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– 7. o ANO<br />
Português<br />
LIVRO DE<br />
TESTES<br />
MATERIAL EXCLUSIVO<br />
Professor
ÍNDICE<br />
Teste 1 .................................................................................... 2<br />
Teste 2 .................................................................................... 10<br />
Teste 3 .................................................................................... 19<br />
Teste 4 .................................................................................... 27<br />
Teste 5 .................................................................................... 35<br />
Teste 6 .................................................................................... 43<br />
Cenários de resposta .................................................................. 51<br />
Nota: Este livro de <strong>teste</strong>s encontra-se redigido conforme o novo Acordo Ortográfico.<br />
1
2<br />
TESTE 1<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Narrativa 1<br />
GRUPO I<br />
Antes de iniciares a audição da notícia, lê as perguntas.<br />
Em seguida, ouve atentamente a notícia radiofónica, tira os apontamentos que consideres<br />
necessários e responde às questões.<br />
1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.<br />
1.1. O prémio referido na notícia vai ser atribuído<br />
a) a dezassete escritores de contos.<br />
b) a diversos contadores de histórias.<br />
c) a vários arqueólogos.<br />
d) a Alexandre Parafita.<br />
1.2. Os premiados foram distinguidos<br />
a) pela Câmara Municipal de Peso da Régua.<br />
b) pela Câmara Municipal do Porto.<br />
c) por um museu português.<br />
d) pela comunidade de investigadores do Douro.<br />
1.3. A iniciativa noticiada realiza-se no âmbito da conservação do património<br />
a) museológico.<br />
b) científico.<br />
c) escrito.<br />
d) oral.<br />
2. Explica por que razão os premiados são designados como «narradores da memória».<br />
3. Refere os locais onde vivem as pessoas premiadas.<br />
Áudio • Faixa 22<br />
Entrega de diplomas<br />
a contadores<br />
de histórias<br />
(6 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
10 pontos
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
30<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.<br />
O príncipe que casou com uma rã<br />
Era uma vez um rei que tinha três filhos em idade de casar. Para não<br />
surgirem rivalidades sobre a escolha das três noivas, disse:<br />
– Lançai com a funda 1 o mais longe que puderdes: onde cair a pedra<br />
tomareis mulher.<br />
Os três filhos pegaram nas fundas e atiraram.<br />
O mais velho atirou e a pedra foi parar ao teto de um forno; e ele ficou<br />
com a padeira. O segundo atirou e a pedra chegou à casa de uma<br />
tecedeira. Ao mais pequeno a pedra caiu num fosso.<br />
Assim que atiravam, cada um corria a levar o anel à noiva. Ao mais<br />
velho deparou-se uma jovem bela e tenra como uma fogaça 2 , o do meio<br />
encontrou uma rapariga pálida, fina como um fio, e o mais pequeno<br />
procurou, procurou naquele fosso e só achou uma rã.<br />
Tornaram para junto do rei a contar como eram as suas noivas.<br />
– Agora – disse o rei –, quem tiver a noiva melhor herdará o reino.<br />
Façamos as provas.<br />
E deu a cada um cânhamo 3 para lho trazerem daí a três dias fiado<br />
pelas noivas, para ver quem fiava melhor.<br />
Os filhos foram ter com as noivas e recomendaram que fiassem na<br />
perfeição; e o mais pequeno, muito aflito com aquele cânhamo na mão,<br />
foi à beira do fosso e pôs-se a chamar:<br />
– Rã, rã!<br />
– Quem me chama?<br />
– O teu amor que pouco te ama.<br />
– Se não me ama amará<br />
Um dia que bela me verá.<br />
E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha. O filho do rei deu -<br />
-lhe o cânhamo e disse que voltaria para o levar todo fiado daí a três dias.<br />
Passados três dias os irmãos mais velhos correram todos ansiosos à<br />
padeira e à tecedeira para buscar o cânhamo. A padeira fizera um bom<br />
trabalho, mas a tecedeira – era o seu ofício – fiara-o que parecia seda. E o<br />
mais pequeno? Foi ao fosso:<br />
– Rã, rã!<br />
Saltou para uma folha e tinha na boca uma noz. Ele tinha uma certa vergonha<br />
de se apresentar ao pai com uma noz enquanto os irmãos levavam o<br />
3
4<br />
35<br />
40<br />
45<br />
50<br />
55<br />
60<br />
65<br />
70<br />
cânhamo fiado; mas ganhou coragem e foi. O rei, que já tinha visto do<br />
avesso e do direito o trabalho da padeira e da tecedeira, abriu a noz do<br />
mais pequeno, e entretanto os irmãos faziam chacota 4 . Ao abrir-se a noz,<br />
saiu uma tela tão fina que parecia teia de aranha, e puxa, puxa, desdobra,<br />
desdobra, nunca mais acabava, e já toda a sala do trono estava cheia.<br />
– Mas esta tela nunca mais acaba! – disse o rei, e mal pronunciou<br />
estas palavras a tela acabou.<br />
O pai, à ideia de uma rã se tornar rainha, não se resignava. Tinham<br />
nascido três crias à sua cadela de caça preferida, e deu-as aos três filhos:<br />
– Levai-os às vossas noivas e voltareis a buscá-los daqui a um mês:<br />
quem a tiver criado melhor será rainha.<br />
Passado um mês viu-se que o cão da padeira se tornara um molosso 5<br />
enorme, porque o pão não lhe faltara; o da tecedeira, com a comida mais<br />
apertada, tornara-se um famélico mastim. O mais pequeno chegou com<br />
uma caixinha; o rei abriu a caixinha e saiu um pequeno cão-d´água todo<br />
enfeitado, penteado, perfumado, que se punha em pé nas patas traseiras<br />
e sabia fazer os exercícios militares e fazer de conta.<br />
O rei disse:<br />
– Não há dúvida; será rei o meu filho mais novo e a rã será rainha.<br />
Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia. Os irmãos mais<br />
velhos foram buscar as noivas com coches floridos puxados por quatro<br />
cavalos, e as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias.<br />
O mais pequeno foi ao fosso, e a rã esperava-o numa carruagem feita<br />
de uma folha de figueira puxada por quatro caracóis. Começaram a andar:<br />
ele ia à frente, e os caracóis seguiam-no puxando a folha com a rã. De vez<br />
em quando parava à espera, e uma vez até adormeceu. Quando acordou,<br />
tinha parado à sua frente um coche de ouro, forrado a veludo, com dois<br />
cavalos brancos e lá dentro estava uma rapariga bela como o Sol com um<br />
vestido verde-esmeralda.<br />
– Quem sois? – perguntou o filho mais novo.<br />
– Sou a rã! – E como ele não queria acreditar, a rapariga abriu um cofre<br />
onde estava a folha de figueira, a pele de rã e quatro cascas de caracol. – Eu era<br />
uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse em<br />
casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.<br />
O rei ficou todo contente e aos filhos mais velhos, que se roíam de<br />
inveja, disse que quem não era sequer capaz de escolher mulher não<br />
merecia a coroa. Rei e rainha foram o mais pequeno e a sua esposa.<br />
VOCABULÁRIO<br />
Italo Calvino, Fábulas e Contos, Editorial Teorema, (texto adaptado)<br />
1 funda – arma de arremesso, fisga. 3 cânhamo – planta, fibra. 5 molosso –cão forte.<br />
2 fogaça – pão doce.<br />
4 chacota – troça.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto.<br />
Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos acontecimentos narrados.<br />
Começa a sequência pela letra d).<br />
a) O filho mais pequeno lançou uma pedra que foi parar a um fosso.<br />
b) A princesa provou ao noivo que era a rã.<br />
c) Os irmãos mais velhos ridicularizaram o mais novo, no momento em que apresentaram<br />
os resultados do primeiro desafio colocado às noivas.<br />
d) O rei fez um pedido aos três filhos.<br />
e) O filho do meio encontrou uma noiva pálida, que era tecedeira.<br />
f) O rei declarou, pela primeira vez, que o filho mais novo seria o herdeiro do trono.<br />
g) O rei entregou a cada filho uma planta para ser fiada pelas respetivas noivas.<br />
2. O conto desenvolve-se a partir de uma situação inicial. Identifica-a.<br />
3. Refere duas peripécias importantes para o desenvolvimento da ação.<br />
4. Identifica a personagem principal desta narrativa, justificando a tua opção.<br />
5. Seleciona, para responderes a cada item, a alínea correta.<br />
5.1. O rei apresentou um segundo desafio aos filhos visto<br />
a) considerar todas as tarefas mal executadas.<br />
b) desejar que fosse o filho mais velho a assumir o trono.<br />
c) não aceitar o facto de ter sido a rã a vencer o desafio.<br />
d) não querer ceder o trono a nenhum dos três filhos.<br />
5.2. Na expressão «Quem sois?» (linha 64), a palavra «quem» refere-se<br />
a) ao filho mais velho do rei.<br />
