br />
com o seu jeito humano.<br />
outra comprovação <strong>de</strong>stas rupturas<br />
dá-se através das caixeiras do divino Espírito<br />
Santo que, lá em alcântara tocam as<br />
suas caixas em louvor dos seus ancestrais<br />
africanos e das tradições Católicas açorianas.<br />
Convém que sejam feitos estudos<br />
mais <strong>de</strong>talhados para ver como surgiu em<br />
Portugal esta <strong>de</strong>voção da irmanda<strong>de</strong> do divino<br />
Espírito Santo como forma <strong>de</strong> ajudar<br />
os pobres a enterrar seus mortos, sob os<br />
auspícios da rainha Santa Isabel e que aqui<br />
perdurou, apesar <strong>de</strong> todas as suas distâncias<br />
e rupturas culturais.<br />
A geografia maranhense, com suas<br />
águas ribeirinhas produz sono e fantasia,<br />
imaginação e poesia, dolência e produção<br />
musical e literária, provocando outra ruptura<br />
e assimilação <strong>de</strong> um povo único. Para<br />
conhecer em primeira mão esta diversida<strong>de</strong><br />
geográfica viajei em 1987 por longas 14<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as li<strong>de</strong>ranças que lutavam com missão<br />
profética e a <strong>de</strong>terminação dos bispos<br />
dom Franco Masserdotti, dom xavier,<br />
dom Reinaldo Pün<strong>de</strong>r, dom affonso Gregory,<br />
que juntamente com muitos padres e<br />
li<strong>de</strong>ranças comunitárias <strong>de</strong>fendiam famílias<br />
do campo e enfrentavam o capitalismo<br />
selvagem sem medir esforços e nem<br />
temer os que se julgavam po<strong>de</strong>rosos com<br />
a proteção <strong>de</strong> inúmeras instituições <strong>de</strong> todos<br />
os po<strong>de</strong>res constituídos.<br />
<strong>de</strong>us chamou dom Franco, dom<br />
Gregory e dom Reinaldo e transferiu para<br />
dom xavier e aos <strong>de</strong>mais membros do<br />
episcopado maranhense a missão <strong>de</strong> continuar<br />
a luta pela dignida<strong>de</strong> humana e direitos<br />
do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, das centenas <strong>de</strong><br />
comunida<strong>de</strong>s ameaçadas pelo agronegócio<br />
da soja e do eucalipto, principalmente. a<br />
luta sempre teve a Igreja Católica à frente,<br />
mas não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer os<br />
importantes trabalhos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram<br />
e continuam dando suporte para a luta,<br />
como a Socieda<strong>de</strong> Maranhense <strong>de</strong> direitos<br />
Humanos, o Fórum Carajás, a Fetaema, o<br />
Cimi e várias outras com forte atuação no<br />
Estado e muito vivas no Baixo Parnaíba,<br />
além da participação em algumas oportunida<strong>de</strong>s<br />
do Ministério Público, <strong>de</strong>fensoria<br />
Pública e oaB - Seccional do Maranhão.<br />
De todos os conflitos, muitos dos<br />
quais com mortes, perseguições empreen-<br />
Sagrado: “Toda Escritura é inspirada por<br />
Deus e é útil para ensinar, para argumentar,<br />
para corrigir, para educar conforme a<br />
justiça” (2Tm 3,16).<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Concílio Vaticano II, há<br />
em toda a Igreja um movimento <strong>de</strong> retornar<br />
às fontes e uma <strong>de</strong>stas é, sem dúvida,<br />
a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us que é “[...] lâmpada para<br />
os meus pés e luz para o meu caminho!”<br />
(Sl 119, 105), verda<strong>de</strong> esta cantada pelo<br />
salmista e assumida por milhares <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />
espalhadas nos mais diversos<br />
rincões <strong>de</strong> nosso país.<br />
atualmente somos tentados a anunciar<br />
um Evangelho ligth, o qual leva a um<br />
intimismo e um não comprometimento com<br />
a causa <strong>de</strong> Jesus. É preciso anunciar o Evangelho<br />
vivido pelo nazareno e anunciado por<br />
Ele. E que este seja um sinal <strong>de</strong> conversão<br />
e aproximação do Reino. Tal postura exige<br />
constantemente uma experiência com a Palavra<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>us, que se fez carne em Jesus.<br />
<strong>de</strong> modo especial, este ano, o mês da<br />
horas <strong>de</strong> barco no rio Turiaçu, pelas cida<strong>de</strong>s<br />
ribeirinhas <strong>de</strong> apicum-açu e Turiaçu (terra<br />
do nosso querido Bispo dom Sebastião<br />
Lima duarte), dormindo e acordando com<br />
o barulho do motor da lancha, entre céu e<br />
água, entre conversas sobre matemática e<br />
astronomia, carnaval <strong>de</strong> rua, filosofia e política,<br />
ouvindo o canto do Sabiá saudoso <strong>de</strong><br />
terra, porque no Maranhão até os pássaros<br />
têm sauda<strong>de</strong>s, como a rolinha cantando no<br />
paiol da fazenda.<br />
nas rupturas e assimilações do povo<br />
do Maranhão dorme o poeta e o padre, e<br />
ninguém é censurado a não ser pela velha<br />
senhora do sobrado do Carmo em <strong>São</strong> Luis,<br />
que aos gritos foi retirada <strong>de</strong> seu casarão<br />
numa tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sol como a que vivemos todos<br />
os dias. Isto porque em <strong>São</strong> Luis só o<br />
sol é constante e traz aconchego e alegria<br />
aos corações e até os estrangeiros agra<strong>de</strong>cem<br />
por tanta acolhida. Viva <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> nos<br />
seus 400 anos e viva a Igreja maranhense.<br />
aldir dantas<br />
Jornalista<br />
didas aos quilombolas, aos povos indígenas<br />
e às famílias <strong>de</strong> pequenos agricultores,<br />
muitos foram protagonizados pelo grupo<br />
Suzano Papel Celulose no Baixo Parnaíba.<br />
É responsável pela expulsão <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong><br />
famílias, empurrando jovens para a prostituição<br />
e para as drogas. Muitos idosos<br />
morreram <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto por serem obrigados<br />
a <strong>de</strong>ixar a terra on<strong>de</strong> nasceram e se<br />
criaram, assim como muitos pais per<strong>de</strong>ram<br />
a vida por causa da exaustão no corte da<br />
cana em <strong>São</strong> Paulo, Goiás e Mato Grosso.<br />
as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s crescem e com<br />
ela a violência. o alento <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias<br />
é <strong>de</strong> que não estão só, e que po<strong>de</strong>m<br />
contar com a Igreja Católica e centenas <strong>de</strong><br />
entida<strong>de</strong>s unidas pela luta em favor da paz<br />
e da justiça. no momento estamos vivendo<br />
uma espécie <strong>de</strong> trégua, em razão das<br />
eleições, mas logo em seguida os conflitos<br />
retornam.<br />
a verda<strong>de</strong> é que não há perspectiva<br />
<strong>de</strong> mudança, para tanto o governo abandonou<br />
a pequena agricultura e o Maranhão é<br />
um gran<strong>de</strong> importador <strong>de</strong> alimentos, o que<br />
tem elevado o custo <strong>de</strong> vida e aumentado<br />
as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s. Falar <strong>de</strong> reforma agrária<br />
é alimentar um sonho <strong>de</strong> muitos agricultores<br />
brasileiros, e é possível <strong>de</strong> ser transformado<br />
em realida<strong>de</strong>, com a luta diária<br />
<strong>de</strong> todos em busca <strong>de</strong> direitos, dignida<strong>de</strong>,<br />
justiça e paz.<br />
Padre Jadson Borba<br />
jadsonborba@ig.com.br<br />
Bíblia refletirá sobre o evangelho <strong>de</strong> Marcos<br />
que trás como tema: “discípulos Missionários<br />
a partir do evangelho <strong>de</strong> Marcos” e o<br />
lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!”<br />
(Mc 10,49 16,9).<br />
Este mês festivo tem como patrono<br />
<strong>São</strong> Jerônimo, tradutor dos textos originais,<br />
escritos em hebraico e grego, para o latim.<br />
Este homem soube colocar na centralida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sua vida a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e por isso<br />
chega a afirmar: “Não conhecer a Sagrada<br />
Escritura é não conhecer a Cristo”.<br />
Por fim, queremos evocar as belas<br />
palavras do papa Bento xVI, na Exortação<br />
apostólica Pós-Sinodal, Verbum Domini,<br />
as quais falam da: “re<strong>de</strong>scoberta, na vida<br />
da Igreja, da Palavra divina, fonte <strong>de</strong> constante<br />
renovação, com a esperança <strong>de</strong> que a<br />
mesma se torne cada vez mais o coração <strong>de</strong><br />
toda a ativida<strong>de</strong> eclesial”. que o Espírito<br />
Santo nos aju<strong>de</strong> a sermos fiéis, para nunca<br />
nos <strong>de</strong>sviarmos da verda<strong>de</strong> contida na Santa<br />
Palavra.
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Perfil<br />
Fotos arquivos<br />
Capa<br />
ÚLTIMAS<br />
diaconal a coor<strong>de</strong>nação das CEBs da arsial das CEBs que acontece <strong>de</strong> 07 a 11 <strong>de</strong><br />
da <strong>Arquidiocese</strong><br />
George Henrique<br />
dos Santos Castro<br />
Casado com adriana<br />
<strong>de</strong> assis, pai <strong>de</strong><br />
Pedro Henrique e<br />
Rafaela Gianna, George coor<strong>de</strong>na o Ministério<br />
<strong>de</strong> Música e artes da RCC <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Sendo paroquiano <strong>de</strong> nossa<br />
Senhora do Perpétuo Socorro, <strong>de</strong>senvolve<br />
ativida<strong>de</strong>s pastorais na Comunida<strong>de</strong><br />
Santo antônio <strong>de</strong> Pádua, no Solar dos<br />
Lusitanos, no bairro Turu.<br />
José Ribamar<br />
Pereira Campos<br />
Casado com Maria<br />
das Graças Cruz<br />
Campos, com quem<br />
tem dois filhos (Marcos Aurélio e Maria<br />
aparecida) José Campos, da Paróquia<br />
Sant’ ana (no bairro angelim), é técnico<br />
<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e administração.<br />
É ministro da Palavra, da Comunhão e<br />
coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> oração.<br />
Orlando Pacheco<br />
<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Filho<br />
da Paróquia nossa<br />
Senhora aparecida<br />
da Foz do Rio anil<br />
(bairro Cohafuma), casado com adriana<br />
Cantanhe<strong>de</strong> <strong>de</strong> andra<strong>de</strong>, orlando é<br />
Promotor <strong>de</strong> Justiça, ministro da Palavra<br />
e ministro da Eucaristia. Tem dois<br />
filhos: Artur e Helena.<br />
Pedro <strong>de</strong> Jesus<br />
Rabelo Carvalho<br />
da Paróquia nossa<br />
Senhora do Perpétuo<br />
Socorro (bairro Cohab),<br />
técnico em segurança do trabalho,<br />
casado com Francisca Zélia Lima Carvalho,<br />
Pedro é da Legião <strong>de</strong> Maria. Pedro<br />
Filho, Susyanne, Lucyanne e Raia dos Remédios<br />
são seus filhos.<br />
Semana Missionária na<br />
Igreja <strong>São</strong> Pantaleão<br />
a Paróquia <strong>São</strong> José e <strong>São</strong> Pantaleão<br />
realiza, <strong>de</strong> 16 a 23 do corrente mês,<br />
a Semana Missionária. Cerca <strong>de</strong> 50 missionários<br />
serão enviados às cinco comunida<strong>de</strong>s<br />
da paróquia. Munidos <strong>de</strong> Bíblia,<br />
camisa, boné, bolsa, livro do padre Luiz<br />
Mosconi e do terço, os missionários visitarão<br />
as famílias da paróquia. a cada<br />
visita <strong>de</strong>ixarão material como oração e<br />
cruz missionária.<br />
antes do envio, os missionários<br />
passaram por três fins <strong>de</strong> semana <strong>de</strong> preparação<br />
paroquial. o primeiro foi <strong>de</strong> formação,<br />
seguido da espiritualida<strong>de</strong> e, por<br />
fim, <strong>de</strong> distribuição e orientação para as<br />
visitas.<br />
CEBs realizam repasse <strong>de</strong> Nor<strong>de</strong>stão<br />
quidiocese – Neguim das CEBs (Antonio<br />
alves <strong>de</strong> Souza), Tomaz <strong>de</strong> aquino<br />
e Silvia Sá Lessa - realizou o repasse do<br />
Sexto nor<strong>de</strong>stão das CEBs que aconteceu<br />
em Itabuna, no mês <strong>de</strong> julho, <strong>de</strong> 19 a<br />
22. o nor<strong>de</strong>stão teve como tema Justiça<br />
e profecia a serviço da vida no nor<strong>de</strong>ste.<br />
o repasse aconteceu na Paróquia<br />
Santo antônio, em Presi<strong>de</strong>nte Juscelino,<br />
uma das paróquias da Forania <strong>São</strong> Benedito.<br />
Cerca <strong>de</strong> 35 pessoas participaram<br />
do repasse, realizado no domingo, dia 19<br />
<strong>de</strong> agosto.<br />
<strong>de</strong> acordo com neguim, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
abordarem o tema e constatar sua importância,<br />
o grupo concluiu que o assunto<br />
servirá <strong>de</strong> referência para o 13º Interecle-<br />
janeiro <strong>de</strong> 2014 em Juazeiro do norte, no<br />
Ceará, na diocese <strong>de</strong> Crato.<br />
“o repasse é importante, primeiro<br />
porque trata <strong>de</strong> assuntos referentes às<br />
CEBs do nor<strong>de</strong>ste, em especial do Maranhão,<br />
e, segundo, porque servirá <strong>de</strong> relatório<br />
a ser repassado à equipe ampliada<br />
do regional em <strong>de</strong>zembro, quando acontece<br />
a reunião do regional em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.”<br />
neguim contou que na Fila do<br />
Povo (uma dinâmica realizada nos encontros<br />
das CEBs) os participantes comentaram<br />
sobre suas vidas e <strong>de</strong>terminados<br />
fatos das comunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> vivem.<br />
Tudo terminou com os avisos.<br />
“Saímos <strong>de</strong> lá satisfeitos, com a<br />
certeza do trabalho realizado”, concluiu.<br />
Festejos religiosos movimentam arquidiocese<br />
Toda a comunida<strong>de</strong> católica<br />
está convidada a participar <strong>de</strong> alguns<br />
dos melhores e mais tradicionais festejos<br />
religiosos da arquidiocese. observando<br />
uma orientação arquidiocesana,<br />
as festas religiosas <strong>de</strong>ste ano, ao elegerem<br />
seus lemas e temas, levaram em<br />
consi<strong>de</strong>ração a celebração do quarto<br />
centenário, ou seja, o ano jubilar.<br />
Uma das festas <strong>de</strong>ste mês e do<br />
próximo é a <strong>de</strong> Santa Terezinha, no<br />
bairro Filipinho, que acontece <strong>de</strong> 22<br />
<strong>de</strong> setembro a 01º <strong>de</strong> outubro. o tema<br />
é “Santa Terezinha, servidora da Palavra,<br />
na missão da Igreja <strong>de</strong> ser solidária<br />
às dores e enfermida<strong>de</strong>s do povo”.<br />
antes da gran<strong>de</strong> festa, porém,<br />
Círio <strong>de</strong> Nazaré –<br />
Festa da Luz<br />
Consi<strong>de</strong>rada uma das maiores<br />
festas do Maranhão e aguardada com<br />
muita emoção por <strong>de</strong>votos e romeiros<br />
é a Festa <strong>de</strong> nossa Senhora <strong>de</strong> nazaré,<br />
tradicionalmente conhecida por<br />
Círio <strong>de</strong> nazaré, que em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
passou a se chamar Festa da Luz.<br />
a festa <strong>de</strong>ste ano é a 20ª edição<br />
do Círio <strong>de</strong> nazaré da capital maranhense.<br />
a Paróquia nossa Senhora<br />
<strong>de</strong> Nazaré fica no bairro Cohatrac,<br />
mas o festejo mexe com toda a cida<strong>de</strong>.<br />
Em 2012, a Festa da Luz acontece<br />
<strong>de</strong> 04 a 14 <strong>de</strong> outubro.<br />
tem o pré-festejo <strong>de</strong> Santa Terezinha,<br />
que iniciou dia 31 do mês passado,<br />
com o envio dos grupos <strong>de</strong> peregrinação.<br />
a peregrinação acontece <strong>de</strong> 01º a<br />
20 <strong>de</strong> setembro. dia 15 a comunida<strong>de</strong><br />
se reúne para lavar a igreja, e dia 21 é<br />
a missa da espiritualida<strong>de</strong> do festejo.<br />
Incansável, o padre Everaldo<br />
Santos araújo, pároco da Paróquia<br />
Santa Terezinha, não me<strong>de</strong> esforços<br />
para que o festejo conte com a participação<br />
<strong>de</strong> todo o Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us.<br />
Tem ainda o festejo <strong>de</strong> Santa<br />
Rita <strong>de</strong> Cássia, em Santa Rita. aqui<br />
as ativida<strong>de</strong>s estão sob o comando<br />
do padre Paulo Sérgio Mendonça<br />
Cutrim, pároco.<br />
Nossa Senhora da<br />
Boa Viagem<br />
o tradicional Festejo <strong>de</strong> nossa<br />
Senhora da Boa Viagem, que<br />
termina domingo, dia 16, também<br />
reúne gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> <strong>de</strong>votos.<br />
“Maria, discípula e missionária <strong>de</strong><br />
Jesus” foi o tema que embalou a<br />
festa, que ocorreu sob o comando<br />
do padre olívio Majdalani <strong>de</strong> Melo,<br />
pároco.<br />
a Paróquia nossa Senhora da<br />
Boa Viagem está localizada na BR-<br />
135, KM 11, na Matinha, Rio Gran<strong>de</strong>.<br />
<strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> agosto a 05 <strong>de</strong>ste mês,<br />
foi o pré-festejo.<br />
Santuário da Conceição do Monte Castelo<br />
Marcado para o dia 08 <strong>de</strong> outubro,<br />
às 12h, o lançamento oficial do<br />
Festejo da Conceição 2012, realizado<br />
no santuário do mesmo nome. na<br />
Missa da Padroeira, que acontece no<br />
dia 08 <strong>de</strong> cada mês, serão apresenta-<br />
dos aos <strong>de</strong>votos o cartaz, a oração e a<br />
camisa do festejo <strong>de</strong> 2012. Segundo<br />
informações da Pascom, muitas novida<strong>de</strong>s<br />
esperam os <strong>de</strong>votos neste ano<br />
em que o santuário festeja a alegria<br />
e a fé.<br />
Medalha 4ª Centenário<br />
dom José Belisário da Silva foi um dos<br />
400 homenageados pela assembleia Legislativa<br />
do Estado do Maranhão com a Medalha 4º Centenário<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. o arcebispo foi convidado<br />
a compor a mesa do evento com o presi<strong>de</strong>nte do<br />
Senado, José Sarney, Roseana Sarney, governadora<br />
do Estado do Maranhão, Gastão Vieira,<br />
Ministro do Turismo, Edson Lobão, Ministro <strong>de</strong><br />
Minas e Energia e o presi<strong>de</strong>nte da assembleia<br />
Legislativa, o <strong>de</strong>putado estadual arnaldo Melo.<br />
a presença da Igreja Católica foi uma referência<br />
e reverência a participação na fundação da cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, que recebeu o Evangelho pelos<br />
fra<strong>de</strong>s capuchinhos.<br />
Quarta <strong>de</strong> Paz dia 19<br />
neste mês <strong>de</strong> setembro, a Comissão <strong>de</strong><br />
Justiça e Paz da arquidiocese realiza seu evento<br />
mensal no auditório da or<strong>de</strong>m dos advogados<br />
do Brasil (oaB/Ma). o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong>ste mês é com<br />
os candidatos a prefeito <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, e está marcado<br />
para o dia 19, às 19h.<br />
o objetivo do encontro é possibilitar ao<br />
público conhecer as propostas dos candidatos<br />
majoritários às eleições municipais para administrar<br />
a capital maranhense.<br />
Mais informações no blog http://cjpazsaoluis.wordpress.com<br />
<strong>São</strong> João Calábria<br />
Padre admilson Sousa <strong>de</strong> Jesus é o novo<br />
pároco da Paróquia <strong>São</strong> João Calábria, localizada<br />
no bairro Jardim américa. Padre admilson<br />
exercia seu ministério sacerdotal na Paróquia<br />
Santo amaro, nos municípios <strong>de</strong> Santo amaro e<br />
Primeira Cruz. o sacerdote tomou posse dia 15<br />
<strong>de</strong>ste mês.<br />
Foto: Cosme Paschale<br />
Visita ilustre<br />
Foto: Márcio diniz<br />
o Jornal do Maranhão recebeu a visita<br />
ilustre do senhor airton alci<strong>de</strong>s Castro, <strong>de</strong> 78<br />
anos. durante um ano, na década <strong>de</strong> 60, airton<br />
Castro escreveu para este impresso. Com alegria<br />
ele recorda o texto publicado na edição número<br />
3.870, <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1963, em que escreve sobre o<br />
papa João xxIII. o título do texto é ‘Requiescat<br />
in pace’. “Eu gostava <strong>de</strong> escrever porque havia<br />
uma veia humorística, o que me ajudava”, conta<br />
airton Castro.<br />
3
4 Igreja<br />
<strong>Arquidiocese</strong> lança<br />
campanha “Saú<strong>de</strong> + 10″<br />
Proposta é coletar<br />
assinatura e elaborar<br />
uma lei <strong>de</strong> iniciativa<br />
popular para garantir<br />
repasse <strong>de</strong> 10%<br />
Com a realização <strong>de</strong> uma coletiva<br />
<strong>de</strong> imprensa, a arquidiocese <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> lançou a Campanha Saú<strong>de</strong><br />
+ 10 - Movimento nacional em <strong>de</strong>fesa<br />
da Saú<strong>de</strong> Pública. o lançamento aconteceu<br />
dia 21 do mês passado, no Palácio<br />
arquiepiscopal, ao lado da Igreja da Sé.<br />
a campanha é realizada em todo o<br />
Brasil pela Conferência nacional dos<br />
Bispos do Brasil (CnBB) e pela Pastoral<br />
da Criança, em conjunto com outras entida<strong>de</strong>s<br />
da socieda<strong>de</strong> civil que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />
o aumento da oferta e a qualida<strong>de</strong> dos<br />
serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
a proposta do Movimento nacional<br />
em <strong>de</strong>fesa da Saú<strong>de</strong> Pública é coletar assinaturas<br />
para elaborar uma lei <strong>de</strong> inicia-<br />
a Comunida<strong>de</strong> Surda Brasileira comemora<br />
em 26 <strong>de</strong> setembro, o dia nacional<br />
do Surdo, data em que são relembradas<br />
as lutas históricas por melhores<br />
condições <strong>de</strong> vida, trabalho, educação,<br />
saú<strong>de</strong>, dignida<strong>de</strong> e cidadania. a Fe<strong>de</strong>ração<br />
nacional dos Surdos já celebra o dia<br />
Internacional do Surdo a cada dia 30 <strong>de</strong><br />
setembro.<br />
a Pastoral dos Surdos do Maranhão<br />
está com uma vasta programação, além<br />
<strong>de</strong> comemorar e celebrar este memorial<br />
importante para a cultura surda. dia 16<br />
<strong>de</strong> setembro realizará a jornada da Pastoral<br />
dos Surdos em <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Riba-<br />
Uma formação<br />
sobre a Campanha<br />
Missionária 2012<br />
marcou a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25<br />
<strong>de</strong> agosto da arquidiocese<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
a formação foi realizada<br />
na Igreja <strong>São</strong><br />
Pantaleão, a partir<br />
das 14h.<br />
Realizada pela<br />
Comissão organizadora<br />
da Campanha Missionária na arquidiocese,<br />
a formação contou com gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> participantes. “Um encontro<br />
<strong>de</strong>sse é muito válido porque a gente<br />
apren<strong>de</strong>, mas também porque ao chegar<br />
<strong>de</strong> volta a comunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos repassar<br />
tiva popular com o objetivo <strong>de</strong> assegurar<br />
o repasse efetivo e integral <strong>de</strong> 10% das<br />
receitas correntes brutas da União para a<br />
saú<strong>de</strong> pública brasileira.<br />
o formulário do abaixo assinado está<br />
no site da Comissão <strong>de</strong> Justiça e Paz. o<br />
en<strong>de</strong>reço é: http://cjpazsaoluis.wordpress.<br />
com. A coor<strong>de</strong>nação da CJP afirma que<br />
todas as paróquias, pastorais, grupos e<br />
movimentos são convidados a participar.<br />
Em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> a campanha será coor<strong>de</strong>nada<br />
pela Comissão arquidiocesana<br />
<strong>de</strong> Justiça e Paz. a expectativa dos organizadores<br />
é recolher cerca <strong>de</strong> 50 mil<br />
assinaturas.<br />
Pastoral dos Surdos do Maranhão realiza jornada<br />
mar com o tema “a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us em<br />
nossas vidas” sendo convidados surdos,<br />
famílias, intérpretes e amigos. Iniciará<br />
com às 8h e termina com a missa do silêncio<br />
(em Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais),<br />
às 16h.<br />
o dia 26 está reservado para palestras<br />
e confraternizações. dia 30 tem estudo<br />
do Evangelho <strong>de</strong> Marcos com teatros em<br />
homenagem ao evangelista que narrou a<br />
passagem da cura do surdo - Mc 7, 32-35.<br />
Já para o mês <strong>de</strong> outubro, <strong>de</strong> 12 a 14,<br />
acontece o VII Encontro Estadual da<br />
Pastoral dos Surdos na diocese <strong>de</strong> Caxias.<br />
Formação para Campanha Missionária 2012<br />
marista.edu.br<br />
Fotos: Cosme Paschale<br />
esse conhecimento aos que ficaram lá”,<br />
comentou neguim das CEBs, que participava<br />
da formação.<br />
o objetivo da formação foi formar<br />
os missionários e repassar o material da<br />
Campanha Missionária 2012.<br />
Uma visão do nascimento<br />
das CEBs<br />
Pelos anos <strong>de</strong> 1960/1962, o arcebispo<br />
metropolitano dom José <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />
<strong>de</strong>lgado com o bispo auxiliar dom<br />
antonio Batista Fragoso tinham a preocupação,<br />
entre outras, com a evangelização<br />
do meio pelo meio no espírito<br />
da ação Católica Especializada. Esta,<br />
fundada na Bélgica pelo car<strong>de</strong>al Josef-<br />
-Léon Cardijn. a convicção era que os<br />
operários <strong>de</strong>veriam ser evangelizados<br />
pelos operários, os jovens trabalhadores<br />
pelos jovens trabalhadores, os<br />
lavradores pelos lavradores, a classe<br />
média pela classe média, etc. Com<br />
o apoio forte e a assessoria <strong>de</strong> dom<br />
Fragoso, já existiam a ação Católica<br />
Rural – ACR, a Ação Católica para os<br />
jovens do Meio Rural – JAC, a Ação<br />
Católica para o meio Universitário –<br />
JUC.<br />
após o pedido do arcebispo à Igreja<br />
da França, chegou ao Maranhão, em<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o padre Michel Candas para<br />
cuidar da pastoral do mundo operário<br />
e ser assistente eclesiástico da ação<br />
Católica Operária – ACO. Eu cheguei<br />
com o padre Michel, que se tornou<br />
padre Miguel. quando cheguei, dom<br />
Fragoso me “confiou” à equipe da<br />
JOCF – Juventu<strong>de</strong> Operária Católica<br />
Feminina – que ele mesmo acompanhava<br />
com o padre Manoel <strong>de</strong> Jesus<br />
Soares que era, além <strong>de</strong> pároco da<br />
“Floresta”, assistente eclesiástico da<br />
Juventu<strong>de</strong> operária no Maranhão.<br />
Imediatamente o padre Miguel começou<br />
as reuniões com trabalhadores<br />
nos bairros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e nas fábricas<br />
que existiam na época. nessas reuniões<br />
participavam não somente os militantes,<br />
mas outras pessoas dos bairros,<br />
incluindo jovens, crianças e idosos.<br />
assim nasceram, pelo menos em parte,<br />
as Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base<br />
– CEBs – nos bairros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. O<br />
método era o atualíssimo: Ver, Julgar<br />
e agir. Ver os fatos, ver a realida<strong>de</strong>,<br />
julgar à luz da Bíblia, das Escrituras,<br />
do Evangelho e agir em prol da justiça<br />
e da solidarieda<strong>de</strong> na vida, particularmente<br />
na vida profissional. Da Ação<br />
Católica Especializada nasceram as<br />
CEBs. Mais tar<strong>de</strong>, a partir das CEBs,<br />
nasceram nossas pastorais <strong>de</strong> hoje:<br />
CPT- PJ - Po. nasceram nossas Pastorais<br />
Sociais.<br />
no interior do Maranhão, na diocese<br />
<strong>de</strong> Pinheiro particularmente, com<br />
as missões das Igrejas particulares <strong>de</strong><br />
quebec, Cherbooke e Sainte Hyacinte<br />
e na então Forania <strong>de</strong> Brejo, com o<br />
Pastor <strong>de</strong> Tutóia, hoje Monsenhor Hélio<br />
Maranhão, as CEBs nasceram da<br />
vonta<strong>de</strong> dos presbíteros do quebec,<br />
bem como do padre Hélio Maranhão,<br />
a Igreja da Sé está com inscrições<br />
abertas para o projeto Recriando com<br />
Jesus. o projeto faz parte das comemorações<br />
do Mês da Bíblia e é promovido<br />
pelos ministérios da Palavra e da Catequese<br />
da Catedral.<br />
Po<strong>de</strong>m ser inscritas crianças com<br />
ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 03 a 10 anos que participam<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
padre Jocy neves<br />
e <strong>de</strong> outros para<br />
transformar as <strong>de</strong>sobrigas<br />
anuais ou<br />
semestrais em verda<strong>de</strong>iras<br />
pequenas<br />
“Igrejas Locais”, “Igrejas Comunida<strong>de</strong>s”.<br />
O povo refletia, dialogava, orava<br />
a partir dos fatos da vida, da Bíblia e<br />
da tradição. Sem a presença do padre,<br />
se confessavam e se perdoavam uns<br />
aos outros e juntos pediam perdão a<br />
<strong>de</strong>us (Tiago 5, 16), partilhavam a comida<br />
lendo os textos bíblicos ad hoc<br />
do antigo e do novo Testamento, ungiam<br />
doentes com óleo <strong>de</strong> babaçu e,<br />
impondo as mãos, imploravam a cura<br />
ou a aceitação da doença e da morte<br />
por parte do doente. Textos bíblicos<br />
ou da tradição eram lidos e ainda se<br />
rezava o terço.<br />
as CEBs no interior ou nas periferias<br />
iniciaram a caminhada por novos<br />
caminhos “para aten<strong>de</strong>r às mudanças<br />
<strong>de</strong> condições <strong>de</strong>ntro das quais a Igreja<br />
é chamada a viver hoje o anúncio do<br />
Evangelho”. Como se expressa Marcelo<br />
Barros, a partir das CEBs muitos<br />
animadores, militantes, pregadores,<br />
apóstolos foram consi<strong>de</strong>rados como<br />
rebel<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sobedientes pelas “autorida<strong>de</strong>s”<br />
civis e militares, até por clérigos,<br />
mas foram testemunhas da fé.<br />
as CEBs eram “o novo modo <strong>de</strong> ser<br />
Igreja”. Entendiam e a<strong>de</strong>riam <strong>de</strong> corpo<br />
e alma ao mandamento do amor. a<br />
compreensão, a a<strong>de</strong>são ao mandamento<br />
<strong>de</strong> Cristo Jesus (João 13, 14) levava<br />
à luta para promover a transformação<br />
das estruturas da socieda<strong>de</strong>. a Bíblia<br />
Pastoral era, antes das outras, a Bíblia<br />
das CEBs, entre outras coisas por causa<br />
das notas <strong>de</strong> rodapé.<br />
nas CEBs <strong>de</strong> hoje encontramos<br />
a mesma a<strong>de</strong>são ao mandamento do<br />
amor, mas numa prática que <strong>de</strong>ixa<br />
para outros a luta em vista das transformações<br />
das estruturas da socieda<strong>de</strong>.<br />
Para muitos, a instituição Igreja<br />
parece hoje mais apoiar as “melhorias<br />
sociais, individuais e coletivas <strong>de</strong>ntro<br />
da socieda<strong>de</strong> que temos”. as CEBs<br />
do início, ponto <strong>de</strong> apoio e alicerce<br />
das pastorais, das pastorais sociais <strong>de</strong><br />
hoje, buscavam uma nova socieda<strong>de</strong>.<br />
Carida<strong>de</strong> individual, sim, mas também<br />
revolucionar, transformar, mudar<br />
as estruturas políticas, econômicas,<br />
sociais, culturais ou ambientais, que<br />
possibilitem “vida plena” aos cidadãos.<br />
Sem essas transformações, a<br />
carida<strong>de</strong> individual per<strong>de</strong> sua eficácia<br />
para o conjunto da socieda<strong>de</strong>, impedindo,<br />
em última instância, a fraternida<strong>de</strong><br />
universal.<br />
Inscrições abertas para o Recriando com Jesus<br />
MARISTA.<br />
UMA LIÇÃO PARA<br />
A VIDA TODA.<br />
dom xavier Gilles<br />
Bispo emérito <strong>de</strong> Viana<br />
da missa na Igreja da Sé. o valor da<br />
a<strong>de</strong>são é R$ 10,00.<br />
o projeto Recriando com Jesus está<br />
marcado para o dia 30 <strong>de</strong>ste mês, das<br />
9h às 11h30. Mais informações pelos<br />
fones (98) 3222-7380 (Secretaria da<br />
Sé), 9612-6847 (Socorro) e 8168-4222<br />
(Elize).
