Ano 6 Ed 070 Fev 2006 - Colégio Pena Branca

Jornal de Umbanda Sagrada
Ano V nº 70 Distribuição Gratuita São Paulo, Fevereiro de 2006
Cláudio Gianfardoni - ® ® direitos reservados - www.gianfardoni.arq.br
“Mãe Maria Negra”
Uma “Baiana”
de Umbanda
Por Alexandre Cumino
A imagem ao lado é uma homenagem
à Linha dos Baianos na Umbanda.
Mais um belo trabalho de nosso
amigo e artista Cláudio Gianfardoni. A
entidade ao lado se identifica como um
dos espíritos femininos que trabalha na
corrente espiritual de Umbanda.
O que o artista e sensitivo nos
passou é que sentiu nela muita força
ligada a Linha do Amor, que na Umbanda
está na Vibração de Oxum que sincretiza
com Nossa Senhora da Conceição ou
Nossa Senhora Aparecida
Ao falar de Baianos, logo nos vem a
mente seus “pontos cantados”. Abaixo
temos alguns, extraídos do livro “Baianos
e Boiadeiros”, da editora Orphanake de
J.Edson Orphanake:
“Bahia, Oh! África
Vem cá nos ajudar
Força baiana, força africana
Força divina, vem cá, vem cá”
— x —-
“Na Bahia tem, vou mandar buscar
Lampião de vidro, oh! Siá dona
Para clarear”
— x —-
“Quando eu cheguei da Bahia
Estrada eu não via
Em cada encruza que eu passava
Uma vela eu acendia”

Página -2 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
Muito mais que um jornal - A sua religião em fascículos...
EDITORIAL
Olá leitores e irmãos na fé em Oxalá!
Este mês trazemos na capa a imagem de
uma Baiana feita por nosso irmão
Cláudio Gianfardoni, que é uma homenagem
à linha dos Baianos na Umbanda.
O JUS como sempre traz textos para o
estudo e esclarecimento de nossa religião,
nosso objetivo é levar sempre os
fundamentos de nossa religião oferecendo
material gratuito para nossa comunidade
ler e estudar sobre a
Umbanda. Desde a Lição de Vida até o
texto do Erveiro, cada um dos textos é
escrito ou escolhido especialmente para
levar o esclarecimento e a desmistificação
para o dia a dia dos Umbandistas.
Faço questão de salientar que hoje
a Umbanda vêm conquistando outros
espaços, como Rádio e Portais de Vídeo
ou TV Virtuais como o www.tvus.com.br
realizado por Rodrigo Queiróz e
www.tvespiritualista.com.br de Rubens
Saraceni. Acessem estes dois portais e
descubram a grande quantidade de
informação que podemos ter acesso
hoje para nossa religião.
O Jornal, já há cinco anos vêm
sendo distribuído em vários locais,
sempre de forma gratuita, e a procura
tem sido cada vez maior. Assim
recomendamos que aqueles que não
encontrarem o Jornal a entrar em
contato conosco, para se informar
sobre como retirá-lo também de forma
gratuita.
Um abraço, Alexandre Cumino.
ATENÇÃO LOJISTAS E DIRIGENTES ESPIRITUAIS:
Entre em contato pelo telefone (11) 5072-2112 e
saiba como retirar GRATUITAMENTE os exemplares do JUS
para distribuir em seu comércio ou terreiro.
As belas imagens que o JUS
vem reproduzindo em suas
capas, tem sido
generosamente cedidas
por nosso irmão
Cláudio Gianfardoni,
que através de seu trabalho
retrata a profundidade
do Humano e o que o
transcende. Para conhecer
a trajetória e a versatilidade
dos trabalhos desse
excepcional artista
visite o site:
www.gianfardoni.arq.br
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Ribeiro, Wagner Borges
Jornal de Umbanda Sagrada
É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o
engrandecimento da religião, divulgando material
teológico e unificando a comunidade Umbandista.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade dos autores, não refletindo
necessariamente a opinião deste jornal.
As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser
reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor
citar o autor e a fonte (J.U.S.).

Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -3
Um rei tinha quatro esposas,
sendo que ele amava intensamente
a quarta delas. Freqüentemente,
dava-lhes lindos presentes, jóias e
roupas caras. Oferecia à sua amada
tudo de bom e melhor...
Ele também amava muito sua
terceira esposa e gostava de exibíla
aos reinados vizinhos. Contudo,
temia que algum dia ela o deixasse
para acompanhar outro rei...
Ele também amava sua segunda
esposa. Ela era sua confidente e
estava sempre à disposição dele,
com amabilidade e ciência. Todas as
vezes que tinha de enfrentar algum
problema, era nela que confiava
para atravessar os tempos de dificuldades...
A primeira esposa era uma parceira
muito leal e fazia tudo que estava
ao seu alcance para manter o rei
LIÇÕES DE VIDA
Um Rei
muito rico e poderoso. Mas ele não
amava a primeira esposa e apesar
de ela o amar profundamente, mal
tomava conhecimento dela.
Certo dia, o rei adoeceu e percebeu
que seu fim estava próximo.
Pensou em toda a luxúria da sua vida
e ponderou: “É, agora eu tenho
quatro esposas comigo, mas quando
eu morrer, eu ficarei sozinho”. Então,
ele perguntou a quarta esposa:
- Eu amei tanto você, querida...
cobri-a das mais finas roupas e jóias...
mostrei o quanto eu a amava,
cuidando bem de você... agora que
eu estou morrendo, você é capaz
de morrer comigo para não me deixar
sozinho?
- De jeito nenhum! – respondeu,
e saiu do quarto sem sequer olhar
para trás...
A resposta da amada cortou o
coração do rei tal como uma faca
afiada. Tristemente, o soberano en-
tão indagou a terceira esposa:
- Eu também amei tanto você a
vida inteira... Agora que eu estou
morrendo, você é capaz de morrer
comigo para não me deixar sozinho?
- Não! – foi a resposta. – A vida
é boa demais! Quando você morrer,
eu vou me casar com outro novamente.
O coração do rei sangrou e congelou-se
de tanta dor. Ele perguntou,
então, a segunda esposa:
- Eu sempre recorri a você
quando precisei de ajuda... e
você sempre esteve ao meu
lado... quando eu morrer, você
é capaz de morrer comigo para
me fazer companhia, querida?
- Sinto muito, mas, desta
vez, não posso fazer o que
você quer! – respondeu a
segunda esposa. – O máximo
que eu posso fazer é enterrar
você.
Essa resposta veio como
um trovão na cabeça do rei e
ele ficou arrasado. Nesse
instante, uma voz se fez ouvir:
- Eu partirei com você e o
seguirei onde for.
O rei levantou os olhos e lá
estava sua primeira esposa, tão ma-
grinha, tão mal nutrida, tão sofrida.
E com o coração partido, o rei desabafou:
- Eu deveria ter cuidado muito
melhor de você, quando ainda podia.
Na verdade... todos nós temos
quatro esposas em nossas vidas. A
quarta esposa é nosso corpo. Apesar
de todos os esforços que fazemos
para mantê-lo saudável, ele nos
deixará quando morrermos.
Nossa terceira esposa são as
posses, as propriedades, a riqueza.
Quando morrermos, tudo isso vai pa-
ra os outros.
Nossa segunda esposa são a família
e os amigos. Apesar de nos amarem
muito e estarem sempre nos
apoiando, o máximo que eles podem
fazer é enterrar nosso corpo quando
morrermos.
E nossa primeira esposa é o
espírito, muitas vezes o deixamos
de lado, ele fica lá no fundo, esquecido,
pois durante toda nossa vida
buscamos primeiramente a Riqueza,
o Poder e os Prazeres do nosso ego.
É nele que cabe Deus.
Dostoiévski já dizia: “ todo homem
tem dentro de si um vazio do
tamanho de Deus.”
Pena que muitas vezes só consideramos
isso quando estamos para
deixar este mundo. Apesar de tudo,
é a única coisa que sempre irá
conosco, não importa onde formos.
Então, cultive-o, fortaleça-o e acima
de tudo, alimente-o.
Dê o verdadeiro sentido à sua
vida agora! Este é o maior presente
que você pode dar ao mundo e,
principalmente, a si mesmo...
CABOCLO MIRIM: Um digno lugar na História
SERGIO NAVARRO TEIXEIRA um carinho enorme pelos seus filhos
Caro Alexandre: Acompanho com
admiração seu trabalho em prol da
divulgação e integração dos umbandistas.
E é para pessoas como você,
que tem essa enorme responsabilidade
de acrescentar, sempre mais, um
“tijolinho” nesta enorme obra que é a
nossa querida Umbanda, a quem dirijo
o texto abaixo, pois sei que saberá
encaminhá-lo a quem de direito, a fim
de que possamos resgatar, com justiça,
a História de nossa religião. Um grande
abraço deste irmão, Sergio.
Na formação da identidade de um
povo, era precioso o conhecimento
oral, passado dos mais velhos aos mais
jovens, como forma de não se perder
o contato com suas origens e manter
os antepassados vivos na memória.
Dizem ainda que a História da
Humanidade sempre foi escrita pelos
conquistadores, pelos vitoriosos. Uma
regra que não se aplica em tempos de
paz, nem pode ser regra para a
formação cultural de todos nós, filhos
de Fé da nossa querida Umbanda.
Sou apenas um humilde estudioso
da religião, mas já aprendi que
Umbanda é vida e movimento, é crescimento
e evolução, sem dúvida
alguma! E na atual fase da nossa
religião, é bonito de se ver uma nova
geração de filhos trabalhando para
elevar a nossa mãe Umbanda a um
patamar que sempre mereceu estar.
Filhos que olham para frente sem
esquecer o passado, lembrando de
tudo aquilo que hoje são memórias em
nossos corações, mas que continuam
mensagens atuais e eternas nas palavras
de nossos queridos Guias e Protetores,
verdadeiros dirigentes do Movimento
Umbandista!
