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Transe e Mediunidade

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O transe tem várias origens, podendo apresentar<br />

combinações diversas na forma. Que formas são essas?<br />

E como podemos caracterizá-las?<br />

Como foi dito, há vários tipos de transe. Por exemplo, a<br />

origem de um transe patológico, como no caso do delírio<br />

febril é uma febre; no caso de esquizofrenia, é a depleção<br />

das dopaminas; no caso das depressões, são os problemas<br />

com serotoninas, se consideramos o problema como de<br />

origem orgânica. Se for um problema de ordem espiritual,<br />

temos que considerar a origem como uma incompetência<br />

de viver e uma revolta íntima (conforme Jung). Então,<br />

cada tipo de transe pode ter diversas origens. Não há espaço<br />

aqui para definir as origens de cada tipo de transe.<br />

“<strong>Mediunidade</strong>” é igual a “medianímico”?<br />

<strong>Mediunidade</strong> foi o termo utilizado por Kardec, que também<br />

se utilizou do termo “mediaminique”. Aksakof utilizou o<br />

termo “anímico” (de “anima”, alma).<br />

Como a mediunidade vem atrelada às possibilidades<br />

anímicas do médium, o termo mais completo para a definição<br />

seria “medianímico”. Mas o termo “mediunidade” já<br />

está consagrado.<br />

Deixe-nos uma mensagem final.<br />

Gostaria de lembrar que o espírito humano não está<br />

preso no corpo como se estivesse dentro de uma caixa. Ele<br />

irradia por todos os lados, podendo receber e emitir irradiações<br />

mentais (pensamentos) de níveis diferentes, adotando<br />

aqueles pensamentos que lhe são mais afins. Então, somos<br />

potencialmente médiuns, e se não temos a devida vigilância<br />

mental, corremos o risco de estarmos vivendo o<br />

pensamento de outrem, e não o nosso próprio.<br />

Daí, o conselho básico de Santo Agostinho, na pergunta<br />

919 de O Livro dos Espíritos sobre a questão do “conhecete<br />

a ti mesmo”. Só podemos dizer se somos ou não médiuns<br />

se os efeitos da nossa ação psíquica forem ostensivos ou sob<br />

observação experimental. Com relação ao transe mediúnico<br />

em si, é preciso exercitar as possibilidades que vão se<br />

apresentando e não decidir qual mediunidade que queremos<br />

ter, pois então corremos o risco de bloquear os gérmens das<br />

nossas possibilidades medianímicas latentes.<br />

O conselho dos espíritos é que essas forças devem ser<br />

desenvolvidas acompanhadas de renovação moral, para<br />

que possamos vencer as forças inferiores<br />

que nos cercam neste mundo de expiação<br />

e provas.<br />

Se no atendimento fraterno<br />

existe o passe e a água<br />

fluidificada, naturalmente<br />

vai existir liberação de<br />

ectoplasma num transe de<br />

natureza biológica, além<br />

da psíquica<br />

<strong>Transe</strong> e mediunidade<br />

Trecho do livro Mediunismo, de Ramatís.<br />

Psicografia de Hercílio Maes. Editora do Conhecimento<br />

Alguns médiuns com os quais temos tido contato afirmam<br />

resolutamente que nada se recordam do conteúdo espiritual<br />

que recebem dos desencarnados, deixando-nos convictos de<br />

que todos eles são absolutamente sonâmbulos.<br />

O médium sonâmbulo que for incapaz de avaliar de<br />

imediato ou posteriormente, ao menos, um só pensamento<br />

dos comunicantes desencarnados, além de muito raro, é um<br />

dos tipos mais apropriados para atender às pesquisas científicas<br />

e identificar os espíritos dos “falecidos”, cumprindo a finalidade<br />

de provar experimentalmente aos céticos a imortalidade<br />

da alma. No sonambulismo perfeito enquadra-se<br />

melhor o médium de fenômenos físicos, que, em geral, só<br />

depois do transe completo é que fornece o ectoplasma para<br />

a consecução de trabalhos mediúnicos desse gênero. Ele<br />

precisa submeter-se passivamente aos técnicos do Além, para<br />

lograr o melhor êxito possível na fenomenologia de materializações,<br />

voz direta, transportes ou levitações, que se produzem<br />

pela manipulação da força ectoplásmica que se<br />

exsuda pela contextura perispiritual do médium.<br />

Conforme já vo-lo dissemos, os desencarnados comunicam-se<br />

pelo cérebro perispiritual dos médiuns intuitivos.<br />

Nos sonâmbulos acionam-lhes diretamente o cérebro físico<br />

e no médium mecânico movimentam-lhe a mão na<br />

psicografia inconsciente. Entretanto, sempre o médium terá<br />

um conhecimento parcial daquilo de que é intermediário,<br />

pois só nos casos de obsessão completa, em que as entidades<br />

malévolas, depois de tenaz ação “diabólica”, conseguem<br />

assenhorear-se completamente do comando mental<br />

do obsidiado, é que então se poderia aceitar o sonambulismo<br />

absoluto e sem qualquer lampejo de razão.<br />

É certo que muitos médiuns, embora sejam sinceros e<br />

bem intencionados, alegam que são sonâmbulos e que de<br />

nada se recordam do transe mediúnico, temerosos de não<br />

inspirarem a devida confiança aos seus ouvintes. Nem sempre<br />

o fazem por vaidade ou má intenção, pois é evidente que<br />

o público fica mais convicto das comunicações do Além<br />

quando crê no completo alheamento do médium naquilo<br />

que transmite mediunicamente.<br />

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