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Mediunidade na antiguidade

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ESPECIALA MEDIUNIDADENA ANTIGUIDADEOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS NÃO SÃO RECENTES, POIS FATOS HISTÓRICOSMOSTRAM REGISTROS DE MANIFESTAÇÕES ENTRE OS POVOS ANTIGOSEdvaldo Kulcheski20Certas pessoas consideram,sem razão, a mediunidadeum fenômeno peculiar aos temposatuais, enquanto outras acreditamter sido inventada pelo Espiritismo.A fenomenologia mediúnica, entretanto,é de todos os tempos e detodos os países e religiões, pois desdeas idades mais remotas existiramrelações entre a humanidade terre<strong>na</strong>e o mundo dos espíritos.A faculdade mediúnica sempreexistiu desde o surgimento do homem<strong>na</strong> face da Terra, pois se tratade uma faculdade inerente ao seuespírito. A humanidade tem sidoguiada, desde sua origem, por leisdo mundo oculto já comprovadas<strong>na</strong> face do orbe, graças a essa faculdademediúnica i<strong>na</strong>ta no primeiroespírito aqui encar<strong>na</strong>do.Os fenômenos mediúnicos, nopassado remoto, eram tidos comomaravilhosos, sobre<strong>na</strong>turais, sob afeição fantasiosa dos milagres quelhe eram atribuidos em razão dodesconhecimento das leis que osregem. Aqueles que podiam manterintercâmbio com o mundo invisíveleram considerados privilegiados.A MEDIUNIDADENO HINDUÍSMOA relação entre os mundos materiale espiritual tem sido registradaem todas as épocas da humanidade.Como exemplo, temos o Códigodos Vedas, o mais antigo códigoreligioso que se tem notícia, ondese encontra o registro da existênciados espíritos: “Os espíritos dos antepassados,no estado invisível, acompanhamcertos brâmanes, convidadospara cerimônia em comemoraçãodos mortos, sob uma forma aérea;seguem-nos e tomam lugar aoseu lado quando eles se assentam”.Desde tempos imemoriais, ossacerdotes brâmanes, iniciados nosmistérios sagrados, preparavam indivíduoschamados “faquires” para aobtenção dos mais notáveis fenômenosmediúnicos, tais como a levitação,o estado so<strong>na</strong>mbúlico até o nívelde êxtase, a insensibilidade hipnóticaà dor, entre outros, além dotreino para a evocação dos Pitris (espíritosque vivem no espaço, depoisda morte do corpo), cujos segredoseram reservados somente àquelesque “apresentassem 40 anos de noviciadoe de obediência passiva”.A iniciação entre os brâmanescomportava três graus. No primeiro,eram formados para se encarregar doculto vulgar e explorar a credibilidadeda multidão. Ensi<strong>na</strong>va-se a elescomentar os três primeiros livros dosVedas, dirigir as cerimônias e cumpriros sacrifícios.Os brâmanes do primeiro grauestavam em comunicação constantecom o povo, eram seus diretoresimediatos. O segundo grau era compostodos “exorcistas, adivinhos eprofetas evocadores de espíritos”,que eram encarregados de atuar sobrea imagi<strong>na</strong>ção das massas, pormeio de fenômenos sobre<strong>na</strong>turais.No terceiro grau, os brâmanes nãotinham mais relações diretas com amultidão e quando o faziam, erasempre por meio de fenômenosaterrorizantes e de longe.A MEDIUNIDADENO ANTIGO EGITONo Egito antigo, os magos dosfaraós evocavam