Divaldo Franco (Manoel Philomeno de Miranda) - Portal Luz Espírita
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46 – <strong>Divaldo</strong> <strong>Franco</strong> (<strong>Manoel</strong> <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>)<br />
totalmente ao fenômeno da psicofonia atormentada.<br />
O irmão Felipe, muito sereno, inspirado pelo ativo Mentor, elucidou<br />
que não se tratava <strong>de</strong> uma armadilha, mas <strong>de</strong> um encontro muito feliz, por ser<br />
aquela a Casa <strong>de</strong> Jesus, on<strong>de</strong> o amor tinha primazia e os visitantes eram<br />
recebidos como verda<strong>de</strong>iros irmãos, que realmente o eram.<br />
Blasfemando e espumando <strong>de</strong> cólera, o indigitado comunicante<br />
inquiriu:<br />
– Sabe quem eu sou e o que faço? Por acaso se atrevem a interferir em<br />
meus planos que se encontram <strong>de</strong>ntro das Leis da Vida? Sou vítima, que ora se<br />
compraz em recuperar o tempo sofrido, impondo a adaga da justiça sobre<br />
aquele que me infelicitou, aguardando apenas o momento para aplicar-lhe o<br />
golpe final.<br />
Sem per<strong>de</strong>r a serenida<strong>de</strong>, o doutrinador ripostou:<br />
– Sentimo-nos muito felizes por recebê-lo, sendo informado dos seus<br />
objetivos, que lealmente ignorávamos. Discordamos, porém, que o processo <strong>de</strong><br />
que se utiliza para o <strong>de</strong>sforço se encontre <strong>de</strong>ntro dos Códigos Superiores,<br />
porque o amor é o único instrumento para regularizar todas as situações<br />
penosas e infelizes da trajetória humana. Des<strong>de</strong> que o amigo é vítima, <strong>de</strong>sfruta<br />
<strong>de</strong> uma situação privilegiada, porquanto o algoz é sempre o infeliz que <strong>de</strong>sacata<br />
o Estatuto Divino e passa, a partir <strong>de</strong>sse momento, a experimentar-lhe os<br />
impositivos reparadores, não cabendo .a ninguém o direito <strong>de</strong> vingança, que é<br />
sempre um ato <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> moral.<br />
– Como aguardar que as Leis se cumpram, se elas estão fixadas em<br />
nossos sentimentos? Aquele que me infelicitou fez o mesmo a muitas outras<br />
vidas que ora estorcegam na agonia, enquanto o miserável mistifica em nome<br />
da Religião, na qual escon<strong>de</strong> a indignida<strong>de</strong> para dar prosseguimento aos seus<br />
infames propósitos. É claro que o inspiro à continuida<strong>de</strong>, porque isso também<br />
me satisfaz, e, nos momentos do seu <strong>de</strong>sprendimento pelo sono, arrebato-o<br />
para a cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resido com outros, e on<strong>de</strong> ele se compraz no <strong>de</strong>boche e na<br />
exaustão dos sentidos. Já nem sei se o o<strong>de</strong>io ou se me agrada o conúbio com a<br />
sua <strong>de</strong>gradação.<br />
– O amigo não está sendo sincero com a verda<strong>de</strong>. Certamente<br />
reconhece que os semelhantes se atraem, enquanto os contrários se repelem, o<br />
que constitui uma das leis da Vida. O mesmo ocorre entre as criaturas, que<br />
sempre se unem ou se afastam em razão das afinida<strong>de</strong>s que vicejam entre elas.<br />
Se o amigo-irmão tem tal postura ante a sua vítima, é porque a sua não é uma<br />
situação diferente da que ele mantém. Quanto a levá-lo para o lugar em que se<br />
refugia, o fato ocorre em razão da mente distorcida e vulgar que o outro cultiva,<br />
preservando a morbi<strong>de</strong>z e a intemperança, sem o que lhe seria totalmente<br />
inviável o êxito do que preten<strong>de</strong>.