Em 1982 ingressei na Tenda Mirim
no Rio de Janeiro, dirigida por aquele
senhor de fisionomia austera, mas de
de Fé. “Seu” Benjamim Figueiredo já
era um senhor idoso, mas quanta
energia, quanto domínio tinha aquele
Caboclo incorporado em um corpo tão
frágil! Caboclo Mirim ainda conduzia
com vigor todos os trabalhos, nas Giras
e nas sessões de caridade! Claro que
aos 15, 16 anos de idade, ainda não
podia compreender toda a grandeza
do trabalho e da obra daquele ser de
Luz, que veio plantar tão linda Escola
nestas terras de Santa Cruz. Após o desencarne
do Sr. Benjamim, comecei a
procurar entender o legado de Mestre
Mirim, comparando tudo aquilo que
sentia em meu coração, com o que
meus guias me traziam e com a narrativa
daqueles que ao seu lado estiveram. E
muito além de paredes de um templo,
pude constatar: Que grande obra
deixou o Caboclo Mirim!
Este manifesto não visa defender
que a Escola de Mirim seja melhor do
que qualquer outra. Acredito que é na
diversidade que reside a riqueza da
nossa religião, como as mais variadas
flores que compõe um só belo jardim!
Sei que em algum momento, na
juventude da nossa religião, os ânimos
dos dirigentes estiveram exaltados na
defesa de suas posições e de seus
pontos-de-vista. No passado ainda se
imaginava uma Umbanda unificada,
centralizada tal qual a Federação
Espírita Brasileira no Kardecismo. E sei
que grandes abismos foram criados
dentre os diversos grupos atuantes na
nossa religião. Aliás, pouca coisa mudou
nesse sentido... Mas mesmo assim, os
verdadeiros dirigentes da nossa
Umbanda, nossos queridos Caboclos e
Pretos-Velhos, foram conseguindo
trazer sua mensagem, levantando
pouco a pouco o véu da ignorância
dos Homens, principalmente para todos
aqueles de boa-vontade!
Quando se apresentou ao meio
umbandista em 1924, é possível que a
escola de Caboclo Mirim tenha chocado
muita gente. Caboclo Mirim devia
mesmo estar muito a frente de seus
tempo, já que naqueles dias ainda
imperavam rituais muito rústicos tais
como matanças de animais, raspagens
de cabeça e babalorixás ainda muito
afeitos ao Candomblé, e pouco afinados
com a verdadeira Umbanda.
Mestre Mirim pôs em prática um
ritual mais “limpo”, onde não havia o
sincretismo com as imagens católicas,
seus médiuns se vestiam de forma sóbria,
de uniforme branco e sem aquelas
centenas de guias ao pescoço. A
hierarquia no terreiro foi dividida em
sete graus de iniciação, onde o médium
ia ascendendo ao ritmo de seu próprio
desenvolvimento espiritual: sem
camarinha, “obrigações” ou “recolhimentos”.
Suas Sessões de Caridade sempre
foram muito produtivas, pois todos
davam sua contribuição para alcançar
o bem-estar e a cura de seu semelhante:
do encarnado ao desencarnado, do
Caboclo ao Exu, todos participavam
simultaneamente do atendimento ao
público, com discrição e perfeita harmonia.
Os atabaques só soavam nas
grandiosas Giras mensais, onde dezenas,
talvez centenas de médiuns confraternizavam
com a espiritualidade, recebendo
as bênçãos de seus Guias, na
vibração das Sete Linhas da Umbanda!
Penso inclusive que Mestre Mirim
preparou o terreno para a corrente espiritual
que viria a ser conhecida como
“Umbanda Esotérica”. É fato que, já em
1941, no Primeiro Congresso Brasileiro
do Espiritismo de Umbanda, surgiu pela
primeira vez a expressão AUM-
BANDHÃ, da língua sânscrita, como
sendo a origem do vocábulo UM-
BANDA. Tal tese foi apresentada pelo
Primado de Umbanda, fundado pelo
Caboclo Mirim, e é até hoje aceita por
diversas correntes umbandistas.
Por todo o exposto, pergunto aos
meus irmãos umbandistas:
Como é possível esquecer uma
Escola tão profícua, tão bela em seus
mistérios e na sua simplicidade, como a
Escola de Mestre Mirim?
Como uma semente que germinou
por toda a nossa nação, que foi, e é a
raiz que originou dezenas de
grupamentos umbandistas pode ser
negada?
Como um líder, que desde de 1924
dirigiu centenas de irmãos de Fé nas
dezenas de casas afiliadas e co-irmãs,
em torno de Congressos e Organizações,
do porte do Primado de
Umbanda, pode ser apagado da História
da nossa religião?
Não há resposta. Não é possível.
Mas está acontecendo, lentamente... Em
tempos de globalização e da
democratização da informação, não
encontro uma só referência ao trabalho
realizado por Benjamim Gonçalves
Figueiredo e pelo Caboclo Mirim, nos
difíceis anos de consolidação e
divulgação da Umbanda. Eu desafio:
podem procurar nos relatos da História
da Umbanda, em livros dos principais
autores umbandistas, nas matérias das
revistas ou nos sites das diversas
organizações de nossa religião.
Hoje temos Internet, rádio, revistas
e livros que levam às novas gerações
o que é e o que esperamos da
nossa religião. Na História da Umbanda,
todos citam, merecidamente, o
respeitado Sr. Zélio Fernandino de
Moraes e o grande Caboclo das Sete
Encruzilhadas, um dos pilares de nossa
fé. Mas como num lapso de tempo, há
um salto até meados de 1950, com a
divulgação da obra do nobre W.W. da
Matta e Silva, como se nada houvesse
ocorrido em 50 anos de Umbanda!
Seria por que, a exemplo do Sr.
Zélio, o Sr. Benjamim não foi um grande
ALÉM DO QUE SE OUVE
Metáforas, Parábolas e Canalizações
Editora Madras /Cláudio Roque B.
Ferreira e Wagner Veneziani Costa
autor literário? Mas a obra dos Caboclos
das Sete Encruzilhadas e Mirim fala por
si!
Será que não tem valor aqueles
obreiros que não tiveram sucessores à
altura, ou um bem elaborado trabalho
de divulgação na mídia?
Meu objetivo não é competição,
nem julgamento do mérito da obra de
todos os incansáveis guerreiros da
nossa religião. Só peço o digno e
merecido espaço a um dos mais importantes
baluartes da Umbanda: nosso
querido Caboclo Mirim. Será sempre
com a lembrança de tão preciosos
valores, e com o aprofundamento em
nossas raízes que construiremos uma
religião livre de aventureiros e
aproveitadores.
Clamo a todos, que sentiram em
suas vidas a luz de Mestre Mirim, que
façam valer suas vozes. Sei que muitas
Casas tem em suas origens a influência
benéfica desse espírito missionário, que
ainda hoje auxilia e coordena os rumos
da Umbanda.
É mister que os formadores de
opinião do meio umbandista se aprofundem
mais nas pesquisas. Os fatos
acima narrados são História, estão aí.
Sejamos honestos e acima de tudo,
justos. Vamos levar aos mais jovens a
verdade, estimulando os livrespensadores
e a fé racional, com isenção
e humildade.
Como já disse, sou apenas um
pequeno aprendiz e pouco posso fazer
para levar à público essa questão, mas
espero que tenha podido dar minha
pequena contribuição à memória de
nossa Umbanda!
Sarava Umbanda!!
Sarava Caboclo Mirim!!
Sarava todos meus irmãos de fé!!
Fraternidade Umbandista Luz de
Aruanda - Barra Mansa – RJ
Contatos: sn.teixeira@uol.com.br

Página -4 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada
JORGE SCRITORI
Amigos e amigas formados
no Benzimento, Bentos e
Bentas, é com muita satisfação
que eu, Jorge Scritori vos
convido para um encontro que
ocorrerá no próximo dia 11 de
março às 17h00 na Rua Paracatu
nº 220 – Metrô Saúde.
Este encontro é o início de
uma jornada que chamaremos
de Casa da Oração, onde
iniciaremos um trabalho de
atendimento utilizando-se das
técnicas do Benzimento. Neste
primeiro encontro, realizaremos
um repasse em nosso
material e tiraremos algumas
dúvidas para num encontro
Carnaval Metropolitano
2006 no Litoral
Primeiro Afoxé realizado no
Litoral Paulista com a participação
das escolas de samba de 9
munícípios agregadas à FECCO-
MA (Federação das Entidades
Carnavalescas da Costa da Mata
Atlântica). A comunidade Afro
Brasileira, estará presente a este
grande evento, onde estará
fazendo a abertura oficial com o
grupo AFOXÉ “AS ESPADAS DE
OGUM”(“OGUM ALADA MEJY”),
composto por aproximadamente
700 pessoas, que fará a abertura
oficial do evento.
Convidamos a todos e simpatizantes,
para participar de uma
grande atividade, que visa trazer
para nossa comunidade uma
oportunidade ímpar, de promover
a nossa cultura, valorizar o
folclore e defender nossa fé, mas
para tanto necessitamos de sua
participação.
VENHA PARTICIPAR
DESTA GRANDE FESTA
Desejamos compartilhar a
organização e a participação com
A Casa
da
Oração
posterior começarmos o atendimento
ao público.
Este encontro não tem
nenhum custo, devendo o
Bento interessado ligar no
telefone 5072-2112 e deixar
seu nome e telefone confirmando
a sua presença e receber
as orientações sobre o
material que deve ser levado
e as respectivas vestimentas.
Irmãos, este é um trabalho
NOSSO, fruto do desenvolvimento
do Benzimento e da
dedicação de cada Bento,
juntos realizaremos uma grande
empreitada em auxílio e
benefício ao próximo e a nós
mesmos.
Ouça os programas:
Um forte abraço!!!
A Magia da Vida
COM RUBENS SARACENI
Terça-feira das 13h00 às 13h30
Falando de Umbanda
COM ALEXANDRE CUMINO E JORGE SCRITORI
Aos Domingos das 12h00 às 12h30
todas as lideranças e simpatizantes
que atenderem ao nosso
convite.
Não haverá cobrança de taxas
ou ingressos, para que as pessoas
interessadas possam participar.
