O DILEMA VOCACIONAL DO ADOLESCENTE: UMA VISÃO ...
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O <strong>DILEMA</strong> <strong>VOCACIONAL</strong> <strong>DO</strong> A<strong>DO</strong>LESCENTE: <strong>UMA</strong> <strong>VISÃO</strong><br />
COMPREENSIVA <strong>DO</strong> FENÔMENO<br />
THE VOCATIONAL DILEMMA OF TEEN: A COMPREHENSIVE VIEW OF<br />
THE PHENOMENON<br />
Josiane Guimarães dos Passos I ; Luiz Francisco dos Santos II ; e Márcia Elizabete Wilke<br />
Franco III<br />
I e II Graduandos do curso de Psicologia do CESUCA<br />
III Doutora em Educação, Professora do CESUCA, Psicóloga<br />
Resumo<br />
Este trabalho é o relato da experiência de uma proposta de intervenção, atividade do<br />
ESTÁGIO BÁSICO II- OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL,<br />
cadeira do quarto período do curso de Psicologia da faculdade CESUCA, freqüentada<br />
no semestre 2011/2, onde foram observadas duas turmas do último ano do ensino médio<br />
de um colégio estadual de Cachoeirinha, nas quais viu-se a necessidade de apoio aos<br />
alunos angustiados pela difícil hora da escolha vocacional. O objetivo da intervenção<br />
não visou soluções absolutas das dúvidas apontadas pelos adolescentes, mas fomentar<br />
ferramentas psicológicas como tranqüilidade, otimismo e autonomia, que os ajudassem<br />
a lidar com elas. Durante seis encontros, usando a técnica observacional assistemática e<br />
levantamento quanti-qualitativo, foi possível identificar o foco da intervenção.<br />
Utilizando o teste L.I.P (Levantamento de Interesses Profissionais) de Carlos Del Nero<br />
pode-se verificar com qual ou quais áreas profissionais cada um se familiariza e se estas<br />
estão de acordo com as disciplinas nas quais apresentam melhor desempenho. O que se<br />
constatou, com a verificação dos testes, foi a confirmação da indecisão dos adolescentes<br />
na escolha profissional por apresentarem percentuais de interesses muito próximos entre<br />
uma área e outra bem distintas, o que não acontece com o mesmo teste aplicado a<br />
pessoas já na fase adulta definida. O que se levou ao conhecimento das turmas foi que a<br />
indecisão na escolha vocacional é extremamente comum nessa fase do<br />
desenvolvimento, que o ser humano é dinâmico e mutável e assim podem ser suas<br />
escolhas. Que o mais importante é fazer uma opção o mais próximo possível de suas
aptidões, levando em conta anseios próprios de realização, para aumentar sua garantia<br />
de sucesso.<br />
Palavras-chave: Adolescentes; escolha vocacional; intervenção<br />
Abstract<br />
This essay is a experience’s report of a propose to intervention, activity of STAGE II<br />
BASE-NOTE AND INTERVENTION IN MENTAL HEALTH, fourth period subject<br />
of Psychology course from CESUCA College, frequented in the semester 2011 / 2,<br />
where two classes from the last year of high school were observed in a state college of<br />
Cachoeirinha, which could be seen the necessity of a support to the distressed students<br />
by the hard hours of a vocational choice. The goal of the intervention is not absolute<br />
solutions of doubts pointed by the teenagers, but to promote psychological tools like<br />
tranquility, optimism and autonomy, which could help them to deal with these doubts.<br />
During six meetings, using the technique unsystematic observational and quantitative-<br />
qualitative survey was possible to identify the focus of the intervention. Using the test<br />
L.I.P (Lifting of Professional Interests) of Carlos Del Nero, could be checked which<br />
professional areas each one feels familiar and if the area chosen is agree with the<br />
subjects that they show the best performance. What was found, with the verification of<br />
the tests, was the confirmation of the adolescent’s indecision about the career choice<br />
because they have very close percentages of interests between one area and another very<br />
different, which doesn’t happen with the same test applied to people already in the stage<br />
defined adult. What led to the knowledge of the classes was that indecision in<br />
vocational choice is extremely common in this phase of the development, the human is<br />
dynamic and changeable and this way can be your choices. The most important thing is<br />
to make a choice as close as possible to their skills, taking into account their own<br />
expectations of achievement, to increase its guarantee of success.<br />
Keywords: Teens; career choice; intervention<br />
Este artigo tem como objetivo relatar uma prática de Estágio Básico II do curso de<br />
Psicologia do CESUCA, realizada com duas turmas de adolescentes de 17 a 23 anos,<br />
alunos do último ano do ensino médio de uma escola estadual de Cachoeirinha, entre os<br />
meses de agosto e outubro de 2011.
