Redações e artigos científicos premiados - CNPq
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A Dimensão do Enfoque de Gênero no Programa Bolsa Família:<br />
ranços e avanços na promoção do empoderamento das<br />
mulheres nos municípios baianos<br />
Bárbara Maria Santos Caldeira – Universidade Católica de Salvador 1<br />
Orientadora – Prof.ª Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti<br />
3˚ Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero<br />
Categoria Graduado<br />
“Não se trata somente de reconstituir os discursos e saberes específicos às mulheres,<br />
nem mesmo de lhes atribuir poderes não reconhecidos. É preciso compreender como<br />
uma cultura feminina se constrói no interior de um sistema de relações desiguais,<br />
como ela mascara as falhas, reativa os conflitos, baliza tempos e espaços, como, enfim,<br />
pensa suas particularidades e suas relações com a sociedade global”.<br />
Rachel Soihet, Suely Gomes Costa e Rosana M. Alves Soares, 2001.<br />
• Considerações Iniciais<br />
O “empoderamento das mulheres”, neologismo construído para definir a ação de<br />
“tomar o poder” por aqueles que carecem dele, significa para o universo feminino<br />
não um ato de subordinação das pessoas, mas a garantia dos meios necessários ao<br />
combate aos estereótipos de que são objeto e à conquista de um status quo social que<br />
lhes permita defender e representar idéias e comportamentos na sociedade.<br />
Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM)<br />
e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ana Alice Costa (s.d., s.p.),<br />
“os problemas ligados às questões de poder têm sido um dos principais entraves aos<br />
projetos de desenvolvimento”, ao passo que Julieta Kirkwood (1986, s.p.) completa<br />
essa idéia ao afirmar que “o poder não é, o poder se exerce. E se exerce em atos, em<br />
linguagem. Não é uma essência. Ninguém pode tomar o poder e guardá-lo em uma<br />
caixa forte”.<br />
No século XX, a partir dos anos 70, debates acerca dos rumos que objetos de investigação<br />
dos estudos de gênero e das teorias feministas ganham vozes principalmente na<br />
América Latina e Europa. Para a historiadora espanhola Maria Antonia García León,<br />
professora titular de Sociologia da Universidade Complutense de Madrid (1999), ao<br />
1 Licenciada em História pelas Faculdades Jorge Amado. Doutoranda em História pela Universidade<br />
de Burgos - Espanha. Coordenadora de Apoio a Projetos, Programas e Conselhos da Secretaria<br />
Municipal de Assistência Social de Alagoinhas – BA. Assessora de Projetos Sociais da ONG Centro<br />
de Formação Talita. Integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Juventude, Identidade, Cidadania<br />
e Cultura (NPEJI) – Diretório de Pesquisa CNPQ, alocado no Mestrado em Família na Sociedade<br />
Contemporânea - Universidade Católica do Salvador (UCSAL).<br />
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