Leia um trecho - Editora Batista Regular

A Obra de
Cristo
Da Regeneração à Glorificação
Por
H.A. Ironside
editora batista regular
"Construindo Vidas na Palavra de Deus"
Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - São Paulo - SP
2010

A Obra de
Cristo
Da Regeneração à Glorificação
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com o propósito de rever ou comentar, sem prévia autorização dos Editores.
Traduzido e publicado com a devida permissão do
The Moody Bible Institute of Chicago
Título da 1ª edição em português:
Grandes Vocábulos do Evangelho
Revisão: Wagner Lima Amaral
Supervisão de produção: Edimilson Lima dos Santos
Diagramação/ Capa: Edvaldo Matos
Primeira edição, 1964
Segunda edição, 1985
Terceira edição, 2010
ISBN 978-85-7414-026-1
editora batista regular
Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - São Paulo - SP
Telefone: (011) 5041-9137 – Site: www.editorabatistaregular.com.br

Conteúdo
I. Regeneração 7
II. Redenção 17
III. Substituição 31
IV. Justificação 43
V. Santificação 59
VI. Intercessão 71
VII. Ressurreição 87
VIII. Expectação 101
IX. Manifestação 115
X. Glorificação 131

Dedicatória
A publicação deste “pequeno clássico evangélico” foi
possibilitada pela bondade e generosidade cristã das irmãs
da Classe Bereana, da Primeira Igreja Batista de Hackensack,
New Jersey, EUA, que o dedica às suas irmãs brasileiras com
amor e com a oração sincera de que seja usado por Deus para
cumprir todos os Seus eternos propósitos no Brasil que tanto
amamos.

Prefácio
Compreender a obra salvífica de Cristo e sua influência
sobre o homem é fundamental para a vida cristã. Isto
aperfeiçoa a fé, conduzindo o salvo ao amadurecimento em
seu relacionamento com o Salvador.
O apóstolo Paulo exorta aos crentes em Éfeso a se
revestirem da armadura de Deus a fim de estarem firmes:
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo” (6.11). De toda a armadura, o
capacete é a salvação; isto é, o entendimento da salvação, e sua
consequente convicção: “Tomai também o capacete da salvação e
a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (6.17). Isto prepara
todo crente para resistir às investidas que procuram minar a
certeza da salvação em Cristo; e sua disposição e alegria em
vivê-la.
Assim, a compreensão desta salvação é o início de um
processo de fortalecimento espiritual na vida do salvo. E
esta compreensão se dá, através dos termos revelados nas
Escrituras para descrevê-la. Esta é a principal razão da
edição deste livro. Pois, através do estudo destes vocábulos
marcantes, existentes no Novo Testamento, você adorará a
Deus com maior convicção; revelará sua gratidão com maior
paixão; e construirá um alicerce inquebrável de toda sua fé,
possibilitando seu aperfeiçoamento no conhecimento cada vez
mais profundo das Escrituras.
É prazeroso entender esta tão grande salvação. Tenha uma
ótima caminhada com Cristo!
Wagner Lima Amaral

C a p í t u l o I
Regeneração
Ao iniciar esta série de discursos acerca de alguns dos vo-
cábulos do Evangelho, estarei pensando particularmente nos
infantes em Cristo, a saber, aqueles que apenas recentemente
foram conduzidos, através do gracioso ministério do Espírito
Santo, ao conhecimento da salvação que há em nosso Senhor
Jesus. Os infantes necessitam ser alimentados. Diz o apóstolo
Pedro: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o ge-
nuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para
salvação” (I Pedro 2:2). E noutra passagem somos informados:
“Mas o alimento sólido é para os adultos...” (Hebreus 5:14). Isto é,
as verdades mais profundas da Palavra de Deus estão reser-
vadas para os crentes que já contam com anos de experiência
nos caminhos do Senhor. Não é a respeito dos tais que estou
atualmente pensando, mas antes, a respeito daqueles que há
pouco se encontravam nas trevas, mas que foram despertados
e salvos e agora, confio eu, sentem fome de aprender mais so-
bre as preciosas verdades da Palavra de Deus.
Primeiramente, desejo falar convosco acerca da regenera-
ção. Meu texto encontra-se em Tito 3:3-7:
“Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes,
desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres,

