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EDIÇÃO COMEMORATIVA - Arquidiocese de São Luís

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ano xxxIx - nº 35 - SETEMBRo dE 2012 R$ 0,50<br />

<strong>EDIÇÃO</strong> <strong>COMEMORATIVA</strong><br />

QUARTO CENTENÁRIO<br />

1<br />

6<br />

1<br />

2<br />

Para celebrar o quanto centenário<br />

da chegada do Evangelho<br />

à capital maranhense e no Maranhão,<br />

a arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> elaborou uma programação<br />

especial. Umas das primeiras<br />

ativida<strong>de</strong>s foi a eleição, por concurso,<br />

da logomarca (imagem<br />

acima) do quarto centenário da<br />

arquidiocese.<br />

as ativida<strong>de</strong>s continuaram com<br />

a realização <strong>de</strong> retiros <strong>de</strong> for-<br />

PUBLICação dE oRIEnTação CaTóLICa da aRqUIdIoCESE dE <strong>São</strong> LUíS<br />

mação, abertura do ano jubilar<br />

e lançamento da Campanha da<br />

Fraternida<strong>de</strong> 2012, pedido <strong>de</strong><br />

perdão e Santas Missões Populares.<br />

o povo <strong>de</strong>monstrou fé e<br />

<strong>de</strong>voção ao participar com entusiasmo<br />

do Bote Fé <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, em<br />

abril, e do 18º Congresso Estadual<br />

do apostolado da oração,<br />

em julho.<br />

as semanas missionárias, que<br />

arrebanharam centenas <strong>de</strong> pes-<br />

soas e <strong>de</strong>ram uma ‘sacudida’ na<br />

arquidiocese, em muitas paróquias<br />

<strong>de</strong>vem continuar até o fim<br />

do ano.<br />

o 08 <strong>de</strong> setembro, data em que<br />

a arquidiocese comemora a chegada<br />

do Evangelho, também foi<br />

bem participado. duas missas<br />

solenes: uma às 10h, na Igreja da<br />

Sé, e a outra no Santuário <strong>São</strong><br />

José <strong>de</strong> Ribamar, às 17h.<br />

o Jornal do Maranhão entrou<br />

2<br />

0<br />

1<br />

2<br />

no ritmo das celebrações com<br />

esta edição comemorativa. Um<br />

ca<strong>de</strong>rno especial <strong>de</strong> oito páginas<br />

é nosso presente aos leitores,<br />

que po<strong>de</strong>rão se <strong>de</strong>leitar com textos<br />

<strong>de</strong> pessoas renomadas da socieda<strong>de</strong><br />

maranhense, tais como<br />

dom José Belisário da Silvar, padre<br />

Raimundo Meireles, senador<br />

José Sarney, dom Vilson, dom<br />

xavier Gilles, padre Cláuber Pereira<br />

e muitos outros.


2<br />

Opinião<br />

Quatro séculos<br />

<strong>de</strong> Evangelho<br />

* dom José Belisário da Silva<br />

quatrocentos anos <strong>de</strong> história<br />

<strong>de</strong> anúncio do Evangelho em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

e no Maranhão. Essa é a efeméri<strong>de</strong> que,<br />

neste dia 8 <strong>de</strong> setembro, a Igreja Católica<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> quer celebrar e fixar na<br />

nossa memória e nos nossos corações.<br />

data comemorativa importante para ludovicences<br />

e maranhenses que têm sua<br />

história marcada pela passagem, breve,<br />

mas significativa, dos franceses; pela<br />

permanência e povoação estável dos<br />

portugueses; pela chegada – maciça e<br />

dramática – dos negros escravos; pela<br />

luta – <strong>de</strong>sigual e que continua até os<br />

dias <strong>de</strong> hoje – dos povos indígenas na<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus territórios; pela presença<br />

<strong>de</strong> muitas etnias que vieram <strong>de</strong> outros<br />

países e regiões do Brasil e se encontraram<br />

neste Estado terreno fértil para se<br />

estabilizarem e criarem raízes, cultura,<br />

lutas e festas tradicionais.<br />

A mensagem evangélica<br />

transcen<strong>de</strong> e supera<br />

limites históricos e é<br />

sempre uma mensagem<br />

<strong>de</strong> salvação<br />

a Igreja católica talvez tenha<br />

chegado por <strong>de</strong>mais associada aos conquistadores<br />

portugueses, pagando, por<br />

esta ligação, um alto preço em termos<br />

<strong>de</strong> ambiguida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à sua<br />

vocação original. Em muitas situações,<br />

em vez <strong>de</strong> serva do Senhor e serva dos<br />

povos, ela se tornou escrava das lógicas<br />

colonialistas e escravocratas, em <strong>de</strong>fesa<br />

dos interesses do reinado <strong>de</strong> Portugal e<br />

<strong>de</strong> seus interesses hegemônicos. Como<br />

se expressou Gustavo Gutierrez, a cruz<br />

chegou junto com a espada, o que não<br />

foi um bom começo. Mas, acrescentamos<br />

com ele, graças a <strong>de</strong>us que chegou,<br />

porque a mensagem evangélica transcen<strong>de</strong><br />

e supera esses limites históricos<br />

e é sempre uma mensagem <strong>de</strong> salvação.<br />

Certamente, temos muitos motivos<br />

para celebrar os quatrocentos anos<br />

da chegada do Evangelho, gratidão<br />

sendo um <strong>de</strong>les. Gratidão ao Senhor<br />

da História, gratidão aos nossos antepassados,<br />

instrumentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>us nessa<br />

História. olhando para o nosso passado,<br />

assumiremos melhor os <strong>de</strong>safios<br />

presentes e futuros. Se fazemos memória<br />

das etapas da evangelização em <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> e no Maranhão; se pedimos perdão<br />

pelos erros cometidos ao longo da história,<br />

sobretudo pela violência contra<br />

os indígenas e os negros; se elevamos<br />

a <strong>de</strong>us ação <strong>de</strong> graças pela efetiva encarnação<br />

do Evangelho em solo maranhense...<br />

é para olharmos para frente.<br />

É para fortalecer a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> católica,<br />

com sua história e sua riqueza; é para<br />

dar novo impulso à ação evangelizadora;<br />

é para continuarmos firmes na construção<br />

<strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> sempre mais<br />

igualitária, fraterna e justa.<br />

Boas festas, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e Maranhão!<br />

Impressão: Estação Gráfica<br />

* arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

Bíblia: livro da caminhada<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, nos seus 400 anos: entre rupturas e assimilações<br />

Foram e são as rupturas e assimilações<br />

filosóficas, culturais, geográficas,<br />

econômicas, religiosas e políticas que<br />

produziram aquilo que se po<strong>de</strong> chamar <strong>de</strong><br />

emaranhado cultural maranhense e que<br />

nos torna um povo único no Brasil.<br />

<strong>de</strong>ste jeito maranhense <strong>de</strong> ser, confuso<br />

e orgulhoso do passado glorioso da<br />

atenas brasileira surgiu um nauro Machado<br />

e sua poesia hermética e que ainda<br />

hoje po<strong>de</strong> falar tranquilamente com todos<br />

os que passam por seu caminho na Praça<br />

João Lisboa. Tivemos também um Joãozinho<br />

Trinta e o seu brilho <strong>de</strong> um carnaval<br />

diferente, e tivemos um dos maiores bispos<br />

da História recente e que os seminaristas<br />

<strong>de</strong>veriam estudar: dom José <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />

<strong>de</strong>lgado e seu legado da Universida<strong>de</strong> do<br />

Maranhão que tanto beneficiou a socieda<strong>de</strong><br />

civil e Eclesiástica. Temos também o<br />

atual arcebispo dom José Belisário que<br />

largou a sua querida Minas Gerais e que<br />

Padre Clauber Lima<br />

Sócio efetivo do IHGM<br />

Conflitos pela posse da terra Geram fome e miséria no campo<br />

ao longo dos últimos quinze anos,<br />

venho acompanhando os sérios e graves<br />

problemas pela posse da terra no Maranhão.<br />

Pelo menos em mais <strong>de</strong> cinco vivenciei<br />

<strong>de</strong> perto sofrimentos <strong>de</strong> milhares<br />

<strong>de</strong> famílias, olhando mulheres, crianças e<br />

homens fazerem clamores pelo direito <strong>de</strong><br />

justiça e <strong>de</strong> terem uma pequena área para<br />

com o suor <strong>de</strong> cada dia, retirar da terra o<br />

alimento <strong>de</strong> cada dia para viver.<br />

quando fui membro do Conselho<br />

arquidiocesano <strong>de</strong> Pastoral, participando<br />

<strong>de</strong> reuniões e conhecendo pessoas, não <strong>de</strong>morou<br />

e logo estava integrado como colaborador<br />

da Comissão Pastoral da Terra e<br />

da Pastoral da Criança. Com o padre Chagas,<br />

coor<strong>de</strong>nador regional da CPT, e Pedro<br />

Marinho, estive em inúmeros municípios e<br />

nas áreas <strong>de</strong> conflitos, vendo <strong>de</strong> perto os<br />

massacres que latifundiários e fazen<strong>de</strong>iros<br />

com a conivência dos po<strong>de</strong>res constituídos<br />

impunham aos pobres e oprimidos, o que<br />

mexeu profundamente com a minha consciência<br />

crítica e a indignação acabava se<br />

transformando em revolta.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, com a gestão do padre<br />

Flávio Lazzarin e a participação <strong>de</strong> Pedro<br />

Marinho, iniciei um gran<strong>de</strong> aprendizado<br />

sobre a problemática política, social<br />

e econômica no meio rural. Participei <strong>de</strong><br />

inúmeros treinamentos <strong>de</strong>stinados para<br />

agentes da CPT e conhecei muita gente,<br />

a Bíblia foi surgindo ao longo do<br />

tempo, não como fruto <strong>de</strong> uma reflexão sobre<br />

<strong>de</strong>us, mas primeiramente como uma<br />

experiência do povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us com o <strong>de</strong>us<br />

do povo. a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, sempre terá<br />

força na vida da comunida<strong>de</strong> cristã, pois faz<br />

com que a ela esteja sempre atenta a voz do<br />

seu Senhor.<br />

a Igreja atesta que os livros contidos<br />

na Bíblia foram escritos por pessoas chamadas<br />

e escolhidas por <strong>de</strong>us e contaram com<br />

a inspiração do Espírito Santo. Tal pensamento<br />

vai ao encontro do que é dito no texto<br />

aldir dantas, antônio José Ramos, Claudio<br />

Bombieri, Jadson Borba, João Rezen<strong>de</strong> Filho,<br />

José Carlos Chacorowski, José Guilherme<br />

Zagallo, Maria da Glória Bor<strong>de</strong>ghini, Mario<br />

Cella, Renato Fontoura e Rogener almeida.<br />

obs.: Matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião da arquidiocese.<br />

tanto faz pela Igreja que está no Maranhão<br />

com o seu jeito humano.<br />

outra comprovação <strong>de</strong>stas rupturas<br />

dá-se através das caixeiras do divino Espírito<br />

Santo que, lá em alcântara tocam as<br />

suas caixas em louvor dos seus ancestrais<br />

africanos e das tradições Católicas açorianas.<br />

Convém que sejam feitos estudos<br />

mais <strong>de</strong>talhados para ver como surgiu em<br />

Portugal esta <strong>de</strong>voção da irmanda<strong>de</strong> do divino<br />

Espírito Santo como forma <strong>de</strong> ajudar<br />

os pobres a enterrar seus mortos, sob os<br />

auspícios da rainha Santa Isabel e que aqui<br />

perdurou, apesar <strong>de</strong> todas as suas distâncias<br />

e rupturas culturais.<br />

A geografia maranhense, com suas<br />

águas ribeirinhas produz sono e fantasia,<br />

imaginação e poesia, dolência e produção<br />

musical e literária, provocando outra ruptura<br />

e assimilação <strong>de</strong> um povo único. Para<br />

conhecer em primeira mão esta diversida<strong>de</strong><br />

geográfica viajei em 1987 por longas 14<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as li<strong>de</strong>ranças que lutavam com missão<br />

profética e a <strong>de</strong>terminação dos bispos<br />

dom Franco Masserdotti, dom xavier,<br />

dom Reinaldo Pün<strong>de</strong>r, dom affonso Gregory,<br />

que juntamente com muitos padres e<br />

li<strong>de</strong>ranças comunitárias <strong>de</strong>fendiam famílias<br />

do campo e enfrentavam o capitalismo<br />

selvagem sem medir esforços e nem<br />

temer os que se julgavam po<strong>de</strong>rosos com<br />

a proteção <strong>de</strong> inúmeras instituições <strong>de</strong> todos<br />

os po<strong>de</strong>res constituídos.<br />

<strong>de</strong>us chamou dom Franco, dom<br />

Gregory e dom Reinaldo e transferiu para<br />

dom xavier e aos <strong>de</strong>mais membros do<br />

episcopado maranhense a missão <strong>de</strong> continuar<br />

a luta pela dignida<strong>de</strong> humana e direitos<br />

do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, das centenas <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s ameaçadas pelo agronegócio<br />

da soja e do eucalipto, principalmente. a<br />

luta sempre teve a Igreja Católica à frente,<br />

mas não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer os<br />

importantes trabalhos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram<br />

e continuam dando suporte para a luta,<br />

como a Socieda<strong>de</strong> Maranhense <strong>de</strong> direitos<br />

Humanos, o Fórum Carajás, a Fetaema, o<br />

Cimi e várias outras com forte atuação no<br />

Estado e muito vivas no Baixo Parnaíba,<br />

além da participação em algumas oportunida<strong>de</strong>s<br />

do Ministério Público, <strong>de</strong>fensoria<br />

Pública e oaB - Seccional do Maranhão.<br />

De todos os conflitos, muitos dos<br />

quais com mortes, perseguições empreen-<br />

Sagrado: “Toda Escritura é inspirada por<br />

Deus e é útil para ensinar, para argumentar,<br />

para corrigir, para educar conforme a<br />

justiça” (2Tm 3,16).<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Concílio Vaticano II, há<br />

em toda a Igreja um movimento <strong>de</strong> retornar<br />

às fontes e uma <strong>de</strong>stas é, sem dúvida,<br />

a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us que é “[...] lâmpada para<br />

os meus pés e luz para o meu caminho!”<br />

(Sl 119, 105), verda<strong>de</strong> esta cantada pelo<br />

salmista e assumida por milhares <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

espalhadas nos mais diversos<br />

rincões <strong>de</strong> nosso país.<br />

atualmente somos tentados a anunciar<br />

um Evangelho ligth, o qual leva a um<br />

intimismo e um não comprometimento com<br />

a causa <strong>de</strong> Jesus. É preciso anunciar o Evangelho<br />

vivido pelo nazareno e anunciado por<br />

Ele. E que este seja um sinal <strong>de</strong> conversão<br />

e aproximação do Reino. Tal postura exige<br />

constantemente uma experiência com a Palavra<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>us, que se fez carne em Jesus.<br />

<strong>de</strong> modo especial, este ano, o mês da<br />

horas <strong>de</strong> barco no rio Turiaçu, pelas cida<strong>de</strong>s<br />

ribeirinhas <strong>de</strong> apicum-açu e Turiaçu (terra<br />

do nosso querido Bispo dom Sebastião<br />

Lima duarte), dormindo e acordando com<br />

o barulho do motor da lancha, entre céu e<br />

água, entre conversas sobre matemática e<br />

astronomia, carnaval <strong>de</strong> rua, filosofia e política,<br />

ouvindo o canto do Sabiá saudoso <strong>de</strong><br />

terra, porque no Maranhão até os pássaros<br />

têm sauda<strong>de</strong>s, como a rolinha cantando no<br />

paiol da fazenda.<br />

nas rupturas e assimilações do povo<br />

do Maranhão dorme o poeta e o padre, e<br />

ninguém é censurado a não ser pela velha<br />

senhora do sobrado do Carmo em <strong>São</strong> Luis,<br />

que aos gritos foi retirada <strong>de</strong> seu casarão<br />

numa tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sol como a que vivemos todos<br />

os dias. Isto porque em <strong>São</strong> Luis só o<br />

sol é constante e traz aconchego e alegria<br />

aos corações e até os estrangeiros agra<strong>de</strong>cem<br />

por tanta acolhida. Viva <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> nos<br />

seus 400 anos e viva a Igreja maranhense.<br />

aldir dantas<br />

Jornalista<br />

didas aos quilombolas, aos povos indígenas<br />

e às famílias <strong>de</strong> pequenos agricultores,<br />

muitos foram protagonizados pelo grupo<br />

Suzano Papel Celulose no Baixo Parnaíba.<br />

É responsável pela expulsão <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong><br />

famílias, empurrando jovens para a prostituição<br />

e para as drogas. Muitos idosos<br />

morreram <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto por serem obrigados<br />

a <strong>de</strong>ixar a terra on<strong>de</strong> nasceram e se<br />

criaram, assim como muitos pais per<strong>de</strong>ram<br />

a vida por causa da exaustão no corte da<br />

cana em <strong>São</strong> Paulo, Goiás e Mato Grosso.<br />

as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s crescem e com<br />

ela a violência. o alento <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias<br />

é <strong>de</strong> que não estão só, e que po<strong>de</strong>m<br />

contar com a Igreja Católica e centenas <strong>de</strong><br />

entida<strong>de</strong>s unidas pela luta em favor da paz<br />

e da justiça. no momento estamos vivendo<br />

uma espécie <strong>de</strong> trégua, em razão das<br />

eleições, mas logo em seguida os conflitos<br />

retornam.<br />

a verda<strong>de</strong> é que não há perspectiva<br />

<strong>de</strong> mudança, para tanto o governo abandonou<br />

a pequena agricultura e o Maranhão é<br />

um gran<strong>de</strong> importador <strong>de</strong> alimentos, o que<br />

tem elevado o custo <strong>de</strong> vida e aumentado<br />

as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s. Falar <strong>de</strong> reforma agrária<br />

é alimentar um sonho <strong>de</strong> muitos agricultores<br />

brasileiros, e é possível <strong>de</strong> ser transformado<br />

em realida<strong>de</strong>, com a luta diária<br />

<strong>de</strong> todos em busca <strong>de</strong> direitos, dignida<strong>de</strong>,<br />

justiça e paz.<br />

Padre Jadson Borba<br />

jadsonborba@ig.com.br<br />

Bíblia refletirá sobre o evangelho <strong>de</strong> Marcos<br />

que trás como tema: “discípulos Missionários<br />

a partir do evangelho <strong>de</strong> Marcos” e o<br />

lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!”<br />

(Mc 10,49 16,9).<br />

Este mês festivo tem como patrono<br />

<strong>São</strong> Jerônimo, tradutor dos textos originais,<br />

escritos em hebraico e grego, para o latim.<br />

Este homem soube colocar na centralida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua vida a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e por isso<br />

chega a afirmar: “Não conhecer a Sagrada<br />

Escritura é não conhecer a Cristo”.<br />

Por fim, queremos evocar as belas<br />

palavras do papa Bento xVI, na Exortação<br />

apostólica Pós-Sinodal, Verbum Domini,<br />

as quais falam da: “re<strong>de</strong>scoberta, na vida<br />

da Igreja, da Palavra divina, fonte <strong>de</strong> constante<br />

renovação, com a esperança <strong>de</strong> que a<br />

mesma se torne cada vez mais o coração <strong>de</strong><br />

toda a ativida<strong>de</strong> eclesial”. que o Espírito<br />

Santo nos aju<strong>de</strong> a sermos fiéis, para nunca<br />

nos <strong>de</strong>sviarmos da verda<strong>de</strong> contida na Santa<br />

Palavra.


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Perfil<br />

Fotos arquivos<br />

Capa<br />

ÚLTIMAS<br />

diaconal a coor<strong>de</strong>nação das CEBs da arsial das CEBs que acontece <strong>de</strong> 07 a 11 <strong>de</strong><br />

da <strong>Arquidiocese</strong><br />

George Henrique<br />

dos Santos Castro<br />

Casado com adriana<br />

<strong>de</strong> assis, pai <strong>de</strong><br />

Pedro Henrique e<br />

Rafaela Gianna, George coor<strong>de</strong>na o Ministério<br />

<strong>de</strong> Música e artes da RCC <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Sendo paroquiano <strong>de</strong> nossa<br />

Senhora do Perpétuo Socorro, <strong>de</strong>senvolve<br />

ativida<strong>de</strong>s pastorais na Comunida<strong>de</strong><br />

Santo antônio <strong>de</strong> Pádua, no Solar dos<br />

Lusitanos, no bairro Turu.<br />

José Ribamar<br />

Pereira Campos<br />

Casado com Maria<br />

das Graças Cruz<br />

Campos, com quem<br />

tem dois filhos (Marcos Aurélio e Maria<br />

aparecida) José Campos, da Paróquia<br />

Sant’ ana (no bairro angelim), é técnico<br />

<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e administração.<br />

É ministro da Palavra, da Comunhão e<br />

coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> oração.<br />

Orlando Pacheco<br />

<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Filho<br />

da Paróquia nossa<br />

Senhora aparecida<br />

da Foz do Rio anil<br />

(bairro Cohafuma), casado com adriana<br />

Cantanhe<strong>de</strong> <strong>de</strong> andra<strong>de</strong>, orlando é<br />

Promotor <strong>de</strong> Justiça, ministro da Palavra<br />

e ministro da Eucaristia. Tem dois<br />

filhos: Artur e Helena.<br />

Pedro <strong>de</strong> Jesus<br />

Rabelo Carvalho<br />

da Paróquia nossa<br />

Senhora do Perpétuo<br />

Socorro (bairro Cohab),<br />

técnico em segurança do trabalho,<br />

casado com Francisca Zélia Lima Carvalho,<br />

Pedro é da Legião <strong>de</strong> Maria. Pedro<br />

Filho, Susyanne, Lucyanne e Raia dos Remédios<br />

são seus filhos.<br />

Semana Missionária na<br />

Igreja <strong>São</strong> Pantaleão<br />

a Paróquia <strong>São</strong> José e <strong>São</strong> Pantaleão<br />

realiza, <strong>de</strong> 16 a 23 do corrente mês,<br />

a Semana Missionária. Cerca <strong>de</strong> 50 missionários<br />

serão enviados às cinco comunida<strong>de</strong>s<br />

da paróquia. Munidos <strong>de</strong> Bíblia,<br />

camisa, boné, bolsa, livro do padre Luiz<br />

Mosconi e do terço, os missionários visitarão<br />

as famílias da paróquia. a cada<br />

visita <strong>de</strong>ixarão material como oração e<br />

cruz missionária.<br />

antes do envio, os missionários<br />

passaram por três fins <strong>de</strong> semana <strong>de</strong> preparação<br />

paroquial. o primeiro foi <strong>de</strong> formação,<br />

seguido da espiritualida<strong>de</strong> e, por<br />

fim, <strong>de</strong> distribuição e orientação para as<br />

visitas.<br />

CEBs realizam repasse <strong>de</strong> Nor<strong>de</strong>stão<br />

quidiocese – Neguim das CEBs (Antonio<br />

alves <strong>de</strong> Souza), Tomaz <strong>de</strong> aquino<br />

e Silvia Sá Lessa - realizou o repasse do<br />

Sexto nor<strong>de</strong>stão das CEBs que aconteceu<br />

em Itabuna, no mês <strong>de</strong> julho, <strong>de</strong> 19 a<br />

22. o nor<strong>de</strong>stão teve como tema Justiça<br />

e profecia a serviço da vida no nor<strong>de</strong>ste.<br />

o repasse aconteceu na Paróquia<br />

Santo antônio, em Presi<strong>de</strong>nte Juscelino,<br />

uma das paróquias da Forania <strong>São</strong> Benedito.<br />

Cerca <strong>de</strong> 35 pessoas participaram<br />

do repasse, realizado no domingo, dia 19<br />

<strong>de</strong> agosto.<br />

<strong>de</strong> acordo com neguim, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

abordarem o tema e constatar sua importância,<br />

o grupo concluiu que o assunto<br />

servirá <strong>de</strong> referência para o 13º Interecle-<br />

janeiro <strong>de</strong> 2014 em Juazeiro do norte, no<br />

Ceará, na diocese <strong>de</strong> Crato.<br />

“o repasse é importante, primeiro<br />

porque trata <strong>de</strong> assuntos referentes às<br />

CEBs do nor<strong>de</strong>ste, em especial do Maranhão,<br />

e, segundo, porque servirá <strong>de</strong> relatório<br />

a ser repassado à equipe ampliada<br />

do regional em <strong>de</strong>zembro, quando acontece<br />

a reunião do regional em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.”<br />

neguim contou que na Fila do<br />

Povo (uma dinâmica realizada nos encontros<br />

das CEBs) os participantes comentaram<br />

sobre suas vidas e <strong>de</strong>terminados<br />

fatos das comunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> vivem.<br />

Tudo terminou com os avisos.<br />

“Saímos <strong>de</strong> lá satisfeitos, com a<br />

certeza do trabalho realizado”, concluiu.<br />

Festejos religiosos movimentam arquidiocese<br />

Toda a comunida<strong>de</strong> católica<br />

está convidada a participar <strong>de</strong> alguns<br />

dos melhores e mais tradicionais festejos<br />

religiosos da arquidiocese. observando<br />

uma orientação arquidiocesana,<br />

as festas religiosas <strong>de</strong>ste ano, ao elegerem<br />

seus lemas e temas, levaram em<br />

consi<strong>de</strong>ração a celebração do quarto<br />

centenário, ou seja, o ano jubilar.<br />

Uma das festas <strong>de</strong>ste mês e do<br />

próximo é a <strong>de</strong> Santa Terezinha, no<br />

bairro Filipinho, que acontece <strong>de</strong> 22<br />

<strong>de</strong> setembro a 01º <strong>de</strong> outubro. o tema<br />

é “Santa Terezinha, servidora da Palavra,<br />

na missão da Igreja <strong>de</strong> ser solidária<br />

às dores e enfermida<strong>de</strong>s do povo”.<br />

antes da gran<strong>de</strong> festa, porém,<br />

Círio <strong>de</strong> Nazaré –<br />

Festa da Luz<br />

Consi<strong>de</strong>rada uma das maiores<br />

festas do Maranhão e aguardada com<br />

muita emoção por <strong>de</strong>votos e romeiros<br />

é a Festa <strong>de</strong> nossa Senhora <strong>de</strong> nazaré,<br />

tradicionalmente conhecida por<br />

Círio <strong>de</strong> nazaré, que em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

passou a se chamar Festa da Luz.<br />

a festa <strong>de</strong>ste ano é a 20ª edição<br />

do Círio <strong>de</strong> nazaré da capital maranhense.<br />

a Paróquia nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Nazaré fica no bairro Cohatrac,<br />

mas o festejo mexe com toda a cida<strong>de</strong>.<br />

Em 2012, a Festa da Luz acontece<br />

<strong>de</strong> 04 a 14 <strong>de</strong> outubro.<br />

tem o pré-festejo <strong>de</strong> Santa Terezinha,<br />

que iniciou dia 31 do mês passado,<br />

com o envio dos grupos <strong>de</strong> peregrinação.<br />

a peregrinação acontece <strong>de</strong> 01º a<br />

20 <strong>de</strong> setembro. dia 15 a comunida<strong>de</strong><br />

se reúne para lavar a igreja, e dia 21 é<br />

a missa da espiritualida<strong>de</strong> do festejo.<br />

Incansável, o padre Everaldo<br />

Santos araújo, pároco da Paróquia<br />

Santa Terezinha, não me<strong>de</strong> esforços<br />

para que o festejo conte com a participação<br />

<strong>de</strong> todo o Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us.<br />

Tem ainda o festejo <strong>de</strong> Santa<br />

Rita <strong>de</strong> Cássia, em Santa Rita. aqui<br />

as ativida<strong>de</strong>s estão sob o comando<br />

do padre Paulo Sérgio Mendonça<br />

Cutrim, pároco.<br />

Nossa Senhora da<br />

Boa Viagem<br />

o tradicional Festejo <strong>de</strong> nossa<br />

Senhora da Boa Viagem, que<br />

termina domingo, dia 16, também<br />

reúne gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> <strong>de</strong>votos.<br />