Estaremos somente efetuando
a venda de uma camiseta padronizada
de identificação, para
que as pessoas possam entrar
nos ensaios, sendo o custo desta
camiseta de R$ 10,00 (Dez reais).
Será uma camiseta oficial.
A Ala “Somos Filhos de Orixá”
deverá adquirir uma camiseta
especial, o qual será padronizado
e exclusivo para o dia do
desfile, o custo desta camiseta
será de R$ 15,00 (quinze reais).
Está ALA tem que ser padronizada,
e todos deverão estar de
calça branca, sapato ou tênis
branco e com a camiseta oficial.
Informações:
(11) 5599-4673 PAI GUIMARÃES
(13) 3225-8105 PAI MARCIO
(13) 3022-0879/9123-3992 SYLVIA
E-mail: abratu@terra.com.br
LENI SAVISCKI
Dirigir ou direcionar?
Há tempos aquela situação vinha se
prolongando dentro daquela casa de
caridade e por maior que fosse o esforço
do dirigente em resolvê-la, seguidamente
aquelas duas médiuns criavam problema
sério na corrente, sendo que o mais recente
era a “disputa pelo protetor”. A
médium mais antiga, cuja protetora era
uma caboclinha de Oxóssi, com o nome
manifestado de Jurema Flecheira, estava
sentido-se roubada por uma médium nova
que insistia em dizer que estava trabalhando
com a mesma entidade. A discussão
havia se acalorado de tal forma
que gerou ofensas em ambas e obrigou
o dirigente a tomar a atitude drástica de
pedir que se afastassem da corrente por
trinta dias e repensassem o ocorrido.
Nesse tempo de afastamento, durante
uma gira de preto velho, o dirigente
foi chamado a conversar com Pai Joaquim,
incorporado no médium mais idoso
da casa.
- Nego véio pede vossa permissão
prá fazê o falado...
- Salve meu Pai!
- Como é que os filhos da terra,
aprendem a falar quando pequenos?
Estranhando a pergunta, respondeu
meio tímido:
- Através do ensinamento dos pais.
- Certo filho! Porém se acaso os pais
forem mudos ou falarem cada qual uma
língua diferente, não acha que vai dificultar
o ensinamento do pequeno aprendiz?
- Com certeza meu Pai!
- Nego véio, está querendo dizer para
o filho que, sempre há de ter alguém que
ensine para que haja o aprendizado do
outro. O filho, como dirigente responsável
que é deste terreiro, está incomodado
com aquelas filhas que foram afastadas
da corrente, não é?
- É...estou, mas ciente de que cumpri
com meu dever.
- Dever...pois é isso filho. O dever
de corrigir, vem depois do dever de
ensinar.
A frase dita por Pai Joaquim, com a
mansidão que lhe era peculiar, fez com
que algo estremecesse no seu íntimo.
Baixou a cabeça e ficou pensativo enquanto
o bondoso preto velho baforava
seu cachimbo e batia o pé ao som da
curimba.
- O filho, bem como meu aparelho
que é antigo nessa lida, sabe que há
muito tempo eu e os manos deste lado
da vida, vimos insinuando, sem imposição
de nossa parte, para que se abram à
corrente mediúnica, ensinamentos
valiosas retidos a nível de “mistérios sagrados”
e em poder de poucos. Se aquelas
duas médiuns tivessem sido esclarecidas
a respeito de suas protetoras, de
que não se trata da mesma entidade,
apenas que pertencem à mesma falange,
teria se evitado maiores transtornos. Com
isso, preto velho não quer jogar a culpa
sobre o filho, pois o que imperou nesse
caso foi a vaidade e orgulho de ambas,
mas quer mostrar a simplicidade com que
se poderia ter resolvido o fato.
- Meu pai, em todo o tempo que
trabalho na Umbanda, os ensinamentos
iniciais dos médiuns sempre foram repas-
sados pelas entidades espirituais... Por
isso houve tanta distorção, pois sem o
discernimento anímico tão importante, é
deixado passar o que vem, sem colocarse
à luz da razão. Nos médiuns iniciantes,
mesmo com boa vontade e todo amor,
sempre vai bater a insegurança. E porque
a Umbanda tem uma diversidade grande
de entidades e de ritos, acentua-se essa
dificuldade de discernimento ou de
reconhecimento das incorporações ou
irradiações.
- São crianças aprendendo a falar,
precisando de orientação, de firmação.
Largar essa responsabilidade às entidades
espirituais pode tornar-se perigoso
pelo fato de que, na desarmonia, o médium
baixa sua guarda e sendo canal
aberto sem esclarecimento, pode deixarse
enganar. Desse lado da vida, também
existem impostores.
- Esse “engano” de que me fala, necessariamente
não acontece “só” com os
médiuns iniciantes. Pode ocorrer com os
mais velhos. Por exemplo, quem me garante
que, agora aqui, é realmente Pai
Joaquim que se manifesta? – perguntou
de maneira insinuante o dirigente ofendido
por não aceitar mudanças em sua
maneira de dirigir a Casa.
- Eh... eh...zi fio! Ninguém pode
garantir...ninguém mesmo! Só seu coração.
E despedindo-se, o preto velho bateu
cabeça no congá e largou seu aparelho,
deixando o dirigente vermelho de raiva.
- Essa foi a energia com que deitou
sua cabeça no travesseiro naquela noite
– revolta. Nunca, em todo tempo que
dirigia aquela Casa, ninguém o havia
contrariado em suas ordens e agora ...
“Será que era um preto velho mesmo?
Não estaria aquele médium tentando confrontar
sua autoridade?” Nem orar conseguiu
e assim que adormeceu, viu, em
corpo astral, ao lado de sua cama Pai
Joaquim sorrindo e convidando-o a seguir
com ele. Um tanto temeroso, aceitou a
mão amiga do preto velho e rumaram por
uma estrada que os levou ao topo de um
penhasco. Lá embaixo a névoa, a escuridão
e gritos de desespero. Inevitável o
questionamento que foi prontamente
1- Comece na infância a dar a seu
filho tudo o que ele quiser, assim,
quando crescer, ele acreditará que o
mundo tem obrigação de lhe dar tudo o
que deseja.
2- Quando ele disser nomes feios,
ache graça. Isso o fará considerar-se
interessante.
3- Nunca lhe dê qualquer orientação
religiosa. Espere até que ele
chegue ao 21 anos, e “decida por si
mesmo”.
4- Apanhe tudo o que ele deixar
jogado: livros, sapatos, roupas. Faça
tudo para ele, para que aprenda a jogar
sobre os outros toda a responsabilidade.
5- Discuta com freqüência na
presença dele. Assim, ele não ficará
chocado quando o lar de desfizer mais
tarde.
6- Dê-lhe todo o dinheiro que ele
respondido por Pai Joaquim:
- Filho, lá embaixo, almas sofredoras
agonizam a dor de não terem aproveitado
a encarnação como bendita escola. Negaram-se
ao aprendizado, negaram-se ao
ensinamento e ao desencarnar, suas
energias os conduziram a este vale, o do
orgulhosos. São professores relapsos,
são advogados exploradores, são profissionais
de todas as áreas que usaram mal
suas ferramentas. Lá agonizam também,
todos quantos mantinham cargos de
poder e por isso tinham o dever de
direcionar passos, mas que por orgulho,
monopolizaram e morreram com o cetro
nas mãos.
- O nosso dever de espíritos, seja na
carne ou fora dela, exercendo a mediunidade,
é de socorrer a todos eles, respeitando
seu livre arbítrio. Porém, socorrer
implica em esclarecer, em mostrar
o caminho certo, dizendo da importância
de mudar atitudes. E como fazer isso
sem que sejamos exemplo?
- Além da pergunta que ficou retumbando
em sua cabeça, aquele homem não
conseguia esquecer o facho de luz em
que se transformou a figura de Pai
Joaquim assim que o deixou no leito, sumindo
no espaço.
- Como ensinar coisas que ainda não
havia aprendido?
No outro dia foi procurado por uma
das médiuns que ele havia afastado da
corrente, para ser informado que ela
desligava-se da Casa. Após o ocorrido,
foi buscar conhecimento e agora estava
freqüentando um curso sobre Mediunidade
e Umbanda, oferecido por outra Casa.
Pedia-lhe desculpas pelo transtorno,
se dizendo feliz por ter sido esclarecida
sobre os fatos.
No outro dia aquele dirigente era o
mais novo aluno do mesmo curso. Vencera
o orgulho; o resto do aprendizado seria
muito fácil. E depois do aprendizado o
ensinamento seria a ordem do dia, para
alegria dos trabalhadores espirituais
daquela seara.
“Não demore-se na estrada, pois não
sabes a que hora chega a tempestade...”
História contada por Vovó Benta.
contatos: eumesma@st.com.br
COMO CRIAR UM DELINQÜENTE - 10 REGRAS FÁCEIS
Lista preparada pelo Departamento de Polícia de Houston – Texas
quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio
dinheiro. “Porque terá ele de passar
pelas mesmas dificuldades que você
passou?”
7- Satisfaça todos os seus desejos
de comida, de bebida e conforto. “Negar
pode acarretar frustrações prejudiciais!”).
8- Tome partido contra vizinhos,
professores, policiais (“todos têm má vontade
para com seu filho.”).
9- Quando ele se meter em alguma
encrenca séria, dê esta desculpa: “Nunca
consegui dominá-lo”.
10- Prepare-se para uma vida de
desgosto. É o seu merecido destino.
Nota: “Quem não faz o filho chorar,
quando pequeno, chorará por ele mais
tarde” (adágio popular).
Enviado por Carlos Rosa

Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -5
MÔNICA BEREZUTCHI
Irmãos leitores, este mês quero
elucidar assuntos mais do que atuais
dentro da nossa religião, pois ainda
há milhares de pessoas que freqüentam
um templo de Umbanda, como
médium desenvolvido ou em desenvolvimento,
e que faltam preencher
ainda várias lacunas de esclarecimentos
(dúvidas e porquês), principalmente
desmistificações, mitos e
medos que só vem a comprometer a
base espiritual evolutiva do médium.
