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O setor têxtil está sendo reestruturado após ultrapassar uma fase difícil como conseqüência<br />
da pequena taxa de crescimento do consumo, bem como as altas taxas<br />
de juros vigoradas, tendo como motor propulsor o setor de confecção com seus 21<br />
segmentos distintos, de acordo com a classificação feita pela Abravest (Associação<br />
Brasileira do Vestuário), no qual estão incluídos artigos de cama, mesa e banho,<br />
peças íntimas, indumentárias de todo tipo e acessórios. No entanto, apesar de<br />
tal multiplicidade, segundo dados do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial),<br />
cerca de 83% do número de empresas do setor de confecção estão voltadas<br />
para a confecção de vestuário, contando com 80% do total da mão-de-obra empregada<br />
na cadeia têxtil. 8<br />
Dada a constituição bastante heterogênea do universo da moda, estabelecemos<br />
o grau de consumo e o número de empregados como os critérios para a<br />
escolha do segmento que será nosso objeto de estudo. Logo, pelas informações<br />
relatadas, será o segmento vestuário e acessórios o foco de nossa análise.<br />
De acordo com estudo realizado pelo BNDES, 9 através da construção do<br />
Modelo de Geração de Emprego, 10 na análise de 41 atividades econômicas, o<br />
vestuário é apontado como o segmento com grande potencial de criação de<br />
vagas, atrás apenas de “serviços prestados à família”. A partir de tal modelo, o<br />
vestuário é o segundo segmento da referida pesquisa, com um acréscimo potencial<br />
de 1.000 postos de trabalho distribuídos em 613 empregos diretos, 136<br />
indiretos e 250 empregos devido ao efeito-renda, o que demonstra a grande<br />
relevância de tal segmento como gerador de emprego, e também a importância<br />
da sua mão-de-obra para a competitividade do setor. Esse estudo avalia somente<br />
o número de postos de trabalho a serem gerados, a partir de todas as<br />
suas premissas simplificadoras, como por exemplo os dados utilizados, que<br />
representam uma média do Brasil.<br />
Tabela 1<br />
Ranking dos<br />
setores de<br />
emprego<br />
direto<br />
Fonte:<br />
Modelo de geração<br />
de empregos<br />
(NAJBERG, 1999)<br />
Posição Setor Empregos<br />
1 Serviços prestados à família 1.080<br />
2 Artigos do vestuário 1.000<br />
3 Agropecuária 828<br />
4 Comércio 810<br />
5 Madeira e mobiliário 805<br />
6 Indústria do café 719<br />
7 Fabricação de calçados 711<br />
8 Fabricação de açúcar 677<br />
9 Abate de animais 664<br />
10 Serviços prestados à empresa 645<br />
8 ANÁLISE da eficiência econômica e da competitividade da cadeia têxtil brasileira, IEL, CNA e Sebrae.<br />
Brasília, DF : IEL, 2000.<br />
9 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES tem como objetivo apoiar empreendimentos<br />
que contribuam para o desenvolvimento do país; desta ação resultam a melhoria da competitividade<br />
da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população.<br />
10 Estima o nº de postos de trabalho gerados a partir de um aumento da produção setorial de R$10 milhões,<br />
a preços médios de 2003. NAJBERG, Sheila; VIEIRA, Solange Paiva. Modelos de geração de emprego :<br />
metodologia e resultados. Rio de Janeiro : BNDES, 1999.<br />
9<br />
Imagem Pessoal • Vestuário e Acessórios