os mortos e muitoscomercializavam os dons de comunicabilidadecom os mundos invisíveispara proveito próprio ou dosseus clientes, fato esse comprovadopela proibição de Moisés aos hebreus:“Que entre nós ninguém usede sortilégio e de encantamentos,nem interrogue os mortos para sabera verdade” (Deuterônimo).De forma idêntica às práticas religiosasda antiga Índia, as faculdadesmediúnicas no Egito foram desenvolvidase praticadas no silênciodos templos sagrados, sob o maisprofundo mistério e rigorosamentevedadas à população leiga. A iniciaçãonos templos egípcios era cercadade numerosos obstáculos eexigia-se o juramento de sigilo. A


Utilizando-se da mediunidade de Maria, um espírito anuncia a reencar<strong>na</strong>ção próxima do Cristomenor indiscrição era punida coma morte.Saídos de todas as classes sociais,mesmo das mais ínfimas, os sacerdoteseram os verdadeiros senhores doEgito. Os reis por eles escolhidos einiciados só gover<strong>na</strong>vam a <strong>na</strong>ção atítulo de mandatários. Todos os historiadoresestão de acordo em atribuiraos sacerdotes do antigo Egitopoderes que pareciam sobre<strong>na</strong>turaise misteriosos.Os magos dos faraós realizavamtodos esses prodígios que são referidos<strong>na</strong> Bíblia. É bem certo que elesevocavam os mortos, pois Moisés,seu discípulo, proibiu formalmenteque os hebreus se entregassem a essaspráticas.Os sacerdotes do antigo Egitoeram tidos como pessoas sobre<strong>na</strong>turais,em face dos poderes mediúnicosque eram misturados maliciosamentecom práticas mágicas e deprestidigitação. A ciência dos sacerdotesdo Egito antigo ultrapassavaem muito a ciência atual, pois conheciamo magnetismo, o so<strong>na</strong>mbulismo,curavam pelo sono provocado,praticavam largamente a sugestão,usavam a clarividência com finsterapêuticos e eram célebres pelaspráticas de curas hipnóticas.No tempo em que Moisés libertouo povo hebreu do cativeiro egípcio,vamos encontrar o espírito daqueleque um dia seria o codificadorda doutri<strong>na</strong> espírita envergando atúnica sacerdotal e já detentor desabedoria que o colocava como sacerdotepreferido do faraó Ramsés II.O sacerdote Amenophis era médiumde efeitos físicos, inclusive existemrelatos sobre as sessões de materializaçãoque eram realizadas <strong>na</strong>quelaépoca.A MEDIUNIDADE NA SUMÉRIA,BABILÔNIA E GRÉCIA ANTIGAA medici<strong>na</strong> entre os sumarianosera um curioso misto de erva<strong>na</strong>ria emagia, cujo receituário consistiaprincipalmente em feitiços paraexorcizar os maus espíritos que acreditavamser a causa das moléstias.Já os babilônios primitivos viviamcercados de superstições. Acreditavamque hordas de espíritos malévolosse escondiam <strong>na</strong> escuridão e cruzavamos ares, espalhando em seucaminho o terror e a destruição, paraos quais a única defesa eram os sacrifíciose os sortilégios mágicos.Se o antigo povo babilônio nãoinventou a feitiçaria, foi ao menos oprimeiro a lhe dar um lugar de gran-21