Não sei porque, muitos dirigentes
e chefes de terreiro ainda relutam
tanto em esclarecer e preencher
estas lacunas de preceitos e das práticas
litúrgicas bem como os fundamentos
da Umbanda Sagrada, pois
dentro da nossa religião a liturgia é
muito importante, pois o antes, durante
e depois para um médium praticante
é a sua própria firmeza.
A Umbanda é realmente uma
religião que atua e trabalha para os
mistérios de Olorum, o nosso Criador,
mais isso não quer dizer que tudo tem
que ser escondido, cercado de
mistérios, legando o direito ao médium
de conhecimento, prática essa que
acorrenta e fragiliza todo o corpo
mediúnico. O conhecimento gera
consciência, racionalidade e principalmente
evolução, afinal não foi
pra isso que reencarnamos novamente?
Então irmão leitor, reflita e
análise bem se no templo de Umbanda
que você trabalha lhe dá esta chance
de evoluir.
Eu há muitos anos tenho me dedicado
à Doutrina Umbandista e levantei
está bandeira, desde 2000, são
quase seis anos de trabalho árduo
ensinando e passando o pouco conhecimento
para quem está realmente
interessado em evoluir. Não preciso
nem dizer que sou muito criticada,
combatida e desprezada por muitos,
mas depois de seis anos de trabalho
incansável, sei que vale muito a pena,
pois é maravilhoso ver nos olhos dos
DOUTRINA E CULTURA UMBANDISTA
meus filhos e alunos o brilho da chama
do conhecimento ser despertada,
pois sei que sem Doutrina, (regras,
normas, posturas e condutas) teremos
umbandistas frágeis para serem
laçados e aprisionados na teia da
ignorância, impedindo-o de ser um
templo vivo ser feliz.
Tenho ideais e sempre estarei
trabalhando para que a Umbanda,
possa atingir seu lugar sendo amada
e respeitada por todos .
Sei que alguns umbandistas que
estão trabalhando, meses ou anos,
não admitem que simplesmente não
conhece os fundamentos de :
Bater cabeça; vestimenta branca;
banhos; defumações; cantos;
sincretismo; vela do anjo da guarda;
saudações; firmezas; assentamento
de forças; linha da direita; linha da
esquerda; oferenda ritual; ponto de
força; amacis; guias e colares; atabaques;
fitas; pembas; ponto riscado;
nomes simbólicos; quartinha; resguardo
energético; flores; frutas; bebidas;
fumos e etc..
Poderia listar ainda muitos itens,
pois as pessoas entram para a religião
e copiam o que o outro faz, porquê?
Talvez porque não sabem o verdadeiro
fundamento ritual e litúrgico
e dizem que são “segredos”. Há! Umbandista
acorda!!!
Mas, você pode...
É possível que você não consiga
impedir a queda do filho amado na
vala da invigilância, mas você pode
auxiliá-lo a reerguer-se...
É provável que você não possa
evitar o sofrimento do companheiro
que estimas como sendo alma de sua
própria alma, mas você pode
balsamizar-lhe as feridas...
É possível que você não consiga
perdoar de imediato esse ou aquele
irmão que o tenha magoado com
palavras impensadas, mas você
pode tentar esquecer o episódio,
refletindo nas muitas vezes em que
terá agido da mesma forma com os
outros..
É provável que você nem sempre
possa concordar com as decisões
tomadas pelo afeto querido, mas
você pode abençoá-lo e desejar que
ele seja feliz como espera ser...
É possível que você não consiga
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E depois tem a velha vaidade, o
famoso blá, blá, blá de sempre:
Tenho não sei quantos anos de
Umbanda, não vou me sujeitar a freqüentar
um curso de Doutrina, vou
estar regredindo afinal já sei tudo...
As pessoas querem chegar ao topo
de sua mediunidade,fazendo contagem
por anos de Umbanda.
E quem disse que tem a ver quantidade
com caminho percorrido, pois
eu mesma posso percorrer um caminho
bem curto em muito tempo .
Isto requer uma boa dose de
humildade, em simplesmente responder:
“Olha não sei o fundamento de
bater cabeça por exemplo, mas vou
procurar saber. Que vergonha tem
em não saber?”
É uma vergonha aos olhos de
seus Pais e Mães Orixás ver que seu
filho(a) não é sincero e tenta enganar
a si mesmo...
Irmão está na hora de levantar
sua cabeça e progredir assumindo
conscientemente seu maravilhoso
Dom, busque que encontrarás...
Estarei sempre não só escrevendo,
mais vibrando luz e amor a
todos, obrigada pela oportunidade de
você ler esta matéria onde foi escrita
com muita verdade.
Um grande abraço!
contatos: www.luzdourada.org.br
convencer a todos quanto à sua
sinceridade de propósitos, mas você
pode cumprir com o seu dever sem
outra preocupação que não seja a
de agradar a Deus...
É provável que você não possa
se libertar de vez das inclinações
infelizes que o perturbam, mas você
pode dar-lhes combate permanente,
alimentando a esperança de superálas
um dia...
É possível que você não consiga,
na atual encarnação, saldar na
totalidade os seus débitos para com
a Lei Divina, mas você pode, desde
agora, adquirir créditos decisivos
para o futuro, pensando no bem,
desejando o bem e, sobretudo,
vivendo no bem!...
André Luiz (De “Palavras da
Coragem”, de Francisco C. Xavier e
Carlos A. Baccelli - Espíritos Diversos)
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brinde
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Meu filho, com esses olhos, “que
a terra não comeu”, pois são olhos
espirituais, reais, já vi muita coisa.
Algumas boas, outras nem tanto, e
mais outras que não vale a pena
contar. O que passou, passou mesmo.
O que ficou foi a experiência das
diversas vidas na carne, aliás, muitas
delas, tão iguais e, ao mesmo tempo,
tão diferentes. O que ficou foi o
aprendizado e o conhecimento de
como é o coração dos homens e suas
emoções e vontades. Aprendi a ler a
verdade de cada um, por dentro, lá
na toca das coisas que não se falam,
e que todos escondem muito bem.
Tem muita zica dentro dos corações,
meu rapaz. É rolo que não acaba
mais! E coração rançoso e rancoroso,
você sabe como é que é, está
cheio de irmãozinhos das trevas
agarrados nele.
Eles se alimentam das emoções
podres e dos pensamentos maldosos.
E a zica é tanta, que só a pessoa
rancorosa é que não vê a energia
que está perdendo.
Menino de Deus, como os homens
sofrem por causa das emoções
podres! Igualzinho ao corpo carnal,
que pode apresentar escaras na
pele, devido à falta de movimento
em alguma área, o corpo espiritual
também tem suas escaras astrais.
Porém, essas são causadas pelas
emoções podres, estagnadas no
meio da alma atormentada e sem
centro espiritual.
Falta movimento sutil ali! Falta
vergonha na cara para acertar o passo!
Muito disso vem de outras vidas,
são escaras do passado, de coisas
mal-resolvidas, ainda alojadas no
corpo espiritual. Mas, muita coisa é
de agora mesmo, é coisa podre dos
dias atuais. E o mau-cheiro psíquico
exalado atrai os espíritos atormentados
e atormentadores, que ficam
agarrados em penca na aura da
pessoa.
Isso é uma tragédia invisível! É
uma doença psíquica que amarra os
encarnados e impede os desencarnados
carentes de seguirem em frente.
Nosso Senhor Jesus Cristo avisou
muitas vezes sobre isso. Ele disse:
“Orai e Vigiai!”. Ele sabia do mal que
as emoções podres fazem no ser
humano.
Todavia, muitos oram de forma
egoísta e mecânica, sem coração e
sem alma, e outros nem isso fazem,
passando ao largo das boas vibrações
que poderiam ajudá-los e fortalecêlos.
E os que vigiam, raramente se
olham por dentro, pois policiam muito
mais a vida alheia, e não foi isso que
Nosso Senhor ensinou.
Meu amigo, tem tanto espírito
agarrado nas pessoas, que há horas
em que você não sabe mais quem é
Toques Espirituais
do Preto Velho
Amigo
Combatendo as
Zicas do Coração
quem, de tão entranhados que estão.
É um fuzuê energético na aura desses
infelizes. Ô coisa feia de se ver!
Mas Nosso Senhor é de uma
compaixão infinita. Sob o seu comando,
legiões de espíritos de luz vêm
ajudando os homens nessas lides do
invisível. Sem eles, isso aqui já teria
ido para o beleléu! São eles que
deslindam as ligações psíquicas
daninhas e levam os irmãozinhos das
trevas para o Espaço, para serem
tratados pelos médicos da luz.
Esses irmãos da luz são os verdadeiros
anjos da guarda da humanidade.
Pena que os homens se esquecem
tão facilmente das bênçãos que
recebem. Esses guias e benfeitores
espirituais são os trabalhadores de
Nosso Senhor, não importa a linha
espiritual à qual laboram. Sempre
agradeça a eles, pela proteção e luz.
Todavia, se os guias espirituais
ajudam, também é verdade que os
homens precisam fazer sua parte.
Que vigiem e orem, e exorcizem as
emoções podres de seus anseios.
Que renunciem aos desejos torpes
de vingança. Que esqueçam as ofensas
e se dediquem a alguma causa
nobre e verdadeira.
Ninguém é vítima do destino!
Todos são passíveis de falhas na
jornada, como também de atos elevados.
E todos são capazes de seguir
em frente...
Tem muito coração “zicado” nessa
vida dos homens terrestres e muitos
espíritos zangados na cola deles. Ainda
bem que, lá da Aruanda, vem
aquela luz que ilumina a fé dos filhos
que querem a cura do próprio espírito.
Como você escreve sobre as coisas
do espírito, fale para as pessoas
daquela chuva de luz que os guias
produzem sobre as cabeças dos filhos
que se esforçam na senda da luz e
do bem. Aquela luz de Aruanda...
Aquele amor que cura o coração.
Fale das egrégoras invisíveis que
sustentam os bons pensamentos e
os bons ideais, para que muitos outros
se liguem a elas e se protejam das
vibrações pesadas.
