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A influência do dióxido de cloro na elaboração de cerveja

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BRAUWELT | WISSEN | DESINFEKTION<br />

A <strong>influência</strong> <strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong><br />

<strong>na</strong> <strong>elaboração</strong> <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong><br />

Autores: Dr. Karl Glas, Dipl-Ing. (FH) Bernhard Hager und Prof. Dr. Dr. Harun Parlar, Competence Pool<br />

Weihenstephan, Freising-Weihenstephan<br />

MANTER A QUALIDADE DA CERVEJA l O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> <strong>de</strong>monstrou ser um efetivo<br />

agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção para o combate <strong>de</strong> microrganismos in<strong>de</strong>sejáveis <strong>na</strong> água potável e<br />

água <strong>de</strong> processo. A <strong>de</strong>sinfecção com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> protege também tubulações e<br />

superfícies já em baixas concentrações contra crescimento <strong>de</strong> biofilme.<br />

BIOFILMES ABRIGAM UM RISCO POTENCIAL para a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto, já que po<strong>de</strong>m<br />

abrigar bactérias danosas à <strong>cerveja</strong> e microrganismos patogênicos. Eles oferecem condições <strong>de</strong><br />

crescimento i<strong>de</strong>ais para as bactérias, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> estas po<strong>de</strong>m ser soltas <strong>de</strong>scontroladamente.<br />

O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> po<strong>de</strong> assim também proteger <strong>de</strong> maneira abrangente a água cervejeira e o sistema <strong>de</strong><br />

tubulações associadas contra microrganismos danosos à <strong>cerveja</strong>.<br />

Os cervejeiros, no entanto, tem a preocupação <strong>de</strong> que o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> e o clorito po<strong>de</strong>riam agir sobre o<br />

paladar da <strong>cerveja</strong>, quan<strong>do</strong> o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> é utiliza<strong>do</strong> <strong>na</strong> água cervejeira e respectivamente para a<br />

diluição <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong> high gravity.<br />

O motivo da preocupação é uma vez, que po<strong>de</strong>m formar-se ligações organocloradas como <strong>cloro</strong>fenóis, que<br />

tem conseqüências negativas sobre o paladar da <strong>cerveja</strong> já em concentrações <strong>de</strong> < 1 ppb.<br />

Este efeito é conheci<strong>do</strong> pela utilização <strong>de</strong> água cervejeira clorada, quan<strong>do</strong> o <strong>cloro</strong> não é elimi<strong>na</strong><strong>do</strong><br />

completamente antes da utilização no processo cervejeiro. Por outro la<strong>do</strong> o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> é um agente<br />

oxidante, que po<strong>de</strong>ria conferir à <strong>cerveja</strong> um paladar <strong>de</strong> oxidação à <strong>cerveja</strong> como o oxigênio.<br />

Legislação e recomendações<br />

Máxima concentração <strong>de</strong> <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> permitida<br />

→ 0,4 mg/l<br />

Concentração residual após tratamento<br />

→ 0,2 mg/l<br />

Máxima concentração <strong>de</strong> clorito<br />

→ 0,2 mg/l<br />

Máxima concentração <strong>de</strong> clorato<br />

→ não há valor limite<br />

Concentração prática <strong>de</strong> ClO2 <strong>na</strong> indústria para proteção da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

→ aprox. 0,05 mg/l<br />

Processos para a geração <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong><br />

O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> po<strong>de</strong> ser gera<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversos mo<strong>do</strong>s e maneiras, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> já mencio<strong>na</strong><strong>do</strong> processo<br />

áci<strong>do</strong>-clorito, que não <strong>de</strong>verão ser to<strong>do</strong>s discuti<strong>do</strong>s nesse ponto, para isso é indicada a literatura pertinente.


Equação 1<br />

5 NaClO2 + 4 HCl → 4 ClO2 + NaCl + 2 H2O<br />

A reação <strong>de</strong> NaClO2 para dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> po<strong>de</strong> também ser atingida por qualquer outro áci<strong>do</strong>, áci<strong>do</strong>s mais<br />

fracos em parte necessitam porém <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong> reação consi<strong>de</strong>ravelmente mais longos e precisam ser<br />

adicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s em eleva<strong>do</strong>s excessos, para atingir uma completa conversão para ClO2.<br />

Para respon<strong>de</strong>r as perguntas acima, todavia é <strong>de</strong>cisivo saber que há processos, nos quais a solução pronta<br />

para uso está livre <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> ativo (Processo áci<strong>do</strong>-clorito) e processos que não estão livres <strong>do</strong> <strong>cloro</strong> ativo.<br />