6<br />
Padre Raimundo Gomes Meireles<br />
doutor em direito Canônico/Bacharel em direito Civil<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Dois padres e uma memória nos 400 anos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> O Apostolado da Oração<br />
Há quem diga que a origem da história da<br />
fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> se confun<strong>de</strong> com a<br />
história da Igreja Católica em terras maranhenses.<br />
Fato notável que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma pura e simples<br />
verda<strong>de</strong>. na oportunida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ríamos fazer<br />
referência a tantos padres <strong>de</strong> nossa arquidiocese, que<br />
foram gran<strong>de</strong>s baluartes em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no Maranhão<br />
e fora <strong>de</strong>le. Homens com espiritualida<strong>de</strong> centrada na<br />
evangelização do povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. Padres abnegados,<br />
lutadores, gigantes da fé, na sua maioria morreram<br />
pobres, <strong>de</strong>spojados <strong>de</strong> bens patrimoniais. Evita-se citar<br />
nomes, para não incidirmos na injustiça.<br />
Trazemos à baila dois nomes que marcaram a<br />
história da nossa arquidiocese na década <strong>de</strong> 40 do<br />
século passado. Trata-se <strong>de</strong> monsenhor José Maria<br />
Lemercier e do cônego João dos Santos Chaves. nas<br />
datas do falecimento <strong>de</strong>sses religiosos a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> simplesmente parou, assim noticiaram os<br />
jornais da época. o curioso é que o intervalo da data<br />
do falecimento <strong>de</strong> um para outro foi apenas <strong>de</strong> dois<br />
dias!<br />
Monsenhor Lemercier, como era conhecido<br />
entre nós, nasceu no dia 17 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1877, na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marselha, na França. Filho <strong>de</strong> Lourenço<br />
Lemercier e a<strong>de</strong>lia Guioux Lemercier. Realizou os<br />
estudos eclesiásticos no tradicional Seminário <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> Sulpício em Paris. Chegou a <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> em 1908,<br />
quando dom Francisco <strong>de</strong> Paula e Silva foi eleito<br />
bispo do Maranhão. durante vários anos exerceu o<br />
cargo <strong>de</strong> chanceler do bispo dom Francisco, tendo<br />
sido <strong>de</strong>pois da morte daquele saudoso antístite, pároco<br />
da Paróquia <strong>São</strong> João Batista. Posteriormente,<br />
esteve nas dioceses <strong>de</strong> Belém do Pará e <strong>de</strong> Manaus,<br />
on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhou funções eclesiásticas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
importância. além do exercício dos ofícios eclesiásticos,<br />
como em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, exerceu também o magistério<br />
secundário em estabelecimentos oficiais.<br />
no Maranhão, no governo <strong>de</strong> dom Carlos Carmelo<br />
<strong>de</strong> Vasconcelos Mota, foi chanceler do arcebispado<br />
e vigário geral e, com a transferência daquele<br />
ilustre prelado para a capital <strong>São</strong> Paulo, foi eleito<br />
vigário capitular. Governou a arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> até a chegada <strong>de</strong> dom adalberto accioli Sobral,<br />
arcebispo metropolitano.<br />
dom adalberto o nomeou imediatamente vigário<br />
geral da arquidiocese, cargo em que permaneceu<br />
até o seu falecimento. Monsenhor Lemercier foi<br />
membro do cabido metropolitano e sócio efetivo do<br />
Instituto Histórico e Geográfico, on<strong>de</strong> foi empossado<br />
na ca<strong>de</strong>ira patrocinada por Claudio d’abbeville. Faleceu<br />
no dia 09.12.1948, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o corpo esteve<br />
exposto na catedral. Por ser um homem popular, uma<br />
gran<strong>de</strong> multidão acompanhou a missa <strong>de</strong> corpo presente.<br />
o jornal diário <strong>de</strong> <strong>São</strong> Luiz noticiou: “a cida<strong>de</strong><br />
foi, ontem, pela manhã, sacudida com a notícia do<br />
falecimento do Revdmº Monsenhor José Maria Lemercier,<br />
Vigário geral da arquidiocese e <strong>de</strong>stacada<br />
figura do clero maranhense”.<br />
a notícia do falecimento do religioso causou<br />
um alvoroço enorme na cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido a surpresa,<br />
dado o intempestivo do acontecimento que veio enlutar<br />
não somente a Igreja Católica, mas a própria<br />
socieda<strong>de</strong> em cujo seio o referido padre gozava merecido<br />
prestígio. Era um homem muito respeitado na<br />
socieda<strong>de</strong> maranhense. não se furtava <strong>de</strong> participar<br />
das ativida<strong>de</strong>s públicas, mantendo bom relacionamento<br />
com os representantes do po<strong>de</strong>r civil.<br />
Passada a surpresa do primeiro instante, po<strong>de</strong><br />
então, o povo sentir a gran<strong>de</strong> perda. E formou-se<br />
uma comovente romaria à Igreja <strong>de</strong> Santo antonio<br />
para on<strong>de</strong> o corpo do pranteado morto havia sido<br />
transportado após o seu passamento, que se <strong>de</strong>u no<br />
seminário da diocese on<strong>de</strong> residia, <strong>de</strong> forma muito<br />
simples.<br />
no livro <strong>de</strong> tombo do Seminário Santo antônio,<br />
do ano <strong>de</strong> 1948, está exarado: “9, quinta-feira, no<br />
seminário, o Cônego Lemercier, às 7,00 toca no botão<br />
da campainha que dá para o quarto do Pe. Eliseu.<br />
Este logo chama o médico, dr. Bacelar Portela. não<br />
há mais remédio, quando este chega, encontra-o nas<br />
últimas agonias, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> pulsar por completo o<br />
seu coração às 5,25hs da madrugada. Pela manhasinha,<br />
vem o Sr. arcebispo visitar o corpo do Monsenhor.<br />
Às nove horas transporta-se o corpo para a<br />
capela do Seminário, havendo missa solene, às 10<br />
horas <strong>de</strong> corpo presente. Oficiou o Sr. Pe. Reitor. As<br />
Três horas da tar<strong>de</strong> esteve o corpo do Monsenhor na<br />
capela recebendo dos seminaristas, por turma, suas<br />
orações. É <strong>de</strong>pois transportado para a Sé, exposto<br />
à visita pública até a hora do enterro às 5 horas da<br />
tar<strong>de</strong>. Encomendou o corpo, na sé o Sr. arcebispo<br />
d. adalberto Sobral. E, assim, terminou sua missão<br />
nesta vida...”. o religioso <strong>de</strong>ixou um testamento, publicado<br />
posteriormente no Jornal do Maranhão.<br />
na verda<strong>de</strong>, a missa <strong>de</strong> corpo presente foi celebrada<br />
pelo padre Luiz <strong>de</strong> Gonzaga negreiros, que<br />
substituiu o padre José Telles arruda em 16.01.1948<br />
na reitoria do seminário, com a assistência <strong>de</strong> todo o<br />
clero e o cabido metropolitano foi rezada a missa <strong>de</strong><br />
corpo presente às 9 horas, oportunida<strong>de</strong> que superlotou<br />
com uma multidão incompatível à majestosa<br />
Igreja <strong>de</strong> Santo antônio, localizada na praça antonio<br />
Lobo. após a celebração, foi aberto e lido o testamento<br />
<strong>de</strong>ixado pelo <strong>de</strong> cujus: “Em nome do Padre, e<br />
do Filho e do Espírito Santo. amém. Eu, Padre José<br />
Maria Lemercier, cônego catedrático da Catedral<br />
Metropolitana do Maranhão, nascido em França, na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arle-sur-Rhone, aos 17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1877,<br />
filho legítimo <strong>de</strong> Laurent Lemercier e A<strong>de</strong>le Gutou<br />
Lemercier, já falecidos, naturalizado cidadão brasileiro,<br />
sacerdote católico, <strong>de</strong>claro: que <strong>de</strong>sejo morrer<br />
em conformida<strong>de</strong> à santa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, na hora<br />
e do modo que sua Providência <strong>de</strong>terminar, professando<br />
como professei durante a minha vida a santa<br />
religião católica apostólica, romana, a qual como<br />
sacerdote me <strong>de</strong>diquei. Peço perdão a <strong>de</strong>us das minhas<br />
faltas e negligências no seu serviço e também<br />
peço perdão ao meu próximo que posso ter ofendido.<br />
não <strong>de</strong>vo nada a ninguém e faço quitação aos que me<br />
<strong>de</strong>vem. Peço por carida<strong>de</strong> ao meu estimado cônego<br />
Fre<strong>de</strong>rico Chaves ou na sua falta, ao meu bom amigo<br />
Manoel Vasconcelos Martins, mandar executar as<br />
minhas últimas vonta<strong>de</strong>s e disposições testamenteiras<br />
que são: 1.° - <strong>de</strong>ixo tudo o que me pertence e se<br />
acha no meu quarto para o Seminário Santo antonio,<br />
inclusive o cálice, com a obrigação <strong>de</strong> celebrar duas<br />
missas pelo <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> minha alma; 2.º - O pouco<br />
dinheiro que possuo numa ca<strong>de</strong>rneta do Banco do<br />
Brasil e três apólices ao portador, do estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo, também para auxiliar o Seminário; 3.º - Se<br />
houver algumas intenções <strong>de</strong> missas não celebradas<br />
anotadas num ca<strong>de</strong>rno, <strong>de</strong> missas, será retirada a<br />
quantia necessária para sua celebração; 4.º - Se fosse<br />
possível, <strong>de</strong>sejaria que se mandasse para minha família,<br />
que muito sofreu durante a guerra, e <strong>de</strong> poucos<br />
recursos, a quantia <strong>de</strong> 10 ou 20 mil francos. Resi<strong>de</strong><br />
em Marseille, no en<strong>de</strong>reço seguinte: Madame Marine<br />
Guinier – Rue Buynex.<br />
<strong>de</strong>sejo que o meu enterro seja o mais simples<br />
possível, meu corpo revestido das vestes sacerdotais<br />
que me pertencem, e para o <strong>de</strong>scanso da minha alma,<br />
peço sejam celebradas umas missas gregorianas (30).<br />
Pedindo a <strong>de</strong>us e a minha boa Mãe Maria Santíssima<br />
a graça <strong>de</strong> morrer confortado”.<br />
Por volta das 14 horas o corpo do Monsenhor<br />
Lemercier foi transladado para a igreja Catedral,<br />
on<strong>de</strong> ficou exposto à visitação pública até às 19 horas,<br />
quando dom adalberto Sobral encomendou o<br />
corpo, auxiliado pelos bispos <strong>de</strong> Parnaíba e Pinheiro.<br />
na saída do féretro, o monsenhor Luiz Madureira,<br />
cônego Fre<strong>de</strong>rico Chaves, um dos seus maiores<br />
amigos, cônego José Moreno Santana, padre José<br />
Ribamar Carvalho e <strong>de</strong>mais sacerdotes seguraram<br />
nas alças do caixão. diante da igreja juntou-se uma<br />
gran<strong>de</strong> massa <strong>de</strong> fieis, organizando-se então, extenso<br />
cortejo <strong>de</strong> automóveis e inúmeras pessoas que, a pé,<br />
acompanhavam o virtuoso padre.<br />
no cemitério <strong>São</strong> Pantaleão, ou como é conhecido<br />
popularmente Gavião, aconteceu um espetáculo<br />
emocionante. Encontrava-se no local do sepultamento<br />
uma imensa multidão composta <strong>de</strong> todas as classes<br />
sociais, na sua maioria <strong>de</strong>rramando lágrimas <strong>de</strong><br />
sauda<strong>de</strong>s do gran<strong>de</strong> pastor <strong>de</strong> almas, amigo que em<br />
vida se doou, sobretudo, em favor dos empobrecidos<br />
que o procuravam.<br />
ao <strong>de</strong>slocar-se em direção à catacumba que<br />
iria receber o corpo do Monsenhor Lemercier, um<br />
dos maiores oradores sacros caxienses, cônego arias<br />
Cruz, usou da palavra e em nome do Instituto Histórico<br />
e Geográfico do Maranhão, instante em que<br />
<strong>de</strong>stacou a vivacida<strong>de</strong>, inteligência e abnegação <strong>de</strong><br />
quem havia dado parte <strong>de</strong> sua vida ao povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us<br />
maranhense.<br />
Por outro lado, três dias após o falecimento do<br />
Monsenhor Lemercier faleceu em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> o cônego<br />
João dos Santos Chaves, causando outra dor ao povo<br />
católico maranhense. a arquidiocese ainda estava<br />
se refazendo do duro golpe que sofreu com a morte<br />
prematura do Monsenhor Lemercier quando chegou<br />
a notícia do novo revez imposto ao povo e ao clero<br />
do Maranhão.<br />
O cônego João dos Santos Chaves, filho <strong>de</strong><br />
antonio dos Santos Chaves e Cosma damiana Chaves.<br />
nasceu nesta capital aos dias 27.01.1868, aqui<br />
cursou o então primário, <strong>de</strong>stacou-se entre os seus<br />
professores, um dos maiores historiadores do século<br />
passado, professor José Ribeiro do amaral. Entrou<br />
para o Seminário das Mercês em 1881 e permaneceu<br />
até 1886. quando do seu ingresso ao Seminário <strong>de</strong><br />
Santo antonio recebeu a tonsura em março do mesmo<br />
ano; o subdiaconato em 21.09.1889; o diaconato<br />
a 1º <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1890, or<strong>de</strong>nando-se padre a 21 <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 1891, tendo cantado a primeira missa a<br />
19 <strong>de</strong> março do mesmo ano.<br />
or<strong>de</strong>nado foi pelo então bispo da diocese<br />
dom antônio Candido <strong>de</strong> alvarenga. Seguida sua<br />
formatura, foi nomeado capelão da Igreja dos Remédios<br />
e, em 1892, nomeado coadjutor da Paróquia da<br />
Conceição, tendo, em 1894, sido nomeado pároco da<br />
referida paróquia, cargo que até então ocupava. Exerceu<br />
vários ofícios eclesiásticos, foi nomeado cônego<br />
catedrático em 13.01.1901. Em 1925 representou a<br />
arquidiocese na peregrinação brasileira a Roma e no<br />
ano <strong>de</strong> 1931, foi eleito presi<strong>de</strong>nte do cabido metropolitano,<br />
tendo exercido os elevados cargos <strong>de</strong> vigário<br />
capitular e vigário geral da arquidiocese.<br />
Em 1898, fundou em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> um colégio<br />
primário, que funcionou durante 11 anos. Em 1900,<br />
foi nomeado inspetor do ensino primário da capital.<br />
Tendo sido por portaria <strong>de</strong> 01.03.1907, nomeado interinamente<br />
professor da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> latim do antigo<br />
Liceu Maranhense. Por <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 27.04.1911, foi<br />
provido vitalício na referida cátedra, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concurso em que se submeteu. Como catedrático,<br />
exerceu várias vezes o cargo <strong>de</strong> diretor daquele nobre<br />
estabelecimento <strong>de</strong> ensino.<br />
na vida pública civil, no governo <strong>de</strong> Godofredo<br />
Viana, foi eleito <strong>de</strong>putado estadual e reeleito na<br />
administração Magalhães <strong>de</strong> almeida, exercendo na<br />
referida legislatura o cargo <strong>de</strong> primeiro secretário do<br />
Congresso Estadual. Em 21.01.1941 comemorou suas<br />
bodas <strong>de</strong> ouro sacerdotais, período em que houve<br />
uma gran<strong>de</strong> manifestação festiva<br />
ao nobre sacerdote.<br />
o Cônego Chaves faleceu<br />
às primeiras horas da manhã<br />
do dia 11.12.1948. assim<br />
noticiou o Jornal diário <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Luiz no dia seguinte: “faleceu ontem, o Revmº cônego<br />
João dos Santos Chaves, figura venerada e querida<br />
do clero maranhense e vigário da paróquia nossa Senhora<br />
da Conceição, cargo que exercera há cerca <strong>de</strong><br />
50 anos consecutivos, com a interrupção apenas do<br />
período <strong>de</strong> sua moléstia”.<br />
a notícia foi levada ao conhecimento público<br />
através dos anúncios constantes da Rádio Ribamar,<br />
por volta das 6h30, 15 minutos após o <strong>de</strong>senlace,<br />
que ocorreu no Hospital Tarquínio Lopes Filho.<br />
Fato a <strong>de</strong>stacar que, quando a imprensa chegou ao<br />
local on<strong>de</strong> se encontrava o corpo do venerado padre,<br />
já se encontrava lá dom adalberto Sobral, arcebispo<br />
do Maranhão, e seus secretários, além <strong>de</strong><br />
numerosas famílias <strong>de</strong> todas as classes, sobretudo,<br />
senhoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s posses, pois era um homem<br />
que possuía um gran<strong>de</strong> relacionamento com as pessoas<br />
da socieda<strong>de</strong>, mas sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser muito solícito<br />
com os pobres.<br />
o corpo foi transladado do hospital para a Catedral<br />
Metropolitana, on<strong>de</strong> ficou em câmara ar<strong>de</strong>nte<br />
até a hora do enterro. durante todo o dia, o velho<br />
templo <strong>de</strong>dicado a nossa Senhora da Vitória não se<br />
<strong>de</strong>spovoou. “Gran<strong>de</strong> multidão acotovelava-se em<br />
<strong>de</strong>rredor do ataú<strong>de</strong> on<strong>de</strong> repousava para a eternida<strong>de</strong><br />
o pranteado conterrâneo, e aos nossos ouvidos chegava<br />
<strong>de</strong> instante em instante, o eco do soluço que saía<br />
<strong>de</strong> todas as gargantas”, assim foi publicado em um<br />
diário local. Era realmente comovedor. Parecia que a<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> curvava-se diante do cadáver do<br />
padre Chaves.<br />
o pároco da Paróquia nossa Senhora da Conceição<br />
criou em torno <strong>de</strong> si, pelos seus merecimentos<br />
próprios e pela tradição <strong>de</strong> uma vida <strong>de</strong>votada ao<br />
bem do próximo, uma aura <strong>de</strong> simpatia e afeição que<br />
tinha as suas raízes na consciência do próprio povo.<br />
o saudoso sacerdote faleceu aos 81 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
Exerceu o apostolado eclesiástico ao longo dos 57<br />
anos, dos quais 50 como pároco da Paróquia nossa<br />
Senhora da Conceição, em cujo exercício soube<br />
conduzir-se <strong>de</strong> modo a merecer a estima e o respeito<br />
dos fiéis católicos. No exercício do sacerdócio, padre<br />
Chaves soube tornar-se digno <strong>de</strong> veneração do povo<br />
maranhense que tinha nele um amigo e conselheiro<br />
admirável.<br />
ao chegar o corpo na igreja Catedral celebrou-<br />
-se a missa <strong>de</strong> corpo presente, às 8 horas, sendo o<br />
celebrante o reverendíssimo cônego Fre<strong>de</strong>rico Chaves.<br />
antes daquele ato esteve no referido templo dom<br />
adalberto Sobral, que permaneceu horas em visita<br />
ao corpo do seu <strong>de</strong>dicado amigo, fazendo sentir a<br />
todo o clero maranhense o pesar e a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
um gran<strong>de</strong> amigo, associando-se ao luto com que se<br />
cobriu a socieda<strong>de</strong> local.<br />
na igreja Catedral suce<strong>de</strong>u-se um fato importante<br />
que chamou atenção. o cônego Chaves envergava<br />
os mesmos paramentos com os quais tantas vezes<br />
espargiu na sua Igreja as bênçãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>us sobre<br />
os fiéis. Sobre o peito ostentava a cruz <strong>de</strong> benemerência<br />
com que fora, há pouco tempo, con<strong>de</strong>corado pela<br />
Santa Sé, como reconhecimento aos bons serviços<br />
prestados à Igreja católica no Maranhão.<br />
Às 15h30 chegou à igreja Catedral o arcebispo<br />
dom adalberto Sobral para a encomendação do<br />
corpo, com a presença <strong>de</strong> todos os membros do cabido<br />
e do clero local. após a cerimônia, o arcebispo<br />
retirou-se enquanto a multidão se comprimia em<br />
toda a nave, disputava espaço no instante <strong>de</strong> <strong>de</strong>positar<br />
o último beijo nas mãos sagradas do padre que,<br />
em vida, viveu como um verda<strong>de</strong>iro santo. Lágrimas<br />
abundantes corriam <strong>de</strong> todas as faces, assinalando<br />
o momento emocional das últimas homenagens ao<br />
pranteado morto.<br />
É impossível <strong>de</strong>screver os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>sse momento<br />
que se constituiu o enterro do Padre Chaves.<br />
a igreja da Sé não comportou a multidão que se<br />
encontrava no local, espalhando-se para o adro do<br />
templo e suas imediações externas. Houve no momento<br />
da <strong>de</strong>spedida uma exigência do povo, que o<br />
caixão fosse conduzido em seus braços até ao cemitério,<br />
sendo atendido o <strong>de</strong>sejo dos maranhenses. na<br />
saída do templo, segurou as alças do ataú<strong>de</strong> o ilustre<br />
jornalista alves <strong>de</strong> Melo, presi<strong>de</strong>nte da associação<br />
Maranhense <strong>de</strong> Imprensa, e representante das associações<br />
religiosas.<br />
o escultor maranhense Mauro Lima, auxiliado<br />
pelo doutro Joel Guimarães, moldou, em gesso,<br />
uma máscara do cônego João dos Santos Chaves,<br />
obra produzida com extraordinário acabamento, habilida<strong>de</strong><br />
e rara competência técnica e que foi exposta<br />
no saguão da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direito.<br />
nas comemorações do aniversário dos 400<br />
anos <strong>de</strong> fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e, naturalmente,<br />
da chegada dos primeiros missionários em<br />
terras maranhenses, não se po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />
memória a esses dois gran<strong>de</strong>s padres que aqui <strong>de</strong>ram<br />
suas vidas em favor da ação missionária em nossa<br />
arquidiocese. Missão essa que se iguala à mesma<br />
<strong>de</strong> todos os que se consagram em favor do Reino <strong>de</strong><br />
Deus. A história <strong>de</strong> todos os fiéis na Igreja <strong>de</strong> Cristo,<br />
na verda<strong>de</strong>, não só robustece a memória da Igreja,<br />
mas reconstrói a própria história dos prediletos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>us, aqueles que doaram suas vidas na gratuida<strong>de</strong><br />
da missão no <strong>de</strong>correr da história <strong>de</strong> nossa <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />
<strong>de</strong> nossa arquidiocese.<br />
Luis antônio dos Santos Pinto<br />
diretor do apostolado da oração<br />
a <strong>de</strong>voção ao Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus<br />
no Maranhão foi introduzida em 1880 pelo<br />
monsenhor João Tolentino Gue<strong>de</strong>lha Mourão.<br />
<strong>de</strong>voção instalada primeiramente na Igreja<br />
Santo antônio, se propaga na diocese pelo vibrante<br />
monsenhor Joaquim <strong>de</strong> oliveira Lopes.<br />
Em 1907, o apostolado da oração contava<br />
com 11 centros, dos quais dois eram na capital,<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>: Santo antônio e Santa Teresa. o<br />
seu crescimento era tão intenso que, em 1918,<br />
haviam sido fundados mais 22 centros, um<br />
crescimento <strong>de</strong> 200%.<br />
no ano <strong>de</strong> 1943, houve um arrefecimento<br />
na caminhada do apostolado da oração no Maranhão.<br />
Contudo, pela força do amor misericordioso<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>us e pelo valor da mensagem, ainda<br />
com sua própria simplicida<strong>de</strong>, o apostolado da<br />
oração conseguiu adaptar-se ao Vaticano II e<br />
manter-se atualizado.<br />
Entretanto, com a criação do direito<br />
arquidiocesano do apostolado da oração, na<br />
coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s nos centros, nota-<br />
-se um impulso maior com a implantação dos<br />
vários centros pelo Estado e a elaboração do<br />
seu regulamento.<br />
Hoje, o apostolado da oração no Maranhão<br />
é uma realida<strong>de</strong> com centros em quase<br />
todas as comunida<strong>de</strong>s, mantendo intensa ativida<strong>de</strong><br />
humanitária, on<strong>de</strong> o diretório arquidiocesano<br />
dirige e planeja as ações dos grupos em<br />
sintonia com a arquidiocese.<br />
Ao celebrarmos esse tempo – 400 anos<br />
<strong>de</strong> anúncio do Evangelho no Maranhão – os<br />
trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos pelo apostolado da<br />
Oração refletem um bom exemplo <strong>de</strong> evangelização.<br />
o apostolado da oração do Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus é uma associação eclesial <strong>de</strong><br />
fiéis, a serviço da Igreja, do reino, dos irmãos.<br />
É um movimento <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> apostólica.<br />
nossa missão é evangelizar, viver a Eucaristia<br />
e viver das obras <strong>de</strong> Misericórdia. assim vive<br />
e caminha o nosso apostolado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1880 no<br />
Maranhão.<br />
Festejo <strong>de</strong> <strong>São</strong> José<br />
<strong>de</strong> Ribamar 2012<br />
Padre Cláudio Roberto Santos Cruz<br />
doutor em Teologia<br />
neste ano tão fecundo da graça do Senhor<br />
para a nossa Igreja, em todo o Maranhão,<br />
e para o nosso Santuário, em <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar,<br />
queremos manifestar nossa alegria e o<br />
nosso entusiasmo no trabalho para o Senhor.<br />
o nosso grandioso festejo, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> agosto<br />
a 09 <strong>de</strong> setembro, e a celebração dos 400<br />
anos <strong>de</strong> evangelização do Maranhão em nosso<br />
Santuário, no dia 08/09 <strong>de</strong> 2012, são motivos <strong>de</strong><br />
alegria e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> para todos<br />
nós. É honroso acolhermos em nosso Santuário<br />
bispos, padres e fiéis vindos <strong>de</strong> todas as dioceses<br />
do Maranhão. Por outro lado, cabe-nos<br />
também lembrar que este evento é um majestoso<br />
convite <strong>de</strong> Jesus Cristo para reavivarmos em<br />
nós mesmos o ardor missionário cristão.<br />
quanto mais acumularmos empenho,<br />
esforço e boa vonta<strong>de</strong> no trabalho do Senhor,<br />
tanto mais manifestaremos o amor concreto<br />
que sentimos pela expansão do Reino <strong>de</strong> <strong>de</strong>us<br />
e pelos irmãos, tanto mais tornaremos operosa<br />
a nossa esperança cristã. Como diz o Concílio<br />
Vaticano II: “a esperança <strong>de</strong> vida eterna não diminui<br />
em nada a importância das tarefas terrenas,<br />
mas, ao contrário, confere-lhes um motivo<br />
e um sentido superiores” (GS nº 21). daí po<strong>de</strong>mos<br />
enten<strong>de</strong>r que a nossa fé, e a nossa <strong>de</strong>voção<br />
a <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar, <strong>de</strong>vem nos levar ao trabalho,<br />
ao engajamento em nossas pastorais, à<br />
evangelização das pessoas e também ao esforço<br />
para transformar as realida<strong>de</strong>s sociais do nosso<br />
Maranhão.<br />
Segundo a Conferência <strong>de</strong> aparecida (nº<br />
147-148): “o discípulo missionário há <strong>de</strong> ser<br />
um homem ou uma mulher que torna visível o<br />
amor misericordioso do Pai, especialmente aos<br />
pobres e pecadores. ao participar <strong>de</strong>sta missão,<br />
o discípulo caminha para a santida<strong>de</strong>. Vivê-la<br />
na missão o conduz ao coração do mundo. Por<br />
isso, a santida<strong>de</strong> não é uma fuga para o intimismo<br />
ou para o individualismo religioso, muito<br />
menos um abandono da realida<strong>de</strong> urgente dos<br />
gran<strong>de</strong>s problemas econômicos, sociais e políticos”.<br />
o católico maranhense e o <strong>de</strong>voto <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
José <strong>de</strong> Ribamar são, portanto, chamados a manifestarem<br />
generosamente as consequências <strong>de</strong><br />
sua fé e <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>voção. Peçamos ao Senhor que<br />
faça frutificar em nós as sementes <strong>de</strong> graça lançadas<br />
em nossos corações durante este ano jubilar<br />
e durante o nosso grandioso festejo - 2012.<br />
abraço e bênção!
