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Pelos nossos Jardins - agrupamento de escolas de terras de bouro

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XXVI<br />

milha Poemas e outros textos<br />

No rosto felicida<strong>de</strong><br />

No coração <strong>de</strong>silusão<br />

Com um olhar inquieto<br />

Um sorriso é ilusão.<br />

Os sentimentos revelam-se<br />

No rosto escorrem lágrimas<br />

No coração facadas<br />

espetam-se.<br />

Os amigos ajudam<br />

Os falos riem<br />

Eu procuro perceber<br />

Em que mundo eles vivem.<br />

Cada lágrima no rosto<br />

Me lembra meu posto<br />

Me faz acordar<br />

Para <strong>de</strong>sta forma não errar.<br />

Melanie Antunes<br />

10º A<br />

Desilusão<br />

Amar é…<br />

É chorar<br />

É sorrir,<br />

É correr e parar,<br />

É perguntar e respon<strong>de</strong>r,<br />

É dizer a verda<strong>de</strong> e mentir,<br />

É falar e escutar o silêncio,<br />

Conhecer e perceber que é <strong>de</strong>sconhecido,<br />

Tentar e não <strong>de</strong>sistir<br />

Apren<strong>de</strong>r e ficar confuso,<br />

Lembrar e esquecer<br />

Sonhar e entristecer,<br />

Pensar e não querer lembrar<br />

Querer e não po<strong>de</strong>r,<br />

Ter e não conseguir guardar.<br />

É querer o sempre<br />

E não chegar a ter o hoje.<br />

É querer tudo<br />

E não ter nada.<br />

É tudo que <strong>de</strong> bom<br />

E <strong>de</strong> mau há na vida.<br />

Olhar em frente<br />

É melhor opção<br />

Ignorar os fracos<br />

Eliminá-los do coração.<br />

Agora por <strong>de</strong>ntro<br />

Apetece vingança<br />

Mas vou ser eu mesma<br />

E ficar com esperança.<br />

Chega o sorriso forçado<br />

Substituindo o verda<strong>de</strong>iro<br />

Tudo é como que contrariado<br />

Esquecendo o cheiro<br />

De um sorriso apaixonado.<br />

Navegando…<br />

Uma gota <strong>de</strong> sangue caiu sobre<br />

aquela pequena “imensidão”<br />

… senti que morri<br />

naquele instante. Sentia-me<br />

completamente <strong>de</strong>samparada<br />

e não conseguia encontrar o<br />

sentido <strong>de</strong> nada do que me<br />

ro<strong>de</strong>ava. Sabia apenas que<br />

navegava num barco… um<br />

barco velho e gasto, revestido<br />

por uma ma<strong>de</strong>ira ru<strong>de</strong> e<br />

cruel, que feriu o meu pulso...<br />

<strong>de</strong>rramou uma intensa e exagerada<br />

gota <strong>de</strong> sangue que,<br />

pelo que via, seria meu. Espalhava-se<br />

lenta e misteriosamente<br />

sobre a manta branca<br />

que me cobria. Parecia ir conquistando<br />

e tentando crescer<br />

sobre a manta. Ao chegar à<br />

ponta, parou. Foi como que<br />

se tivesse morrido, também,<br />

naquele instante.<br />

À medida que vou vivendo, vou <strong>de</strong>scobrindo<br />

A inigualável beleza da terra on<strong>de</strong> estou<br />

Milhões <strong>de</strong> turistas vão vindo<br />

Visitar Terras <strong>de</strong> Bouro, que encantou.<br />

As belas paisagens,<br />

A biodiversida<strong>de</strong> incrível,<br />

As frescas aragens,<br />

O ver<strong>de</strong> visível.<br />

É simplesmente extraordinário<br />

Tudo o que aqui vejo.<br />

Torna-se até lendário,<br />

É a concretização <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo!<br />

Quem não admira<br />

A bela serra do Gerês?<br />

O ar puro que se respira,<br />

A sua vivacida<strong>de</strong> e altivez.<br />

Coberto pelas mais diversas cores,<br />

Guarnecido pela fauna e pela flora.<br />

Os prados cobertos <strong>de</strong> flores,<br />

A famosa terra que se namora.<br />

Repentinamente, cortei, com<br />

um vidro que lá se encontrava,<br />

uma pequena tira <strong>de</strong><br />

tecido. Envolvi o meu pulso.<br />

Pensei em escrever. Sentia<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar para o<br />

papel tudo aquilo que vivia.<br />

Como que se <strong>de</strong> um milagre<br />

se tratasse, uma velha pena <strong>de</strong><br />

gaivota caiu no barco. Peguei<br />

na pena, e num livro que continha<br />

uma página em branco<br />

no final. Olhei o meu pulso e<br />

reparei que o tecido que o envolvia<br />

passava <strong>de</strong> um pálido<br />

branco a um intenso encarnado.<br />

Tal como a primeira gota<br />

que tinha caído, uma segunda<br />

apareceu e inundou aquela<br />

<strong>de</strong>susada tira <strong>de</strong> tecido.<br />

Abri o livro na página vazia<br />

e toquei com a ponta da pena<br />

naquela imensidão encarnada.<br />

Maria Inês Sousa<br />

10º A<br />

Passei sobre a folha, e escrevi.<br />

Pus uma outra pessoa no<br />

meu papel, e iniciei pequenos<br />

versos, em pequenas estrofes…<br />

parei e pensei: Navegando<br />

neste velho barco, com<br />

o pulso envolvido num velho<br />

tecido, coberta com uma velha<br />

manta, escrevendo num<br />

velho livro, com uma pena <strong>de</strong><br />

uma velha gaivota e com apenas<br />

uma gota do meu próprio<br />

sangue, escrevo… escrevo<br />

poesia!<br />

A Minha Terra, A Minha Serra…<br />

PUB.<br />

A floresta ver<strong>de</strong>, a barragem,<br />

Os esquilos, os passarinhos,<br />

A brisa na margem<br />

Soprando pelos vários caminhos.<br />

Os lobos ibéricos em alcateia<br />

Os esquilos correndo por entre as folhas<br />

A aragem que vagueia<br />

Pela floresta, numa flor que colhas.<br />

A única águia real aqui da serra<br />

Viaja pela imensa vegetação<br />

Desta misteriosa terra<br />

Com brilho e <strong>de</strong>scrição.<br />

Assim me apercebo da sorte que tenho<br />

Em po<strong>de</strong>r viver<br />

Entre todo este maravilhoso cenário,<br />

E aqui po<strong>de</strong>r crescer.<br />

Maria Inês <strong>de</strong> Sousa, 10º A

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