“Maria, discípula e missionária <strong>de</strong><br />

Jesus” foi o tema que embalou a<br />

festa, que ocorreu sob o comando<br />

do padre olívio Majdalani <strong>de</strong> Melo,<br />

pároco.<br />

a Paróquia nossa Senhora da<br />

Boa Viagem está localizada na BR-<br />

135, KM 11, na Matinha, Rio Gran<strong>de</strong>.<br />

<strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> agosto a 05 <strong>de</strong>ste mês,<br />

foi o pré-festejo.<br />

Santuário da Conceição do Monte Castelo<br />

Marcado para o dia 08 <strong>de</strong> outubro,<br />

às 12h, o lançamento oficial do<br />

Festejo da Conceição 2012, realizado<br />

no santuário do mesmo nome. na<br />

Missa da Padroeira, que acontece no<br />

dia 08 <strong>de</strong> cada mês, serão apresenta-<br />

dos aos <strong>de</strong>votos o cartaz, a oração e a<br />

camisa do festejo <strong>de</strong> 2012. Segundo<br />

informações da Pascom, muitas novida<strong>de</strong>s<br />

esperam os <strong>de</strong>votos neste ano<br />

em que o santuário festeja a alegria<br />

e a fé.<br />

Medalha 4ª Centenário<br />

dom José Belisário da Silva foi um dos<br />

400 homenageados pela assembleia Legislativa<br />

do Estado do Maranhão com a Medalha 4º Centenário<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. o arcebispo foi convidado<br />

a compor a mesa do evento com o presi<strong>de</strong>nte do<br />

Senado, José Sarney, Roseana Sarney, governadora<br />

do Estado do Maranhão, Gastão Vieira,<br />

Ministro do Turismo, Edson Lobão, Ministro <strong>de</strong><br />

Minas e Energia e o presi<strong>de</strong>nte da assembleia<br />

Legislativa, o <strong>de</strong>putado estadual arnaldo Melo.<br />

a presença da Igreja Católica foi uma referência<br />

e reverência a participação na fundação da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, que recebeu o Evangelho pelos<br />

fra<strong>de</strong>s capuchinhos.<br />

Quarta <strong>de</strong> Paz dia 19<br />

neste mês <strong>de</strong> setembro, a Comissão <strong>de</strong><br />

Justiça e Paz da arquidiocese realiza seu evento<br />

mensal no auditório da or<strong>de</strong>m dos advogados<br />

do Brasil (oaB/Ma). o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong>ste mês é com<br />

os candidatos a prefeito <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, e está marcado<br />

para o dia 19, às 19h.<br />

o objetivo do encontro é possibilitar ao<br />

público conhecer as propostas dos candidatos<br />

majoritários às eleições municipais para administrar<br />

a capital maranhense.<br />

Mais informações no blog http://cjpazsaoluis.wordpress.com<br />

<strong>São</strong> João Calábria<br />

Padre admilson Sousa <strong>de</strong> Jesus é o novo<br />

pároco da Paróquia <strong>São</strong> João Calábria, localizada<br />

no bairro Jardim américa. Padre admilson<br />

exercia seu ministério sacerdotal na Paróquia<br />

Santo amaro, nos municípios <strong>de</strong> Santo amaro e<br />

Primeira Cruz. o sacerdote tomou posse dia 15<br />

<strong>de</strong>ste mês.<br />

Foto: Cosme Paschale<br />

Visita ilustre<br />

Foto: Márcio diniz<br />

o Jornal do Maranhão recebeu a visita<br />

ilustre do senhor airton alci<strong>de</strong>s Castro, <strong>de</strong> 78<br />

anos. durante um ano, na década <strong>de</strong> 60, airton<br />

Castro escreveu para este impresso. Com alegria<br />

ele recorda o texto publicado na edição número<br />

3.870, <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1963, em que escreve sobre o<br />

papa João xxIII. o título do texto é ‘Requiescat<br />

in pace’. “Eu gostava <strong>de</strong> escrever porque havia<br />

uma veia humorística, o que me ajudava”, conta<br />

airton Castro.<br />

3


4 Igreja<br />

<strong>Arquidiocese</strong> lança<br />

campanha “Saú<strong>de</strong> + 10″<br />

Proposta é coletar<br />

assinatura e elaborar<br />

uma lei <strong>de</strong> iniciativa<br />

popular para garantir<br />

repasse <strong>de</strong> 10%<br />

Com a realização <strong>de</strong> uma coletiva<br />

<strong>de</strong> imprensa, a arquidiocese <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> lançou a Campanha Saú<strong>de</strong><br />

+ 10 - Movimento nacional em <strong>de</strong>fesa<br />

da Saú<strong>de</strong> Pública. o lançamento aconteceu<br />

dia 21 do mês passado, no Palácio<br />

arquiepiscopal, ao lado da Igreja da Sé.<br />

a campanha é realizada em todo o<br />

Brasil pela Conferência nacional dos<br />

Bispos do Brasil (CnBB) e pela Pastoral<br />

da Criança, em conjunto com outras entida<strong>de</strong>s<br />

da socieda<strong>de</strong> civil que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />

o aumento da oferta e a qualida<strong>de</strong> dos<br />

serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

a proposta do Movimento nacional<br />

em <strong>de</strong>fesa da Saú<strong>de</strong> Pública é coletar assinaturas<br />

para elaborar uma lei <strong>de</strong> inicia-<br />

a Comunida<strong>de</strong> Surda Brasileira comemora<br />

em 26 <strong>de</strong> setembro, o dia nacional<br />

do Surdo, data em que são relembradas<br />

as lutas históricas por melhores<br />

condições <strong>de</strong> vida, trabalho, educação,<br />

saú<strong>de</strong>, dignida<strong>de</strong> e cidadania. a Fe<strong>de</strong>ração<br />

nacional dos Surdos já celebra o dia<br />

Internacional do Surdo a cada dia 30 <strong>de</strong><br />

setembro.<br />

a Pastoral dos Surdos do Maranhão<br />

está com uma vasta programação, além<br />

<strong>de</strong> comemorar e celebrar este memorial<br />

importante para a cultura surda. dia 16<br />

<strong>de</strong> setembro realizará a jornada da Pastoral<br />

dos Surdos em <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Riba-<br />

Uma formação<br />

sobre a Campanha<br />

Missionária 2012<br />

marcou a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25<br />

<strong>de</strong> agosto da arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

a formação foi realizada<br />

na Igreja <strong>São</strong><br />

Pantaleão, a partir<br />

das 14h.<br />

Realizada pela<br />

Comissão organizadora<br />

da Campanha Missionária na arquidiocese,<br />

a formação contou com gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> participantes. “Um encontro<br />

<strong>de</strong>sse é muito válido porque a gente<br />

apren<strong>de</strong>, mas também porque ao chegar<br />

<strong>de</strong> volta a comunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos repassar<br />

tiva popular com o objetivo <strong>de</strong> assegurar<br />

o repasse efetivo e integral <strong>de</strong> 10% das<br />

receitas correntes brutas da União para a<br />

saú<strong>de</strong> pública brasileira.<br />

o formulário do abaixo assinado está<br />

no site da Comissão <strong>de</strong> Justiça e Paz. o<br />

en<strong>de</strong>reço é: http://cjpazsaoluis.wordpress.<br />

com. A coor<strong>de</strong>nação da CJP afirma que<br />

todas as paróquias, pastorais, grupos e<br />

movimentos são convidados a participar.<br />

Em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> a campanha será coor<strong>de</strong>nada<br />

pela Comissão arquidiocesana<br />

<strong>de</strong> Justiça e Paz. a expectativa dos organizadores<br />

é recolher cerca <strong>de</strong> 50 mil<br />

assinaturas.<br />

Pastoral dos Surdos do Maranhão realiza jornada<br />

mar com o tema “a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us em<br />

nossas vidas” sendo convidados surdos,<br />

famílias, intérpretes e amigos. Iniciará<br />

com às 8h e termina com a missa do silêncio<br />

(em Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais),<br />

às 16h.<br />

o dia 26 está reservado para palestras<br />

e confraternizações. dia 30 tem estudo<br />

do Evangelho <strong>de</strong> Marcos com teatros em<br />

homenagem ao evangelista que narrou a<br />

passagem da cura do surdo - Mc 7, 32-35.<br />

Já para o mês <strong>de</strong> outubro, <strong>de</strong> 12 a 14,<br />

acontece o VII Encontro Estadual da<br />

Pastoral dos Surdos na diocese <strong>de</strong> Caxias.<br />

Formação para Campanha Missionária 2012<br />

marista.edu.br<br />

Fotos: Cosme Paschale<br />

esse conhecimento aos que ficaram lá”,<br />

comentou neguim das CEBs, que participava<br />

da formação.<br />

o objetivo da formação foi formar<br />

os missionários e repassar o material da<br />

Campanha Missionária 2012.<br />

Uma visão do nascimento<br />

das CEBs<br />

Pelos anos <strong>de</strong> 1960/1962, o arcebispo<br />

metropolitano dom José <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />

<strong>de</strong>lgado com o bispo auxiliar dom<br />

antonio Batista Fragoso tinham a preocupação,<br />

entre outras, com a evangelização<br />

do meio pelo meio no espírito<br />

da ação Católica Especializada. Esta,<br />

fundada na Bélgica pelo car<strong>de</strong>al Josef-<br />

-Léon Cardijn. a convicção era que os<br />

operários <strong>de</strong>veriam ser evangelizados<br />

pelos operários, os jovens trabalhadores<br />

pelos jovens trabalhadores, os<br />

lavradores pelos lavradores, a classe<br />

média pela classe média, etc. Com<br />

o apoio forte e a assessoria <strong>de</strong> dom<br />

Fragoso, já existiam a ação Católica<br />

Rural – ACR, a Ação Católica para os<br />

jovens do Meio Rural – JAC, a Ação<br />

Católica para o meio Universitário –<br />

JUC.<br />

após o pedido do arcebispo à Igreja<br />

da França, chegou ao Maranhão, em<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o padre Michel Candas para<br />

cuidar da pastoral do mundo operário<br />

e ser assistente eclesiástico da ação<br />

Católica Operária – ACO. Eu cheguei<br />

com o padre Michel, que se tornou<br />

padre Miguel. quando cheguei, dom<br />

Fragoso me “confiou” à equipe da<br />

JOCF – Juventu<strong>de</strong> Operária Católica<br />

Feminina – que ele mesmo acompanhava<br />

com o padre Manoel <strong>de</strong> Jesus<br />

Soares que era, além <strong>de</strong> pároco da<br />

“Floresta”, assistente eclesiástico da<br />

Juventu<strong>de</strong> operária no Maranhão.<br />

Imediatamente o padre Miguel começou<br />

as reuniões com trabalhadores<br />

nos bairros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e nas fábricas<br />

que existiam na época. nessas reuniões<br />

participavam não somente os militantes,<br />

mas outras pessoas dos bairros,<br />

incluindo jovens, crianças e idosos.<br />

assim nasceram, pelo menos em parte,<br />

as Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base<br />

– CEBs – nos bairros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. O<br />

método era o atualíssimo: Ver, Julgar<br />

e agir. Ver os fatos, ver a realida<strong>de</strong>,<br />

julgar à luz da Bíblia, das Escrituras,<br />

do Evangelho e agir em prol da justiça<br />

e da solidarieda<strong>de</strong> na vida, particularmente<br />

na vida profissional. Da Ação<br />

Católica Especializada nasceram as<br />

CEBs. Mais tar<strong>de</strong>, a partir das CEBs,<br />

nasceram nossas pastorais <strong>de</strong> hoje:<br />

CPT- PJ - Po. nasceram nossas Pastorais<br />

Sociais.<br />

no interior do Maranhão, na diocese<br />

<strong>de</strong> Pinheiro particularmente, com<br />

as missões das Igrejas particulares <strong>de</strong><br />

quebec, Cherbooke e Sainte Hyacinte<br />

e na então Forania <strong>de</strong> Brejo, com o<br />

Pastor <strong>de</strong> Tutóia, hoje Monsenhor Hélio<br />

Maranhão, as CEBs nasceram da<br />

vonta<strong>de</strong> dos presbíteros do quebec,<br />

bem como do padre Hélio Maranhão,<br />

a Igreja da Sé está com inscrições<br />

abertas para o projeto Recriando com<br />

Jesus. o projeto faz parte das comemorações<br />

do Mês da Bíblia e é promovido<br />

pelos ministérios da Palavra e da Catequese<br />

da Catedral.<br />

Po<strong>de</strong>m ser inscritas crianças com<br />

ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 03 a 10 anos que participam<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

padre Jocy neves<br />

e <strong>de</strong> outros para<br />

transformar as <strong>de</strong>sobrigas<br />

anuais ou<br />

semestrais em verda<strong>de</strong>iras<br />

pequenas<br />

“Igrejas Locais”, “Igrejas Comunida<strong>de</strong>s”.<br />

O povo refletia, dialogava, orava<br />

a partir dos fatos da vida, da Bíblia e<br />

da tradição. Sem a presença do padre,<br />

se confessavam e se perdoavam uns<br />

aos outros e juntos pediam perdão a<br />

<strong>de</strong>us (Tiago 5, 16), partilhavam a comida<br />

lendo os textos bíblicos ad hoc<br />

do antigo e do novo Testamento, ungiam<br />

doentes com óleo <strong>de</strong> babaçu e,<br />

impondo as mãos, imploravam a cura<br />

ou a aceitação da doença e da morte<br />

por parte do doente. Textos bíblicos<br />

ou da tradição eram lidos e ainda se<br />

rezava o terço.<br />

as CEBs no interior ou nas periferias<br />

iniciaram a caminhada por novos<br />

caminhos “para aten<strong>de</strong>r às mudanças<br />

<strong>de</strong> condições <strong>de</strong>ntro das quais a Igreja<br />

é chamada a viver hoje o anúncio do<br />

Evangelho”. Como se expressa Marcelo<br />

Barros, a partir das CEBs muitos<br />

animadores, militantes, pregadores,<br />

apóstolos foram consi<strong>de</strong>rados como<br />

rebel<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sobedientes pelas “autorida<strong>de</strong>s”<br />

civis e militares, até por clérigos,<br />

mas foram testemunhas da fé.<br />

as CEBs eram “o novo modo <strong>de</strong> ser<br />

Igreja”. Entendiam e a<strong>de</strong>riam <strong>de</strong> corpo<br />

e alma ao mandamento do amor. a<br />

compreensão, a a<strong>de</strong>são ao mandamento<br />

<strong>de</strong> Cristo Jesus (João 13, 14) levava<br />

à luta para promover a transformação<br />

das estruturas da socieda<strong>de</strong>. a Bíblia<br />

Pastoral era, antes das outras, a Bíblia<br />

das CEBs, entre outras coisas por causa<br />

das notas <strong>de</strong> rodapé.<br />

nas CEBs <strong>de</strong> hoje encontramos<br />

a mesma a<strong>de</strong>são ao mandamento do<br />

amor, mas numa prática que <strong>de</strong>ixa<br />

para outros a luta em vista das transformações<br />

das estruturas da socieda<strong>de</strong>.<br />

Para muitos, a instituição Igreja<br />

parece hoje mais apoiar as “melhorias<br />

sociais, individuais e coletivas <strong>de</strong>ntro<br />

da socieda<strong>de</strong> que temos”. as CEBs<br />

do início, ponto <strong>de</strong> apoio e alicerce<br />

das pastorais, das pastorais sociais <strong>de</strong><br />

hoje, buscavam uma nova socieda<strong>de</strong>.<br />

Carida<strong>de</strong> individual, sim, mas também<br />

revolucionar, transformar, mudar<br />

as estruturas políticas, econômicas,<br />

sociais, culturais ou ambientais, que<br />

possibilitem “vida plena” aos cidadãos.<br />

Sem essas transformações, a<br />

carida<strong>de</strong> individual per<strong>de</strong> sua eficácia<br />

para o conjunto da socieda<strong>de</strong>, impedindo,<br />

em última instância, a fraternida<strong>de</strong><br />

universal.<br />

Inscrições abertas para o Recriando com Jesus<br />

MARISTA.<br />

UMA LIÇÃO PARA<br />

A VIDA TODA.<br />

dom xavier Gilles<br />

Bispo emérito <strong>de</strong> Viana<br />

da missa na Igreja da Sé. o valor da<br />

a<strong>de</strong>são é R$ 10,00.<br />

o projeto Recriando com Jesus está<br />

marcado para o dia 30 <strong>de</strong>ste mês, das<br />

9h às 11h30. Mais informações pelos<br />

fones (98) 3222-7380 (Secretaria da<br />

Sé), 9612-6847 (Socorro) e 8168-4222<br />

(Elize).


6<br />

Padre Raimundo Gomes Meireles<br />

doutor em direito Canônico/Bacharel em direito Civil<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Dois padres e uma memória nos 400 anos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> O Apostolado da Oração<br />

Há quem diga que a origem da história da<br />

fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> se confun<strong>de</strong> com a<br />

história da Igreja Católica em terras maranhenses.<br />

Fato notável que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma pura e simples<br />

verda<strong>de</strong>. na oportunida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ríamos fazer<br />

referência a tantos padres <strong>de</strong> nossa arquidiocese, que<br />

foram gran<strong>de</strong>s baluartes em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no Maranhão<br />

e fora <strong>de</strong>le. Homens com espiritualida<strong>de</strong> centrada na<br />

evangelização do povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. Padres abnegados,<br />

lutadores, gigantes da fé, na sua maioria morreram<br />

pobres, <strong>de</strong>spojados <strong>de</strong> bens patrimoniais. Evita-se citar<br />

nomes, para não incidirmos na injustiça.<br />

Trazemos à baila dois nomes que marcaram a<br />

história da nossa arquidiocese na década <strong>de</strong> 40 do<br />

século passado. Trata-se <strong>de</strong> monsenhor José Maria<br />

Lemercier e do cônego João dos Santos Chaves. nas<br />

datas do falecimento <strong>de</strong>sses religiosos a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> simplesmente parou, assim noticiaram os<br />

jornais da época. o curioso é que o intervalo da data<br />

do falecimento <strong>de</strong> um para outro foi apenas <strong>de</strong> dois<br />

dias!<br />

Monsenhor Lemercier, como era conhecido<br />

entre nós, nasceu no dia 17 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1877, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marselha, na França. Filho <strong>de</strong> Lourenço<br />

Lemercier e a<strong>de</strong>lia Guioux Lemercier. Realizou os<br />

estudos eclesiásticos no tradicional Seminário <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> Sulpício em Paris. Chegou a <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> em 1908,<br />

quando dom Francisco <strong>de</strong> Paula e Silva foi eleito<br />

bispo do Maranhão. durante vários anos exerceu o<br />

cargo <strong>de</strong> chanceler do bispo dom Francisco, tendo<br />

sido <strong>de</strong>pois da morte daquele saudoso antístite, pároco<br />

da Paróquia <strong>São</strong> João Batista. Posteriormente,<br />

esteve nas dioceses <strong>de</strong> Belém do Pará e <strong>de</strong> Manaus,<br />

on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhou funções eclesiásticas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância. além do exercício dos ofícios eclesiásticos,<br />

como em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, exerceu também o magistério<br />

secundário em estabelecimentos oficiais.<br />

no Maranhão, no governo <strong>de</strong> dom Carlos Carmelo<br />

<strong>de</strong> Vasconcelos Mota, foi chanceler do arcebispado<br />

e vigário geral e, com a transferência daquele<br />

ilustre prelado para a capital <strong>São</strong> Paulo, foi eleito<br />

vigário capitular. Governou a arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> até a chegada <strong>de</strong> dom adalberto accioli Sobral,<br />

arcebispo metropolitano.<br />

dom adalberto o nomeou imediatamente vigário<br />

geral da arquidiocese, cargo em que permaneceu<br />

até o seu falecimento. Monsenhor Lemercier foi<br />

membro do cabido metropolitano e sócio efetivo do<br />

Instituto Histórico e Geográfico, on<strong>de</strong> foi empossado<br />

na ca<strong>de</strong>ira patrocinada por Claudio d’abbeville. Faleceu<br />

no dia 09.12.1948, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o corpo esteve<br />

exposto na catedral. Por ser um homem popular, uma<br />

gran<strong>de</strong> multidão acompanhou a missa <strong>de</strong> corpo presente.<br />

o jornal diário <strong>de</strong> <strong>São</strong> Luiz noticiou: “a cida<strong>de</strong><br />

foi, ontem, pela manhã, sacudida com a notícia do<br />

falecimento do Revdmº Monsenhor José Maria Lemercier,<br />

Vigário geral da arquidiocese e <strong>de</strong>stacada<br />

figura do clero maranhense”.<br />

a notícia do falecimento do religioso causou<br />

um alvoroço enorme na cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido a surpresa,<br />

dado o intempestivo do acontecimento que veio enlutar<br />

não somente a Igreja Católica, mas a própria<br />

socieda<strong>de</strong> em cujo seio o referido padre gozava merecido<br />

prestígio. Era um homem muito respeitado na<br />

socieda<strong>de</strong> maranhense. não se furtava <strong>de</strong> participar<br />

das ativida<strong>de</strong>s públicas, mantendo bom relacionamento<br />

com os representantes do po<strong>de</strong>r civil.<br />

Passada a surpresa do primeiro instante, po<strong>de</strong><br />

então, o povo sentir a gran<strong>de</strong> perda. E formou-se<br />

uma comovente romaria à Igreja <strong>de</strong> Santo antonio<br />

para on<strong>de</strong> o corpo do pranteado morto havia sido<br />

transportado após o seu passamento, que se <strong>de</strong>u no<br />

seminário da diocese on<strong>de</strong> residia, <strong>de</strong> forma muito<br />

simples.<br />

no livro <strong>de</strong> tombo do Seminário Santo antônio,<br />

do ano <strong>de</strong> 1948, está exarado: “9, quinta-feira, no<br />

seminário, o Cônego Lemercier, às 7,00 toca no botão<br />

da campainha que dá para o quarto do Pe. Eliseu.<br />

Este logo chama o médico, dr. Bacelar Portela. não<br />

há mais remédio, quando este chega, encontra-o nas<br />

últimas agonias, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> pulsar por completo o<br />

seu coração às 5,25hs da madrugada. Pela manhasinha,<br />

vem o Sr. arcebispo visitar o corpo do Monsenhor.<br />

Às nove horas transporta-se o corpo para a<br />

capela do Seminário, havendo missa solene, às 10<br />

horas <strong>de</strong> corpo presente. Oficiou o Sr. Pe. Reitor. As<br />

Três horas da tar<strong>de</strong> esteve o corpo do Monsenhor na<br />

capela recebendo dos seminaristas, por turma, suas<br />

orações. É <strong>de</strong>pois transportado para a Sé, exposto<br />

à visita pública até a hora do enterro às 5 horas da<br />

tar<strong>de</strong>. Encomendou o corpo, na sé o Sr. arcebispo<br />

d. adalberto Sobral. E, assim, terminou sua missão<br />

nesta vida...”. o religioso <strong>de</strong>ixou um testamento, publicado<br />

posteriormente no Jornal do Maranhão.<br />

na verda<strong>de</strong>, a missa <strong>de</strong> corpo presente foi celebrada<br />

pelo padre Luiz <strong>de</strong> Gonzaga negreiros, que<br />

substituiu o padre José Telles arruda em 16.01.1948<br />

na reitoria do seminário, com a assistência <strong>de</strong> todo o<br />

clero e o cabido metropolitano foi rezada a missa <strong>de</strong><br />

corpo presente às 9 horas, oportunida<strong>de</strong> que superlotou<br />

com uma multidão incompatível à majestosa<br />

Igreja <strong>de</strong> Santo antônio, localizada na praça antonio<br />

Lobo. após a celebração, foi aberto e lido o testamento<br />

<strong>de</strong>ixado pelo <strong>de</strong> cujus: “Em nome do Padre, e<br />

do Filho e do Espírito Santo. amém. Eu, Padre José<br />

Maria Lemercier, cônego catedrático da Catedral<br />

Metropolitana do Maranhão, nascido em França, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arle-sur-Rhone, aos 17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1877,<br />

filho legítimo <strong>de</strong> Laurent Lemercier e A<strong>de</strong>le Gutou<br />

Lemercier, já falecidos, naturalizado cidadão brasileiro,<br />

sacerdote católico, <strong>de</strong>claro: que <strong>de</strong>sejo morrer<br />

em conformida<strong>de</strong> à santa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, na hora<br />

e do modo que sua Providência <strong>de</strong>terminar, professando<br />

como professei durante a minha vida a santa<br />

religião católica apostólica, romana, a qual como<br />

sacerdote me <strong>de</strong>diquei. Peço perdão a <strong>de</strong>us das minhas<br />

faltas e negligências no seu serviço e também<br />

peço perdão ao meu próximo que posso ter ofendido.<br />

não <strong>de</strong>vo nada a ninguém e faço quitação aos que me<br />

<strong>de</strong>vem. Peço por carida<strong>de</strong> ao meu estimado cônego<br />

Fre<strong>de</strong>rico Chaves ou na sua falta, ao meu bom amigo<br />

Manoel Vasconcelos Martins, mandar executar as<br />

minhas últimas vonta<strong>de</strong>s e disposições testamenteiras<br />

que são: 1.° - <strong>de</strong>ixo tudo o que me pertence e se<br />

acha no meu quarto para o Seminário Santo antonio,<br />

inclusive o cálice, com a obrigação <strong>de</strong> celebrar duas<br />

missas pelo <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> minha alma; 2.º - O pouco<br />

dinheiro que possuo numa ca<strong>de</strong>rneta do Banco do<br />

Brasil e três apólices ao portador, do estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo, também para auxiliar o Seminário; 3.º - Se<br />

houver algumas intenções <strong>de</strong> missas não celebradas<br />

anotadas num ca<strong>de</strong>rno, <strong>de</strong> missas, será retirada a<br />

quantia necessária para sua celebração; 4.º - Se fosse<br />

possível, <strong>de</strong>sejaria que se mandasse para minha família,<br />

que muito sofreu durante a guerra, e <strong>de</strong> poucos<br />

recursos, a quantia <strong>de</strong> 10 ou 20 mil francos. Resi<strong>de</strong><br />

em Marseille, no en<strong>de</strong>reço seguinte: Madame Marine<br />

Guinier – Rue Buynex.<br />

<strong>de</strong>sejo que o meu enterro seja o mais simples<br />

possível, meu corpo revestido das vestes sacerdotais<br />

que me pertencem, e para o <strong>de</strong>scanso da minha alma,<br />

peço sejam celebradas umas missas gregorianas (30).<br />

Pedindo a <strong>de</strong>us e a minha boa Mãe Maria Santíssima<br />

a graça <strong>de</strong> morrer confortado”.<br />

Por volta das 14 horas o corpo do Monsenhor<br />

Lemercier foi transladado para a igreja Catedral,<br />

on<strong>de</strong> ficou exposto à visitação pública até às 19 horas,<br />

quando dom adalberto Sobral encomendou o<br />

corpo, auxiliado pelos bispos <strong>de</strong> Parnaíba e Pinheiro.<br />

na saída do féretro, o monsenhor Luiz Madureira,<br />

cônego Fre<strong>de</strong>rico Chaves, um dos seus maiores<br />

amigos, cônego José Moreno Santana, padre José<br />

Ribamar Carvalho e <strong>de</strong>mais sacerdotes seguraram<br />

nas alças do caixão. diante da igreja juntou-se uma<br />

gran<strong>de</strong> massa <strong>de</strong> fieis, organizando-se então, extenso<br />

cortejo <strong>de</strong> automóveis e inúmeras pessoas que, a pé,<br />

acompanhavam o virtuoso padre.<br />

no cemitério <strong>São</strong> Pantaleão, ou como é conhecido<br />

popularmente Gavião, aconteceu um espetáculo<br />

emocionante. Encontrava-se no local do sepultamento<br />

uma imensa multidão composta <strong>de</strong> todas as classes<br />

sociais, na sua maioria <strong>de</strong>rramando lágrimas <strong>de</strong><br />

sauda<strong>de</strong>s do gran<strong>de</strong> pastor <strong>de</strong> almas, amigo que em<br />

vida se doou, sobretudo, em favor dos empobrecidos<br />

que o procuravam.<br />

ao <strong>de</strong>slocar-se em direção à catacumba que<br />

iria receber o corpo do Monsenhor Lemercier, um<br />

dos maiores oradores sacros caxienses, cônego arias<br />

Cruz, usou da palavra e em nome do Instituto Histórico<br />

e Geográfico do Maranhão, instante em que<br />

<strong>de</strong>stacou a vivacida<strong>de</strong>, inteligência e abnegação <strong>de</strong><br />

quem havia dado parte <strong>de</strong> sua vida ao povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us<br />

maranhense.<br />

Por outro lado, três dias após o falecimento do<br />

Monsenhor Lemercier faleceu em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> o cônego<br />

João dos Santos Chaves, causando outra dor ao povo<br />

católico maranhense. a arquidiocese ainda estava<br />

se refazendo do duro golpe que sofreu com a morte<br />

prematura do Monsenhor Lemercier quando chegou<br />

a notícia do novo revez imposto ao povo e ao clero<br />

do Maranhão.<br />

O cônego João dos Santos Chaves, filho <strong>de</strong><br />

antonio dos Santos Chaves e Cosma damiana Chaves.<br />

nasceu nesta capital aos dias 27.01.1868, aqui<br />

cursou o então primário, <strong>de</strong>stacou-se entre os seus<br />

professores, um dos maiores historiadores do século<br />

passado, professor José Ribeiro do amaral. Entrou<br />

para o Seminário das Mercês em 1881 e permaneceu<br />

até 1886. quando do seu ingresso ao Seminário <strong>de</strong><br />

Santo antonio recebeu a tonsura em março do mesmo<br />

ano; o subdiaconato em 21.09.1889; o diaconato<br />

a 1º <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1890, or<strong>de</strong>nando-se padre a 21 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 1891, tendo cantado a primeira missa a<br />