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
A Paulus em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
ao iniciar suas ativida<strong>de</strong>s no Brasil<br />
em 1931, a Paulus mostrou que pioneirismo,<br />
proativida<strong>de</strong>, ética e comprometimento são<br />
traços <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e norteiam suas<br />
ações. Já dizia o fundador da Pia Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, o Bem-aventurado Tiago alberione:<br />
“Vão e anunciem! Eu acredito em<br />
um gran<strong>de</strong> futuro para o Brasil”.<br />
nós também acreditamos! Tanto é<br />
que nossas iniciativas na missão <strong>de</strong> “falar <strong>de</strong><br />
tudo cristãmente” não pararam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então!<br />
a Paulus, hoje, possui em todo o território<br />
nacional livrarias, uma gravadora e, há pouco<br />
mais <strong>de</strong> cinco anos, a Faculda<strong>de</strong> Paulus<br />
<strong>de</strong> Tecnologia e Comunicação (FaPCoM).<br />
no dia 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 foi a<br />
vez <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> nos receber. nesse dia foi<br />
inaugurada a primeira Paulus Livraria em<br />
território maranhense, que ficava situada na<br />
Rua da Paz, número 121. Com um acervo<br />
<strong>de</strong> produtos nas diversas áreas do conhecimento,<br />
atraímos a população e fi<strong>de</strong>lizamos<br />
inúmeros clientes, que nos acolheram prontamente,<br />
<strong>de</strong> braços abertos. Tanto é que quase<br />
cinco anos <strong>de</strong>pois, em 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011,<br />
<strong>de</strong>cidimos nos mudar para uma loja ainda<br />
melhor, com amplas instalações e repleta <strong>de</strong><br />
produtos especialmente concebidos para difundir<br />
cada vez mais cultura e informação.<br />
na época, a cerimônia <strong>de</strong> reinauguração da<br />
nova livraria foi presidida pelo arcebispo<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário da Silva, e<br />
contou com a presença <strong>de</strong> dom José Carlos<br />
Chacorowski, bispo auxiliar. Hoje, estamos<br />
na Rua do Passeio, número 229.<br />
Temos a plena convicção <strong>de</strong> que lutamos<br />
para humanizar a socieda<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong><br />
que seja resgatada a dignida<strong>de</strong> do ser humano,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da fé que professe,<br />
por meio <strong>de</strong> conteúdos que possibilitem a<br />
reflexão sobre a influência da Comunicação<br />
Social no cotidiano das pessoas. Estamos<br />
certos <strong>de</strong> que <strong>de</strong>us continuará a abençoar o<br />
nosso caminhar e a parceria que mantemos<br />
com você, cliente Paulus.<br />
a todos os maranhenses, o nosso<br />
muito obrigado pelo reconhecimento e confiança!<br />
A<br />
Justiça e Paz, preocupação da Igreja pós-conciliar<br />
Muitos são os momentos <strong>de</strong> celebração da<br />
caminhada do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. agora, por exemplo,<br />
vive a Igreja Católica o momento <strong>de</strong> celebração jubilosa<br />
dos 50 anos da instalação do Concílio Vaticano<br />
II, cujos frutos são excelentes.<br />
o concílio indicou, na Constituição Pastoral<br />
Gaudium et Spes, documento que marca a relação<br />
da Igreja com o mundo, que era “muito oportuna<br />
a criação <strong>de</strong> um organismo da Igreja universal,<br />
com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar a comunida<strong>de</strong> dos católicos<br />
para que promovam o progresso das regiões indigentes<br />
e a justiça social entre as nações”.<br />
É sob este impulso que surge a Comissão<br />
Pontifícia Justiça e Paz, criada pelo papa Paulo VI,<br />
em janeiro <strong>de</strong> 1967, sediada em Roma, com representantes<br />
<strong>de</strong> todos os continentes, em cuja mensagem<br />
criava, também, o Conselho <strong>de</strong> Leigos. Foi <strong>de</strong>finida,<br />
então, como ativida<strong>de</strong> da Comissão Justiça<br />
e Paz “o estudo dos gran<strong>de</strong>s problemas da justiça<br />
social, com vistas ao <strong>de</strong>senvolvimento das nações<br />
jovens e especialmente quanto à fome e à paz no<br />
mundo”, que recebe mais vigor com a Encíclica Populorum<br />
Progressio, em março <strong>de</strong> 1967, que retoma<br />
os mesmos temas.<br />
o Concílio Vaticano II foi, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />
o maior evento da Igreja Católica, no século xx,<br />
principalmente em sua última meta<strong>de</strong>. Convocado<br />
pelo saudoso João xxIII, instalado em outubro <strong>de</strong><br />
1962, prolongou-se até 1965, e, ainda hoje, é reconhecido<br />
como “um momento <strong>de</strong> reflexão global da<br />
Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com<br />
o mundo” (João Paulo II/ 1995). É a Igreja, através<br />
<strong>de</strong> um organismo <strong>de</strong> tanta relevância e responsabilida<strong>de</strong>,<br />
assumindo os <strong>de</strong>safios do mundo contemporâneo.<br />
É com este mesmo espírito que, logo em<br />
seguida, o papa Paulo VI recomenda às Conferências<br />
Episcopais nacionais a criação <strong>de</strong> estruturas<br />
semelhantes com os mesmos objetivos da Pontifícia<br />
Comissão Justiça e Paz.<br />
Esses ventos renovadores chegaram ao Brasil,<br />
exatamente quando os nossos bispos retornavam<br />
da Conferência <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>llín, em 1968, sacudidos<br />
pela “opção preferencial pelos pobres”, expressão<br />
proclamada ali, mas, há muito e sempre, síntese<br />
do Evangelho <strong>de</strong> Jesus, razão por que, em outubro<br />
daquele ano, <strong>de</strong>cidiram criar a Comissão Brasileira<br />
riqueza cultural do Brasil é imensa! Cada Estado e suas cida<strong>de</strong>s possuem os<br />
seus encantos. Em Minas encontramos as igrejas <strong>de</strong>coradas com ouro. Já as<br />
fibras do capim dourado são a matéria-prima para os artesanatos <strong>de</strong> Tocantins.<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> também é especial e possui suas belezas. A singeleza dos seus azulejos, que<br />
<strong>de</strong>coram igrejas e casarões, convive harmoniosamente com o colorido exuberante<br />
dos arraiais da mais importante manifestação folclórica do lugar: o bumba meu boi.<br />
A PAULUS parabeniza com muita alegria todos os maranhenses pelos 400 anos <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>! Ficamos contentes e honrados <strong>de</strong> participar da história <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>ste momento tão marcante na vida dos ludovicenses.<br />
Parabéns, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>!<br />
Justiça e Paz, cuja instalação se <strong>de</strong>u um ano <strong>de</strong>pois,<br />
tendo como norte os princípios enunciados na Encíclica<br />
Populorum Progressio.<br />
Suce<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criação da Comissão<br />
Brasileira tinha sido tomada um pouco antes do<br />
ato Institucional nº. 5, com o qual o regime militar<br />
brasileiro endureceu sua prática. Em <strong>de</strong>corrência<br />
disso, a nova comissão foi logo levada a cumprir<br />
um papel especial <strong>de</strong> proteção aos perseguidos pela<br />
ditadura. E, logo, começaram a surgir Comissões<br />
arquidiocesanas Justiça e Paz, como a <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo,<br />
Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />
Pernambuco...<br />
a Comissão Brasileira, aos poucos, foi ampliando<br />
seu campo <strong>de</strong> atuação, mas sem <strong>de</strong>ixar o seu<br />
carisma inicial <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> cristãos nas estruturas<br />
sociais, centrada nos seguintes eixos: estudo,<br />
produção <strong>de</strong> documentos e articulação com outros<br />
organismos da Igreja e com instituições comprometidas<br />
com a causa da justiça social, direitos humanos<br />
e promoção da dignida<strong>de</strong> da pessoa.<br />
Por isso, a presença das CJPs nos conflitos<br />
<strong>de</strong> terra – urbana e rural – na <strong>de</strong>fesa das comunida<strong>de</strong>s<br />
indígenas, do direito dos encarcerados,<br />
do direito à moradia e ao trabalho, do direito da<br />
criança e do adolescente, do direito à preservação<br />
ambiental e contra toda sorte <strong>de</strong> violência policial.<br />
não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser esse organismo ligado somente<br />
à questão do <strong>de</strong>senvolvimento dos países pobres e<br />
das relações entre estes países e o mundo <strong>de</strong>senvolvido,<br />
tratada na encíclica Populorum Progressio,<br />
mas que fora ampliada pelo próprio Paulo VI<br />
ao <strong>de</strong>marcar as estruturas <strong>de</strong>finitivas da Comissão,<br />
em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1976. a Comissão assumia, assim,<br />
a perspectiva <strong>de</strong> atuação que iria ser proclamada<br />
em 1981 por João Paulo II, na encíclica Laborem<br />
Exercens, quando este disse que a Pontifícia<br />
Comissão Justiça e Paz “tornou-se o principal centro<br />
<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação das diferentes manifestações<br />
da viva aplicação da Igreja e dos cristãos no que se<br />
refere à questão social”.<br />
É com todo esse sentimento e compromisso<br />
que nasceu a Comissão arquidiocesana Justiça<br />
e Paz <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no início dos anos 80, <strong>de</strong>corrente<br />
da inquietação <strong>de</strong> um pequeno grupo do Movimento<br />
<strong>de</strong> Cursilhos <strong>de</strong> Cristanda<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> ser<br />
Igreja no mundo, diante das <strong>de</strong>safiadoras situações<br />
PAULUS<br />
<strong>São</strong><br />
Livraria<br />
En<strong>de</strong>reço:<br />
Rua do Passeio, 229<br />
Centro – <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>/MA<br />
Tel.: (98) 3231.2665<br />
saoluis@paulus.com.br<br />
Helena Barros Heluy<br />
advogada e jornalista<br />
<strong>de</strong> injustiça gritantes nas realida<strong>de</strong>s<br />
temporais.<br />
assim, aos poucos,<br />
aquele grupo <strong>de</strong> cursilhistas<br />
foi se <strong>de</strong>parando com a realida<strong>de</strong><br />
carcerária (prisões ilegais,<br />
tortura, mortes nos xadrezes,<br />
celas superlotadas e sem aeração suficiente etc.),<br />
com a questão da moradia, dos péssimos transportes<br />
coletivos urbanos, com a causa do menino e menina<br />
<strong>de</strong> rua, todas elas interpeladoras dos cristãos e/<br />
ou pessoas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>.<br />
Tudo isso já vai para mais <strong>de</strong> 30 anos. E<br />
não faz mal relembrar que a CJP <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e seus<br />
membros estiveram presentes nas lutas pelo direito<br />
à moradia da Vila Padre xavier, Vila Menino Jesus<br />
<strong>de</strong> Praga, dos bairros Sá Viana, <strong>São</strong> Bernardo,<br />
João <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, Floresta (Promorar), Bom Jesus, Vila<br />
Itamar, Isabel Cafeteira, com os slogans: “a cida<strong>de</strong><br />
está crescendo, on<strong>de</strong> o pobre vai morar?” / “quem<br />
não tem para on<strong>de</strong> ir fica on<strong>de</strong> está”... A CJP – <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> <strong>de</strong>nunciou as atrocida<strong>de</strong>s cometidas nos cárceres<br />
e a violência policial contra meninos e meninas<br />
<strong>de</strong> rua e disse: presente!, na campanha pelas diretas<br />
– Já! e por uma Constituinte livre, soberana e<br />
<strong>de</strong>mocrática com a participação popular. Em 2005,<br />
coor<strong>de</strong>nou, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, a Campanha do <strong>de</strong>sarmamento.<br />
Dois outros <strong>de</strong>staques: um, na área jurídica;<br />
outro, na área <strong>de</strong> comunicação. o primeiro, através<br />
<strong>de</strong> um escritório <strong>de</strong> advocacia, assessorando movimentos<br />
e comunida<strong>de</strong>s atingidas pela violência do<br />
capital, como o MdFP (Movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos<br />
Favelados e Palafitados); e o segundo, coor<strong>de</strong>nando<br />
e apresentando o Programa “a lei é para todos”, na<br />
Rádio Educadora, semanalmente, <strong>de</strong> 1984 a 2008.<br />
nos últimos anos, a Comissão Justiça e Paz da arquidiocese<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> brinda com as quartas <strong>de</strong><br />
Paz os movimentos, as pastorais, estudantes, comunida<strong>de</strong><br />
acadêmica, militantes políticos, ativistas sociais,<br />
leigos e religiosos, todos movidos pelo <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> contribuir, também, com a construção do Reino.<br />
Encontros <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, pequenos<br />
abastecimentos mantenedores da mística, ajudam o<br />
cotidiano <strong>de</strong> seus membros no exercício da missão<br />
profética das CJPs, fruto do Concílio Vaticano II,<br />
também em terras do Maranhão.<br />
<strong>Luís</strong><br />
7
8<br />
A Pastoral da Juventu<strong>de</strong> na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
Cheguei a <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> para servir à Pastoral<br />
da Juventu<strong>de</strong> (PJ) e aos jovens em fevereiro <strong>de</strong><br />
1988, vindo <strong>de</strong> Santa Inês, diocese <strong>de</strong> Viana, e<br />
fiquei até fevereiro <strong>de</strong> 1993.<br />
Encontrei um belo caminho já percorrido<br />
pelo trabalho <strong>de</strong> assessoria <strong>de</strong>senvolvido pelo<br />
então seminarista Chagas, hoje Padre Chagas,<br />
da diocese <strong>de</strong> Brejo.<br />
algo que sempre me chamou a atenção<br />
foi a maneira séria como a coor<strong>de</strong>nação arquidiocesana<br />
da PJ tratava os temas, indo fundo na<br />
reflexão, <strong>de</strong>batendo as diversas possibilida<strong>de</strong>s,<br />
mas, uma vez que chegavam a uma <strong>de</strong>cisão, todos<br />
assumiam o caminho escolhido.<br />
outro elemento bonito na pastoral <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> foi a maneira plural como trabalhava, acolhendo<br />
todas as expressões juvenis: Pastoral da<br />
Juventu<strong>de</strong>, Pastoral da Juventu<strong>de</strong> do Meio Popular,<br />
Pastoral da Juventu<strong>de</strong> Estudantil, Pastoral<br />
Universitária e todos os movimentos juvenis<br />
como Marial Vicentino, Focolares, Jufra, MEJ<br />
e tantos outros que já eram organizados na arquidiocese.<br />
nos dias <strong>de</strong> hoje, a Igreja no Brasil discute<br />
a questão do trabalho conjunto <strong>de</strong> P Jotas e Movimentos,<br />
tema que a Pastoral da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> já vivia na prática em 88, 89,90...<br />
o trabalho funcionava com uma coor<strong>de</strong>nação<br />
arquidiocesana da PJ que se reunia todas<br />
as segundas-feiras à noite, on<strong>de</strong> havia representantes<br />
da PJ <strong>de</strong> cada paróquia, representantes da<br />
PJE, PJMP, PU e um representante dos movimentos.<br />
<strong>de</strong> três em três meses havia um encontro<br />
durante todo o domingo com as coor<strong>de</strong>nações<br />
<strong>de</strong> todas as P Jotas e movimentos e discutia-se<br />
assuntos <strong>de</strong> interesse comum como: dia nacional<br />
da Juventu<strong>de</strong>, Semana do Estudante e outras<br />
ativida<strong>de</strong>s.<br />
Havia uma secretaria na arquidiocese e<br />
uma secretária liberada, a Ivanil<strong>de</strong>, que encaminhava<br />
a comunicação e fazia o papel <strong>de</strong> ponte<br />
entre as P Jotas, os movimentos, as <strong>de</strong>mais pas-<br />
Os primeiros missionários do Maranhão<br />
nos eventos comemorativos dos 400 anos<br />
da fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> pelos franceses<br />
que aqui aportaram com o objetivo <strong>de</strong> fundar<br />
uma colônia na Ilha Gran<strong>de</strong> do Maranhão, a<br />
arquidiocese ludovicense ressalta a chegada do<br />
Evangelho nestas terras.<br />
<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado as controvérsias historiográficas<br />
se a fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> é <strong>de</strong><br />
origem francesa ou portuguesa, o fato eclesial<br />
importante é que o Evangelho chegou entre nós<br />
através <strong>de</strong> quatro capuchinhos franceses da província<br />
<strong>de</strong> Paris, a saber: Frei Ivo <strong>de</strong> Evreux (superior<br />
da missão), Frei Claudio <strong>de</strong> abbeville, Frei<br />
arsênio <strong>de</strong> Paris e Frei ambrósio <strong>de</strong> amiens.<br />
Para a or<strong>de</strong>m capuchinha este fato reveste-se <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> importância histórica, pois representa a<br />
primeira tentativa missionária dos barbadinhos<br />
(como são chamados em Portugal nessa época)<br />
fora da Europa e dirigida, pela primeira vez à<br />
evangelização <strong>de</strong> povos pagãos.<br />
a missão dos capuchinhos teve curta duração<br />
<strong>de</strong> 1612 a 1615, pois o <strong>de</strong>stino dos fra<strong>de</strong>s<br />
seguiu aquele dos franceses após a conquista e<br />
expulsão pelos portugueses, li<strong>de</strong>rados por Jerônimo<br />
<strong>de</strong> albuquerque e alexandre <strong>de</strong> Moura.<br />
o que mais chama a nossa atenção são as<br />
duas obras que Frei Cláudio e Frei Ivo nos legaram.<br />
Frei Claudio ficou na missão mais ou menos<br />
quatro meses e <strong>de</strong>pois voltou para a França<br />
e lá publicou em 1614 a sua História da missão<br />
dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e<br />
terras circunvizinhas. Esta obra do Frei Claudio<br />
é <strong>de</strong> suma importância não somente para o início<br />
e a evolução da missão, mas também para o<br />
estudo da vida e costumes indígenas. Já Frei Ivo,<br />
o superior da missão, ficou mais <strong>de</strong> dois anos<br />
no Maranhão e suas observações são bem mais<br />
precisas. a sua obra Viagem ao norte do Brasil,<br />
no entanto foi amputada em cerca <strong>de</strong> 50 páginas<br />
por questões políticas.<br />
não temos dúvida que a semente do<br />
Evangelho foi semeada em solo maranhense<br />
há quatro séculos, <strong>de</strong>pois da expulsão dos capuchinhos<br />
vieram missionários. Mas no início<br />
foram os capuchinhos que lançaram as primeiras<br />
sementes. assim <strong>de</strong>screve Frei Claudio a<br />
primeira missa em terras maranhenses: “no<br />
dom Vilsom Basso<br />
Bispo da diocese <strong>de</strong> Caxias do Maranhão<br />
torais e as diversas organizações sociais.<br />
Eu era vigário paroquial na Paróquia nossa<br />
Senhora da Conceição, no Monte Castelo,<br />
trabalhando junto com dom Geraldo, pároco na<br />
época, e, como assessor da pastoral, dava expediente<br />
todas as manhãs na secretaria da Pastoral<br />
da Juventu<strong>de</strong>, na Cúria.<br />
outro elemento fundamental era a formação<br />
<strong>de</strong> assessores, assunto que era tratado com<br />
serieda<strong>de</strong>, pois <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong>pendia o bom andamento<br />
dos trabalhos, ajudando a iluminar a<br />
discussão e a caminhada da PJ.<br />
Foram elaborados subsídios para os assessores<br />
e também um livreto que ficou famoso<br />
chamado: Formação Integral: o Chão nosso <strong>de</strong><br />
Cada dia, com 50 temas para grupos <strong>de</strong> jovens,<br />
que teve a apresentação especial do querido arcebispo<br />
dom Paulo Ponte.<br />
quero <strong>de</strong>ixar aqui registrado que dom<br />
Paulo Ponte sempre <strong>de</strong>u um apoio incondicional<br />
à Pastoral da Juventu<strong>de</strong> na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong>.<br />
a Pastoral da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> conseguia<br />
unir fé e vida: se trabalhava muito a questão<br />
da mística, da espiritualida<strong>de</strong> e a consciência<br />
crítica, o compromisso eclesial e social. “a PJ<br />
somos nós, nossa força e nossa voz!” “Um jovem<br />
consciente é um jovem diferente!” <strong>São</strong> frases<br />
<strong>de</strong>sta época.<br />
<strong>de</strong>ste trabalho pastoral saíram muitos<br />
frutos, temos hoje sacerdotes, irmãs, inclusive<br />
uma monja carmelita, <strong>de</strong>putado estadual e muitos<br />
leigos e leigas comprometidos na Igreja e<br />
na socieda<strong>de</strong>: Padre Paulo, Frei Bernardo, Irmã<br />
Tereza <strong>de</strong> Jesus, monja carmelita que vive hoje<br />
na Espanha, Paulinho, Zóca, Walter, Ronilton,<br />
Márcia, Cláudia, Márcia Maria, Rogério, Bira<br />
do Pindaré, ana Luzia, Isabel, Luciene, Márcia<br />
Maia, Silvana... tantos e tantas.<br />
<strong>de</strong>us seja louvado pelos frutos <strong>de</strong>sta caminhada.<br />
<strong>de</strong>us seja louvado pela oportunida<strong>de</strong><br />
que tive <strong>de</strong> servir por cinco anos à causa da juventu<strong>de</strong><br />
na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. amém.<br />
Frei Gilson Bal<strong>de</strong>z oFMCap<br />
Professor <strong>de</strong> História da Igreja no IESMa e IRPa<br />
domingo, seguinte, 12 <strong>de</strong> agosto, celebramos,<br />
cada <strong>de</strong> nós quatro, o santo sacrifício da missa<br />
neste lugar, com uma alegria tal que prefiro <strong>de</strong>ixar-vos<br />
imaginar em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvê-la; pois,<br />
realmente, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver, contentando-<br />
-me somente em notar que não foi sem o mistério<br />
que <strong>de</strong>us, na sua providência, quis que esse<br />
dia, que a Igreja Romana e particularmente a<br />
or<strong>de</strong>m comemorava a festa da beata Clara, fosse<br />
<strong>de</strong>stinado para oferecer, pela primeira vez, o<br />
augustíssimo sacrifício: ele iluminou este novo<br />
mundo com a luz do verda<strong>de</strong>iro Sol divino, nosso<br />
Salvador Jesus Cristo, oferecido neste lugar<br />
como neste dia ele iluminara todo o mundo <strong>de</strong><br />
lá com a nova luz do nome, vida e milagres <strong>de</strong>stra<br />
gloriosa santa”.<br />
a morte <strong>de</strong> Frei ambrósio <strong>de</strong> amiens<br />
ocorrida no dia 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1612, muito<br />
entristeceu os seus coirmãos, ele foi o primeiro<br />
capuchinho sepultado em terras do Brasil. Esse<br />