Esse é então o caso, quan<strong>do</strong> <strong>cloro</strong> gás é utiliza<strong>do</strong> para a geração <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> (processo <strong>cloro</strong>-clorito)<br />

e o equilíbrio da reação não pen<strong>de</strong> 100% para o la<strong>do</strong> <strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>, isto é, <strong>na</strong> solução pronta para uso<br />

ainda se encontram traços <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> ativo.<br />

Equação 2<br />

Cl2 + 2 NaClO2 → 2 ClO2 + 2 NaCl<br />

Para a formação <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>fenóis é necessária a transferência <strong>de</strong> um átomo <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> para um fenol. Fenóis<br />

são também completamente oxida<strong>do</strong>s pelo dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>, nisso, porém, não é transferi<strong>do</strong> nenhum <strong>cloro</strong>.<br />

Ao contrário, o fenol reage pela liberação <strong>de</strong> um elétron para quino<strong>na</strong>. O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> assimila com isso<br />

um elétron e reage para clorito. Ape<strong>na</strong>s sob condições <strong>de</strong> reação especiais po<strong>de</strong> também ser forma<strong>do</strong> áci<strong>do</strong><br />

hipo<strong>cloro</strong>so (HOCl = <strong>cloro</strong> ativo), que po<strong>de</strong> transferir uma molécula <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> a um anel fenólico.<br />

Mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> ação<br />

Dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> pertence aos biocidas oxidantes, não é um veneno metabólico.<br />

A elimi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> microrganismos ocorre pela interrupção <strong>do</strong> transporte <strong>de</strong> nutrientes pela membra<strong>na</strong> celular<br />

e não pela interrupção <strong>do</strong> processo metabólico (= <strong>do</strong> metabolismo).<br />

Comportamento <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong><br />

Uma reação <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição térmica <strong>do</strong> ClO2 ocorre <strong>na</strong> fase gasosa a 50°C para <strong>cloro</strong> e oxigênio. Em<br />

solução aquosa inicia-se a <strong>de</strong>composição fotolítica <strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> em comprimentos <strong>de</strong> onda menores<br />

que 436 nm, em <strong>cloro</strong>, clorito e particularmente para clorato e cloreto. Com temperaturas crescentes (a<br />

partir <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40°C) ocorre também uma rápida <strong>de</strong>composição térmica.<br />

Em meios fortemente alcalinos o ClO2 está sujeito a uma <strong>de</strong>composição para clorito e clorato. Em um valor<br />

<strong>de</strong> pH <strong>de</strong> 12 o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> se <strong>de</strong>compõe <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 3 horas em 50 por cento.<br />

Em meios fortemente áci<strong>do</strong>s ocorre uma <strong>de</strong>composição para <strong>cloro</strong> e áci<strong>do</strong> clorídrico, em soluções aquosas<br />

levemente ácidas, neutras e levemente alcali<strong>na</strong>s, até pH 10 o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> é muito estável.<br />

Essencialmente a estabilida<strong>de</strong> das soluções <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>:<br />

- Nível da concentração;<br />

- Temperatura (quanto maior, mais rápida a <strong>de</strong>gradação);<br />

- Armaze<strong>na</strong>gem (quanto maior o contato com o ar e incidência <strong>de</strong> luz, mais rápida a <strong>de</strong>gradação);<br />

- Condições <strong>de</strong> uso (presença <strong>de</strong> substâncias que reagem com o ClO2 como substâncias orgânicas<br />

ou, por exemplo, íons <strong>de</strong> ferro e manganês);<br />

- Material <strong>do</strong> reservatório (difusão <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> através <strong>do</strong> material sintético <strong>do</strong> reservatório).<br />

Dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> e a <strong>elaboração</strong> <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong><br />

Os mais freqüentes representantes <strong>na</strong> <strong>cerveja</strong> são o 2,4,6-tri<strong>cloro</strong>fenol e o 2,6-di<strong>cloro</strong>fenol, que po<strong>de</strong>m se formar<br />

pelo uso <strong>de</strong> águas cloradas (Fig. 1).