No ensino médio parece não haver tempo ou espaço para discutir com os jovens o valor<br />
social das profissões e a relação entre escola e trabalho, nem para promover o contato<br />
direto com diferentes profissões e o questionamento do vestibular como única via<br />
possível (Sparta e Gomes, 2005).<br />
Atualmente os jovens são livres para escolher uma profissão; já não se obriga os filhos a<br />
seguir o ofício do pai e as filhas as prendas domésticas da mãe, porém, a crescente<br />
indecisão e os conflitos dos jovens no que diz respeito a eleição de uma profissão<br />
sugerem que a liberdade de escolha não se fez acompanhar do bem-estar esperado<br />
(Osório, 1992).<br />
Fazer tal escolha não é tarefa fácil; Optar por um curso profissionalizante é mais que<br />
escolher uma carreira: é esboçar um projeto de vida (Bock, 2002). Especialmente para<br />
um adolescente que está vivendo a mais contraditória fase do desenvolvimento humano.<br />
A adolescência chega a ser descrita na literatura como uma patologia temporária<br />
(Aberastury,1981), tamanha presença de conflitos internos inerentes a essa fase. Ora,<br />
escolher uma profissão num momento em que se está vivendo uma total desorganização<br />
psicológica, física e biológica, gera indecisão e muita insegurança. O adolescente fica<br />
inseguro pela perda da identidade infantil e a não consolidada identidade adulta. A<br />
maturação que, para ele, é evidente, invasiva e destrutiva do que fazia sua graça de<br />
criança, é recusada, suspensa, negada. Talvez haja maturação, lhe dizem, mas ainda não<br />
é maturidade. Por conseqüência, ele não é mais nada, nem criança amada, nem adulto<br />
reconhecido (Calligaris, 2000).<br />
Os esboços de pretensões profissionais dos adolescentes mostraram, notoriamente, a<br />
predileção por carreiras que proporcionem status sociais. Isso demanda da pressão que<br />
sofrem, pois a sociedade atual privilegia o desempenho (e a competição) em detrimento<br />
da ludicidade, a ação em detrimento da reflexão e o condicionamento mental em<br />
detrimento da emoção. Essa postura aciona inevitáveis conflitos entre as tendências<br />
vocacionais e o imperativo não só das necessidades de subsistência, como, e<br />
principalmente, do estímulo a busca do poder, erigido em nosso momento civilizatório<br />
como o mais alto valor da condição humana (Osório, 1992).<br />
A observação dos adolescentes em aulas nos levou a definir, baseados em tais teorias, o<br />
foco da intervenção: Apoiá-los na difícil hora da escolha vocacional.