ESPECIALOS ORÁCULOS ERAM NÚCLEOS DE INTERCÂMBIO MEDIANÍMICO ONDETRABALHAVAM SIBILAS, PÍTONS E PITONISAS. GENTE DE TODAS ASCLASSES SOCIAIS, INCLUSIVE AUTORIDADES PÚBLICAS, VISITAVAMESTES LUGARES E RECEBIAM ORIENTAÇÕES DAS MAIS DIVERSIFICADAS22de importância, a ponto do desenvolvimentoda demonologia e dabruxaria terem exigido leis que prescreviama pe<strong>na</strong> de morte contra seuspraticantes. Há provas de ter sidomuito temido o poder dos feiticeiros.Na Grécia, a crença <strong>na</strong>s evocaçõesera geral. Todos os templospossuiam as chamadas “pitonisas”,encarregadas de proferir oráculosevocando os deuses, mas às vezes oconsultante queria ele próprio ver efalar com a “sombra” desejada e,como <strong>na</strong> Judéia, conseguia-secolocá-lo em comunicação com oser ao qual desejava interrogar(Delane, 1937).A MEDIUNIDADE NOS CELTASOs celtas, povo pré-histórico quese espalhou por grande parte da Europaentre os séculos XXI e I a.C.,atingindo o maior poderio do séculoVI ao III a.C., possuiram gruposfechados de sacerdotes especializadosem comunicações com o além,chamados de “druidas”.A escolha dos futuros sacerdotesera feita entre a classe aristocráticae, desde criança, já se submetiam àrigorosa discipli<strong>na</strong> e intenso aprendizadojunto aos druidas mais velhos.A sabedoria druídica já admitiaa reencar<strong>na</strong>ção, a inexistência depe<strong>na</strong>s eter<strong>na</strong>s, o livre-arbítrio, aimortalidade da alma, a lei de causae efeito e as esferas espirituais.Segundo o espírito de Zéfiro,aproximadamente no ano 100 a.C.,Denizar Rivail foi um chefe druida.Marcou tanto essa etapa reencar<strong>na</strong>tóriaque o codificador decidiu assi<strong>na</strong>rsuas obras espíritas com o nomede Allan Kardec.Segundo os egípcios, a alma passava por um julgamento após a morte. Muitosensi<strong>na</strong>mentos sagrados eram passados mediunicamente aos grandes sacerdotesORÁCULOS GREGOSE ROMANOSMediante a invocação de poderessobre<strong>na</strong>turais, o homem semprerecorreu a vários tipos de adivinhação.No mundo greco-romano, umdos meios mais difundidos foram osoráculos, que eram as respostas dadaspelos deuses a perguntas paraeles formuladas, de acordo com determi<strong>na</strong>dosrituais executados poruma pessoa que atuava como médiumou pitonisa.Os oráculos eram núcleos deintercambio medianímico onde trabalhavamsibilas, pítons e pitonisas.Gente de todas as classes sociais,inclusive autoridades públicas, visitavamestes lugares e recebiam orientaçõesdas mais diversificadas. Otermo refere-se também à própriadivindade que respondia e a seu intérprete,bem como ao local ondeeram dadas as respostas.Os templos ou grutas desti<strong>na</strong>dosaos oráculos eram numerosos e dedicadosa diversos deuses. Os rituaisvariavam dos mais simples, comotirar a sorte, aos mais complexos.Antes da consulta, a pitonisa e oconsulente banhavam-se <strong>na</strong> fonteCastália, depois ela bebia água dafonte sagrada de Cassótis e entravano templo, onde o deus era invocadopor meio de um ritual. Em seguida,sentada numa trípode, entre vaporessulfurosos (enxofre) e mascandofolhas de louro (a árvore sagradade Apolo), entrava em transe ou “delíriodivino”, quando transmitia aspalavras do deus. A mensagem eraanotada e interpretada pelos sacerdotes,que a passavam ao consulentefreqüentemente <strong>na</strong> forma de versos.


