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TRISTAO<br />
E ISOLDA<br />
Brangânia caminha para transmitir a Tristão o<br />
recado de Isolda guiada pelo motivo do Mar, tocado<br />
pelas trompas. Após algumas evoluções do motivo do<br />
Desejo (2), na resposta de Kurwenal surgem dois novos<br />
temas, o da Cornualha (9) e o de Tristão herói (10).<br />
É sob o eco do tema de Tristão herói que se inicia a<br />
terceira cena do primeiro ato, um longo diálogo entre<br />
Isolda e Brangânia. A narrativa de Isolda começa com<br />
uma figura cromática descendente, Tristão ferido.<br />
O motivo se repete até o momento em que Isol-<br />
da lembra como deixou cair a espada que iria matar o<br />
falso Tantris, surgindo aí o tema do Olhar (3). Os três<br />
temas, o de Tristão ferido, o de Tristão herói e o do<br />
Olhar, mais alguns motivos não recorrentes, compõem<br />
o tecido musical da narrativa de Isolda. Brangânia<br />
tenta consolá-la em belíssimas páginas musicais, mas<br />
não chegam a introduzir nenhum tema recorrente. Na<br />
confissão de Isolda, o Ungeminnt, os motivos do De-<br />
sejo (2) e o do Olhar (3) se entrelaçam com especial<br />
impacto dramático. Na parte final da terceira cena,<br />
misturam-se os temas do Desejo (2), da Morte (8), da<br />
Liberação pela Morte (6), dos Filtros do Amor e da<br />
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