RELATAN<strong>DO</strong> A PRÁTICA<br />
Usando a técnica observacional assistemática e método quanti-qualitativo, fomos a<br />
campo realizar a experiência de observação e intervenção em saúde mental.<br />
Após ter acertado com a coordenadora da escola nossa autorização para as observações,<br />
nas quais acompanharíamos as turmas 305 e 306, terceiros anos do ensino médio,<br />
fomos, numa sexta-feira no período da noite, fazer a primeira observação.<br />
Às 19 horas começou o primeiro período de aulas. A turma 306 foi ao laboratório de<br />
ciências assistir a uma aula prática de matemática. A professora preparou amostras de<br />
volumes para explicar as medidas de metro quadrado e metro cúbico. Composta por<br />
jovens de 17 a 23 anos, a turma pereceu muito interessada na aula. A princípio se<br />
incomodaram um pouco com nossa presença, ficando encabulados, deixando de<br />
responder perguntas de fáceis respostas, mas com o passar do tempo acostumaram-se e<br />
passaram a se comportar como de costume.<br />
Todos os alunos estavam bem atentos as explicações e interagindo com a professora.<br />
Elogiaram a maneira como a professora deu a aula e o método de ensino escolhido por<br />
ela. Observei carinho e respeito de ambas as partes. Nesse clima de interação passou- se<br />
os dois primeiros períodos de aula muito rapidamente. Ninguém deixou o laboratório,<br />
com exceção de uma aluna que, provavelmente, foi ao banheiro e voltou rapidamente.<br />
Notamos que a turma tem jovens de diferentes personalidades apenas por sua maneira<br />
de se vestir, já que por estarem fora da sala de aula habitual, não demonstraram<br />
comportamentos típicos desse meio.<br />
Uma semana depois, já mais ambientados com o colégio, fomos fazer a segunda<br />
observação. Entramos no segundo período na sala 30, onde a turma 305 teria aula de<br />
Física ministrada pela professora Nara. Havia só 17 alunos presentes de um total de 26,<br />
pois, segundo a professora, a sexta feira é o dia que mais predominam as faltas. A<br />
professora nos apresentou e todos se mostraram bem receptivos. Sentamos bem ao<br />
fundo da sala de onde se podia observar todo o ambiente.
A sala de aula era razoavelmente iluminada, com classes e cadeiras bem usadas.<br />
Assoalho, teto e paredes em bom estado e três janelas grandes que garantem boa<br />
ventilação. A turma é composta por jovens de 17 a 22 anos que demonstram bastante<br />
coesão. Durante a aula observamos inquietação e uma certa ansiedade em alguns alunos,<br />
talvez típico dos adolescentes ou até por estarem sendo observados. Da mesma forma<br />
que aconteceu com os colegas da turma 306, esta se mostrava interessada na aula,<br />
faziam muitas perguntas e demonstravam respeito pela professora. Entre eles em alguns<br />
momentos aconteceram pequenas discussões e desentendimentos passageiros.<br />
Observou-se que, praticamente todos, deixaram as mochilas e materiais soltos em cima<br />
das classes sobressalentes, sem nenhuma organização, gerando uma pequena bagunça,<br />
bem próprio dos adolescentes. Em um determinado momento, uma garota levantou e<br />
passou entre duas classes derrubando os materiais que estavam em cima, demonstrando<br />
um comportamento de quem ainda não tem exata noção do seu tamanho... Os demais<br />
imediatamente interferiram gerando uma pequena algazarra, que em seguida foi<br />
controlada pela professora. Na turma 305 observa-se uma particularidade: As moças<br />
estavam muito produzidas nas suas vestimentas, acessórios e maquiagens, enquanto os<br />
rapazes estavam bem despojados. No horário do intervalo observaram-se<br />
comportamentos bem inerentes aos jovens dessa idade. Alegres, despreocupados,<br />
sempre formando pequenos grupos de conversas, mas interagindo entre grupos. No final<br />
do intervalo voltaram muito lentamente para a sala de aula, demonstrando interesse em<br />
deixar correr um pouco do período de aula ainda com tempo livre. Aos poucos foram se<br />
acomodando e novamente se concentrando na aula que transcorreu sem nenhuma<br />
particularidade.<br />
