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DTG - FASUL

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Curso de Especialização em Desenvolvimento de Medicamentos<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Análise térmica aplicada ao desenvolvimento de<br />

formulações<br />

Termogravimetria (TG) e<br />

Termogravimetria derivada (<strong>DTG</strong>)<br />

Professor: Dr Dr. . Paulo Renato de Oliveira<br />

TG e <strong>DTG</strong><br />

prenato.oliveira@gmail.com<br />

renato.oliveira@gmail.com<br />

Toledo / PR<br />

2011<br />

Possibilitam conhecer as alterações que o aquecimento pode<br />

provocar nos materiais.<br />

Permitem estabelecer a faixa de temperatura que adquirem<br />

composição química fixa, definida e constante.<br />

Determinar a temperatura em que os materiais começam a se<br />

decompor (estabilidade térmica).<br />

Acompanhar o andamento de reações de: desidratação,<br />

oxidação, combustão, decomposição, etc.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Termogravimetria (TG)<br />

A termogravimetria é uma técnica termoanalítica na qual a variação<br />

de massa da amostra (perda ou ganho) é determinada em função<br />

da temperatura (T) ou tempo (t), enquanto a amostra é submetida a<br />

uma programação controlada de temperatura.<br />

Termogravimetria derivada (<strong>DTG</strong>)<br />

Técnica que fornece a derivada primeira da curva<br />

termogravimétrica, em função do tempo (t) ou da temperatura (T).<br />

GAS-TIGHT<br />

ENCLOSURE<br />

HEATER<br />

SAMPLE<br />

Esquema simplificado de um equipamento TG<br />

GAS IN<br />

POWER<br />

SAMPLE TEMP.<br />

FURNACE TEMP.<br />

TEMPERATURE PROGRAMMER<br />

Porta amostras para TG<br />

WEIGHT<br />

BALANCE<br />

CONTROLLER<br />

31/5/2011<br />

1


Configurações da balança e do forno<br />

Termobalança suspensa Termobalança de topo Termobalança horizontal<br />

Limitações físicas do processo de aquecimento<br />

TG dinâmica ou convencional<br />

Temperatura varia de maneira pré-determinada, preferencialmente,<br />

a uma razão de aquecimento ou resfriamento linear (constante).<br />

Tg3.swf<br />

Convecção pela<br />

atmosfera circundante<br />

Condução pelo cadinho<br />

e instrumento<br />

Limitações físicas do processo de aquecimento<br />

3 modos de TG são comumente utilizados:<br />

TG<br />

TG<br />

TG<br />

TG quase-isotérmica<br />

• Dinâmica<br />

(convencional)<br />

• Quase-isotérmica<br />

• Isotérmica<br />

Trocas gasosas.<br />

Entrada de gás (atmosfera)<br />

saída dos gases de reação<br />

Calor da parede<br />

do forno<br />

Termopar, indicador<br />

da temperatura<br />

Amostra é aquecida a uma razão linear enquanto não<br />

ocorre variação de massa.<br />

Quando a balança detecta variação de massa a<br />

temperatura é mantida constante até novo “plateau”.<br />

Este procedimento é repetido diversas vezes.<br />

Tg2.swf<br />

31/5/2011<br />

2


TG isotérmica<br />

Massa da amostra é registrada em função do tempo a<br />

temperatura constante.<br />

Normalmente aquecimento rápido até determinada<br />

temperatura que é mantida constante.<br />

Durante os processos térmicos, a amostra<br />

deve liberar um produto volátil<br />

Devido a processos<br />

químicos ou físicos<br />

-desidratação<br />

-vaporização<br />

-dessorção<br />

-oxidação<br />

-redução; etc.<br />

Ou deve interagir com o gás da atmosfera no interior do forno<br />

Resultando em processos<br />

que envolvem ganho de<br />

massa<br />

Tg1.swf<br />

-adsorção<br />

-oxidação de metais<br />

-oxidação de óleos<br />

-etc<br />

A partir desta temperatura (T f), a<br />

substância Y é termicamente estável<br />

O degrau bc, que corresponde a<br />

difereça T f – T i (intervalo de reação),<br />

permite obter dados quantitativos<br />

sobre a variação de massa (∆m)<br />

A temperatura onset (T onset)<br />

corresponde ao início extrapolado<br />

do evento térmico.<br />

Definida pelo ponto de interseção da<br />

linha de base extrapolada com a<br />