b) ao filho mais novo.<br />
c) à princesa vestida de verde-esmeralda.<br />
d) à rã.<br />
(6 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
5
6<br />
6. Após ouvirem ler este conto, dois alunos manifestaram opiniões diferentes acerca<br />
do mesmo.<br />
Aluno X<br />
Acho que o provérbio que melhor se aplica<br />
a esta história é:<br />
«A beleza está nos olhos de quem a vê».<br />
Diz com qual das opiniões concordas, justificando a tua opção.<br />
Parte B<br />
Observa as três tiras de banda desenhada.<br />
Aluno Y<br />
Na minha opinião, o provérbio que traduz<br />
a lição deste conto é:<br />
«O mundo julga pelas aparências».<br />
Bill Watterson, O Esssencial de Calvin & Hobbes, Uma antologia Calvin & Hobbes, Gradiva<br />
(6 pontos)
Responde aos itens que se seguem.<br />
7. Reconta brevemente a situação apresentada nas duas primeiras tiras de BD.<br />
8. Refere em que medida a atitude de Calvin contrasta com o que é socialmente<br />
aceitável no contexto retratado.<br />
9. Justifica o destaque dado às palavras presentes na primeira vinheta da terceira tira.<br />
10. Explica, por palavras tuas, a mensagem presente na última vinheta.<br />
GRUPO III<br />
Responde aos itens que se seguem relativos ao conhecimento da língua.<br />
1. Na banda desenhada, tanto o Calvin como a Susie desrespeitam o princípio da<br />
cortesia ao tentarem comunicar entre si. Prova, com dois exemplos, que o princípio<br />
da cortesia não é respeitado pelos dois interlocutores.<br />
2. Duas das quatro frases seguintes contêm um nome não contável.<br />
Escreve as duas letras correspondentes às opções que escolheres.<br />
a) «Ele tinha uma certa vergonha de se apresentar ao pai com uma noz enquanto<br />
os irmãos levavam o cânhamo fiado.»<br />
b) «… a rã esperava-o numa carruagem feita de uma folha de figueira puxada por<br />
quatro caracóis.»<br />
c) «…as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias.»<br />
d) «E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha.»<br />
3. Preenche a coluna B da grelha, indicando um adjetivo que derive dos nomes presentes<br />
na coluna A.<br />
Dia<br />
Anel<br />
A. B.<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
45 pontos<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
7
8<br />
4. «Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia.»<br />
Completa a frase seguinte com um quantificador numeral, de forma a provar que o<br />
nome «bodas» é contável.<br />
– Quando nasceram os netos, o rei passou a realizar, no mínimo, _______________ bodas<br />
por ano.<br />
5. Reescreve cada uma das frases, substituindo as expressões destacadas por um dos<br />
elementos presentes no quadro apresentado.<br />
consigo • convosco • lhes • vos<br />
a) O filho mais novo trazia com ele a noz dada pela noiva.<br />
b) Comprei este livro para ti e para a Maria.<br />
c) Gostaria de recontar esta história aos meus amigos.<br />
d) Posso ler o texto contigo e com o António.<br />
6. Associa cada uma das ideias presentes na coluna B a cada uma das palavras destacadas<br />
na coluna A.<br />
Escreve as letras e os números correspondentes.<br />
A. B.<br />
a) O filho mais novo atirou a pedra e esta caiu num fosso. 1) Ideia de contraste<br />
b) Ou aceitava a rã como noiva ou abdicava do trono. 2) Ideia de conclusão<br />
c) A tecedeira fez um bom trabalho mas a rã superou o desafio. 3) Ideia de alternativa<br />
d) O filho do rei aceitou casar-se com a rã, logo o encantamento quebrou-se. 4) Ideia de adição<br />
7. Preenche os espaços em branco com uma das conjunções ou locuções conjuncionais<br />
presentes no quadro seguinte. Escreve a alínea e o elemento que lhe corresponde.<br />
Não só […] como também • pois • mas<br />
O Rei reconheceu _____________ a) _____________ o facto de a rã ter tecido a melhor tela<br />
_____________ b) _____________ admitiu que esta merecia ser rainha _____________ c) _____________<br />
vencera os dois desafios. Marcaram as bodas, _____________ d) _____________ não esperavam<br />
que a rã se transformasse numa princesa.<br />
(2 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
20 pontos
GRUPO IV<br />
Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade.<br />
Escreve um texto de 18 a 25 linhas.<br />
a) No final do conto de Italo Calvino, a rã afirma:<br />
«– Eu era uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse<br />
em casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.»<br />
Imagina um diálogo entre a princesa e o filho mais novo do rei, em que esta relate os<br />
acontecimentos que deram origem ao encantamento.<br />
No teu texto deves:<br />
– respeitar as regras da construção do diálogo;<br />
– incluir os sentimentos da princesa relativamente ao encantamento;<br />
– incluir a opinião final do filho mais novo face ao relato.<br />
b) Recorda as tiras de banda desenhada presentes no grupo A.<br />
Escreve o convite que Calvin faria a Susie, caso pretendesse desculpar-se pela sua<br />
atitude no dia dos namorados, convidando-a para sair. No convite, deves respeitar o<br />
princípio da cortesia e referir:<br />
– quem convida;<br />
– o acontecimento em causa;<br />
– o destinatário do convite;<br />
– a data e o local da realização do mesmo.<br />
FIM<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos<br />
9
10<br />
TESTE 2<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Narrativa 1<br />
GRUPO I<br />
Antes de iniciares a audição do programa «Lendas e Calendas», lê as perguntas.<br />
Seguidamente, ouve atentamente o reconto da lenda de Santiago e responde às<br />
questões.<br />
1. De acordo com a lenda que ouviste, indica quais as afirmações falsas e quais as verdadeiras<br />
e apresenta uma alternativa verdadeira para as frases falsas.<br />
a) Esta narrativa oral é dividida em capítulos.<br />
b)Todas as lendas portuguesas nasceram em território nacional.<br />
c) Esta lenda é protagonizada por três cavaleiros oriundos do sul do país.<br />
d) Os cavaleiros deslocam-se a Santiago de Compostela em peregrinação.<br />
e) A basílica para onde se dirigem os peregrinos situa-se na Península Ibérica.<br />
2. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.<br />
2.1. Relativamente aos motivos que originaram a peregrinação dos três cavaleiros,<br />
o narrador<br />
a) afirma que são determinantes para a compreensão da lenda.<br />
b) afirma que não têm influência no decorrer dos acontecimentos.<br />
c) afirma que serão revelados no final da narrativa.<br />
d) não faz qualquer tipo de afirmação.<br />
2.2. O narrador da lenda de Santiago<br />
a) é imparcial.<br />
b) é, por vezes, irónico.<br />
c) é parcial.<br />
d) é muito crítico.<br />
Áudio • Faixa 23<br />
«Lendas e Calendas»,<br />
programa radiofónico<br />
(5 pontos)<br />
(3 pontos)
2.3. Inicialmente, os cavaleiros deslocavam-se<br />
a) a cavalo e levavam muitos mantimentos.<br />
b) a pé e levavam os cavalos carregados de comida.<br />
c) a cavalo, contudo tinham poucos recursos.<br />
d) deslocavam-se a cavalo e levavam dinheiro suficiente para se sustentar.<br />
3. Identifica a personagem que levou o Cavaleiro D. João a descer do seu cavalo e continuar<br />
a peregrinação a pé.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.<br />
Sem limites<br />
A geóloga 1 Daniela Teixeira subiu duas montanhas<br />
na Índia: Ekdant, por um itinerário 2 novo, e Kartik,<br />
nunca antes escalada. Aventura em perfeita comunhão<br />
com a natureza, que a fez questionar tudo aquilo de<br />
supérfluo que a rodeia.<br />
Daniela Teixeira escapou a avalanches, tempestades elétricas e outros<br />
fenómenos da natureza. Mas conseguiu. Em maio e junho deste ano, esta<br />
geóloga de 35 anos abriu duas vias de alpinismo na grande cordilheira<br />
dos Himalaias na Índia, por itinerários absolutamente inovadores – zonas<br />
de montanha virgem que, ao que se pensa, nunca foram pisadas por<br />
algum humano. Fê-lo na companhia de Paulo Roxo, seu parceiro também<br />
de vida, e de uma «estrela da sorte» que a protegeu até chegar aos<br />
cumes de Ekdant (6 100 m) e Kartik (5 115 m).<br />
O que é que mais a emocionou durante as cinco semanas de expedição?<br />
«A consciência de que ambas as ascensões dependeram integralmente<br />
da nossa imaginação, do nosso sentido tanto de planeamento<br />
como de improviso, do nosso esforço físico e mental, e, especialmente,<br />
do nosso companheirismo», diz Daniela. «Ultrapassámos os nossos<br />
próprios limites e capacidades».<br />
(2 pontos)<br />
10 pontos<br />
11
12<br />
20<br />
25<br />
30<br />
35<br />
40<br />
Logo nas primeiras noites, por exemplo, foi apanhada por uma tempestade<br />
elétrica e teve de regressar ao campo base. Andou perdida com o<br />