fato convenceu os fra<strong>de</strong>s da necessida<strong>de</strong> pedir<br />
mais missionários para o vasto território, que<br />
aos poucos ia sendo <strong>de</strong>scortinado. E no dia22 <strong>de</strong><br />
junho <strong>de</strong> 1614 chegaram mais 12 missionários<br />
capuchinhos, tendo como superior Frei arcanjo<br />
<strong>de</strong> Pembroke, mas a situação na colônia não era<br />
brilhante, havia divisão entre os chefes.<br />
ainda que a missão capuchinha tenha<br />
durado tão pouco tempo, os fra<strong>de</strong>s que aqui<br />
aportaram estavam animados <strong>de</strong> um profundo<br />
ímpeto missionário, eles vieram para ficar, com<br />
o firme <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> permanecer aqui. Neste propósito<br />
escreve Frei Ivo: “ali escolhi a minha<br />
moradia, que um dia tinha <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> convento<br />
dos religiosos que eu esperava para me<br />
ajudarem.(...) na verda<strong>de</strong>, enchia-me <strong>de</strong> prazer<br />
imenso vendo nesta capelinha feita <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
coberta <strong>de</strong> folha <strong>de</strong> palmeiras (mais semelhante<br />
ao presépio <strong>de</strong> Belém do que àqueles gran<strong>de</strong>s e<br />
preciosos templos da Europa os nossos compatriotas<br />
franceses cantarem salmos e as matinas.<br />
(...) aumentou-se ainda mais esta <strong>de</strong>voção quando<br />
se edificou no forte a capela <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, à<br />
imitação das igrejas <strong>de</strong> nossos conventos (...)”.<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> quatro séculos a missão continua<br />
e é preciso recomeçar sempre <strong>de</strong> Jesus<br />
Cristo!<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong> Bens, Serviços e Turismo<br />
do Estado do Maranhão – FECOMÉRCIO-MA<br />
História e Evolução<br />
SISTEMA: FECOMÉRCIO/MA<br />
Para se enten<strong>de</strong>r o que é a FECoMÉRCIo/<br />
Ma, sua fundação, vida e objetivos, a sua dinâmica<br />
e a importância para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
econômico e social <strong>de</strong>ssa entida<strong>de</strong> sindical, no<br />
Estado do Maranhão, é <strong>de</strong> se tomar como ponto<br />
<strong>de</strong> partida uma pirâmi<strong>de</strong>.<br />
na base <strong>de</strong> sustentação estão as gran<strong>de</strong>s, médias,<br />
pequenas e microempresas segmentos do<br />
comércio, <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> turismo. Hoje, conta<br />
com aproximadamente 35.000 (trinta e cinco mil)<br />
empresas. É que as empresas organizam-se em<br />
torno <strong>de</strong> sindicatos. os sindicatos, entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1º<br />
grau, são li<strong>de</strong>rados por pessoas que, não obstante<br />
os seus afazeres nas suas respectivas empresas,<br />
são, ainda, capazes <strong>de</strong> gerir essas organizações<br />
empresarias <strong>de</strong>dicando-se à <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> suas categorias<br />
econômicas. Esses sindicatos constituem<br />
a fe<strong>de</strong>ração a partir <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> filiação.<br />
Hoje são 19 sindicatos filiados.<br />
a pirâmi<strong>de</strong> é, portanto, constituída pelas<br />
empresas como se disse antes, sindicatos, a Fe<strong>de</strong>ração<br />
e a Confe<strong>de</strong>ração nacional do Comércio,<br />
que na formação da pirâmi<strong>de</strong> fica no seu topo,<br />
tendo, ainda, como braços fortes na prestação <strong>de</strong><br />
serviços às comunida<strong>de</strong>s, principalmente as mais<br />
carentes, o Serviço Social do Comércio – SESC<br />
e o Serviço nacional <strong>de</strong> aprendizagem Comercial<br />
– SENAC, que são entida<strong>de</strong>s mantidas pelas<br />
categorias econômicas do comércio e <strong>de</strong> serviços<br />
e dirigidas pela FECoMÉRCIo/Ma.<br />
a Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong> Bens, Serviços<br />
e Turismo do Estado do Maranhão (FECoMÉR-<br />
CIo/Ma), foi fundada em 26 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1953 e<br />
reconhecida pelo Ministério do Trabalho, através<br />
<strong>de</strong> Carta Sindical em 18.09.1953 e, em seu plano<br />
mais amplo, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa, coor<strong>de</strong>na<br />
os interesses das categorias representadas<br />
pelos sindicatos filiados e diretamente as categorias<br />
inorganizadas em sindicato.<br />
a assembleia geral <strong>de</strong> fundação da Fe<strong>de</strong>ração<br />
do Comércio do Estado do Maranhão, <strong>de</strong>signação<br />
inicial da entida<strong>de</strong>, foi realizada em 26 <strong>de</strong><br />
agosto <strong>de</strong> 1953 e, <strong>de</strong>la tomaram parte: arnaldo <strong>de</strong><br />
Jesus Ferreira, Wady Miguel Safady nazar, João<br />
Marinho <strong>de</strong> araújo, Marcelino dos Reis nunes<br />
e alberto Souza almeida. os presentes representavam<br />
na ocasião os seguintes sindicatos fundadores:<br />
Sindicato do Comércio atacadista <strong>de</strong><br />
Gêneros alimentícios <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato do<br />
Comércio Varejista <strong>de</strong> Gêneros alimentícios <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato do comércio <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores<br />
ambulantes <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato dos Lojistas<br />
do Comércio <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e Sindicato <strong>de</strong> Hotéis e<br />
Similares <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
a se<strong>de</strong>, inicialmente, foi cedida pela associação<br />
Comercial do Maranhão, <strong>de</strong>pois, instalou-<br />
-se, em janeiro <strong>de</strong> 1954 em um prédio da Rua<br />
Sete <strong>de</strong> Setembro, nº 340 e, posteriormente, em<br />
abril <strong>de</strong> 1955, mudou-se para a Rua Humberto<br />
<strong>de</strong> Campos, nº 174. <strong>de</strong>pois voltou a instalar-se<br />
na avenida Pedro Segundo, 258, 1º andar, do<br />
Edifício Palácio do Comércio, em salas locadas<br />
a associação Comercial do Maranhão, tendo, todavia,<br />
sido instalada em sua atual se<strong>de</strong>, na Rua do<br />
outeiro, nº 456, em julho <strong>de</strong> 1988, porém, já está<br />
pronto, na avenida dos Holan<strong>de</strong>ses, um mo<strong>de</strong>rno<br />
Edifício <strong>de</strong> 11 (onze) andares, que sediará as<br />
administrações da FECoMÉRCIo/Ma, SESC e<br />
SEnaC.<br />
a Fe<strong>de</strong>ração do Comércio do Estado do Maranhão,<br />
no dia da sua fundação, 26.08.1953, foi<br />
instalada no primeiro andar do Edifício Palácio<br />
do Comércio (prédio da associação Comercial<br />
do Maranhão), em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, capital do Estado<br />
do Maranhão e, naquele dia, os <strong>de</strong>legados representantes<br />
dos 05 (cinco) sindicatos filiados, fundadores,<br />
elegeram a sua primeira diretoria assim<br />
constituída: arnaldo <strong>de</strong> Jesus Ferreira, presi<strong>de</strong>nte;<br />
Wady Miguel Nazar Safady, vice-presi<strong>de</strong>nte;<br />
Francisco Guimarães e Souza, diretor secretário<br />
e João Marinho <strong>de</strong> araújo, diretor tesoureiro.<br />
a diretoria eleita em agosto <strong>de</strong> 1953, dirigiu<br />
os <strong>de</strong>stinos da entida<strong>de</strong> sob a presidência do<br />
empresário arnaldo <strong>de</strong> Jesus Ferreira, até 16 <strong>de</strong><br />
janeiro <strong>de</strong> 1955, quando o presi<strong>de</strong>nte afastou-se<br />
por licença, tendo, então assumido a presidência,<br />
o senhor Wady Miguel nazar Safady, que<br />
promoveu a eleição da nova diretoria, em 26 <strong>de</strong><br />
agosto <strong>de</strong> 1955, quando foi eleita a seguinte dire-<br />
toria: presi<strong>de</strong>nte, Francisco Guimarães e Souza;<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte, José Almeida Ferreira; Diretor<br />
secretário, Hugo Luz e tesoureiro, nilton Felipe<br />
quadros.<br />
o senhor Francisco Guimarães e Souza, através<br />
<strong>de</strong> sucessivas eleições, dirigiu a FECoMÉR-<br />
CIo/Ma até 20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1967, quando<br />
foi sucedido pelo empresário Eucli<strong>de</strong>s nunes da<br />
costa e silva.<br />
o senhor Francisco Guimarães e Souza,<br />
através <strong>de</strong> eleições realizadas em 10 <strong>de</strong> agosto<br />
<strong>de</strong> 1979, voltou à presidência da FECoMÉRCIo,<br />
tendo, daí em diante, em sucessivas eleições sido<br />
reconduzido e dirigido a entida<strong>de</strong>, até o dia 21 <strong>de</strong><br />
abril <strong>de</strong> 1983, quando faleceu e foi sucedido pelo<br />
seu Vice-presi<strong>de</strong>nte José arteiro da Silva, atual<br />
presi<strong>de</strong>nte.<br />
É <strong>de</strong> se ressaltar que a FECoMÉRCIo é<br />
integrante do Sistema Confe<strong>de</strong>rativo da Representação<br />
Sindical do Comércio a que se refere<br />
o artigo 8º, Inciso IV, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />
regulamentado pela Resolução nº 01, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1990, do Conselho <strong>de</strong> Representantes<br />
da Confe<strong>de</strong>ração nacional do Comércio.<br />
a FECoMÉRCIo, na condição <strong>de</strong> entida<strong>de</strong><br />
sindical <strong>de</strong> grau superior, representante dos empregadores<br />
do comércio e <strong>de</strong> serviços, tem prerrogativas<br />
constitucionais e objetivos claros <strong>de</strong>lineados<br />
em seus estatutos e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> iniciativa, a economia formal e a legitimida<strong>de</strong><br />
da representação empresarial por setor e organizada<br />
através <strong>de</strong> sindicatos livres.
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Paulinas em <strong>São</strong> Luis, 33 anos <strong>de</strong><br />
presença evangelizadora<br />
Em meados <strong>de</strong> 1979, mais precisamente no mês<br />
<strong>de</strong> junho, duas Irmãs Paulinas <strong>de</strong>sembarcavam no aeroporto<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Luis, munidas <strong>de</strong> muito entusiasmo e<br />
cheias <strong>de</strong> idéias missionárias, com a missão específica<br />
<strong>de</strong> divulgar a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us no Maranhão, através da<br />
comunicação.<br />
o arcebispo <strong>de</strong> então, dom João José da Mota<br />
albuquerque, acolheu-as como uma bênção do céu<br />
para o povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, pois na cida<strong>de</strong> não havia, até<br />
então, nenhuma livraria que oferecesse material evangelizador.<br />
dom João da Mota facilitou-lhes uma sala<br />
contígua à Catedral, on<strong>de</strong> foi aberta uma pequena livraria,<br />
a primeira livraria religiosa em terras ludovicenses.<br />
a pequena semente não <strong>de</strong>morou a crescer e<br />
a produzir frutos abundantes. <strong>de</strong> forma que, oito anos<br />
<strong>de</strong>pois, novo local foi adquirido na Rua <strong>de</strong> Santana,<br />
on<strong>de</strong> até hoje Paulinas Livraria <strong>de</strong>senvolve um fecundo<br />
trabalho evangelizador.<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>de</strong> sua presença na cida<strong>de</strong>,<br />
as Irmãs Paulinas, além da atenção aos clientes na<br />
livraria, que se tornava cada dia mais conhecida e freqüentada,<br />
faziam também sua colaboração junto às paróquias<br />
e comunida<strong>de</strong>s periféricas da cida<strong>de</strong>, visitando<br />
famílias, participando <strong>de</strong> reuniões com catequistas,<br />
com grupos <strong>de</strong> jovens e outras ativida<strong>de</strong>s pastorais.<br />
Hoje, as Irmãs Paulinas, através da Paulinas Livraria,<br />
continuam sua missão específica <strong>de</strong> oferecer ao<br />
público produtos evangelizadores e fazer com que se<br />
torne cada dia mais realida<strong>de</strong> o pensamento do Fundador<br />
Tiago Alberione que afirmava: “A Livraria é a casa<br />
editora <strong>de</strong> Deus, é um templo; o livreiro, um pregador;<br />
o balcão é um púlpito da verda<strong>de</strong>...; os produtos (livros,<br />
Cds, dVds, posters e mensagens), são os frutos que<br />
vão prolongar nossa presença junto às pessoas que nos<br />
visitam”.<br />
a equipe <strong>de</strong> colaboradores empenha-se diariamente<br />
com eficiência na missão paulina, tanto no<br />
atendimento direto <strong>de</strong> nossos clientes, quanto no empenho<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, tais como: realização <strong>de</strong> cursos<br />
<strong>de</strong> formação bíblica, catequética, pedagógica, eventos<br />
e palestras para os públicos mais diversificados, facilitando<br />
consignações que auxiliam os livreiros a levar<br />
a missão paulina aos recantos mais longínquos do Maranhão.<br />
Com o lema “a comunicação a serviço da vida”,<br />
Paulinas Livraria tem proporcionado à comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> Luis momentos preciosos <strong>de</strong> fé, apoiando eventos<br />
<strong>de</strong> cunho artístico, cultural, religioso e social, os quais<br />
são muito apreciados pelas comunida<strong>de</strong> e público em<br />
geral.<br />
Vale ressaltar que a Bíblia, Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us,<br />
sempre foi o fundamento da missão <strong>de</strong> Paulinas Livraria<br />
e é o carro-chefe nas vendas da loja, pois são<br />
oferecidas Bíblias <strong>de</strong> todos os tamanhos, preços e editoras.<br />
É por ela e com ela que po<strong>de</strong>mos melhor aten<strong>de</strong>r<br />
a todos os que procuram, no meio comercial <strong>de</strong> nossa<br />
cida<strong>de</strong>, um local <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> constante.<br />
o tema educação também é tratado com carinho<br />
e os educadores encontram precioso material<br />
em livros, revistas, Cds e dVds que auxiliam seu<br />
trabalho pedagógico e facilitam sua tarefa <strong>de</strong> pesquisa<br />
e documentação. o catálogo infanto-juvenil conta<br />
aproximadamente com 500 títulos, distribuídos entre<br />
contos, lendas e formação. outros temas, como espiritualida<strong>de</strong>,<br />
teologia, cristologia, estudos bíblicos, liturgia,<br />
mariologia, biografias, auto-ajuda, mensagens<br />
e cultura geral tem um lugar privilegiado nas estantes<br />
da loja com atualização constante.<br />
a religiosida<strong>de</strong> popular, bastante acentuada no<br />
Maranhão, também encontra um ponto <strong>de</strong> apoio na<br />
Paulinas Livraria, que oferece abundância <strong>de</strong> <strong>de</strong>vocionários<br />
e especialmente terços e crucifixos que expressam<br />
a forte tendência religiosa <strong>de</strong> nosso povo.<br />
Entre aqueles que visitam nossa loja po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>stacar: sacerdotes, religiosos, catequistas, pessoas<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> repercussão seja no âmbito <strong>de</strong> nosso estado<br />
como também no âmbito nacional e, é claro, o público<br />
em geral. Todos estes encontram em nossa livraria<br />
espaço para leitura, para oração e para aquisição <strong>de</strong><br />
livros e objetos que ajudarão no dia a dia, tanto na espiritualida<strong>de</strong><br />
das famílias e comunida<strong>de</strong>s, como também<br />
nas paróquias e escolas seja para catequese como para<br />
o ensino religioso.<br />
Alegrias e <strong>de</strong>safios suce<strong>de</strong>m-se no <strong>de</strong>correr dos<br />
dias, semanas e meses... a união e a garra são características<br />
que fazem o diferencial <strong>de</strong> nossa equipe <strong>de</strong><br />
colaboradores e tudo contribui para que a missão se<br />
realize sempre com novo entusiasmo a cada dia.<br />
A Pastoral da Criança no MA e<br />
na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
a história da Pastoral da Criança no Maranhão<br />
iniciou na diocese <strong>de</strong> Bacabal em novembro <strong>de</strong> 1984.<br />
Essa é uma história <strong>de</strong> amor, esperança, garra e muita<br />
<strong>de</strong>terminação. Uma verda<strong>de</strong>ira missão que une fé e<br />
vida.<br />
aten<strong>de</strong>ndo ao convite do bispo diocesano dom<br />
Pascásio Rettler, a dra. Zilda arns neumann visitou a<br />
diocese a fim <strong>de</strong> implantar a Pastoral da Criança. Nessa<br />
visita, dra. Zilda, com a ajuda do médico dr. Frei Klaus<br />
Th. Finkam e da Fátima, fez o primeiro treinamento das<br />
ações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> Porta aberta,<br />
ficando a cargo da Irmã Cecília a articulação na comunida<strong>de</strong>.<br />
na época já existia um grupo <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> na diocese.<br />
a partir <strong>de</strong> então começou a caminhada da Pastoral<br />
da Criança <strong>de</strong>ntro da Pastoral da Saú<strong>de</strong> da diocese.<br />
assim a nossa experiência local colaborou nos<br />
primeiros passos da Pastoral da Criança em Bacabal.<br />
assumimos <strong>de</strong> pleno coração a engenhosa metodologia<br />
da Pastoral da Criança no seu jeito profético e catequético<br />
<strong>de</strong> se valer da mulher como agente <strong>de</strong> sua própria<br />
transformação.<br />
nesta época, o índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil<br />
era muito alto, chegava a 300 por 1000 nascidos vivos.<br />
Muitas crianças morriam <strong>de</strong> doenças facilmente preveniveis,<br />
como por exemplo, a <strong>de</strong>sidratação causada pela<br />
diarreia, a <strong>de</strong>snutrição, verminoses, infecções respiratórias,<br />
etc.<br />
Com o gran<strong>de</strong> empenho dos voluntários essa situação<br />
mudou. Frei Klaus, então assumiu essa missão<br />
como primeiro coor<strong>de</strong>nador diocesano da Pastoral da<br />
Criança <strong>de</strong> Bacabal. Pois em 1980, Frei Klaus, junto<br />
com a dra. Hil<strong>de</strong>gard B. Richter da TaPS (Temas atuais<br />
na Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) – <strong>São</strong> Paulo, tinha introduzido<br />
no Brasil a colher-medida do soro caseiro.<br />
Uma outra colaboração marcante foi, em 1987, a<br />
convocação do Frei Klaus por parte da CnBB e UnICEF<br />
para coor<strong>de</strong>nar a Campanha nacional do Soro Caseiro.<br />
Um dia, quando dra. Zilda arns voltava <strong>de</strong> Bacabal,<br />
Frei Eurico a convidou para uma reunião com<br />
mães que já atuavam na Paróquia da Glória, em <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong>. nesta reunião dra Zilda apresentou o Projeto da<br />
Pastoral da Criança para umas 200 senhoras dos vários<br />
grupos <strong>de</strong> mães da Paróquia da Gloria e Vila Concei-<br />
ção, no Coroadinho, que foi escolhida como área-piloto<br />
para que a Pastoral da Criança fosse implantada na arquidiocese<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
as primeiras voluntárias foram: Lucia, Maria<br />
das dores, Leonete, dona duzinha, amélia, Rosário,<br />
Márcia, Maria <strong>de</strong> Jesus, Lourença, Zelinda, nilce, Vilma,<br />
Concita, Maria dos anjos, Maria Rosa, Rosário<br />
Machado, Juliana, Tereza, Maria Marques, Maria Batista,<br />
Marlene, Raimunda nonata, Raimunda Pereira,<br />
Magnólia, Rosangela, Irmã Graça (coor<strong>de</strong>nadora paroquial)<br />
e Irmã Speciosa (coor<strong>de</strong>nadora diocesana).<br />
no início <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1985, na primeira reunião,<br />
quase todos os componentes do grupo <strong>de</strong> mães<br />
se comprometeram a participar do treinamento, o primeiro<br />
ponto foi fazer o mapeamento da comunida<strong>de</strong>, o<br />
levantamento foi feito em duas etapas e em duas visitas.<br />
O treinamento <strong>de</strong>stas senhoras fortificou o seu<br />
espírito <strong>de</strong> serviço e solidarieda<strong>de</strong>. Houve até mães que<br />
<strong>de</strong>sejaram conceber novamente para po<strong>de</strong>rem experimentar<br />
as suas novas <strong>de</strong>scobertas e dar à socieda<strong>de</strong> um<br />
novo ser com um potencial humano bem mais <strong>de</strong>senvolvido.<br />
E também aconselhar com mais autenticida<strong>de</strong> as<br />
ações propostas, <strong>de</strong> modo especial o aleitamento materno.<br />
a partir <strong>de</strong> então começou a caminhada da Pastoral<br />
da Criança em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
Irmã Speciosa assumiu essa missão como primeira<br />
coor<strong>de</strong>nadora diocesana da Pastoral da Criança<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e logo começou a esten<strong>de</strong>r a primeira experiência<br />
para as paróquias. Frei Eurico foi e é um gran<strong>de</strong><br />
incentivador e colaborador da Pastoral da Criança.<br />
Uma característica forte do trabalho nesses anos<br />
era a inclusão das alternativas alimentares e a alimentação<br />
natural junto às ativida<strong>de</strong>s da Pastoral da Criança<br />
que ajudou muito no incentivo <strong>de</strong> cultivar a horta comunitária<br />
para melhorar a alimentação da própria família e<br />
ajudar na renda familiar.<br />
atualmente a Pastoral da Criança no Maranhão<br />
acompanha 64.142 crianças com 4.833 lí<strong>de</strong>res, 3.345<br />
pessoas <strong>de</strong> apoio em 1.790 comunida<strong>de</strong>s nos 157 municípios<br />
implantados.<br />
na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> são acompanhadas<br />
3.494 crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos por 303 lí<strong>de</strong>res, 214 pessoas<br />
<strong>de</strong> apoio em 84 comunida<strong>de</strong>s. a Pastoral da Criança<br />
está presente em 24 paróquias <strong>de</strong> <strong>de</strong>z municípios.<br />
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9
10<br />
Quatrocentos anos <strong>de</strong> evangelização no Maranhão<br />
Falar dos 400 anos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
é falar dos 400 anos <strong>de</strong> evangelização do Maranhão.<br />
a missão da Igreja no Maranhão não se restringiu<br />
apenas à parte religiosa, mas, sobretudo,<br />
revelou-se civilizatória.<br />
nas três caravelas que aqui chegaram<br />
em 1612 — Régent, Charlotte e Sainte anne —,<br />
vinham a bordo os padres ambroise d’amiens,<br />
arsène <strong>de</strong> Paris, Clau<strong>de</strong> d’abbeville e Yves<br />
d’Evreux, os primeiros a <strong>de</strong>sembarcar e pregar<br />
sobre o <strong>de</strong>us cristão, que revelavam aos índios<br />
para convertê-los ao cristianismo.<br />