tangente que passa pelo ponto de<br />

inflexão da curva.<br />

Os experimentos de variações<br />

de massa de um dado material<br />

em função da temperatura<br />

são executados<br />

mediante uma<br />

termobalança<br />

(associação forno-balança)<br />

Deve permitir o trabalho sob as<br />

mais diversas condições<br />

experimentais, ex.:<br />

CARACTERÍSTICAS DE CURVA TG<br />

-Diferentes atmosferas gasosas;<br />

-Misturas gasosas;<br />

-Diferentes massas de amostras;<br />

-Variáveis razões de aquecimento<br />

-Condições isotérmicas<br />

As curvas geradas fornecem<br />

informações<br />

Composição da amostra;<br />

Estabilidade térmica da amostra;<br />

Estab. dos compostos intermediários<br />

Estab. dos compostos finais<br />

Processo de decomposição térmica que ocorre em única etapa<br />

X (sólido) Y (sólido) + Z (volátil)<br />

Subs. X é termicamente estável entre<br />

os pontos a e b<br />

No ponto b, que corresponde a T i<br />

(temperatura na qual as variações<br />

acumuladas de massa totalizam o<br />

valor que a balança é capaz de<br />

detectar), inicia-se o processo de<br />

perda de massa, com liberação do<br />

composto volátil Z<br />

No ponto c, que corresponde a T f<br />

(temperatura na qual as variações<br />

acumuladas de massa atingem o<br />

valor máximo), a perda de massa é<br />

finalizada com a liberação total do<br />

volátil Z e o estabelecimento do<br />

patamar que indica a completa<br />

formação da substância Y.<br />

A T onset é usada com o propósito de<br />

comparação, visto que ela é mais<br />

fácil de ser determinada do que T i.<br />

De forma similar, a T endset<br />

corresponde ao final extrapolado do<br />

evento térmico.<br />

31/5/2011<br />

3


Termogravimetria Derivada (<strong>DTG</strong>)<br />

<strong>DTG</strong> é a derivada primeira da curva TG.<br />

Os “degraus” correspondentes às variações de massa da TG são<br />

substituídos por picos que delimitam áreas proporcionais às variações<br />

de massa.<br />

A <strong>DTG</strong> expressa a derivada primeira da variação de massa (m) em<br />

relação ao tempo (dm/dt) e é registrada em função da temperatura ou<br />

do tempo.<br />

dm/dt = f (T ou t)<br />

Uma curva <strong>DTG</strong> não contém mais informações do que uma curva TG<br />

apresenta os dados de forma diferente<br />

<strong>DTG</strong> apresenta as informações de forma mais facilmente visualizável<br />

“separa” os eventos<br />

A curva <strong>DTG</strong> permite a pronta determinação de T pico<br />

A área do pico sob a curva <strong>DTG</strong> é diretamente proporcional à variação<br />

de massa<br />

APLICAÇÕES DAS CURVAS <strong>DTG</strong><br />

Separação de Reações sobrepostas<br />

Reações que ocorrem em uma mesma faixa de temperatura originam<br />

curvas TG que consistem em uma perda de massa contínua<br />

Curva (a): reação que ocorre numa única<br />

etapa e numa estreita faixa de<br />

temperatura<br />

Curva (b): consiste de duas reações que<br />

são parcialmente sobrepostas<br />

Curva (c): representa duas reações, a<br />

primeira ocorrendo lentamente (I) e que é<br />

seguida por outra (II), que ocorre<br />

rapidamente<br />

Curva (d): série de reações secundárias<br />

CARACTERÍSTICAS DE UMA CURVA <strong>DTG</strong><br />

Processo de perda de massa que ocorre em uma única etapa<br />

X (sólido) Y (sólido) + Z (volátil)<br />

Impressão digital<br />

Comparação de curvas TG e <strong>DTG</strong><br />

O “degrau” bc da curva TG é<br />

substituído por um pico bcd, que<br />

delimita uma área proporcional à<br />

variação de massa.<br />

Os “plateaus” ab e de são<br />

constantes porque dm/dt = 0<br />

O ponto b corresponde a T i (começa<br />

a liberar o volátil Z) e o ponto d a T f.<br />

O ponto c corresponde ao máximo da<br />

curva <strong>DTG</strong>, é a temperatude de pico<br />

(T pico). Neste ponto que a massa está<br />

variando mais rapidamente.<br />

Devido às sutilezas enfatizadas pelas curvas <strong>DTG</strong>, de maneira geral,<br />