companheiro durante mais de hora e meia em plena noite, mas não<br />
podia arriscar dormir numa tenda montada junto a uma aresta – zonas<br />
perigosas por onde os raios passam frequentemente. Mais tarde, nessa<br />
expedição, também se deparou com neve. Recuou. E por pouco não foi<br />
apanhada por uma avalanche, que Paulo Roxo, na altura um pouco mais<br />
atrás, viu passar literalmente ao lado. A adrenalina faz parte do jogo, assim<br />
como o bom senso, «embora por vezes arrisquemos demais», admite.<br />
Mas, sobretudo, algo maior: o estado de perfeita comunhão com a<br />
natureza. «A beleza envolvente supera-nos».<br />
Daniela não voltou uma pessoa diferente, mas sim mais rica e humilde.<br />
«Aprendi um pouco mais acerca de mim própria e também acerca do<br />
Paulo, e, sobretudo, que a natureza é muito mais forte do que nós. Pode<br />
tratar-se do melhor alpinista do mundo, mas se as condições não o permitirem<br />
ele nunca conseguirá escalá-la». Sobretudo, retirou destes dias um<br />
grande ensinamento: em sociedade vivemos com mais de 90% além do<br />
que realmente necessitamos. «Hoje estou bem com o que tenho, mesmo<br />
que seja pouco. Lá em cima vivi feliz com muito menos».<br />
Daniela pensa em desbravar, nos próximos tempos, outras montanhas<br />
virgens, na Índia. Onde o seu sorriso brotará não da compra do último<br />
modelo de telemóvel, mas do sentimento de confiança e companheirismo<br />
que partilha com Paulo Roxo e da beleza esmagadora da paisagem.<br />
VOCABULÁRIO<br />
1 geóloga – especialista que estuda a origem e a constituição da Terra.<br />
2 itinerário – percurso, caminho.<br />
Responde aos itens que se seguem.<br />
Sara Raquel Silva, Gingko, n. o 23, setembro de 2010 (texto adaptado)<br />
1. Ordena as frases de (1) a (7), de acordo com a sequência pela qual as informações<br />
são apresentadas no texto da revista. Repara que a última frase da sequência já<br />
está numerada.<br />
______ Nas primeiras noites de caminhada, a protagonista foi surpreendida por uma<br />
tempestade elétrica.<br />
______ Ao regressar a Portugal, Daniela Teixeira afirmou ter voltado uma pessoa<br />
mais rica e humilde.<br />
(7 pontos)
______ 7 A montanhista pensa escalar, proximamente, outras montanhas virgens na<br />
Índia.<br />
______ Em maio e junho de 2010, a geóloga subiu a duas montanhas da cordilheira<br />
dos Himalaias.<br />
______ Na sociedade atual, vive-se com mais de 90% dos bens indispensáveis.<br />
______ Daniela Teixeira e Paulo Roxo estiveram perdidos em plena noite.<br />
______ Durante a expedição, a geóloga enfrentou neve, tendo de recuar.<br />
2. Relê a frase.<br />
«Fê-lo na companhia de Paulo Roxo, seu parceiro também de vida, e de uma "estrela<br />
da sorte" que a protegeu até chegar aos cumes de Ekdant...» (linhas 11-13)<br />
Indica a que se refere o pronome «que».<br />
3. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao<br />
sentido do texto.<br />
3.1. A expressão «supérfluo» (linha 5) pode ser substituída por<br />
a) desnecessário.<br />
b) essencial.<br />
c) importante.<br />
d) inadequado.<br />
3.2. A palavra destacada na frase: «A consciência de que ambas as ascensões<br />
dependeram integralmente da nossa imaginação» deve ser entendida como<br />
a) em parte.<br />
b) muitas vezes.<br />
c) totalmente.<br />
d) frequentemente.<br />
3.3. Do ponto de vista de Daniela Teixeira, a aventura relatada no artigo foi<br />
a) muito enriquecedora, mas a não repetir.<br />
b) única mas dececionante.<br />
c) inesquecível e uma entre várias a realizar no futuro.<br />
d) diferente mas traumatizante.<br />
(2 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
13
14<br />
Parte B<br />
Lê o excerto do Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
30<br />
Todas as portas se abriram, e os homens da floresta reconheceram o<br />
Cavaleiro que rodearam com grandes saudações.<br />
Este penetrou na cabana maior e sentou-se ao pé do lume enquanto<br />
os moradores lhe serviram pão com mel e leite quente.<br />
– Já pensávamos que não voltasses mais – disse um velho de grandes<br />
barbas –.<br />
– Demorei mais do que queria – respondeu o peregrino –. Mas graças<br />
a Deus cheguei a tempo. Hoje antes da meia-noite estarei em minha casa.<br />
– É tarde - disse o velho – o dia já escureceu, vai nevar e de noite não<br />
poderás caminhar.<br />
– Nasci na floresta – respondeu o peregrino – conheço bem todos os<br />
seus atalhos. Seguindo ao longo do rio não me posso perder.<br />
– A floresta é grande e na escuridão ninguém a conhece. Fica<br />
connosco e dorme esta noite na minha cabana. Amanhã, ao romper do<br />
dia, seguirás o teu caminho.<br />
– Não posso – tornou o Cavaleiro – prometi que estaria hoje em<br />
minha casa.<br />
– A floresta está cheia de lobos esfomeados. Que farás tu, se uma<br />
matilha te assaltar?<br />
Mas o Cavaleiro sorriu e respondeu:<br />
– Não sabes que na noite de Natal as feras não atacam o homem?<br />
E tendo dito isto levantou-se, despediu-se dos lenhadores, montou a<br />
cavalo e seguiu o seu caminho. Dirigiu-se para a esquerda procurando o<br />
curso gelado do rio. Mas mal se afastou um pouco da aldeia a neve<br />
começou a cair tão espessa e tão cerrada que o Cavaleiro mal via.<br />
– Depressa – pensava ele –, tenho de chegar depressa ao pé do rio.<br />
[…]<br />
Mas o rio não aparecia, e a noite começou a avançar.<br />
O homem parou e escutou.<br />
– Era mais prudente voltar para trás – pensou ele –. Mas se eu não<br />
chegar hoje, a minha mulher, os meus filhos e os meus criados pensarão<br />
que morri ou me perdi nas terras estrangeiras. Passarão um Natal de tristeza<br />
e aflição. É preciso que eu chegue hoje.<br />
E continuou para a frente.
35<br />
40<br />
45<br />
50<br />
55<br />
60<br />
Agora nenhum ramo estalava e não se ouvia o menor rumor. Os esquilos,<br />
as raposas e os veados já estavam recolhidos nas suas tocas. O cair da<br />
neve parecia multiplicar o silêncio.<br />
E o rio parecia ter-se sumido.<br />
– Talvez me tenha enganado no caminho – pensou o Cavaleiro –, vou<br />
mudar de direção. […]<br />
Por mais que se enrolasse no seu capote, o ar arrefecia-o até aos ossos e<br />
as suas mãos começavam a gelar. Já não sabia há quanto tempo caminhava,<br />
e a floresta era como um labirinto sem fim onde os caminhos<br />
andavam à roda e se cruzavam e desapareciam.<br />
– Estou perdido – murmurou ele baixinho –.<br />
Então a treva encheu-se de pequenos pontos brilhantes, avermelhados<br />
e vivos.<br />
Eram os olhos dos lobos.<br />
O Cavaleiro ouvia-os moverem-se em leves passos sobre a neve, sentia<br />
a sua respiração ardente e ansiosa, adivinhava o branco cruel dos seus<br />
dentes agudos.<br />
Em voz alta disse:<br />
– Hoje é noite de trégua, noite de Natal. E ao som destas palavras os<br />
olhos recuaram e desapareceram.<br />
Mais adiante ouviu-se o ronco dum urso. O Cavaleiro estacou a sua<br />
montada e a fera aproximou-se. Vinha de pé e pousou as patas de frente<br />
no pescoço do cavalo.<br />
O homem ouviu-o respirar, sentiu o seu pelo tocar-lhe a mão e viu a<br />
um palmo de si o brilho dos pequenos olhos ferozes.<br />
E em voz alta disse:<br />
– Hoje é noite de trégua, noite de Natal.<br />
Então o bicho recuou pesadamente e grunhindo desapareceu.<br />
E o Cavaleiro entre silêncio e treva continuou a caminhar para a frente.<br />
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas, (texto com supressões)<br />
Responde aos itens que se seguem.<br />
4. O texto relata o regresso do Cavaleiro da Dinamarca ao seu país natal, após uma<br />
longa viagem. Caracteriza, através de um adjetivo, a forma como o Cavaleiro foi<br />
recebido pelos lenhadores.<br />
5. O Cavaleiro quer chegar a sua casa naquela mesma noite, contudo o velho lenhador<br />
aconselha-o a ficar. Apresenta dois argumentos utilizados pelo velho de longas barbas<br />
para convencer o Cavaleiro.<br />
(4 pontos)<br />
(5 pontos)<br />
15
16<br />
6. Refere dois contra-argumentos apresentados pelo Cavaleiro para fundamentar a<br />
necessidade de partir.<br />
7. A partir do momento em que se afasta da aldeia dos lenhadores, o Cavaleiro<br />
enfrenta diversos obstáculos.<br />
Indica dois desses obstáculos, mantendo a ordem pela qual aparecem no texto.<br />
8. A forma como o Cavaleiro vai agindo na sua caminhada pela floresta permite caracterizá-lo.<br />
Indica dois traços de caráter do Cavaleiro, visíveis através das suas atitudes.<br />
9. Transcreve uma expressão que permita localizar a ação no tempo.<br />
10. Uma editora está a organizar duas antologias de textos narrativos com os títulos<br />
seguintes:<br />