a história da cida<strong>de</strong> começa com a presença<br />
<strong>de</strong>sses padres, com a peregrinação pelas<br />
al<strong>de</strong>ias em busca <strong>de</strong> levar-lhes a revelação.<br />
o padre d’abbeville resume a missão com<br />
a afirmação <strong>de</strong> que “havíamos tomado posse da<br />
terra em nome <strong>de</strong> Jesus Cristo” e, antes <strong>de</strong> fazer<br />
conhecer as águas, as árvores, a fauna, ele explica<br />
o <strong>de</strong>sejo que os trazia àquelas longínquas paragens:<br />
“Conhecer os índios, sentir o bom odor<br />
entre nós; reconhecer-lhes os costumes, os modos<br />
<strong>de</strong> vida para, em seguida, fazer com que compreendam,<br />
facilmente, a finalida<strong>de</strong> com que lá estávamos.”<br />
É bom lembrar que d’abbeville escreveu<br />
seu famoso livro — Histoire <strong>de</strong> la Mission<br />
<strong>de</strong>s Pères Capucins en l’Isle <strong>de</strong> Maragnan et terres<br />
circonvoisines — quando já se encontrava na<br />
França, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, durante quatro meses, conseguir<br />
armazenar os conhecimentos que constituem<br />
o primeiro e mais <strong>de</strong>talhado livro sobre as coisas<br />
do Brasil e dos índios, seus costumes e hábitos.<br />
Regressando a Paris, as referências que o<br />
autor faz nas suas citações são as <strong>de</strong> quem fala <strong>de</strong><br />
coisas que vivenciou; daí por que são referências<br />
ao passado.<br />
o padre Yves d’Evreux, outro membro<br />
da missão, também <strong>de</strong>ixou um livro notável sobre<br />
sua passagem pelo Maranhão — Suite <strong>de</strong><br />
l’Histoire <strong>de</strong>s choses plus mémorables advenues<br />
em Maragnan —, <strong>de</strong> que, infelizmente, só foram<br />
salvos três exemplares, assim mesmo incompletos.<br />
Com a <strong>de</strong>rrota dos franceses, os franciscanos<br />
portugueses <strong>de</strong>cidiram criar uma missão<br />
<strong>de</strong> alta categoria, que incluía Frei Cristóvão <strong>de</strong><br />
Lisboa, autor <strong>de</strong> uma história sobre o Maranhão e<br />
também sobre animais e plantas. a primeira parte<br />
<strong>de</strong>ssa história foi perdida no incêndio <strong>de</strong> Lisboa,<br />
<strong>de</strong> 1755, mas a segunda, com gravuras belíssimas,<br />
sobre plantas e animais do Maranhão, foi salva,<br />
porque estava no gravador e, portanto, não foi<br />
atingida pelo incêndio que <strong>de</strong>struiu o arquivo da<br />
catedral.<br />
Frei Cristóvão <strong>de</strong> Lisboa era um erudito e<br />
conceituado historiador da or<strong>de</strong>m, bispo <strong>de</strong>signado<br />
<strong>de</strong> angola.<br />
Também com os libertadores portugueses<br />
vieram os jesuítas. <strong>de</strong>pois, vieram outras or<strong>de</strong>ns,<br />
como a dos carmelitas, e o Maranhão teve a <strong>de</strong>stinação<br />
<strong>de</strong> receber duas figuras das mais notáveis<br />
da Igreja: o padre antónio Vieira e o mártir<br />
Gabriel Malagrida, queimado na perseguição <strong>de</strong><br />
dom José e do Marquês <strong>de</strong> Pombal aos jesuítas.<br />
Também no século xVII, aportaram ao<br />
Maranhão os mercedários, que <strong>de</strong>sceram o amazonas,<br />
<strong>de</strong> Iquitos, com dois fra<strong>de</strong>s que fundaram<br />
conventos, um em Belém do Pará, outro em <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong>.<br />
quando visitou o Maranhão o papa João<br />
Paulo II, pedi ao núncio apostólico dom Carlo<br />
Furno, meu amigo, hoje car<strong>de</strong>al, que Sua Santida<strong>de</strong><br />
incluísse no programa o recentemente<br />
restaurado Convento das Mercês. dom Furno<br />
respon<strong>de</strong>u-me que, por motivos <strong>de</strong> segurança,<br />
o papa não po<strong>de</strong>ria visitar o convento, já que as<br />
ruas <strong>de</strong> acesso ao local não permitiam tal visita.<br />
Mas as minhas consi<strong>de</strong>rações sobre a presença<br />
do missionário e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> restauração do<br />
Convento das Mercês fizeram com que dom Carlo<br />
conseguisse do secretariado do Vaticano a inclusão<br />
<strong>de</strong> uma parte <strong>de</strong>sse texto, <strong>de</strong> minha autoria,<br />
na homilia feita pelo papa (Homilia do Papa João<br />
Paulo II na Missa Celebrada para os Fiéis da arquidiocese<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> do Maranhão.)<br />
Por isso, <strong>de</strong>sejo recordar este monumento<br />
que nos lembra um dos marcos fundamentais da<br />
evangelização na América Latina. Refiro-me ao<br />
Convento das Mercês que, recentemente restaurado<br />
por mãos generosas, concluirá sua reconstrução<br />
quando lhe for anexada a igreja que os padres<br />
mercedários construíram, no início <strong>de</strong>ste século,<br />
com enorme sacrifício e zelo.<br />
[...]<br />
não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar também <strong>de</strong> lembrar<br />
que o Maranhão foi o gran<strong>de</strong> foco irradiador no<br />
Brasil da <strong>de</strong>voção ao Coração <strong>de</strong> Jesus, tão querida<br />
do povo, através do zelo do insigne missio-<br />
nário e fundador <strong>de</strong> obras e institutos religiosos,<br />
o padre Gabriel Malagrida, que <strong>de</strong>ixou marcas<br />
profundas <strong>de</strong> sua ação apostólica em todo norte e<br />
nor<strong>de</strong>ste do Brasil do século <strong>de</strong>zoito!<br />
Essa parte transcreveu, na quase totalida<strong>de</strong>,<br />
as palavras do texto que man<strong>de</strong>i ao núncio<br />
apostólico, com o meu pedido <strong>de</strong> visita do papa ao<br />
Convento das Mercês.<br />
Cito um ponto da passagem <strong>de</strong> João Paulo<br />
por <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Eu, que tinha estado com ele no<br />
Vaticano e nas visitas que fez no Brasil, já não<br />
sendo mais presi<strong>de</strong>nte da República, estava a<br />
esperar o papa João Paulo no aeroporto. Então,<br />
eu me apresentei, sabendo que ele não entendia<br />
perfeitamente o português: “Je suis José Sarney,<br />
ancien prési<strong>de</strong>nt du Brésil.” qual não foi minha<br />
surpresa quando o papa pegou na minha mão e repetiu<br />
meu nome duas vezes: “Sarney! Sarney!” E<br />
perguntou: “Como vai o Brasil?” Vivíamos uma<br />
grave crise política com o problema do Collor. Eu<br />
respondi: “Cada vez mais precisando <strong>de</strong> suas preces,<br />
Santida<strong>de</strong>!”<br />
o Vaticano me pediu que escrevesse uma<br />
página, sobre a minha visita oficial a João Paulo<br />
II, num livro que organizou os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong><br />
todos os chefes <strong>de</strong> Estado que estiveram com o<br />
Papa. Contei que, na audiência, quando falamos<br />
sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> urgência na ação da Igreja<br />
para nos ajudar a resolver o problema da reforma<br />
agrária no Brasil, o papa respon<strong>de</strong>u-me: “aqui<br />
nada é urgente, presi<strong>de</strong>nte. nós lidamos com a<br />
eternida<strong>de</strong>!”<br />
durante minha vida, conheci quase todos<br />
os arcebispos que passaram por aqui e com eles<br />
mantive — com uns mais, com outros menos —<br />
bom relacionamento e amiza<strong>de</strong>.<br />
o primeiro foi dom Carlos Carmelo <strong>de</strong><br />
Vasconcelos Mota, que <strong>de</strong>pois veio a ser car<strong>de</strong>al<br />
<strong>de</strong> aparecida. dom Carmelo comparecia às missas<br />
e a todas as solenida<strong>de</strong>s paramentado. quando<br />
presi<strong>de</strong>nte da República, recebi dom Carmelo,<br />
ele já bem velhinho, no Planalto, e lembrei-lhe<br />
que eu era coroinha e o ajudava nas missas no Colégio<br />
Marista da Igreja da Sé.<br />
quando dom Carlos Carmelo saiu do Maranhão,<br />
o arcebispado ficou vazio, <strong>de</strong> 1944 a 1947,<br />
e respondia por ele o cônego e <strong>de</strong>pois Monsenhor<br />
Fre<strong>de</strong>rico Chaves, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> popularida<strong>de</strong>, muito<br />
querido e invocado como milagroso pelo povo<br />
maranhense. Ele era o confessor <strong>de</strong> minha mãe,<br />
que por ele tinha gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>voção.<br />
Recordo também a figura <strong>de</strong> dom Adalberto<br />
accioli Sobral, arcebispo que passou relativamente<br />
pouco tempo no Maranhão e chegou<br />
trazendo um Buick preto, que fazia o maior sucesso<br />
porque era o veículo mais solene que tinha<br />
chegado ao Estado. Este carro foi comprado pela<br />
prefeitura <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, quando era prefeito Epitácio<br />
Cafeteira, que o usava para seu transporte<br />
pessoal. Faziam parte do séquito do arcebispo os<br />
monsenhores Santana e Madureira — que ficou<br />
no Maranhão muito tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua saída e<br />
aqui faleceu como pároco <strong>de</strong> Rosário.<br />
dom adalberto era moreno escuro, bem<br />
alto, forte e gostava <strong>de</strong> pompas e <strong>de</strong> ser tratado<br />
como o eram os bispos e arcebispos antigamente,<br />
com o maior respeito e reverência. quando ele<br />
passava pelo Colégio Marista, ao entrar na nave<br />
da igreja, cantávamos o hino que ele mandara fazer<br />
em homenagem a sua pessoa.<br />
Saudação a dom adalberto accioli Sobral<br />
Salve, salve, nosso Bispo adalberto.<br />
aceitai os cânticos <strong>de</strong> alegria.<br />
os cânticos <strong>de</strong> vitória e alegria.<br />
Benditos sejam na Santa Igreja<br />
o bom pastor e nosso digno pai.<br />
o bom pastor e nosso digno pai.<br />
Viva!<br />
Viva nosso arcebispo adalberto Sobral!<br />
o Hino a dom adalberto — uma composição<br />
do Irmão Hélio, Regente da orquestra<br />
Carlos Gomes no Colégio Marista — era entoado<br />
em todas as missas a que dom adalberto estivesse<br />
presente. após ser cantado o Christus Vincit,<br />
Christus Regna, Christus Imperat, acrescentava-<br />
-se o estribilho: adalbertus episcopus, pater est<br />
salus perpetuo.<br />
Contava-se que dom adalberto tinha horror<br />
a ratos, que eram habitantes do Palácio Episcopal.<br />
Ele ficava <strong>de</strong>itado numa re<strong>de</strong>, em seu quarto,<br />
e colocava quatro seminaristas em cada ponto<br />
do cômodo e pedia ao monsenhor: “Fre<strong>de</strong>rico,<br />
man<strong>de</strong> os seminaristas miarem para espantar os<br />
ratos.” Então, os seminaristas, um em cada canto<br />
do quarto, ficavam miando: “Miau. Miau. Miau.<br />
Miau.”<br />
Devo <strong>de</strong>stacar a figura excepcional <strong>de</strong><br />
dom José <strong>de</strong>lgado, um homem operoso e trabalhador,<br />
que fez uma verda<strong>de</strong>ira revolução na<br />
Igreja no Maranhão e foi o fundador da primeira<br />
universida<strong>de</strong> que tivemos no Estado, a Universida<strong>de</strong><br />
Católica. Foi dom José quem me casou.<br />
Muito mais tar<strong>de</strong>, quando Roseana marcou seu<br />
casamento, ele morava em Fortaleza. Man<strong>de</strong>i<br />
convidá-lo para presidir a cerimônia do matrimônio.<br />
Ele veio. quando consegui com o presi<strong>de</strong>nte<br />
Castelo a criação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />
Maranhão, a Universida<strong>de</strong> Católica atravessava<br />
gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s e talvez não tivesse condições<br />
<strong>de</strong> manutenção. Vali-me, então, da minha<br />
relação com dom <strong>de</strong>lgado e com padre Ribamar<br />
para fazermos um acordo e juntarmos as duas casas,<br />
com a participação da Igreja, conjuntamente<br />
com o Governo Fe<strong>de</strong>ral.<br />
Foi dom <strong>de</strong>lgado também quem imprimiu<br />
à Igreja maranhense um espírito <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo,<br />
criando a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, a Escola<br />
do Serviço Social, a Rádio da arquidiocese<br />
e o Jornal do Maranhão, mo<strong>de</strong>rnizou a catequese<br />
e <strong>de</strong>u gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação às coisas da Igreja. Ele,<br />
sem dúvida alguma, <strong>de</strong>ixou uma marca profunda<br />
na Igreja no Maranhão.<br />
outro arcebispo com quem tive ligação<br />
bem próxima foi dom João José da Motta e albuquerque,<br />
facilitada essa ligação pelo fato <strong>de</strong> ser<br />
irmão do Mauro Motta, meu amigo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> moço,<br />
que dirigia o diário <strong>de</strong> Pernambuco, no qual tive<br />
meus primeiros versos publicados, e <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>pois<br />
fui colega na aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras.<br />
dom Motta era um homem afável, extremamente<br />
místico e muito simples.<br />
dom Motta trouxe ao Maranhão, para<br />
morar com ele, uma tia bem velhinha. Contou-<br />
-me que ela tinha uma ca<strong>de</strong>rneta em que anotava<br />
os seus pecados. Uma das brinca<strong>de</strong>iras que dom<br />
Motta fazia era pegar essa ca<strong>de</strong>rneta e escon<strong>de</strong>r.<br />
Então, ela ficava profundamente preocupada.<br />
Um dia, ele resolveu bisbilhotar os pecados <strong>de</strong>la<br />
na ca<strong>de</strong>rneta. Um <strong>de</strong>les era o seguinte: “Hoje, eu<br />
pensei mal do jardineiro achando que ele não tivesse<br />
molhado as plantas. Depois, verifiquei que<br />
era um mau pensamento, porque ele o tinha feito”.<br />
Eu tinha por hábito visitar dom Motta domingo<br />
à tar<strong>de</strong> e lá ficava, em longas conversas —<br />
era o tempo da Revolução, e eu era governador do<br />
Maranhão —, comentando sobre os problemas,<br />
alguns relativos aos militares com o clero — problemas<br />
que, no Maranhão, foram conduzidos pelo<br />
arcebispo com gran<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>.<br />
Outra figura da Igreja no Maranhão, essa<br />
mais antiga, mas que <strong>de</strong>ixou uma marca bem folclórica<br />
pela sua personalida<strong>de</strong>, foi a do primeiro<br />
arcebispo, dom otaviano <strong>de</strong> albuquerque, que se<br />
dizia ser nobre três vezes: porque era Príncipe da<br />
Igreja, era albuquerque, uma família da nobreza,<br />
e tinha dinheiro.<br />
Contava-se uma história passada em <strong>São</strong><br />
Bento, aon<strong>de</strong> ele ia para iniciar as <strong>de</strong>sobrigas, o<br />
que naquele tempo era feito a cavalo, pelo interior<br />
do Maranhão, sem estrada. Eram emprestados<br />
cavalos por aqueles que ajudavam na passagem<br />
do arcebispo, que montava em um cavalo com os<br />
melhores arreios que lá se encontravam. numa<br />
<strong>de</strong>ssas visitas, dom otaviano, durante o cortejo,<br />
fazia comentários sobre o cavalo que lhe tinha<br />
sido entregue pelo padre da paróquia: “<strong>de</strong> quem<br />
é este cavalo?” “É do Marcionílio”, respon<strong>de</strong>u-lhe<br />
o padre, que morava em frente à casa do meu avô.<br />
dom otaviano, ainda durante o cortejo, mandou<br />
chamar o Marcionílio e disse-lhe: “que bom cavalo!<br />
É um ótimo cavalo. não queres me vendê-<br />
-lo?” Marcionílio respon<strong>de</strong>u-lhe: “o cavalo é seu,<br />
dom otaviano. Para mim, é uma gran<strong>de</strong> honra dar<br />
o melhor cavalo ao bispo.” E dom otaviano fez<br />
as <strong>de</strong>sobrigas nos municípios da Baixada Maranhense<br />
montado no cavalo. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> três meses,<br />
encerradas as <strong>de</strong>sobrigas, dom otaviano chamou<br />
o Marcionílio, o antigo dono do cavalo, e disse-<br />
-lhe: “Tenho pensado que não tenho como botar o<br />
cavalo <strong>de</strong>ntro da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Você,<br />
que está acostumado com o animal, quanto vale<br />
este cavalo?” Marcionílio respon<strong>de</strong>u-lhe: “Vale<br />
50 mil-réis.” “Pois, então, pague-me 30 e fique<br />
com o cavalo!” E ven<strong>de</strong>u-lhe o cavalo e recebeu<br />
os 30 mil-réis.<br />
Esse era dom otaviano <strong>de</strong> albuquerque,<br />
arcebispo do Maranhão <strong>de</strong> 1922 a 1935.<br />
outro bispo do Maranhão, que não foi<br />
arcebispo, mas com quem tive um bom relacionamento,<br />
foi dom Felipe Condurú Pacheco, que<br />
me batizou. Era filho <strong>de</strong> <strong>São</strong> Bento, terra dos<br />
meus pais e avós. dom Felipe escreveu a História<br />
Eclesiástica do Maranhão, que man<strong>de</strong>i publicar<br />
quando eu era governador do Estado. Escreveu<br />
também outro livro, Pai e Mestre, no qual conta a<br />
história do seu pai, o professor Benício Felipe <strong>de</strong><br />
oliveira Condurú.<br />
José Sarney<br />
Presi<strong>de</strong>nte do Senado<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
quando ele foi nomeado<br />
bispo, foi visitar <strong>São</strong><br />
Bento, e meu pai fez a saudação<br />
em nome da cida<strong>de</strong>,<br />
pelo filho que tinha chegado<br />
a tão alto cargo <strong>de</strong> dignitário<br />
da Igreja. Eu, menino, fiquei alegre, e com os<br />
outros meninos fizemos alas pela cida<strong>de</strong> inteira<br />
para a passagem do bispo.<br />
dom Felipe fazia-me cartões muito bons,<br />
quando eu era governador. Em um <strong>de</strong>les, dizia:<br />
“Senhor Governador, ouvi, na Rádio do Estado,<br />
um locutor chamar o nome do Município <strong>São</strong> Vicente<br />
<strong>de</strong> Ferrer, quando, na realida<strong>de</strong>, não existe<br />
esse santo. o correto é <strong>São</strong> Vicente Ferrer, nome<br />
do santo. E não posso admitir que a Rádio do Estado<br />
cometa erro <strong>de</strong>ssa natureza!”<br />
outro cartão que ele me enviou, durante<br />
o carnaval, dizia — o slogan da nossa campanha<br />
era Maranhão novo — o seguinte: “não fale em<br />
Maranhão novo. Enquanto existir a <strong>de</strong>vassidão do<br />
carnaval, o Maranhão não po<strong>de</strong> ser novo!”<br />
Ele morava no Palácio Episcopal, no fim<br />
da sua vida, num quarto com um aviso na porta:<br />
“Se quiser falar com dom Felipe, não bata na<br />
porta três vezes. quando ele quer aten<strong>de</strong>r, aten<strong>de</strong><br />
na segunda batida. Se ele não aten<strong>de</strong>r na segunda<br />
batida, retire-se porque ele não <strong>de</strong>seja recebê-lo.”<br />
Devo recordar também a figura extraordinária<br />
<strong>de</strong> dom Paulo Eduardo andra<strong>de</strong> Ponte, com<br />
quem tive um relacionamento não tão estreito,<br />
mas que foi sempre amistoso, e uma aproximação<br />
feita por intermédio da minha amiza<strong>de</strong> com seu<br />
irmão, Luiz Ponte, <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral e meu Ministro<br />
<strong>de</strong> Estado quando presi<strong>de</strong>nte da República.<br />
Ele sofreu bastante no exercício do episcopado,<br />
enfrentando vários problemas. Próximo à sua<br />
morte, muitas vezes, visitei-o no hospital. quando<br />
ele morreu, tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> publicar um<br />
artigo sobre o que ele tinha realizado em favor da<br />
Igreja no Maranhão.<br />
Outra figura excepcional do clero maranhense,<br />
com quem tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver,<br />
foi dom xavier Gilles, a quem conheci quando<br />
aqui chegou, bem moço — ele era pároco do<br />
Bairro Cavaco, hoje Fátima —, cheio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e<br />
voltado para as causas sociais. Recém-chegado<br />
da Europa, teve um gran<strong>de</strong> choque cultural com<br />
a vivência da realida<strong>de</strong> e da injustiça social com<br />
que teve que lidar. Restaurou a Peregrinação <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar, com as i<strong>de</strong>ias e sugestões<br />
para fazermos o caminho <strong>de</strong> <strong>São</strong> José, bem como<br />
a estátua que guarda a Baía <strong>de</strong> <strong>São</strong> José.<br />
É um homem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s virtu<strong>de</strong>s, que<br />
abandonou tudo, uma vez que era <strong>de</strong> família <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s posses na França e <strong>de</strong> alto nível social,<br />
para <strong>de</strong>dicar toda sua vida a serviço <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e da<br />
Igreja, trabalhando pelos pobres e injustiçados.<br />
dom xavier é, sem dúvida alguma, um<br />
exemplo <strong>de</strong> vida. Jubilado hoje — é bispo emérito<br />
<strong>de</strong> Viana —, vive no antigo leprosário, <strong>de</strong>dicado<br />
à tarefa <strong>de</strong> fazer o bem e manter viva, e cada vez<br />
mais sublimada, a sua missão <strong>de</strong> sacerdote.<br />
o atual arcebispo do Maranhão, dom frei<br />
José Belisário da Silva, é uma figura eminente do<br />
clero e ocupa lugar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na Igreja<br />
brasileira.<br />
Com o meu afastamento do Estado, pelas<br />
obrigações das minhas funções, que me fizeram<br />
residir na capital do País, perdi, <strong>de</strong> certo modo, a<br />
ligação estreita com o clero maranhense, uma vez<br />
que tenho mantido, ao longo <strong>de</strong> minha vida, sem<br />
vacilação, a minha fé, a minha crença no <strong>de</strong>us da<br />
minha mocida<strong>de</strong>, que me guardou das assombrações<br />
dos meninos do interior do Maranhão. na<br />
minha juventu<strong>de</strong>, na qual tantos “ismos” foram<br />
colocados em dúvida pela mocida<strong>de</strong>, o único que<br />
guar<strong>de</strong>i com a maior felicida<strong>de</strong> foi o Cristianismo.<br />
Como cristão, <strong>de</strong>us pôs Suas mãos na minha<br />
cabeça e me entregou ao cumprimento <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>stino, que resumi no poema que escrevi, Homilia<br />
do Juízo Final:<br />
Tenho um encontro com <strong>de</strong>us:<br />
— José!<br />
on<strong>de</strong> estão tuas mãos que eu enchi<br />
<strong>de</strong> estrelas?<br />
Estão aqui, neste bal<strong>de</strong> <strong>de</strong> juçaras<br />
e sofrimentos.<br />
a Igreja no Maranhão é uma das mais<br />
tradicionais do Brasil, rivalizando-se com as<br />
primeiras, uma vez que a nossa arquidiocese era<br />
sufragânea da <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1677, e as nossas<br />
ligações sempre foram mais estreitas com as tradicionais<br />
universida<strong>de</strong>s teológicas da Europa, que<br />
preparou o nosso clero e aqui produziu gran<strong>de</strong>s<br />
figuras, que extrapolaram os conhecimentos da<br />
religião para contribuírem com a literatura terrena,<br />
na poesia e na história.