No terceiro encontro pedimos para juntar as duas turmas. Já estávamos bem à vontade,<br />
pois já havíamos ganhado um pouco da confiança do grupo. Era aula de matemática<br />
novamente. Após algum tempo de observação, ouvindo a professora, por várias vezes,<br />
se referir ao vestibular, pedimos licença e tomamos a palavra levantando a questão da<br />
escolha vocacional. O tema gerou polêmica instantaneamente. Surgiram inúmeras<br />
perguntas como: O que faz o psicólogo? Como escolher uma profissão? Como se<br />
preparar para a escolha? Como decidir entre a atividade que gosta e a que o pai acha<br />
melhor? Enfim, a ansiedade tomou conta do ambiente... Observamos uma grande<br />
angústia em suas indagações. Pedimos que pensassem um pouco sobre o assunto para
conversarmos mais no próximo encontro. Evitando atrapalhar ainda mais as aulas, nos<br />
despedimos.<br />
O quarto encontro aconteceu uma semana depois. Entramos no primeiro período, onde<br />
os presentes nos receberam com alegria e a cada colega que chegava atrasado.<br />
Novamente reunimos as duas turmas. Retomamos o assunto da escolha vocacional.<br />
Ouvimos as colocações de alguns alunos que uniformemente resumiam indecisão. Uma<br />
aluna revelou desejo de se submeter a um teste vocacional e foi apoiada por vários<br />
colegas. Prometemos levar, no próximo encontro um teste vocacional para todos.<br />
Pedimos que escrevessem em um papel qualquer, onde poderiam se identificar ou não, o<br />
que estavam pensando sobre seu futuro profissional. Nesse momento fez-se um silêncio<br />
total na sala. Foi possível observar, na grande maioria da turma, o dilema vocacional do<br />
adolescente (Osório,1992) se materializando em nossa frente. Buscavam pensamentos,<br />
mordiam a caneta, enfim deixavam transparecer um total desconforto. Quando todos<br />
entregaram seus “bilhetes”, guardamos-os cuidadosamente para posterior leitura e nos<br />
despedimos.<br />
A análise dos escritos dos adolescentes foi um momento muito especial para nós, pois<br />
esta nos aproximou ainda mais do grupo. O fato de todos eles terem topado escrever<br />
para nós foi a prova de que nosso foco de intervenção estava certo. Notamos um alto<br />
índice (quase 50%) de opção por Administração e concluímos que estavam<br />
influenciados pela escola que oferece um curso técnico em Administração. É uma<br />
conduta típica do adolescente, ser influenciável. Aliás, a nossa presença na escola<br />
também fez surgir desejos de cursar Psicologia, o que, segundo a professora, nunca<br />
havia sido mencionado.<br />
Uma semana depois retornamos a escola para a aplicação do teste. Escolhemos o teste<br />
L. I. P (Levantamento de Interesses Profissionais) de Carlos Del Nero. Trata-se de um<br />
teste de escolhas entre 256 atividades (128 pares) distribuídas em 8 áreas profissionais:<br />
Ciências Físicas, Ciências Biológicas, Calculísticas, Persuasivas, Administrativas,<br />
Sociais, Linguísticas e Artísticas. Apresentando 32 atividades para cada área atinge boa<br />
abrangência no julgamento dos interesses verdadeiros.<br />
Após a explicação de como iria ser feita a aplicação do teste e de como os estudantes<br />
deveriam proceder, iniciamos a atividade. Todos os presentes participaram do teste,<br />
num total de 22. Enquanto um estagiário fazia a leitura das opções de escolhas para os
adolescentes irem marcando as grades de respostas, outro observava os comportamentos<br />
manifestos em cada um. A maioria da turma concluiu o teste com muito interesse, sem<br />
demonstrar cansaço algum. Com exceção de um aluno que fazia caretas e não parava de<br />
se movimentar na classe, dando sinais de desconforto. O teste durou 35 minutos.<br />
Finalizadas as questões, recolhemos as grades de respostas para posterior verificação.<br />
Agradecemos a participação de todos e nos despedimos.<br />
A verificação das grades de respostas dos testes foi uma confirmação da indecisão que<br />
paira nas cabeças adolescentes. Em quase 60% dos casos (13/22) o índice de interesse<br />
entre uma área e outra bem distinta, como por exemplo, Ciências Físicas e Ciências<br />