8 A Obra de Cristo
vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos
outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de
Deus, nosso Salvador, o seu amor para com os homens, não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador
e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós
ricamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim
de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdei-
ros, segundo a esperança da vida eterna”.
Nesta passagem vemos o que éramos anteriormente, an-
tes de nossa conversão. O versículo três descreve a vida que
então levávamos. O versículo quatro fala-nos sobre a maravi-
lhosa maneira pela qual Deus, nosso Salvador, interveio. Ele
se revelou a nós na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, em
quem temos sido justificados e tornados herdeiros de confor-
midade com a expectativa da vida eterna. O versículo cinco
nos fala sobre a operação que se realiza em cada alma conver-
tida. Totalmente à parte de qualquer esforço humano, Deus
nos salvou por meio da lavagem de regeneração e renovação
do Espírito Santo.
É sobre o termo “regeneração” (“lavar regenerador”) que
desejo fixar vossa atenção. Esta palavra encontra-se apenas
duas vezes em nossa Bíblia, e o vocábulo original assim tra-
duzido não aparece senão nestas duas instâncias – aqui e em
Mateus 19:28, onde lemos: “... vós os que me seguistes, quando,
na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória,
também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos
de Israel”. A palavra “regeneração” significa um segundo nas-
cimento ou uma nova criação. No livro de Mateus, o Senhor
fala sobre o novo nascimento da terra, quando as presentes

Regeneração
circunstâncias tristes passarão e prevalecerão novas condi-
ções, por ocasião da vinda do Filho do homem, o qual reinará
com justiça sobre toda esta criação inferior. Será então que os
homens transformarão suas espadas em arados e suas lanças
em podadeiras, quando as nações não mais treinarão para a
guerra. Naquele tempo todo homem habitará em paz sob sua
própria vinha e figueira. Então o Messias será o Rei de toda a
terra, e governará as nações e regerá com vara de ferro. Será,
efetivamente, a regeneração da terra, uma nova criação, uma
nova condição das coisas na face inteira deste mundo contur-
bado.
Mas, na epístola a Tito, o único outro lugar onde encon-
tramos na Bíblia a palavra “regeneração”, faz-se referência à
obra que tem lugar no indivíduo, quando este nasce de novo
por confiar no nosso Senhor Jesus Cristo. Examinai novamente
o versículo 3, onde o apóstolo fala de nossa antiga condição,
nós que agora temos sido regenerados. Naquele tempo estáva-
mos iludidos pelo diabo. Nossos corações estavam repletos de
desejos profanos. Entregávamo-nos a muitas coisas desagra-
dáveis a Deus e maléficas para nós mesmos. “Pois nós também,
outrora, éramos néscios...”, escreve o apóstolo. A despeito do fato
que já temos sido regenerados, algumas vezes ainda nos mos-
tramos néscios. Quão facilmente cedemos às tentações! Quão
prontamente nos permitimos cair debaixo do poder das coisas
mundanas! Caracteristicamente, entretanto, os dias de nossa
insensatez terminaram quando nos achegamos a Jesus Cristo.
Antes disso éramos verdadeiramente néscios. Éramos perver-
samente desobedientes, seguindo nossos próprios desejos na-
turais e carnais, e vivíamos desavergonhadamente em nossos
caminhos pecaminosos, desonrando o santo nome de Deus.
Muitas das coisas chegaram a dominar-nos, obtiveram seu po-
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10 A Obra de Cristo
der sobre nós por causa da ilusão de Satanás. Ele, o arqui-en-
ganador, nos tornara cativos de sua vontade. Naqueles dias de
nossa ilusão, quando pensávamos sobre a vida cristã, ela nos
parecia tudo menos uma vida desejável. Imaginávamos que
os crentes necessariamente deviam levar vidas melancólicas e
infelizes, e que os únicos que gozavam completamente da vida
eram aqueles que viviam para o mundo e suas loucuras.
Agora, entretanto, tudo isso foi alterado. Fomos levados
ao conhecimento de Cristo. Isto é verdade no caso de muitos
de vós. Ouvistes a voz de Deus, que vos chamava ao arrepen-
dimento; então vos voltastes para Ele, confessando os vossos
pecados; e confiastes no Senhor Jesus Cristo; crestes no Evan-
gelho, e agora vos tornastes Seus filhos através do “lavar rege-
nerador e renovador do Espírito Santo”.
No relato da entrevista de nosso Senhor com Nicodemos,
no terceiro capítulo de João, somos informados como aquele
mestre da lei ficou estupefato ao ouvir a declaração de Jesus,
que ele tinha a necessidade imperiosa de nascer de novo – nas-
cer por meio da água e do Espírito. Que ninguém incorra no
erro de supor que “nascer da água” significa regeneração ba-
tismal. A Palavra de Deus não ensina tal doutrina. A água, no-
tadamente em todos os escritos de João, ainda que também em
muitas outras porções da Bíblia, é o símbolo reconhecido da
Palavra de Deus; e esta passagem em Tito torna a questão per-
feitamente clara. O novo nascimento é efetuado pela Palavra e
o Espírito. Isso é o lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo.
No quarto capítulo de João encontramos o Senhor a fa-
lar com uma pobre mulher pecadora, na fonte de Sicar. Não
era ela mulher de respeito. Mas Ele sabia tudo a respeito dela,
tudo acerca de suas falhas; mas Seu coração ficou penaliza-

