13-24 - Universidade de Coimbra
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ADMINIST.—Augusto Ribeiro Arrobas<br />
Ano XV<br />
Redacção e Administração<br />
"o da Inquisição, 6-1.°— Telef. 351.<br />
da <strong>Coimbra</strong> e do maior tiragem ao esb Distrito, — Fafeliea-sa ás torças, qaintas o sábados.<br />
^ Proprietário João Rxbexvo Avvob&S EDITOR — Diamantino Ribeiro Arrobas<br />
N<br />
AO permitia a exiguida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> espaço com lu-<br />
Oficinas <strong>de</strong> composição e impressão,<br />
Pátio da Inquisição, 27-27A<br />
da<strong>de</strong> e, tanto quanto nos seja pelo respectivo expedidor ou conpossivel,<br />
não esqueceremos o signatário ou seu legitimo pro-<br />
>scotismo neste jornal, apresen-furador, <strong>de</strong>vendo ser sempre<br />
rando elementos que convencerão,<br />
os que ignoram o que esta<br />
instituição representa, da sua<br />
gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> e .do seu pronunciado<br />
valor educativo e so<br />
ciai.<br />
+ + +<br />
acompanhada da senha ou carta<br />
<strong>de</strong> porte da remessa », terminando<br />
ainda por dizer: Estão portanto<br />
<strong>de</strong>vidamente acautelados<br />
os interesses do publico nos casos<br />
<strong>de</strong> que trata o oficio <strong>de</strong>ssa<br />
Associação, pelas quais essa colectivida<strong>de</strong><br />
tanto se interessou.<br />
N.° 1992<br />
"Gazeta <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,,<br />
ASSINATURAS<br />
Ano: Continente 30$00<br />
Pelo correio . . 36$00<br />
Estranj. e Af. Or. 65$00<br />
Africa Ociôental . 11 $00<br />
ANÚNCIOS<br />
cada linha (corpo 10)<br />
l. â página, 2$00; 2.* página,<br />
1$00; 3.* e 4.* páginas, $50.<br />
Comunicados 1$00 a linha<br />
Os assinantes teem os <strong>de</strong>scontos<br />
óe 20 010.<br />
extinguir a<br />
®<br />
Normal $<br />
CORRE ha dias com insis-j<br />
tencia em <strong>Coimbra</strong> que<br />
vai ser extinta a Escola Norma<br />
Superior, que funciona na llni<br />
versida<strong>de</strong> e que é um elemento<br />
importante e até indispensáve'<br />
<strong>de</strong> habilitação num instituto que<br />
tem a primazia sobre todos os<br />
outros do país.<br />
Logo que o boato constou, ao<br />
sr. Dr. Almeida Ribeiro, muito di<br />
flno reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, convidou<br />
s. ex- a para uma reunião os<br />
representantes das forças vivas<br />
para lhe ejepor mais esta afronta<br />
<strong>de</strong> que <strong>Coimbra</strong> estava amea<br />
çada, resolvendo - se protestar<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já contra semelhante resolução.<br />
E' preciso notar que na vigência<br />
do actual governo, foram<br />
extintos o Instituto Industrial <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> e a Escola Primária<br />
Superior, e como acham pouco<br />
querem ir mais longe, garrotando<br />
também a Escola Normal Superior,<br />
que é indispensável que<br />
exista no primeiro estabelecimento<br />
scientifico do país.<br />
A dar-se mais este facto<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já lavramos o nosso protesto,<br />
que se traduz num acto <strong>de</strong><br />
justiça da nossa parte, pois se<br />
vê claramente que <strong>Coimbra</strong> é a<br />
cabeça <strong>de</strong> turco, escolhida <strong>de</strong><br />
preferencia sempre que se procure<br />
fazer economias, muito principalmente<br />
em matéria <strong>de</strong> instrução<br />
publica.<br />
Dentro do ministério encontra-se<br />
uin ministro, que é pro<br />
fessor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Coim<br />
bra.<br />
Po<strong>de</strong>rá s. ex a tamos que, em <strong>de</strong>vido tempo,<br />
fosse aqui publicada uma elucidativa<br />
exposição do nosso amigo No projdmo domingo, fazem<br />
sr. Alvaro Viana <strong>de</strong> Lemos so- a sua apresentação os escoteibre<br />
o escotismo. Entretanto, ouros católicos <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, reaíros<br />
jornais <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> a pulisando-se na Sé Catedral a ceblicaram<br />
estando por tal motivo rimónia da benção da sua ban-<br />
ao facto <strong>de</strong>la, certamente, os <strong>de</strong>ira, pelo rev.mo Bispc-Con<strong>de</strong>.<br />
nos nossos leitores.<br />
Embora a publicação da carta<br />