19 <strong>de</strong> março do mesmo ano.<br />

or<strong>de</strong>nado foi pelo então bispo da diocese<br />

dom antônio Candido <strong>de</strong> alvarenga. Seguida sua<br />

formatura, foi nomeado capelão da Igreja dos Remédios<br />

e, em 1892, nomeado coadjutor da Paróquia da<br />

Conceição, tendo, em 1894, sido nomeado pároco da<br />

referida paróquia, cargo que até então ocupava. Exerceu<br />

vários ofícios eclesiásticos, foi nomeado cônego<br />

catedrático em 13.01.1901. Em 1925 representou a<br />

arquidiocese na peregrinação brasileira a Roma e no<br />

ano <strong>de</strong> 1931, foi eleito presi<strong>de</strong>nte do cabido metropolitano,<br />

tendo exercido os elevados cargos <strong>de</strong> vigário<br />

capitular e vigário geral da arquidiocese.<br />

Em 1898, fundou em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> um colégio<br />

primário, que funcionou durante 11 anos. Em 1900,<br />

foi nomeado inspetor do ensino primário da capital.<br />

Tendo sido por portaria <strong>de</strong> 01.03.1907, nomeado interinamente<br />

professor da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> latim do antigo<br />

Liceu Maranhense. Por <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 27.04.1911, foi<br />

provido vitalício na referida cátedra, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

concurso em que se submeteu. Como catedrático,<br />

exerceu várias vezes o cargo <strong>de</strong> diretor daquele nobre<br />

estabelecimento <strong>de</strong> ensino.<br />

na vida pública civil, no governo <strong>de</strong> Godofredo<br />

Viana, foi eleito <strong>de</strong>putado estadual e reeleito na<br />

administração Magalhães <strong>de</strong> almeida, exercendo na<br />

referida legislatura o cargo <strong>de</strong> primeiro secretário do<br />

Congresso Estadual. Em 21.01.1941 comemorou suas<br />

bodas <strong>de</strong> ouro sacerdotais, período em que houve<br />

uma gran<strong>de</strong> manifestação festiva<br />

ao nobre sacerdote.<br />

o Cônego Chaves faleceu<br />

às primeiras horas da manhã<br />

do dia 11.12.1948. assim<br />

noticiou o Jornal diário <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Luiz no dia seguinte: “faleceu ontem, o Revmº cônego<br />

João dos Santos Chaves, figura venerada e querida<br />

do clero maranhense e vigário da paróquia nossa Senhora<br />

da Conceição, cargo que exercera há cerca <strong>de</strong><br />

50 anos consecutivos, com a interrupção apenas do<br />

período <strong>de</strong> sua moléstia”.<br />

a notícia foi levada ao conhecimento público<br />

através dos anúncios constantes da Rádio Ribamar,<br />

por volta das 6h30, 15 minutos após o <strong>de</strong>senlace,<br />

que ocorreu no Hospital Tarquínio Lopes Filho.<br />

Fato a <strong>de</strong>stacar que, quando a imprensa chegou ao<br />

local on<strong>de</strong> se encontrava o corpo do venerado padre,<br />

já se encontrava lá dom adalberto Sobral, arcebispo<br />

do Maranhão, e seus secretários, além <strong>de</strong><br />

numerosas famílias <strong>de</strong> todas as classes, sobretudo,<br />

senhoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s posses, pois era um homem<br />

que possuía um gran<strong>de</strong> relacionamento com as pessoas<br />

da socieda<strong>de</strong>, mas sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser muito solícito<br />

com os pobres.<br />

o corpo foi transladado do hospital para a Catedral<br />

Metropolitana, on<strong>de</strong> ficou em câmara ar<strong>de</strong>nte<br />

até a hora do enterro. durante todo o dia, o velho<br />

templo <strong>de</strong>dicado a nossa Senhora da Vitória não se<br />

<strong>de</strong>spovoou. “Gran<strong>de</strong> multidão acotovelava-se em<br />

<strong>de</strong>rredor do ataú<strong>de</strong> on<strong>de</strong> repousava para a eternida<strong>de</strong><br />

o pranteado conterrâneo, e aos nossos ouvidos chegava<br />

<strong>de</strong> instante em instante, o eco do soluço que saía<br />

<strong>de</strong> todas as gargantas”, assim foi publicado em um<br />

diário local. Era realmente comovedor. Parecia que a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> curvava-se diante do cadáver do<br />

padre Chaves.<br />

o pároco da Paróquia nossa Senhora da Conceição<br />

criou em torno <strong>de</strong> si, pelos seus merecimentos<br />

próprios e pela tradição <strong>de</strong> uma vida <strong>de</strong>votada ao<br />

bem do próximo, uma aura <strong>de</strong> simpatia e afeição que<br />

tinha as suas raízes na consciência do próprio povo.<br />

o saudoso sacerdote faleceu aos 81 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Exerceu o apostolado eclesiástico ao longo dos 57<br />

anos, dos quais 50 como pároco da Paróquia nossa<br />

Senhora da Conceição, em cujo exercício soube<br />

conduzir-se <strong>de</strong> modo a merecer a estima e o respeito<br />

dos fiéis católicos. No exercício do sacerdócio, padre<br />

Chaves soube tornar-se digno <strong>de</strong> veneração do povo<br />

maranhense que tinha nele um amigo e conselheiro<br />

admirável.<br />

ao chegar o corpo na igreja Catedral celebrou-<br />

-se a missa <strong>de</strong> corpo presente, às 8 horas, sendo o<br />

celebrante o reverendíssimo cônego Fre<strong>de</strong>rico Chaves.<br />

antes daquele ato esteve no referido templo dom<br />

adalberto Sobral, que permaneceu horas em visita<br />

ao corpo do seu <strong>de</strong>dicado amigo, fazendo sentir a<br />

todo o clero maranhense o pesar e a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um gran<strong>de</strong> amigo, associando-se ao luto com que se<br />

cobriu a socieda<strong>de</strong> local.<br />

na igreja Catedral suce<strong>de</strong>u-se um fato importante<br />

que chamou atenção. o cônego Chaves envergava<br />

os mesmos paramentos com os quais tantas vezes<br />

espargiu na sua Igreja as bênçãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>us sobre<br />

os fiéis. Sobre o peito ostentava a cruz <strong>de</strong> benemerência<br />

com que fora, há pouco tempo, con<strong>de</strong>corado pela<br />

Santa Sé, como reconhecimento aos bons serviços<br />

prestados à Igreja católica no Maranhão.<br />

Às 15h30 chegou à igreja Catedral o arcebispo<br />

dom adalberto Sobral para a encomendação do<br />

corpo, com a presença <strong>de</strong> todos os membros do cabido<br />

e do clero local. após a cerimônia, o arcebispo<br />

retirou-se enquanto a multidão se comprimia em<br />

toda a nave, disputava espaço no instante <strong>de</strong> <strong>de</strong>positar<br />

o último beijo nas mãos sagradas do padre que,<br />

em vida, viveu como um verda<strong>de</strong>iro santo. Lágrimas<br />

abundantes corriam <strong>de</strong> todas as faces, assinalando<br />

o momento emocional das últimas homenagens ao<br />

pranteado morto.<br />

É impossível <strong>de</strong>screver os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>sse momento<br />

que se constituiu o enterro do Padre Chaves.<br />

a igreja da Sé não comportou a multidão que se<br />

encontrava no local, espalhando-se para o adro do<br />

templo e suas imediações externas. Houve no momento<br />

da <strong>de</strong>spedida uma exigência do povo, que o<br />

caixão fosse conduzido em seus braços até ao cemitério,<br />

sendo atendido o <strong>de</strong>sejo dos maranhenses. na<br />

saída do templo, segurou as alças do ataú<strong>de</strong> o ilustre<br />

jornalista alves <strong>de</strong> Melo, presi<strong>de</strong>nte da associação<br />

Maranhense <strong>de</strong> Imprensa, e representante das associações<br />

religiosas.<br />

o escultor maranhense Mauro Lima, auxiliado<br />

pelo doutro Joel Guimarães, moldou, em gesso,<br />

uma máscara do cônego João dos Santos Chaves,<br />

obra produzida com extraordinário acabamento, habilida<strong>de</strong><br />

e rara competência técnica e que foi exposta<br />

no saguão da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direito.<br />

nas comemorações do aniversário dos 400<br />

anos <strong>de</strong> fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e, naturalmente,<br />

da chegada dos primeiros missionários em<br />

terras maranhenses, não se po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />

memória a esses dois gran<strong>de</strong>s padres que aqui <strong>de</strong>ram<br />

suas vidas em favor da ação missionária em nossa<br />

arquidiocese. Missão essa que se iguala à mesma<br />

<strong>de</strong> todos os que se consagram em favor do Reino <strong>de</strong><br />

Deus. A história <strong>de</strong> todos os fiéis na Igreja <strong>de</strong> Cristo,<br />

na verda<strong>de</strong>, não só robustece a memória da Igreja,<br />

mas reconstrói a própria história dos prediletos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>us, aqueles que doaram suas vidas na gratuida<strong>de</strong><br />

da missão no <strong>de</strong>correr da história <strong>de</strong> nossa <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />

<strong>de</strong> nossa arquidiocese.<br />

Luis antônio dos Santos Pinto<br />

diretor do apostolado da oração<br />

a <strong>de</strong>voção ao Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus<br />

no Maranhão foi introduzida em 1880 pelo<br />

monsenhor João Tolentino Gue<strong>de</strong>lha Mourão.<br />

<strong>de</strong>voção instalada primeiramente na Igreja<br />

Santo antônio, se propaga na diocese pelo vibrante<br />

monsenhor Joaquim <strong>de</strong> oliveira Lopes.<br />

Em 1907, o apostolado da oração contava<br />

com 11 centros, dos quais dois eram na capital,<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>: Santo antônio e Santa Teresa. o<br />

seu crescimento era tão intenso que, em 1918,<br />

haviam sido fundados mais 22 centros, um<br />

crescimento <strong>de</strong> 200%.<br />

no ano <strong>de</strong> 1943, houve um arrefecimento<br />

na caminhada do apostolado da oração no Maranhão.<br />

Contudo, pela força do amor misericordioso<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>us e pelo valor da mensagem, ainda<br />

com sua própria simplicida<strong>de</strong>, o apostolado da<br />

oração conseguiu adaptar-se ao Vaticano II e<br />

manter-se atualizado.<br />

Entretanto, com a criação do direito<br />

arquidiocesano do apostolado da oração, na<br />

coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s nos centros, nota-<br />

-se um impulso maior com a implantação dos<br />

vários centros pelo Estado e a elaboração do<br />

seu regulamento.<br />

Hoje, o apostolado da oração no Maranhão<br />

é uma realida<strong>de</strong> com centros em quase<br />

todas as comunida<strong>de</strong>s, mantendo intensa ativida<strong>de</strong><br />

humanitária, on<strong>de</strong> o diretório arquidiocesano<br />

dirige e planeja as ações dos grupos em<br />

sintonia com a arquidiocese.<br />

Ao celebrarmos esse tempo – 400 anos<br />

<strong>de</strong> anúncio do Evangelho no Maranhão – os<br />

trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos pelo apostolado da<br />

Oração refletem um bom exemplo <strong>de</strong> evangelização.<br />

o apostolado da oração do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus é uma associação eclesial <strong>de</strong><br />

fiéis, a serviço da Igreja, do reino, dos irmãos.<br />

É um movimento <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> apostólica.<br />

nossa missão é evangelizar, viver a Eucaristia<br />

e viver das obras <strong>de</strong> Misericórdia. assim vive<br />

e caminha o nosso apostolado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1880 no<br />

Maranhão.<br />

Festejo <strong>de</strong> <strong>São</strong> José<br />

<strong>de</strong> Ribamar 2012<br />

Padre Cláudio Roberto Santos Cruz<br />

doutor em Teologia<br />

neste ano tão fecundo da graça do Senhor<br />

para a nossa Igreja, em todo o Maranhão,<br />

e para o nosso Santuário, em <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar,<br />

queremos manifestar nossa alegria e o<br />

nosso entusiasmo no trabalho para o Senhor.<br />

o nosso grandioso festejo, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> agosto<br />

a 09 <strong>de</strong> setembro, e a celebração dos 400<br />

anos <strong>de</strong> evangelização do Maranhão em nosso<br />

Santuário, no dia 08/09 <strong>de</strong> 2012, são motivos <strong>de</strong><br />

alegria e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> para todos<br />

nós. É honroso acolhermos em nosso Santuário<br />

bispos, padres e fiéis vindos <strong>de</strong> todas as dioceses<br />

do Maranhão. Por outro lado, cabe-nos<br />

também lembrar que este evento é um majestoso<br />

convite <strong>de</strong> Jesus Cristo para reavivarmos em<br />

nós mesmos o ardor missionário cristão.<br />

quanto mais acumularmos empenho,<br />

esforço e boa vonta<strong>de</strong> no trabalho do Senhor,<br />

tanto mais manifestaremos o amor concreto<br />

que sentimos pela expansão do Reino <strong>de</strong> <strong>de</strong>us<br />

e pelos irmãos, tanto mais tornaremos operosa<br />

a nossa esperança cristã. Como diz o Concílio<br />

Vaticano II: “a esperança <strong>de</strong> vida eterna não diminui<br />

em nada a importância das tarefas terrenas,<br />

mas, ao contrário, confere-lhes um motivo<br />

e um sentido superiores” (GS nº 21). daí po<strong>de</strong>mos<br />

enten<strong>de</strong>r que a nossa fé, e a nossa <strong>de</strong>voção<br />

a <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar, <strong>de</strong>vem nos levar ao trabalho,<br />

ao engajamento em nossas pastorais, à<br />

evangelização das pessoas e também ao esforço<br />

para transformar as realida<strong>de</strong>s sociais do nosso<br />

Maranhão.<br />

Segundo a Conferência <strong>de</strong> aparecida (nº<br />

147-148): “o discípulo missionário há <strong>de</strong> ser<br />

um homem ou uma mulher que torna visível o<br />

amor misericordioso do Pai, especialmente aos<br />

pobres e pecadores. ao participar <strong>de</strong>sta missão,<br />

o discípulo caminha para a santida<strong>de</strong>. Vivê-la<br />

na missão o conduz ao coração do mundo. Por<br />

isso, a santida<strong>de</strong> não é uma fuga para o intimismo<br />

ou para o individualismo religioso, muito<br />

menos um abandono da realida<strong>de</strong> urgente dos<br />

gran<strong>de</strong>s problemas econômicos, sociais e políticos”.<br />

o católico maranhense e o <strong>de</strong>voto <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

José <strong>de</strong> Ribamar são, portanto, chamados a manifestarem<br />

generosamente as consequências <strong>de</strong><br />

sua fé e <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>voção. Peçamos ao Senhor que<br />

faça frutificar em nós as sementes <strong>de</strong> graça lançadas<br />

em nossos corações durante este ano jubilar<br />

e durante o nosso grandioso festejo - 2012.<br />

abraço e bênção!


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

A Paulus em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

ao iniciar suas ativida<strong>de</strong>s no Brasil<br />

em 1931, a Paulus mostrou que pioneirismo,<br />

proativida<strong>de</strong>, ética e comprometimento são<br />

traços <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e norteiam suas<br />

ações. Já dizia o fundador da Pia Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, o Bem-aventurado Tiago alberione:<br />

“Vão e anunciem! Eu acredito em<br />

um gran<strong>de</strong> futuro para o Brasil”.<br />

nós também acreditamos! Tanto é<br />

que nossas iniciativas na missão <strong>de</strong> “falar <strong>de</strong><br />

tudo cristãmente” não pararam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então!<br />

a Paulus, hoje, possui em todo o território<br />

nacional livrarias, uma gravadora e, há pouco<br />

mais <strong>de</strong> cinco anos, a Faculda<strong>de</strong> Paulus<br />

<strong>de</strong> Tecnologia e Comunicação (FaPCoM).<br />

no dia 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 foi a<br />

vez <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> nos receber. nesse dia foi<br />

inaugurada a primeira Paulus Livraria em<br />

território maranhense, que ficava situada na<br />

Rua da Paz, número 121. Com um acervo<br />

<strong>de</strong> produtos nas diversas áreas do conhecimento,<br />

atraímos a população e fi<strong>de</strong>lizamos<br />

inúmeros clientes, que nos acolheram prontamente,<br />

<strong>de</strong> braços abertos. Tanto é que quase<br />

cinco anos <strong>de</strong>pois, em 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011,<br />

<strong>de</strong>cidimos nos mudar para uma loja ainda<br />

melhor, com amplas instalações e repleta <strong>de</strong><br />

produtos especialmente concebidos para difundir<br />

cada vez mais cultura e informação.<br />

na época, a cerimônia <strong>de</strong> reinauguração da<br />

nova livraria foi presidida pelo arcebispo<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário da Silva, e<br />

contou com a presença <strong>de</strong> dom José Carlos<br />

Chacorowski, bispo auxiliar. Hoje, estamos<br />

na Rua do Passeio, número 229.<br />

Temos a plena convicção <strong>de</strong> que lutamos<br />

para humanizar a socieda<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong><br />

que seja resgatada a dignida<strong>de</strong> do ser humano,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da fé que professe,<br />

por meio <strong>de</strong> conteúdos que possibilitem a<br />

reflexão sobre a influência da Comunicação<br />

Social no cotidiano das pessoas. Estamos<br />

certos <strong>de</strong> que <strong>de</strong>us continuará a abençoar o<br />

nosso caminhar e a parceria que mantemos<br />

com você, cliente Paulus.<br />

a todos os maranhenses, o nosso<br />

muito obrigado pelo reconhecimento e confiança!<br />

A<br />

Justiça e Paz, preocupação da Igreja pós-conciliar<br />

Muitos são os momentos <strong>de</strong> celebração da<br />

caminhada do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. agora, por exemplo,<br />

vive a Igreja Católica o momento <strong>de</strong> celebração jubilosa<br />

dos 50 anos da instalação do Concílio Vaticano<br />

II, cujos frutos são excelentes.<br />

o concílio indicou, na Constituição Pastoral<br />

Gaudium et Spes, documento que marca a relação<br />

da Igreja com o mundo, que era “muito oportuna<br />

a criação <strong>de</strong> um organismo da Igreja universal,<br />

com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar a comunida<strong>de</strong> dos católicos<br />

para que promovam o progresso das regiões indigentes<br />

e a justiça social entre as nações”.<br />

É sob este impulso que surge a Comissão<br />

Pontifícia Justiça e Paz, criada pelo papa Paulo VI,<br />

em janeiro <strong>de</strong> 1967, sediada em Roma, com representantes<br />

<strong>de</strong> todos os continentes, em cuja mensagem<br />

criava, também, o Conselho <strong>de</strong> Leigos. Foi <strong>de</strong>finida,<br />

então, como ativida<strong>de</strong> da Comissão Justiça<br />

e Paz “o estudo dos gran<strong>de</strong>s problemas da justiça<br />

social, com vistas ao <strong>de</strong>senvolvimento das nações<br />

jovens e especialmente quanto à fome e à paz no<br />

mundo”, que recebe mais vigor com a Encíclica Populorum<br />

Progressio, em março <strong>de</strong> 1967, que retoma<br />

os mesmos temas.<br />

o Concílio Vaticano II foi, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

o maior evento da Igreja Católica, no século xx,<br />

principalmente em sua última meta<strong>de</strong>. Convocado<br />

pelo saudoso João xxIII, instalado em outubro <strong>de</strong><br />

1962, prolongou-se até 1965, e, ainda hoje, é reconhecido<br />

como “um momento <strong>de</strong> reflexão global da<br />

Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com<br />

o mundo” (João Paulo II/ 1995). É a Igreja, através<br />

<strong>de</strong> um organismo <strong>de</strong> tanta relevância e responsabilida<strong>de</strong>,<br />

assumindo os <strong>de</strong>safios do mundo contemporâneo.<br />

É com este mesmo espírito que, logo em<br />

seguida, o papa Paulo VI recomenda às Conferências<br />

Episcopais nacionais a criação <strong>de</strong> estruturas<br />

semelhantes com os mesmos objetivos da Pontifícia<br />

Comissão Justiça e Paz.<br />

Esses ventos renovadores chegaram ao Brasil,<br />

exatamente quando os nossos bispos retornavam<br />

da Conferência <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>llín, em 1968, sacudidos<br />

pela “opção preferencial pelos pobres”, expressão<br />

proclamada ali, mas, há muito e sempre, síntese<br />

do Evangelho <strong>de</strong> Jesus, razão por que, em outubro<br />

daquele ano, <strong>de</strong>cidiram criar a Comissão Brasileira<br />

riqueza cultural do Brasil é imensa! Cada Estado e suas cida<strong>de</strong>s possuem os<br />

seus encantos. Em Minas encontramos as igrejas <strong>de</strong>coradas com ouro. Já as<br />

fibras do capim dourado são a matéria-prima para os artesanatos <strong>de</strong> Tocantins.<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> também é especial e possui suas belezas. A singeleza dos seus azulejos, que<br />

<strong>de</strong>coram igrejas e casarões, convive harmoniosamente com o colorido exuberante<br />

dos arraiais da mais importante manifestação folclórica do lugar: o bumba meu boi.<br />

A PAULUS parabeniza com muita alegria todos os maranhenses pelos 400 anos <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>! Ficamos contentes e honrados <strong>de</strong> participar da história <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>ste momento tão marcante na vida dos ludovicenses.<br />

Parabéns, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>!<br />

Justiça e Paz, cuja instalação se <strong>de</strong>u um ano <strong>de</strong>pois,<br />

tendo como norte os princípios enunciados na Encíclica<br />

Populorum Progressio.<br />

Suce<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criação da Comissão<br />

Brasileira tinha sido tomada um pouco antes do<br />

ato Institucional nº. 5, com o qual o regime militar<br />

brasileiro endureceu sua prática. Em <strong>de</strong>corrência<br />

disso, a nova comissão foi logo levada a cumprir<br />

um papel especial <strong>de</strong> proteção aos perseguidos pela<br />

ditadura. E, logo, começaram a surgir Comissões<br />

arquidiocesanas Justiça e Paz, como a <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo,<br />

Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />

Pernambuco...<br />

a Comissão Brasileira, aos poucos, foi ampliando<br />

seu campo <strong>de</strong> atuação, mas sem <strong>de</strong>ixar o seu<br />

carisma inicial <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> cristãos nas estruturas<br />

sociais, centrada nos seguintes eixos: estudo,<br />

produção <strong>de</strong> documentos e articulação com outros<br />

organismos da Igreja e com instituições comprometidas<br />

com a causa da justiça social, direitos humanos<br />

e promoção da dignida<strong>de</strong> da pessoa.<br />

Por isso, a presença das CJPs nos conflitos<br />

<strong>de</strong> terra – urbana e rural – na <strong>de</strong>fesa das comunida<strong>de</strong>s<br />

indígenas, do direito dos encarcerados,<br />

do direito à moradia e ao trabalho, do direito da<br />

criança e do adolescente, do direito à preservação<br />

ambiental e contra toda sorte <strong>de</strong> violência policial.<br />

não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser esse organismo ligado somente<br />

à questão do <strong>de</strong>senvolvimento dos países pobres e<br />

das relações entre estes países e o mundo <strong>de</strong>senvolvido,<br />

tratada na encíclica Populorum Progressio,<br />

mas que fora ampliada pelo próprio Paulo VI<br />

ao <strong>de</strong>marcar as estruturas <strong>de</strong>finitivas da Comissão,<br />

em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1976. a Comissão assumia, assim,<br />

a perspectiva <strong>de</strong> atuação que iria ser proclamada<br />

em 1981 por João Paulo II, na encíclica Laborem<br />

Exercens, quando este disse que a Pontifícia<br />

Comissão Justiça e Paz “tornou-se o principal centro<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação das diferentes manifestações<br />

da viva aplicação da Igreja e dos cristãos no que se<br />

refere à questão social”.<br />

É com todo esse sentimento e compromisso<br />

que nasceu a Comissão arquidiocesana Justiça<br />

e Paz <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no início dos anos 80, <strong>de</strong>corrente<br />

da inquietação <strong>de</strong> um pequeno grupo do Movimento<br />

<strong>de</strong> Cursilhos <strong>de</strong> Cristanda<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> ser<br />

Igreja no mundo, diante das <strong>de</strong>safiadoras situações<br />

PAULUS<br />

<strong>São</strong><br />

Livraria<br />

En<strong>de</strong>reço:<br />

Rua do Passeio, 229<br />

Centro – <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>/MA<br />

Tel.: (98) 3231.2665<br />

saoluis@paulus.com.br<br />

Helena Barros Heluy<br />

advogada e jornalista<br />

<strong>de</strong> injustiça gritantes nas realida<strong>de</strong>s<br />

temporais.<br />

assim, aos poucos,<br />

aquele grupo <strong>de</strong> cursilhistas<br />

foi se <strong>de</strong>parando com a realida<strong>de</strong><br />

carcerária (prisões ilegais,<br />

tortura, mortes nos xadrezes,<br />

celas superlotadas e sem aeração suficiente etc.),<br />

com a questão da moradia, dos péssimos transportes<br />

coletivos urbanos, com a causa do menino e menina<br />

<strong>de</strong> rua, todas elas interpeladoras dos cristãos e/<br />

ou pessoas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>.<br />

Tudo isso já vai para mais <strong>de</strong> 30 anos. E<br />

não faz mal relembrar que a CJP <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e seus<br />

membros estiveram presentes nas lutas pelo direito<br />

à moradia da Vila Padre xavier, Vila Menino Jesus<br />

<strong>de</strong> Praga, dos bairros Sá Viana, <strong>São</strong> Bernardo,<br />

João <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, Floresta (Promorar), Bom Jesus, Vila<br />

Itamar, Isabel Cafeteira, com os slogans: “a cida<strong>de</strong><br />

está crescendo, on<strong>de</strong> o pobre vai morar?” / “quem<br />

não tem para on<strong>de</strong> ir fica on<strong>de</strong> está”... A CJP – <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> <strong>de</strong>nunciou as atrocida<strong>de</strong>s cometidas nos cárceres<br />

e a violência policial contra meninos e meninas<br />

<strong>de</strong> rua e disse: presente!, na campanha pelas diretas<br />

– Já! e por uma Constituinte livre, soberana e<br />

<strong>de</strong>mocrática com a participação popular. Em 2005,<br />

coor<strong>de</strong>nou, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, a Campanha do <strong>de</strong>sarmamento.<br />

Dois outros <strong>de</strong>staques: um, na área jurídica;<br />

outro, na área <strong>de</strong> comunicação. o primeiro, através<br />

<strong>de</strong> um escritório <strong>de</strong> advocacia, assessorando movimentos<br />

e comunida<strong>de</strong>s atingidas pela violência do<br />

capital, como o MdFP (Movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos<br />

Favelados e Palafitados); e o segundo, coor<strong>de</strong>nando<br />

e apresentando o Programa “a lei é para todos”, na<br />

Rádio Educadora, semanalmente, <strong>de</strong> 1984 a 2008.<br />

nos últimos anos, a Comissão Justiça e Paz da arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> brinda com as quartas <strong>de</strong><br />

Paz os movimentos, as pastorais, estudantes, comunida<strong>de</strong><br />

acadêmica, militantes políticos, ativistas sociais,<br />

leigos e religiosos, todos movidos pelo <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> contribuir, também, com a construção do Reino.<br />

Encontros <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, pequenos<br />

abastecimentos mantenedores da mística, ajudam o<br />

cotidiano <strong>de</strong> seus membros no exercício da missão<br />

profética das CJPs, fruto do Concílio Vaticano II,<br />

também em terras do Maranhão.<br />

<strong>Luís</strong><br />

7


8<br />

A Pastoral da Juventu<strong>de</strong> na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

Cheguei a <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> para servir à Pastoral<br />

da Juventu<strong>de</strong> (PJ) e aos jovens em fevereiro <strong>de</strong><br />

1988, vindo <strong>de</strong> Santa Inês, diocese <strong>de</strong> Viana, e<br />

fiquei até fevereiro <strong>de</strong> 1993.<br />

Encontrei um belo caminho já percorrido<br />

pelo trabalho <strong>de</strong> assessoria <strong>de</strong>senvolvido pelo<br />

então seminarista Chagas, hoje Padre Chagas,<br />

da diocese <strong>de</strong> Brejo.<br />

algo que sempre me chamou a atenção<br />

foi a maneira séria como a coor<strong>de</strong>nação arquidiocesana<br />

da PJ tratava os temas, indo fundo na<br />

reflexão, <strong>de</strong>batendo as diversas possibilida<strong>de</strong>s,<br />

mas, uma vez que chegavam a uma <strong>de</strong>cisão, todos<br />

assumiam o caminho escolhido.<br />

outro elemento bonito na pastoral <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> foi a maneira plural como trabalhava, acolhendo<br />

todas as expressões juvenis: Pastoral da<br />

Juventu<strong>de</strong>, Pastoral da Juventu<strong>de</strong> do Meio Popular,<br />

Pastoral da Juventu<strong>de</strong> Estudantil, Pastoral<br />

Universitária e todos os movimentos juvenis<br />

como Marial Vicentino, Focolares, Jufra, MEJ<br />

e tantos outros que já eram organizados na arquidiocese.<br />

nos dias <strong>de</strong> hoje, a Igreja no Brasil discute<br />

a questão do trabalho conjunto <strong>de</strong> P Jotas e Movimentos,<br />

tema que a Pastoral da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> já vivia na prática em 88, 89,90...<br />

o trabalho funcionava com uma coor<strong>de</strong>nação<br />

arquidiocesana da PJ que se reunia todas<br />

as segundas-feiras à noite, on<strong>de</strong> havia representantes<br />

da PJ <strong>de</strong> cada paróquia, representantes da<br />

PJE, PJMP, PU e um representante dos movimentos.<br />

<strong>de</strong> três em três meses havia um encontro<br />

durante todo o domingo com as coor<strong>de</strong>nações<br />

<strong>de</strong> todas as P Jotas e movimentos e discutia-se<br />

assuntos <strong>de</strong> interesse comum como: dia nacional<br />

da Juventu<strong>de</strong>, Semana do Estudante e outras<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