estas podem ser características de um material novo, desconhecido<br />

ou padrão.<br />

No entanto, dois materiais podem apresentar eventos térmicos com<br />

perda de massa ocorrendo, exatamente, na mesma faixa de<br />

temperatura, o que não permite distingui-los, diferentemente do que<br />

ocorre com uma técnica espectroscópica.<br />

31/5/2011<br />

4


Cálculo de Variações de Massa em Reações Sobrepostas<br />

No caso de reações sobrepostas, algumas vezes é difícil localizar, na<br />

curva TG, o ponto exato onde uma reação termina e a outra começa.<br />

O uso do mínimo na curva <strong>DTG</strong>, por um procedimento de extrapolação,<br />

permite determinar, de forma muito aproximada, a temperatura em que a<br />

primeira reação termina e se inicia a segunda.<br />

Os fatores que influenciam as curvas TG e <strong>DTG</strong> podem ser dividos<br />

em duas categorias:<br />

Instrumentais<br />

Razão de aquecimento<br />

Atmosfera do forno<br />

Composição do cadinho<br />

Geometria do porta amostra<br />

Tamanho e forma do forno<br />

Sensibilidade do mecanismo de registro<br />

Características das amostras<br />

Quantidade de amostra<br />

Tamanho da partícula<br />

Calor de reação<br />

Natureza da amostra<br />

Densidade de empacotamento<br />

Condutividade térmica<br />

FATORES INSTRUMENTAIS<br />

Razão de aquecimento (β)<br />

Para uma reação que ocorre em uma única etapa, de maneira geral,<br />

observa-se, na curva TG, que:<br />

a T onset medida quando se emprega razão de aquecimento alta é maior do<br />

que quando se emprega razão de aquecimento baixa.<br />

O mesmo é observado para valores de T endset na curva TG ou T pico na <strong>DTG</strong><br />

O intervalo de reação T f – T i também aumenta com β maior<br />

Alguns fatores que afetam as curvas TG/<strong>DTG</strong><br />

Dada a natureza dinâmica da variação de temperatura da amostra para<br />

originar curvas TG/<strong>DTG</strong>, fatores instrumentais e relacionados às<br />

características da amostra podem influenciar a natureza, a precisão e<br />

a exatidão dos resultados experimentais.<br />

Deve-se conhecer as características, procedência ou o histórico da<br />

amostra (como foi obtida, isolada, acondicionada ou armazenada) e<br />

também deve-se estar ciente dos objetivos a serem atingidos.<br />

Que vazão do gás deve ser utilizada?<br />

Que razão de aquecimento deve ser usada?<br />

Aquecimento na presença de gás ou sob atmosfera<br />

autogerada?<br />

Que influência tem a natureza do gás nos<br />

processos térmicos?<br />

Utiliza-se gás inerte ou reativo (oxidante, redutor) no forno?<br />

Que tipo de porta amostra (cadinho) deve conter a amostra?<br />

A composição do cadinho influenciará os resultados?<br />

Qual a quantidade de amostra a ser utilizada?<br />

Cuidado com materiais explosivos!!!!<br />

Operador se pergunta:<br />

A amostra deve ser pulverizada, cortada em pequenos pedaços ou não?<br />

Que cuidados devem ser tomados com os voláteis liberados?<br />

Atmosfera do forno<br />

A escolha de um gás reativo ou inerte, sua pressão, e se a atmosfera vai<br />

ser estática ou dinâmica depederá das características da amostra ou do<br />

tipo de estudo.<br />

De maneira geral as curvas TG/<strong>DTG</strong> são obtidas sob uma atmosfera<br />

dinâmica.<br />

Função de proteger o<br />

compartimento da balança<br />

dos voláteis liberados<br />

durante a decomposição<br />

térmica<br />

Evitar a condensação desses<br />

produtos nas partes frias do<br />

sistema<br />

Principalmente: haste de<br />

sustentação do conjunto<br />

formado por estribo e cadinho.<br />

31/5/2011<br />

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É grande a influência causada no processo de decomposição térmica<br />