Filho, olhe essa estrela sobre a
sua cabeça. É linda e brilhante. Você
sabe o significado dela, e sabe quem
a enviou para iluminar o seu caminho.
Pense que o brilho e a proteção que
dela emanam possam ser irradiados
para outras pessoas.
Que Oxalá abençoe as pessoas
zicadas e as cure do mal que
trouxeram para dentro de si mesmas.
Que Ele propicie um momento de
despertar para elas.
Fique na paz de Nosso Senhor!
Na luz de Aruanda. Na fé!
Pai Joaquim de Aruanda -
(Recebido espiritualmente por
Wagner Borges – São Paulo,
dezembro de 2005.)

Página -6 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada

Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -7
ORTIZ BELO DE SOUZA
Em primeiro lugar quero saudar a
todos os que possuem mente aberta e
estão sempre aperfeiçoando os sentidos
do conhecimento, assim, não estaremos
cometendo um erro ao dizer que são
sábios estes irmãos. Entretanto, temos
que compreender que tudo o que se
torna unânime, deixa de ter o equilíbrio
necessário para o crescimento evolutivo
e natural dos seres.
“Na casa de Meu Pai existem várias
moradas!”
Podemos interpretar de maneiras
diversas, como: as muitas religiões e
formas de entender Deus; as diversas
dimensões; os inúmeros planos espirituais,
e muitos outras maneiras de visualizarmos
os ensinamentos que são
sempre importantes no que diz respeito
ao nosso desenvolvimento espiritual.
Não cometeríamos sacrilégio se disséssemos
que cada um de nós é uma
morada do Pai.
Esta diversidade de formas e crenças
se faz importante para que os diversos
espíritos encontrem sua forma de
assimilar e desenvolver seu dom natural
As Dimensões e seus seres
dentro das linhas de afinidade. É natural
que encontremos dificuldades nos
diversos seguimentos religiosos, pois,
dentro de cada religião, encontraremos
vertentes que procuram se opor, não
só, sobre as formas de atuação, mas
também, no entendimento do teor
teológico embutidos em seus próprios
dogmas.
Pelo exposto, concluímos que falar
ou escrever sobre dimensões é algo
complexo, principalmente se citarmos
os seres existentes em cada dimensão.
Na literatura encontramos formas
de explicações onde são apresentadas
algumas dimensões, classificadas como,
1d, 2d, 3d, até 9d. Se faz importante
saber que as dimensões são ilimitadas e
não temos como nominá-las, apenas
podemos distingui-las através de
analogia com os diversos seres existentes
nos milhares planos espirituais existentes
ao nosso redor.
Não pretendo com estas observações,
me apresentar como o dono da
verdade, apenas libertando o meu
pensamento limitado e refletir junto com
aqueles que gostam, como eu, de buscar
a libertação dos dogmas que trava a
transformação do entendimento natural
de cada indivíduo. Refletir sobre este
assunto é caminhar na direção do como
atuar em nosso plano, quer seja o
material ou, como é conhecido pelos
estudiosos, o meio, ou plano neutro.
Nós atuamos interligados nestas
dimensões o tempo todo, mesmo que
não saibamos. Como? No ato das
orações, no acender de uma vela, de
um incenso, nos momentos de felicidade
ou de tristeza. Estas ações, meramente
naturais, são expressões de nosso íntimo
espiritual em relação ao meio, plano
neutro, que automaticamente se
interage com as diversas dimensões
existentes.
Absorvemos, recebemos, emanamos,
intensificamos, vários atos que não
são possíveis, a nós meros encarnados,
classificar ou, sequer imaginar a grandeza
de forças que são desprendidas
das milhares esferas que estão interligadas
umas as outras e, finalmente,
ligadas em nós.
Movimentamos o tempo todo, estas
energias a nosso favor e, infelizmente
em vários momentos, contra nós
mesmos. Atingimos seres encarnados e
os desencarnados, com energias positiva
e também negativa. Atingimos os
desencarnados com a força mental que
possuímos, de acordo com a natureza
que impregnamos nossa mente, se
negativa movimentamos seres de ordem
trevosa, se positiva seres iluminadíssimos.
As atuações religiosas, em alguns
casos de forma equivocada, utilizam as
armas agressivas para atingir irmãos
que estão no infortúnio. Envolvendoos
com pensamentos de desrespeito e
afronta Há seres que muitas vezes não
possuem os entendimentos que nós
estamos tentando passar. Desta forma
estes seres acabam por nos ver como
oponentes, descarregando, quando
possível, suas forças degeneradas sobre
nós encarnados.
Nas dimensões, ou, nos planos
espirituais, existe algo que aqui no meio
neutro não tem, que é o RESPEITO
HIERÁRQUICO e lá, este respeito é
seguido por todos os seres, sejam eles
habitantes em esferas iluminadas ou não.
Quando atuamos, respeitando os
seres de todas as linhas de pensamento
(religiões ou estágios evolucionais),
passamos a adquirir desses irmãos o
respeito, sejam de seres iluminados ou
aqueles que estão nas trevas, que nos
vêem como espíritos respeitadores das
hierarquias.
A Ordem de todas as tarefas espiri-
Um missionário espanhol visitava
uma ilha quando encontrou três
sacerdotes astecas.
- Como vocês rezam? –
perguntou o padre.
- Temos apenas uma oração –
respondeu um dos astecas. –
Dizemos: “Deus, Tu é Três, e nós
somos três. Tende piedades de nós.”
- Vou ensinar uma oração que
Deus escuta – disse o missionário.
Ensinou uma oração católica, e
seguiu seu caminho.
Pouco antes de retornar a
Espanha, teve que passar por aquela
mesma ilha onde estivera alguns anos
tuais, ou todas as ações naturais de
nosso cotidiano, tem que ter algo maior:
Fé em Deus, Humildade, Amor,
Serenidade, Desprendimento, Respeito,
Fraternidade, Lealdade, entre outros.
Desta forma todos os povos serão
felizes e libertos, todos os credos se
respeitarão e ajudarão os necessitados,
não haverão guerras, não haverá
fronteiras.
Tudo está ao nosso alcance, mas
parece que temos que encarnar por
muitos anos, ou por muitas dezenas de
vezes, para entendermos a grandeza de
nossa existência.
Contatos: ortiz.belo@terra.com.br
Antes das palavras, a fé
antes.
Quando a caravela se aproximava,
o padre viu os três sacerdotes
caminhando sobre as águas.
- Padre, padre – disse um deles.
– Por favor, torne a nos ensinar a
oração que Deus escuta, porque não
conseguimos lembrar.
- Não importa – respondeu o
padre, ao ver o milagre.
E pediu perdão a Deus, por não
haver entendido que Ele falava
todas as línguas.
Extraído do livro “Maktub” de
Paulo Coelho - Editora Rocco

Página -8 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada
Novos Tempos Homenagem
falar para o planeta.
Você leitor amigo, tem mais este
motivo para bradar EU TENHO
ORGULHO DE SER UMBANDISTA,
Seja você, tenha um ideal e tornese
um diferencial, favorecendo a
todos aqueles que se aproximar
de ti.
a Linha dos
RODRIGO QUEIROZ
Saudações irmãos leitores!
Que a paz Divina esteja em cada
um.
É com imensa alegria que venho
comunicar a todos e convidálos
a participar de um novo projeto
que já é uma realidade para o
grande orgulho em ser Umbandista.
Estou falando da TVUS (lê-se
teveus...rs, como JUS), pois é a
TV Umbanda Sagrada é uma
extensão do JUS sim, pois seus
princípios, missão e objetivo está
dentro do que é o JUS e não poderia
ser diferente. Pois quando
idealizei e fundei o JUS em meados
de 1999 o qual completará seus 6
anos em Abril, sendo os últimos 3
anos muito bem dirigido e administrado
pelo nosso irmão Alexandre
Cumino, tinha um único objetivo,
facilitar a informação Umbandista,
levar a filosofia, doutrina,
vivências e reflexões para a comunidade
Umbandista de forma fácil
e gratuita, com qualidade e amor,
eis que aqui estamos.
O JUS cresceu, vêm crescendo
e melhorando cada vez mais,
obviamente devido a sua participação
e amor dedicado a este trabalho.
Então temos um novo filho.
Naturalmente, nascemos, crescemos
e quando atingimos uma determinada
maturidade começamos
a procriar, ao menos esta é minha
idéia.
Desta maneira é que nasce a
TVUS, entendendo sua obrigação
e função dentro da Umbanda Sagrada,
divulgando sua doutrina,
sua essência, desenvolvendo uma
programação bastante diversificada
sempre voltado para o
contexto da religião.
Estamos iniciando, com todas
as dificuldades pertinentes a um
trabalho desta estirpe, pois se escrever
já era um grande desafio,
você não tem idéia como é difícil
pois aos poucos e com seriedade
todos nós estamos levantando
esta branca bandeira da paz que
se chama UMBANDA, para isto
precisamos e muito de todos
aqueles que realmente querem
uma atuação em beneficio da
mesma.
Já agradeço a todos que
acessaram o site da TVUS se
cadastrando e mandando mensagens
de força. Valeu, é muito
importante!Então lhe convido a
conhecer a TVUS, acesse:
www.tvus.com.br e assista a
nossa programação, já está no ar
o Programa Caminhos da Luz
apresentado por mim e dentro de
dias teremos um vídeo novo por
dia. Para tanto é fundamental a
sua participação manifestando
aquilo que gostaria de encontrar
na sua TVUS, enviando críticas,
sugestões e dando continuidade
aos debates abertos em alguns
programas. Em breve teremos
uma Chat da TVUS para que
facilite o entrosamento entre os
internautas.
A TVUS nasce de um sonho
que foi se projetando e agora é
uma realidade, desta forma quero
deixar uma mensagem que deve
ressonar em seu íntimo.
Irmão e irmã se têm um sonho,
um ideal e uma meta, acredite
nisto, deposite todo seu amor e
dedicação no que almeja e tenha
plena certeza que se tornará uma
realidade. Lute, acredite, não se
importe com aqueles que lutam
contrário, passe por cima e
acredite no que seu coração fala.