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Detran - MA 46 anos trabalhando a favor <strong>de</strong> um trânsito seguro<br />
o <strong>de</strong>partamento Estadual <strong>de</strong><br />
Trânsito foi criado há exatos 46 anos,<br />
<strong>de</strong>vido principalmente ao crescimento<br />
<strong>de</strong> tráfego e da complexida<strong>de</strong> dos serviços<br />
<strong>de</strong> trânsito em todo o Estado, além<br />
da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar um órgão<br />
com uma soma <strong>de</strong> atribuições e obrigações<br />
que pu<strong>de</strong>sse organizar o trânsito e<br />
absorver recursos e pessoal para isso.<br />
assim diante <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong><br />
foi publicado no diário da assembleia<br />
a mensagem do então governador do<br />
Estado, José Sarney, apresentando formalmente<br />
o projeto da criação do <strong>de</strong>partamento<br />
Estadual <strong>de</strong> Trânsito à assembleia<br />
Legislativa do Estado.<br />
antes <strong>de</strong> 1966, o <strong>de</strong>partamento<br />
era chamado <strong>de</strong> Inspetoria Estadual <strong>de</strong><br />
Trânsito, órgão subordinado à Chefatura<br />
<strong>de</strong> Polícia do Estado.<br />
a partir <strong>de</strong>sse importante medida<br />
do ex-governador e hoje presi<strong>de</strong>nte do<br />
Senado Fe<strong>de</strong>ral, José Sarney, nasceu o<br />
<strong>de</strong>partamento Estadual <strong>de</strong> Trânsito do<br />
Maranhão (<strong>de</strong>tran - Ma), órgão executivo<br />
do Sistema nacional <strong>de</strong> Trânsito<br />
com Jurisdição em todo o Estado do<br />
Maranhão, por força da Lei Fe<strong>de</strong>ral nº<br />
5.108, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1966, transformado<br />
em autarquia, por meio da Lei<br />
Estadual nº 2.668, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />
1966.<br />
o <strong>de</strong>tran - Ma funcionava em<br />
um pequeno prédio no bairro da Madre<br />
<strong>de</strong>us, próximo ao Centro <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e<br />
foi um dos primeiros órgãos <strong>de</strong> trânsito<br />
a ser implantado no Brasil, antes mesmo<br />
<strong>de</strong> estados como Pernambuco, Sergipe,<br />
Pará, Bahia e Mato Grosso do Sul. Mesmo<br />
sendo uma autarquia, o <strong>de</strong>partamento<br />
é vinculado à Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />
Segurança Pública até hoje.<br />
No final da década <strong>de</strong> 80, a se<strong>de</strong><br />
do <strong>de</strong>partamento foi transferida para<br />
uma área bem maior localizada no bairro<br />
da Vila Palmeira, on<strong>de</strong> funciona a<br />
se<strong>de</strong> administrativa e um posto <strong>de</strong> atendimento<br />
on<strong>de</strong> os usuários po<strong>de</strong>m realizar<br />
seus serviços tanto <strong>de</strong> habilitação,<br />
quanto <strong>de</strong> veículos.<br />
nos anos 90, na gestão <strong>de</strong> Heitor<br />
Heluy, foram criadas as Circunscrições<br />
Regionais <strong>de</strong> Trânsito (Ciretrans), uma<br />
espécie <strong>de</strong> filiais do <strong>de</strong>partamento, nos<br />
municípios <strong>de</strong> açailândia, Bacabal, Balsas,<br />
Barra do Corda, Caxias, Chapadinha,<br />
Codó, Grajaú, Imperatriz, Pedreiras,<br />
Pinheiro, Presi<strong>de</strong>nte dutra, Santa<br />
Inês, <strong>São</strong> João dos Patos e Timon, totalizando<br />
15 por todo o Estado.<br />
o <strong>de</strong>tran - Ma é regido pelo <strong>de</strong>creto<br />
Estadual n° 20.242 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> janeiro<br />
<strong>de</strong> 2004 e tem como missão planejar,<br />
coor<strong>de</strong>nar, fiscalizar, controlar e executar<br />
a política estadual <strong>de</strong> trânsito no Maranhão.<br />
<strong>de</strong>ntre os serviços oferecidos<br />
estão o cadastro e emissão <strong>de</strong> Carteira<br />
nacional <strong>de</strong> Habilitação, exames teóricos<br />
e práticos, registro e licenciamento<br />
<strong>de</strong> veículos, emissão <strong>de</strong> boleto <strong>de</strong> IPVa,<br />
seguro, multas e taxas, comunicado <strong>de</strong><br />
venda <strong>de</strong> veículos e atualização <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços.<br />
Segundo a servidora do setor <strong>de</strong><br />
multas, Maria José Carvalho Pontes,<br />
que presenciou os primeiro anos do <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> Trânsito, a gran<strong>de</strong> mudança<br />
é em relação à tecnologia. “Logo<br />
quando entrei aqui, tudo era bem diferente<br />
do que é hoje. o atendimento era<br />
feito em balcões, e todos os processos<br />
eram feitos sob o próprio punho, ou seja,<br />
tudo era na caneta. <strong>de</strong>pois chegaram as<br />
máquinas <strong>de</strong> escrever e passamos a ter<br />
datilógrafos trabalhando conosco”, lembra<br />
a funcionária que trabalha no <strong>de</strong>-<br />
tran - Ma há 41 anos.<br />
Com 38 anos no órgão a chefe do<br />
setor <strong>de</strong> Recursos Humanos, Maria da<br />
Graça Reis, <strong>de</strong>staca a mudança estrutural<br />
do <strong>de</strong>tran - Ma, visto que o prédio<br />
antigo era bem menor, on<strong>de</strong> abrigava<br />
todos os setores, situação que era bastante<br />
<strong>de</strong>sconfortável, pela falta <strong>de</strong> espaço,<br />
mas que, hoje, a situação mudou, e<br />
pra melhor. “Hoje o que a gente vê é um<br />
<strong>de</strong>tran bem estruturado, bem dividido,<br />
on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m trabalhar com segurança,<br />
com conforto, e o que é mais im-<br />
portante, levando sempre agilida<strong>de</strong> nos<br />
serviços aos usuários”, <strong>de</strong>clarou Graça<br />
Reis.<br />
Hoje, o <strong>de</strong>partamento Estadual<br />
<strong>de</strong> Trânsito do Maranhão comemora 46<br />
arquivo <strong>de</strong>tran<br />
anos <strong>de</strong> existência, no ano em que foi<br />
alcançado a marca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> veículos<br />
emplacados no Estado, com uma<br />
média <strong>de</strong> 10 mil emplacamentos por mês<br />
no Maranhão, sendo mais <strong>de</strong> 500 ao dia.<br />
Vale ressaltar que <strong>de</strong> 2009 até agora,<br />
aproximadamente 550 mil carteiras nacionais<br />
<strong>de</strong> habilitação foram emitidas, o<br />
que <strong>de</strong>monstra o ritmo acelerado <strong>de</strong> trabalho<br />
do órgão tanto na emissão, quanto<br />
no emplacamento <strong>de</strong> veículos no Estado.<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando assumiu o <strong>de</strong>tran<br />
- Ma em 2009 o diretor Geral, Flávio<br />
Trinda<strong>de</strong> Jerônimo tem trabalhado fortemente<br />
em diversos setores, principalmente<br />
no atendimento ao usuário e na<br />
educação para o trânsito, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
ações implementadoras na área<br />
<strong>de</strong> informática, que incluiu a troca <strong>de</strong><br />
todo o parque tecnológico do <strong>de</strong>partamento<br />
e nas Ciretrans que hoje contam<br />
com computadores <strong>de</strong> última geração.<br />
“Estamos felizes por estarmos à<br />
frente <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>partamento que é tão importante<br />
na vida <strong>de</strong> todos. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aqueles<br />
que estejam tirando a sua 1ª habilitação,<br />
emplacando seu veículo ou recebendo<br />
uma orientação pela equipe <strong>de</strong> Educação<br />
para o Trânsito. Estamos sempre ao<br />
lado do nosso usuário!”, <strong>de</strong>stacou o diretor<br />
Geral, Flávio Trinda<strong>de</strong> que sempre<br />
colocou o atendimento e a educação no<br />
trânsito como alguns <strong>de</strong> seus principais<br />
pilares.<br />
o <strong>de</strong>partamento mantém atualmente<br />
1 posto <strong>de</strong> atendimento na se<strong>de</strong><br />
(Vila Palmeira, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>) e 2 postos<br />
<strong>de</strong> atendimento na capital (Shopping<br />
dal Plaza, Cohab e Shopping do automóvel,<br />
Calhau) além <strong>de</strong> 15 representações<br />
no interior do estado, que são as<br />
Circunscrições Regionais <strong>de</strong> Trânsito<br />
(Ciretrans). o <strong>de</strong>tran - Ma também<br />
possui um posto <strong>de</strong> atendimento no<br />
município <strong>de</strong> Viana, além <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />
atendimento nos Vivas Cidadãos em<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> (Praia Gran<strong>de</strong>, Jaracaty e João<br />
Paulo), Imperatriz, Carolina e Presi<strong>de</strong>nte<br />
dutra, totalizando 24 postos <strong>de</strong> atendimento<br />
no Estado.<br />
11
12<br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> - a Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias<br />
do Estado do Maranhão (Fiema)<br />
é a casa mãe <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong><br />
criada pelos industriais que tem por<br />
objetivo representá-los politicamente,<br />
formar mão <strong>de</strong> obra e dar suporte social<br />
aos trabalhadores da indústria e suas<br />
famílias.<br />
Para fazer tudo isso, a Fiema se<br />
constituiu em um sistema, formado<br />
pela própria Fe<strong>de</strong>ração, pelo Serviço<br />
Social da Indústria, Serviço nacional<br />
<strong>de</strong> aprendizagem Industrial e pelo Instituto<br />
Euvaldo Lodi (IEL).<br />
atualmente presidido pelo empresário<br />
da construção civil, Edilson<br />
Bal<strong>de</strong>z das neves, a entida<strong>de</strong> tem se<br />
portado como um dos principais articuladores<br />
<strong>de</strong> soluções políticas e práticas<br />
para os problemas do Maranhão.<br />
“a Fiema é a gran<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadora<br />
<strong>de</strong>ssas ações em atendimento aos<br />
interesses da indústria em nosso Estado.<br />
nossa diretoria transformou essa<br />
casa em gran<strong>de</strong> fórum permanente <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>bates, por meio <strong>de</strong> seus conselhos temáticos,<br />
dos temas que direta e indiretamente<br />
tenha a ver com a indústria”,<br />
explica Bal<strong>de</strong>z.<br />
“apenas este ano já foram realizados<br />
encontros com a bancada fe<strong>de</strong>ral,<br />
secretários <strong>de</strong> estado e com os Ministério<br />
<strong>de</strong> Minas e Energia e do Turismo.<br />
outros serão realizados. Isso sem contar<br />
com articulação com outros setores<br />
da economia maranhense e entida<strong>de</strong>s<br />
da socieda<strong>de</strong> civil organizada”, completou<br />
o presi<strong>de</strong>nte da Fiema.<br />
o caso <strong>de</strong> maior sucesso para<br />
comprovar isso é o da reforma do aeroporto<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o Hugo da Cunha<br />
Machado. a Fiema capitaneou uma<br />
caravana empresarial à Brasília para<br />
cobrar a aceleração da obra e o planejamento<br />
da ampliação do terminal ae-<br />
roportuário da capital, uma vez que ao<br />
terminar a obra <strong>de</strong> reforma o atual aeroporto<br />
estará pequeno para aten<strong>de</strong>r a<br />
<strong>de</strong>manda.<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> diversas reuniões com<br />
empresários do setor produtivo, com<br />
parlamentares, ministros e representantes<br />
da Infraero, uma solução foi encontrada<br />
e pouco antes do aniversário <strong>de</strong><br />
400 anos da capital maranhense, a obra<br />
foi concluída e entregue.<br />
Missão<br />
a principal missão da Fiema é<br />
promover a competitivida<strong>de</strong> da indústria<br />
maranhense, contribuindo para a<br />
ampliação <strong>de</strong> um ambiente favorável<br />
aos negócios e para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
humano e tecnológico.<br />
E para cumprir esta missão a Fe<strong>de</strong>ração,<br />
se junta ao Sesi, Senai e IEL,<br />
que hoje passam por um processo <strong>de</strong> expansão:<br />
estão sendo investidos cerca <strong>de</strong><br />
R$ 67 milhões até 2014, <strong>de</strong>ntro do Programa<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e Evolução<br />
do Sistema Fiema, lançado no começo<br />
<strong>de</strong> 2012. os recursos serão aplicados na<br />
reforma e mo<strong>de</strong>rnização das suas unida<strong>de</strong>s,<br />
construção <strong>de</strong> novas escolas e<br />
aquisição <strong>de</strong> novos equipamentos.<br />
a meta é crescer a ponto <strong>de</strong> adquirir<br />
capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong><br />
320 mil maranhenses por ano - sejam<br />
empresários, industriários ou seus familiares<br />
- com ações culturais, sociais,<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educacionais ou empresariais.<br />
Fisicamente presente em seis<br />
cida<strong>de</strong>s do Maranhão – <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Imperatriz,<br />
açailândia, Balsas, Bacabal<br />
e Caxias – mas com ações em diversas<br />
outras cida<strong>de</strong>s, o Sistema Fiema<br />
tem atuado em outros municípios com<br />
ações móveis do Senai, com o programa<br />
Sesi Cozinha Brasil e Sesi Indústria<br />
do Conhecimento.<br />
atualmente, o Sistema Fiema<br />
conta com nove unida<strong>de</strong>s do Sesi, sete<br />
do Senai e duas do IEL e está se preparando<br />
pra construir novas unida<strong>de</strong>s do<br />
Senai e do Sesi em outras cida<strong>de</strong>s maranhenses,<br />
como Rosário e Bacabeira,<br />
ampliando, <strong>de</strong>sta forma, a sua presença<br />
física.<br />
Com suas ações em todo Maranhão,<br />
o Sistema Fiema tem atuado <strong>de</strong><br />
maneira efetiva no apoio às indústrias<br />
que aqui já estão, como a mineração,<br />
movelaria, construção civil e pesada, e<br />
também no suporte aos segmentos industriais<br />
que estão sendo introduzidos<br />
no estado, como é o caso das geradoras<br />
<strong>de</strong> energia elétrica, indústria <strong>de</strong> petróleo<br />
e gás, <strong>de</strong> aço e <strong>de</strong> papel e celulose.<br />
História<br />
a história da Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias<br />
do Estado do Maranhão (Fiema)<br />
remonta aos anos 60. as primeiras<br />
reuniões para refundação da entida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> representação dos industriais aconteceram<br />
no segundo semestre <strong>de</strong> 1966,<br />
na rua Candido Men<strong>de</strong>s, 355, on<strong>de</strong> funcionava<br />
o escritório da Firma Bento<br />
Men<strong>de</strong>s. <strong>de</strong>ste primeiro encontro participaram<br />
nomes que se tornariam sinônimo<br />
<strong>de</strong> Fiema: alberto abdalla, Jorge<br />
Men<strong>de</strong>s, Luis alfredo neto Guimarães,<br />
Miguel arcanjo dos anjos.<br />
no ano seguinte, mais precisamente<br />
em março, os industriais dos<br />
segmentos <strong>de</strong> panificação, beneficiamento<br />
<strong>de</strong> arroz, serraria e óleo enviaram<br />
documentos ao Ministério do Trabalho<br />
pedindo autorização para criar<br />
uma nova Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias do<br />
Estado do Maranhão e o reconhecimento<br />
<strong>de</strong> sua carta sindical. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, o<br />
governo estadual, políticos, imprensa<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Fiema trabalha em prol do <strong>de</strong>senvolvimento industrial do Maranhão<br />
e socieda<strong>de</strong> civil organizada se engajaram<br />
na luta pelo reconhecimento da<br />
nova entida<strong>de</strong> empresarial.<br />
E, finalmente, em 27 <strong>de</strong> setembro<br />
<strong>de</strong> 1968, o então Ministro do Trabalho,<br />
Jarbas Passarinho, assinou o documento<br />
que garantia a refundação da instituição.<br />
o fato foi amplamente coberto<br />
pela imprensa local e logo a diretoria<br />
provisória foi empossada.<br />
Como primeira providência, a<br />
diretoria provisória encaminhou um<br />
pedido <strong>de</strong> reintegração a Confe<strong>de</strong>ração<br />
nacional da Indústria (CnI). o<br />
presi<strong>de</strong>nte da CnI na época, Thomás<br />
Pompeu <strong>de</strong> Souza Brasil neto, convocou<br />
uma sessão extraordinária on<strong>de</strong> o<br />
pedido <strong>de</strong> reintegração foi aprovado por<br />
aclamação.<br />
ainda em novembro <strong>de</strong> 1968, a<br />
primeira diretoria da casa foi eleita, no<br />
prédio nº 353, da rua oswaldo Cruz, no<br />
centro <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Um dos empresários<br />
que participou da reunião para refundação<br />
da Fiema foi eleito o primeiro<br />
presi<strong>de</strong>nte da Casa: alberto abdalla.<br />
Ele e a nova diretoria tomou posse em<br />
20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1968, nos salões do<br />
Sesi.<br />
até 1999, abdalla conduziu a entida<strong>de</strong><br />
e foi substituído por Jorge Men<strong>de</strong>s,<br />
que a partir daquele ano presidiu<br />
a Fiema, dando continuida<strong>de</strong> as ações,<br />
ampliando o alcance do Sistema Fiema<br />
e reformulando a atuação das quatro<br />
casas do Sistema Fiema por dois mandatos.<br />
Em 2009, Men<strong>de</strong>s dá lugar ao<br />
atual presi<strong>de</strong>nte, Edilson Bal<strong>de</strong>z das<br />
neves, que hoje li<strong>de</strong>ra o processo <strong>de</strong><br />
interiorização das ações do Sistema<br />
Fiema e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e expansão<br />
das quatro instituições com intuito <strong>de</strong><br />
aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda da indústria e <strong>de</strong><br />
seus trabalhadores.
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
LAVATEC - uma pequena empresa focada também na responsabilida<strong>de</strong> social<br />
a Lavatec Lavan<strong>de</strong>ria Técnica<br />
Ltda está localizada na avenida 14, n°<br />
22 – Maiobão – Paço do Lumiar – MA,<br />
disposta numa área <strong>de</strong> 15.000 metros<br />
quadrados gerando 183 empregos diretos.<br />
a Lavatec, ligada ao grupo La-<br />
VAMATIC, é a planta industrial–hospitalar<br />
do grupo. Iniciou suas ativida<strong>de</strong>s<br />
em 2001 aten<strong>de</strong>ndo às exigências<br />
<strong>de</strong>sse mercado e suas especificações.<br />
a empresa é especialista em gestão e<br />
higienização <strong>de</strong> roupas, uniformes e<br />
também em equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />
individual. Possui como requisitos básicos<br />
a preservação do meio ambiente,<br />
a responsabilida<strong>de</strong> social, qualida<strong>de</strong> e<br />
produtivida<strong>de</strong>, aspecto contábil e trabalhista,<br />
o tratamento <strong>de</strong> efluentes, sendo<br />
esses requisitos respeitados em todas as<br />
fases do processo industrial e hospitalar.<br />
a Lavatec <strong>de</strong>senvolveu ao longo<br />
dos anos um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão, atualmente<br />
relacionado ao sistema ToYoTa<br />
para serviços (Lean Manufacturing)<br />
um trabalho focado na elaboração <strong>de</strong><br />
um escopo <strong>de</strong> serviços, que seguem<br />
orientações <strong>de</strong> segurança, tratamento<br />
<strong>de</strong> efluentes e técnicas <strong>de</strong> planejamento<br />
como o a3, buscando-se sempre resultados<br />
satisfatórios com foco no cliente<br />
final.<br />
Por possuir uma ampla experiência<br />
em lavan<strong>de</strong>ria industrial e hospitalar,<br />
propõe uma gestão sólida, baseada nos<br />
mo<strong>de</strong>los ISo 9001:2000, além <strong>de</strong> certi-<br />
ficações nas áreas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, produtivida<strong>de</strong>,<br />
saú<strong>de</strong>, trabalho, meio ambiente<br />
e responsabilida<strong>de</strong> social, como por<br />
exemplo: PROCEM (2007); PR97 – Naturally,<br />
Superior Protection (2008); International<br />
Gol<strong>de</strong>n Hanger award from<br />
The Colomb Group number 1 Loundry<br />
Service in north and northeast of Brazil;<br />
PSQT Sesi (2007), <strong>de</strong>ntre outros.<br />
Uma questão <strong>de</strong> relevância é que<br />
os produtos utilizados na lavan<strong>de</strong>ria têm<br />
fórmulas exclusivas e são inteiramente<br />
bio<strong>de</strong>gradáveis. alguns dos serviços<br />
disponibilizados pela Lavatec são: higienização<br />
<strong>de</strong> roupas; higienização e<br />
recuperação <strong>de</strong> EPIs; locação e personalização<br />
<strong>de</strong> enxoval, <strong>de</strong>ntre outros serviços<br />
especiais.<br />
os procedimentos são realizados<br />
através <strong>de</strong> um planejamento que possibilita<br />
um controle maior do uso dos<br />
recursos utilizados, para que se possa<br />
evitar a construção <strong>de</strong> novos passivos<br />
ambientais, por outro lado possibilite<br />
ganhos econômicos para região, gerando<br />
divisas, impostos e empregos, bem<br />
como melhorias em todos os níveis. a<br />
preocupação com ações efetivas sociais<br />
e ambientais é uma constante no dia-a-<br />
-dia da empresa conforme algumas imagens<br />
que po<strong>de</strong>mos apreciar.<br />
Sem dúvida, a LaVaTEC é uma<br />
empresa que <strong>de</strong>monstra bons exemplos<br />
e mostra como se faz, é motivo <strong>de</strong> orgulho<br />
para o Maranhão.<br />
Água é <strong>de</strong>scartada tratada (não poluindo o meio-ambiente) e boa parte é reaproveitada.<br />
Parceria com creche comunitária, cuidando <strong>de</strong> 348 crianças incluindo filhos dos funcionários.<br />
Vista galpão principal. Máquinas com barreira ao fundo.<br />
Uso enxoval antimicrobiano para hospitais, resistente ao ataque <strong>de</strong> bactérias e outros microrganismos.<br />
MISSÃO<br />
Contribuir com o <strong>de</strong>senvolvimento da saú<strong>de</strong> humana, além <strong>de</strong> sustentar<br />
e proteger o meio ambiente.<br />
MENTE - apresentar soluções inovadoras para acompanhar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das técnicas <strong>de</strong> higienização aplicadas nos programas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
CORAÇÃO – Utilizar técnicas que aju<strong>de</strong>m a saú<strong>de</strong> do planeta.<br />
ESPÍRITO - Reconhecer os valores e interagir com os parceiros.<br />
Atitu<strong>de</strong> Cristã: Sejap e Lavatec firmam parceria<br />
a Secretaria da Justiça e da administração<br />
Penitenciária (Sejap) efetivou<br />
uma parceria que está possibilitando<br />
que sentenciadas tenham acesso a<br />
capacitação profissional nessa área. O<br />
projeto que inicialmente já selecionou<br />
10 internas em progressão <strong>de</strong> regime<br />
faz parte da execução do Programa <strong>de</strong><br />
Ressocialização <strong>de</strong>senvolvido pela secretaria.<br />
<strong>de</strong>ntro do regime semi-aberto,<br />
Josefa Rodrigues (foto), tem suas ativida<strong>de</strong>s<br />
no setor responsável por higienizar,<br />
passar e dobrar peças que em gran<strong>de</strong><br />
parte são <strong>de</strong> hotéis e restaurantes.<br />
“as ativida<strong>de</strong>s aqui são bem intensas,<br />
fui muito bem acolhida pelas funcioná-<br />
rias que estão me ajudando nesse começo.<br />
não tenho cansaço e sim satisfação,<br />
por trabalhar na Lavatec” revela.<br />
a Lavatec aten<strong>de</strong> a 117 clientes.<br />
Para o proprietário, antonio Carlos<br />
Belém <strong>de</strong> Mendonça, é preciso que um<br />
número maior <strong>de</strong> empresas se sensibilizem<br />
pela causa da ressocialização. a ele<br />
o projeto serve como mo<strong>de</strong>lo para que<br />
a experiência se estenda a outros apenados.<br />
“a Lavatec hoje está somando<br />
esforços com a Sejap para que seja atenuado<br />
às dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> <strong>de</strong>tentos<br />
no mercado <strong>de</strong> trabalho industrial<br />
e faz parte da visão <strong>de</strong> nossa empresa<br />
acreditar no ser humano, acreditar em<br />
mudanças”, <strong>de</strong>staca.<br />
13
14<br />
Monsenhor Estrela na inauguração da Rádio Educadora<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ouvi a Educadora pela<br />
primeira vez, e isto aconteceu na infância,<br />
senti que ali naquele som que chegava<br />
para nossa família através <strong>de</strong> um<br />
velho rádio Staub, que <strong>de</strong>pois se chamaria<br />
Gradiente, havia algo diferente. Uma<br />
mensagem nova, uma boa nova. Eram<br />
boas vozes a falar <strong>de</strong> temas que iam além<br />
do entretenimento. Foi nela que aprendi<br />
o sentido da palavra racismo e isto se<br />
<strong>de</strong>u no programa da dona Carochinha,<br />
neste programa também mergulhei no<br />
universo <strong>de</strong> Monteiro Lobato e o seu<br />
Sítio do pica-pau amarelo. Como esquecer<br />
as mensagens passadas pelo Monsenhor<br />
Estrela no fim <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, como não<br />
lembrar-me <strong>de</strong> Vitório Marinho, um locutor<br />
<strong>de</strong>ficiente visual que nos animava<br />
com sua voz, como esquecer as palavras<br />
equilibradas <strong>de</strong> Juarez Me<strong>de</strong>iros, hoje<br />
ligado ao direito, mas naqueles idos dos<br />
anos oitenta um ótimo apresentador <strong>de</strong><br />
programas jornalísticos, como não via-<br />
jar nas tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> domingo ouvindo um<br />
Gaucho, dionísio da Ponte preparando<br />
nossos ouvidos para a Jornada Esportiva?<br />
durante muito tempo, eu e milhares<br />
<strong>de</strong> ouvintes pensávamos que o Jairzinho<br />
fazia o programa <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> um pé <strong>de</strong><br />
cajueiro e que o Carlos Henrique talvez<br />
levasse um monte <strong>de</strong> animais que faziam<br />
barulho para nos <strong>de</strong>spertar.<br />
a história da Educadora é principalmente<br />
um <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pessoas,<br />
todos na missão <strong>de</strong> levar mais do que<br />
entretenimento, “verda<strong>de</strong>iros galos da<br />
madrugada <strong>de</strong>spertando as pessoas para<br />
a vida”. Se nós quiséssemos comparar a<br />
Educadora com algo da natureza, diríamos<br />
que ela é semelhante ao bambu, que<br />
com seu caule, flexível e resistente, nos<br />
tempos <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>s, lambe o chão<br />
enlameado, mas <strong>de</strong>pois, quase que por<br />
milagre levanta-se revigorada.<br />
Cheguei na Educadora há trinta<br />
e um anos pelas mãos do padre João<br />
Mohana. Por ele fui apresentado a dom<br />
Mota, na época o arcebispo metropolitano.<br />
Foi <strong>de</strong>le que ouvi as primeiras orientações<br />
e estímulos para trabalhar nesta<br />
“escola <strong>de</strong> rádio”. Em um dos encontros<br />
que tive com dom Mota o encontrei num<br />
alpendre localizado na Igreja do Carmo,<br />
balançava-se em uma re<strong>de</strong> e ouvindo a<br />
Rádio Educadora em um receptor <strong>de</strong> pilhas<br />
colocado estrategicamente ao lado<br />
<strong>de</strong>le. naquele dia me falou da paixão<br />
pela rádio, ele sabia da força e da missão<br />
<strong>de</strong>sta emissora. Colocou-me a par das<br />
histórias que tantas vezes já foram contadas;<br />
algumas das pessoas mais cultas<br />
e bem formadas da época, participaram<br />
da formatação da primeira programação.<br />
Falou-me dos tempos da ditadura<br />
em que a rádio teve transmissores lacrados<br />
por que ousou questionar, em plena<br />
semana da pátria, o verda<strong>de</strong>iro sentido<br />
da in<strong>de</strong>pendência do Brasil. além da<br />
falta <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa, havia doenças<br />
fora <strong>de</strong> controle por todo estado.<br />
o episódio aconteceu durante a leitura<br />
do editorial do programa “entre o dia e<br />
a noite”.<br />
não dá para sintetizar tantas histórias<br />
pontuais em algumas linhas <strong>de</strong><br />
jornal. Seriam necessárias muitas edições<br />
e muitas páginas para contar e<br />
mesmo assim, estariam incompletas.<br />
Lembremo-nos do episódio da CPI do<br />
crime organizado. naquela manhã, um<br />
dos envolvidos era entrevistado em um<br />
canal <strong>de</strong> TV local e <strong>de</strong>smentia o suposto<br />
envolvimento <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s com o<br />
crime organizado. À tar<strong>de</strong>, uma ligação<br />
<strong>de</strong> Brasília, nos chamou atenção para a<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Rádio Educadora do Maranhão Rural, uma história <strong>de</strong> superação<br />
A Engec - Engenharia e Construções<br />
Ltda, empresa do ramo <strong>de</strong> construção<br />
civil atuando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985 com<br />
se<strong>de</strong> no bairro do <strong>São</strong> Francisco, on<strong>de</strong><br />
alguns anos <strong>de</strong>pois mudou-se para o<br />
Olho d’água, possui em seu histórico<br />
obras públicas como escolas, ginásios<br />
esportivos, hospitais e postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
saneamento e urbanização (praças)<br />
e obras <strong>de</strong> incorporação vários prédios<br />
resi<strong>de</strong>nciais como Condomínio Rei Salomão<br />
(no Cohajap), o Edificio Kláudia<br />
(no <strong>São</strong> Francisco), o Resi<strong>de</strong>ncial Broadway,<br />
resi<strong>de</strong>ncial José Gonçalo, Morada<br />
<strong>de</strong> Avalon, Resi<strong>de</strong>ncial Erasmo<br />
Neves, Condomínio Zefirus (todos no<br />
renascença), Condomínio Arco Ver<strong>de</strong>,<br />
que possui 13 blocos <strong>de</strong> apartamentos<br />
e um centro comercial logo na entrada,<br />
localizado no Vinhais e atualmente<br />
em execução condomínio resi<strong>de</strong>ncial<br />
<strong>de</strong> duas torres com 60 apartamentos<br />
localizados no renascença.<br />
Atualmente a empresa possui sua<br />
se<strong>de</strong> no bairro do Calhau e prima pela<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus empreendimentos<br />
através do programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ISO<br />
9001:2000, treinamento e qualificação<br />
<strong>de</strong> seus empregados e seleção <strong>de</strong> materiais<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
arquivo Educadora<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retransmitirmos a CPI<br />
ao vivo.<br />
nem havia estrutura para isto, mas<br />
muitos congressistas se ofereceram para<br />
emprestar suas baterias <strong>de</strong> celulares para<br />
que a cobertura acontecesse, em poucos<br />
minutos, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> baterias estavam<br />
sobre a mesa, quando uma acabava o<br />
som era transferido para nossos estúdios<br />
na arquidiocese on<strong>de</strong> a Educadora estava<br />
instalada. Todas as outras emissoras<br />
tiveram que nos seguir, faltou rádio receptor<br />
<strong>de</strong> aM em <strong>São</strong> Luis e isto mereceu<br />
uma matéria da Revista Isto É. o<br />
restante da história todos sabem.<br />
É uma loucura tentar sintetizar<br />
tantas coberturas, programas, estilos,<br />
apresentadores num espaço tão exíguo.<br />
Melhor dar saltos no tempo. Houve uma<br />
época em que duas das equipes da emissora;<br />
jornalismo e esporte se mudaram<br />
para outro canal e diz a lenda que durante<br />
uma reunião chegaram a dizer: “agora<br />
acabamos com a Educadora”. nunca, a<br />
Educadora não se acaba, pois sua missão<br />
é divina, todos passarão e ela permanecerá<br />
sendo o espaço <strong>de</strong> evangelização e<br />
cidadania como nos tempos da criação.<br />
a atual direção se vira como po<strong>de</strong>. Um<br />
italiano <strong>de</strong> quase dois metros <strong>de</strong> altura e<br />
<strong>de</strong> coração <strong>de</strong> menino está à frente <strong>de</strong>la.<br />
Lembro-me quando há mais ou menos<br />
seis anos ele dizia que estava chegando<br />