Contos e lendas portuguesas Narrativas de autores portugueses<br />
Diz em qual destas antologias incluirias o texto que acabaste de ler, justificando a<br />
tua resposta.<br />
GRUPO III<br />
Responde aos itens que se seguem de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
1. Tendo em conta o artigo de dicionário que se segue para a entrada «trégua», classifica<br />
cada afirmação como verdadeira ou falsa. Corrige as frases falsas.<br />
trégua, n. f. (lat. tranga) 1 Suspensão temporária de armas e hostilidades (usa-se mais no plural). //<br />
2 Descanso; interrupção. // 3 Intervalo, cessação transitória. // 4 Guerra sem tréguas, guerra contínua,<br />
sem interrupção, guerra impiedosa. // 5 Não dar tréguas, não conceder descanso. // 6 Não ter paz nem tréguas,<br />
não ter um momento de descanso. // 7 Pôr tréguas a, interromper. // 8 Sem tréguas, constantemente,<br />
sem intervalo, sem cessar. // 9 (Hist). Trégua de Deus, lei religiosa, aprovada em 1041, a qual proibia<br />
qualquer ato de violência, desde segunda-feira à tarde até quarta-feira de manhã.<br />
José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Ediclube (adaptado)<br />
a) A palavra trégua é um nome feminino de origem latina.<br />
b) A palavra trégua pode ser sinónima de intervalo.<br />
c) A palavra trégua usa-se minoritariamente no plural.<br />
(5 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
45 pontos<br />
(6 pontos)
d) No artigo do dicionário, a palavra trégua está integrada em seis expressões.<br />
e) A palavra trégua possui um significado específico na área da História.<br />
f) Descanso surge como antónimo de trégua.<br />
2. Identifica nas frases seguintes os pronomes relativos.<br />
a) O lenhador que falou tinha grandes barbas.<br />
b) Todos observaram o Cavaleiro, a quem admiravam profundamente.<br />
c) O Cavaleiro acariciou o seu cavalo, que o acompanhara na viagem.<br />
3. Identifica o nome para o qual remete cada um dos pronomes relativos que identificaste<br />
em 2.<br />
Escreve a alínea e a palavra respetiva.<br />
4. Completa cada uma das frases seguintes, usando quatro das formas verbais apresentadas<br />
no quadro.<br />
O Cavaleiro da Dinamarca ________ a) durante horas seguidas. Na realidade já se ________ b)<br />
muito cansado mas já ________ c) que não ia desistir. Amanhã, ________ d)<br />
o final desta narrativa.<br />
decidiu caminhava caminhou reveláramos<br />
sentiu revelaremos decidira sentia<br />
5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, através da letra adequada, de<br />
modo a identificar corretamente a função sintática da expressão destacada.<br />
1. Cavaleiro, ficai esta noite na minha cabana. – disse o lenhador.<br />
2. Calmamente, o Cavaleiro bebeu o leite quente.<br />
3. Não poderei aceitar tão honroso convite, amigo lenhador.<br />
4. O velho lenhador temia pela vida do Cavaleiro.<br />
a) Sujeito<br />
b) Vocativo<br />
5.1. 5.2. 5.3. 5.4.<br />
(3 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
20 pontos<br />
17
18<br />
GRUPO IV<br />
Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade. Escreve<br />
um texto de 18 a 25 linhas.<br />
a) O Cavaleiro tinha decidido partir para Jerusalém, em peregrinação, prometendo<br />
que voltaria na noite de Natal, dois anos depois. Na viagem, fez muitos amigos, conheceu<br />
deslumbrantes cidades europeias e ouviu histórias maravilhosas. Agora, precisa de<br />
cumprir a promessa que fez à sua família.<br />
Como certamente verificaste, o excerto do livro de Sophia de Mello Breyner não nos dá<br />
a conhecer qual terá sido o desfecho da situação vivida pela personagem.<br />
Imagina a conclusão desta história.<br />
No teu texto deves:<br />
– ordenar os acontecimentos logicamente;<br />
– caracterizar os sentimentos do Cavaleiro à medida que vai avançando na floresta;<br />
– introduzir uma expressão conclusiva no final da história.<br />
ou<br />
b) Imagina que o Cavaleiro encontra um velho amigo que tinha vindo à sua procura,<br />
na tentativa de conduzi-lo à sua casa. No entanto, ao encontrarem-se, ambos concluem<br />
que estão perdidos. Perante tal facto, o Cavaleiro considera que deverão continuar o<br />
caminho naquela noite, mas o amigo tenta convencê-lo de que será melhor dormirem<br />
na floresta e retomar o percurso quando o dia nascer.<br />
Dá continuidade à história, incluindo um diálogo entre estas duas personagens,<br />
onde apresentem os argumentos utilizados para defender os seus pontos<br />
de vista.<br />
No teu texto deves:<br />
– respeitar as regras do diálogo;<br />
– introduzir as falas das personagens com verbos como dizer, afirmar, assegurar,<br />
questionar, entre outros;<br />
– usar o vocativo.<br />
FIM<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos
TESTE 3<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Narrativa 2<br />
GRUPO I<br />
Antes de iniciares a audição da entrevista ao escritor angolano Ondjaki, lê as perguntas.<br />
Seguidamente, ouve atentamente a informação presente no vídeo e responde às<br />
questões.<br />
1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.<br />
1.1. A apresentação do livro de Ondjaki realizou-se<br />
a) recentemente, na capital portuguesa.<br />
b) no mês passado, em Lisboa.<br />
c) recentemente, no Brasil.<br />
d) no dia 6, na capital angolana.<br />
1.2. Ondjaki optou por esta dupla edição por<br />
a) uma razão revelada na entrevista.<br />
b) duas razões não divulgadas na entrevista.<br />
c) duas razões explicadas pelo escritor na entrevista.<br />
d) uma razão não mencionada na entrevista.<br />
1.3. Um dos títulos incluídos na dupla edição do livro de Ondjaki, chama-se<br />
a) Fora de mim é o sul.<br />
b) Dentro de mim faz sul.<br />
c) Ato de sangue.<br />
d) Factos de sangue.<br />
Vídeo<br />
Entrevista ao escritor<br />
angolano Ondjaki<br />
(10 pontos)<br />
10 pontos<br />
19
20<br />
5<br />
10<br />
15<br />
1.4. A carreira de Ondjaki como escritor iniciou-se<br />
a) em 2000.<br />
b) em 2001.<br />
c) em 2005.<br />
d) em 2010.<br />
1.5. O escritor angolano escreve<br />
a) com grandes intervalos de tempo.<br />
b) semanalmente.<br />
c) mensalmente.<br />
d) permanentemente.<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.<br />
O Kazukuta<br />
Para o tio Joaquim<br />
Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas 1 e<br />
das goiabas 1 , e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que o<br />
Kazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da casota<br />
dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele.<br />
Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele já<br />
escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e<br />
era capaz de ir procurar um bocadinho de sol pra lhe acudir as feridas, ou<br />
então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio<br />
das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para<br />
eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukuta<br />
naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar.<br />
Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota meio triste, sair e<br />
entrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperas<br />
podres e voltar a entrar na casota dele, talvez ele estivesse a pensar nas<br />
tristezas da vida dele.<br />
Acho que o Kazukuta era um cão triste porque é assim que me lembro<br />
dele. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já
20<br />
25<br />
30<br />
35<br />
40<br />
45<br />
50<br />
os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando. Mesmo nós<br />
só queríamos que ele saísse do caminho e não nos viesse lamber com a<br />
baba dele bem grossa de pingar devagarinho e as feridas quase a nunca<br />
sararem. Acho que o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar<br />
ele tinha alergia ou medo, não sei, devia perguntar ao tio Joaquim. Também<br />
o Kazukuta não passeava na rua e cada vez andava só a dormir mais.<br />
Um dia era de tarde e vi o tio Joaquim dar banho ao Kazukuta. Um<br />
banho de demorar. Fiquei espantado: o tio Joaquim que ficava até tarde a<br />
ler na sala, o tio Joaquim que nos puxava as orelhas, o tio Joaquim silencioso,<br />
como é que ele podia ficar meia hora a dar banho ao Kazukuta?<br />
Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho, deve ser porque era um<br />
banho sincero, deve ser porque o tio punha devagarinho frases ao<br />
Kazukuta, e ele depois ia adormecer. Kazukuta: lembro bem os teus olhos<br />
doces a brilhar tipo um mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tio<br />
Joaquim silencioso – veio te dar banho de mangueira e te falou palavras<br />
tranquilas num kimbundu 2 assim com cheiros da infância dele.<br />
