Folia na Rede - O Carnaval na Internet - Academia do Samba
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questão de se identificarem; outros preferem desfrutar da garantia <strong>do</strong><br />
anonimato permitida pela rede, utilizan<strong>do</strong>-se inclusive de nomes fictícios e<br />
exploran<strong>do</strong> o espectro de possibilidades de descolamento das imagens<br />
corporais e de status social que regem o comportamento social <strong>na</strong> “vida real”.<br />
Rheingold (1996), um <strong>do</strong>s pioneiros <strong>na</strong> divulgação das<br />
comunidades on-line, afirma, no que diz respeito às dinâmicas identitárias, que<br />
os estu<strong>do</strong>s sobre as comunidades virtuais têm enfatiza<strong>do</strong> o surgimento de uma<br />
nova forma de identidade global, desterritorializada, que se articula sobre<br />
afinidades, interesses específicos e “imagens desencar<strong>na</strong>das”, ao invés <strong>do</strong>s<br />
critérios aleatórios de pertencimento a uma comunidade concreta. Para os<br />
entusiastas, estaríamos assistin<strong>do</strong> a uma “multiplicação das potencialidades de<br />
fazer amizades”, livres <strong>do</strong> constrangimento social <strong>do</strong> cotidiano, envolto às<br />
regras sociais de aparência, status, proximidade geográfica, etc. Lévy (1999)<br />
reforça a idéia ao traçar uma comparação entre a comunicação virtual e a<br />
comunicação telefônica. Por mun<strong>do</strong>s virtuais, há um contato mais superficial,<br />
em que a mensagem implica ape<strong>na</strong>s a imagem da pessoa e a situação. Já por<br />
telefone, a interação é maior pelo contato físico com o interlocutor.<br />
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Não ape<strong>na</strong>s uma imagem de seu corpo, mas sua voz, dimensão<br />
essencial de sua manifestação física. A voz de meu interlocutor está<br />
de fato presente quan<strong>do</strong> a recebo pelo telefone. Não escuto uma<br />
imagem de sua voz, mas a voz em si. Por meio desse contato<br />
corporal, toda uma dimensão afetiva atravessa “interativamente” a<br />
comunicação telefônica. O telefone é a primeira mídia de<br />
telepresença.<br />
(Lévy, 1999: 81)<br />
O ambiente de rede, com a supersegmentação de interesses por<br />
assuntos e afinidades, proporcio<strong>na</strong> milhares de comunidades virtuais e sites de<br />
conteú<strong>do</strong> com fóruns de discussão presentes. O car<strong>na</strong>val é um <strong>do</strong>s exemplos,