Folia na Rede - O Carnaval na Internet - Academia do Samba

samba-enredo, sendo vitais para o funcionamento na avenida. O Salgueiro foi
pioneiro ao cantar, já em 1969, Bahia de Todos os Deuses e o refrão "zum zum
zum, capoeira mata um". Dois anos depois, a mesma escola revolucionaria de
vez o gênero com o samba escolhido para o enredo Festa para um Rei Negro.
O compositor Zuzuca, pela primeira vez, deu prioridade ao refrão, o tornando
um sucesso: “Olelê, olalá / Pega no ganzê /
Pega no ganzá”.
Em 1976, a Beija-Flor de Nilópolis, graças ao seu patrono Anísio
Abraão David, investiu pesado a fim de conquistar seu primeiro campeonato.
Vieram o carnavalesco Joãosinho Trinta e o diretor de harmonia Laíla, então
bicampeões pelo Salgueiro. O enredo Sonhar com Rei dá Leão, que contava a
história do jogo do bicho, teve seu samba composto e puxado pelo estreante
Luís Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho da Beija-Flor. O intérprete
novato chamou a atenção por convidar o público a cantar o samba, através da
introdução do grito de guerra na avenida caracterizado pelo "Olha a Beija-Flor
aí, gente!". Com um luxo nunca visto antes nos desfiles das escolas de samba,
a Beija-Flor conquistou o primeiro dos três campeonatos que viriam em
seqüência 14 . No mesmo ano, a escola Em Cima da Hora cantou o clássico Os
Sertões, considerado por muitos um dos melhores sambas-enredo da história.
Mesmo assim, foi rebaixada de grupo.
A União da Ilha do Governador passou a cultivar a simpatia do
público a partir da segunda metade dos anos 70, mostrando desfiles e sambas
alegres. Domingo (1977), O Amanhã (1978), É Hoje (1982) e De Bar em Bar,
Didi um Poeta (1991) são os mais famosos sambas-enredo da agremiação.
14 A Beija-Flor venceria também em 1977 com o enredo Vovó e o Rei da Saturnália na Corte
Egipciana e em 1978 através do tema A Criação do Mundo na Tradição Nagô.
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