Havia uma secretaria na arquidiocese e<br />

uma secretária liberada, a Ivanil<strong>de</strong>, que encaminhava<br />

a comunicação e fazia o papel <strong>de</strong> ponte<br />

entre as P Jotas, os movimentos, as <strong>de</strong>mais pas-<br />

Os primeiros missionários do Maranhão<br />

nos eventos comemorativos dos 400 anos<br />

da fundação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> pelos franceses<br />

que aqui aportaram com o objetivo <strong>de</strong> fundar<br />

uma colônia na Ilha Gran<strong>de</strong> do Maranhão, a<br />

arquidiocese ludovicense ressalta a chegada do<br />

Evangelho nestas terras.<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado as controvérsias historiográficas<br />

se a fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> é <strong>de</strong><br />

origem francesa ou portuguesa, o fato eclesial<br />

importante é que o Evangelho chegou entre nós<br />

através <strong>de</strong> quatro capuchinhos franceses da província<br />

<strong>de</strong> Paris, a saber: Frei Ivo <strong>de</strong> Evreux (superior<br />

da missão), Frei Claudio <strong>de</strong> abbeville, Frei<br />

arsênio <strong>de</strong> Paris e Frei ambrósio <strong>de</strong> amiens.<br />

Para a or<strong>de</strong>m capuchinha este fato reveste-se <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância histórica, pois representa a<br />

primeira tentativa missionária dos barbadinhos<br />

(como são chamados em Portugal nessa época)<br />

fora da Europa e dirigida, pela primeira vez à<br />

evangelização <strong>de</strong> povos pagãos.<br />

a missão dos capuchinhos teve curta duração<br />

<strong>de</strong> 1612 a 1615, pois o <strong>de</strong>stino dos fra<strong>de</strong>s<br />

seguiu aquele dos franceses após a conquista e<br />

expulsão pelos portugueses, li<strong>de</strong>rados por Jerônimo<br />

<strong>de</strong> albuquerque e alexandre <strong>de</strong> Moura.<br />

o que mais chama a nossa atenção são as<br />

duas obras que Frei Cláudio e Frei Ivo nos legaram.<br />

Frei Claudio ficou na missão mais ou menos<br />

quatro meses e <strong>de</strong>pois voltou para a França<br />

e lá publicou em 1614 a sua História da missão<br />

dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e<br />

terras circunvizinhas. Esta obra do Frei Claudio<br />

é <strong>de</strong> suma importância não somente para o início<br />

e a evolução da missão, mas também para o<br />

estudo da vida e costumes indígenas. Já Frei Ivo,<br />

o superior da missão, ficou mais <strong>de</strong> dois anos<br />

no Maranhão e suas observações são bem mais<br />

precisas. a sua obra Viagem ao norte do Brasil,<br />

no entanto foi amputada em cerca <strong>de</strong> 50 páginas<br />

por questões políticas.<br />

não temos dúvida que a semente do<br />

Evangelho foi semeada em solo maranhense<br />

há quatro séculos, <strong>de</strong>pois da expulsão dos capuchinhos<br />

vieram missionários. Mas no início<br />

foram os capuchinhos que lançaram as primeiras<br />

sementes. assim <strong>de</strong>screve Frei Claudio a<br />

primeira missa em terras maranhenses: “no<br />

dom Vilsom Basso<br />

Bispo da diocese <strong>de</strong> Caxias do Maranhão<br />

torais e as diversas organizações sociais.<br />

Eu era vigário paroquial na Paróquia nossa<br />

Senhora da Conceição, no Monte Castelo,<br />

trabalhando junto com dom Geraldo, pároco na<br />

época, e, como assessor da pastoral, dava expediente<br />

todas as manhãs na secretaria da Pastoral<br />

da Juventu<strong>de</strong>, na Cúria.<br />

outro elemento fundamental era a formação<br />

<strong>de</strong> assessores, assunto que era tratado com<br />

serieda<strong>de</strong>, pois <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong>pendia o bom andamento<br />

dos trabalhos, ajudando a iluminar a<br />

discussão e a caminhada da PJ.<br />

Foram elaborados subsídios para os assessores<br />

e também um livreto que ficou famoso<br />

chamado: Formação Integral: o Chão nosso <strong>de</strong><br />

Cada dia, com 50 temas para grupos <strong>de</strong> jovens,<br />

que teve a apresentação especial do querido arcebispo<br />

dom Paulo Ponte.<br />

quero <strong>de</strong>ixar aqui registrado que dom<br />

Paulo Ponte sempre <strong>de</strong>u um apoio incondicional<br />

à Pastoral da Juventu<strong>de</strong> na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong>.<br />

a Pastoral da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> conseguia<br />

unir fé e vida: se trabalhava muito a questão<br />

da mística, da espiritualida<strong>de</strong> e a consciência<br />

crítica, o compromisso eclesial e social. “a PJ<br />

somos nós, nossa força e nossa voz!” “Um jovem<br />

consciente é um jovem diferente!” <strong>São</strong> frases<br />

<strong>de</strong>sta época.<br />

<strong>de</strong>ste trabalho pastoral saíram muitos<br />

frutos, temos hoje sacerdotes, irmãs, inclusive<br />

uma monja carmelita, <strong>de</strong>putado estadual e muitos<br />

leigos e leigas comprometidos na Igreja e<br />

na socieda<strong>de</strong>: Padre Paulo, Frei Bernardo, Irmã<br />

Tereza <strong>de</strong> Jesus, monja carmelita que vive hoje<br />

na Espanha, Paulinho, Zóca, Walter, Ronilton,<br />

Márcia, Cláudia, Márcia Maria, Rogério, Bira<br />

do Pindaré, ana Luzia, Isabel, Luciene, Márcia<br />

Maia, Silvana... tantos e tantas.<br />

<strong>de</strong>us seja louvado pelos frutos <strong>de</strong>sta caminhada.<br />

<strong>de</strong>us seja louvado pela oportunida<strong>de</strong><br />

que tive <strong>de</strong> servir por cinco anos à causa da juventu<strong>de</strong><br />

na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. amém.<br />

Frei Gilson Bal<strong>de</strong>z oFMCap<br />

Professor <strong>de</strong> História da Igreja no IESMa e IRPa<br />

domingo, seguinte, 12 <strong>de</strong> agosto, celebramos,<br />

cada <strong>de</strong> nós quatro, o santo sacrifício da missa<br />

neste lugar, com uma alegria tal que prefiro <strong>de</strong>ixar-vos<br />

imaginar em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvê-la; pois,<br />

realmente, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver, contentando-<br />

-me somente em notar que não foi sem o mistério<br />

que <strong>de</strong>us, na sua providência, quis que esse<br />

dia, que a Igreja Romana e particularmente a<br />

or<strong>de</strong>m comemorava a festa da beata Clara, fosse<br />

<strong>de</strong>stinado para oferecer, pela primeira vez, o<br />

augustíssimo sacrifício: ele iluminou este novo<br />

mundo com a luz do verda<strong>de</strong>iro Sol divino, nosso<br />

Salvador Jesus Cristo, oferecido neste lugar<br />

como neste dia ele iluminara todo o mundo <strong>de</strong><br />

lá com a nova luz do nome, vida e milagres <strong>de</strong>stra<br />

gloriosa santa”.<br />

a morte <strong>de</strong> Frei ambrósio <strong>de</strong> amiens<br />

ocorrida no dia 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1612, muito<br />

entristeceu os seus coirmãos, ele foi o primeiro<br />

capuchinho sepultado em terras do Brasil. Esse<br />

fato convenceu os fra<strong>de</strong>s da necessida<strong>de</strong> pedir<br />

mais missionários para o vasto território, que<br />

aos poucos ia sendo <strong>de</strong>scortinado. E no dia22 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 1614 chegaram mais 12 missionários<br />

capuchinhos, tendo como superior Frei arcanjo<br />

<strong>de</strong> Pembroke, mas a situação na colônia não era<br />

brilhante, havia divisão entre os chefes.<br />

ainda que a missão capuchinha tenha<br />

durado tão pouco tempo, os fra<strong>de</strong>s que aqui<br />

aportaram estavam animados <strong>de</strong> um profundo<br />

ímpeto missionário, eles vieram para ficar, com<br />

o firme <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> permanecer aqui. Neste propósito<br />

escreve Frei Ivo: “ali escolhi a minha<br />

moradia, que um dia tinha <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> convento<br />

dos religiosos que eu esperava para me<br />

ajudarem.(...) na verda<strong>de</strong>, enchia-me <strong>de</strong> prazer<br />

imenso vendo nesta capelinha feita <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

coberta <strong>de</strong> folha <strong>de</strong> palmeiras (mais semelhante<br />

ao presépio <strong>de</strong> Belém do que àqueles gran<strong>de</strong>s e<br />

preciosos templos da Europa os nossos compatriotas<br />

franceses cantarem salmos e as matinas.<br />

(...) aumentou-se ainda mais esta <strong>de</strong>voção quando<br />

se edificou no forte a capela <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, à<br />

imitação das igrejas <strong>de</strong> nossos conventos (...)”.<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> quatro séculos a missão continua<br />

e é preciso recomeçar sempre <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo!<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong> Bens, Serviços e Turismo<br />

do Estado do Maranhão – FECOMÉRCIO-MA<br />

História e Evolução<br />

SISTEMA: FECOMÉRCIO/MA<br />

Para se enten<strong>de</strong>r o que é a FECoMÉRCIo/<br />

Ma, sua fundação, vida e objetivos, a sua dinâmica<br />

e a importância para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social <strong>de</strong>ssa entida<strong>de</strong> sindical, no<br />

Estado do Maranhão, é <strong>de</strong> se tomar como ponto<br />

<strong>de</strong> partida uma pirâmi<strong>de</strong>.<br />

na base <strong>de</strong> sustentação estão as gran<strong>de</strong>s, médias,<br />

pequenas e microempresas segmentos do<br />

comércio, <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> turismo. Hoje, conta<br />

com aproximadamente 35.000 (trinta e cinco mil)<br />

empresas. É que as empresas organizam-se em<br />

torno <strong>de</strong> sindicatos. os sindicatos, entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1º<br />

grau, são li<strong>de</strong>rados por pessoas que, não obstante<br />

os seus afazeres nas suas respectivas empresas,<br />

são, ainda, capazes <strong>de</strong> gerir essas organizações<br />

empresarias <strong>de</strong>dicando-se à <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> suas categorias<br />

econômicas. Esses sindicatos constituem<br />

a fe<strong>de</strong>ração a partir <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> filiação.<br />

Hoje são 19 sindicatos filiados.<br />

a pirâmi<strong>de</strong> é, portanto, constituída pelas<br />

empresas como se disse antes, sindicatos, a Fe<strong>de</strong>ração<br />

e a Confe<strong>de</strong>ração nacional do Comércio,<br />

que na formação da pirâmi<strong>de</strong> fica no seu topo,<br />

tendo, ainda, como braços fortes na prestação <strong>de</strong><br />

serviços às comunida<strong>de</strong>s, principalmente as mais<br />

carentes, o Serviço Social do Comércio – SESC<br />

e o Serviço nacional <strong>de</strong> aprendizagem Comercial<br />

– SENAC, que são entida<strong>de</strong>s mantidas pelas<br />

categorias econômicas do comércio e <strong>de</strong> serviços<br />

e dirigidas pela FECoMÉRCIo/Ma.<br />

a Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong> Bens, Serviços<br />

e Turismo do Estado do Maranhão (FECoMÉR-<br />

CIo/Ma), foi fundada em 26 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1953 e<br />

reconhecida pelo Ministério do Trabalho, através<br />

<strong>de</strong> Carta Sindical em 18.09.1953 e, em seu plano<br />

mais amplo, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa, coor<strong>de</strong>na<br />

os interesses das categorias representadas<br />

pelos sindicatos filiados e diretamente as categorias<br />

inorganizadas em sindicato.<br />

a assembleia geral <strong>de</strong> fundação da Fe<strong>de</strong>ração<br />

do Comércio do Estado do Maranhão, <strong>de</strong>signação<br />

inicial da entida<strong>de</strong>, foi realizada em 26 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 1953 e, <strong>de</strong>la tomaram parte: arnaldo <strong>de</strong><br />

Jesus Ferreira, Wady Miguel Safady nazar, João<br />

Marinho <strong>de</strong> araújo, Marcelino dos Reis nunes<br />

e alberto Souza almeida. os presentes representavam<br />

na ocasião os seguintes sindicatos fundadores:<br />

Sindicato do Comércio atacadista <strong>de</strong><br />

Gêneros alimentícios <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato do<br />

Comércio Varejista <strong>de</strong> Gêneros alimentícios <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato do comércio <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores<br />

ambulantes <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Sindicato dos Lojistas<br />

do Comércio <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e Sindicato <strong>de</strong> Hotéis e<br />

Similares <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

a se<strong>de</strong>, inicialmente, foi cedida pela associação<br />

Comercial do Maranhão, <strong>de</strong>pois, instalou-<br />

-se, em janeiro <strong>de</strong> 1954 em um prédio da Rua<br />

Sete <strong>de</strong> Setembro, nº 340 e, posteriormente, em<br />

abril <strong>de</strong> 1955, mudou-se para a Rua Humberto<br />

<strong>de</strong> Campos, nº 174. <strong>de</strong>pois voltou a instalar-se<br />

na avenida Pedro Segundo, 258, 1º andar, do<br />

Edifício Palácio do Comércio, em salas locadas<br />

a associação Comercial do Maranhão, tendo, todavia,<br />

sido instalada em sua atual se<strong>de</strong>, na Rua do<br />

outeiro, nº 456, em julho <strong>de</strong> 1988, porém, já está<br />

pronto, na avenida dos Holan<strong>de</strong>ses, um mo<strong>de</strong>rno<br />

Edifício <strong>de</strong> 11 (onze) andares, que sediará as<br />

administrações da FECoMÉRCIo/Ma, SESC e<br />

SEnaC.<br />

a Fe<strong>de</strong>ração do Comércio do Estado do Maranhão,<br />

no dia da sua fundação, 26.08.1953, foi<br />

instalada no primeiro andar do Edifício Palácio<br />

do Comércio (prédio da associação Comercial<br />

do Maranhão), em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, capital do Estado<br />

do Maranhão e, naquele dia, os <strong>de</strong>legados representantes<br />

dos 05 (cinco) sindicatos filiados, fundadores,<br />

elegeram a sua primeira diretoria assim<br />

constituída: arnaldo <strong>de</strong> Jesus Ferreira, presi<strong>de</strong>nte;<br />

Wady Miguel Nazar Safady, vice-presi<strong>de</strong>nte;<br />

Francisco Guimarães e Souza, diretor secretário<br />

e João Marinho <strong>de</strong> araújo, diretor tesoureiro.<br />

a diretoria eleita em agosto <strong>de</strong> 1953, dirigiu<br />

os <strong>de</strong>stinos da entida<strong>de</strong> sob a presidência do<br />

empresário arnaldo <strong>de</strong> Jesus Ferreira, até 16 <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 1955, quando o presi<strong>de</strong>nte afastou-se<br />

por licença, tendo, então assumido a presidência,<br />

o senhor Wady Miguel nazar Safady, que<br />

promoveu a eleição da nova diretoria, em 26 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 1955, quando foi eleita a seguinte dire-<br />

toria: presi<strong>de</strong>nte, Francisco Guimarães e Souza;<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte, José Almeida Ferreira; Diretor<br />

secretário, Hugo Luz e tesoureiro, nilton Felipe<br />

quadros.<br />

o senhor Francisco Guimarães e Souza, através<br />

<strong>de</strong> sucessivas eleições, dirigiu a FECoMÉR-<br />

CIo/Ma até 20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1967, quando<br />

foi sucedido pelo empresário Eucli<strong>de</strong>s nunes da<br />

costa e silva.<br />

o senhor Francisco Guimarães e Souza,<br />

através <strong>de</strong> eleições realizadas em 10 <strong>de</strong> agosto<br />

<strong>de</strong> 1979, voltou à presidência da FECoMÉRCIo,<br />

tendo, daí em diante, em sucessivas eleições sido<br />

reconduzido e dirigido a entida<strong>de</strong>, até o dia 21 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 1983, quando faleceu e foi sucedido pelo<br />

seu Vice-presi<strong>de</strong>nte José arteiro da Silva, atual<br />

presi<strong>de</strong>nte.<br />

É <strong>de</strong> se ressaltar que a FECoMÉRCIo é<br />

integrante do Sistema Confe<strong>de</strong>rativo da Representação<br />

Sindical do Comércio a que se refere<br />

o artigo 8º, Inciso IV, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />

regulamentado pela Resolução nº 01, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1990, do Conselho <strong>de</strong> Representantes<br />

da Confe<strong>de</strong>ração nacional do Comércio.<br />

a FECoMÉRCIo, na condição <strong>de</strong> entida<strong>de</strong><br />

sindical <strong>de</strong> grau superior, representante dos empregadores<br />

do comércio e <strong>de</strong> serviços, tem prerrogativas<br />

constitucionais e objetivos claros <strong>de</strong>lineados<br />

em seus estatutos e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> iniciativa, a economia formal e a legitimida<strong>de</strong><br />

da representação empresarial por setor e organizada<br />

através <strong>de</strong> sindicatos livres.


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Paulinas em <strong>São</strong> Luis, 33 anos <strong>de</strong><br />

presença evangelizadora<br />

Em meados <strong>de</strong> 1979, mais precisamente no mês<br />

<strong>de</strong> junho, duas Irmãs Paulinas <strong>de</strong>sembarcavam no aeroporto<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Luis, munidas <strong>de</strong> muito entusiasmo e<br />

cheias <strong>de</strong> idéias missionárias, com a missão específica<br />

<strong>de</strong> divulgar a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us no Maranhão, através da<br />

comunicação.<br />

o arcebispo <strong>de</strong> então, dom João José da Mota<br />

albuquerque, acolheu-as como uma bênção do céu<br />

para o povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, pois na cida<strong>de</strong> não havia, até<br />

então, nenhuma livraria que oferecesse material evangelizador.<br />

dom João da Mota facilitou-lhes uma sala<br />

contígua à Catedral, on<strong>de</strong> foi aberta uma pequena livraria,<br />

a primeira livraria religiosa em terras ludovicenses.<br />

a pequena semente não <strong>de</strong>morou a crescer e<br />

a produzir frutos abundantes. <strong>de</strong> forma que, oito anos<br />

<strong>de</strong>pois, novo local foi adquirido na Rua <strong>de</strong> Santana,<br />

on<strong>de</strong> até hoje Paulinas Livraria <strong>de</strong>senvolve um fecundo<br />

trabalho evangelizador.<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>de</strong> sua presença na cida<strong>de</strong>,<br />

as Irmãs Paulinas, além da atenção aos clientes na<br />

livraria, que se tornava cada dia mais conhecida e freqüentada,<br />

faziam também sua colaboração junto às paróquias<br />

e comunida<strong>de</strong>s periféricas da cida<strong>de</strong>, visitando<br />

famílias, participando <strong>de</strong> reuniões com catequistas,<br />

com grupos <strong>de</strong> jovens e outras ativida<strong>de</strong>s pastorais.<br />

Hoje, as Irmãs Paulinas, através da Paulinas Livraria,<br />

continuam sua missão específica <strong>de</strong> oferecer ao<br />

público produtos evangelizadores e fazer com que se<br />

torne cada dia mais realida<strong>de</strong> o pensamento do Fundador<br />

Tiago Alberione que afirmava: “A Livraria é a casa<br />

editora <strong>de</strong> Deus, é um templo; o livreiro, um pregador;<br />

o balcão é um púlpito da verda<strong>de</strong>...; os produtos (livros,<br />

Cds, dVds, posters e mensagens), são os frutos que<br />

vão prolongar nossa presença junto às pessoas que nos<br />

visitam”.<br />

a equipe <strong>de</strong> colaboradores empenha-se diariamente<br />

com eficiência na missão paulina, tanto no<br />

atendimento direto <strong>de</strong> nossos clientes, quanto no empenho<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, tais como: realização <strong>de</strong> cursos<br />

<strong>de</strong> formação bíblica, catequética, pedagógica, eventos<br />

e palestras para os públicos mais diversificados, facilitando<br />

consignações que auxiliam os livreiros a levar<br />

a missão paulina aos recantos mais longínquos do Maranhão.<br />

Com o lema “a comunicação a serviço da vida”,<br />

Paulinas Livraria tem proporcionado à comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> Luis momentos preciosos <strong>de</strong> fé, apoiando eventos<br />

<strong>de</strong> cunho artístico, cultural, religioso e social, os quais<br />

são muito apreciados pelas comunida<strong>de</strong> e público em<br />

geral.<br />

Vale ressaltar que a Bíblia, Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us,<br />

sempre foi o fundamento da missão <strong>de</strong> Paulinas Livraria<br />

e é o carro-chefe nas vendas da loja, pois são<br />

oferecidas Bíblias <strong>de</strong> todos os tamanhos, preços e editoras.<br />

É por ela e com ela que po<strong>de</strong>mos melhor aten<strong>de</strong>r<br />

a todos os que procuram, no meio comercial <strong>de</strong> nossa<br />

cida<strong>de</strong>, um local <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> constante.<br />

o tema educação também é tratado com carinho<br />

e os educadores encontram precioso material<br />

em livros, revistas, Cds e dVds que auxiliam seu<br />

trabalho pedagógico e facilitam sua tarefa <strong>de</strong> pesquisa<br />

e documentação. o catálogo infanto-juvenil conta<br />

aproximadamente com 500 títulos, distribuídos entre<br />

contos, lendas e formação. outros temas, como espiritualida<strong>de</strong>,<br />

teologia, cristologia, estudos bíblicos, liturgia,<br />

mariologia, biografias, auto-ajuda, mensagens<br />

e cultura geral tem um lugar privilegiado nas estantes<br />

da loja com atualização constante.<br />

a religiosida<strong>de</strong> popular, bastante acentuada no<br />

Maranhão, também encontra um ponto <strong>de</strong> apoio na<br />

Paulinas Livraria, que oferece abundância <strong>de</strong> <strong>de</strong>vocionários<br />

e especialmente terços e crucifixos que expressam<br />

a forte tendência religiosa <strong>de</strong> nosso povo.<br />

Entre aqueles que visitam nossa loja po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>stacar: sacerdotes, religiosos, catequistas, pessoas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> repercussão seja no âmbito <strong>de</strong> nosso estado<br />

como também no âmbito nacional e, é claro, o público<br />

em geral. Todos estes encontram em nossa livraria<br />

espaço para leitura, para oração e para aquisição <strong>de</strong><br />

livros e objetos que ajudarão no dia a dia, tanto na espiritualida<strong>de</strong><br />

das famílias e comunida<strong>de</strong>s, como também<br />

nas paróquias e escolas seja para catequese como para<br />

o ensino religioso.<br />

Alegrias e <strong>de</strong>safios suce<strong>de</strong>m-se no <strong>de</strong>correr dos<br />

dias, semanas e meses... a união e a garra são características<br />

que fazem o diferencial <strong>de</strong> nossa equipe <strong>de</strong><br />

colaboradores e tudo contribui para que a missão se<br />

realize sempre com novo entusiasmo a cada dia.<br />

A Pastoral da Criança no MA e<br />

na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

a história da Pastoral da Criança no Maranhão<br />

iniciou na diocese <strong>de</strong> Bacabal em novembro <strong>de</strong> 1984.<br />

Essa é uma história <strong>de</strong> amor, esperança, garra e muita<br />

<strong>de</strong>terminação. Uma verda<strong>de</strong>ira missão que une fé e<br />

vida.<br />

aten<strong>de</strong>ndo ao convite do bispo diocesano dom<br />

Pascásio Rettler, a dra. Zilda arns neumann visitou a<br />

diocese a fim <strong>de</strong> implantar a Pastoral da Criança. Nessa<br />

visita, dra. Zilda, com a ajuda do médico dr. Frei Klaus<br />

Th. Finkam e da Fátima, fez o primeiro treinamento das<br />

ações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> Porta aberta,<br />

ficando a cargo da Irmã Cecília a articulação na comunida<strong>de</strong>.<br />

na época já existia um grupo <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> na diocese.<br />

a partir <strong>de</strong> então começou a caminhada da Pastoral<br />

da Criança <strong>de</strong>ntro da Pastoral da Saú<strong>de</strong> da diocese.<br />

assim a nossa experiência local colaborou nos<br />

primeiros passos da Pastoral da Criança em Bacabal.<br />

assumimos <strong>de</strong> pleno coração a engenhosa metodologia<br />

da Pastoral da Criança no seu jeito profético e catequético<br />

<strong>de</strong> se valer da mulher como agente <strong>de</strong> sua própria<br />

transformação.<br />

nesta época, o índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil<br />

era muito alto, chegava a 300 por 1000 nascidos vivos.<br />

Muitas crianças morriam <strong>de</strong> doenças facilmente preveniveis,<br />

como por exemplo, a <strong>de</strong>sidratação causada pela<br />

diarreia, a <strong>de</strong>snutrição, verminoses, infecções respiratórias,<br />

etc.<br />

Com o gran<strong>de</strong> empenho dos voluntários essa situação<br />

mudou. Frei Klaus, então assumiu essa missão<br />

como primeiro coor<strong>de</strong>nador diocesano da Pastoral da<br />

Criança <strong>de</strong> Bacabal. Pois em 1980, Frei Klaus, junto<br />

com a dra. Hil<strong>de</strong>gard B. Richter da TaPS (Temas atuais<br />

na Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) – <strong>São</strong> Paulo, tinha introduzido<br />

no Brasil a colher-medida do soro caseiro.<br />

Uma outra colaboração marcante foi, em 1987, a<br />

convocação do Frei Klaus por parte da CnBB e UnICEF<br />

para coor<strong>de</strong>nar a Campanha nacional do Soro Caseiro.<br />

Um dia, quando dra. Zilda arns voltava <strong>de</strong> Bacabal,<br />

Frei Eurico a convidou para uma reunião com<br />

mães que já atuavam na Paróquia da Glória, em <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong>. nesta reunião dra Zilda apresentou o Projeto da<br />

Pastoral da Criança para umas 200 senhoras dos vários<br />

grupos <strong>de</strong> mães da Paróquia da Gloria e Vila Concei-<br />

ção, no Coroadinho, que foi escolhida como área-piloto<br />

para que a Pastoral da Criança fosse implantada na arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

as primeiras voluntárias foram: Lucia, Maria<br />

das dores, Leonete, dona duzinha, amélia, Rosário,<br />

Márcia, Maria <strong>de</strong> Jesus, Lourença, Zelinda, nilce, Vilma,<br />

Concita, Maria dos anjos, Maria Rosa, Rosário<br />

Machado, Juliana, Tereza, Maria Marques, Maria Batista,<br />

Marlene, Raimunda nonata, Raimunda Pereira,<br />

Magnólia, Rosangela, Irmã Graça (coor<strong>de</strong>nadora paroquial)<br />

e Irmã Speciosa (coor<strong>de</strong>nadora diocesana).<br />

no início <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1985, na primeira reunião,<br />

quase todos os componentes do grupo <strong>de</strong> mães<br />

se comprometeram a participar do treinamento, o primeiro<br />

ponto foi fazer o mapeamento da comunida<strong>de</strong>, o<br />

levantamento foi feito em duas etapas e em duas visitas.<br />

O treinamento <strong>de</strong>stas senhoras fortificou o seu<br />

espírito <strong>de</strong> serviço e solidarieda<strong>de</strong>. Houve até mães que<br />

<strong>de</strong>sejaram conceber novamente para po<strong>de</strong>rem experimentar<br />

as suas novas <strong>de</strong>scobertas e dar à socieda<strong>de</strong> um<br />

novo ser com um potencial humano bem mais <strong>de</strong>senvolvido.<br />

E também aconselhar com mais autenticida<strong>de</strong> as<br />

ações propostas, <strong>de</strong> modo especial o aleitamento materno.<br />

a partir <strong>de</strong> então começou a caminhada da Pastoral<br />

da Criança em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

Irmã Speciosa assumiu essa missão como primeira<br />

coor<strong>de</strong>nadora diocesana da Pastoral da Criança<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e logo começou a esten<strong>de</strong>r a primeira experiência<br />

para as paróquias. Frei Eurico foi e é um gran<strong>de</strong><br />

incentivador e colaborador da Pastoral da Criança.<br />

Uma característica forte do trabalho nesses anos<br />

era a inclusão das alternativas alimentares e a alimentação<br />

natural junto às ativida<strong>de</strong>s da Pastoral da Criança<br />

que ajudou muito no incentivo <strong>de</strong> cultivar a horta comunitária<br />

para melhorar a alimentação da própria família e<br />

ajudar na renda familiar.<br />

atualmente a Pastoral da Criança no Maranhão<br />

acompanha 64.142 crianças com 4.833 lí<strong>de</strong>res, 3.345<br />

pessoas <strong>de</strong> apoio em 1.790 comunida<strong>de</strong>s nos 157 municípios<br />

implantados.<br />

na arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> são acompanhadas<br />