<strong>de</strong>ste nosso amigo — publicação<br />
não chegada a levar a efeito ssociaçâo Comercial<br />
pelo motivo apontado, e unicamente<br />
por esse motivo, — se não<br />
reuniu extraordinariamente e peóe<br />
tivesse feito, não <strong>de</strong>scuramos<br />
instantemente que semelhante facto<br />
nós este assunto que, como é<br />
não seja consumaòo. por contrario<br />
sabido, nos mereceu carinho. Industrial <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
aos interesses óo ensino superior óa<br />
Numa socieda<strong>de</strong> em que, nem<br />
nação, atentatório óo prestigto e hon-<br />
Ex.<br />
sempre, são presadas as granra<br />
óesta velha e gloriosa Universióaóe<br />
<strong>de</strong>s qualida<strong>de</strong>s, é <strong>de</strong> imediata<br />
e óos interesses morais e materiais<br />
necessida<strong>de</strong> procurar que os no-<br />
óa cióaóe. Assim o espera esta Assovos,<br />
os orientadores <strong>de</strong> ámanhã,<br />
ciação óo alto critério e patriotismo<br />
se vão imbuindo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s prin-<br />
óo Governo.— O presiósnte, Francisco<br />
cípios, salutares e cheios <strong>de</strong><br />
Vilaça da Fonseca.<br />
gran<strong>de</strong> belesa moral.<br />
O escotismo, é uma admiravel<br />
escola fomentada em sólida<br />
ií ivre irientação, em rasgos altruístas<br />
<strong>de</strong> amôr pelo próximo. Temos<br />
NTE uma numerosa as- vivido num <strong>de</strong>solador egoísmo.<br />
A' sistência, em que avul- E' preciso irmo-nos libertando<br />
tavam senhoras, realizou uma a pouco e pouco, <strong>de</strong> más influen-<br />
interessante conferencia sobre cias. entorpecedoras e maléí<br />
Espiritismo e Sciencia. o sr.<br />
dr. Serras Pereira, ilustre professor<br />
do Liceu.<br />
Começando por historiar o<br />
Espiritismo, narra alguns dos<br />
principais iactos em que assenti»<br />
esta doutrina filosófica e religiosa,<br />
estudando especialmente<br />
o papel do mcóium e focando<br />
a influencia atribuída ao astral<br />
Faz-nos supor, por algumas<br />
palavras, que atribui esses fenómenos<br />
ao subsconsciente dos<br />
meóiuns e não a espíritos <strong>de</strong>sencarnados,<br />
e analiza então<br />
com imparcialida<strong>de</strong>, a realização<br />
<strong>de</strong>sses factos, a sua causa,<br />
a sua formação, concluindo por<br />
<strong>de</strong>monstrar que muitos <strong>de</strong>les<br />
são <strong>de</strong>vidos a ilusionismos <strong>de</strong><br />
meóiuns pre<strong>de</strong>stigitadores, <strong>de</strong><br />
quem lê <strong>de</strong>clarações, ou a alucinações.<br />
A explicação scientifica <strong>de</strong>s-<br />
consentir que es fenómenos, dada pela psico-<br />
se faça semelhante injustiça no ogia experimental, constituirá o<br />
instituto a que pertence? tema <strong>de</strong> uma segunda conferen-<br />
A' reunião realisada na Uni cia complementar <strong>de</strong>sta.<br />
versida<strong>de</strong>, compareceram os srs. O conferente foi muito cum-<br />
reitor e vice-reitor da Universiprimentado.da<strong>de</strong>, directores das diferentes<br />
faculda<strong>de</strong>s, director da Escola<br />
Normal Superior, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da Camara, presi<strong>de</strong>nte da Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Defesa e presi<strong>de</strong>nte da<br />
Associação Comercial.<br />
Foi resolvido dirigir telegramas<br />
aos srs. presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
ministros da Instrução e<br />
das Finanças, pedindo que se<br />
tiSo confirme esse boato.<br />
A Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Defesa dirigiu<br />
um telegrama em separado.<br />
0 sr. Dr. Tamagnini, director<br />
da Escola Normal Superior, vai<br />
seguir para Lisboa para tratar<br />
<strong>de</strong>ste assunto.<br />
Vai reunir-se o Senado Universitário<br />
para tratar <strong>de</strong>ste assunto.<br />
Mais uma vez se prova que<br />
a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> tem<br />
muitos inimigos que anceiam<br />
vê-la reduzida na sua gran<strong>de</strong><br />
importancia.<br />
mo sr. ministro do Comércio<br />
e Comunicações.—Lisboa,—<br />
Ej*. 110 Sr.: — A intensida<strong>de</strong> da<br />
vida mo<strong>de</strong>rna, que dia a dia<br />
mais se acentua, mercê das facilida<strong>de</strong>s<br />
que o progresso tem<br />