E demorou. Nós já estávamos quase a parar a nossa brincadeira.<br />
Porque afinal a água caía nos pelos do Kazukuta, e os pelos ficavam assim<br />
coladinhos ao corpo, e virados para baixo como se já fossem muito pesados,<br />
e a água acabou, não tinha mais, e mesmo sem fechar a torneira o<br />
tio Joaquim, com a mangueira ainda a pingar as últimas gotas dela, e no<br />
regresso do Kazukuta à casota, depois daquele abano tipo chuvisco de<br />
nós rirmos, o Tio Joaquim deu a notícia que tinha demorado aquele<br />
tempo todo para falar:<br />
– Meninos, a tia Maria morreu.<br />
Até tive medo, não daquela notícia assim muito séria, mas do que<br />
alguém perguntou:<br />
– Mas podemos continuar a brincar só mais um bocadinho?<br />
O tio largou a mangueira, veio nos fazer festinhas.<br />
– Sim, podem.<br />
Vi um sorriso pequenino na boca dele. Às vezes ele aparecia no quintal<br />
sem fazer ruído e espreitava a nossa brincadeira sem corrigir nada. Olhava<br />
de longe como se fosse uma criança quieta com inveja de vir brincar<br />
connosco também.<br />
O tio Joaquim era muito calado e sorria devagarinho como se nunca<br />
soubesse nada das horas e das pressas dos outros adultos. O tio Joaquim<br />
gostava muito de dar banho ao Kazukuta.<br />
VOCABULÁRIO<br />
1 pitangas, goiabas – frutos.<br />
2 Kimbundu – língua da região de Luanda.<br />
Ondjaki, Os da Minha Rua, LeYa<br />
21
22<br />
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
1. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao<br />
sentido do texto.<br />
1.1. O Kazukuta acordava<br />
a) porque tinha fome.<br />
b) devido ao barulho da fruta a cair.<br />
c) visto que o tio Joaquim o chamava.<br />
d) devido aos gritos e à correria das crianças.<br />
1.2. Normalmente, o Kazukuta<br />
a) comia a melhor fruta que caía da árvore.<br />
b) comia os restos da fruta que ninguém queria.<br />
c) devorava a fruta que as crianças lhe davam.<br />
d) não comia fruta.<br />
1.3. De uma forma geral, o sentimento que as crianças e os adultos nutriam por<br />
Kazukuta era de<br />
a) indiferença.<br />
b) admiração.<br />
c) preocupação.<br />
d) carinho<br />
1.4. «… eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e<br />
moscas, às vezes, ele podia estar a pensar.» (linhas 10-12)<br />
Na frase transcrita está presente um recurso expressivo intitulado<br />
a) anáfora.<br />
b) antítese.<br />
c) personificação.<br />
d) eufemismo.<br />
2. O narrador do conto é participante.<br />
Diz se esta afirmação é falsa ou verdadeira, justificando a tua resposta.<br />
3. Um dia, o narrador foi surpreendido pelo facto de o tio Joaquim dar banho ao<br />
Kazukuta.<br />
Refere as razões da surpresa do menino.<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(6 pontos)
4. De acordo com o texto, seleciona as quatro palavras que podem completar a frase<br />
seguinte.<br />
O tio Joaquim, quando dava banho ao Kazukuta, parecia<br />
a) dedicado.<br />
b) desinteressado.<br />
c) apressado.<br />
d) paciente.<br />
e) nervoso.<br />
f) terno.<br />
g) indiferente.<br />
h) afetuoso<br />
5. A determinada altura, o narrador dirige-se diretamente a Kazukuta.<br />
Transcreve uma passagem do texto que comprove esta afirmação.<br />
6. Ao longo da narrativa, é possível identificar diversas características de Kazukuta.<br />
Com base nos dados que o texto te vai fornecendo, elabora o retrato do cão que dá<br />
nome a este conto.<br />
7. O narrador recupera, através da memória, um episódio da sua infância. Terá este<br />
episódio sido importante para o menino?<br />
Apresenta a tua opinião relativamente a esta questão. Justifica a tua resposta.<br />
5<br />
Parte B<br />
Lê atentamente o texto do cartaz do Diário de Notícias.<br />
Conto musical tem estreia mundial em Viana do Castelo<br />
Viana do Castelo acolhe quarta-feira a estreia mundial de um<br />
conto musical assinado pelo compositor francês Jean François Lézé,<br />
inspirado numa obra do escritor angolano Ondjaki, informou hoje a<br />
Academia de Música da cidade.<br />
Denominada «Estória de mil gotas de sonho», a obra musical baseia-se<br />
no conto «Ynari, a menina das cinco tranças», do escritor angolano Ondjaki,<br />
que se deslocará a Viana do Castelo expressamente para assistir à estreia.<br />
(2 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
23
24<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
«A história será contada com música, canto, dança e narração», explicou à<br />
Lusa Carla Barbosa, diretora da Academia de Música de Viana do Castelo.<br />
A interpretação é do Ensemble da Fundação Átrio da Música, sob a<br />
direção musical do maestro Javier Viceiro.<br />
Depois da estreia em Viana do Castelo, será ainda levada ao palco em<br />
Ponte de Lima e Paredes de Coura.<br />
Segundo Jean François Lézé, «Estória de mil gotas de sonho» é um conto<br />
que «pretende ilustrar musicalmente a inocência, a magia da criança e o poder<br />
das palavras (re)descobertas numa viagem ao som da natureza africana».<br />
O compositor destaca a «orquestração sugestiva e ilustrativa» do conto,<br />
cuja narrativa musical se baseia no desenvolvimento do tema principal<br />
(tema da Ynari), composto numa «Kalimba» e executado pelo piano, «Os<br />
djembés representam o coração de África, o flautim o homem muito<br />
pequenino, o violoncelo a avó da Ynari, a tuba o velho muito velho e o<br />
corne-inglês a velha muito velha», explica.<br />
Este conto integra o projeto «Contos com Música... Música com<br />
Contos», que a Academia de Viana do Castelo tem vindo a promover nos<br />
últimos quatro meses deste ano.<br />
Iniciado em 2003 e financiado pelo Ministério da Cultura, este projeto<br />
combina a música, a literatura, as artes visuais e, pontualmente, o teatro e<br />
a dança, com o objetivo de despertar o gosto pela música erudita nas<br />
comunidades educativas do distrito de Viana do Castelo. […]<br />
DN Cartaz, 17 de novembro de 2009 (texto com supressões)<br />
8. Ordena as frases de (1) a (7), fazendo corresponder um número a cada alínea, de<br />
acordo com a sequência pela qual as informações presentes na notícia são apresentadas.<br />
a) Nome do autor do livro que esteve na base da adaptação.<br />
b) Identificação do grupo de atores.<br />
c) Cidades onde a peça será, posteriormente, colocada em cena.<br />
d) Projeto no qual se integra a peça de teatro musical.<br />
e) Dia da estreia.<br />
f) Título do texto que deu origem à peça de teatro.<br />
g) Compositor do conto musical.<br />
9. Indica as informações mais importantes da notícia para alguém que pretende assistir<br />
a esta peça de teatro.<br />
(7 pontos)<br />
(3 pontos)
10. O último parágrafo deste texto jornalístico foi retirado.<br />
Mantendo a coerência da notícia, escreve o parágrafo final, sabendo que deves<br />
incluir a referência a um projeto futuro da Academia de Música de Viana do Castelo.<br />
Não deves ultrapassar as 3 linhas.<br />
GRUPO III<br />
Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com as<br />
orientações que te são dadas.<br />
1. Identifica os advérbios presentes na seguinte frase.<br />
«… o tio punha devagarinho frases ao Kazukuta, e ele depois ia adormecer.»<br />
2. Identifica qual o valor semântico de cada um dos advérbios que identificaste em 1.<br />
(tempo, lugar ou modo).<br />
3. Expande as seguintes frases, acrescentando-lhes um advérbio de predicado.<br />
a) O cão saiu da casota.<br />
b) O tio Joaquim apareceu no quintal.<br />
4. Completa os espaços seguintes, usando as preposições e contrações presentes no<br />
quadro.<br />
Não deves repetir nenhuma palavra.<br />
sem • de • até • à • da • por<br />
Nós estávamos sempre ________ a) espera ________ b) ver a fruta cair. Acordado ________ c) nós, o<br />
Kazukuta caminhava ________ d) junto ________ e) árvore ________ f)<br />
fazer nenhum barulho.<br />
5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de modo a identificar corretamente<br />
o tipo de sujeito presente nas frases.<br />
a) Olhávamos espantados para o tio Joaquim. (1) Sujeito simples.<br />
b) Anoiteceu cedo, naquele dia. (2) Sujeito composto.<br />
c) O tio Joaquim dava banho ao Kazukuta. (3) Sujeito nulo subentendido.<br />
d) Tanto nós como o Kazukuta aguardávamos<br />
a queda das nêsperas.<br />
(4) Sujeito nulo expletivo.<br />
(3 pontos)<br />
45 pontos<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
25
26<br />
6. Observa os grupos verbais destacados nas frases presentes no quadro.<br />
Identifica, atribuindo um número a cada alínea, um grupo verbal constituído<br />
1) por um verbo e por um grupo adjetival.<br />
2) por um verbo e por um grupo adverbial.<br />
3) por um verbo e por um grupo preposicional.<br />
