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MAIS - Vagner de Almeida

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Conta que um dia eles estavam muito bêbados e queriam sexo<br />

com ela, mas ela recusou naquele momento, pois sabia que eles<br />

estavam muito agressivos com ela. Confessa no meio da conversa<br />

que por um até se sentia atraída, pois o consi<strong>de</strong>rava em segredo<br />

seu marido. Naquele dia ambos estavam diferentes. Riam muito<br />

e se tocavam também. Eles faziam sexo entre eles, mas não na<br />

frente <strong>de</strong>la. Sofy conta que ao dizer não para eles, naquele exato<br />

momento eles a começaram a espancar quase até a morte. Só<br />

não foi morta por um <strong>de</strong>les com um golpe <strong>de</strong> facão na cabeça,<br />

por que o rapaz que ela consi<strong>de</strong>rava como o seu marido disse<br />

para o outro; “Não suja o facão com sangue <strong>de</strong>ssa merda não. Dá<br />

só porrada nesse boiola e basta...”. Sofy disse só lembrar do<br />

último golpe que levou na cara e ali apagou e lembra ter sentido<br />

as suas mão serem golpeadas com alguma coisa muito pesada.<br />

Relata que eles tentaram cortar os seus <strong>de</strong>dos, mas não<br />

conseguiram.<br />

Depois <strong>de</strong> retornar para casa muito mais tar<strong>de</strong> e cheia <strong>de</strong> sangue<br />

a sua mãe com a irmã a trataram a lavando com água e sabão.<br />

Nenhuma das duas lhe perguntou o que havia acontecido.<br />

Ninguém quis saber o que havia acontecido. Até as cicatrizes das<br />

mãos e os ferimentos do rosto não se cicatrizaram totalmente,<br />

ela não po<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa. A sua irmã a lavava com um esfregão<br />

todos os dias e parecia que queria arrancar a pele <strong>de</strong>la na<br />

lavagem. Sofy falava que estava doendo e ela respondia que ele<br />

precisava apren<strong>de</strong>r a ser homem e não boiola. Seus irmãos e pai<br />

não falaram com ela um dia se quer durante toda a sua<br />

convalescença.Duas vezes por semana a sua mãe e irmão<br />

trocavam as ataduras das mãos e passavam Mercúrio Cromo.<br />

Sua comida era colocada na cozinha antes ou <strong>de</strong>pois das pessoas<br />

terem comida. Sofy conta que se sentia culpada daquilo tudo.<br />

Ouvia seus pais e irmão falarem que aquilo era uma vergonha e<br />

se não estivesse se oferecendo no meio do mato aquilo não teria<br />

acontecido. Todo mundo lhe acusava conta Sofy com os olhos<br />

cheios <strong>de</strong> lágrimas e pronta para explodir em choro. Gagueja ao<br />

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