Regeneração
do por causa dela, e desejou fazer daquela mulher uma nova
criatura. Ele não falou com ela do mesmo modo como falou
a Nicodemos. Falou-lhe sobre o caráter insatisfatório de tudo
quanto este mundo tem para oferecer e, em contraste com isso,
apresentou-lhe a vida eterna como algo preciosíssimo. Tam-
bém explicou-lhe que a vida eterna lhe pertencia quando ela
recebesse da água que Ele tinha para outorgar. Certamente es-
tais lembrados de Suas palavras: “Quem beber desta água tornará
a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca
mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma
fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:13,14).
Ora, quer seja o que a água signifique aqui, significa exa-
tamente o mesmo que no capítulo terceiro, pois aqui somos
informados que a vida eterna é recebida quando bebemos da
água que Jesus tem para dar, enquanto que no terceiro capítu-
lo de João somos informados que nascemos de novo mediante
a água e o Espírito. Nascer de novo, e receber a vida eterna na
realidade, é uma e a mesma coisa. Quando nascemos fisica-
mente, recebemos a vida física, natural; mas, quando nasce-
mos do alto, recebemos a vida espiritual ou vida eterna.
A metáfora empregada por Jesus não era alguma novida-
de. Eis porque Nicodemos deveria ter compreendido melhor
as palavras de Jesus. No Salmo 119:9, disse Davi: “De que ma-
neira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o se-
gundo a tua palavra”. O profeta Jeremias repreendeu o povo de
Israel, em nome do Senhor, dizendo: “Porque dois males cometeu
o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e ca-
varam cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13). E
Ezequiel explica como Deus aspergirá água pura sobre aque-
les que se voltarem para Ele, limpando-os de toda idolatria e
imundícia, e como arrancará seus corações de pedra a fim de
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12 A Obra de Cristo
conceder-lhes corações de carne. É justamente isso que Deus
nos faz, quando nascemos de novo.
Mais adiante, neste mesmo Evangelho, o Senhor Jesus diz:
“Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37). O Senhor
oferece a água viva a todos aqueles que queiram recebê-la. No
livro de Apocalipse lemos: “Aquele que tem sede, venha, e quem
quiser receba de graça a água da vida” (22:17). A água da vida é a
gloriosa mensagem evangélica que é enviada da parte do tro-
no de Deus e que flui para os desertos deste mundo, trazendo
vida por onde quer que se derrame. No livro de Provérbios,
lemos: “Como água fria para o sedento, tais são as boas novas vindas
de um país remoto” (25:25). Isto é exatamente o que o Evangelho
é. A própria palavra “evangelho” significa “boas novas” – as
boas novas de que Cristo Jesus desceu do céu para salvar os
pobres pecadores que depositem nEle a sua confiança.
E com isto concordam as palavras de Tiago. Diz o apósto-
lo: “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verda-
de, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tiago
1:18). Como fomos gerados? Pela Palavra – a Palavra da Verda-
de. Além disso, o apóstolo Pedro nos diz a mesma coisa. “Pois
fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda
carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva, seca-se a
erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eterna-
mente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (I Pedro 1:23-
25). Eis aí. Tiago diz que somos gerados pela Palavra; Pedro
diz que nascemos de novo mediante a Palavra de Deus, que
vive e é permanente. E assim, crendo na Palavra, recebemos a
Palavra viva. É justamente a Palavra, que o Espírito de Deus
emprega para produzir a vida nova.
Quando nascemos de novo, somos purificados de todos