As pessoas, após o contato comos espíritos, passavam por uma limpezacom enxofre. As ema<strong>na</strong>çõesdessas substâncias tinham como funçãodescontami<strong>na</strong>r as pessoas peladestruição dos miasmas ou fluidosdeixados pelos mortos.O mais famoso oráculo da <strong>antiguidade</strong>foi o santuário de Apolo emDelfos, localizado <strong>na</strong>s encostas domonte Par<strong>na</strong>so, no golfo de Corinto,<strong>na</strong> Grécia. Embora sua existência jáfosse conhecida por Homero, suafama só se difundiu entre as comunidadeshelênicas nos séculos VII eVI a.C., quando começou a ser consultadopor legisladores e chefesmilitares.Na Grécia existiam muitos outros,mas se destacavam mais o oráculode Zeus em Dodo<strong>na</strong>, no noroeste,o oráculo de Epidauro, com odeus Asclépio, e o oráculo deAnficléia, com o deus Dioniso. Osoráculos sibilinos consistiam emprofecias realizadas por mulhereschamadas sibilas. As mais famosaseram a de Eritréia e a de Cumas.Os romanos também tiveram osseus oráculos, chamados arúspices,que interpretavam as disposiçõesdos deuses pelo exame das víscerasde animais sacrificados ou pelos fenômenosda <strong>na</strong>tureza, como raios,trovões e eclipses. A expansão docristianismo pôs fim à atividade dosoráculos.A MEDIUNIDADE NA BÍBLIAA Bíblia, com o Velho e o NovoTestamento, é uma fonte riquíssimade fenômenos mediúnicos. A tãopropalada proibição de Moisés àevocação dos espíritos é uma dasJá <strong>na</strong>s tribos primitivas existiam os pajés, que eram grandes médiuns de curamaiores confirmações sobre a existênciada mediunidade.Um caso de escrita direta é relatadopor Daniel (5:5), ao afirmar que,“por ocasião em que se realizava umbanquete oferecido pelo rei Balthazar(filho de Nabucodonosor), aoqual compareceram mais de milpessoas da corte, no momento emque bebiam vinho e louvavam osdeuses, apareceram uns dedos demão de homem e escreviam defronteao candeeiro, <strong>na</strong> caiadura da parededo palácio real; e o rei via osmovimentos da mão que escrevia”.Há também os casos de levitação.O que se dá é que os espíritosoperantes envolvem a pessoa oucoisa a levitar em fluidos, isolandoosassim do ambiente físico. A açãodo espírito sobre o material a levitarse realiza pela utilização das suaspróprias mãos, convenientementematerializadas ou condensadas. Ezequiel(3:14) diz: “Também o espíritome levantou e me levou consigo; eeu fui cheio de amargura, <strong>na</strong> indig<strong>na</strong>çãodo meu espírito; porém amão do Senhor estava comigo, confortando-me”.O mesmo Ezequiel(8:2) afirma: “Olhei e eis uma figuracomo de fogo; Estendeu ela daliuma semelhança de mão e me tomoupelos cachos da cabeça; o espíritome levantou entre a terra e océu, e me levou a Jerusalém em visõesde Deus”.Um caso de incorporação apareceem Jeremias (39:15), quando diz:“O profeta da paz era médium deincorporação; quando o espírito otomava, pregava contra a guerra aosexércitos de Nabucodonosor”.A vidência é exemplificada porDaniel (8:15), onde conta: “Havendoeu, Daniel, tido uma visão, procureientendê-la e eis que se apresentoudiante de mim com aparênciade homem, veio, pois, para pertodonde eu estava; ao chegar ele,fiquei amedrontado e prostei-mecom o rosto em terra; mas ele medisse: Entende, filho do homem, poisesta visão se refere ao tempo do fim”.O mesmo Daniel (10:5) afirma: “Levanteios olhos e olhei, vi um homemvestido de linho, o seu rostocomo um relâmpago. Só eu, Daniel,tive aquela visão; os homens queestavam comigo <strong>na</strong>da viram, nãoobstante, caiu sobre eles grande temor,fugiram e se esconderam, con-23