Somos todos, independente
de dons um Templo Vivo de Deus,
onde podemos expressar e irradiar
o Divino a partir de nós mesmos.
Então temos um único
compromisso com nosso Criador
que é amá-lo e amar os nossos
semelhantes.
Faça o melhor dentro de suas
possibilidades e capacidade, não
espere que algo venha pronto a
você, que ganhe na megasena
ou que ocorra um milagre, não
não, faça e pronto!
Saiba que todo sucesso que
alcançar em vossa vida é fruto de
seu esforço e dedicação, assim
como o seu fracasso é meramente
culpa sua, jamais caia no erro de
terceirizar o seu fracasso ou erro.
Desvio o assunto, mas não
estou saindo dele, pois quero
mostrar que o JUS assim como a
TVUS são frutos de muito esforço
e dedicação, pois acreditamos em
nosso ideal e cremos na Umbanda
e em sua plenitude. Assim deve
ser você, acredite e realize.
Como já dizia o filósofo
“Penso, logo existo!” Ou seja,
somos aquilo que acreditamos.
Enfim, esteja a vontade em
participar da TVUS que não é do
Rodrigo e nem de ninguém, ela é
da Umbanda, de Umbanda,
produzida por Umbandistas para
falar a Umbandistas.
Um forte abraço e aguardo
todos! Sarava!
(contatos: www.tvus.com.br)
rodrigo@jornaldeumbandasagrada.com.br
Baianos
ALEXANDRE CUMINO
A imagem da capa do Jornal de Umbanda Umbanda também se manifesta na linha de
Sagrada deste mês traz a imagem de uma Exus e Baianos, quando não vem como Linha
linda Baiana feita por nosso irmão, amigo e dos Mestres da Jurema, aqui em São Paulo, já
artista Cláudio Gianfardoni.
ouvimos falar em Linha dos Portugueses,
Esta imagem é uma homenagem ao “Povo”, Linha dos Caiçaras, Linha dos Mineiros, Linha
a linha de trabalho dos Baianos na Umbanda. dos Mendigos e etc...
A Linha dos Baianos
Mesmo na Linha dos
já existe há algum
Baianos vemos presen-
tempo na Umbanda, as
tes os Cangaceiros como
duas primeiras linhas
Lampião, Maria Bonita,
que se apresentaram
Corisco, Zé da Faca e
na Umbanda foram as
outros. Em algumas casas
linhas de Caboclo e
a linha de Cangaceiros
Preto Velho, seguidas
vem como uma linha
de Criança e Exu, tão
independente
marcantes que muitos
Os Baianos são
até hoje trabalham
alegres, descontraídos e
apenas com estas
muito bons doutrina-
linhas de trabalho em
dores, também são muito
suas casas.
atuantes na quebra de
Na década de 50 e
demandas sendo inclu-
60 foi muito atuante na
sive muito conhecida a
Umbanda a linha do
chamada “virada de
Oriente, e dentro desta
Baianos” que acontece
linha encontramos
quando os Baianos
espíritos de Hindus,
“viram” na Esquerda. O
Chineses, Japoneses,
que não quer dizer que
Persas, Marroquinos e
neste momento dão uma
até Maias, Astecas e
atenção especial aos
outros. Com o tempo
trabalhos de Esquerda
esta linha foi se tornando menos presente fazendo nesta “virada” uma quebra das
nos terreiros. Muitas entidades desta linha energias negativas que chegam pela
formaram Linhas de Caboclos, como a Linha “esquerda” do médium e da tenda onde
dos Caboclos do Fogo formada em sua maioria trabalha.
por antigos Magos Persas
Atuam sob a irradiação de Iansã, embora
Com o tempo foram aparecendo outras existam Baianos de todos os Orixás. Usam
Linhas que ficaram conhecidas como Linhas velas amarelas, chegam saudando a Bahia,
Auxiliares, assim foi com a Linha dos Baianos, são muito devotos de Nosso Senhor do
Marinheiros e Boiadeiros, ainda muito atuantes Bonfim, Nossa Senhora das Graças, Nossa
nos terreiros. Não podemos deixar de citar a Senhora dos Navegantes e Padre Cícero.
Linha dos Ciganos que surgiu a partir da Aceitam oferendas na natureza ao lado de
década de 70, e em muitas casas se manifesta um coqueiro ou outro local especificado,
dentro da Linha do Oriente, já que é um povo bebem batida de côco, água de côco e comidas
que tem ali sua origem.
típicas da Bahia.
Algumas Linhas de Trabalho ainda vêm São eles Zé Baiano, Severino, Zé do Côco,
surgindo e só o tempo nos mostrará se irão Zé Pelintra, João do Côco, Simão, Pedro da
permanecer na Seara Umbandista, como a Bahia, Maria Quitéria, Maria do Rosário e
linha dos Malandros mais presente no Rio de outros...
Janeiro, que traduzem a boa malandragem Pedimos aos Baianos que nos ajudem a
do morro personificada por Zé Pelintra. O lidar com as adversidades, que nos tragam
mesmo Zé Pelintra que é mestre do Catimbó e alegria no nosso viver e que levem para longe
da Mesa de Jurema no Nordeste, e que na o mal de nossas vidas.
TVUS no ar
A TVUS - TV Umbanda Sagrada,
nasce do desejo de transmitir
ao máximo de pessoas a Cultura,
Doutrina, Filosofia, Ciência,
Magia e Mistérios da religião
Umbanda.
Dando prosseguimento ao
trabalho iniciado em meados de
1999 com a fundação do Jornal
de Umbanda Sagrada - JUS,
Rodrigo Queiróz fundou a TVUS
no dia 24 de Novembro de 2005,
preocupado com a comunicação
Umbandista para que possamos
ter um espaço de direito na mídia
geral e como religião brasileira que
é. Precisamos estar atentos ás
tendências da religião e ser partícipe
do seu progresso.
Acreditamos que um trabalho
sério e fiel com os fundamentos
da religião e trazendo os mesmos
para a mídia televisiva, estimularemos
o senso crítico de nossos
semelhantes religiosos ou não,
onde munidos de conhecimento
poderão separar o joio do trigo
quando outras mídias vilipendia-
rem a Umbanda. Isto sim é importante!
Com a TVUS poderemos abrir
diálogos intereligiosos e debates
sadios nos campos da Fé e suas
várias formas e manifestações.
Teremos contato com as variadas
formas de ver, entender e praticar
a Umbanda e encontrar em
cada uma delas o Divino.
Com programações variadas
voltadas para a espiritualidade,
visualizaremos o Divino como um
todo. A TVUS como a Umbanda
é Universalista, Divina e Científica.
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Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -9
Importantes nomes da Umbanda Paulista
se reuniram em Praia Grande
JOSÉ LUIZ CAMPOS
Praia Grande viveu uma tarde
histórica no último dia 15 de janeiro,
quando na posse da 1ª diretoria
Municipal da “AUEESP - Baixada Santista”,
recebeu a visita dos mais importantes
líderes da Umbanda como: O
Grande Mestre Rubens Saraceni,
presidente do Colégio de Umbanda
Sagrada, Sandra Santos presidente da
AUEESP-Associação Espiritualista e
Umbandista do Estado de São Paulo,
ogã Juvenal da União de Tendas e Pai
Aguirre e Dr.Basílio diretores do
Superior Órgão de Umbanda do Estado
de São Paulo. Mestre Xamã do
Santuário de Yemanjá, mãe Norma de
Iansã da Liga das Mulheres Umbandistas,
Dra. Nancy Cavicchioli da Federação
Luz e Verdade, impossibilitados
de comparecerem enviaram congratulações
aos diretores.
Essa reunião dos Umbandistas, na
posse dessa instituição revela a
preocupação com as novas associações
que pipocam no estado de São Paulo
afora, credencia e dá credibilidade aos
diretores da AUEESP da Baixada
Santista, que acabaram de ser
empossados.
Grupo Mirim Peninha.
Durante a cerimônia de posse o
Grupo Mirim Peninha da Umbanda intitulado
Umbanda do Amanhã, apresentaram
uma peça teatral com músicas
do Grupo Aruanã, que emocionou a
todos, evidenciando que, a metodologia
e filosofia de trabalho desta diretoria
têm o olhar no futuro. Esse trabalho
com as crianças é a garantia de que a
Umbanda nunca morrerá, e os ensinamento
de caridade amor e paz estão
preservados.
Sandra Santos informou a todos
ritualista já está 24 horas no ar
variada, confira a presença da
TV que abre espaço para todos.
Juvenal, Rubens Saraceni, José Luiz Campos, pai Aguirre,
Dr. Basilio, Sandra e Rogério Mazio.
que a Associação foi fundada por Rubens
Saraceni, é uma Associação Cultural
e Religiosa genuinamente umbandista,
que tem como motivo de sua
criação a divulgação da nossa religião
junto à sociedade civil e poderes
públicos, assim como terá entre os seus
vários projetos o de resgatarmos a
religiosidade na Umbanda e o orgulho
de sermos umbandistas.
Em seu discurso Mestre
Saraceni disse ser preciso que
os umbandistas possam
ocupar o espaço na sociedade
que nos é devido, que com a
força da Associação poderemos
trilhar os caminhos para
que possam reconhecer a
grande porção da sociedade
que nós representamos.
Parabenizou ao trabalho
incansável de pai Rogério
Mazio, e da presidente Sandra
Santos, que estão vencendo
obstáculos e dignificando
nossa luta.”Lá em cima” nós
ficamos sabendo da árdua luta e dos
sérios problemas que pai Rogério tem
travado para alicerçar este trabalho
aqui no litoral, nessa difícil tarefa.
O ogã Juvenal proferiu apoio em
seu nome e em nome da União de
Tendas, lembrando da incessante luta
da presidente da AUEESP Sandra
Santos que despreocupada
em patentear-se das
vitórias, atua incessantemente
pelo bem da religião;
dirigiu palavras de incenti-
vo ao pai Rogério, desejando que não
faltem forças para a luta que se inicia.