Biológicas, Calculísticas e Sociais, apresentaram equiparação e 50% (11/22)<br />
apresentaram interesses a cima de 50% em 5 ou mais diferentes áreas. Enquanto o<br />
mesmo teste aplicado a adultos, mostrou índices de interesses com percentuais<br />
equiparados somente em áreas afins, como por exemplo, Ciências Biológicas e Sociais,<br />
Ciências Linguísticas e Persuasivas caindo vertiginosamente a porcentagem de interesse<br />
em outra área distinta como Calculísticas.<br />
A noite de retorno dos resultados dos testes, após ter sido adiada por duas vezes por<br />
questões administrativas, finalmente foi agendada junto à coordenação da escola.<br />
Novamente no primeiro período de aulas reunimos as duas turmas para fazermos a<br />
entrega dos resultados das avaliações dos testes. Alguns alunos hesitaram um pouco em<br />
participar da reunião, demonstrando insegurança, medo do que poderiam descobrir com<br />
os “tais resultados”, mas aos poucos foram chegando, sentando e finalmente<br />
silenciaram-se para nos ouvir. No intuito de tranqüilizar e diminuir a insegurança dos<br />
nossos sujeitos de pesquisa, levamos até eles idéias de apoio as suas angústias como<br />
legitimação de seus sentimentos, escuta aos seus questionamentos e compreensão aos<br />
conflitos vividos nesse momento.<br />
Entregamos as avaliações, falamos dos percentuais de interesses que, invariavelmente,<br />
mostraram indecisão, esclarecendo que esse fato era absolutamente normal e<br />
compreensível em tal situação. Que a adolescência é a fase das dúvidas e que estávamos<br />
ali para ajudá-los a aceitar essa condição e incentivá-los a escolher uma profissão com<br />
tranqüilidade, sem o peso de estigmas de que uma escolha feita hoje tem que ser levada<br />
para o resto da vida. Não! As pessoas se transformam, mudam e suas escolhas também
podem mudar... Mas é preciso que se faça a escolha sem protelar porque só ela levará a<br />
algum caminho para trilhar e só trilhando novos caminhos se alcança a evolução.<br />
Para simbolizar a escolha oferecemos uma caixa com muitos bombons sortidos de onde<br />
deveriam escolher um. Passamos a caixa para cada jovem fazer a sua escolha. Foi um<br />
momento marcante da intervenção... A maioria da turma ficou um tempo remexendo e<br />
escolhendo dentro da caixa, apenas duas garotas pegaram um bombom sem escolher.<br />
Quando falamos que não estávamos apenas doando um bombom, mas que nossa<br />
intenção era fazê-los pensar sobre processo de escolha, que escolher é sempre difícil, até<br />
mesmo um simples bombom, porque quando se escolhe um, se deixa de ficar com os<br />
outros. Por isso é importante focar a atenção no prazer de ficar com o que escolhemos e<br />
não na dor da perda daquilo que não podemos ter, fomos elogiados e aplaudidos: Eles<br />
haviam entendido a mensagem!<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Consideramos que a intervenção produziu efeitos condizentes com seu objetivo, pois<br />
ajudamos validar sentimentos que estavam sendo negados por se sentirem<br />
envergonhados em demonstrá-los. Quando os adolescentes entenderam que não estavam<br />
sós com suas angústias, que o que sentiam é extremamente compreensível, passaram a<br />
externá-los e enfrentá-los, tornando-se bem mais fácil superar as dificuldades oriundas<br />
da hora da escolha profissional. Com uma atitude muito simples de acolhida aos jovens<br />
sedentos de compreensão, confortamo-los e ajudamos na busca de um mínimo<br />
equilíbrio psicológico necessário para atravessar, salutarmente, mais essa fase na<br />
caminhada desenvolvimental.
REFERÊNCIAS<br />
Bock, S. D. Orientação Profissional. 2 a ed. São Paulo: Cortez, 2002.<br />
Osório, Luiz C. Adolescente Hoje. 2 a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.<br />
Calligaris, Contardo. A Adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.<br />
Aberastury, A.; Knobel, M. Adolescência Normal, Porto Alegre: Artmed, 1981.<br />
Sparta, M. e Gomes, W. B. Importância Atribuída ao Ingresso na Educação<br />
Superior Por Alunos do Ensino Médio. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 6<br />
(2), p. 45-53, 2005.