3.494 crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos por 303 lí<strong>de</strong>res, 214 pessoas<br />

<strong>de</strong> apoio em 84 comunida<strong>de</strong>s. a Pastoral da Criança<br />

está presente em 24 paróquias <strong>de</strong> <strong>de</strong>z municípios.<br />

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9


10<br />

Quatrocentos anos <strong>de</strong> evangelização no Maranhão<br />

Falar dos 400 anos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

é falar dos 400 anos <strong>de</strong> evangelização do Maranhão.<br />

a missão da Igreja no Maranhão não se restringiu<br />

apenas à parte religiosa, mas, sobretudo,<br />

revelou-se civilizatória.<br />

nas três caravelas que aqui chegaram<br />

em 1612 — Régent, Charlotte e Sainte anne —,<br />

vinham a bordo os padres ambroise d’amiens,<br />

arsène <strong>de</strong> Paris, Clau<strong>de</strong> d’abbeville e Yves<br />

d’Evreux, os primeiros a <strong>de</strong>sembarcar e pregar<br />

sobre o <strong>de</strong>us cristão, que revelavam aos índios<br />

para convertê-los ao cristianismo.<br />

a história da cida<strong>de</strong> começa com a presença<br />

<strong>de</strong>sses padres, com a peregrinação pelas<br />

al<strong>de</strong>ias em busca <strong>de</strong> levar-lhes a revelação.<br />

o padre d’abbeville resume a missão com<br />

a afirmação <strong>de</strong> que “havíamos tomado posse da<br />

terra em nome <strong>de</strong> Jesus Cristo” e, antes <strong>de</strong> fazer<br />

conhecer as águas, as árvores, a fauna, ele explica<br />

o <strong>de</strong>sejo que os trazia àquelas longínquas paragens:<br />

“Conhecer os índios, sentir o bom odor<br />

entre nós; reconhecer-lhes os costumes, os modos<br />

<strong>de</strong> vida para, em seguida, fazer com que compreendam,<br />

facilmente, a finalida<strong>de</strong> com que lá estávamos.”<br />

É bom lembrar que d’abbeville escreveu<br />

seu famoso livro — Histoire <strong>de</strong> la Mission<br />

<strong>de</strong>s Pères Capucins en l’Isle <strong>de</strong> Maragnan et terres<br />

circonvoisines — quando já se encontrava na<br />

França, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, durante quatro meses, conseguir<br />

armazenar os conhecimentos que constituem<br />

o primeiro e mais <strong>de</strong>talhado livro sobre as coisas<br />

do Brasil e dos índios, seus costumes e hábitos.<br />

Regressando a Paris, as referências que o<br />

autor faz nas suas citações são as <strong>de</strong> quem fala <strong>de</strong><br />

coisas que vivenciou; daí por que são referências<br />

ao passado.<br />

o padre Yves d’Evreux, outro membro<br />

da missão, também <strong>de</strong>ixou um livro notável sobre<br />

sua passagem pelo Maranhão — Suite <strong>de</strong><br />

l’Histoire <strong>de</strong>s choses plus mémorables advenues<br />

em Maragnan —, <strong>de</strong> que, infelizmente, só foram<br />

salvos três exemplares, assim mesmo incompletos.<br />

Com a <strong>de</strong>rrota dos franceses, os franciscanos<br />

portugueses <strong>de</strong>cidiram criar uma missão<br />

<strong>de</strong> alta categoria, que incluía Frei Cristóvão <strong>de</strong><br />

Lisboa, autor <strong>de</strong> uma história sobre o Maranhão e<br />

também sobre animais e plantas. a primeira parte<br />

<strong>de</strong>ssa história foi perdida no incêndio <strong>de</strong> Lisboa,<br />

<strong>de</strong> 1755, mas a segunda, com gravuras belíssimas,<br />

sobre plantas e animais do Maranhão, foi salva,<br />

porque estava no gravador e, portanto, não foi<br />

atingida pelo incêndio que <strong>de</strong>struiu o arquivo da<br />

catedral.<br />

Frei Cristóvão <strong>de</strong> Lisboa era um erudito e<br />

conceituado historiador da or<strong>de</strong>m, bispo <strong>de</strong>signado<br />

<strong>de</strong> angola.<br />

Também com os libertadores portugueses<br />

vieram os jesuítas. <strong>de</strong>pois, vieram outras or<strong>de</strong>ns,<br />

como a dos carmelitas, e o Maranhão teve a <strong>de</strong>stinação<br />

<strong>de</strong> receber duas figuras das mais notáveis<br />

da Igreja: o padre antónio Vieira e o mártir<br />

Gabriel Malagrida, queimado na perseguição <strong>de</strong><br />

dom José e do Marquês <strong>de</strong> Pombal aos jesuítas.<br />

Também no século xVII, aportaram ao<br />

Maranhão os mercedários, que <strong>de</strong>sceram o amazonas,<br />

<strong>de</strong> Iquitos, com dois fra<strong>de</strong>s que fundaram<br />

conventos, um em Belém do Pará, outro em <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong>.<br />

quando visitou o Maranhão o papa João<br />

Paulo II, pedi ao núncio apostólico dom Carlo<br />

Furno, meu amigo, hoje car<strong>de</strong>al, que Sua Santida<strong>de</strong><br />

incluísse no programa o recentemente<br />

restaurado Convento das Mercês. dom Furno<br />

respon<strong>de</strong>u-me que, por motivos <strong>de</strong> segurança,<br />

o papa não po<strong>de</strong>ria visitar o convento, já que as<br />

ruas <strong>de</strong> acesso ao local não permitiam tal visita.<br />

Mas as minhas consi<strong>de</strong>rações sobre a presença<br />

do missionário e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> restauração do<br />

Convento das Mercês fizeram com que dom Carlo<br />

conseguisse do secretariado do Vaticano a inclusão<br />

<strong>de</strong> uma parte <strong>de</strong>sse texto, <strong>de</strong> minha autoria,<br />

na homilia feita pelo papa (Homilia do Papa João<br />

Paulo II na Missa Celebrada para os Fiéis da arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> do Maranhão.)<br />

Por isso, <strong>de</strong>sejo recordar este monumento<br />

que nos lembra um dos marcos fundamentais da<br />

evangelização na América Latina. Refiro-me ao<br />

Convento das Mercês que, recentemente restaurado<br />

por mãos generosas, concluirá sua reconstrução<br />

quando lhe for anexada a igreja que os padres<br />

mercedários construíram, no início <strong>de</strong>ste século,<br />

com enorme sacrifício e zelo.<br />

[...]<br />

não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar também <strong>de</strong> lembrar<br />

que o Maranhão foi o gran<strong>de</strong> foco irradiador no<br />

Brasil da <strong>de</strong>voção ao Coração <strong>de</strong> Jesus, tão querida<br />

do povo, através do zelo do insigne missio-<br />

nário e fundador <strong>de</strong> obras e institutos religiosos,<br />

o padre Gabriel Malagrida, que <strong>de</strong>ixou marcas<br />

profundas <strong>de</strong> sua ação apostólica em todo norte e<br />

nor<strong>de</strong>ste do Brasil do século <strong>de</strong>zoito!<br />

Essa parte transcreveu, na quase totalida<strong>de</strong>,<br />

as palavras do texto que man<strong>de</strong>i ao núncio<br />

apostólico, com o meu pedido <strong>de</strong> visita do papa ao<br />

Convento das Mercês.<br />

Cito um ponto da passagem <strong>de</strong> João Paulo<br />

por <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Eu, que tinha estado com ele no<br />

Vaticano e nas visitas que fez no Brasil, já não<br />

sendo mais presi<strong>de</strong>nte da República, estava a<br />

esperar o papa João Paulo no aeroporto. Então,<br />

eu me apresentei, sabendo que ele não entendia<br />

perfeitamente o português: “Je suis José Sarney,<br />

ancien prési<strong>de</strong>nt du Brésil.” qual não foi minha<br />

surpresa quando o papa pegou na minha mão e repetiu<br />

meu nome duas vezes: “Sarney! Sarney!” E<br />

perguntou: “Como vai o Brasil?” Vivíamos uma<br />

grave crise política com o problema do Collor. Eu<br />

respondi: “Cada vez mais precisando <strong>de</strong> suas preces,<br />

Santida<strong>de</strong>!”<br />

o Vaticano me pediu que escrevesse uma<br />

página, sobre a minha visita oficial a João Paulo<br />

II, num livro que organizou os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong><br />

todos os chefes <strong>de</strong> Estado que estiveram com o<br />

Papa. Contei que, na audiência, quando falamos<br />

sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> urgência na ação da Igreja<br />

para nos ajudar a resolver o problema da reforma<br />

agrária no Brasil, o papa respon<strong>de</strong>u-me: “aqui<br />

nada é urgente, presi<strong>de</strong>nte. nós lidamos com a<br />

eternida<strong>de</strong>!”<br />

durante minha vida, conheci quase todos<br />

os arcebispos que passaram por aqui e com eles<br />

mantive — com uns mais, com outros menos —<br />

bom relacionamento e amiza<strong>de</strong>.<br />

o primeiro foi dom Carlos Carmelo <strong>de</strong><br />

Vasconcelos Mota, que <strong>de</strong>pois veio a ser car<strong>de</strong>al<br />

<strong>de</strong> aparecida. dom Carmelo comparecia às missas<br />

e a todas as solenida<strong>de</strong>s paramentado. quando<br />

presi<strong>de</strong>nte da República, recebi dom Carmelo,<br />

ele já bem velhinho, no Planalto, e lembrei-lhe<br />

que eu era coroinha e o ajudava nas missas no Colégio<br />

Marista da Igreja da Sé.<br />

quando dom Carlos Carmelo saiu do Maranhão,<br />

o arcebispado ficou vazio, <strong>de</strong> 1944 a 1947,<br />

e respondia por ele o cônego e <strong>de</strong>pois Monsenhor<br />

Fre<strong>de</strong>rico Chaves, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> popularida<strong>de</strong>, muito<br />

querido e invocado como milagroso pelo povo<br />

maranhense. Ele era o confessor <strong>de</strong> minha mãe,<br />

que por ele tinha gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>voção.<br />

Recordo também a figura <strong>de</strong> dom Adalberto<br />

accioli Sobral, arcebispo que passou relativamente<br />

pouco tempo no Maranhão e chegou<br />

trazendo um Buick preto, que fazia o maior sucesso<br />

porque era o veículo mais solene que tinha<br />

chegado ao Estado. Este carro foi comprado pela<br />

prefeitura <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, quando era prefeito Epitácio<br />

Cafeteira, que o usava para seu transporte<br />

pessoal. Faziam parte do séquito do arcebispo os<br />

monsenhores Santana e Madureira — que ficou<br />

no Maranhão muito tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua saída e<br />

aqui faleceu como pároco <strong>de</strong> Rosário.<br />

dom adalberto era moreno escuro, bem<br />

alto, forte e gostava <strong>de</strong> pompas e <strong>de</strong> ser tratado<br />

como o eram os bispos e arcebispos antigamente,<br />

com o maior respeito e reverência. quando ele<br />

passava pelo Colégio Marista, ao entrar na nave<br />

da igreja, cantávamos o hino que ele mandara fazer<br />

em homenagem a sua pessoa.<br />

Saudação a dom adalberto accioli Sobral<br />

Salve, salve, nosso Bispo adalberto.<br />

aceitai os cânticos <strong>de</strong> alegria.<br />

os cânticos <strong>de</strong> vitória e alegria.<br />

Benditos sejam na Santa Igreja<br />

o bom pastor e nosso digno pai.<br />

o bom pastor e nosso digno pai.<br />

Viva!<br />

Viva nosso arcebispo adalberto Sobral!<br />

o Hino a dom adalberto — uma composição<br />

do Irmão Hélio, Regente da orquestra<br />

Carlos Gomes no Colégio Marista — era entoado<br />

em todas as missas a que dom adalberto estivesse<br />

presente. após ser cantado o Christus Vincit,<br />

Christus Regna, Christus Imperat, acrescentava-<br />

-se o estribilho: adalbertus episcopus, pater est<br />

salus perpetuo.<br />

Contava-se que dom adalberto tinha horror<br />

a ratos, que eram habitantes do Palácio Episcopal.<br />

Ele ficava <strong>de</strong>itado numa re<strong>de</strong>, em seu quarto,<br />

e colocava quatro seminaristas em cada ponto<br />

do cômodo e pedia ao monsenhor: “Fre<strong>de</strong>rico,<br />

man<strong>de</strong> os seminaristas miarem para espantar os<br />

ratos.” Então, os seminaristas, um em cada canto<br />

do quarto, ficavam miando: “Miau. Miau. Miau.<br />

Miau.”<br />

Devo <strong>de</strong>stacar a figura excepcional <strong>de</strong><br />

dom José <strong>de</strong>lgado, um homem operoso e trabalhador,<br />

que fez uma verda<strong>de</strong>ira revolução na<br />

Igreja no Maranhão e foi o fundador da primeira<br />

universida<strong>de</strong> que tivemos no Estado, a Universida<strong>de</strong><br />

Católica. Foi dom José quem me casou.<br />

Muito mais tar<strong>de</strong>, quando Roseana marcou seu<br />

casamento, ele morava em Fortaleza. Man<strong>de</strong>i<br />

convidá-lo para presidir a cerimônia do matrimônio.<br />

Ele veio. quando consegui com o presi<strong>de</strong>nte<br />

Castelo a criação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Maranhão, a Universida<strong>de</strong> Católica atravessava<br />

gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s e talvez não tivesse condições<br />

<strong>de</strong> manutenção. Vali-me, então, da minha<br />

relação com dom <strong>de</strong>lgado e com padre Ribamar<br />

para fazermos um acordo e juntarmos as duas casas,<br />

com a participação da Igreja, conjuntamente<br />

com o Governo Fe<strong>de</strong>ral.<br />

Foi dom <strong>de</strong>lgado também quem imprimiu<br />

à Igreja maranhense um espírito <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo,<br />

criando a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, a Escola<br />

do Serviço Social, a Rádio da arquidiocese<br />

e o Jornal do Maranhão, mo<strong>de</strong>rnizou a catequese<br />

e <strong>de</strong>u gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação às coisas da Igreja. Ele,<br />

sem dúvida alguma, <strong>de</strong>ixou uma marca profunda<br />

na Igreja no Maranhão.<br />

outro arcebispo com quem tive ligação<br />

bem próxima foi dom João José da Motta e albuquerque,<br />

facilitada essa ligação pelo fato <strong>de</strong> ser<br />

irmão do Mauro Motta, meu amigo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> moço,<br />

que dirigia o diário <strong>de</strong> Pernambuco, no qual tive<br />

meus primeiros versos publicados, e <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>pois<br />

fui colega na aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras.<br />

dom Motta era um homem afável, extremamente<br />

místico e muito simples.<br />

dom Motta trouxe ao Maranhão, para<br />

morar com ele, uma tia bem velhinha. Contou-<br />

-me que ela tinha uma ca<strong>de</strong>rneta em que anotava<br />

os seus pecados. Uma das brinca<strong>de</strong>iras que dom<br />

Motta fazia era pegar essa ca<strong>de</strong>rneta e escon<strong>de</strong>r.<br />

Então, ela ficava profundamente preocupada.<br />

Um dia, ele resolveu bisbilhotar os pecados <strong>de</strong>la<br />

na ca<strong>de</strong>rneta. Um <strong>de</strong>les era o seguinte: “Hoje, eu<br />

pensei mal do jardineiro achando que ele não tivesse<br />

molhado as plantas. Depois, verifiquei que<br />

era um mau pensamento, porque ele o tinha feito”.<br />

Eu tinha por hábito visitar dom Motta domingo<br />

à tar<strong>de</strong> e lá ficava, em longas conversas —<br />

era o tempo da Revolução, e eu era governador do<br />

Maranhão —, comentando sobre os problemas,<br />

alguns relativos aos militares com o clero — problemas<br />

que, no Maranhão, foram conduzidos pelo<br />

arcebispo com gran<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>.<br />

Outra figura da Igreja no Maranhão, essa<br />

mais antiga, mas que <strong>de</strong>ixou uma marca bem folclórica<br />

pela sua personalida<strong>de</strong>, foi a do primeiro<br />

arcebispo, dom otaviano <strong>de</strong> albuquerque, que se<br />

dizia ser nobre três vezes: porque era Príncipe da<br />

Igreja, era albuquerque, uma família da nobreza,<br />

e tinha dinheiro.<br />

Contava-se uma história passada em <strong>São</strong><br />

Bento, aon<strong>de</strong> ele ia para iniciar as <strong>de</strong>sobrigas, o<br />

que naquele tempo era feito a cavalo, pelo interior<br />

do Maranhão, sem estrada. Eram emprestados<br />

cavalos por aqueles que ajudavam na passagem<br />

do arcebispo, que montava em um cavalo com os<br />

melhores arreios que lá se encontravam. numa<br />

<strong>de</strong>ssas visitas, dom otaviano, durante o cortejo,<br />

fazia comentários sobre o cavalo que lhe tinha<br />

sido entregue pelo padre da paróquia: “<strong>de</strong> quem<br />

é este cavalo?” “É do Marcionílio”, respon<strong>de</strong>u-lhe<br />

o padre, que morava em frente à casa do meu avô.<br />

dom otaviano, ainda durante o cortejo, mandou<br />

chamar o Marcionílio e disse-lhe: “que bom cavalo!<br />

É um ótimo cavalo. não queres me vendê-<br />

-lo?” Marcionílio respon<strong>de</strong>u-lhe: “o cavalo é seu,<br />

dom otaviano. Para mim, é uma gran<strong>de</strong> honra dar<br />

o melhor cavalo ao bispo.” E dom otaviano fez<br />

as <strong>de</strong>sobrigas nos municípios da Baixada Maranhense<br />

montado no cavalo. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> três meses,<br />

encerradas as <strong>de</strong>sobrigas, dom otaviano chamou<br />

o Marcionílio, o antigo dono do cavalo, e disse-<br />

-lhe: “Tenho pensado que não tenho como botar o<br />

cavalo <strong>de</strong>ntro da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Você,<br />

que está acostumado com o animal, quanto vale<br />

este cavalo?” Marcionílio respon<strong>de</strong>u-lhe: “Vale<br />

50 mil-réis.” “Pois, então, pague-me 30 e fique<br />

com o cavalo!” E ven<strong>de</strong>u-lhe o cavalo e recebeu<br />

os 30 mil-réis.<br />

Esse era dom otaviano <strong>de</strong> albuquerque,<br />

arcebispo do Maranhão <strong>de</strong> 1922 a 1935.<br />

outro bispo do Maranhão, que não foi<br />

arcebispo, mas com quem tive um bom relacionamento,<br />

foi dom Felipe Condurú Pacheco, que<br />

me batizou. Era filho <strong>de</strong> <strong>São</strong> Bento, terra dos<br />

meus pais e avós. dom Felipe escreveu a História<br />

Eclesiástica do Maranhão, que man<strong>de</strong>i publicar<br />

quando eu era governador do Estado. Escreveu<br />

também outro livro, Pai e Mestre, no qual conta a<br />

história do seu pai, o professor Benício Felipe <strong>de</strong><br />

oliveira Condurú.<br />

José Sarney<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Senado<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

quando ele foi nomeado<br />

bispo, foi visitar <strong>São</strong><br />

Bento, e meu pai fez a saudação<br />

em nome da cida<strong>de</strong>,<br />

pelo filho que tinha chegado<br />

a tão alto cargo <strong>de</strong> dignitário<br />

da Igreja. Eu, menino, fiquei alegre, e com os<br />

outros meninos fizemos alas pela cida<strong>de</strong> inteira<br />

para a passagem do bispo.<br />

dom Felipe fazia-me cartões muito bons,<br />

quando eu era governador. Em um <strong>de</strong>les, dizia:<br />

“Senhor Governador, ouvi, na Rádio do Estado,<br />

um locutor chamar o nome do Município <strong>São</strong> Vicente<br />

<strong>de</strong> Ferrer, quando, na realida<strong>de</strong>, não existe<br />

esse santo. o correto é <strong>São</strong> Vicente Ferrer, nome<br />

do santo. E não posso admitir que a Rádio do Estado<br />

cometa erro <strong>de</strong>ssa natureza!”<br />

outro cartão que ele me enviou, durante<br />

o carnaval, dizia — o slogan da nossa campanha<br />

era Maranhão novo — o seguinte: “não fale em<br />

Maranhão novo. Enquanto existir a <strong>de</strong>vassidão do<br />

carnaval, o Maranhão não po<strong>de</strong> ser novo!”<br />

Ele morava no Palácio Episcopal, no fim<br />

da sua vida, num quarto com um aviso na porta:<br />

“Se quiser falar com dom Felipe, não bata na<br />

porta três vezes. quando ele quer aten<strong>de</strong>r, aten<strong>de</strong><br />

na segunda batida. Se ele não aten<strong>de</strong>r na segunda<br />

batida, retire-se porque ele não <strong>de</strong>seja recebê-lo.”<br />

Devo recordar também a figura extraordinária<br />

<strong>de</strong> dom Paulo Eduardo andra<strong>de</strong> Ponte, com<br />

quem tive um relacionamento não tão estreito,<br />

mas que foi sempre amistoso, e uma aproximação<br />

feita por intermédio da minha amiza<strong>de</strong> com seu<br />

irmão, Luiz Ponte, <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral e meu Ministro<br />

<strong>de</strong> Estado quando presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

Ele sofreu bastante no exercício do episcopado,<br />

enfrentando vários problemas. Próximo à sua<br />

morte, muitas vezes, visitei-o no hospital. quando<br />

ele morreu, tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> publicar um<br />

artigo sobre o que ele tinha realizado em favor da<br />

Igreja no Maranhão.<br />

Outra figura excepcional do clero maranhense,<br />

com quem tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver,<br />

foi dom xavier Gilles, a quem conheci quando<br />

aqui chegou, bem moço — ele era pároco do<br />

Bairro Cavaco, hoje Fátima —, cheio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e<br />

voltado para as causas sociais. Recém-chegado<br />

da Europa, teve um gran<strong>de</strong> choque cultural com<br />

a vivência da realida<strong>de</strong> e da injustiça social com<br />

que teve que lidar. Restaurou a Peregrinação <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar, com as i<strong>de</strong>ias e sugestões<br />

para fazermos o caminho <strong>de</strong> <strong>São</strong> José, bem como<br />

a estátua que guarda a Baía <strong>de</strong> <strong>São</strong> José.<br />

É um homem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s virtu<strong>de</strong>s, que<br />

abandonou tudo, uma vez que era <strong>de</strong> família <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s posses na França e <strong>de</strong> alto nível social,<br />

para <strong>de</strong>dicar toda sua vida a serviço <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e da<br />

Igreja, trabalhando pelos pobres e injustiçados.<br />

dom xavier é, sem dúvida alguma, um<br />

exemplo <strong>de</strong> vida. Jubilado hoje — é bispo emérito<br />

<strong>de</strong> Viana —, vive no antigo leprosário, <strong>de</strong>dicado<br />

à tarefa <strong>de</strong> fazer o bem e manter viva, e cada vez<br />

mais sublimada, a sua missão <strong>de</strong> sacerdote.<br />

o atual arcebispo do Maranhão, dom frei<br />

José Belisário da Silva, é uma figura eminente do<br />

clero e ocupa lugar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na Igreja<br />

brasileira.<br />

Com o meu afastamento do Estado, pelas<br />

obrigações das minhas funções, que me fizeram<br />

residir na capital do País, perdi, <strong>de</strong> certo modo, a<br />

ligação estreita com o clero maranhense, uma vez<br />

que tenho mantido, ao longo <strong>de</strong> minha vida, sem<br />

vacilação, a minha fé, a minha crença no <strong>de</strong>us da<br />

minha mocida<strong>de</strong>, que me guardou das assombrações<br />

dos meninos do interior do Maranhão. na<br />

minha juventu<strong>de</strong>, na qual tantos “ismos” foram<br />

colocados em dúvida pela mocida<strong>de</strong>, o único que<br />

guar<strong>de</strong>i com a maior felicida<strong>de</strong> foi o Cristianismo.<br />

Como cristão, <strong>de</strong>us pôs Suas mãos na minha<br />

cabeça e me entregou ao cumprimento <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>stino, que resumi no poema que escrevi, Homilia<br />

do Juízo Final:<br />

Tenho um encontro com <strong>de</strong>us:<br />

— José!<br />

on<strong>de</strong> estão tuas mãos que eu enchi<br />

<strong>de</strong> estrelas?<br />

Estão aqui, neste bal<strong>de</strong> <strong>de</strong> juçaras<br />

e sofrimentos.<br />

a Igreja no Maranhão é uma das mais<br />

tradicionais do Brasil, rivalizando-se com as<br />

primeiras, uma vez que a nossa arquidiocese era<br />

sufragânea da <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1677, e as nossas<br />

ligações sempre foram mais estreitas com as tradicionais<br />

universida<strong>de</strong>s teológicas da Europa, que<br />

preparou o nosso clero e aqui produziu gran<strong>de</strong>s<br />

figuras, que extrapolaram os conhecimentos da<br />

religião para contribuírem com a literatura terrena,<br />

na poesia e na história.