para passar uns meses, me lembro <strong>de</strong> ter<br />
falado para ele que rádio é uma paixão<br />
e que ele corria o risco <strong>de</strong> se apaixonar,<br />
não <strong>de</strong>u outra, ele agora já faz parte da<br />
história. quantas histórias, a lembrança<br />
<strong>de</strong> uma Irmã Paulina, Irmã Rosana Pulga,<br />
que aos 64 anos iniciou seus trabalhos<br />
na rádio em locução e que apesar<br />
<strong>de</strong> hoje estar bem longe daqui, sempre<br />
pergunta por ela.<br />
<strong>São</strong> muitas lembranças, lembranças<br />
do prédio 535 <strong>de</strong> azulejos ver<strong>de</strong>s<br />
da Rua do Sol, a primeira morada, que<br />
foi batizada <strong>de</strong> Palácio ver<strong>de</strong> do Rádio.<br />
Como esquecer <strong>de</strong> oton Santos, Fátima<br />
Silva, Socorro (operadora), dom<br />
<strong>de</strong>lgado o i<strong>de</strong>alizador. <strong>de</strong>sculpem-me,<br />
mas é impossível lembrar <strong>de</strong> tudo e <strong>de</strong><br />
todos, mas uma coisa é certa, se a Educadora<br />
encerrasse hoje suas ativida<strong>de</strong>s,<br />
a sua missão já estaria cumprida. Todos<br />
aqueles que a ouviram certamente foram<br />
marcados <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva por<br />
sua mensagem libertadora. assim como<br />
o bambu, a Educadora verga, mas não<br />
quebra. Ela pertence ao povo e foi inspi-<br />
rada por <strong>de</strong>us.<br />
*Robson Júnior<br />
Jornalista
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Um centenário da educação Marista no Maranhão CDL oferece<br />
Texto enviado pelo<br />
Colégio Marista<br />
segurança a lojistas<br />
e consumidores<br />
Em 2012, completaram-se exatos 104<br />
anos que os Irmãos Maristas fincaram suas<br />
raízes em terras maranhenses. Foi no ano <strong>de</strong><br />
1908, quando a pedido do bispo dom Francisco<br />
<strong>de</strong> Paula e Silva, o superior provincial<br />
dos Irmãos Marista da época, Ir. damien,<br />
enviou irmãos da França para que colaborassem<br />
com a tarefa <strong>de</strong> educar meninos e<br />
rapazes. o sonho começou pequeno, com a<br />
fundação, no dia 02 <strong>de</strong> abril, do Colégio <strong>São</strong><br />
Francisco <strong>de</strong> Paula.<br />
o colégio iniciou as suas ativida<strong>de</strong>s<br />
com aulas para apenas 14 alunos do curso<br />
primário e secundário. aos educandos era<br />
ensinado a ler, a escrever e contar. além<br />
disso, eram ministradas aulas <strong>de</strong> filosofia,<br />
teologia, retórica e gramática. o colégio<br />
funcionou até o ano <strong>de</strong> 1920.<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 17 anos ausentes, em 1937,<br />
os maristas retomaram o trabalho educacional<br />
no Maranhão a convite <strong>de</strong> dom Carlos<br />
Carmello <strong>de</strong> Vasconcellos Motta. Eles reabriram<br />
o colégio com o nome <strong>de</strong> Ginásio<br />
Maranhense <strong>São</strong> Francisco <strong>de</strong> Paula. <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> 12 anos funcionando no prédio do<br />
arcebispado, os Irmãos Maristas foram para<br />
o Centro da cida<strong>de</strong> e instalaram nova se<strong>de</strong>,<br />
o Colégio Marista Maranhense.<br />
até hoje, o nome Marista é uma marca<br />
forte no Estado, conhecida como uma<br />
instituição formadora <strong>de</strong> valores que educou<br />
(e continua educando) várias gerações<br />
<strong>de</strong> famílias. após um centenário, a instituição<br />
ainda proporciona aos estudantes maranhenses<br />
uma educação que une tradição aos<br />
apelos do mundo contemporâneo.<br />
Fundada em 2005, a atual Unida<strong>de</strong><br />
Educacional dos Maristas no Maranhão funciona<br />
no município <strong>de</strong> <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar,<br />
é o Colégio Marista do araçagy da Provín-<br />
cia Marista Brasil Centro-norte (PMBCn).<br />
o colégio que é primeiro lugar no Enem do<br />
município, aten<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> mil educandos<br />
na educação infantil, ensino fundamental e<br />
ensino médio. “o colégio tem sido inovador<br />
com salas ambientes on<strong>de</strong> pautamos temas<br />
sobre como tornar o mundo melhor, além<br />
<strong>de</strong> promovermos ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e o<br />
fortalecimento da tradicional marca pastoral,<br />
evangelizadora e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> valores humanos<br />
dos maristas, que tem como diferencial<br />
o espírito <strong>de</strong> família”, <strong>de</strong>stacou o diretor<br />
do colégio, Irmão alexandre Lucena Lôbo.<br />
a educadora e ex-aluna Marista aníger<br />
Teresa Costa aranha Chaves relata a<br />
sua experiência no Marista. “Cresci nessa<br />
escola como ser humano, recebendo diariamente<br />
os ensinamentos <strong>de</strong> nosso fundador<br />
Marcelino Champagnat. o natural foi que<br />
eu também encaminhasse os meus filhos<br />
a estudarem no Marista, para que apren<strong>de</strong>ssem<br />
a apren<strong>de</strong>r, a fazer, a conviver e,<br />
principalmente, a serem cidadãos do bem.”<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010 atuando na instituição, aníger é<br />
professora <strong>de</strong> química e coor<strong>de</strong>na a área <strong>de</strong><br />
ciências da escola.<br />
Em Balsas, o Marista também <strong>de</strong>senvolve<br />
ativida<strong>de</strong>s educacionais com o apoio<br />
dos irmãos da comunida<strong>de</strong> Marista local,<br />
que atuam no Colégio <strong>São</strong> Pio x. Essa unida<strong>de</strong><br />
é conveniada à PMBCn e conta com a<br />
parceria da diocese.<br />
Atuação social<br />
os Irmãos Maristas, pensando no seu<br />
protagonismo social e seguindo os passos<br />
<strong>de</strong> seu fundador, Marcelino Champagnat,<br />
inauguram, em 2006, a Casa da acolhida<br />
Marista <strong>de</strong> olho d’Água, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. a<br />
unida<strong>de</strong> social aten<strong>de</strong> 170 crianças e adolescentes<br />
em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong><br />
social, com ida<strong>de</strong>s entre 7 e 17 anos, oriundas<br />
<strong>de</strong> 90 famílias <strong>de</strong> sete comunida<strong>de</strong>s. “a<br />
cida<strong>de</strong> reconhece o nosso trabalho socioeducativo.<br />
atuamos no fortalecimento e valorização<br />
da cultura local, muitas vezes não<br />
vivenciada por essas crianças e adolescentes<br />
por falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>”, enfatizou a<br />
diretora da casa, Maria do amparo Seibel.<br />
a unida<strong>de</strong> social tem três educadores,<br />
que ministram aulas <strong>de</strong> arte e teatro, copeira,<br />
percussão e atuam com trabalhos direcionados<br />
aos valores humanos. além disso,<br />
em parceria com o Senac e a Secretaria <strong>de</strong><br />
assistência Social estadual, a casa oferece,<br />
gratuitamente, aos educandos (a partir dos<br />
16 anos) e aos seus pais, cursos <strong>de</strong> capacitação<br />
profissional em diversas áreas, como a<br />
<strong>de</strong> corte e costura e informática.<br />
Os Maristas no Brasil<br />
Foi em 1897 que os primeiros Irmãos<br />
Maristas pisaram em terras brasileiras.<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, a instituição católica <strong>de</strong> educação<br />
e solidarieda<strong>de</strong> sempre atuou a serviço<br />
<strong>de</strong> uma educação <strong>de</strong> excelência, baseada<br />
no amor, na fé e nos <strong>de</strong>safios da busca pelo<br />
conhecimento. no Brasil, está organizada<br />
em quatro unida<strong>de</strong>s administrativas: Província<br />
Marista Brasil Centro-norte, Província<br />
Marista Brasil Centro Sul, Província<br />
Marista do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e distrito da<br />
amazônia. a instituição está presente em<br />
79 países nos cinco continentes, com mais<br />
<strong>de</strong> 50 mil colaboradores que aten<strong>de</strong>m a mais<br />
<strong>de</strong> 500 mil crianças e jovens.<br />
Para mais informações sobre os maristas,<br />
acesse o portal: www.marista.edu.br<br />
a Câmara <strong>de</strong> dirigentes Lojistas <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> (CdL) é uma entida<strong>de</strong> empresarial<br />
com 47 anos <strong>de</strong> atuação e com diversas<br />
ações voltadas para o fortalecimento do comércio<br />
da capital maranhense.<br />
Um dos serviços mais importantes<br />
da CdL é o Serviço <strong>de</strong> Proteção ao Crédito.<br />
Mais conhecido pela sigla SPC, este<br />
serviço cada vez mais se mo<strong>de</strong>rniza e po<strong>de</strong><br />
oferecer segurança e proteção aos lojistas<br />
associados da CdL e aos clientes do comércio.<br />
o SPC integra o maior banco <strong>de</strong> dados<br />
da américa Latina com informações<br />
sobre pessoas físicas e jurídicas, que tenham<br />
restrições, auxiliando o lojista na tomada<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para concessão <strong>de</strong> crédito.<br />
Consultar o SPC não significa causar<br />
constrangimento a um possível comprador.<br />
É sim uma precaução, que po<strong>de</strong> informar,<br />
por exemplo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento<br />
<strong>de</strong> um cliente em função <strong>de</strong> seu comprometimento<br />
<strong>de</strong> renda.<br />
o cidadão comum também po<strong>de</strong> se<br />
beneficiar do SPC, pois este serviço permite<br />
o registro <strong>de</strong> uma ocorrência informando<br />
quando uma pessoa tiver sido vítima <strong>de</strong><br />
furto ou per<strong>de</strong>r o documento. Com essa<br />
medida, o lojista será informado caso alguém<br />
queira fazer compras ou abrir crediário<br />
com o documento roubado ou perdido.<br />
assim, evita-se prejuízos a todos.<br />
o acesso ao SPC é outra facilida<strong>de</strong><br />
para o lojista, pois o sistema usa as mais<br />
mo<strong>de</strong>rnas tecnologias, permitindo que as<br />
consultas a seu banco <strong>de</strong> dados sejam feitas<br />
on line ou por telefone, 24 horas, sem<br />
interrupção.<br />
as soluções oferecidas pela CdL<br />
ajudam os lojistas e seus clientes a terem<br />
uma ativida<strong>de</strong> comercial mais segura e <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
15
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Celebração do quarto centenário ‘saco<strong>de</strong>’ arquidiocese<br />
Ano jubilar é marcado por Campanha da Fraternida<strong>de</strong>, retiro <strong>de</strong> formação, Santas Missões Populares, missa solene do quarto centenário...<br />
na avaliação da maioria dos entrevistados<br />
do Jornal do Maranhão, a celebração do quarto<br />
centenário do anúncio do Evangelho em <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> <strong>de</strong>u um gás novo à igreja da capital maranhense.<br />
Gran<strong>de</strong> parte dos entrevistados elogiou a<br />
programação do ano jubilar e afirmou que, graças<br />
a ela, a igreja local foi ‘sacudida’. Para um<br />
bom número, outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam ser<br />
programadas para dar continuida<strong>de</strong> aos trabalhos<br />
realizados durante o ano jubilar.<br />
Aberto oficialmente em fevereiro, por ocasião<br />
do lançamento da Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />
2012, o ano jubilar da arquidiocese <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> teve como objetivo celebrar o quarto<br />
centenário do anúncio do Evangelho em <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong> e no Maranhão.<br />
a programação incluiu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a abertura da<br />
CF 2012, Santas Missões Populares, acolhida<br />
da Cruz da Juventu<strong>de</strong> e do ícone <strong>de</strong> nossa Senhora,<br />
Concentração Estadual do apostolado<br />
da oração... até pedido <strong>de</strong> perdão pelos erros<br />
cometidos ao longo dos 400 anos.<br />
No primeiro evento da programação oficial<br />
- missa <strong>de</strong> lançamento da Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />
2012 – em sua homilia, o arcebispo <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário da Silva, reiterou<br />
o que havia dito no editorial <strong>de</strong>ste jornal em setembro<br />
<strong>de</strong> 2011: “Se o tema nos convida a olhar<br />
o caminho percorrido, o lema lança-nos para o<br />
futuro. o <strong>de</strong>sejo é que a celebração <strong>de</strong>sta data<br />
nos proporcione um olhar para o passado e um<br />
olhar para o futuro, com vistas a buscarmos no<br />
Semana Missionária<br />
empolga comunida<strong>de</strong>s<br />
Consi<strong>de</strong>rada uma das maiores<br />
manifestações <strong>de</strong> fé e compromisso<br />
do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us neste ano jubilar arquidiocesano,<br />
a Semana Missionária<br />
(Santas Missões Populares) avança e<br />
conquista cada vez mais os corações<br />
dos católicos.<br />
“Em algumas comunida<strong>de</strong>s fomos<br />
elogiados até por evangélicos. algumas<br />
famílias revelaram que se sentiam<br />
abandonadas pela Igreja Católica”, comentou<br />
padre Crizantonio da Conceição<br />
Silva, coor<strong>de</strong>nador das Santas Missões<br />
Populares na arquidiocese.<br />
Mês passado, várias paróquias realizaram<br />
a Semana Missionária, <strong>de</strong>ntre<br />
elas a Paróquia Mossa Senhora da Penha,<br />
no bairro anjo da Guarda, e Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus, no Bequimão.<br />
Segundo os coor<strong>de</strong>nadores da semana<br />
no Bequimão, mais <strong>de</strong> 180 missionários<br />
forma enviados e centenas<br />
<strong>de</strong> famílias visitadas. “Todos rezaram<br />
às 6h da manhã o ofício divino das<br />
Comunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>pois tomavam o café<br />
partilhado, visitavam durante o dia e à<br />
noite participavam da celebração. Isso<br />
foi realizado todos os dias, com muito<br />
testemunho e oração”, conta Marai<br />
Costa Santos, uma das missionárias da<br />
Paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />
“algumas coisas nos surpreen<strong>de</strong>ram<br />
como encontrar uma família em<br />
que ninguém havia recebido pelo menos<br />
um dos sacramentos.”<br />
Marai afirma que valeu a pena participara<br />
da Semana Missionária, anunciando<br />
a Boa nova e transformando<br />
vidas. Ela revelou que algumas comunida<strong>de</strong>s<br />
pediram aos missionários que<br />
voltem com as visitas, e que na paróquia<br />
as missões <strong>de</strong>vem continuar até<br />
<strong>de</strong>zembro.<br />
“não sacudiu a arquidiocese como<br />
um todo, porque nem todas as paróquias<br />
a<strong>de</strong>riram ao chamado. Mas on<strong>de</strong><br />
foi realizada sacudiu sim. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> qual seja o resultado, só a mobilização<br />
que houve em todas as comunida<strong>de</strong>s<br />
valeu à pena”, concluiu.<br />
a Semana Missionária do Bequimão<br />
foi realizada <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto a 02<br />
<strong>de</strong> setembro.<br />
passado inspiração e força para construirmos<br />
uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais justa e fraterna”.<br />
Centenas <strong>de</strong> pessoas ouviram a homilia do<br />
arcebispo, outras centenas puseram em prática<br />
suas palavras. algumas das manifestações<br />
<strong>de</strong> resposta foram a realização do Bote Fé <strong>São</strong><br />
<strong>Luís</strong>, da Concentração Estadual do apostolado<br />
da oração e a Semana Missionária.<br />
O Bote Fé <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> – evento <strong>de</strong> acolhida da<br />
Cruz da Juventu<strong>de</strong> e do ícone <strong>de</strong> nossa Senhora<br />
-, realizado <strong>de</strong> 27 a 30 <strong>de</strong> abril, segundo seus<br />
organizadores reuniu cerca <strong>de</strong> 20 mil pessoas<br />
em uma praça do Centro Histórico.<br />
na opinião da coor<strong>de</strong>nação do apostolado<br />
da oração, a concentração estadual, que também<br />
atraiu milhares <strong>de</strong> pessoas, mostrou a face<br />
<strong>de</strong> uma igreja que se baseia na fé, na oração e<br />
na partilha para anunciar a Boa nova e o seu<br />
amor ao Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />
“o que po<strong>de</strong>mos dizer das Santas Missões<br />
Populares é que o Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us respon<strong>de</strong>u com<br />
entusiasmo, fé e compromisso com um novo<br />
jeito <strong>de</strong> ser Igreja. <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> missionários foram<br />
enviados e centenas <strong>de</strong> famílias abraçaram<br />
essa i<strong>de</strong>ia”, comenta padre Crizantonio da Conceição<br />
Silva, coor<strong>de</strong>nador para as Santas Missões<br />
Populares da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
no início <strong>de</strong>ste mês, duas gran<strong>de</strong>s celebrações<br />
<strong>de</strong>ram continuida<strong>de</strong> à programação do<br />
ano jubilar: uma Missa Solene na Catedral Metropolitana<br />
nossa Senhora da Vitória (Igreja da<br />
Sé) e uma Missa em ação <strong>de</strong> Graças no Santuário<br />
<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar. ambas as celebrações<br />
realizadas dia 08, aniversário <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
o encerramento do ano jubilar está previsto<br />
para o mês <strong>de</strong> novembro. É gran<strong>de</strong> a expectativa<br />
em torno das celebrações do dia 24, quando<br />
serão or<strong>de</strong>nados os primeiros diáconos permanentes<br />
<strong>de</strong> toda a história da arquidiocese.<br />
“o ano jubilar nos fez ver a Igreja que somos<br />
e a Igreja quer gostaríamos <strong>de</strong> ser. ainda<br />
há muito a melhorar, inclusive da parte do<br />
clero. não é mais possível pensar em leigos<br />
que assistem à missa, e menos ainda em padres<br />
que apenas repetem o que está no missal”,<br />
disse uma mulher que pediu pra não ser<br />
i<strong>de</strong>ntificada.<br />
Celebração eucarística marca aniversário <strong>de</strong> anúncio do Evangelho<br />
neste dia 08 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012, a Igreja<br />
e o po<strong>de</strong>r público ludovicense estiveram unidos<br />
para celebrar um aniversário <strong>de</strong> 400 anos.<br />
o que os uniu foi a santa missa, que por sinal<br />
foram duas: uma pela manhã (a pedido da<br />
prefeitura municipal) e outra ao final da tar<strong>de</strong><br />
(parte da programação do ano jubilar da arquidiocese).<br />
a partir daí, embora ambos comemorem<br />
um quarto centenário, os motivos da comemoração<br />
são diferentes: a arquidiocese comemorou<br />
o quarto centenário do anúncio do Evangelho<br />
em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e no Maranhão; os governos<br />
estadual e municipal comemoraram o aniversário<br />
<strong>de</strong> 400 anos da fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
Em sua homilia na missa solene do quarto<br />
centenário, celebrada no Santuário <strong>São</strong> José<br />
<strong>de</strong> Ribamar, o arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom<br />
José Belisário da Silva, explicou a diferença.<br />
“Estamos celebrando a evangelização nesses<br />
400 anos. quando falamos <strong>de</strong> evangelização,<br />
estamos falando <strong>de</strong> um processo, significa que<br />
é uma ação contínua, que não se conclui, mas<br />
que sempre vai para frente.”<br />
a primeira missa do dia fez parte da programação<br />
da prefeitura municipal e celebra o<br />
aniversário da fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. a missa<br />
solene foi realizada na Catedral Metropolitana<br />
<strong>de</strong> nossa Senhora da Vitória (Igreja da Sé).<br />
dom José Belisário da Silva presidiu a celebração,<br />
concelebrada por seu bispo auxiliar, dom<br />
José Carlos Chacorowski, e um grupo <strong>de</strong> padres<br />
do clero arquidiocesano.<br />
Esta celebração contou com a participação<br />
<strong>de</strong> diversas autorida<strong>de</strong>s políticas como o pre-<br />
a primeira Missa celebrada em terras maranhenses,<br />
ou melhor, as quatro primeiras, já que não<br />
existia, à época, a concelebração e cada um dos fra<strong>de</strong>s<br />
celebrou uma Missa, foram rezadas em 12 <strong>de</strong><br />
agosto, dia da festa <strong>de</strong> Santa Clara, fundadora com<br />
<strong>São</strong> Franciscodo ramo feminino do movimento franciscano.<br />
o cronista da missão capuchinha, frei Clau<strong>de</strong><br />
d’abbeville diz-nos: “no domingo seguinte, dia<br />
12 <strong>de</strong> agosto, cada um <strong>de</strong> nós celebrou o santíssimo<br />
sacrifício da Missa. E isso com tal alegria que me<br />
parece mais fácil dar a imaginar que <strong>de</strong>screver; limito-me<br />
apenas a dizer que não foi sem mistério que<br />
<strong>de</strong>us, na sua divina providência, quis que nesse dia,<br />
em que a Igreja Romana (e particularmente a nossa<br />
or<strong>de</strong>m) celebra a festa da Bem-aventurada Santa<br />
Clara, fosse, pela primeira vez no lugar, oferecido o<br />
santo sacrifício com que iluminou esse novo Mundo,<br />
Foto: Cosme Paschale<br />
feito João Castelo – que concorre à reeleição<br />
em outubro – e <strong>de</strong> convidados especiais como o<br />
ministro <strong>de</strong> Turismo, Gastão Vieira, Sua alteza<br />
dom Bertrand <strong>de</strong> orléans e Bragança, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />
do rei <strong>Luís</strong> xIII, que governava a França<br />
em 1612, e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Rei <strong>de</strong> França e Yves<br />
Saint Gours, embaixador da França no Brasil.<br />
a segunda missa do dia fez parte da programação<br />
oficial do ano jubilar da arquidiocese.<br />
a missa solene foi realizada no Santuário<br />
<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar e reuniu uma multidão<br />
<strong>de</strong> fiéis. Além <strong>de</strong> seminaristas, religiosas e<br />
religiosos, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> padres se fizeram presentes.<br />
a missa contou com a participação da<br />
maioria dos bispos do Maranhão, <strong>de</strong>ntre eles<br />
dom Carlo Ellena, da Diocese <strong>de</strong> Zé Doca;<br />
dom Franco Cuter, da Diocese <strong>de</strong> Grajaú; dom<br />
Sebastião Lima Duarte, da Diocese <strong>de</strong> Viana;<br />
dom Gilberto Pastana <strong>de</strong> oliveira, da diocese<br />
<strong>de</strong> Imperatriz; dom Vilson Basso, da Diocese<br />
<strong>de</strong> Caxias; dom Sebastião Ban<strong>de</strong>ira, da Diocese<br />
<strong>de</strong> Coroatá, e dom armando Martín Gutiérrez,<br />
da diocese <strong>de</strong> Bacabal.<br />
o arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário<br />
da Silva, la<strong>de</strong>ado por seu auxiliar, dom José<br />
Carlos Chacorowski, e pelo bispo emérito da<br />
diocese <strong>de</strong> Viana, dom xavier Gilles, <strong>de</strong>u as<br />
boas vindas ao Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a aos bispos e padres<br />
seus convidados.<br />
“Parabenizo a todos os convidados. Saúdo<br />
os diáconos e os candidatos a diáconos, religiosos,<br />
religiosas, todos os irmãos e irmãs aqui<br />
presentes, mas também as pessoas que estão<br />
nos acompanhando através dos meios <strong>de</strong> co-<br />
As Primeiras Missas no Maranhão<br />
pela nova luz <strong>de</strong>sse verda<strong>de</strong>iro sol divino, nosso Salvador,<br />
Jesus Cristo”.<br />
E, po<strong>de</strong>-se dizer que, como parte das comemorações<br />
dos 400 anos do anúncio do Evangelho em<br />
nossas terras, mediante a solicitação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />
fiéis, Dom José Belisário,em comunhão com o Papa,<br />
conce<strong>de</strong>u sua plena aquiescência para a celebração<br />
da Santa Missa na forma extraordinária do Rito Romano,<br />
conhecida como Missa <strong>de</strong> <strong>São</strong> Pio V ou Missa<br />
Tri<strong>de</strong>ntina, <strong>de</strong> acordo com o Missal promulgado pelo<br />
Bem-aventurado Papa João xxIII em 1962. a forma<br />
extraordinária, <strong>de</strong> profunda beleza e harmonia,<br />
revela o rico tesouro litúrgico da Igreja, que possui<br />
vários outros ritos além do romano, a exemplo dos<br />
ritos orientais maronita e melquita e dos ritos oci<strong>de</strong>ntais<br />
bracarense, utilizado na arquidiocese <strong>de</strong> Braga,<br />
em Portugal e ambrosiano, utilizado na arquidiocese<br />
municação.”<br />
O arcebispo afirmou em sua homilia que<br />
para ter evangelização é preciso o conteúdo da<br />
evangelização, ou seja, a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, o<br />
Verbo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us encarnado, que é Jesus. “Como<br />
dizia <strong>São</strong> Justino, um mártir da Igreja, a semente<br />
<strong>de</strong>ssa Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us já se encontra em<br />
todas as pessoas e em todas as culturas.”<br />
dom José Belisário <strong>de</strong>stacou que, se <strong>de</strong><br />
um lado está a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, do outro está<br />
quem acolhe tal palavra. “<strong>São</strong> as pessoas e as<br />
culturas”, disse o arcebispo, ressaltando que “a<br />
Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us chega às culturas respeitando<br />
o que nelas há <strong>de</strong> bom, porque a Palavra não<br />
vem para <strong>de</strong>struir”.<br />
Por fim, o religioso <strong>de</strong>stacou que a evangelização<br />
tem um aspecto <strong>de</strong> conversão, mudança.<br />
“Estamos celebrando os 400 anos da<br />
chegada do Evangelho. a evangelização é um<br />
processo pelo qual vamos esculpindo em nós e<br />
nas culturas a face <strong>de</strong> <strong>de</strong>us para que sua imagem<br />
fique cada vez mais nítida. Que o dia <strong>de</strong><br />
hoje seja para nós um recomeço, pois temos a<br />
tarefa <strong>de</strong> continuar a levar a mensagem da salvação,<br />
que traz alegria, liberda<strong>de</strong>, cura.”<br />
“assim como o Pai me enviou, eu também<br />
vos envio, assim seja!”, concluiu o arcebispo.<br />
dom José Belisário foi bastante aplaudido.<br />
“Esta celebração é uma chamada para nós<br />
católicos, que estamos em baixa. Todo o ano<br />
jubilar com sua programação, especialmente a<br />
Semana Missionária, é um chamado para esse<br />
<strong>de</strong>spertar”, disse Ângela Maria, da Paróquia<br />
<strong>São</strong> Raimundo nonato, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, que participava<br />
da celebração.<br />
<strong>de</strong> Milão, na Itália. o próprio catecismo nos ensina:<br />
“a Igreja una se apresenta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem, com uma<br />
gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, que provém ao mesmo tempo da<br />
varieda<strong>de</strong> dos dons <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e da multiplicida<strong>de</strong> das<br />
pessoas que os recebem (...). a gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong>sta<br />
diversida<strong>de</strong> não se opõe à unida<strong>de</strong> da Igreja” (CIC<br />
814). Todo quarto domingo <strong>de</strong> cada mês, na Igreja<br />
<strong>de</strong> nossa Senhora do Carmo, no Centro histórico, é<br />
celebrada a Missa em sua forma extraordinária. Venha<br />
hauriras bênçãos e dons que santificaram tantos<br />
homens e mulheres ao longo <strong>de</strong> séculos, participando<br />
da Missa em sua forma extraordinária.<br />
Seminarista João dias Rezen<strong>de</strong> Filho<br />
acadêmico do quarto ano <strong>de</strong> Teologia.<br />
E-mail:joaopecegueirodias@hotmail.com<br />
17
18<br />
Quarto centenário<br />
Homenagem<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Agenda Aniversariantes<br />
Dia 15<br />
Posse do padre admilson<br />
Sousa <strong>de</strong> Jesus, na Paróquia <strong>São</strong><br />
João Calábria, no bairro Cida<strong>de</strong><br />
operária, às 18h.<br />
Dia 16<br />
Instalação da Paróquia nossa<br />
Senhora da divina Providência,<br />
no bairro Cida<strong>de</strong> operária, às 9h.<br />
Dia 19<br />
Comissão <strong>de</strong> Justiça e Paz, na<br />
oaB/Ma, às 19h.<br />
De 19 a 20<br />
Privativa dos Bispos do<br />
Maranhão, no oásis.<br />
De 19 a 21<br />
Missão vocacional, em Icatú.<br />
De 20 a 21<br />
Coleta da Campanha Missionária.<br />
Dia 22<br />
or<strong>de</strong>nação sacerdotal <strong>de</strong> Irailson<br />
e <strong>Luís</strong>, em Icatú, às 17h.<br />
Dia 23<br />
Abertura Oficial da Jornada<br />
Mundial da Juventu<strong>de</strong> na<br />
arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no<br />
Colégio Santa Teresa, às 8h.<br />
Fotos: Cosme Paschale<br />
Parabéns!<br />
Está <strong>de</strong> parabéns a<br />
comunida<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Rei<br />
<strong>de</strong> França – Paróquia <strong>São</strong><br />
Paulo Apóstolo - por sua<br />
participação no festejo<br />
do padroeiro. Quem<br />
também está <strong>de</strong> parabéns<br />
pelo belo trabalho que<br />
vem realizando é o<br />
padre Jozimar Pinheiro<br />
Guimarães, pároco <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> Paulo Apóstolo.<br />
Infância Missionária<br />
O Nor<strong>de</strong>stão dos<br />
coor<strong>de</strong>nadores<br />
regionais da Infância,<br />
adolescência e<br />
juventu<strong>de</strong> missionária,<br />
que aconteceu <strong>de</strong> 17 a<br />
19 <strong>de</strong> agosto no Oásis,<br />
reuniu muita gente<br />
importante, <strong>de</strong>ntre<br />
elas o padre Andre<br />
Negreiros, secretário nacional da IAM, e o diretor nacional<br />
das Pontifícias Obras Missionárias, padre Camilo Paulett.<br />
400 anos, história que comove!<br />
118 anos, educação que transforma!<br />
Dom José Belisário<br />
e dom José Carlos<br />
momentos antes<br />
do início da missa<br />
do aniversário<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> que<br />
aconteceu na<br />
Igreja da Sé.<br />
A Pastoral Familiar da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
foi homenageada pela<br />
Assembleia Legislativa do<br />
Maranhão. A sessão especial<br />
marcou o encerramento<br />
da Semana Nacional da<br />
Família, e contou com a<br />
presença do bispo auxiliar<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Carlos<br />
Chacorowski.<br />
NASCIMENTO<br />
Dia 02 – Padre Osvaldo <strong>de</strong> Freitas<br />
Lopes – Pároco da Paróquia Nossa<br />
Senhora da Penha.<br />
Dia 03 – Padre Everaldo Santos<br />
Araújo – Pároco da Paróquia <strong>de</strong> Santa<br />
Teresinha.<br />
Dia 06 – Padre Gutemberg <strong>de</strong> Sousa<br />
Feitosa – Pároco Solidário da Paróquia<br />
do Santuário <strong>São</strong> José do Ribamar.<br />
Dia 09 – Padre Roney Rocha Carvalho<br />
– Pároco da Paróquia do Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus, do Moropois.<br />
Dia 13 – Padre Reginaldo da Costa<br />
Pereira – Pároco da Paróquia <strong>São</strong> Pedro<br />
apóstolo. Padre Ruivar Pereira Filho –<br />
diocese <strong>de</strong> Pinheiro, reitor do seminário<br />
maior.<br />
Dia 30 – Padre Olívio Majdalani <strong>de</strong><br />
Melo – Pároco da Paróquia Nossa<br />
Senhora da Boa Viagem. assessor da<br />
Setor Juventu<strong>de</strong>.<br />
ORDENAÇÃO<br />
Dia 05 – Padre Lindomar Lima dos<br />
Santos – Vigário Paroquial da Paróquia<br />
Santo Amaro. Resi<strong>de</strong> em Primeira Cruz;<br />
Padre Máxemo <strong>de</strong> Jesus dos Santos<br />
– Vigário Paroquial da Paróquia Nossa<br />
Senhora aparecida, em Morros.<br />
Dia 19 – Padre Gutemberg <strong>de</strong> Sousa<br />
Feitosa; Padre José Ribamar dos<br />
Santos Vieira –Vigário Paroquial da<br />
Paróquia nossa Senhora do Rosário.<br />
Dia 27 – Padre Crizantonio da<br />
Conceição Silva – Pároco da Paróquia<br />
<strong>de</strong> Nossa Senhora da Luz; padre<br />
Reginaldo da Costa Pereira.