ESPECIALO PENTECOSTES FOI UM FENÔMENO MEDIÚNICO,DURANTE O QUAL, MUITOS ESPÍRITOS SEMANIFESTARAM FALANDO EM VÁRIAS LÍNGUAStudo ouvi a voz das suas palavras, eouvindo-a, caí sem sentido, com orosto em terra”.Por fim, o caso mais significativode materialização foi de Moisés,que, mediante este fenômeno, recebeudo alto a Tábua dos Dez Mandamentos,manifestação de umavontade superior visando o despertarmoral dos povos.EVIDÊNCIAS DA PRESENÇAESPIRITUAL NA HISTÓRIAO filósofo grego Sócrates, constantementeorientado pelo guia espiritual,revela-se precursor do Cristianismo.“Desde minha infância, graçasao favor celeste, sou seguido porum Ser quase divino, cuja voz meinterpela a esta ou àquela ação”. Osdiscípulos de Sócrates se referem,com admiração e respeito, ao amigoinvisível que o acompanhavacom muita freqüência.Paulo de Tarso, às portasde Damasco, teve a visão do<strong>na</strong>zareno em perfeita configuraçãoluminosa, convertendosedeste modo em apóstolo emedianeiro do Mestre. Na Bíblia,Paulo deixa claro o intercâmbioentre os dois mundosao afirmar: “Não extingais oespírito; não desprezeis as profecias;exami<strong>na</strong>i tudo. Retem oque é bom” (I Tessalonicensses).Também o apóstolo Joãomostra a possibilidade de comunicaçãoentre os dois mundos,mas nos alerta para a qualidadedessa comunicação:“Não creais em todos os espíritos,mas provai se os espíritossão de Deus” (I João).César, o grande imperador romano,esteve com a pitonisa Spuri<strong>na</strong>,informando-se que no dia 15 demarço algo muito grave aconteceriaem sua vida. Na data prevista, Césarsegue para o palácio e lá recebe 23punhaladas, morrendo imediatamente.Outro imperador romano,Nero, nos últimos dias de seu rei<strong>na</strong>doviu-se fora do corpo car<strong>na</strong>l juntode Agripi<strong>na</strong> e de Otávia, sua genitorae sua esposa, ambas assassi<strong>na</strong>daspor sua ordem, que lhe pressagiarama queda no abismo.Jean Hus ou João Huss, <strong>na</strong>sceuem Husinec em 1369 (Allan Kardecdesencarnou exatamente 500 anosapós, em 1869). Estudou <strong>na</strong> capitalfrancesa, formou-se bacharel em artee teologia, obteve grande destaquecomo professor, foi nomeado deão daFaculdade de Filosofia e, posteriormente,reitor da Universidade.Foi profundamente impreg<strong>na</strong>dopelas idéias de Wycliffe (futuramente,Léon Denis), professor da Universidadede Oxford (Inglaterra) e consideradoum dos maiores sábios desua época. Wycliffe chamava o papade anticristo, mau sacerdote, corruptoe ladrão. Foi sob influência dessasidéias e vivendo esses problemas sociaise políticos que João Huss desenvolveuseu pensamento e se tornouum grande pregador, recebia grandeinspiração espiritual ao pregar. Pelosdesrespeitos às regras canônicas emorais que a Igreja praticava <strong>na</strong>quelaépoca, passou a atacá-la publicamente,sendo conde<strong>na</strong>do e executadopela Santa Inquisição.Joa<strong>na</strong> d’Arc, desde peque<strong>na</strong> escutavavozes no silêncio dos bosques,que atribuia a São Miguel, SantaMargarida e Santa Catari<strong>na</strong>, osquais a incentivaram para se voltara Deus e defender a França. Orientadapelas “vozes do céu”, assume amissão de libertar sua pátria do jugoinglês e, guiada por essas vozes, reorganizouo exército francês e conduziuCarlos VII ao trono.Seu triunfo motivou inveja e intrigasque culmi<strong>na</strong>ram <strong>na</strong> sua captura.Foi perseguida como herege, submetidaao sacrifício inquisitorial eposteriormente conde<strong>na</strong>da pelo fatode não querer negar essas vozes perantea Igreja. Mesmo no momentoextremo, ainda afirmava ouvir osespíritos. Sua voz chegava até a silenciosamultidão, que escutava,aterrada, as suas preces e gemidos.Por fim, num último grito de agoniade amor, Joa<strong>na</strong> disse: “Jesus”. Posteriormente,a Igreja que a condenoue à qual Joa<strong>na</strong> sempre foi fiel declarou-ainocente.24

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