4) apenas pelo verbo.<br />
a) A brincadeira começara.<br />
7. Observa os predicados destacados em cada frase e indica o item (de 1 a 3) que permite<br />
identificar a sua constituição.<br />
a) O tio Joaquim sorria devagarinho. (1) Verbo+complemento oblíquo.<br />
b) O tio gostava do Kazukuta. (2) Verbo+complemento<br />
direto+complemento indireto.<br />
c) Eu ofereci-lhe este livro. (3) Verbo+modificador.<br />
GRUPO IV<br />
Todos nós guardamos na memória episódios que recordamos porque nos marcaram<br />
e continuam a fazer parte do nosso imaginário, por uma ou outra razão.<br />
Escreve um texto narrativo onde recordes um episódio da tua infância, real ou imaginado,<br />
respeitando os seguintes aspetos:<br />
– escreve o texto na primeira pessoa;<br />
– identifica e caracteriza as personagens intervenientes;<br />
– localiza as ações no espaço e no tempo;<br />
– sequencia corretamente as ações.<br />
b) Os meninos estavam alegres.<br />
c) O Kazukuta ficara ali.<br />
d) O cão gostava de carinhos.<br />
Escreve um texto correto e bem estruturado entre 20 e 30 linhas.<br />
FIM<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
20 pontos<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos
TESTE 4<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Narrativa 2<br />
GRUPO I<br />
Antes de iniciares a audição da entrevista ao aventureiro dos ares, Nuno Virgílio, lê<br />
as perguntas.<br />
Depois, ouve atentamente a informação e responde às questões.<br />
1. De acordo com a informação que ouviste, classifica cada afirmação como verdadeira<br />
ou falsa, justificando as frases falsas.<br />
a) Nuno Virgílio começou a praticar parapente por iniciativa própria.<br />
b) O piloto iniciou a atividade desportiva na juventude.<br />
c) Na opinião do entrevistador, o sonho de voar é recorrente durante a infância.<br />
d) O parapente permite explorar um elemento desconhecido para a maior parte<br />
das pessoas.<br />
e) O piloto de parapente assume-se como alguém que tem realizado alguns dos<br />
seus sonhos.<br />
f) O entrevistado afirma que a subida da adrenalina é a melhor sensação durante o<br />
voo.<br />
g) Segundo o entrevistado, na prática do parapente há espírito de competição.<br />
h) Nuno Virgílio é engenheiro aeronáutico.<br />
i) Os conhecimentos adquiridos por Nuno Virgílio na universidade são úteis na sua<br />
prática desportiva.<br />
j) O piloto atingiu o seu recorde pessoal através de um voo em território português.<br />
Áudio • Faixa 24<br />
Entrevista de Valter<br />
Madureira a Nuno<br />
Virgílio, praticante<br />
de parapente<br />
(10 pontos)<br />
10 pontos<br />
27
28<br />
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.<br />
A Composição do Ar<br />
É de crer que logo no início da sua presença na Terra os primeiros<br />
homens tivessem percebido que viviam mergulhados num meio (o ar)<br />
que lhes era indispensável à vida. Na sua mente ainda confusa, mas já<br />
desperta, reconheceriam o prazer de assomar ao buraco da caverna que<br />
lhes servia de habitação protetora, e de aspirar profundamente o ar circundante.<br />
Qualquer coisa lhes penetrava pela boca e pelas narinas, coisa<br />
agradável, reconfortante, e que, segundo lhes deveria parecer, tornava a<br />
sair pelas mesmas entradas, esvaziando-lhes a taxa toráxica.<br />
Reconheceriam também que os mortos já não praticavam essa função<br />
(não respiravam) e que certamente ela estava associada a toda a atividade<br />
do homem, pois bastaria tapar-lhe a boca e apertar-lhe as narinas<br />
demoradamente para que a morte se apoderasse dele.<br />
Não admira que durante milénios o ar, que ninguém vê, fosse imaginado<br />
como um ser sobrenatural que penetrava no corpo dos homens e lhes<br />
concedia a vida. Um deus, portanto. Assim foi considerado o ar como um<br />
deus muito temido, umas vezes protetor, quando se deixava aspirar em<br />
haustos 1 reconfortantes, outras vezes terrível, quando bramia 2 , soprava,<br />
assobiava, fazia estremecer as robustas árvores e as arrancava do solo,<br />
tombando-as. Um deus que merecia toda a veneração e respeito.<br />
Depois, à medida que os milhares de anos se forem sucedendo, quando<br />
os homens começaram a olhar para a Natureza dirigindo-lhes perguntas<br />
de resposta difícil – quem fez o Universo?, como é que tudo foi<br />
construído? Que materiais teriam sido utilizados na sua formação? – o ar<br />
passou a ter um papel importante na interpretação de muitos factos<br />
observados. Assim, há 25 séculos, pensavam os filósofos que o Universo<br />
fora todo construído a partir de quatro «materiais», dos quais um deles era<br />
exatamente o ar. Os outros três eram a água, a terra e o fogo. Não pensavam<br />
bem esses homens, como depois se tornou evidente, mas viveram-se<br />
largas centenas de anos com essa errada convicção.<br />
VOCABULÁRIO<br />
1 haustos – trago, gole (exemplo: gole de água).<br />
Rómulo de Carvalho, A Composição do Ar, Coleção Cadernos de Iniciação Científica 10, Sá da Costa<br />
2 bramia – ressoava.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto.<br />
Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos factos descritos.<br />
Começa a sequência pela letra f).<br />
a) Os homens concluíram que a sensação de respirar era agradável.<br />
b) A partir de determinada altura os homens começaram a interrogar-se sobre a<br />
origem do Universo.<br />
c) Os primeiros homens associavam o ar a um ser sobrenatural.<br />
d) Progressivamente, o ar passou a ter um papel importante na interpretação dos<br />
factos observados.<br />
e) Os homens concluíram que a respiração estava diretamente associada à vida<br />
humana.<br />
f) Provavelmente, os primeiros homens a habitar a Terra aperceberam-se desde<br />
cedo da importância do ar para a sobrevivência da espécie.<br />
g) Os primeiros homens viviam em cavernas.<br />
2. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome «lhes» (linha 6).<br />
5<br />
10<br />
15<br />
Parte B<br />
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.<br />
A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medo<br />
morria de fome. Não hesitou, pois. Despiu-se e com a trouxa de roupa à<br />
cabeça penetrou no líquido esverdinhado de limos 1 , crente de que<br />
alcançaria facilmente a nado o laranjal apetecido.<br />
Mas aconteceu então este fenómeno incrível: à medida que o nadador<br />
se aproximava da outra margem, a água aumentava de volume e a lagoa<br />
dilatava-se. Por mais esforços que despendesse para fincar as mãos na<br />
orla do lago, só encontrava água, água unicamente. A terra afastava-se.<br />
– Bonito! Estou dentro dum lago elástico – descobriu João Sem Medo,<br />
esbaforido.<br />
Mas fiel ao seu sistema de persistência enérgica não renunciou ao<br />
combate.<br />
As margens desviavam-se, mas o rapaz nadava, nadava sempre, com<br />
confiança plena nos seus braços, na força de vontade e no desejo de<br />
vencer.<br />
(9 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
29
30<br />
20<br />
25<br />
30<br />
35<br />
40<br />
45<br />
50<br />
– Eh!, alma do diabo, sofre! – instigou-o por fim uma onda a deitar os<br />
bofes de espuma pela boca fora.<br />
Um peixe insurgiu-se com voz mole:<br />
– Assim não vale! Vê se acabas com isso. Eu e os meus camaradas<br />
peixes queremos dormir em sossego. Vamos, chora!<br />
Uma gaivota baixava de vez em quando para lhe insinuar, baixinho:<br />
– Então? Toma-te infeliz. Soluça. Berra. Chora. Lembra-te de que<br />
seguiste o Caminho da Infelicidade. Não faças essa cara de quem ganhou<br />
a sorte grande.<br />
Por último, uma coruja de mitra 2 pequenina na cabeça e venda nos<br />
olhos – para voar de dia e de noite em perpétua escuridão – segredou -<br />
-lhe ao ouvido:<br />
– Queres laranjinhas? Ouve a minha sugestão: representa a comédia<br />
da dor. Finge que sofres muito, sê hipócrita. Mente. Pede a esmolinha de<br />
uma laranja por amor de Deus. Vá! Não sejas tolo. Chora.<br />
Como única resposta, João Sem Medo repeliu a coruja, fez das tripas<br />
coração e desatou a cantar à sobreposse 3 .<br />
Então, ao som do seu canto, por fora tão vibrante e viril, a fúria das<br />
águas amainou 4 . O rugir das ondas amorteceu lentamente. Um murmúrio<br />
de desistência soprou pela superfície do lago. E João Sem Medo, com<br />
algumas braçadas vigorosas e seguras, logrou pôr o pé em terra perto do<br />
laranjal carregado de pomos de ouro.<br />
Claro, correu logo como um doido para a árvore mais próxima, sôfrego<br />
de engolir meia dúzia de laranjas. Mas, num lance espetacular, os frutos<br />
diminuíram rapidamente de volume até atingirem o tamanho de berlindes<br />