Fig. 1: 2,6-di<strong>cloro</strong>fenol e 2,4,6-tri<strong>cloro</strong>fenol<br />

Os limites <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção, apresenta<strong>do</strong>s <strong>na</strong> Tabela 1 são importantes neste contexto, já que os <strong>cloro</strong>fenóis<br />

apresentam limites <strong>de</strong> percepção <strong>de</strong> aroma e paladar extremamente baixos.<br />

Limites <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />

Nome <strong>do</strong> composto Limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />

2-<strong>cloro</strong>fenol 0,01 mg/l (0,01 ppm)<br />

2,6-di<strong>cloro</strong>fenol 0,0005 mg/l (0,5 ppb)<br />

2,4-di<strong>cloro</strong>fenol 0,0005 mg/l (0,5 ppb)<br />

Tri<strong>cloro</strong>fenol 0,00001 mg/l (0,01 ppb)<br />

Tetra<strong>cloro</strong>fenol 0,00001 mg/l (0,01 ppb)<br />

Tabela 1<br />

Em um primeiro estu<strong>do</strong>, a água cervejeira foi tratada com diferentes concentrações <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> (0,07 ppm,<br />

0,2 ppm, 0,4 ppm e 0,8 ppm). O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> foi gera<strong>do</strong> pelo processo áci<strong>do</strong>-clorito, <strong>de</strong> clorito <strong>de</strong> sódio e áci<strong>do</strong><br />

clorídrico.<br />

A água cervejeira foi utilizada para a produção <strong>de</strong> uma <strong>cerveja</strong> <strong>de</strong> baixa fermentação. Ligações organocloradas<br />

foram exami<strong>na</strong>das através <strong>de</strong> cromatografia gasosa (CG-ECD).<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

Nem <strong>na</strong> <strong>cerveja</strong> jovem, nem <strong>na</strong> <strong>cerveja</strong> filtrada pu<strong>de</strong>ram se comprovadas ligações organocloradas ou <strong>cloro</strong>fenóis.<br />

Na <strong>de</strong>gustação também não pô<strong>de</strong> ser constatada nenhuma alteração <strong>de</strong> paladar em uma <strong>cerveja</strong>, cuja água<br />

cervejeira não foi tratada com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>.<br />

Um segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, foram adicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s 0,05 ml, 0,1 ml e 0,2 ml <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> 2.000 ppm <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>cloro</strong> em garrafas <strong>de</strong> 500 ml <strong>de</strong> uma <strong>cerveja</strong> pilsen <strong>de</strong> baixa fermentação. Também aqui não pu<strong>de</strong>ram ser<br />

constata<strong>do</strong>s nem <strong>cloro</strong>fenóis, nem notas negativas <strong>de</strong> paladar.<br />

Em um terceiro estu<strong>do</strong>, foi diluí<strong>do</strong> mosto <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong> 18° Plato para 12° Plato com água com<br />

diferentes concentrações <strong>de</strong> ClO2 (0,07ppm, 0,2 ppm, 0,4 ppm e 0,8 ppm). Esse mosto foi fermenta<strong>do</strong>, o produto<br />

a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong> e <strong>de</strong>gusta<strong>do</strong>, com os mesmos resulta<strong>do</strong>s positivos.<br />

To<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s comprovaram que concentrações <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> < 0,8 ppm <strong>na</strong> água cervejeira ou <strong>na</strong> água<br />

<strong>de</strong> diluição não tem <strong>influência</strong> negativa sobre o paladar da <strong>cerveja</strong>. Em concentrações mais elevadas po<strong>de</strong>-se, no<br />

entanto, constatar um leve paladar <strong>de</strong> oxidação <strong>na</strong> <strong>de</strong>gustação. Isto significa:<br />

- Que o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> existente <strong>na</strong> água se <strong>de</strong>compõe ou é elimi<strong>na</strong><strong>do</strong> como gás. Por ex. no enchimento<br />

<strong>de</strong> tanques, respectivamente, no aquecimento da água cervejeira;<br />

- Não aparecem as condições <strong>de</strong> reação acima <strong>de</strong>scritas, <strong>na</strong>s diferentes fases da produção <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong> que<br />

po<strong>de</strong>riam levar à formação <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>fenóis;<br />

- Que o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> ainda existente <strong>na</strong> água cervejeira reage com outros componentes, que não<br />

possuem <strong>influência</strong> negativa sobre a qualida<strong>de</strong> e paladar da <strong>cerveja</strong>.


Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s valem ape<strong>na</strong>s para soluções <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>, que não contém <strong>cloro</strong> livre. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s não po<strong>de</strong>m ser transferi<strong>do</strong>s para processos que usam <strong>cloro</strong> gás para a geração <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>.<br />

Da mesma forma, os resulta<strong>do</strong>s não têm valida<strong>de</strong> para água, que antes <strong>do</strong> tratamento com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> tenha<br />

si<strong>do</strong> tratada com <strong>cloro</strong> ou hipoclorito <strong>de</strong> sódio e <strong>na</strong> qual não foi elimi<strong>na</strong><strong>do</strong> completamente o <strong>cloro</strong> livre antes da<br />

adição <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>. Também não foi exami<strong>na</strong>da a utilização <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> estabiliza<strong>do</strong>.<br />

No caso <strong>de</strong> dúvidas, existe sempre ainda a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r o ClO2 da água cervejeira. Para isso serve<br />

principalmente luz UV <strong>de</strong> lâmpadas <strong>de</strong> UV <strong>de</strong> média pressão. Sob a luz UV <strong>de</strong>compõe-se o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> em<br />

clorito e clorato. Lâmpadas <strong>de</strong> UV <strong>de</strong> baixa pressão não são a<strong>de</strong>quadas para <strong>de</strong>struir dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>.<br />

Uma <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong> para clorito ocorre em filtros <strong>de</strong> carvão ativa<strong>do</strong>, que também é reti<strong>do</strong><br />

parcialmente, contu<strong>do</strong> pela saturação da carga <strong>do</strong> filtro po<strong>de</strong> passar. Não são conheci<strong>do</strong>s <strong>influência</strong>s negativas<br />

<strong>do</strong> clorito e clorato sobre a qualida<strong>de</strong> da <strong>cerveja</strong>. Ambos são agentes oxidantes, porém em torno <strong>do</strong> fator 100<br />

mais fracas <strong>do</strong> que dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>cloro</strong>.<br />

Literatura<br />

1. Masschelein, W. J.: Chlorine Dioxi<strong>de</strong>. Michigan: Ann Arbor Science Publishers, Inc., 1979.<br />

2. Schwister, K. et. al.: Taschenbuch <strong>de</strong>r Chemie. 2. Aufl. Leipzig: Fachbuchverlag Leipzig im Carl Hanser<br />

Verlag, 1999.<br />

3. Rie<strong>de</strong>l, E.: Anorganische Chemie. 6. Aufl. Berlin: Walter <strong>de</strong> Gruyter GmbH & Co. KG, 2004.<br />

4. Peter, C et. al.: Organische Chemie. 4. Aufl. Weinheim: Wiley-VCH GmbH & Co. KGaA, 2005.<br />

5. Narziß, L.: Abriß <strong>de</strong>r Bierbrauerei. 5. Aufl. Stuttgart: Ferdi<strong>na</strong>nd Enke Verlag, 1986.<br />

6. Kunze, W.: Technologie Brauer und Mälzer. 7. Aufl. Berlin: VLB Verlagsabteilung, 1994.<br />

7. Küke, F.: Die Erzeugung von Chlordioxid für <strong>de</strong>n menschlichen Gebrauch. Vom Wasser 4/05, Weinheim<br />

2005, Wiley-VCH Verlag GmbH & Co KgaA.<br />

8. Greving, J.: Ein i<strong>de</strong>ales Biozid. Brauindustrie 1/06.<br />

9. Forschungszentrum Weihenstephan für Brau- und Lebensmittelqualität Standardarbeitsanweisung für<br />

Chlorphenole, Freising 2005, EN ISO 6468/Fl. 1996/12.<br />

10. GIT Fachz. Lab. 11/94; Seite 1232 ff.<br />

11. Betriebsanleitung Chlordioxid Anlage LegioZon Typ CDL5, Hei<strong>de</strong>lberg, ProMinent Dosiertechnik GmbH.<br />

12. Betriebsanleitung Dulcotest DT4 Photometer, Hei<strong>de</strong>lberg, ProMinent Dosiertechnik GmbH.<br />

13. Treleano, A.: Chlordioxid, Betrachtung eines alter<strong>na</strong>tiven Desinfektionsmittels, Vortrag an <strong>de</strong>r<br />

TUM/Weihenstephan vom 12.01.2006.<br />

14. www.wikipedia.<strong>de</strong>, Stand 13.04.2006.<br />

15. http://archiv.ub.unihei<strong>de</strong>lberg.<strong>de</strong>/voll-textserver/volltexte/2000/939/pdf/ STRHL.pdf.<br />

16. www.clo2.com.<br />

17. www.prominent.<strong>de</strong>, Stand 2006<br />

18. www.buchi.com, Stand 24.02.2006.<br />

Fonte:<br />

Brauwelt NR. 27 (2007). Pág. 720 – 722.<br />

Traduzi<strong>do</strong> e adapta<strong>do</strong> por Matthias R. Reinold (Mestre cervejeiro)<br />

www.cervesia.com.br

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