MAIS - Vagner de Almeida

“Cada vez mais percebemos o vínculo fundamental entre a
desigualdade social e a vulnerabilidade diante a infecção pelo
HIV. No Brasil, isto quer dizer que as populações mais vulneráveis
à AIDS e a violência social do cotidiano brasileiro são justamente
os mais excluídos, os mais oprimidos, os mais marginalizados...”
(Richard Parker)
A Aids, sexualidade e gênero entre o universo das jovens e não
jovens travestis cariocas nos dão uma visão profunda sobre os
processos sociais e culturais relacionados à vulnerabilidade
frente ao HIV e à AIDS no Brasil, a pobreza, as desigualdades
quanto à raça, ao gênero, à sexualidade e aos diversos tipos de
violência nas grandes cidades brasileiras e a perversa lógica
cultural que naturaliza essa desigualdade, até para as pessoas
que mais sofrem as suas conseqüências.
É observado que a sociedade não aprendeu e não tem nenhum
interesse de educar-se para conviver com a diversidade, aceitar
o pluralismo, respeitar o diferente perante os seu olhar crítico.
Visto é o programas criados para que haja uma mudança na
atitude e o comportamento do intolerantes e fundamentalistas.
** Marquês de Sades em sua auto satisfação, deleite próprio
alfineta os jogos de opostos (puro/impuro, sagrado/profano,
natureza/cultura, cultura/escremento).
A idéia de transgressão está ligada à sujeira, uma associação
corriqueira na ordem dos nossos travestis contemporâneos.
Excrementos e perversões sexuais são os pratos típicos dessa
subversão. São temas centrais que a sociedade adota para
considerar o que é obsceno e imoral. Observando os discursos
racistas e imorais de grupos religiosos contra a população
GLBT.
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