e – zás! – com um estoiro despedaçaram-se no ar.<br />
Humilhado, e a contar com nova surpresa desagradável, abeirou-se de<br />
outra laranjeira. Desta vez, porém, as laranjas transformaram-se em<br />
cabeças de bonecas doiradas e deitaram-lhe a língua de fora.<br />
– A partida anterior teve mais graça! – observou João Sem Medo. […]<br />
Então, numa tentativa suprema, João Sem Medo acercou-se de outra<br />
árvore, sorrateiramente, em bicos de pés.<br />
Tudo inútil. Como se estivessem combinadas, as laranjas e as tangerinas<br />
do pomar desprenderam-se dos troncos, abriram pequeninas asas<br />
azuis e começaram a subir serenamente no céu.<br />
Apesar da fome, João Sem Medo, com os olhos fixos no espetáculo<br />
maravilhoso das bolas de ouro a voarem, não pôde reprimir este clamor<br />
de entusiasmo, braços erguidos para o ar:
55<br />
– Parabéns, Mago. Parabéns e obrigado por este instante, o mais belo<br />
e bem vivido da minha vida. Obrigado. Mas agora ouve o que te peço:<br />
desiste de me perseguir. Convence-te de que, para mim, a felicidade consiste<br />
em resistir com teimosia a todas as infelicidades. E vai maçar outro.<br />
Ouviste? Vai maçar outro.<br />
VOCABULÁRIO<br />
José Gomes Ferreira, Aventuras de João Sem Medo, Diabril,<br />
(texto com supressões)<br />
1 limos – planta da família das algas, que cobre com um tapete verde a superfície das águas estagnadas.<br />
2 mitra – cinta, faixa para a cabeça, diadema.<br />
3 sobreposse – excessivamente, em desafio.<br />
4 amainou – acalmou.<br />
3. Apresenta a razão pela qual João Sem Medo atravessa a lagoa a nado, apesar do<br />
«líquido esverdinhado de limos».<br />
4. Após mergulhar na lagoa, algo de muito invulgar acontece.<br />
Transcreve do segundo parágrafo a frase que se refere a esse acontecimento.<br />
5. Relê a frase «Mas fiel ao seu sistema de persistência enérgica não renunciou ao<br />
combate.» (linhas 11-12)<br />
Explica o sentido das palavras do narrador.<br />
6. Identifica as diversas personagens secundárias que interpelam João sem Medo<br />
durante a travessia da lagoa.<br />
6.1. «Transcreve o conector discursivo que introduz a última personagem.<br />
7. «…Estou dentro dum lago elástico.» (linha 9)<br />
Nesta frase, está presente um recurso expressivo que se chama<br />
a) enumeração.<br />
b) eufemismo.<br />
c) metáfora.<br />
d) comparação.<br />
8. A coruja de mitra dá diversas ordens a João Sem Medo.<br />
Transcreve três formas verbais no modo imperativo utilizadas pela personagem<br />
secundária.<br />
(3 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(5 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
31
32<br />
9. Mantendo a sua atitude positiva e persistente, João alcança a margem e tenta deliciar-se<br />
com as apetitosas laranjas.<br />
Enumera os três acontecimentos surpreendentes que impediram João de realizar o<br />
seu desejo.<br />
10. Após as inacreditáveis peripécias, João Sem Medo dirige ao Mago uma mensagem<br />
onde apresenta a sua opinião sobre a palavra felicidade.<br />
Diz, por palavras tuas, qual a definição apresentada pelo protagonista.<br />
GRUPO III<br />
Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com as<br />
orientações que te são dadas.<br />
1. Relê a seguinte fala da coruja, dita quando João Sem Medo estava a atravessar a<br />
lagoa a nado.<br />
Seleciona a alínea correta para completares a afirmação.<br />
«– Queres laranjinhas? Ouve a minha sugestão: representa a comédia da dor. Finge<br />
que sofres muito, sê hipócrita. Mente. Pede a esmolinha de uma laranja por amor de<br />
Deus. Vá! Não sejas tolo. Chora.»<br />
Nesta fala,<br />
a) é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja ajuda João a atravessar o<br />
lago.<br />
b) é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja apenas pretende que<br />
João oiça o seu conselho.<br />
c) não é respeitado o princípio da cooperação porque João Sem Medo não quer<br />
ouvir a coruja.<br />
d) não é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja não ajuda o menino<br />
desinteressadamente.<br />
(4 pontos)<br />
(5 pontos)<br />
45 pontos<br />
(2 pontos)
2. Lê o excerto transcrito.<br />
Transcreve para cada uma das colunas uma palavra correspondente à classe gramatical<br />
referida.<br />
«A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medo morria de<br />
fome. Não hesitou, pois. Despiu-se e com a trouxa de roupa à cabeça penetrou no líquido<br />
esverdinhado de limos, crente de que alcançaria facilmente a nado o laranjal apetecido.»<br />
(linhas 1-4)<br />
Adjetivo Determinante Conjunção Nome Preposição Quantificador<br />
3. Escolhe o conector adequado para ligares os elementos da coluna A aos elementos<br />
da coluna B, de modo a construíres frases complexas. Só podes usar cada palavra<br />
uma única vez.<br />
a) A lagoa dilatava-se<br />
pois depois de por consequência<br />
A.<br />
b) Chegou ao outro lado da lagoa<br />
c) Correu como um doido<br />
4. Transforma as frases, substituindo o sujeito, o complemento direto e o complemento<br />
indireto pelos pronomes pessoais adequados.<br />
a) João Sem Medo repeliu a coruja.<br />
b) A gaivota e a coruja segredaram ao menino.<br />
5. Identifica a função sintática dos elementos destacados: modificador ou complemento<br />
oblíquo.<br />
a) Ele observava as laranjas na outra margem.<br />
b) João nadava furiosamente.<br />
c) O rapaz gostava de desafios.<br />
d) João colocou a trouxa de roupa na cabeça.<br />
B.<br />
o rapaz não chegava à margem.<br />
muito persistir.<br />
estava esfomeado.<br />
(3 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
33
34<br />
6. Faz corresponder cada alínea a um número do quadro de modo a classificares as<br />
orações.<br />
«A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medo morria de fome.»<br />
a)<br />
«Finge que sofres muito, sê hipócrita.»<br />
b)<br />
As laranjas abriram pequeninas asas azuis que começaram a subir serenamente no céu.<br />
c) d)<br />
1) Oração subordinante.<br />
2) Oração subordinada relativa.<br />
3) Oração subordinada completiva.<br />
4) Oração coordenada copulativa.<br />
GRUPO IV<br />
As aventuras de João Sem Medo não podem terminar por aqui. Agora que saltou o<br />
Muro e fugiu da sua aldeia, Chora -Que-Logo-Bebes, o protagonista vai continuar a<br />
descobrir a Floresta Branca, que, à entrada, tem o seguinte aviso.<br />
É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR.<br />
Tendo em conta esta proibição, serás o narrador da nova aventura de João Sem<br />
Medo. Escreve um texto narrativo, respeitando os seguintes aspetos:<br />
– mantém o narrador na terceira pessoa;<br />
– inclui uma descrição de um local assustador;<br />
– inventa e caracteriza um novo habitante fantástico da Floresta Branca;<br />
– mantém a coerência em relação ao texto que leste.<br />
Escreve um texto correto e bem estruturado entre 20 e 30 linhas.<br />
FIM<br />
(4 pontos)<br />
20 pontos<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos
TESTE 5<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Poesia<br />
GRUPO I<br />
Ouve atentamente uma canção da autoria do grupo português Deolinda. Após a<br />
audição, responde às questões.<br />
1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.<br />
1.1. No início da canção, o sujeito pede ao destinatário que<br />
a) mude de vida e inicie sozinho um novo desafio.<br />
b) continue a viver do mesmo modo.<br />
c) mude de vida e iniciem juntos um novo desafio.<br />
d) esqueça tudo o que viveu.<br />
1.2. Segundo a canção, a vida<br />
a) é vivida calmamente.<br />
b) é vivida de forma moderada.<br />
c) é uma luta a favor do tempo.<br />
d) é uma luta contra o tempo.<br />
1.3. Hoje em dia, na generalidade somos<br />
a) solidários.<br />
b) individualistas.<br />
c) compreensivos.<br />
d) violentos.<br />
1.4. O sujeito convida o destinatário a<br />
a) parar, encostar a bicicleta e sair da corrida.<br />
b) entrar no carro e iniciar a corrida.<br />
c) parar, encostar o carro e sair da corrida.<br />
d) parar, entrar no autocarro e desistir da corrida.<br />
Áudio • Faixa 25<br />
«Um contra o outro»<br />
Deolinda<br />
(9 pontos)<br />
35
36<br />
1.5. Segundo o sujeito, a vida do destinatário é<br />
a) maravilhosa.<br />
b) repetitiva.<br />
c) encantadora.<br />
d) imprevisível.<br />
1.6. A primeira frase do refrão da música é:<br />
a) Sai da casa e vem sozinho para a rua.<br />
b) Fica em casa, não venhas para a rua.<br />
c) Fica em casa comigo.<br />
d) Sai de casa e vem comigo para a rua.<br />
2. Completa os espaços em branco do refrão da música:<br />
«vem, que essa vida que ________ a) /Por mais vidas que tu ________ b) /é a tua que/ mais<br />