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
Infância e Adolescência Missionária<br />
vai celebra seus 170 anos<br />
Em 2013, a Infância e adolescência<br />
Missionária (IaM), uma das quatro<br />
Pontifícias obras Missionárias (PoM)<br />
celebra 170 anos <strong>de</strong> fundação. Presente<br />
em todo o mundo, a obra nasceu em<br />
1843 e <strong>de</strong>ve seu nome à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> confiá-la<br />
à proteção do Menino Jesus. “Com<br />
a convicção <strong>de</strong> que as crianças po<strong>de</strong>m<br />
ser uma força espiritual e social para<br />
uma real transformação do mundo, a<br />
IaM preten<strong>de</strong> suscitar um movimento <strong>de</strong><br />
crianças cristãs <strong>de</strong>dicadas a ajudar outras<br />
crianças”.<br />
Com base nesses princípios, presentes<br />
no Estatuto das Pontifícias obras<br />
Missionárias, o<br />
ano da IaM será<br />
comemorado entre<br />
maio <strong>de</strong> 2013 e<br />
maio <strong>de</strong> 2014 para<br />
dar continuida<strong>de</strong><br />
ao crescimento<br />
da obra no Brasil.<br />
a celebração será<br />
aberta com a Jornada<br />
nacional da<br />
Infância e adolescênciaMissionária.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um evento permanente<br />
que <strong>de</strong>ve fazer parte da agenda anual da<br />
obra a partir <strong>de</strong> 2013.<br />
“a Jornada nacional da IaM será<br />
um evento anual que acontecerá sempre<br />
no terceiro domingo <strong>de</strong> maio, com o objetivo<br />
<strong>de</strong> consagrar as crianças <strong>de</strong> todo<br />
o Brasil aos cinco continentes. no próxi-<br />
Dia Nacional da Juventu<strong>de</strong><br />
Jovens <strong>de</strong> várias paróquias da arquidiocese<br />
estão se reunindo para organizar<br />
a programação referente à celebração<br />
do dia nacional da Juventu<strong>de</strong>. até<br />
agora, duas reuniões já foram realizadas.<br />
Este ano a celebração será na Paróquia<br />
nossa Senhora da Luz, no muni-<br />
mo ano as consagraremos ao continente<br />
americano e, na assembleia nacional da<br />
IaM (<strong>de</strong>zembro), nós escolhemos o tema<br />
e o lema e o continente que será consagrado<br />
no ano seguinte”, explicou o secretário<br />
nacional da obra, padre andré Luiz<br />
<strong>de</strong> negreiros.<br />
durante a celebração do ano da<br />
IaM, as crianças e adolescentes, a exemplo<br />
da Campanha Missionária, receberão<br />
em seus grupos, hoje em torno <strong>de</strong><br />
30 mil, espalhados em todo o Brasil, os<br />
materiais e subsídios <strong>de</strong> apoio como cartaz,<br />
logomarca, tema e lema, roteiros <strong>de</strong><br />
celebração e, como compromisso, juntamente<br />
com os assessores,<br />
o lenço e<br />
escudo (símbolos<br />
da obra) e os novos<br />
materiais que<br />
estão em fase <strong>de</strong><br />
reformulação.<br />
S e g u n d o<br />
padre andré, a<br />
Jornada nacional<br />
da IaM possibilitará<br />
também a organização<br />
do envio<br />
dos cofrinhos missionários que hoje<br />
acontece ao longo <strong>de</strong> todo o ano. “Maio<br />
seria <strong>de</strong>dicado ao envio dos cofrinhos<br />
missionários com data fixa para a arrecadação,<br />
como é feito hoje com a Campanha<br />
Missionária. assim a prestação<br />
<strong>de</strong> contas seria acompanhada com mais<br />
proximida<strong>de</strong>”, disse o secretário.<br />
cípio <strong>de</strong> Paço do Lumiar, a cerca <strong>de</strong> 20<br />
quilômetros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. as celebrações<br />
do dia nacional da Juventu<strong>de</strong>, marcado<br />
para 21 <strong>de</strong> outubro, começam às 8h30, co<br />
m encerramento previsto para as 16h. o<br />
dia nacional da Juventu<strong>de</strong> é sempre muito<br />
aguardado pelos jovens <strong>de</strong> todo o País.<br />
Grito dos Excluídos; PM agri<strong>de</strong> jornalista<br />
o jornalista Ramon alves, membro<br />
do Comitê Padre Josimo e da Comissão<br />
Missionária arquidiocesana<br />
(Comidi), foi brutalmente agredido por<br />
policiais na manhã do dia 07 <strong>de</strong> setembro<br />
em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no Maranhão. Ramon<br />
participava do Grito dos Excluídos<br />
quando apanhou da polícia.<br />
O profissional tomou tapas na<br />
cara, foi chutado, pisoteado, arrastado<br />
no asfalto e algemado. Só <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> meia hora preso no camburão da<br />
Por uma Ilha <strong>de</strong> Paz<br />
“não existe caminho para a Paz,<br />
a Paz é o caminho”. acreditando neste<br />
caminho, cerca <strong>de</strong> 70 jovens da Forania<br />
Santos anjos <strong>de</strong> Guarda (área Itaqui<br />
Bacanga) participaram, na comunida<strong>de</strong><br />
nossa Senhora da Esperança, nos dias<br />
28 e 29 <strong>de</strong> julho, do 1º encontro Juvenil<br />
<strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Paz, com o tema “Juventu<strong>de</strong><br />
por uma Ilha <strong>de</strong> Paz”, organizado<br />
pelo grupo JUPAZ – Juventu<strong>de</strong> pela Paz<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Luis - paróquia <strong>São</strong> daniel Comboni,<br />
Vila Embratel.<br />
o objetivo do encontro foi “<strong>de</strong>spertar<br />
a consciência crítica a partir dos<br />
valores do Evangelho, exercendo o protagonismo<br />
juvenil por meio <strong>de</strong> uma vi-<br />
polícia, Ramon Alves, que ficou com<br />
hematomas por várias partes do corpo,<br />
foi conduzido à <strong>de</strong>legacia <strong>de</strong> plantão.<br />
assim que a noticia se espalhou,<br />
vários colegas <strong>de</strong> profissão foram à <strong>de</strong>legacia<br />
para apoiar Ramon.<br />
Um grupo <strong>de</strong> jornalistas, blogueiros,<br />
lí<strong>de</strong>res comunitários, sindicalistas,<br />
religiosos e religiosas... vai<br />
se reunir para tratar do assunto. Todos<br />
reclamam da atitu<strong>de</strong> da PM e clamam<br />
por justiça.<br />
vência <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Paz, impulsionando<br />
a mudança nas comunida<strong>de</strong>s”, informaram<br />
os organizadores no blog da Comissão<br />
<strong>de</strong> Justiça e Paz (http://cjpazsaoluis.<br />
wordpress.com).<br />
Uma das ativida<strong>de</strong>s realizadas<br />
foi o estudo sobre gran<strong>de</strong>s testemunhas<br />
<strong>de</strong> paz como <strong>São</strong> daniel Comboni, Madre<br />
Teresa <strong>de</strong> Calcutá, dom <strong>Luís</strong> Flávio<br />
Cappio, Martin Luther king e Mahatma<br />
Gandhi.<br />
Ao final, foi esboçado um documento<br />
que será entregue às igrejas, socieda<strong>de</strong><br />
civil e po<strong>de</strong>r público para que<br />
a Cultura <strong>de</strong> Paz se torne priorida<strong>de</strong> no<br />
meio juvenil <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />
o<br />
Ma r a n h ã o<br />
conta atualmente<br />
com<br />
doze (12) dioceses.<br />
Esta organização é bastante recente. diferente<br />
das colônias espanholas, on<strong>de</strong><br />
muito cedo a Igreja se fez presente estruturalmente<br />
através <strong>de</strong> bispados e prelazias,<br />
no Brasil não foi assim. Temos<br />
que esperar o século xx para que a Igreja<br />
brasileira comece a se estruturar com<br />
maior penetração no seu vasto território.<br />
No final do século XIX, havia menos <strong>de</strong><br />
15 dioceses no Brasil. atualmente são<br />
aproximadamente 270 arquidioceses,<br />
dioceses e prelazias.<br />
Como já comentamos em edição<br />
anterior (cf. n. 11), a diocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />
do Maranhão foi criada em 30 <strong>de</strong> agosto<br />
<strong>de</strong> 1677. Foi uma das quatro dioceses<br />
que tiveram origem nos primeiros dois<br />
séculos da ocupação portuguesa no Brasil.<br />
Por mais <strong>de</strong> duzentos anos, o bispo<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> será o pastor <strong>de</strong> uma área<br />
que abrange os atuais estados do Maranhão<br />
e Piauí.<br />
não era <strong>de</strong> interesse dos portugueses<br />
fortalecer a estrutura da Igreja,<br />
nem no período imperial, o número <strong>de</strong><br />
dioceses no Brasil foi implementado <strong>de</strong><br />
forma significativa.<br />
no século xx, a estrutura da<br />
Igreja no Brasil vai ser profundamente<br />
modificada, inclusive na nossa região<br />
nor<strong>de</strong>stina e no Maranhão. Livre do<br />
padroado, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir no momento<br />
da Proclamação da República,<br />
não <strong>de</strong>pendia mais do governo brasileiro<br />
a criação <strong>de</strong> novas dioceses e a política<br />
organizacional pô<strong>de</strong> ser coor<strong>de</strong>nada autonomamente<br />
pelo Vaticano. assim, já<br />
no ano <strong>de</strong> 1901, primeiro ano do novo<br />
século, é criada a diocese <strong>de</strong> Teresina.<br />
Até 1906, a diocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> fica sufragânea<br />
da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> Salvador<br />
da Bahia. Em maio daquele ano,<br />
torna-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da arquidiocese <strong>de</strong><br />
Belém até 1920.<br />
Por <strong>de</strong>creto da Sagrada Congregação<br />
Consistorial <strong>de</strong> 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 1921, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> foi elevada a arquidiocese<br />
e sob sua jurisdição ficaram a<br />
diocese <strong>de</strong> Teresina e as Prelazias <strong>de</strong><br />
Bom Jesus (PI) e <strong>de</strong> Grajaú, ambas instituídas<br />
no mesmo ano. no ano seguinte,<br />
pela Bula Rationi congruit do Papa Pio<br />
xI, é elevada a se<strong>de</strong> Metropolitana. Em<br />
1944, foram instituídas, fazendo parte<br />
da região metropolitana <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, as<br />
dioceses <strong>de</strong> oeiras e Parnaíba. Em 1952,<br />
Teresina se torna ela mesma também arquidiocese<br />
encabeçando as <strong>de</strong>mais dioceses<br />
daquele Estado.<br />
1922 é também o ano em que começaram<br />
a ser criadas as atuais dioceses,<br />
muitas <strong>de</strong>las ainda como prelazia.<br />
Costumava-se criar prelazias em regiões<br />
entregues a uma congregação religiosa,<br />
geralmente missionária estrangeira,<br />
on<strong>de</strong> não havia ainda um clero diocesano<br />
local.<br />
a Prelazia <strong>de</strong> <strong>São</strong> José do Grajaú<br />
foi a primeira a ser instituída neste ano<br />
<strong>de</strong> 1922, entregue aos capuchinhos. no<br />
governo <strong>de</strong> dom Valentim Lazzari, 1981,<br />
a prelazia tornar-se-á diocese. Hoje seu<br />
bispo é dom Franco Cuter que assumiu a<br />
diocese em 1998.<br />
a Prelazia <strong>de</strong> Pinheiro foi criada<br />
em julho <strong>de</strong> 1939. A Santa Sé confiou<br />
esta prelazia aos cuidados dos Missionários<br />
do Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus. dom<br />
Ricardo Paglia, seu atual bispo, já foi<br />
sagrado como seu primeiro bispo diocesano.<br />
no mesmo ano foi criada a diocese<br />
<strong>de</strong> Caxias do Maranhão (1939) Seu<br />
primeiro bispo, dom <strong>Luís</strong> Gonzaga da<br />
Cunha Marelim governou a diocese por<br />
longos 40 anos, <strong>de</strong> 1941- a1981. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2010, dom Vilson Basso é seu bis-<br />
Estruturas em renovação<br />
Padre João Maria van damme<br />
jeanmarievd@ibest.com.br<br />
po ordinário. Seu antecessor dom <strong>Luís</strong><br />
d’andrea é bispo emérito e ainda continua<br />
no Maranhão.<br />
os Missionários Combonianos do<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus receberam em 1954 a<br />
responsabilida<strong>de</strong> pastoral sobre a prelazia<br />
<strong>de</strong> Santo antônio <strong>de</strong> Balsas. Em 1981,<br />
pela Bula Institutionis finis do Papa João<br />
Paulo II, foi elevada a diocese, passando<br />
a <strong>de</strong>nominar-se diocese <strong>de</strong> Balsas. Seu<br />
primeiro bispo foi dom Rino Carlesi.<br />
a diocese foi fortemente abalada com<br />
a morte <strong>de</strong> dom Franco Masserdoti em<br />
aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito (2008). <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então,<br />
dom Enemésio cuida <strong>de</strong>sta imensa<br />
diocese, acumulando ainda o importante<br />
trabalho na presidência da Comissão<br />
Pastoral da Terra em nível nacional.<br />
a Prelazia <strong>de</strong> Carolina foi criada<br />
a 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1958 e entregue aos<br />
Fra<strong>de</strong>s Menores Capuchinhos. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2003, é dom José do Egito o bispo da<br />
diocese.<br />
Três anos <strong>de</strong>pois, em 1961, é a<br />
vez da Prelazia <strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>smembrar-se <strong>de</strong> Pinheiro. dom Guido<br />
Casullo assumiu a prelazia em 1965 e<br />
tornou-se se primeiro bispo em 1983. a<br />
se<strong>de</strong> da diocese passou a ser Zé doca em<br />
1991. atualmente, é dom Carlo Ellena o<br />
bispo que governo esta diocese.<br />
Viana foi criada já como diocese<br />
em 1962. Teve durante poucos anos dom<br />
Francisco Hélio Campos à sua frente,<br />
que dinamizou as Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais<br />
<strong>de</strong> Base. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dom xavier<br />
Gilles passar para emérito, dom Sebastião<br />
duarte, maranhense <strong>de</strong> Carutapera,<br />
assumiu a diocese <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010.<br />
dom Pascásio Rettler, da or<strong>de</strong>m<br />
dos Fra<strong>de</strong>s Menores, foi bispo <strong>de</strong> Bacabal<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong>sta diocese em<br />
1968. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar durante cinco<br />
anos sob a direção <strong>de</strong> dom José Belisário,<br />
nomeado arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />
dom armando Martín Gutiérrez é <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006 o bispo diocesano <strong>de</strong> Bacabal.<br />
a diocese <strong>de</strong> Brejo foi criada em<br />
1971. dom Val<strong>de</strong>ci, <strong>de</strong> arari, é seu bispo<br />
atual (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010).<br />
Coroatá é se<strong>de</strong> <strong>de</strong> diocese <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1977. Seu primeiro bispo, dom Reinaldo<br />
Pün<strong>de</strong>r, falecido recentemente, passou<br />
também muitos anos à frente da diocese,<br />
<strong>de</strong> 1978 a 2010. o maranhense dom<br />
Sebastião Ban<strong>de</strong>ira assumiu a diocese<br />
<strong>de</strong>pois do falecimento do seu antecessor,<br />
do qual já foi bispo coadjutor (com<br />
direito a sucessão).<br />
a última diocese a ser criada até<br />
o presente momento no Maranhão tem<br />
como se<strong>de</strong> diocesana a segunda maior<br />
cida<strong>de</strong> do Estado, Imperatriz. <strong>de</strong>smembrada<br />
da diocese <strong>de</strong> Carolina em 1987,<br />
teve como primeiro bispo dom affonso<br />
Felippe Gregory, falecido em 2008. Já<br />
em 2005, o atual bispo dom Gilberto<br />
Pastana está à frente da diocese.<br />
19
20<br />
Fazer mudanças<br />
na publicida<strong>de</strong> dos<br />
PaRaMEnToS<br />
RELIGIOSOA –<br />
acrescentar uma<br />
BaTIna<br />
Fazer alterações na<br />
publicida<strong>de</strong> da Soneuro<br />
– Telefone: (98)<br />
3222-8201. Rua do<br />
Passeio, no Hospital<br />
Português.<br />
Criação PAULUS<br />
Mês da Bíblia<br />
a Bíblia é livro sagrado do povo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>us. nela, <strong>de</strong>us revela um rosto <strong>de</strong><br />
Pai e Mãe, amigo e companheiro, mas<br />
também firme na <strong>de</strong>fesa dos pequenos.<br />
Ela é mais que um livro; é uma coleção<br />
<strong>de</strong> livros. a palavra Bíblia vem do<br />
grego Biblos que significa livro. Daí o<br />
diminutivo Biblion (livrinho) que no<br />
plural fica Bíblia. O próprio nome da<br />
Bíblia nos diz que ela é o livro por excelência.<br />
Um livro feito por muitos livros,<br />
uma biblioteca.<br />
a Bíblia foi escrita por muita gente,<br />
que fez isso por inspiração divina à<br />
medida que compreendia a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>us na história. a sua redação <strong>de</strong>u-se<br />
num período <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil anos, pois<br />
começou a ser escrita mais ou menos<br />
pelo ano 1000 a.C. e só foi concluída<br />
em torno do ano 100 d.C. a maior parte<br />
<strong>de</strong>sses livros foram escritos na Palestina<br />
(atual Israel), mas há livros ou<br />
trechos <strong>de</strong> livros que foram escritos na<br />
Babilônia, no Egito, na Síria, na Ásia,<br />
na Grécia e na Itália. originalmente, os<br />
livros bíblicos foram escritos em hebraico,<br />
aramaico e grego.<br />
<strong>São</strong> vários os assuntos abordados<br />
PaULUS - ao celebrarmos os cinquenta anos do Concílio<br />
Vaticano II, é imprescindível que revitalizemos seu<br />
conteúdo, em parte aplicado, mas em muito ainda por se<br />
concretizar. Este livro se propõe a fazer uma visita guiada<br />
aos <strong>de</strong>zesseis documentos do Concílio, explorando suas<br />
temáticas, questionamentos, problemáticas, motivações,<br />
exigências e inovações.<br />
Luis oliveira Freitas<br />
Coor<strong>de</strong>nador arquidiocesano <strong>de</strong> Catequese<br />
PAULINAS - Compaixão, cruz e esperança – Teologia<br />
<strong>de</strong> Marcos, <strong>de</strong> Ivone Richter Reimer, é a dica <strong>de</strong> leitura<br />
da Livraria Paulinas.<br />
Esta obra <strong>de</strong>stina-se não só aos estudantes <strong>de</strong> Bíblia,<br />
mas a todos que se interessam por conhecer mais<br />
em profundida<strong>de</strong> a mensagem <strong>de</strong> Jesus contida nos<br />
evangelhos. adquira o seu!<br />
ESPAÇO DO DÍZIMO<br />
díZIMo: Gratidão e Justiça<br />
a gratidão é a memória do coração.<br />
a gratidão é o milagre da bênção e o<br />
dízimo é bênção enquanto expressão <strong>de</strong><br />
gratidão e reconhecimento da ação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>us na nossa própria vida.<br />
*Descontos oferecidos para todas as Bíblias (Edição Pastoral, do Peregrino e <strong>de</strong> Jerusalém), <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> agosto a 29 <strong>de</strong> setembro<br />
<strong>de</strong> 2012 ou até o fi nal do estoque. A PAULUS dará a Constituição Dei Verbum <strong>de</strong> brin<strong>de</strong> a cada Bíblia adquirida durante<br />
a promoção. Somente para pagamentos à vista.<br />
pela Bíblia. nela há doutrinas, histórias,<br />
provérbios, profecias, cânticos,<br />
salmos, lamentações, cartas, sermões,<br />
meditações, orações, filosofias, romances,<br />
contos <strong>de</strong> amor, biografias, genealogias,<br />
poesias, parábolas, comparações,<br />
tratados, leis e contratos. Esta<br />
maneira <strong>de</strong> escrever dos autores bíblicos<br />
tem o objetivo <strong>de</strong> comunicar alegria,<br />
esperança, coragem e amor, mas<br />
também <strong>de</strong>nunciar erros, opressões,<br />
injustiças.<br />
o centro da Bíblia é Jesus Cristo,<br />
porque é Ele quem anuncia o amor<br />
gratuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a todas as pessoas e<br />
realiza o Reino <strong>de</strong> <strong>de</strong>us através <strong>de</strong> sua<br />
vida, morte e ressurreição. Por isso, o<br />
critério fundamental, a principal chave<br />
<strong>de</strong> interpretação para ler todas as Escrituras<br />
é a pessoa <strong>de</strong> Jesus Cristo. Ele<br />
mesmo diz qual é o critério para compreen<strong>de</strong>r<br />
a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us presente<br />
nas palavras humanas, escritas pelo<br />
povo <strong>de</strong> Israel. Esse critério consiste<br />
na <strong>de</strong>fesa e promoção da vida, principalmente<br />
nas situações em que ela se<br />
encontra diminuída, seja na doença, na<br />
exclusão, na pobreza, na própria morte.<br />
Setembro <strong>de</strong> 2012<br />
<strong>São</strong> Pio <strong>de</strong> Pietrelcina<br />
23 <strong>de</strong> Setembro<br />
Renato Fontoura<br />
administrador <strong>de</strong> Empresa<br />
renatofontoura@uol.com.br<br />
no mês em que<br />
comemoramos 400<br />
anos <strong>de</strong> chegada do<br />
Evangelho em nossa<br />
ilha, para prestar uma<br />
homenagem aos capuchinhos,<br />
iremos falar<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Pio <strong>de</strong> Pietrelcina. Este digníssimo<br />
seguidor <strong>de</strong> <strong>São</strong> Francisco<br />
<strong>de</strong> assis nasceu no dia 25 <strong>de</strong> maio<br />
<strong>de</strong> 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu<br />
nome verda<strong>de</strong>iro era Francesco Forgione.<br />
ainda criança era muito assíduo<br />
com as coisas <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, tendo<br />
uma inigualável admiração por nossa<br />
Senhora e o seu Filho Jesus, os<br />
quais via constantemente <strong>de</strong>vido à<br />
gran<strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong>.<br />
Com quinze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
entrou no noviciado da or<strong>de</strong>m dos<br />
Fra<strong>de</strong>s Menores Capuchinhos em<br />
Morcone, adotando o nome <strong>de</strong> “Frei<br />
Pio” e foi or<strong>de</strong>nado sacerdote em 10<br />
<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1910 na arquidiocese<br />
<strong>de</strong> Benevento.<br />
após a or<strong>de</strong>nação, Padre Pio<br />
precisou ficar com sua família até<br />
1916, por motivos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e, em setembro<br />
<strong>de</strong>sse mesmo ano, foi enviado<br />
para o convento <strong>de</strong> <strong>São</strong> Giovanni<br />
Rotondo, on<strong>de</strong> permaneceu até o dia<br />
<strong>de</strong> sua morte.<br />
abrasado pelo amor <strong>de</strong> <strong>de</strong>us,<br />
marcado pelo sofrimento e profundamente<br />
imerso nas realida<strong>de</strong>s sobrenaturais,<br />
Padre Pio recebeu os<br />
estigmas, sinais da Paixão <strong>de</strong> Jesus<br />
Cristo, em seu próprio corpo.<br />
Percebendo que não somente<br />
<strong>de</strong>veria aliviar o sofrimento espiritual,<br />
recebeu <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a inspiração<br />
<strong>de</strong> construir um gran<strong>de</strong> hospital, conhecido<br />
como “Casa alívio do Sofrimento”,<br />
que se tornou uma referência<br />
em toda a Europa. a fundação <strong>de</strong>ste<br />
hospital se <strong>de</strong>u a 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1956.<br />
<strong>de</strong>vido aos horrores provocados<br />
pela Segunda Guerra Mundial,<br />
Padre Pio cria os grupos <strong>de</strong> oração,<br />
verda<strong>de</strong>iras células catalisadoras do<br />
amor e da paz <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, para serem<br />
instrumentos <strong>de</strong>ssas virtu<strong>de</strong>s no<br />
mundo que sofria e angustiava-se no<br />
vale tenebroso <strong>de</strong> lágrimas e sofrimentos.<br />
na ocasião do aniversário <strong>de</strong><br />
50 anos dos grupos <strong>de</strong> oração, Padre<br />
Pio celebrou uma Missa. Essa Celebração<br />
Eucarística foi o caminho<br />
para o seu calvário <strong>de</strong>finitivo, na<br />
qual entregaria a alma e o corpo ao<br />
seu gran<strong>de</strong> amor: nosso Senhor Jesus<br />
Cristo, a quem tanto amava.<br />
Era madrugada do dia 23 <strong>de</strong> setembro<br />
<strong>de</strong> 1968, no seu quarto conventual<br />
com o terço entre os <strong>de</strong>dos<br />
repetindo o nome <strong>de</strong> Jesus e Maria,<br />
<strong>de</strong>scansa em paz aquele que tinha<br />
abraçado a Cruz <strong>de</strong> Cristo.<br />
Foi beatificado no dia 2 <strong>de</strong><br />
maio <strong>de</strong> 1999 pelo Papa João Paulo<br />
II e canonizado no dia 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />
2002 também pelo saudoso pontífice.<br />
Padre Pio, rogai por nós!<br />
Confi ra os <strong>de</strong>scontos especiais *<br />
preparados para o período <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong><br />
agosto a 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012<br />
e reserve o solo do seu coração<br />
para plantar e colher alegria e vida!<br />
PAULUS Livraria | Rua do Passeio, 229 — Centro — <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>/MA<br />
Tel.: (98) 3231.2665 | saoluis@paulus.com.br | paulus.com.br