Divaldo Franco (Manoel Philomeno de Miranda) - Portal Luz Espírita
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18 – <strong>Divaldo</strong> <strong>Franco</strong> (<strong>Manoel</strong> <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>)<br />
honraste, utilizando-Te <strong>de</strong> nossa pequenez colocada em Tuas seguras e<br />
generosas mãos. Ampara-nos em todas as situações, enriquecendo-nos <strong>de</strong><br />
inspiração e <strong>de</strong> carida<strong>de</strong>, para que sempre sejas Tu quem estejas presente<br />
e não nós, eliminando o nosso ego para que Te exaltemos o Espírito<br />
magnânimo e misericordioso.<br />
“Segue, pois, conosco, Amigo <strong>de</strong> todas as horas!”<br />
Ao concluir, estava com a voz embargada, e todos nos encontrávamos<br />
tocados <strong>de</strong> especial emotivida<strong>de</strong>.<br />
Explicou-nos o condutor da empresa que, inicialmente, iríamos aten<strong>de</strong>r<br />
a um jovem sacerdote que se encontrava em momento muito grave da sua<br />
existência, lutando com tenacida<strong>de</strong> contra as tendências infelizes do passado,<br />
que o assaltavam agora com pertinaz incidência. Embora forjado em<br />
sentimentos humanitários e cristãos, perdia lentamente as forças na imensa<br />
pugna travada contra as más inclinações que lhe predominavam no íntimo e<br />
porque também estava sob indução espiritual perversa e perigosa.<br />
Quando chegamos ao local em que <strong>de</strong>veríamos iniciar as ativida<strong>de</strong>s<br />
socorristas, encontramos um jovem religioso mergulhado em terrível conflito<br />
interior. Não obstante se encontrasse ajoelhado, orando em <strong>de</strong>sespero, o seu<br />
pensamento turbilhonado, exteriorizava imagens atormentadoras <strong>de</strong> que se<br />
<strong>de</strong>sejava libertar.<br />
Aparentava trinta anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, era portador <strong>de</strong> boa constituição<br />
orgânica e apresentava-se com harmonia física e mesmo alguma beleza nos<br />
traços que lhe <strong>de</strong>lineavam a face.<br />
Acercando-me, ouvi o Benfeitor sugerir que lhe penetrasse o campo<br />
mental, <strong>de</strong> modo a registrar os seus apelos aflitivos, inteirando-me do conflito<br />
que o assaltava, levando-o a inevitável <strong>de</strong>sesperação.<br />
As emanações mentais eram carregadas <strong>de</strong> imagens infantis escabrosas<br />
e cenas <strong>de</strong> perversão sexual com crianças nos seus aspectos mais chocantes.<br />
Entre sombras <strong>de</strong>nsas, que lhe dominavam as reflexões, <strong>de</strong>stacavam-se a<br />
promiscuida<strong>de</strong> sadomasoquista e aberrações outras que o pareciam satisfazer<br />
ao tempo que o afligiam <strong>de</strong> maneira especial.<br />
Percebendo-me a perplexida<strong>de</strong>, o irmão Anacleto veio em minha ajuda,<br />
elucidando-me:<br />
– O nosso Mauro é um jovem que buscou a Religião sem qualquer<br />
inclinação legítima, tentando fugir dos tormentos que o sitiam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
adolescência. Sentindo-se dominado pelo <strong>de</strong>svario das tendências sexuais<br />
infelizes procurou refúgio na Religião, na qual po<strong>de</strong>ria escon<strong>de</strong>r-se e <strong>de</strong>ter os<br />
<strong>de</strong>sejos infrenes que o atur<strong>de</strong>m, buscando o Seminário on<strong>de</strong> pensava<br />
disciplinar os instintos e corrigir as más inclinações. Infelizmente não foi bem