Pai Milton Aguirre, um dos Decanos
da Umbanda, parabenizou Sandra,
pelo seu empenho, saudou ao pai
Rogério pelo seu trabalho, alertando
que o trabalho que se inicia em prol da
Umbanda é mais uma frente de batalha
pelo bem comum.
Dr. Basílio lembrou que o dirigente
Rogério Mazio, sacerdote e filho espiritual
de Rubens Saraceni, a partir
desta data passa a ocupar um cargo
de grande responsabilidade, e que
agora assume os trabalhos da AUEESP
na Baixada, comprometendo-se a
continuar lutando de forma incansável
pelo bem de nossa religião, apresentando
trabalhos sociais, educacionais
e religiosos sérios à comunidade,
fazendo-a lembrar sempre dos
direitos que possuem e do dever de
organizarem-se e mobilizarem-se.
Lembrou que hoje existem mais Federações
do que propriamente terreiros,
e que isto está sendo prejudicial a
nossa religião.
A diretoria ficou composta com Rogério
Mazio, Humberto Silva Oliveira,
Rubens Mazio do Rego, Hélcio Dias,
Dra. Matilde Hora, Dr. João Lins, Dra.
Carolina Vieira, Dr. Amílcar Alves,
Cláudia Fiorezi, Maria Izilda Gours, Dra.
Rosemary Oggiano.
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Regularize-se, cumpra a sua obrigação de estar
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Yemanjá recebe oferendas
de fiéis em procissão
JOSÉ LUIZ CAMPOS conhecem a fama de protetora de
Centenas de devotos reuniram no
último dia 5 de Fevereiro, na Rua
Ministro Daniel de Carvalho (Ponta da
Praia para participarem da procissão
em homenagem a Yemanjá.) As comemorações
tiveram início às 14 horas,
com concentração, um axirê seguida
de procissão.
A festa este ano, foi preparada e
organizada pela casa de candomblé Ilé
Ofá Omim Ojó, dirigida pela yalorixá
Regina Célia dos Santos Magalhães
(Regina Toloke). Também foi respeitado
um minuto de silêncio em homenagem
ao idealizador da festa babalorixá
Vivaldo Pires de Carvalho, considerado
o mais antigo babalorixá da Baixada
Santista e que morreu em abril do ano
passado.
De lá, os fiéis seguiram
em procissão
pela Avenida Saldanha
da Gama até a Ponte
Edgar Perdigão, na
Ponta da Praia, de onde
saíram cerca de dez
embarcações na procissão
marítima. Durante
o trajeto marítimo os
ogãs, yabás, egbomis e
yalorixás entoavam
cantigas de saudações
e louvores a Yemanjá,
ao toque dos atabaques
coordenados pelo ogã Jair.
Ao passar pelo Forte da Ponta da
Praia uma bateria de fogos saudou a
procissão. Flores e pombos, preferencialmente
brancos, perfume com cheiro
de alfazema, pentes e espelhos. Estas
foram as principais oferendas levadas
à deusa das águas, Iemanjá, uma das
principais divindades do candomblé e
da umbanda. ‘‘Para nós, Iemanjá
representa a mãe dos orixás, a mãe
da criação. Para ela, pedimos proteção
e sabedoria’’, contou Cláudia Ward,
que é devota desde que nasceu.
Ontem, ela ajudava a enfeitar a filha,
Nadja, que aos 21 anos participava
pela primeira vez da festa.
De frente a barra as embarcações
pararam para, as pessoas lançarem
oferendas e pedidos ao mar. De acordo
com a mãe Toloke, a festividade é
importante, pois homenageia a mãe de
todos os santos. “Este é um ótimo
momento para pedirmos saúde, paz e
um mundo melhor”.
Todo vestido de branco e levando
um maço de flores para Iemanjá, o
secretário municipal de Cultura, Carlos
Pinto, lembrou que a procissão ficou
um tempo sem ser realizada no
Município. ‘‘Agora ela vem crescendo a
cada ano’’.
Até uma das principais torcidas
organizadas do Santos Futebol Clube
Yemanjá. Uma grande bandeira da
Torcida Jovem, com desenho de
Yemanjá no meio, deu o toque
esportivo à comemoração acrescentou.
A grande novidade este ano foi a
participação da Umbanda. Sendo esta
uma festa de candomblé, a Umbanda
teve seu espaço para participar
através da Associação Umbandista e
Espiritualista da Baixada Santista,
precedida pelo pai Rogério Mazzio, que
trouxe uma imagem de Yemanjá Negra,
a qual puxou a procissão, numa
demonstração de integração e unidade
dos dois segmentos afro-religioso.
As entidades religiosas que
compareceram para prestigiar e apoiar
essa grande iniciativa do secretário
municipal de Cultura, Carlos Pinto e do
batalhador Bira foram: Superior Órgão
de Umbanda do Estado de São Paulo,
representados pelos diretores Norma
Ballarine e Dr. Basílio; Associação
Umbandista e Espiritualista do Estado
de São Paulo, Sandra Santos -
presidente; Ordem das Entidades Afro-
Brasileira - José Luiz de Campos,
relações públicas e o Dr. Marcos
Campos. A Federação Luz e Verdade,
União de Tendas de Umbanda e
Candomblé do Brasil e Santuário
Nacional de Iemanjá, enviaram ofícios
parabenizando o evento.
A yalorixá Toloque se fez
acompanhar da yalorixá Bandaquinha,
dos babalorixás: Carlinhos de Yansã,
Alexandre D´Ogun, José Carlos de
Oxalá, as ekedje: Silmara, Marina,
Tinha e Bola, e os ogãs: Jair
coordenador do evento, Ziza,
Paulinho, Luiz, Nório, Carlinhos e
Landualdo. E pela umbanda Pai Rogério
estava ladeado pelo seus diretores:
Rubens do Rego, Maria José dos
Santos, Tâmara Costa do Rego, os
ogãs e cambonos: Mário, Alberto,
Clóvis, Júnior e Paula.
A procissão, realizada pela
Prefeitura por meio das secretarias
municipais de Cultura (Secult) e Turismo
(Setur) faz parte do calendário turístico
da cidade de Santos.
Programação Umbandista de qualidade na internet:
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Página -10 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada

Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -11
CASSIO RIBEIRO
Todos nós estamos apreensivos,
afinal ela é uma filha bastante querida.
Desde pequena, mantínhamos
contato. Lembro-me com carinho da
primeira vez que nos vimos. Ela não
tinha mais que quatro aninhos...
Trajava um vestidinho azul com
pequenas rosas brancas. Seus olhos
verdes, brilharam quando me descobriu.
Propositalmente eu a esperei
junto a grande árvore que majestosamente
enfeitava a propriedade dos
avós dela. Quando me viu, ela não
se assustou. Sorriu para mim de um
jeito meigo e angelical. Na inocência
própria das crianças ela se maravilhou
com meu penacho. Inocentemente
tentou tocar-me.
Eu vibrava com tanto amor diante
dela que muitos outros vieram presenciar
a cena. Todos da minha falange
estavam emocionados. Pois sabiam
que o primeiro contato havia
sido feito com sucesso. Juntos, oramos
agradecido a Zambi pela oportunidade.
Aos poucos a pequenina
Esperando
foi crescendo. Outros apareceram
para ela. Alguns em sonho. E assim,
pouco a pouco a menina conheceu
todos seus Guias: Preta Velha, o Erê,
a Baiana e tantos outros.Quando
entrou na adolescência, já não se
lembrava muito de nossos contatos.
Para ser franco se lembrava, mas
atribuía tudo aquilo a imaginação fértil
de criança. Nós, pacientemente deixamos
que as coisas seguissem seu
curso natural. Protegeríamos nossa
filha e aguardaríamos o momento
oportuno. Nos angustiamos com ela
quando das provas escolares, exultamos
quando se formou.
Vimos o primeiro beijo, os namoros
às escondidas. Ajudamos quando
conseguiu seu primeiro emprego. E
assim a vida seguia. Quando vimos
que já era chegado o momento, nos
fizemos notar novamente. A princípio
ela relutou, mas aos poucos acabou
aceitando sua mediunidade. Foi maravilhoso
quando ela adentrou na
gira naquele terreiro, comandado pelo
velho e querido Pai de Santo.
Eu, fui o primeiro a incorporar,
logo todos nós já trabalhávamos. Não
demorou e ela passou para a linha
de passe. Tudo corria bem, porém
nossa filha apaixonou-se por um médium
da casa. Sabíamos desde o início
que o tal namoro não daria certo. O
rapaz adentrara ao terreiro na esperança
de subir na vida. Achava que
uma vez dentro da gira, conseguiria
um emprego melhor, um carro novo
e tantos outros benefícios materiais.
Jamais ocorreu a ele que a maior de
todas as conquistas seria a Paz
interior e sua evolução espiritual.
Para nós, estava claro que ele se
daria mal. Ao vibrar nesse sentido,
sem saber ele se cercava de um sem
número de Kiumbas.
Mas nossa filha, cega de amor
se envolveu com ele. O jovem não
pensou duas vezes antes de engravida-la.
Casaram-se. E foi aí que as
coisas degringolaram! Ele passou a
freqüentar a bares e boates. Envolveu-se
com pessoas do submundo.
Os Kiumbas deliravam. Nossa filha
não nos ouvia. Ao invés de redobrar
seu trabalho no terreiro (aprimorando
sua mediunidade) optou por abandonar
a Seara Sagrada da Umbanda.
Um dia, não agüentando o marido
fútil e beberrão, ela levando a criança,
abandonou o lar.
Mudou para cidade distante. Nós
a protegeríamos. Ali mesmo na cidade
existiam terreiros sérios. Porém
a Lei do livre arbítrio deve ser respeitada.
Eu fui o que mais sofreu quando
ela despachou suas roupas e suas
guias. Desiludida e totalmente revoltada
ela entrou em uma igreja preconceituosa
em relação à Umbanda.
Vimos quando os Kiumbas a abraçaram.
Choramos quando nossa
menina nos renegou publicamente.
Todo nosso trabalho e nossa espera
indo por água abaixo. A caridade
sendo renegada. Mas, ainda hoje
esperamos a volta de nossa querida
filha. Sabemos esperar. Oramos ao
Pai para que reconduza nossa
pequena. Enquanto isso, acompan-
hamos embevecidos o filhinho dela
que já começa a ver seus protetores.