pelo mesmo tipo de gás liberado na decomposição, quando este<br />

está presente na atmosfera atuante no interior do forno.<br />

Por exemplo:<br />

Enquanto sob atmosfera de ar a decoposição térmica do CaCO 3 em<br />

CO 2 e CaO ocorre entre 600 e 850 o C, sob atmosfera de CO 2 essa<br />

mesma reação só ocorre entre 900 e 980 o C.<br />

CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA<br />

Massa da amostra<br />

A ∆m é a mesma, apenas o<br />

intervalo de reação é deslocado<br />

para temperaturas maiores.<br />

Dependendo das características entálpicas das reações é possível a<br />

ocorrência de desvios pronunciados nas curvas TG.<br />

De maneira geral:<br />

Reações exotérmicas, o intervalo de temperatura em que ocorre a<br />

perda de massa pode ser diminuído de forma significativa, quando<br />

aumenta-se a massa.<br />

Porque o calor liberado durante a reação de decomposição faz com<br />

que a temperatura da amostra aumente mais rapidamente do que<br />

a taxa de aquecimento do forno e esse aumento será um tanto<br />

maior quanto maior for a massa de amostra.<br />

Reações endotérmicas: o efeito é o contrário. O intervalo de<br />

temperatura aumenta com o aumento da massa.<br />

Aumenta-se a massa, aumenta a quantidade de calor necessária<br />

para realizar a decomposição. A amostra vai “absorver” mais calor<br />

para se decompor.<br />

30,15 mg<br />

6,33 mg<br />

PRIMEIRA ETAPA<br />

desidratação<br />

CaC 2O 4.H 2O = H2O + CaC 2O 4<br />

processo endotérmico independente<br />

da atmosfera<br />

deslocada para temperaturas<br />

mais altas com o aumento da<br />

massa de amostra<br />

T pico = 198 o C, m = 6,33mg<br />

T pico = 222 o C, m = 30,15 mg<br />

Forma, tamanho e composição do cadinho<br />

A utilização de cadinhos de forma alta ou baixa, com diferentes<br />

capacidades, pode alterar o perfil das curvas TG/<strong>DTG</strong><br />

um raso e largo<br />

estreito e profundo<br />

Curvas TG/<strong>DTG</strong> envolvendo a etapa de desidratação de uma amostra de lactose<br />

contendo a mesma massa de material disposta em dois tipos de cadinhos: um<br />

raso e largo (a) e outro estreito e profundo (b).<br />

Em ambos os casos, se o objetivo é detectar a presença de compostos<br />

intermediários, ou seja, a separação de reações sobrepostas é<br />

recomendada a utilização de massas pequenas.<br />

Curvas TG/<strong>DTG</strong> de uma amostra de CaC 2O 4.H 2O obtidas sob atmosfera de<br />