Regeneração
os nossos pecados passados, pelo que o pensamento da lava-
gem está igualmente ligado à Palavra. Meditai novamente na
passagem que acabo de citar, de Ezequiel 36:25-27:
“Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purifica-
dos; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ído-
los vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro
em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos
darei coração de carne. Porei dentro em vós o meu Espírito,
e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus
juízos e os observeis”.
Tudo deveria ser claro para Nicodemos, mas ele falhou,
não o compreendendo. Também em Efésios 5:25-26 lemos:
“… também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entre-
gou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por
meio da lavagem de água pela palavra”.
Portanto, é através da Palavra que somos gerados de
novo e é através da Palavra que somos purificados. As coisas
antigas de nossas vidas, que tanto desonram a Deus, são ex-
purgadas de nossas vidas, quando confiamos em Jesus Cristo.
Nunca mais deveríamos ser caracterizados pelos nossos anti-
gos hábitos e comportamento.
Não vos esqueçais de que o novo nascimento é algo mais
do que simplesmente aceitar certas doutrinas. Mas significa
aceitar a Cristo e crer no Evangelho, em resultado do que so-
mos de novo criados em Cristo Jesus e recebemos a vida eterna
com todos os seus novos e divinos desejos. Deus espera, de
vós que tendes confiado em Cristo, algo diferente do que se
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14 A Obra de Cristo
encontrava em vossas vidas nos dias passados, quando ainda
não éreis salvos. Os hábitos antigos deveriam desaparecer, e
isso sucederá se permitirdes que o Espírito de Deus tenha li-
berdade em vossas vidas. Não fiqueis desencorajados se não
vos tornardes perfeitos imediatamente. Não existe crente per-
feito, ainda que todos estejamos progredindo em direção à
perfeição. Mesmo aqueles dentre nós que se têm convertido
há muitos anos, tem de dizer como Paulo: “Não que eu o tenha
já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para con-
quistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”
(Filipenses 3:12). Quando alguém se converte, o Espírito Santo
de Deus dá início à Sua obra de renovação, e isso prosseguirá
durante o resto da vida – a renovação da mente. O Espírito de
Deus emprega a Palavra quando meditamos nela, de tal modo
que os desejos de nossos corações são alterados, e assim vamos
entendendo cada vez melhor a vontade de Deus. Enquanto vi-
vemos obedientemente à vontade do Senhor, vamos crescendo
na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo.
Deste modo, vemos quão importante é que estudemos
diariamente a Palavra de Deus, e dediquemos tempo á oração
na Sua presença, olhando para Ele e esperando que Ele nos
esclareça Sua verdade e a aplique a nossos próprios corações
e consciências. Se formos consistentes e persistentes buscando
assim conhecer a mente do Senhor, nossas vidas serão trans-
formadas, ao passo que o Espírito Santo for operando em nós
e por nosso intermédio, dando-nos Sua Palavra como alimen-
to, de conformidade com nossas necessidades, e igualmente
usando-a como água para a purificação de nossos caminhos.
Antes de nosso bendito Senhor retornar à Pátria Celestial,
prometeu-nos que o Espírito Santo viria para dar prossegui-

Regeneração
mento à obra que Ele havia iniciado; então, ao tomar assento
à mão direita de Deus Pai, conforme declarou Pedro, “... der-
ramou isto que vedes e ouvis”. Pedro referia-se ao Espírito Santo,
que de forma tão poderosa agiu naquele dia de Pentecoste. O
Espírito Santo é o bendito Consolador, que veio a fim de ha-
bitar em cada crente; e, na medida que nos entregamos à Sua
orientação, Ele nos capacita a viver vidas vitoriosas e a gozar
de comunhão com nosso Pai, que está nos céus.
Não fiqueis satisfeitos, prezados novos convertidos, nos
dias futuros, o simplesmente olhar para o passado e dizer:
“Faz tantos anos que, em tal ocasião, nasci de novo”. Não fiqueis
a pensar para sempre, naquele “Dia feliz, que em Jesus me
satisfiz”. É próprio entoar este lindo hino. Também aprecio
profundamente poder cantá-lo. Contudo, não quero que todos
meus dias felizes estejam no passado, pois cada novo dia de-
veria ser um dia feliz; e assim será para vós se prosseguirdes
em comunhão com Deus. “Mas a vereda dos justos é como a luz
da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pro-
vérbios 4:18). Conforme permitirdes que o Espírito de Deus se
mova livremente em vossas vidas, assim percebereis a renova-
ção operada pelo Espírito Santo, a transformar vossas afeições
e desejos, a fixar vossas mentes e corações nas coisas que são
lá do alto.
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