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Detran - MA 46 anos trabalhando a favor <strong>de</strong> um trânsito seguro<br />

o <strong>de</strong>partamento Estadual <strong>de</strong><br />

Trânsito foi criado há exatos 46 anos,<br />

<strong>de</strong>vido principalmente ao crescimento<br />

<strong>de</strong> tráfego e da complexida<strong>de</strong> dos serviços<br />

<strong>de</strong> trânsito em todo o Estado, além<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar um órgão<br />

com uma soma <strong>de</strong> atribuições e obrigações<br />

que pu<strong>de</strong>sse organizar o trânsito e<br />

absorver recursos e pessoal para isso.<br />

assim diante <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong><br />

foi publicado no diário da assembleia<br />

a mensagem do então governador do<br />

Estado, José Sarney, apresentando formalmente<br />

o projeto da criação do <strong>de</strong>partamento<br />

Estadual <strong>de</strong> Trânsito à assembleia<br />

Legislativa do Estado.<br />

antes <strong>de</strong> 1966, o <strong>de</strong>partamento<br />

era chamado <strong>de</strong> Inspetoria Estadual <strong>de</strong><br />

Trânsito, órgão subordinado à Chefatura<br />

<strong>de</strong> Polícia do Estado.<br />

a partir <strong>de</strong>sse importante medida<br />

do ex-governador e hoje presi<strong>de</strong>nte do<br />

Senado Fe<strong>de</strong>ral, José Sarney, nasceu o<br />

<strong>de</strong>partamento Estadual <strong>de</strong> Trânsito do<br />

Maranhão (<strong>de</strong>tran - Ma), órgão executivo<br />

do Sistema nacional <strong>de</strong> Trânsito<br />

com Jurisdição em todo o Estado do<br />

Maranhão, por força da Lei Fe<strong>de</strong>ral nº<br />

5.108, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1966, transformado<br />

em autarquia, por meio da Lei<br />

Estadual nº 2.668, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

1966.<br />

o <strong>de</strong>tran - Ma funcionava em<br />

um pequeno prédio no bairro da Madre<br />

<strong>de</strong>us, próximo ao Centro <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e<br />

foi um dos primeiros órgãos <strong>de</strong> trânsito<br />

a ser implantado no Brasil, antes mesmo<br />

<strong>de</strong> estados como Pernambuco, Sergipe,<br />

Pará, Bahia e Mato Grosso do Sul. Mesmo<br />

sendo uma autarquia, o <strong>de</strong>partamento<br />

é vinculado à Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />

Segurança Pública até hoje.<br />

No final da década <strong>de</strong> 80, a se<strong>de</strong><br />

do <strong>de</strong>partamento foi transferida para<br />

uma área bem maior localizada no bairro<br />

da Vila Palmeira, on<strong>de</strong> funciona a<br />

se<strong>de</strong> administrativa e um posto <strong>de</strong> atendimento<br />

on<strong>de</strong> os usuários po<strong>de</strong>m realizar<br />

seus serviços tanto <strong>de</strong> habilitação,<br />

quanto <strong>de</strong> veículos.<br />

nos anos 90, na gestão <strong>de</strong> Heitor<br />

Heluy, foram criadas as Circunscrições<br />

Regionais <strong>de</strong> Trânsito (Ciretrans), uma<br />

espécie <strong>de</strong> filiais do <strong>de</strong>partamento, nos<br />

municípios <strong>de</strong> açailândia, Bacabal, Balsas,<br />

Barra do Corda, Caxias, Chapadinha,<br />

Codó, Grajaú, Imperatriz, Pedreiras,<br />

Pinheiro, Presi<strong>de</strong>nte dutra, Santa<br />

Inês, <strong>São</strong> João dos Patos e Timon, totalizando<br />

15 por todo o Estado.<br />

o <strong>de</strong>tran - Ma é regido pelo <strong>de</strong>creto<br />

Estadual n° 20.242 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2004 e tem como missão planejar,<br />

coor<strong>de</strong>nar, fiscalizar, controlar e executar<br />

a política estadual <strong>de</strong> trânsito no Maranhão.<br />

<strong>de</strong>ntre os serviços oferecidos<br />

estão o cadastro e emissão <strong>de</strong> Carteira<br />

nacional <strong>de</strong> Habilitação, exames teóricos<br />

e práticos, registro e licenciamento<br />

<strong>de</strong> veículos, emissão <strong>de</strong> boleto <strong>de</strong> IPVa,<br />

seguro, multas e taxas, comunicado <strong>de</strong><br />

venda <strong>de</strong> veículos e atualização <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços.<br />

Segundo a servidora do setor <strong>de</strong><br />

multas, Maria José Carvalho Pontes,<br />

que presenciou os primeiro anos do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Trânsito, a gran<strong>de</strong> mudança<br />

é em relação à tecnologia. “Logo<br />

quando entrei aqui, tudo era bem diferente<br />

do que é hoje. o atendimento era<br />

feito em balcões, e todos os processos<br />

eram feitos sob o próprio punho, ou seja,<br />

tudo era na caneta. <strong>de</strong>pois chegaram as<br />

máquinas <strong>de</strong> escrever e passamos a ter<br />

datilógrafos trabalhando conosco”, lembra<br />

a funcionária que trabalha no <strong>de</strong>-<br />

tran - Ma há 41 anos.<br />

Com 38 anos no órgão a chefe do<br />

setor <strong>de</strong> Recursos Humanos, Maria da<br />

Graça Reis, <strong>de</strong>staca a mudança estrutural<br />

do <strong>de</strong>tran - Ma, visto que o prédio<br />

antigo era bem menor, on<strong>de</strong> abrigava<br />

todos os setores, situação que era bastante<br />

<strong>de</strong>sconfortável, pela falta <strong>de</strong> espaço,<br />

mas que, hoje, a situação mudou, e<br />

pra melhor. “Hoje o que a gente vê é um<br />

<strong>de</strong>tran bem estruturado, bem dividido,<br />

on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m trabalhar com segurança,<br />

com conforto, e o que é mais im-<br />

portante, levando sempre agilida<strong>de</strong> nos<br />

serviços aos usuários”, <strong>de</strong>clarou Graça<br />

Reis.<br />

Hoje, o <strong>de</strong>partamento Estadual<br />

<strong>de</strong> Trânsito do Maranhão comemora 46<br />

arquivo <strong>de</strong>tran<br />

anos <strong>de</strong> existência, no ano em que foi<br />

alcançado a marca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> veículos<br />

emplacados no Estado, com uma<br />

média <strong>de</strong> 10 mil emplacamentos por mês<br />

no Maranhão, sendo mais <strong>de</strong> 500 ao dia.<br />

Vale ressaltar que <strong>de</strong> 2009 até agora,<br />

aproximadamente 550 mil carteiras nacionais<br />

<strong>de</strong> habilitação foram emitidas, o<br />

que <strong>de</strong>monstra o ritmo acelerado <strong>de</strong> trabalho<br />

do órgão tanto na emissão, quanto<br />

no emplacamento <strong>de</strong> veículos no Estado.<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando assumiu o <strong>de</strong>tran<br />

- Ma em 2009 o diretor Geral, Flávio<br />

Trinda<strong>de</strong> Jerônimo tem trabalhado fortemente<br />

em diversos setores, principalmente<br />

no atendimento ao usuário e na<br />

educação para o trânsito, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

ações implementadoras na área<br />

<strong>de</strong> informática, que incluiu a troca <strong>de</strong><br />

todo o parque tecnológico do <strong>de</strong>partamento<br />

e nas Ciretrans que hoje contam<br />

com computadores <strong>de</strong> última geração.<br />

“Estamos felizes por estarmos à<br />

frente <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>partamento que é tão importante<br />

na vida <strong>de</strong> todos. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aqueles<br />

que estejam tirando a sua 1ª habilitação,<br />

emplacando seu veículo ou recebendo<br />

uma orientação pela equipe <strong>de</strong> Educação<br />

para o Trânsito. Estamos sempre ao<br />

lado do nosso usuário!”, <strong>de</strong>stacou o diretor<br />

Geral, Flávio Trinda<strong>de</strong> que sempre<br />

colocou o atendimento e a educação no<br />

trânsito como alguns <strong>de</strong> seus principais<br />

pilares.<br />

o <strong>de</strong>partamento mantém atualmente<br />

1 posto <strong>de</strong> atendimento na se<strong>de</strong><br />

(Vila Palmeira, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>) e 2 postos<br />

<strong>de</strong> atendimento na capital (Shopping<br />

dal Plaza, Cohab e Shopping do automóvel,<br />

Calhau) além <strong>de</strong> 15 representações<br />

no interior do estado, que são as<br />

Circunscrições Regionais <strong>de</strong> Trânsito<br />

(Ciretrans). o <strong>de</strong>tran - Ma também<br />

possui um posto <strong>de</strong> atendimento no<br />

município <strong>de</strong> Viana, além <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />

atendimento nos Vivas Cidadãos em<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> (Praia Gran<strong>de</strong>, Jaracaty e João<br />

Paulo), Imperatriz, Carolina e Presi<strong>de</strong>nte<br />

dutra, totalizando 24 postos <strong>de</strong> atendimento<br />

no Estado.<br />

11


12<br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> - a Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias<br />

do Estado do Maranhão (Fiema)<br />

é a casa mãe <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong><br />

criada pelos industriais que tem por<br />

objetivo representá-los politicamente,<br />

formar mão <strong>de</strong> obra e dar suporte social<br />

aos trabalhadores da indústria e suas<br />

famílias.<br />

Para fazer tudo isso, a Fiema se<br />

constituiu em um sistema, formado<br />

pela própria Fe<strong>de</strong>ração, pelo Serviço<br />

Social da Indústria, Serviço nacional<br />

<strong>de</strong> aprendizagem Industrial e pelo Instituto<br />

Euvaldo Lodi (IEL).<br />

atualmente presidido pelo empresário<br />

da construção civil, Edilson<br />

Bal<strong>de</strong>z das neves, a entida<strong>de</strong> tem se<br />

portado como um dos principais articuladores<br />

<strong>de</strong> soluções políticas e práticas<br />

para os problemas do Maranhão.<br />

“a Fiema é a gran<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadora<br />

<strong>de</strong>ssas ações em atendimento aos<br />

interesses da indústria em nosso Estado.<br />

nossa diretoria transformou essa<br />

casa em gran<strong>de</strong> fórum permanente <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>bates, por meio <strong>de</strong> seus conselhos temáticos,<br />

dos temas que direta e indiretamente<br />

tenha a ver com a indústria”,<br />

explica Bal<strong>de</strong>z.<br />

“apenas este ano já foram realizados<br />

encontros com a bancada fe<strong>de</strong>ral,<br />

secretários <strong>de</strong> estado e com os Ministério<br />

<strong>de</strong> Minas e Energia e do Turismo.<br />

outros serão realizados. Isso sem contar<br />

com articulação com outros setores<br />

da economia maranhense e entida<strong>de</strong>s<br />

da socieda<strong>de</strong> civil organizada”, completou<br />

o presi<strong>de</strong>nte da Fiema.<br />

o caso <strong>de</strong> maior sucesso para<br />

comprovar isso é o da reforma do aeroporto<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, o Hugo da Cunha<br />

Machado. a Fiema capitaneou uma<br />

caravana empresarial à Brasília para<br />

cobrar a aceleração da obra e o planejamento<br />

da ampliação do terminal ae-<br />

roportuário da capital, uma vez que ao<br />

terminar a obra <strong>de</strong> reforma o atual aeroporto<br />

estará pequeno para aten<strong>de</strong>r a<br />

<strong>de</strong>manda.<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> diversas reuniões com<br />

empresários do setor produtivo, com<br />

parlamentares, ministros e representantes<br />

da Infraero, uma solução foi encontrada<br />

e pouco antes do aniversário <strong>de</strong><br />

400 anos da capital maranhense, a obra<br />

foi concluída e entregue.<br />

Missão<br />

a principal missão da Fiema é<br />

promover a competitivida<strong>de</strong> da indústria<br />

maranhense, contribuindo para a<br />

ampliação <strong>de</strong> um ambiente favorável<br />

aos negócios e para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano e tecnológico.<br />

E para cumprir esta missão a Fe<strong>de</strong>ração,<br />

se junta ao Sesi, Senai e IEL,<br />

que hoje passam por um processo <strong>de</strong> expansão:<br />

estão sendo investidos cerca <strong>de</strong><br />

R$ 67 milhões até 2014, <strong>de</strong>ntro do Programa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e Evolução<br />

do Sistema Fiema, lançado no começo<br />

<strong>de</strong> 2012. os recursos serão aplicados na<br />

reforma e mo<strong>de</strong>rnização das suas unida<strong>de</strong>s,<br />

construção <strong>de</strong> novas escolas e<br />

aquisição <strong>de</strong> novos equipamentos.<br />

a meta é crescer a ponto <strong>de</strong> adquirir<br />

capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong><br />

320 mil maranhenses por ano - sejam<br />

empresários, industriários ou seus familiares<br />

- com ações culturais, sociais,<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educacionais ou empresariais.<br />

Fisicamente presente em seis<br />

cida<strong>de</strong>s do Maranhão – <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Imperatriz,<br />

açailândia, Balsas, Bacabal<br />

e Caxias – mas com ações em diversas<br />

outras cida<strong>de</strong>s, o Sistema Fiema<br />

tem atuado em outros municípios com<br />

ações móveis do Senai, com o programa<br />

Sesi Cozinha Brasil e Sesi Indústria<br />

do Conhecimento.<br />

atualmente, o Sistema Fiema<br />

conta com nove unida<strong>de</strong>s do Sesi, sete<br />

do Senai e duas do IEL e está se preparando<br />

pra construir novas unida<strong>de</strong>s do<br />

Senai e do Sesi em outras cida<strong>de</strong>s maranhenses,<br />

como Rosário e Bacabeira,<br />

ampliando, <strong>de</strong>sta forma, a sua presença<br />

física.<br />

Com suas ações em todo Maranhão,<br />

o Sistema Fiema tem atuado <strong>de</strong><br />

maneira efetiva no apoio às indústrias<br />

que aqui já estão, como a mineração,<br />

movelaria, construção civil e pesada, e<br />

também no suporte aos segmentos industriais<br />

que estão sendo introduzidos<br />

no estado, como é o caso das geradoras<br />

<strong>de</strong> energia elétrica, indústria <strong>de</strong> petróleo<br />

e gás, <strong>de</strong> aço e <strong>de</strong> papel e celulose.<br />

História<br />

a história da Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias<br />

do Estado do Maranhão (Fiema)<br />

remonta aos anos 60. as primeiras<br />

reuniões para refundação da entida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> representação dos industriais aconteceram<br />

no segundo semestre <strong>de</strong> 1966,<br />

na rua Candido Men<strong>de</strong>s, 355, on<strong>de</strong> funcionava<br />

o escritório da Firma Bento<br />

Men<strong>de</strong>s. <strong>de</strong>ste primeiro encontro participaram<br />

nomes que se tornariam sinônimo<br />

<strong>de</strong> Fiema: alberto abdalla, Jorge<br />

Men<strong>de</strong>s, Luis alfredo neto Guimarães,<br />

Miguel arcanjo dos anjos.<br />

no ano seguinte, mais precisamente<br />

em março, os industriais dos<br />

segmentos <strong>de</strong> panificação, beneficiamento<br />

<strong>de</strong> arroz, serraria e óleo enviaram<br />

documentos ao Ministério do Trabalho<br />

pedindo autorização para criar<br />

uma nova Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias do<br />

Estado do Maranhão e o reconhecimento<br />

<strong>de</strong> sua carta sindical. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, o<br />

governo estadual, políticos, imprensa<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Fiema trabalha em prol do <strong>de</strong>senvolvimento industrial do Maranhão<br />

e socieda<strong>de</strong> civil organizada se engajaram<br />

na luta pelo reconhecimento da<br />

nova entida<strong>de</strong> empresarial.<br />

E, finalmente, em 27 <strong>de</strong> setembro<br />

<strong>de</strong> 1968, o então Ministro do Trabalho,<br />

Jarbas Passarinho, assinou o documento<br />

que garantia a refundação da instituição.<br />

o fato foi amplamente coberto<br />

pela imprensa local e logo a diretoria<br />

provisória foi empossada.<br />

Como primeira providência, a<br />

diretoria provisória encaminhou um<br />

pedido <strong>de</strong> reintegração a Confe<strong>de</strong>ração<br />

nacional da Indústria (CnI). o<br />

presi<strong>de</strong>nte da CnI na época, Thomás<br />

Pompeu <strong>de</strong> Souza Brasil neto, convocou<br />

uma sessão extraordinária on<strong>de</strong> o<br />

pedido <strong>de</strong> reintegração foi aprovado por<br />

aclamação.<br />

ainda em novembro <strong>de</strong> 1968, a<br />

primeira diretoria da casa foi eleita, no<br />

prédio nº 353, da rua oswaldo Cruz, no<br />

centro <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. Um dos empresários<br />

que participou da reunião para refundação<br />

da Fiema foi eleito o primeiro<br />

presi<strong>de</strong>nte da Casa: alberto abdalla.<br />

Ele e a nova diretoria tomou posse em<br />

20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1968, nos salões do<br />

Sesi.<br />

até 1999, abdalla conduziu a entida<strong>de</strong><br />

e foi substituído por Jorge Men<strong>de</strong>s,<br />

que a partir daquele ano presidiu<br />

a Fiema, dando continuida<strong>de</strong> as ações,<br />

ampliando o alcance do Sistema Fiema<br />

e reformulando a atuação das quatro<br />

casas do Sistema Fiema por dois mandatos.<br />

Em 2009, Men<strong>de</strong>s dá lugar ao<br />

atual presi<strong>de</strong>nte, Edilson Bal<strong>de</strong>z das<br />

neves, que hoje li<strong>de</strong>ra o processo <strong>de</strong><br />

interiorização das ações do Sistema<br />

Fiema e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e expansão<br />

das quatro instituições com intuito <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda da indústria e <strong>de</strong><br />

seus trabalhadores.


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

LAVATEC - uma pequena empresa focada também na responsabilida<strong>de</strong> social<br />

a Lavatec Lavan<strong>de</strong>ria Técnica<br />

Ltda está localizada na avenida 14, n°<br />

22 – Maiobão – Paço do Lumiar – MA,<br />

disposta numa área <strong>de</strong> 15.000 metros<br />

quadrados gerando 183 empregos diretos.<br />

a Lavatec, ligada ao grupo La-<br />

VAMATIC, é a planta industrial–hospitalar<br />

do grupo. Iniciou suas ativida<strong>de</strong>s<br />

em 2001 aten<strong>de</strong>ndo às exigências<br />

<strong>de</strong>sse mercado e suas especificações.<br />

a empresa é especialista em gestão e<br />

higienização <strong>de</strong> roupas, uniformes e<br />

também em equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />

individual. Possui como requisitos básicos<br />

a preservação do meio ambiente,<br />

a responsabilida<strong>de</strong> social, qualida<strong>de</strong> e<br />

produtivida<strong>de</strong>, aspecto contábil e trabalhista,<br />

o tratamento <strong>de</strong> efluentes, sendo<br />

esses requisitos respeitados em todas as<br />

fases do processo industrial e hospitalar.<br />

a Lavatec <strong>de</strong>senvolveu ao longo<br />

dos anos um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão, atualmente<br />

relacionado ao sistema ToYoTa<br />

para serviços (Lean Manufacturing)<br />

um trabalho focado na elaboração <strong>de</strong><br />

um escopo <strong>de</strong> serviços, que seguem<br />

orientações <strong>de</strong> segurança, tratamento<br />

<strong>de</strong> efluentes e técnicas <strong>de</strong> planejamento<br />

como o a3, buscando-se sempre resultados<br />

satisfatórios com foco no cliente<br />

final.<br />

Por possuir uma ampla experiência<br />

em lavan<strong>de</strong>ria industrial e hospitalar,<br />

propõe uma gestão sólida, baseada nos<br />

mo<strong>de</strong>los ISo 9001:2000, além <strong>de</strong> certi-<br />

ficações nas áreas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, produtivida<strong>de</strong>,<br />

saú<strong>de</strong>, trabalho, meio ambiente<br />

e responsabilida<strong>de</strong> social, como por<br />

exemplo: PROCEM (2007); PR97 – Naturally,<br />

Superior Protection (2008); International<br />

Gol<strong>de</strong>n Hanger award from<br />

The Colomb Group number 1 Loundry<br />

Service in north and northeast of Brazil;<br />

PSQT Sesi (2007), <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Uma questão <strong>de</strong> relevância é que<br />

os produtos utilizados na lavan<strong>de</strong>ria têm<br />

fórmulas exclusivas e são inteiramente<br />

bio<strong>de</strong>gradáveis. alguns dos serviços<br />

disponibilizados pela Lavatec são: higienização<br />

<strong>de</strong> roupas; higienização e<br />

recuperação <strong>de</strong> EPIs; locação e personalização<br />

<strong>de</strong> enxoval, <strong>de</strong>ntre outros serviços<br />

especiais.<br />

os procedimentos são realizados<br />

através <strong>de</strong> um planejamento que possibilita<br />

um controle maior do uso dos<br />

recursos utilizados, para que se possa<br />

evitar a construção <strong>de</strong> novos passivos<br />

ambientais, por outro lado possibilite<br />

ganhos econômicos para região, gerando<br />

divisas, impostos e empregos, bem<br />

como melhorias em todos os níveis. a<br />

preocupação com ações efetivas sociais<br />

e ambientais é uma constante no dia-a-<br />

-dia da empresa conforme algumas imagens<br />

que po<strong>de</strong>mos apreciar.<br />

Sem dúvida, a LaVaTEC é uma<br />

empresa que <strong>de</strong>monstra bons exemplos<br />

e mostra como se faz, é motivo <strong>de</strong> orgulho<br />

para o Maranhão.<br />

Água é <strong>de</strong>scartada tratada (não poluindo o meio-ambiente) e boa parte é reaproveitada.<br />

Parceria com creche comunitária, cuidando <strong>de</strong> 348 crianças incluindo filhos dos funcionários.<br />

Vista galpão principal. Máquinas com barreira ao fundo.<br />

Uso enxoval antimicrobiano para hospitais, resistente ao ataque <strong>de</strong> bactérias e outros microrganismos.<br />

MISSÃO<br />

Contribuir com o <strong>de</strong>senvolvimento da saú<strong>de</strong> humana, além <strong>de</strong> sustentar<br />

e proteger o meio ambiente.<br />

MENTE - apresentar soluções inovadoras para acompanhar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das técnicas <strong>de</strong> higienização aplicadas nos programas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

CORAÇÃO – Utilizar técnicas que aju<strong>de</strong>m a saú<strong>de</strong> do planeta.<br />

ESPÍRITO - Reconhecer os valores e interagir com os parceiros.<br />

Atitu<strong>de</strong> Cristã: Sejap e Lavatec firmam parceria<br />

a Secretaria da Justiça e da administração<br />

Penitenciária (Sejap) efetivou<br />

uma parceria que está possibilitando<br />

que sentenciadas tenham acesso a<br />

capacitação profissional nessa área. O<br />

projeto que inicialmente já selecionou<br />

10 internas em progressão <strong>de</strong> regime<br />

faz parte da execução do Programa <strong>de</strong><br />

Ressocialização <strong>de</strong>senvolvido pela secretaria.<br />

<strong>de</strong>ntro do regime semi-aberto,<br />

Josefa Rodrigues (foto), tem suas ativida<strong>de</strong>s<br />

no setor responsável por higienizar,<br />

passar e dobrar peças que em gran<strong>de</strong><br />

parte são <strong>de</strong> hotéis e restaurantes.<br />

“as ativida<strong>de</strong>s aqui são bem intensas,<br />

fui muito bem acolhida pelas funcioná-<br />

rias que estão me ajudando nesse começo.<br />

não tenho cansaço e sim satisfação,<br />

por trabalhar na Lavatec” revela.<br />

a Lavatec aten<strong>de</strong> a 117 clientes.<br />

Para o proprietário, antonio Carlos<br />

Belém <strong>de</strong> Mendonça, é preciso que um<br />

número maior <strong>de</strong> empresas se sensibilizem<br />

pela causa da ressocialização. a ele<br />

o projeto serve como mo<strong>de</strong>lo para que<br />

a experiência se estenda a outros apenados.<br />

“a Lavatec hoje está somando<br />

esforços com a Sejap para que seja atenuado<br />

às dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> <strong>de</strong>tentos<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho industrial<br />

e faz parte da visão <strong>de</strong> nossa empresa<br />

acreditar no ser humano, acreditar em<br />

mudanças”, <strong>de</strong>staca.<br />

13


14<br />

Monsenhor Estrela na inauguração da Rádio Educadora<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ouvi a Educadora pela<br />

primeira vez, e isto aconteceu na infância,<br />

senti que ali naquele som que chegava<br />

para nossa família através <strong>de</strong> um<br />

velho rádio Staub, que <strong>de</strong>pois se chamaria<br />

Gradiente, havia algo diferente. Uma<br />

mensagem nova, uma boa nova. Eram<br />

boas vozes a falar <strong>de</strong> temas que iam além<br />

do entretenimento. Foi nela que aprendi<br />

o sentido da palavra racismo e isto se<br />

<strong>de</strong>u no programa da dona Carochinha,<br />

neste programa também mergulhei no<br />

universo <strong>de</strong> Monteiro Lobato e o seu<br />

Sítio do pica-pau amarelo. Como esquecer<br />

as mensagens passadas pelo Monsenhor<br />

Estrela no fim <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, como não<br />

lembrar-me <strong>de</strong> Vitório Marinho, um locutor<br />

<strong>de</strong>ficiente visual que nos animava<br />

com sua voz, como esquecer as palavras<br />

equilibradas <strong>de</strong> Juarez Me<strong>de</strong>iros, hoje<br />

ligado ao direito, mas naqueles idos dos<br />

anos oitenta um ótimo apresentador <strong>de</strong><br />

programas jornalísticos, como não via-<br />

jar nas tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> domingo ouvindo um<br />

Gaucho, dionísio da Ponte preparando<br />

nossos ouvidos para a Jornada Esportiva?<br />

durante muito tempo, eu e milhares<br />

<strong>de</strong> ouvintes pensávamos que o Jairzinho<br />

fazia o programa <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> um pé <strong>de</strong><br />

cajueiro e que o Carlos Henrique talvez<br />

levasse um monte <strong>de</strong> animais que faziam<br />

barulho para nos <strong>de</strong>spertar.<br />

a história da Educadora é principalmente<br />

um <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pessoas,<br />

todos na missão <strong>de</strong> levar mais do que<br />

entretenimento, “verda<strong>de</strong>iros galos da<br />

madrugada <strong>de</strong>spertando as pessoas para<br />

a vida”. Se nós quiséssemos comparar a<br />

Educadora com algo da natureza, diríamos<br />

que ela é semelhante ao bambu, que<br />

com seu caule, flexível e resistente, nos<br />

tempos <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>s, lambe o chão<br />

enlameado, mas <strong>de</strong>pois, quase que por<br />

milagre levanta-se revigorada.<br />

Cheguei na Educadora há trinta<br />

e um anos pelas mãos do padre João<br />

Mohana. Por ele fui apresentado a dom<br />

Mota, na época o arcebispo metropolitano.<br />

Foi <strong>de</strong>le que ouvi as primeiras orientações<br />

e estímulos para trabalhar nesta<br />

“escola <strong>de</strong> rádio”. Em um dos encontros<br />

que tive com dom Mota o encontrei num<br />

alpendre localizado na Igreja do Carmo,<br />

balançava-se em uma re<strong>de</strong> e ouvindo a<br />

Rádio Educadora em um receptor <strong>de</strong> pilhas<br />

colocado estrategicamente ao lado<br />

<strong>de</strong>le. naquele dia me falou da paixão<br />

pela rádio, ele sabia da força e da missão<br />

<strong>de</strong>sta emissora. Colocou-me a par das<br />

histórias que tantas vezes já foram contadas;<br />

algumas das pessoas mais cultas<br />

e bem formadas da época, participaram<br />

da formatação da primeira programação.<br />

Falou-me dos tempos da ditadura<br />

em que a rádio teve transmissores lacrados<br />

por que ousou questionar, em plena<br />

semana da pátria, o verda<strong>de</strong>iro sentido<br />

da in<strong>de</strong>pendência do Brasil. além da<br />

falta <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa, havia doenças<br />

fora <strong>de</strong> controle por todo estado.<br />

o episódio aconteceu durante a leitura<br />

do editorial do programa “entre o dia e<br />

a noite”.<br />

não dá para sintetizar tantas histórias<br />

pontuais em algumas linhas <strong>de</strong><br />

jornal. Seriam necessárias muitas edições<br />

e muitas páginas para contar e<br />

mesmo assim, estariam incompletas.<br />

Lembremo-nos do episódio da CPI do<br />

crime organizado. naquela manhã, um<br />

dos envolvidos era entrevistado em um<br />

canal <strong>de</strong> TV local e <strong>de</strong>smentia o suposto<br />

envolvimento <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s com o<br />

crime organizado. À tar<strong>de</strong>, uma ligação<br />

<strong>de</strong> Brasília, nos chamou atenção para a<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Rádio Educadora do Maranhão Rural, uma história <strong>de</strong> superação<br />

A Engec - Engenharia e Construções<br />

Ltda, empresa do ramo <strong>de</strong> construção<br />

civil atuando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985 com<br />

se<strong>de</strong> no bairro do <strong>São</strong> Francisco, on<strong>de</strong><br />

alguns anos <strong>de</strong>pois mudou-se para o<br />

Olho d’água, possui em seu histórico<br />

obras públicas como escolas, ginásios<br />

esportivos, hospitais e postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

saneamento e urbanização (praças)<br />

e obras <strong>de</strong> incorporação vários prédios<br />

resi<strong>de</strong>nciais como Condomínio Rei Salomão<br />

(no Cohajap), o Edificio Kláudia<br />

(no <strong>São</strong> Francisco), o Resi<strong>de</strong>ncial Broadway,<br />

resi<strong>de</strong>ncial José Gonçalo, Morada<br />

<strong>de</strong> Avalon, Resi<strong>de</strong>ncial Erasmo<br />

Neves, Condomínio Zefirus (todos no<br />

renascença), Condomínio Arco Ver<strong>de</strong>,<br />

que possui 13 blocos <strong>de</strong> apartamentos<br />

e um centro comercial logo na entrada,<br />

localizado no Vinhais e atualmente<br />

em execução condomínio resi<strong>de</strong>ncial<br />

<strong>de</strong> duas torres com 60 apartamentos<br />

localizados no renascença.<br />

Atualmente a empresa possui sua<br />

se<strong>de</strong> no bairro do Calhau e prima pela<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus empreendimentos<br />

através do programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ISO<br />

9001:2000, treinamento e qualificação<br />

<strong>de</strong> seus empregados e seleção <strong>de</strong> materiais<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

arquivo Educadora<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retransmitirmos a CPI<br />

ao vivo.<br />

nem havia estrutura para isto, mas<br />

muitos congressistas se ofereceram para<br />

emprestar suas baterias <strong>de</strong> celulares para<br />

que a cobertura acontecesse, em poucos<br />

minutos, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> baterias estavam<br />

sobre a mesa, quando uma acabava o<br />

som era transferido para nossos estúdios<br />

na arquidiocese on<strong>de</strong> a Educadora estava<br />

instalada. Todas as outras emissoras<br />

tiveram que nos seguir, faltou rádio receptor<br />

<strong>de</strong> aM em <strong>São</strong> Luis e isto mereceu<br />

uma matéria da Revista Isto É. o<br />

restante da história todos sabem.<br />

É uma loucura tentar sintetizar<br />

tantas coberturas, programas, estilos,<br />

apresentadores num espaço tão exíguo.<br />

Melhor dar saltos no tempo. Houve uma<br />

época em que duas das equipes da emissora;<br />

jornalismo e esporte se mudaram<br />

para outro canal e diz a lenda que durante<br />

uma reunião chegaram a dizer: “agora<br />

acabamos com a Educadora”. nunca, a<br />

Educadora não se acaba, pois sua missão<br />

é divina, todos passarão e ela permanecerá<br />

sendo o espaço <strong>de</strong> evangelização e<br />

cidadania como nos tempos da criação.<br />

a atual direção se vira como po<strong>de</strong>. Um<br />

italiano <strong>de</strong> quase dois metros <strong>de</strong> altura e<br />

<strong>de</strong> coração <strong>de</strong> menino está à frente <strong>de</strong>la.<br />