ar e com massa inicial (m i) de 6,33 mg e 30,15 mg.<br />

T pico = 538 o C, m = 6,33 mg<br />

T pico = 515 o C, m = 30,15 mg<br />

6,33 mg<br />

30,15 mg<br />

6,33 mg<br />

30,15 mg<br />

SEGUNDA ETAPA<br />

Decomposição térmica<br />

CaC 2O 4 = CO + CaCO 3<br />

processo exotérmico<br />

CO reage com o O 2 da atmosfera<br />

do forno e provoca o aumento da<br />

temperatura da amostra<br />

Este fato acelera a perda de massa e,<br />

consequentemente, há uma diminuiçào no<br />

intervalo de temperatura de reação com o<br />

aumento da massa.<br />

31/5/2011<br />

6


6,33 mg<br />

30,15 mg<br />

T pico = 787 o C, m = 6,33 mg<br />

T pico = 841 o C, m = 30,15 mg<br />

Impulsão da atmosfera<br />

A impulsão do gás de arraste no interior do forno sobre:<br />

cadinho<br />

suporte<br />

amostra<br />

TERCEIRA ETAPA<br />

Decomposição térmica<br />

CaCO 3 = CO 2 + CaO<br />

processo endotérmico<br />

Independente da atmosfera.<br />

O intervalo de reação é deslocado<br />

para T mais altas com o aumento da<br />

massa da amostra.<br />

Por exemplo: cadinho de 4g ganha 1,8 mg entre 25 e 200 o C e ganha 4,2<br />

mg entre 25 e 1000 o C.<br />

Medida de temperatura<br />

podem provocar ganho de massa aparente<br />

BRANCO!!!!!!!!!!<br />

Dependendo do analisador termogravimétrico empregado, a diferença na<br />

temperatura medida pode ser superior a 20 o C.<br />

As influências estão relacionadas:<br />

natureza da amostra<br />

tamanho e empacotamento<br />

geometria e configuração do forno<br />

precisão e sensibilidade do sensor de temperatura<br />

Apesar de a temperatura ser um parâmetro qualitativo em<br />

termogravimetria, é recomendável a calibração deste parâmetro para o<br />

bom funcionamento da instrumentação<br />

Calibração do instrumento!!!<br />

Tamanho da partícula ou Granulometria da amostra<br />

De maneira geral, uma amostra que consiste em cristais grandes ou<br />

partículas que possuem uma baixa relação área superficial/massa se<br />

decompõe mais lentamente do que uma amostra de mesma massa, mas<br />

que consiste de partículas muito pequenas.<br />

Curvas TG de amostras de lactose: (a) amostra pulverizada;<br />

(b) único cristal (β = 5 o C/min, m amostra cerca de 6 mg)<br />

Três curvas TG obtidas com cadinho vazio, da temperatura ambiente<br />

até 900 o C.<br />

Curvas TG obtidas sob atmosfera dinâmica de ar e diferentes<br />

razões de aquecimento, empregando como porta-amostra cadinho<br />

de Pt vazio.<br />

Pode-se observar um ganho de massa aparente a partir de 25 o C,<br />

efeito mais pronunciado na curva TG obtida com razão de<br />

aquecimento maior.<br />

Flutuação de temperatura<br />

A correta medida da temperatura em que ocorrem os eventos térmicos<br />

depende da posição do sensor de temperatura (termopar) em relação<br />

à amostra, uma vez que a temperatura da amostra poderá ser maior ou<br />

menor do que a temperatura do forno.<br />

A magnitude dessa diferença dependerá da natureza da reação (se<br />

endo ou exotérmida), razão de aquecimento, condutividade térmica da<br />

amostra, geometria do porta-amostra etc.<br />

Posição do sensor pode ser alterada…<br />

Reposição da peça, calibração<br />

31/5/2011<br />

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Condensação de produtos liberados da amostra<br />

pode ocorrer sobre o suporte ou<br />

fio de sustentação do portaamostra<br />

Este efeito pode conduzir ao aparecimento de imperfeições nas curvas<br />

TG/<strong>DTG</strong>, no mesmo ensaio ou em ensaios posteriores, caso não<br />

seja percebido.<br />

Por exemplo, o condensado pode reevaporar ou sofrer decomposição<br />

em uma temperatura mais alta, induzindo um perfil irreal das curvas<br />

TG/<strong>DTG</strong> do material.<br />

Outras considerações<br />

Outros erros, tais como flutuação ao acaso ou ruído no mecanismo de<br />

registro da balança, efeitos de indução do forno e efeitos<br />

eletrostáticos<br />

podem ser eliminados pelo<br />

próprio projeto e construção da<br />

termobalança<br />

Locais com correntes de ar, proximidade de<br />

aparelhos de ar-condicionado, por exemplo,<br />

devem ser evitados<br />

Sobre uma mesa apropriada para balança<br />

microanalítica e em locais de fácil acesso para<br />

instalação de linhas de gases<br />

minimizados pela sua<br />

localização no laboratório<br />

Essa condensação será evitada ou minimizada durante os ensaios, caso<br />

uma atmosfera fluente ou dinâmica seja empregada.<br />

Se essa corrente gasosa não for agressiva para os componentes da<br />

balança, ela deve passar pela cabeça da balança, impedindo que os<br />

voláteis liberados dos processos de decomposição térmica atinjam estes<br />

componentes.<br />

A vazão e o tipo de atmosfera que deve fluir pelo sistema dependerão<br />

dos objetivos a serem alcançados.<br />

Atmosfera dinâmica (normalmente resolve ou evita)<br />

Limpeza!!<br />

Análise “vazio”<br />

Se todos os fatores intrumentais ou relacionados às características da<br />

amostra forem considerados, e as fontes de erros conhecidas e<br />

minimizadas, as curvas TG/<strong>DTG</strong> refletirão de forma fiel os processo<br />

químicos ou físicos ocorridos na amostra<br />

Pode-se, então, buscar a interpretação das curvas com base:<br />

fração da perda de massa<br />

análise do resíduo (difração de raios X, espectros de absorção no<br />

infravermelho, análise elementar, etc)<br />

Aplicações da Termogravimetria Avaliação da estabilidade térmica<br />

Na área de fármacos e medicamentos, a TG vem sendo largamente<br />

utilizada, desde a década de 1980, no desenvolvimento dos mais<br />

variados tipos de estudos para avaliar fenômenos físicos e químicos,<br />

desde que estes estejam relacionados à variação de massa em função<br />

da temperatura ou tempo.<br />

<br />

<br />

<br />

detecção e análise dos produtos voláteis (empregando sistemas<br />

acoplados a cromatografia gasosa, espectrometria de massa ou<br />

espectrometria no infravermelho)<br />

Determinação de umidade ou de outro solvende (adsorvido)<br />

Determinação de água de cristalização<br />

Estudos de cinética de degradação<br />

Estudos de pré-formulação (interação fármaco excipiente)<br />

Avaliação da equivalência composicional de medicamentos<br />

Controle da qualidade de medicamentos e insumos farmacêuticos<br />

Estabilidade à oxidação<br />

etc<br />

31/5/2011<br />

8

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