Sabemos que de uma forma ou de
outra a caridade e a Luz triunfarão.
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Cláudio Gianfardoni
realiza exposição
No último dia 5 de Fevereiro,
o artista Cláudio
Gianfardoni expôs parte
de sua obra no Espaço
Eternos Aprendizes da
Umbanda.
O espaço tornou-se
pequeno para a quantidade
de apreciadores do
trabalho deste artista,
dentre os quais destacam-se
os Mestres Ascencionados,
Anjos, Mandalas,
Quadros Abstratos e
as Capas do ano de 2005
do JUS.

Página -12 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada
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Página -14 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada
ADRIANO CAMARGO
Salve sagrados irmãozinhos nas
ervas! Salve sagrados manipuladores
das energias das ervas.
Falando em manipulação de
energias, saibam que cada erva tem
sua vida própria, no seu nível e
dentro do seu contexto.
A diferença entre remédio e
veneno basicamente é a dose. Muitas
ervas estimulantes se tomadas em
grande quantidade e por longos
períodos podem prejudicar o sistema
nervoso.
Bom senso, essa é a palavra. Não
vamos exagerar nos cuidados
também. É mais do que sabido que a
Sálvia e o Alecrim podem ser abortivos.
Mas uma gestante pode sim
comer um pedaço de pernil
temperado com alecrim, ou um
salmão temperado com sálvia (por
exemplo), que tirando casos específicos,
não farão mal algum.
O que realmente faz mal, é não
seguir o bom senso e usar ervas
desconhecidas simplesmente porque
alguém em algum lugar disse que
funcionava.
Há de se respeitar o conhecimento
popular, no entanto seguir o
bom senso é prática mais que
recomendável. Volto a dizer: a
diferença entre remédio e veneno é
a dose. Por isso é que recebemos,
dentro da religião de Umbanda,
tantos dogmas no uso das ervas.
Porque a falta de critério e bom senso
fez com que o resultado decorrente
do mal uso dado ao elemento, fosse
atribuído ao Orixá.
Somos seres que procuram
desculpas em tudo, e sempre fora de
nós mesmos. É sempre o outro o
culpado por algo não dar certo, é
sempre algum fator externo.
Vejo dentro da religião, muitos
abusos e desvios de conduta serem
erroneamente atribuídos à força do
Orixá. É comum vermos incautos
alegarem seus desvios de
personalidade, ou seu estado de
humor, à vibração do Orixá.
É claro que nossos pais e Mães
Orixás nos influenciam em nosso dia
a dia, mas até ai, atribuir meu íntimo
Espaço do Erveiro
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negativo a Eles, isso sim é heresia,
um ato contrário à criação e ao
Criador.
Se você, filho de um Orixá, usar
a erva cuja vibração esteja no campo
de outro, com certeza o excesso
vibratório será dissolvido no éter ou
simplesmente eliminado em suas
vibrações originais. Não se preocupe
que você só terá em seu campo
astral aquilo que pertencer
a você, ou seja,
aquilo que for do seu
merecimento.
Se essa regra não
se repetisse (por isso
é uma regra, pois se
repete), não poderíamos
tomar chás, ou comer frutas diversas
pois essas ultimas também
pertencem vibratoriamente aos
Orixás.
As frutas que usamos nas
oferendas estão ligadas às
irradiações vivas de nossos Pais e
Mães. Assim como todos os
elementos à nossa volta: pedras,
cristais, cores, ervas, líquidos, terras,
sons, etc. Mas tem coisas cuja regra
de identificação não é tão simples
assim. Nem toda raiz pertence
vibratoriamente aos Orixás Omulu e
Oba (terra).
Nem toda folha pertence à Pai
Oxóssi, e nem toda flor à Mãe Oxum
ou Iemanjá.
Sinta a erva, coloque-a na palma
da mão, feche os olhos e sinta sua
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vibração, seu pulsar.
Deixe essa vibração te envolver
por inteiro e deixe que se forme a
sua volta uma camada limpadora,
protetora e capaz de abrir seus
caminhos. Experimente fazer esse
exercício com rosas amarelas ou um
bom maço de arruda fresca.
Ao preparar uma salada, por
exemplo, consagre-a e visualize em
sua aura uma luz esverdeada,
e também visualize que cada
pessoas que ser servir dessa
salada para comer, irá
ingerir essa luz que se
concentrará no órgão
físico necessário para
a cura desse irmão.
A alface é uma poderosa
erva de cura, assim como a
rúcula, o agrião, a acelga, entre
outras. Banho de alface é
bastante tranqüilizante e de
agrião é muito energético, devolvendo
rapidamente a força
vital.
Dê poder aos seus preparos
evocando e consagrando-os ao Pai
Criador e à Mãe Natureza, pelo
menos. Use isso no preparo de chás,
banho, defumações e todos os
preparos que você tiver a mão.
Saúde, sucesso, muita magia e
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O canto do anjo - 5
ROSA FREITAS
No centro do seu ponto mágico
um anjo observava a luz infinita do
Criador, que percorre tempo, espaço,
dimensões e mundo paralelo,
tocando simultaneamente diversas
realidades.
E no centro divino onde ele se
encontra, através das telas universais
ele vê as linhas que cruzam todo
o universo, onde as forças divinas
vindas do Criador se espalham por
todos os lugares, como se fossem
faixas brilhantes que percorrem o
espaço em todas as direções, ao que
os cientistas chamam de átomos de
energia. Então no centro do seu
ponto mágico, o anjo eleva as mãos
e abre suas asas e potencializa as
forças Divinas sobre a Terra. E no
levantar e baixar de sua asas, ele
direciona as
forças maiores
na intenção
de um
despertar das
consciências
h u m a n a s ,
pois é tempo
de maturação
dos espíritos
sobre a Terra. Tempo de escolhas
onde cada ação será pesada. Tempo
em que os que não tiveram um grão
de consciência, ao invés de escolherem,
poderão ser escolhidos,
e muitas das vezes por correntes
que não compactuam com o progresso
humano, estarão à percorrer
as orbes por isso, no centro do seu
ponto mágico um anjo potencializa
a luz do Criador através do seu
amor, formando a luz na escuridão.
FERNANDO SEPE
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Em um centro espírita tranqüilo do
interior da cidade de São Paulo, o nosso
amigo doutrinador fazia aquilo que melhor
sabe fazer: Pregar...
-Irmãos da seara bendita de Jesus,
todos nós somos servos, ovelhas do
grande pastor que é Nosso Senhor Jesus
Cristo. Sigamos suas
diretrizes do amor, da
bondade e principalmente
do perdão.
Perdoemos aqueles
que nos ofendem,
perdoemos a todos,
pois disso depende
nosso crescimento
espiritual - dizia em
tom emocionado
nosso amigo...
-Lembrem-se do
exemplo daquele que
se fez simples, para
dessa forma ser o
maior. Cuidado com a
vaidade, pois ela é um verdadeiro
caminho para os abismos escuros e
trevosos da consciência. Simplicidade
irmãos! Façam - se pequenos para
amanhã serem grandes em espírito...
- (...) Portanto não olvideis os
ataques baixos dos espíritos que caminham
nas trevas. REFORMA ÍNTI-
MA, essa é a chave para nossa evolução
espiritual. Somos todos pecadores
perante a grandeza do Cristo. Mas, é do
nosso calvário de lágrimas e trabalho,
que amanhã ascenderemos ao céu. Muito
obrigado, façamos nossa oração final...
Bem, e o nosso querido amigo doutrinador
“mandou ver” na oração...
Voltando para sua casa encontrou
um jovem negro andando pela rua. Fechou
os vidros do carro. “Com esse tipo
de gente, é melhor não vacilar”, pensou
fazendo uma careta.
Entrou em seu condomínio sem ao
menos cumprimentar o porteiro, que
por já o conhecer bem, foi logo chamando-o
de senhor e entregando as correspondências
do dia, afinal, aquele nosso
doutrinador, era o síndico do prédio.
A Crônica do
Doutrinador
Não muito querido, diga-se de passagem,
mas muito bom na arte da persuasão...
Chegando em casa logo foi se irritando,
pois sua filha veio novamente com o
assunto de viajar com o namorado, coisa
que ele não admitia. E seu filho que gostaria
de seguir a profissão de ator de
teatro. Imagine seu filho no meio desses
vagabundos! ”Devo ser um missionário
com a responsabilidade de auxiliar a
todos dessa casa” pensava constantemente
nosso amigo. Pouco carinho dedicou
a mulher, afinal,
ela já não era mais
“aquelas coisas”. Foi
para o quarto pensando
o quão difícil
era sua missão na
Terra. Rezou um Pai
Nosso decorado e a
Prece de Cáritas só
pela metade, pois
ficou com uma “preguicinha”...
Tirou o terno
apertado que usava
para dar um “ar de
respeito” na reunião.
Desligou também o
Bach que tocava no toca CDs. “Isso é
coisa que se toque em casa? Isso só toca
nas colônias espirituais dos romances
kardescsistas, onde a música clássica
ainda faz sucesso. Porcaria”...
Ligou a TV, ficou vendo um desses
programas de auditório onde mais um
grupo de funk mostrava e “rebolava sua
arte”. Até que essa loira é “gostosinha”...
E assim o amigo doutrinador dormiu.
Sonhou com Jesus, mas ele não era
só amor como podia se esperar. Estava
de chicote na mão e usava uma capa
preta... “Acho que ele quer que eu pegue
mais pesado nas doutrinações! Amanhã
vou falar sobre aqueles que vão as
reuniões, mas em seu dia a dia nada
praticam”! E voltou a dormir tranqüilamente...
PS: Aqui é Jesus quem está vestido
de preto, mas todos os dias, Krishna,
Buda, Maomé e muitos outros avatares,
assim como as divindades, se vestem de
preto! Ah esses pregadores...
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Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Fevereiro de 2006 Página -15
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Página -16 São Paulo, Fevereiro de 2006 Jornal de Umbanda Sagrada