Lembro-me quando há mais ou menos<br />

seis anos ele dizia que estava chegando<br />

para passar uns meses, me lembro <strong>de</strong> ter<br />

falado para ele que rádio é uma paixão<br />

e que ele corria o risco <strong>de</strong> se apaixonar,<br />

não <strong>de</strong>u outra, ele agora já faz parte da<br />

história. quantas histórias, a lembrança<br />

<strong>de</strong> uma Irmã Paulina, Irmã Rosana Pulga,<br />

que aos 64 anos iniciou seus trabalhos<br />

na rádio em locução e que apesar<br />

<strong>de</strong> hoje estar bem longe daqui, sempre<br />

pergunta por ela.<br />

<strong>São</strong> muitas lembranças, lembranças<br />

do prédio 535 <strong>de</strong> azulejos ver<strong>de</strong>s<br />

da Rua do Sol, a primeira morada, que<br />

foi batizada <strong>de</strong> Palácio ver<strong>de</strong> do Rádio.<br />

Como esquecer <strong>de</strong> oton Santos, Fátima<br />

Silva, Socorro (operadora), dom<br />

<strong>de</strong>lgado o i<strong>de</strong>alizador. <strong>de</strong>sculpem-me,<br />

mas é impossível lembrar <strong>de</strong> tudo e <strong>de</strong><br />

todos, mas uma coisa é certa, se a Educadora<br />

encerrasse hoje suas ativida<strong>de</strong>s,<br />

a sua missão já estaria cumprida. Todos<br />

aqueles que a ouviram certamente foram<br />

marcados <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva por<br />

sua mensagem libertadora. assim como<br />

o bambu, a Educadora verga, mas não<br />

quebra. Ela pertence ao povo e foi inspi-<br />

rada por <strong>de</strong>us.<br />

*Robson Júnior<br />

Jornalista


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Um centenário da educação Marista no Maranhão CDL oferece<br />

Texto enviado pelo<br />

Colégio Marista<br />

segurança a lojistas<br />

e consumidores<br />

Em 2012, completaram-se exatos 104<br />

anos que os Irmãos Maristas fincaram suas<br />

raízes em terras maranhenses. Foi no ano <strong>de</strong><br />

1908, quando a pedido do bispo dom Francisco<br />

<strong>de</strong> Paula e Silva, o superior provincial<br />

dos Irmãos Marista da época, Ir. damien,<br />

enviou irmãos da França para que colaborassem<br />

com a tarefa <strong>de</strong> educar meninos e<br />

rapazes. o sonho começou pequeno, com a<br />

fundação, no dia 02 <strong>de</strong> abril, do Colégio <strong>São</strong><br />

Francisco <strong>de</strong> Paula.<br />

o colégio iniciou as suas ativida<strong>de</strong>s<br />

com aulas para apenas 14 alunos do curso<br />

primário e secundário. aos educandos era<br />

ensinado a ler, a escrever e contar. além<br />

disso, eram ministradas aulas <strong>de</strong> filosofia,<br />

teologia, retórica e gramática. o colégio<br />

funcionou até o ano <strong>de</strong> 1920.<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 17 anos ausentes, em 1937,<br />

os maristas retomaram o trabalho educacional<br />

no Maranhão a convite <strong>de</strong> dom Carlos<br />

Carmello <strong>de</strong> Vasconcellos Motta. Eles reabriram<br />

o colégio com o nome <strong>de</strong> Ginásio<br />

Maranhense <strong>São</strong> Francisco <strong>de</strong> Paula. <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> 12 anos funcionando no prédio do<br />

arcebispado, os Irmãos Maristas foram para<br />

o Centro da cida<strong>de</strong> e instalaram nova se<strong>de</strong>,<br />

o Colégio Marista Maranhense.<br />

até hoje, o nome Marista é uma marca<br />

forte no Estado, conhecida como uma<br />

instituição formadora <strong>de</strong> valores que educou<br />

(e continua educando) várias gerações<br />

<strong>de</strong> famílias. após um centenário, a instituição<br />

ainda proporciona aos estudantes maranhenses<br />

uma educação que une tradição aos<br />

apelos do mundo contemporâneo.<br />

Fundada em 2005, a atual Unida<strong>de</strong><br />

Educacional dos Maristas no Maranhão funciona<br />

no município <strong>de</strong> <strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar,<br />

é o Colégio Marista do araçagy da Provín-<br />

cia Marista Brasil Centro-norte (PMBCn).<br />

o colégio que é primeiro lugar no Enem do<br />

município, aten<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> mil educandos<br />

na educação infantil, ensino fundamental e<br />

ensino médio. “o colégio tem sido inovador<br />

com salas ambientes on<strong>de</strong> pautamos temas<br />

sobre como tornar o mundo melhor, além<br />

<strong>de</strong> promovermos ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e o<br />

fortalecimento da tradicional marca pastoral,<br />

evangelizadora e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> valores humanos<br />

dos maristas, que tem como diferencial<br />

o espírito <strong>de</strong> família”, <strong>de</strong>stacou o diretor<br />

do colégio, Irmão alexandre Lucena Lôbo.<br />

a educadora e ex-aluna Marista aníger<br />

Teresa Costa aranha Chaves relata a<br />

sua experiência no Marista. “Cresci nessa<br />

escola como ser humano, recebendo diariamente<br />

os ensinamentos <strong>de</strong> nosso fundador<br />

Marcelino Champagnat. o natural foi que<br />

eu também encaminhasse os meus filhos<br />

a estudarem no Marista, para que apren<strong>de</strong>ssem<br />

a apren<strong>de</strong>r, a fazer, a conviver e,<br />

principalmente, a serem cidadãos do bem.”<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010 atuando na instituição, aníger é<br />

professora <strong>de</strong> química e coor<strong>de</strong>na a área <strong>de</strong><br />

ciências da escola.<br />

Em Balsas, o Marista também <strong>de</strong>senvolve<br />

ativida<strong>de</strong>s educacionais com o apoio<br />

dos irmãos da comunida<strong>de</strong> Marista local,<br />

que atuam no Colégio <strong>São</strong> Pio x. Essa unida<strong>de</strong><br />

é conveniada à PMBCn e conta com a<br />

parceria da diocese.<br />

Atuação social<br />

os Irmãos Maristas, pensando no seu<br />

protagonismo social e seguindo os passos<br />

<strong>de</strong> seu fundador, Marcelino Champagnat,<br />

inauguram, em 2006, a Casa da acolhida<br />

Marista <strong>de</strong> olho d’Água, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. a<br />

unida<strong>de</strong> social aten<strong>de</strong> 170 crianças e adolescentes<br />

em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong><br />

social, com ida<strong>de</strong>s entre 7 e 17 anos, oriundas<br />

<strong>de</strong> 90 famílias <strong>de</strong> sete comunida<strong>de</strong>s. “a<br />

cida<strong>de</strong> reconhece o nosso trabalho socioeducativo.<br />

atuamos no fortalecimento e valorização<br />

da cultura local, muitas vezes não<br />

vivenciada por essas crianças e adolescentes<br />

por falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>”, enfatizou a<br />

diretora da casa, Maria do amparo Seibel.<br />

a unida<strong>de</strong> social tem três educadores,<br />

que ministram aulas <strong>de</strong> arte e teatro, copeira,<br />

percussão e atuam com trabalhos direcionados<br />

aos valores humanos. além disso,<br />

em parceria com o Senac e a Secretaria <strong>de</strong><br />

assistência Social estadual, a casa oferece,<br />

gratuitamente, aos educandos (a partir dos<br />

16 anos) e aos seus pais, cursos <strong>de</strong> capacitação<br />

profissional em diversas áreas, como a<br />

<strong>de</strong> corte e costura e informática.<br />

Os Maristas no Brasil<br />

Foi em 1897 que os primeiros Irmãos<br />

Maristas pisaram em terras brasileiras.<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, a instituição católica <strong>de</strong> educação<br />

e solidarieda<strong>de</strong> sempre atuou a serviço<br />

<strong>de</strong> uma educação <strong>de</strong> excelência, baseada<br />

no amor, na fé e nos <strong>de</strong>safios da busca pelo<br />

conhecimento. no Brasil, está organizada<br />

em quatro unida<strong>de</strong>s administrativas: Província<br />

Marista Brasil Centro-norte, Província<br />

Marista Brasil Centro Sul, Província<br />

Marista do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e distrito da<br />

amazônia. a instituição está presente em<br />

79 países nos cinco continentes, com mais<br />

<strong>de</strong> 50 mil colaboradores que aten<strong>de</strong>m a mais<br />

<strong>de</strong> 500 mil crianças e jovens.<br />

Para mais informações sobre os maristas,<br />

acesse o portal: www.marista.edu.br<br />

a Câmara <strong>de</strong> dirigentes Lojistas <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> (CdL) é uma entida<strong>de</strong> empresarial<br />

com 47 anos <strong>de</strong> atuação e com diversas<br />

ações voltadas para o fortalecimento do comércio<br />

da capital maranhense.<br />

Um dos serviços mais importantes<br />

da CdL é o Serviço <strong>de</strong> Proteção ao Crédito.<br />

Mais conhecido pela sigla SPC, este<br />

serviço cada vez mais se mo<strong>de</strong>rniza e po<strong>de</strong><br />

oferecer segurança e proteção aos lojistas<br />

associados da CdL e aos clientes do comércio.<br />

o SPC integra o maior banco <strong>de</strong> dados<br />

da américa Latina com informações<br />

sobre pessoas físicas e jurídicas, que tenham<br />

restrições, auxiliando o lojista na tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para concessão <strong>de</strong> crédito.<br />

Consultar o SPC não significa causar<br />

constrangimento a um possível comprador.<br />

É sim uma precaução, que po<strong>de</strong> informar,<br />

por exemplo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento<br />

<strong>de</strong> um cliente em função <strong>de</strong> seu comprometimento<br />

<strong>de</strong> renda.<br />

o cidadão comum também po<strong>de</strong> se<br />

beneficiar do SPC, pois este serviço permite<br />

o registro <strong>de</strong> uma ocorrência informando<br />

quando uma pessoa tiver sido vítima <strong>de</strong><br />

furto ou per<strong>de</strong>r o documento. Com essa<br />

medida, o lojista será informado caso alguém<br />

queira fazer compras ou abrir crediário<br />

com o documento roubado ou perdido.<br />

assim, evita-se prejuízos a todos.<br />

o acesso ao SPC é outra facilida<strong>de</strong><br />

para o lojista, pois o sistema usa as mais<br />

mo<strong>de</strong>rnas tecnologias, permitindo que as<br />

consultas a seu banco <strong>de</strong> dados sejam feitas<br />

on line ou por telefone, 24 horas, sem<br />

interrupção.<br />

as soluções oferecidas pela CdL<br />

ajudam os lojistas e seus clientes a terem<br />

uma ativida<strong>de</strong> comercial mais segura e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

15


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Celebração do quarto centenário ‘saco<strong>de</strong>’ arquidiocese<br />

Ano jubilar é marcado por Campanha da Fraternida<strong>de</strong>, retiro <strong>de</strong> formação, Santas Missões Populares, missa solene do quarto centenário...<br />

na avaliação da maioria dos entrevistados<br />

do Jornal do Maranhão, a celebração do quarto<br />

centenário do anúncio do Evangelho em <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> <strong>de</strong>u um gás novo à igreja da capital maranhense.<br />

Gran<strong>de</strong> parte dos entrevistados elogiou a<br />

programação do ano jubilar e afirmou que, graças<br />

a ela, a igreja local foi ‘sacudida’. Para um<br />

bom número, outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam ser<br />

programadas para dar continuida<strong>de</strong> aos trabalhos<br />

realizados durante o ano jubilar.<br />

Aberto oficialmente em fevereiro, por ocasião<br />

do lançamento da Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />

2012, o ano jubilar da arquidiocese <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong> teve como objetivo celebrar o quarto<br />

centenário do anúncio do Evangelho em <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong> e no Maranhão.<br />

a programação incluiu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a abertura da<br />

CF 2012, Santas Missões Populares, acolhida<br />

da Cruz da Juventu<strong>de</strong> e do ícone <strong>de</strong> nossa Senhora,<br />

Concentração Estadual do apostolado<br />

da oração... até pedido <strong>de</strong> perdão pelos erros<br />

cometidos ao longo dos 400 anos.<br />

No primeiro evento da programação oficial<br />

- missa <strong>de</strong> lançamento da Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />

2012 – em sua homilia, o arcebispo <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário da Silva, reiterou<br />

o que havia dito no editorial <strong>de</strong>ste jornal em setembro<br />

<strong>de</strong> 2011: “Se o tema nos convida a olhar<br />

o caminho percorrido, o lema lança-nos para o<br />

futuro. o <strong>de</strong>sejo é que a celebração <strong>de</strong>sta data<br />

nos proporcione um olhar para o passado e um<br />

olhar para o futuro, com vistas a buscarmos no<br />

Semana Missionária<br />

empolga comunida<strong>de</strong>s<br />

Consi<strong>de</strong>rada uma das maiores<br />

manifestações <strong>de</strong> fé e compromisso<br />

do Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us neste ano jubilar arquidiocesano,<br />

a Semana Missionária<br />

(Santas Missões Populares) avança e<br />

conquista cada vez mais os corações<br />

dos católicos.<br />

“Em algumas comunida<strong>de</strong>s fomos<br />

elogiados até por evangélicos. algumas<br />

famílias revelaram que se sentiam<br />

abandonadas pela Igreja Católica”, comentou<br />

padre Crizantonio da Conceição<br />

Silva, coor<strong>de</strong>nador das Santas Missões<br />

Populares na arquidiocese.<br />

Mês passado, várias paróquias realizaram<br />

a Semana Missionária, <strong>de</strong>ntre<br />

elas a Paróquia Mossa Senhora da Penha,<br />

no bairro anjo da Guarda, e Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus, no Bequimão.<br />

Segundo os coor<strong>de</strong>nadores da semana<br />

no Bequimão, mais <strong>de</strong> 180 missionários<br />

forma enviados e centenas<br />

<strong>de</strong> famílias visitadas. “Todos rezaram<br />

às 6h da manhã o ofício divino das<br />

Comunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>pois tomavam o café<br />

partilhado, visitavam durante o dia e à<br />

noite participavam da celebração. Isso<br />

foi realizado todos os dias, com muito<br />

testemunho e oração”, conta Marai<br />

Costa Santos, uma das missionárias da<br />

Paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />

“algumas coisas nos surpreen<strong>de</strong>ram<br />

como encontrar uma família em<br />

que ninguém havia recebido pelo menos<br />

um dos sacramentos.”<br />

Marai afirma que valeu a pena participara<br />

da Semana Missionária, anunciando<br />

a Boa nova e transformando<br />

vidas. Ela revelou que algumas comunida<strong>de</strong>s<br />

pediram aos missionários que<br />

voltem com as visitas, e que na paróquia<br />

as missões <strong>de</strong>vem continuar até<br />

<strong>de</strong>zembro.<br />

“não sacudiu a arquidiocese como<br />

um todo, porque nem todas as paróquias<br />

a<strong>de</strong>riram ao chamado. Mas on<strong>de</strong><br />

foi realizada sacudiu sim. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> qual seja o resultado, só a mobilização<br />

que houve em todas as comunida<strong>de</strong>s<br />

valeu à pena”, concluiu.<br />

a Semana Missionária do Bequimão<br />

foi realizada <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto a 02<br />

<strong>de</strong> setembro.<br />

passado inspiração e força para construirmos<br />

uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais justa e fraterna”.<br />

Centenas <strong>de</strong> pessoas ouviram a homilia do<br />

arcebispo, outras centenas puseram em prática<br />

suas palavras. algumas das manifestações<br />

<strong>de</strong> resposta foram a realização do Bote Fé <strong>São</strong><br />

<strong>Luís</strong>, da Concentração Estadual do apostolado<br />

da oração e a Semana Missionária.<br />

O Bote Fé <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> – evento <strong>de</strong> acolhida da<br />

Cruz da Juventu<strong>de</strong> e do ícone <strong>de</strong> nossa Senhora<br />

-, realizado <strong>de</strong> 27 a 30 <strong>de</strong> abril, segundo seus<br />

organizadores reuniu cerca <strong>de</strong> 20 mil pessoas<br />

em uma praça do Centro Histórico.<br />

na opinião da coor<strong>de</strong>nação do apostolado<br />

da oração, a concentração estadual, que também<br />

atraiu milhares <strong>de</strong> pessoas, mostrou a face<br />

<strong>de</strong> uma igreja que se baseia na fé, na oração e<br />

na partilha para anunciar a Boa nova e o seu<br />

amor ao Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />

“o que po<strong>de</strong>mos dizer das Santas Missões<br />

Populares é que o Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us respon<strong>de</strong>u com<br />

entusiasmo, fé e compromisso com um novo<br />

jeito <strong>de</strong> ser Igreja. <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> missionários foram<br />

enviados e centenas <strong>de</strong> famílias abraçaram<br />

essa i<strong>de</strong>ia”, comenta padre Crizantonio da Conceição<br />

Silva, coor<strong>de</strong>nador para as Santas Missões<br />

Populares da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

no início <strong>de</strong>ste mês, duas gran<strong>de</strong>s celebrações<br />

<strong>de</strong>ram continuida<strong>de</strong> à programação do<br />

ano jubilar: uma Missa Solene na Catedral Metropolitana<br />

nossa Senhora da Vitória (Igreja da<br />

Sé) e uma Missa em ação <strong>de</strong> Graças no Santuário<br />

<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar. ambas as celebrações<br />

realizadas dia 08, aniversário <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

o encerramento do ano jubilar está previsto<br />

para o mês <strong>de</strong> novembro. É gran<strong>de</strong> a expectativa<br />

em torno das celebrações do dia 24, quando<br />

serão or<strong>de</strong>nados os primeiros diáconos permanentes<br />

<strong>de</strong> toda a história da arquidiocese.<br />

“o ano jubilar nos fez ver a Igreja que somos<br />

e a Igreja quer gostaríamos <strong>de</strong> ser. ainda<br />

há muito a melhorar, inclusive da parte do<br />

clero. não é mais possível pensar em leigos<br />

que assistem à missa, e menos ainda em padres<br />

que apenas repetem o que está no missal”,<br />

disse uma mulher que pediu pra não ser<br />

i<strong>de</strong>ntificada.<br />

Celebração eucarística marca aniversário <strong>de</strong> anúncio do Evangelho<br />

neste dia 08 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012, a Igreja<br />

e o po<strong>de</strong>r público ludovicense estiveram unidos<br />

para celebrar um aniversário <strong>de</strong> 400 anos.<br />

o que os uniu foi a santa missa, que por sinal<br />

foram duas: uma pela manhã (a pedido da<br />

prefeitura municipal) e outra ao final da tar<strong>de</strong><br />

(parte da programação do ano jubilar da arquidiocese).<br />

a partir daí, embora ambos comemorem<br />

um quarto centenário, os motivos da comemoração<br />

são diferentes: a arquidiocese comemorou<br />

o quarto centenário do anúncio do Evangelho<br />

em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> e no Maranhão; os governos<br />

estadual e municipal comemoraram o aniversário<br />

<strong>de</strong> 400 anos da fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

Em sua homilia na missa solene do quarto<br />

centenário, celebrada no Santuário <strong>São</strong> José<br />

<strong>de</strong> Ribamar, o arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom<br />

José Belisário da Silva, explicou a diferença.<br />

“Estamos celebrando a evangelização nesses<br />

400 anos. quando falamos <strong>de</strong> evangelização,<br />

estamos falando <strong>de</strong> um processo, significa que<br />

é uma ação contínua, que não se conclui, mas<br />

que sempre vai para frente.”<br />

a primeira missa do dia fez parte da programação<br />

da prefeitura municipal e celebra o<br />

aniversário da fundação <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. a missa<br />

solene foi realizada na Catedral Metropolitana<br />

<strong>de</strong> nossa Senhora da Vitória (Igreja da Sé).<br />

dom José Belisário da Silva presidiu a celebração,<br />

concelebrada por seu bispo auxiliar, dom<br />

José Carlos Chacorowski, e um grupo <strong>de</strong> padres<br />

do clero arquidiocesano.<br />

Esta celebração contou com a participação<br />

<strong>de</strong> diversas autorida<strong>de</strong>s políticas como o pre-<br />

a primeira Missa celebrada em terras maranhenses,<br />

ou melhor, as quatro primeiras, já que não<br />

existia, à época, a concelebração e cada um dos fra<strong>de</strong>s<br />

celebrou uma Missa, foram rezadas em 12 <strong>de</strong><br />

agosto, dia da festa <strong>de</strong> Santa Clara, fundadora com<br />

<strong>São</strong> Franciscodo ramo feminino do movimento franciscano.<br />

o cronista da missão capuchinha, frei Clau<strong>de</strong><br />

d’abbeville diz-nos: “no domingo seguinte, dia<br />

12 <strong>de</strong> agosto, cada um <strong>de</strong> nós celebrou o santíssimo<br />

sacrifício da Missa. E isso com tal alegria que me<br />

parece mais fácil dar a imaginar que <strong>de</strong>screver; limito-me<br />

apenas a dizer que não foi sem mistério que<br />

<strong>de</strong>us, na sua divina providência, quis que nesse dia,<br />

em que a Igreja Romana (e particularmente a nossa<br />

or<strong>de</strong>m) celebra a festa da Bem-aventurada Santa<br />

Clara, fosse, pela primeira vez no lugar, oferecido o<br />

santo sacrifício com que iluminou esse novo Mundo,<br />

Foto: Cosme Paschale<br />

feito João Castelo – que concorre à reeleição<br />

em outubro – e <strong>de</strong> convidados especiais como o<br />

ministro <strong>de</strong> Turismo, Gastão Vieira, Sua alteza<br />

dom Bertrand <strong>de</strong> orléans e Bragança, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

do rei <strong>Luís</strong> xIII, que governava a França<br />

em 1612, e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Rei <strong>de</strong> França e Yves<br />

Saint Gours, embaixador da França no Brasil.<br />

a segunda missa do dia fez parte da programação<br />

oficial do ano jubilar da arquidiocese.<br />

a missa solene foi realizada no Santuário<br />

<strong>São</strong> José <strong>de</strong> Ribamar e reuniu uma multidão<br />

<strong>de</strong> fiéis. Além <strong>de</strong> seminaristas, religiosas e<br />

religiosos, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> padres se fizeram presentes.<br />

a missa contou com a participação da<br />

maioria dos bispos do Maranhão, <strong>de</strong>ntre eles<br />

dom Carlo Ellena, da Diocese <strong>de</strong> Zé Doca;<br />

dom Franco Cuter, da Diocese <strong>de</strong> Grajaú; dom<br />

Sebastião Lima Duarte, da Diocese <strong>de</strong> Viana;<br />

dom Gilberto Pastana <strong>de</strong> oliveira, da diocese<br />

<strong>de</strong> Imperatriz; dom Vilson Basso, da Diocese<br />

<strong>de</strong> Caxias; dom Sebastião Ban<strong>de</strong>ira, da Diocese<br />

<strong>de</strong> Coroatá, e dom armando Martín Gutiérrez,<br />

da diocese <strong>de</strong> Bacabal.<br />

o arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Belisário<br />

da Silva, la<strong>de</strong>ado por seu auxiliar, dom José<br />

Carlos Chacorowski, e pelo bispo emérito da<br />

diocese <strong>de</strong> Viana, dom xavier Gilles, <strong>de</strong>u as<br />

boas vindas ao Povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a aos bispos e padres<br />

seus convidados.<br />

“Parabenizo a todos os convidados. Saúdo<br />

os diáconos e os candidatos a diáconos, religiosos,<br />

religiosas, todos os irmãos e irmãs aqui<br />

presentes, mas também as pessoas que estão<br />

nos acompanhando através dos meios <strong>de</strong> co-<br />

As Primeiras Missas no Maranhão<br />

pela nova luz <strong>de</strong>sse verda<strong>de</strong>iro sol divino, nosso Salvador,<br />

Jesus Cristo”.<br />

E, po<strong>de</strong>-se dizer que, como parte das comemorações<br />

dos 400 anos do anúncio do Evangelho em<br />

nossas terras, mediante a solicitação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

fiéis, Dom José Belisário,em comunhão com o Papa,<br />

conce<strong>de</strong>u sua plena aquiescência para a celebração<br />

da Santa Missa na forma extraordinária do Rito Romano,<br />

conhecida como Missa <strong>de</strong> <strong>São</strong> Pio V ou Missa<br />

Tri<strong>de</strong>ntina, <strong>de</strong> acordo com o Missal promulgado pelo<br />

Bem-aventurado Papa João xxIII em 1962. a forma<br />

extraordinária, <strong>de</strong> profunda beleza e harmonia,<br />

revela o rico tesouro litúrgico da Igreja, que possui<br />

vários outros ritos além do romano, a exemplo dos<br />

ritos orientais maronita e melquita e dos ritos oci<strong>de</strong>ntais<br />

bracarense, utilizado na arquidiocese <strong>de</strong> Braga,<br />

em Portugal e ambrosiano, utilizado na arquidiocese<br />

municação.”<br />

O arcebispo afirmou em sua homilia que<br />

para ter evangelização é preciso o conteúdo da<br />

evangelização, ou seja, a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, o<br />

Verbo <strong>de</strong> <strong>de</strong>us encarnado, que é Jesus. “Como<br />

dizia <strong>São</strong> Justino, um mártir da Igreja, a semente<br />

<strong>de</strong>ssa Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us já se encontra em<br />

todas as pessoas e em todas as culturas.”<br />

dom José Belisário <strong>de</strong>stacou que, se <strong>de</strong><br />

um lado está a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, do outro está<br />

quem acolhe tal palavra. “<strong>São</strong> as pessoas e as<br />

culturas”, disse o arcebispo, ressaltando que “a<br />

Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us chega às culturas respeitando<br />

o que nelas há <strong>de</strong> bom, porque a Palavra não<br />

vem para <strong>de</strong>struir”.<br />

Por fim, o religioso <strong>de</strong>stacou que a evangelização<br />

tem um aspecto <strong>de</strong> conversão, mudança.<br />

“Estamos celebrando os 400 anos da<br />

chegada do Evangelho. a evangelização é um<br />

processo pelo qual vamos esculpindo em nós e<br />

nas culturas a face <strong>de</strong> <strong>de</strong>us para que sua imagem<br />

fique cada vez mais nítida. Que o dia <strong>de</strong><br />

hoje seja para nós um recomeço, pois temos a<br />

tarefa <strong>de</strong> continuar a levar a mensagem da salvação,<br />

que traz alegria, liberda<strong>de</strong>, cura.”<br />

“assim como o Pai me enviou, eu também<br />

vos envio, assim seja!”, concluiu o arcebispo.<br />

dom José Belisário foi bastante aplaudido.<br />

“Esta celebração é uma chamada para nós<br />

católicos, que estamos em baixa. Todo o ano<br />

jubilar com sua programação, especialmente a<br />

Semana Missionária, é um chamado para esse<br />

<strong>de</strong>spertar”, disse Ângela Maria, da Paróquia<br />

<strong>São</strong> Raimundo nonato, em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, que participava<br />

da celebração.<br />

<strong>de</strong> Milão, na Itália. o próprio catecismo nos ensina:<br />

“a Igreja una se apresenta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem, com uma<br />

gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, que provém ao mesmo tempo da<br />

varieda<strong>de</strong> dos dons <strong>de</strong> <strong>de</strong>us e da multiplicida<strong>de</strong> das<br />

pessoas que os recebem (...). a gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong>sta<br />

diversida<strong>de</strong> não se opõe à unida<strong>de</strong> da Igreja” (CIC<br />

814). Todo quarto domingo <strong>de</strong> cada mês, na Igreja<br />

<strong>de</strong> nossa Senhora do Carmo, no Centro histórico, é<br />

celebrada a Missa em sua forma extraordinária. Venha<br />

hauriras bênçãos e dons que santificaram tantos<br />

homens e mulheres ao longo <strong>de</strong> séculos, participando<br />

da Missa em sua forma extraordinária.<br />

Seminarista João dias Rezen<strong>de</strong> Filho<br />

acadêmico do quarto ano <strong>de</strong> Teologia.<br />

E-mail:joaopecegueirodias@hotmail.com<br />

17


18<br />

Quarto centenário<br />

Homenagem<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Agenda Aniversariantes<br />

Dia 15<br />

Posse do padre admilson<br />

Sousa <strong>de</strong> Jesus, na Paróquia <strong>São</strong><br />

João Calábria, no bairro Cida<strong>de</strong><br />

operária, às 18h.<br />

Dia 16<br />

Instalação da Paróquia nossa<br />

Senhora da divina Providência,<br />

no bairro Cida<strong>de</strong> operária, às 9h.<br />

Dia 19<br />

Comissão <strong>de</strong> Justiça e Paz, na<br />

oaB/Ma, às 19h.<br />

De 19 a 20<br />

Privativa dos Bispos do<br />

Maranhão, no oásis.<br />

De 19 a 21<br />

Missão vocacional, em Icatú.<br />

De 20 a 21<br />

Coleta da Campanha Missionária.<br />

Dia 22<br />

or<strong>de</strong>nação sacerdotal <strong>de</strong> Irailson<br />

e <strong>Luís</strong>, em Icatú, às 17h.<br />

Dia 23<br />

Abertura Oficial da Jornada<br />

Mundial da Juventu<strong>de</strong> na<br />

arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no<br />

Colégio Santa Teresa, às 8h.<br />

Fotos: Cosme Paschale<br />

Parabéns!<br />

Está <strong>de</strong> parabéns a<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, Rei<br />

<strong>de</strong> França – Paróquia <strong>São</strong><br />

Paulo Apóstolo - por sua<br />

participação no festejo<br />

do padroeiro. Quem<br />

também está <strong>de</strong> parabéns<br />

pelo belo trabalho que<br />

vem realizando é o<br />

padre Jozimar Pinheiro<br />

Guimarães, pároco <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> Paulo Apóstolo.<br />

Infância Missionária<br />

O Nor<strong>de</strong>stão dos<br />

coor<strong>de</strong>nadores<br />

regionais da Infância,<br />

adolescência e<br />

juventu<strong>de</strong> missionária,<br />

que aconteceu <strong>de</strong> 17 a<br />

19 <strong>de</strong> agosto no Oásis,<br />

reuniu muita gente<br />

importante, <strong>de</strong>ntre<br />

elas o padre Andre<br />

Negreiros, secretário nacional da IAM, e o diretor nacional<br />

das Pontifícias Obras Missionárias, padre Camilo Paulett.<br />

400 anos, história que comove!<br />

118 anos, educação que transforma!<br />

Dom José Belisário<br />

e dom José Carlos<br />

momentos antes<br />

do início da missa<br />

do aniversário<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> que<br />

aconteceu na<br />

Igreja da Sé.<br />

A Pastoral Familiar da<br />

<strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

foi homenageada pela<br />

Assembleia Legislativa do<br />

Maranhão. A sessão especial<br />

marcou o encerramento<br />

da Semana Nacional da<br />

Família, e contou com a<br />

presença do bispo auxiliar<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, dom José Carlos<br />

Chacorowski.<br />

NASCIMENTO<br />

Dia 02 – Padre Osvaldo <strong>de</strong> Freitas<br />

Lopes – Pároco da Paróquia Nossa<br />

Senhora da Penha.<br />

Dia 03 – Padre Everaldo Santos<br />

Araújo – Pároco da Paróquia <strong>de</strong> Santa<br />

Teresinha.<br />

Dia 06 – Padre Gutemberg <strong>de</strong> Sousa<br />

Feitosa – Pároco Solidário da Paróquia<br />

do Santuário <strong>São</strong> José do Ribamar.<br />

Dia 09 – Padre Roney Rocha Carvalho<br />

– Pároco da Paróquia do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus, do Moropois.<br />

Dia 13 – Padre Reginaldo da Costa<br />

Pereira – Pároco da Paróquia <strong>São</strong> Pedro<br />

apóstolo. Padre Ruivar Pereira Filho –<br />

diocese <strong>de</strong> Pinheiro, reitor do seminário<br />

maior.<br />

Dia 30 – Padre Olívio Majdalani <strong>de</strong><br />

Melo – Pároco da Paróquia Nossa<br />

Senhora da Boa Viagem. assessor da<br />

Setor Juventu<strong>de</strong>.<br />

ORDENAÇÃO<br />

Dia 05 – Padre Lindomar Lima dos<br />

Santos – Vigário Paroquial da Paróquia<br />

Santo Amaro. Resi<strong>de</strong> em Primeira Cruz;<br />

Padre Máxemo <strong>de</strong> Jesus dos Santos<br />

– Vigário Paroquial da Paróquia Nossa<br />

Senhora aparecida, em Morros.<br />

Dia 19 – Padre Gutemberg <strong>de</strong> Sousa<br />

Feitosa; Padre José Ribamar dos<br />

Santos Vieira –Vigário Paroquial da<br />

Paróquia nossa Senhora do Rosário.<br />

Dia 27 – Padre Crizantonio da<br />

Conceição Silva – Pároco da Paróquia<br />

<strong>de</strong> Nossa Senhora da Luz; padre<br />

Reginaldo da Costa Pereira.


Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

Infância e Adolescência Missionária<br />

vai celebra seus 170 anos<br />

Em 2013, a Infância e adolescência<br />

Missionária (IaM), uma das quatro<br />

Pontifícias obras Missionárias (PoM)<br />

celebra 170 anos <strong>de</strong> fundação. Presente<br />

em todo o mundo, a obra nasceu em<br />

1843 e <strong>de</strong>ve seu nome à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> confiá-la<br />

à proteção do Menino Jesus. “Com<br />

a convicção <strong>de</strong> que as crianças po<strong>de</strong>m<br />

ser uma força espiritual e social para<br />

uma real transformação do mundo, a<br />

IaM preten<strong>de</strong> suscitar um movimento <strong>de</strong><br />

crianças cristãs <strong>de</strong>dicadas a ajudar outras<br />

crianças”.<br />

Com base nesses princípios, presentes<br />

no Estatuto das Pontifícias obras<br />

Missionárias, o<br />

ano da IaM será<br />

comemorado entre<br />

maio <strong>de</strong> 2013 e<br />

maio <strong>de</strong> 2014 para<br />

dar continuida<strong>de</strong><br />

ao crescimento<br />

da obra no Brasil.<br />

a celebração será<br />

aberta com a Jornada<br />

nacional da<br />

Infância e adolescênciaMissionária.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um evento permanente<br />

que <strong>de</strong>ve fazer parte da agenda anual da<br />

obra a partir <strong>de</strong> 2013.<br />

“a Jornada nacional da IaM será<br />

um evento anual que acontecerá sempre<br />

no terceiro domingo <strong>de</strong> maio, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> consagrar as crianças <strong>de</strong> todo<br />

o Brasil aos cinco continentes. no próxi-<br />

Dia Nacional da Juventu<strong>de</strong><br />

Jovens <strong>de</strong> várias paróquias da arquidiocese<br />

estão se reunindo para organizar<br />

a programação referente à celebração<br />

do dia nacional da Juventu<strong>de</strong>. até<br />

agora, duas reuniões já foram realizadas.<br />

Este ano a celebração será na Paróquia<br />

nossa Senhora da Luz, no muni-<br />

mo ano as consagraremos ao continente<br />

americano e, na assembleia nacional da<br />

IaM (<strong>de</strong>zembro), nós escolhemos o tema<br />

e o lema e o continente que será consagrado<br />

no ano seguinte”, explicou o secretário<br />

nacional da obra, padre andré Luiz<br />

<strong>de</strong> negreiros.<br />

durante a celebração do ano da<br />

IaM, as crianças e adolescentes, a exemplo<br />

da Campanha Missionária, receberão<br />

em seus grupos, hoje em torno <strong>de</strong><br />

30 mil, espalhados em todo o Brasil, os<br />

materiais e subsídios <strong>de</strong> apoio como cartaz,<br />

logomarca, tema e lema, roteiros <strong>de</strong><br />

celebração e, como compromisso, juntamente<br />

com os assessores,<br />

o lenço e<br />

escudo (símbolos<br />

da obra) e os novos<br />

materiais que<br />

estão em fase <strong>de</strong><br />

reformulação.<br />

S e g u n d o<br />

padre andré, a<br />

Jornada nacional<br />

da IaM possibilitará<br />

também a organização<br />

do envio<br />

dos cofrinhos missionários que hoje<br />

acontece ao longo <strong>de</strong> todo o ano. “Maio<br />

seria <strong>de</strong>dicado ao envio dos cofrinhos<br />

missionários com data fixa para a arrecadação,<br />

como é feito hoje com a Campanha<br />

Missionária. assim a prestação<br />

<strong>de</strong> contas seria acompanhada com mais<br />

proximida<strong>de</strong>”, disse o secretário.<br />

cípio <strong>de</strong> Paço do Lumiar, a cerca <strong>de</strong> 20<br />

quilômetros <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>. as celebrações<br />

do dia nacional da Juventu<strong>de</strong>, marcado<br />

para 21 <strong>de</strong> outubro, começam às 8h30, co<br />

m encerramento previsto para as 16h. o<br />

dia nacional da Juventu<strong>de</strong> é sempre muito<br />

aguardado pelos jovens <strong>de</strong> todo o País.<br />

Grito dos Excluídos; PM agri<strong>de</strong> jornalista<br />

o jornalista Ramon alves, membro<br />

do Comitê Padre Josimo e da Comissão<br />

Missionária arquidiocesana<br />

(Comidi), foi brutalmente agredido por<br />

policiais na manhã do dia 07 <strong>de</strong> setembro<br />

em <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, no Maranhão. Ramon<br />

participava do Grito dos Excluídos<br />

quando apanhou da polícia.<br />

O profissional tomou tapas na<br />

cara, foi chutado, pisoteado, arrastado<br />

no asfalto e algemado. Só <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> meia hora preso no camburão da<br />

Por uma Ilha <strong>de</strong> Paz<br />

“não existe caminho para a Paz,<br />

a Paz é o caminho”. acreditando neste<br />

caminho, cerca <strong>de</strong> 70 jovens da Forania<br />

Santos anjos <strong>de</strong> Guarda (área Itaqui<br />

Bacanga) participaram, na comunida<strong>de</strong><br />

nossa Senhora da Esperança, nos dias<br />

28 e 29 <strong>de</strong> julho, do 1º encontro Juvenil<br />

<strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Paz, com o tema “Juventu<strong>de</strong><br />

por uma Ilha <strong>de</strong> Paz”, organizado<br />

pelo grupo JUPAZ – Juventu<strong>de</strong> pela Paz<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Luis - paróquia <strong>São</strong> daniel Comboni,<br />

Vila Embratel.<br />

o objetivo do encontro foi “<strong>de</strong>spertar<br />

a consciência crítica a partir dos<br />

valores do Evangelho, exercendo o protagonismo<br />

juvenil por meio <strong>de</strong> uma vi-<br />

polícia, Ramon Alves, que ficou com<br />

hematomas por várias partes do corpo,<br />

foi conduzido à <strong>de</strong>legacia <strong>de</strong> plantão.<br />

assim que a noticia se espalhou,<br />

vários colegas <strong>de</strong> profissão foram à <strong>de</strong>legacia<br />

para apoiar Ramon.<br />

Um grupo <strong>de</strong> jornalistas, blogueiros,<br />

lí<strong>de</strong>res comunitários, sindicalistas,<br />

religiosos e religiosas... vai<br />

se reunir para tratar do assunto. Todos<br />

reclamam da atitu<strong>de</strong> da PM e clamam<br />

por justiça.<br />

vência <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Paz, impulsionando<br />

a mudança nas comunida<strong>de</strong>s”, informaram<br />

os organizadores no blog da Comissão<br />

<strong>de</strong> Justiça e Paz (http://cjpazsaoluis.<br />

wordpress.com).<br />

Uma das ativida<strong>de</strong>s realizadas<br />

foi o estudo sobre gran<strong>de</strong>s testemunhas<br />

<strong>de</strong> paz como <strong>São</strong> daniel Comboni, Madre<br />

Teresa <strong>de</strong> Calcutá, dom <strong>Luís</strong> Flávio<br />

Cappio, Martin Luther king e Mahatma<br />

Gandhi.<br />

Ao final, foi esboçado um documento<br />

que será entregue às igrejas, socieda<strong>de</strong><br />

civil e po<strong>de</strong>r público para que<br />

a Cultura <strong>de</strong> Paz se torne priorida<strong>de</strong> no<br />

meio juvenil <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>.<br />

o<br />

Ma r a n h ã o<br />

conta atualmente<br />

com<br />

doze (12) dioceses.<br />

Esta organização é bastante recente. diferente<br />

das colônias espanholas, on<strong>de</strong><br />

muito cedo a Igreja se fez presente estruturalmente<br />

através <strong>de</strong> bispados e prelazias,<br />

no Brasil não foi assim. Temos<br />

que esperar o século xx para que a Igreja<br />

brasileira comece a se estruturar com<br />

maior penetração no seu vasto território.<br />

No final do século XIX, havia menos <strong>de</strong><br />

15 dioceses no Brasil. atualmente são<br />

aproximadamente 270 arquidioceses,<br />

dioceses e prelazias.<br />

Como já comentamos em edição<br />

anterior (cf. n. 11), a diocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong><br />

do Maranhão foi criada em 30 <strong>de</strong> agosto<br />

<strong>de</strong> 1677. Foi uma das quatro dioceses<br />

que tiveram origem nos primeiros dois<br />

séculos da ocupação portuguesa no Brasil.<br />

Por mais <strong>de</strong> duzentos anos, o bispo<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> será o pastor <strong>de</strong> uma área<br />

que abrange os atuais estados do Maranhão<br />

e Piauí.<br />

não era <strong>de</strong> interesse dos portugueses<br />

fortalecer a estrutura da Igreja,<br />

nem no período imperial, o número <strong>de</strong><br />

dioceses no Brasil foi implementado <strong>de</strong><br />

forma significativa.<br />

no século xx, a estrutura da<br />

Igreja no Brasil vai ser profundamente<br />

modificada, inclusive na nossa região<br />

nor<strong>de</strong>stina e no Maranhão. Livre do<br />

padroado, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir no momento<br />

da Proclamação da República,<br />

não <strong>de</strong>pendia mais do governo brasileiro<br />

a criação <strong>de</strong> novas dioceses e a política<br />

organizacional pô<strong>de</strong> ser coor<strong>de</strong>nada autonomamente<br />

pelo Vaticano. assim, já<br />

no ano <strong>de</strong> 1901, primeiro ano do novo<br />

século, é criada a diocese <strong>de</strong> Teresina.<br />

Até 1906, a diocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> fica sufragânea<br />

da arquidiocese <strong>de</strong> <strong>São</strong> Salvador<br />

da Bahia. Em maio daquele ano,<br />

torna-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da arquidiocese <strong>de</strong><br />

Belém até 1920.<br />

Por <strong>de</strong>creto da Sagrada Congregação<br />

Consistorial <strong>de</strong> 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1921, <strong>São</strong> <strong>Luís</strong> foi elevada a arquidiocese<br />

e sob sua jurisdição ficaram a<br />

diocese <strong>de</strong> Teresina e as Prelazias <strong>de</strong><br />

Bom Jesus (PI) e <strong>de</strong> Grajaú, ambas instituídas<br />

no mesmo ano. no ano seguinte,<br />

pela Bula Rationi congruit do Papa Pio<br />

xI, é elevada a se<strong>de</strong> Metropolitana. Em<br />

1944, foram instituídas, fazendo parte<br />

da região metropolitana <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>, as<br />

dioceses <strong>de</strong> oeiras e Parnaíba. Em 1952,<br />

Teresina se torna ela mesma também arquidiocese<br />

encabeçando as <strong>de</strong>mais dioceses<br />

daquele Estado.<br />

1922 é também o ano em que começaram<br />

a ser criadas as atuais dioceses,<br />

muitas <strong>de</strong>las ainda como prelazia.<br />

Costumava-se criar prelazias em regiões<br />

entregues a uma congregação religiosa,<br />

geralmente missionária estrangeira,<br />

on<strong>de</strong> não havia ainda um clero diocesano<br />

local.<br />

a Prelazia <strong>de</strong> <strong>São</strong> José do Grajaú<br />

foi a primeira a ser instituída neste ano<br />

<strong>de</strong> 1922, entregue aos capuchinhos. no<br />

governo <strong>de</strong> dom Valentim Lazzari, 1981,<br />

a prelazia tornar-se-á diocese. Hoje seu<br />

bispo é dom Franco Cuter que assumiu a<br />

diocese em 1998.<br />

a Prelazia <strong>de</strong> Pinheiro foi criada<br />

em julho <strong>de</strong> 1939. A Santa Sé confiou<br />

esta prelazia aos cuidados dos Missionários<br />

do Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus. dom<br />

Ricardo Paglia, seu atual bispo, já foi<br />

sagrado como seu primeiro bispo diocesano.<br />

no mesmo ano foi criada a diocese<br />

<strong>de</strong> Caxias do Maranhão (1939) Seu<br />

primeiro bispo, dom <strong>Luís</strong> Gonzaga da<br />

Cunha Marelim governou a diocese por<br />

longos 40 anos, <strong>de</strong> 1941- a1981. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2010, dom Vilson Basso é seu bis-<br />

Estruturas em renovação<br />

Padre João Maria van damme<br />

jeanmarievd@ibest.com.br<br />

po ordinário. Seu antecessor dom <strong>Luís</strong><br />

d’andrea é bispo emérito e ainda continua<br />

no Maranhão.<br />

os Missionários Combonianos do<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus receberam em 1954 a<br />

responsabilida<strong>de</strong> pastoral sobre a prelazia<br />

<strong>de</strong> Santo antônio <strong>de</strong> Balsas. Em 1981,<br />

pela Bula Institutionis finis do Papa João<br />

Paulo II, foi elevada a diocese, passando<br />

a <strong>de</strong>nominar-se diocese <strong>de</strong> Balsas. Seu<br />

primeiro bispo foi dom Rino Carlesi.<br />

a diocese foi fortemente abalada com<br />

a morte <strong>de</strong> dom Franco Masserdoti em<br />

aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito (2008). <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então,<br />

dom Enemésio cuida <strong>de</strong>sta imensa<br />

diocese, acumulando ainda o importante<br />

trabalho na presidência da Comissão<br />

Pastoral da Terra em nível nacional.<br />

a Prelazia <strong>de</strong> Carolina foi criada<br />

a 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1958 e entregue aos<br />

Fra<strong>de</strong>s Menores Capuchinhos. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2003, é dom José do Egito o bispo da<br />

diocese.<br />

Três anos <strong>de</strong>pois, em 1961, é a<br />

vez da Prelazia <strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>smembrar-se <strong>de</strong> Pinheiro. dom Guido<br />

Casullo assumiu a prelazia em 1965 e<br />

tornou-se se primeiro bispo em 1983. a<br />

se<strong>de</strong> da diocese passou a ser Zé doca em<br />

1991. atualmente, é dom Carlo Ellena o<br />

bispo que governo esta diocese.<br />

Viana foi criada já como diocese<br />

em 1962. Teve durante poucos anos dom<br />

Francisco Hélio Campos à sua frente,<br />

que dinamizou as Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais<br />

<strong>de</strong> Base. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dom xavier<br />

Gilles passar para emérito, dom Sebastião<br />

duarte, maranhense <strong>de</strong> Carutapera,<br />

assumiu a diocese <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010.<br />

dom Pascásio Rettler, da or<strong>de</strong>m<br />

dos Fra<strong>de</strong>s Menores, foi bispo <strong>de</strong> Bacabal<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong>sta diocese em<br />

1968. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar durante cinco<br />

anos sob a direção <strong>de</strong> dom José Belisário,<br />

nomeado arcebispo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>,<br />

dom armando Martín Gutiérrez é <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006 o bispo diocesano <strong>de</strong> Bacabal.<br />

a diocese <strong>de</strong> Brejo foi criada em<br />

1971. dom Val<strong>de</strong>ci, <strong>de</strong> arari, é seu bispo<br />

atual (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010).<br />

Coroatá é se<strong>de</strong> <strong>de</strong> diocese <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1977. Seu primeiro bispo, dom Reinaldo<br />

Pün<strong>de</strong>r, falecido recentemente, passou<br />

também muitos anos à frente da diocese,<br />

<strong>de</strong> 1978 a 2010. o maranhense dom<br />

Sebastião Ban<strong>de</strong>ira assumiu a diocese<br />

<strong>de</strong>pois do falecimento do seu antecessor,<br />

do qual já foi bispo coadjutor (com<br />

direito a sucessão).<br />

a última diocese a ser criada até<br />

o presente momento no Maranhão tem<br />

como se<strong>de</strong> diocesana a segunda maior<br />

cida<strong>de</strong> do Estado, Imperatriz. <strong>de</strong>smembrada<br />

da diocese <strong>de</strong> Carolina em 1987,<br />

teve como primeiro bispo dom affonso<br />

Felippe Gregory, falecido em 2008. Já<br />

em 2005, o atual bispo dom Gilberto<br />

Pastana está à frente da diocese.<br />

19


20<br />

Fazer mudanças<br />

na publicida<strong>de</strong> dos<br />

PaRaMEnToS<br />

RELIGIOSOA –<br />

acrescentar uma<br />

BaTIna<br />

Fazer alterações na<br />

publicida<strong>de</strong> da Soneuro<br />

– Telefone: (98)<br />

3222-8201. Rua do<br />

Passeio, no Hospital<br />

Português.<br />

Criação PAULUS<br />

Mês da Bíblia<br />

a Bíblia é livro sagrado do povo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>us. nela, <strong>de</strong>us revela um rosto <strong>de</strong><br />

Pai e Mãe, amigo e companheiro, mas<br />

também firme na <strong>de</strong>fesa dos pequenos.<br />

Ela é mais que um livro; é uma coleção<br />

<strong>de</strong> livros. a palavra Bíblia vem do<br />

grego Biblos que significa livro. Daí o<br />

diminutivo Biblion (livrinho) que no<br />

plural fica Bíblia. O próprio nome da<br />

Bíblia nos diz que ela é o livro por excelência.<br />

Um livro feito por muitos livros,<br />

uma biblioteca.<br />

a Bíblia foi escrita por muita gente,<br />

que fez isso por inspiração divina à<br />

medida que compreendia a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>us na história. a sua redação <strong>de</strong>u-se<br />

num período <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil anos, pois<br />

começou a ser escrita mais ou menos<br />

pelo ano 1000 a.C. e só foi concluída<br />

em torno do ano 100 d.C. a maior parte<br />

<strong>de</strong>sses livros foram escritos na Palestina<br />

(atual Israel), mas há livros ou<br />

trechos <strong>de</strong> livros que foram escritos na<br />

Babilônia, no Egito, na Síria, na Ásia,<br />

na Grécia e na Itália. originalmente, os<br />

livros bíblicos foram escritos em hebraico,<br />

aramaico e grego.<br />

<strong>São</strong> vários os assuntos abordados<br />

PaULUS - ao celebrarmos os cinquenta anos do Concílio<br />

Vaticano II, é imprescindível que revitalizemos seu<br />

conteúdo, em parte aplicado, mas em muito ainda por se<br />

concretizar. Este livro se propõe a fazer uma visita guiada<br />

aos <strong>de</strong>zesseis documentos do Concílio, explorando suas<br />

temáticas, questionamentos, problemáticas, motivações,<br />

exigências e inovações.<br />

Luis oliveira Freitas<br />

Coor<strong>de</strong>nador arquidiocesano <strong>de</strong> Catequese<br />

PAULINAS - Compaixão, cruz e esperança – Teologia<br />

<strong>de</strong> Marcos, <strong>de</strong> Ivone Richter Reimer, é a dica <strong>de</strong> leitura<br />

da Livraria Paulinas.<br />

Esta obra <strong>de</strong>stina-se não só aos estudantes <strong>de</strong> Bíblia,<br />

mas a todos que se interessam por conhecer mais<br />

em profundida<strong>de</strong> a mensagem <strong>de</strong> Jesus contida nos<br />

evangelhos. adquira o seu!<br />

ESPAÇO DO DÍZIMO<br />

díZIMo: Gratidão e Justiça<br />

a gratidão é a memória do coração.<br />

a gratidão é o milagre da bênção e o<br />

dízimo é bênção enquanto expressão <strong>de</strong><br />

gratidão e reconhecimento da ação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>us na nossa própria vida.<br />

*Descontos oferecidos para todas as Bíblias (Edição Pastoral, do Peregrino e <strong>de</strong> Jerusalém), <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> agosto a 29 <strong>de</strong> setembro<br />

<strong>de</strong> 2012 ou até o fi nal do estoque. A PAULUS dará a Constituição Dei Verbum <strong>de</strong> brin<strong>de</strong> a cada Bíblia adquirida durante<br />

a promoção. Somente para pagamentos à vista.<br />

pela Bíblia. nela há doutrinas, histórias,<br />

provérbios, profecias, cânticos,<br />

salmos, lamentações, cartas, sermões,<br />

meditações, orações, filosofias, romances,<br />

contos <strong>de</strong> amor, biografias, genealogias,<br />

poesias, parábolas, comparações,<br />

tratados, leis e contratos. Esta<br />

maneira <strong>de</strong> escrever dos autores bíblicos<br />

tem o objetivo <strong>de</strong> comunicar alegria,<br />

esperança, coragem e amor, mas<br />

também <strong>de</strong>nunciar erros, opressões,<br />

injustiças.<br />

o centro da Bíblia é Jesus Cristo,<br />

porque é Ele quem anuncia o amor<br />

gratuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a todas as pessoas e<br />

realiza o Reino <strong>de</strong> <strong>de</strong>us através <strong>de</strong> sua<br />

vida, morte e ressurreição. Por isso, o<br />

critério fundamental, a principal chave<br />

<strong>de</strong> interpretação para ler todas as Escrituras<br />

é a pessoa <strong>de</strong> Jesus Cristo. Ele<br />

mesmo diz qual é o critério para compreen<strong>de</strong>r<br />

a Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong>us presente<br />

nas palavras humanas, escritas pelo<br />

povo <strong>de</strong> Israel. Esse critério consiste<br />

na <strong>de</strong>fesa e promoção da vida, principalmente<br />

nas situações em que ela se<br />

encontra diminuída, seja na doença, na<br />

exclusão, na pobreza, na própria morte.<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012<br />

<strong>São</strong> Pio <strong>de</strong> Pietrelcina<br />

23 <strong>de</strong> Setembro<br />

Renato Fontoura<br />

administrador <strong>de</strong> Empresa<br />

renatofontoura@uol.com.br<br />

no mês em que<br />

comemoramos 400<br />

anos <strong>de</strong> chegada do<br />

Evangelho em nossa<br />

ilha, para prestar uma<br />

homenagem aos capuchinhos,<br />

iremos falar<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Pio <strong>de</strong> Pietrelcina. Este digníssimo<br />

seguidor <strong>de</strong> <strong>São</strong> Francisco<br />

<strong>de</strong> assis nasceu no dia 25 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu<br />

nome verda<strong>de</strong>iro era Francesco Forgione.<br />

ainda criança era muito assíduo<br />

com as coisas <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, tendo<br />

uma inigualável admiração por nossa<br />

Senhora e o seu Filho Jesus, os<br />

quais via constantemente <strong>de</strong>vido à<br />

gran<strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong>.<br />

Com quinze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

entrou no noviciado da or<strong>de</strong>m dos<br />

Fra<strong>de</strong>s Menores Capuchinhos em<br />

Morcone, adotando o nome <strong>de</strong> “Frei<br />

Pio” e foi or<strong>de</strong>nado sacerdote em 10<br />

<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1910 na arquidiocese<br />

<strong>de</strong> Benevento.<br />

após a or<strong>de</strong>nação, Padre Pio<br />

precisou ficar com sua família até<br />

1916, por motivos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e, em setembro<br />

<strong>de</strong>sse mesmo ano, foi enviado<br />

para o convento <strong>de</strong> <strong>São</strong> Giovanni<br />

Rotondo, on<strong>de</strong> permaneceu até o dia<br />

<strong>de</strong> sua morte.<br />

abrasado pelo amor <strong>de</strong> <strong>de</strong>us,<br />

marcado pelo sofrimento e profundamente<br />

imerso nas realida<strong>de</strong>s sobrenaturais,<br />

Padre Pio recebeu os<br />

estigmas, sinais da Paixão <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo, em seu próprio corpo.<br />

Percebendo que não somente<br />

<strong>de</strong>veria aliviar o sofrimento espiritual,<br />

recebeu <strong>de</strong> <strong>de</strong>us a inspiração<br />

<strong>de</strong> construir um gran<strong>de</strong> hospital, conhecido<br />

como “Casa alívio do Sofrimento”,<br />

que se tornou uma referência<br />

em toda a Europa. a fundação <strong>de</strong>ste<br />

hospital se <strong>de</strong>u a 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1956.<br />

<strong>de</strong>vido aos horrores provocados<br />

pela Segunda Guerra Mundial,<br />

Padre Pio cria os grupos <strong>de</strong> oração,<br />

verda<strong>de</strong>iras células catalisadoras do<br />

amor e da paz <strong>de</strong> <strong>de</strong>us, para serem<br />

instrumentos <strong>de</strong>ssas virtu<strong>de</strong>s no<br />

mundo que sofria e angustiava-se no<br />

vale tenebroso <strong>de</strong> lágrimas e sofrimentos.<br />

na ocasião do aniversário <strong>de</strong><br />

50 anos dos grupos <strong>de</strong> oração, Padre<br />

Pio celebrou uma Missa. Essa Celebração<br />

Eucarística foi o caminho<br />

para o seu calvário <strong>de</strong>finitivo, na<br />

qual entregaria a alma e o corpo ao<br />

seu gran<strong>de</strong> amor: nosso Senhor Jesus<br />

Cristo, a quem tanto amava.<br />

Era madrugada do dia 23 <strong>de</strong> setembro<br />

<strong>de</strong> 1968, no seu quarto conventual<br />

com o terço entre os <strong>de</strong>dos<br />

repetindo o nome <strong>de</strong> Jesus e Maria,<br />

<strong>de</strong>scansa em paz aquele que tinha<br />

abraçado a Cruz <strong>de</strong> Cristo.<br />

Foi beatificado no dia 2 <strong>de</strong><br />

maio <strong>de</strong> 1999 pelo Papa João Paulo<br />

II e canonizado no dia 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />

2002 também pelo saudoso pontífice.<br />

Padre Pio, rogai por nós!<br />

Confi ra os <strong>de</strong>scontos especiais *<br />

preparados para o período <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong><br />

agosto a 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012<br />

e reserve o solo do seu coração<br />

para plantar e colher alegria e vida!<br />

PAULUS Livraria | Rua do Passeio, 229 — Centro — <strong>São</strong> <strong>Luís</strong>/MA<br />

Tel.: (98) 3231.2665 | saoluis@paulus.com.br | paulus.com.br

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