criado em beneficio dos povos,<br />
reclama provi<strong>de</strong>ncias e actos<br />
que acompanhem, facilitem e fomentem<br />
esse progresso.<br />
Neste sentido, e <strong>de</strong> uma forma<br />
geral, precisa o país <strong>de</strong> ser<br />
dotado <strong>de</strong> uma rê<strong>de</strong> telefónica<br />
que ponha em contacto todos os<br />
centros importantes da nação,<br />
.facilitando e achando o seu<br />
O escotismo, 1, procura » ci iar! progresso', valori? ái.do-os em fim.<br />
1 —<br />
ima melhor vida, uma rei d . l<br />
* i<br />
( \. V -j» '<br />
perfectibilida<strong>de</strong>, neste mundo tão<br />
cheio <strong>de</strong> imperfeições. Tendo,<br />
pois, nós pugnado pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do escotismo, hoje<br />
vimos, mais uma vez, falar <strong>de</strong>le.<br />
Deve-se a sua instituição ao<br />
leneral inglês Rebert Bo<strong>de</strong>n<br />
Powel. Este homem, prático como<br />
é proprio <strong>de</strong> gente <strong>de</strong> sua<br />
raça, tendo feito gran<strong>de</strong> parte<br />
la sua carreira militar nas colónias,<br />
tendo mesmo assistido á<br />
campanha do Transval, viu como<br />
io cerco <strong>de</strong> Mafehing, nessa<br />
campanha, os rapazes eram optimamente<br />
aproveitados no serviço<br />
<strong>de</strong> comunicações. Passando<br />
a viver em Inglaterra, afastado<br />
pela ida<strong>de</strong> do serviço activo, Ba<strong>de</strong>n<br />
Powel quiz empregar os seus<br />
ócios numa obra profícua £ -útil.<br />
Bem emprega ia observação foi<br />
essa que ele fez durante a guerra<br />
e bem empregados ócios foram<br />
esses.<br />
Em 1908 o general lançou as<br />
bases dum sistema <strong>de</strong> preparação<br />
da mocida<strong>de</strong>, sistema em<br />
que as ten<strong>de</strong>ncias naturais seriam<br />
convenientemeute aproveitadas.<br />
Foi intenção do institui-<br />
Belo Redondo dor <strong>de</strong>sviar os rapazes dos ví-<br />
ENCONTRA-SE nesta cicios usuais, concorrendo para<br />
da<strong>de</strong>, em missão jorna- que eles se fossem tornando fuistica.<br />
<strong>de</strong>vendo partir sábado turos cidadãos, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
para Lisboa, o conhecido jorna- as suas faculda<strong>de</strong>s, tornando-se<br />
ista sr. Belo Redondo redactor dignos e empreendores. A esse<br />
do Diário óe Noticias e do sistema chamou-se scouting e<br />
Sport óe Lisboa, que teve a àqueles que o seguiam, <strong>de</strong>sig-<br />
amabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir cumprimen-,"<br />
tar-nos.<br />
s<br />
<strong>Coimbra</strong><br />
•b +<br />
E' concebido nos seguintes<br />
termos o telegrama da Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Defesa:<br />
Ep.mo Sr. ministro óa Instrução —<br />
Lisboa. — A Socieóaóe óe Defeza e<br />
Propaganda óe <strong>Coimbra</strong> alarmaóa<br />
com a noticia óa extinção óa Escola<br />
Normal Superior óesta cióaóe, reúne<br />
extraordinariamente a fim óe evitar<br />
tão gran<strong>de</strong> lesão aos interesses <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> e da sua <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, con-\<br />
servando-se em sessão permanente<br />
até que seja consi<strong>de</strong>rado sem fundamento<br />
tal boato.—O pr^sióento da Ditteção,<br />
dr. Antonio <strong>de</strong> Assis Teixeira.<br />
+ + +<br />
A comissão administrativa<br />
da Associação Comercial c Industrial<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> enviou aos<br />
srs. Presi<strong>de</strong>nte da Republica e<br />
ministros da Instrução e Justiça,<br />
o seguinte telegrama:<br />
Ex.mo Sr.—A comissão administrat<br />
uu da Associação Comercial e Industrial<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, tendo conhecimento<br />
òe que o Governo da Republica pensa<br />
em e^tingnic a Escola Normal Superior<br />
ba <strong>Universida<strong>de</strong></strong> óesta cida<strong>de</strong>,<br />
011 - 5 ^ com esta Esta medida, que se impõe, é <strong>de</strong><br />
ião gran<strong>de</strong> alcan e sob todos os<br />
aspectos da vida nacional, que<br />
inútil se torna encarecê-la como<br />
uma necessida<strong>de</strong> insofismável.<br />
Emquanto, porém, medida <strong>de</strong><br />
tal folego não c tomada, outra<br />
se torna urgente e que esta Associação<br />
Comercial e Industrial<br />
solicita <strong>de</strong> V. Ej