________ c) se não vens.<br />
(1 ponto)<br />
10 pontos
Lê atentamente o seguinte regulamento.<br />
Regulamento<br />
1. O concurso Faça lá um poema decorrerá<br />
entre dezembro de 2010 e março de 2011,<br />
destinando-se a premiar poemas escritos<br />
por alunos dos seguintes níveis educativos:<br />
• 1. o Ciclo do Ensino Básico<br />
• 2. o Ciclo do Ensino Básico<br />
• 3. o Ciclo do Ensino Básico<br />
• Ensino Secundário<br />
2. A participação no concurso é individual.<br />
3. Calendarização das atividades<br />
• Seleção dos melhores trabalhos pelas<br />
escolas agrupadas (máximo de 1 poema<br />
por cada nível de ensino) e respetivo envio<br />
para a sede do agrupamento – até 21 de<br />
janeiro de 2011.<br />
• Submissão do formulário pela sede do<br />
agrupamento, com os trabalhos selecionados.<br />
(máximo 4 por sede de agrupamento,<br />
1 poema por cada nível de ensino) –<br />
até 4 de fevereiro de 2011.<br />
4. Não há qualquer tema obrigatório para<br />
os poemas a concurso.<br />
5. O formulário do concurso deverá ser<br />
devidamente preenchido no endereço do<br />
Plano nacional de leitura e submetido por<br />
um professor responsável.<br />
(http://sipnl.planonacionaldeleitura.gov.pt/login.jsp)<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
DIA MUNDIAL DA POESIA<br />
CONCURSO FAÇA LÁ UM POEMA<br />
2010-2011<br />
6. Só serão consideradas válidas as inscrições<br />
com os dados de identificação da escola e dos<br />
participantes e submetidas dentro do prazo.<br />
7. Os trabalhos serão avaliados por um<br />
júri de cinco elementos designados pelo<br />
Plano nacional de leitura e pelo Centro<br />
Cultural de Belém.<br />
8. Os trabalhos que não corresponderem<br />
às cláusulas do presente regulamento<br />
serão desclassificados.<br />
9. Não haverá recurso das decisões do júri.<br />
10. Os prémios a atribuir aos três primeiros<br />
classificados de cada nível de ensino<br />
serão anunciados oportunamente.<br />
11. As escolas dos alunos premiados serão<br />
contempladas com um conjunto de livros.<br />
12. Os trabalhos premiados serão divulgados<br />
no Sítio dos Concursos no Portal do PNL.<br />
13. Os premiados serão convidados a apresentar<br />
pessoalmente os seus trabalhos na<br />
cerimónia pública de entrega dos<br />
prémios, a realizar em 20 de março de<br />
2011 (Dia Mundial da Poesia), no CCB –<br />
Centro Cultural de Belém – Lisboa.<br />
14. Os encargos com o transporte e o alojamento<br />
dos premiados serão da responsabilidade<br />
da organização do concurso.<br />
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/upload/ficheiros/regulamento_flp(1).pdf (adaptado)<br />
37
38<br />
1. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa que<br />
completa cada afirmação, de acordo com a informação presente no regulamento.<br />
1.1. Um regulamento é<br />
a) uma narrativa.<br />
b) uma descrição.<br />
c) uma enumeração de normas.<br />
d) um texto de opinião.<br />
1.2. O concurso Faça lá um Poema<br />
a) decorre no ano de 2010.<br />
b) decorre no ano de 2011.<br />
c) inicia-se em 2010 e termina em 2011.<br />
d) realiza-se em 2012.<br />
1.3. O concurso está aberto<br />
a) a todos os alunos dos ensinos básico e secundário.<br />
b) exclusivamente a alunos do ensino básico.<br />
c) exclusivamente a alunos do ensino secundário.<br />
d) a alunos dos 2. o e 3. o ciclos do ensino básico e do ensino secundário.<br />
1.4. O formulário do concurso deverá<br />
a) ser enviado pelo correio.<br />
b) preenchido diretamente na página da internet do Plano nacional de leitura.<br />
c) entregue pessoalmente no Ministério da Educação.<br />
d) ser recolhido por um responsável do Plano nacional de leitura.<br />
2. Identifica as afirmações verdadeiras e falsas, corrigindo as frases falsas.<br />
a) Cada escola pode concorrer, no máximo, com quatro poemas.<br />
b) Os poemas devem obedecer a um tema obrigatório.<br />
c) Não serão aceites trabalhos fora do prazo.<br />
d) Os cinco elementos do júri são designados pela escola.<br />
e) Os concorrentes não podem recorrer da decisão do júri.<br />
f) As escolas pagarão o transporte e o alojamento dos alunos concorrentes.<br />
(8 pontos)<br />
(6 pontos)
Parte B<br />
Lê o poema de António Gedeão. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário<br />
apresentado.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
Poema do Homem-Rã<br />
Sou feliz por ter nascido<br />
no tempo dos homens-rãs<br />
que descem ao mar perdido<br />
na doçura das manhãs.<br />
Mergulham, imponderáveis 1 ,<br />
por entre as águas tranquilas,<br />
enquanto singram 2 , em filas,<br />
peixinhos de cores amáveis.<br />
Vão e vêm, serpenteiam,<br />
em compassos de ballet.<br />
Seus lentos gestos penteiam<br />
madeixas que ninguém vê.<br />
Com barbatanas calçadas<br />
e pulmões a tiracolo,<br />
roçam-se os homens no solo<br />
sob um céu de águas paradas.<br />
Sob o luminoso feixe 3<br />
correm de um lado para outro,<br />
montam no lombo de um peixe<br />
como no dorso de um potro 4 .<br />
Onde as sereias de espuma?<br />
Tritões 5 escorrendo babugem 6 ?<br />
E os monstros cor de ferrugem<br />
rolando trovões na bruma 7 ?<br />
Eu sou o homem. O Homem.<br />
Desço ao mar e subo ao céu.<br />
Não há temores que me domem<br />
É tudo meu, tudo meu.<br />
VOCABULÁRIO<br />
António Gedeão, Obra completa, Relógio d’Água<br />
1 imponderáveis – imprevisíveis. 3 feixe – porção de luz. 5 Tritões – deuses marinhos. 7 bruma – nevoeiro.<br />
2 singram – navegam. 4 potro – cavalo jovem. 6 babugem – espuma.<br />
39
40<br />
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
3. Indica a razão da felicidade do sujeito poético.<br />
4. Identifica e caracteriza o espaço onde se movimentam os homens-rãs.<br />
5. Transcreve todas as formas verbais que se referem aos movimentos dos homens-<br />
-rãs.<br />
6. «Com barbatanas calçadas e pulmões a tiracolo».<br />
Explica por palavras tuas a expressão destacada.<br />
6.1. Identifica o recurso expressivo presente na expressão transcrita em 6.<br />
7. Caracteriza os homens-rãs através de dois adjetivos à tua escolha.<br />
8. Faz o levantamento de seis palavras que te permitam formar um campo lexical de<br />
mar.<br />
9. Identifica qual dos cinco sentidos é privilegiado no poema, justificando a tua<br />
resposta.<br />
10. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa que<br />
completa cada afirmação, de acordo com a estrutura do poema.<br />
10.1. As quatro últimas estrofes do poema são<br />
a) quintilhas. c) sextilhas.<br />
b) quadras. d) tercetos.<br />
10.2. Os quatro primeiros versos do poema têm<br />
a) seis sílabas métricas. c) sete sílabas métricas.<br />
b) cinco sílabas métricas. d) oito sílabas métricas.<br />
10.3. A rima usada na terceira estrofe é<br />
a) cruzada. c) interpolada.<br />
b) emparelhada. d) branca.<br />
11. Ao ler a última estrofe, um aluno afirmou:<br />
«Este poema elogia o homem moderno».<br />
Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta.<br />
(2 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(5 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
45 pontos
GRUPO III<br />
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.<br />
1. Preenche os espaços em branco com as formas adequadas dos verbos entre parênteses,<br />
usando apenas tempos simples.<br />
Quero que tu ___________________ (observar) os homens-rãs. Ainda que ___________________<br />
(chove), vai até junto do mar. Se nós ___________________ (ver) uma sereia, ficávamos com<br />
uma história para contar.<br />
2. Lê, com atenção, as palavras que formam os grupos da tabela 1 .<br />
Em que grupo, A, B, C ou D, integrarias as palavras da tabela 2 , de forma a<br />
respeitares a coerência dos mesmos grupos, quanto ao processo de formação de<br />
palavras? Escreve a letra que identifica esse grupo.<br />
1<br />
2<br />
A. B. C. D.<br />
impossível<br />
destemido<br />
lentamente<br />
temível<br />
3. Indica quatro palavras da família de mar.<br />
guarda-sol<br />
azul-celeste<br />
1) homens-rãs Grupo ___________<br />
2) luminoso Grupo ___________<br />
3) imponderáveis Grupo ___________<br />
4) entardecer Grupo ___________<br />
enfeitiçar<br />
esverdeado<br />
4. Identifica o modificador de nome presente na expressão «águas tranquilas».<br />
5. Amplia a seguinte frase com modificadores do nome, tendo em conta as indicações<br />
entre parênteses.<br />
As sereias (grupo preposicional) deslizavam pelas águas (grupo adjetival).<br />
6. Na frase «Eu sou o Homem e conquisto o mar e o céu«, identifica, transcrevendo.<br />
a) duas orações coordenadas.<br />
b) o sujeito da primeira oração.<br />
c) a função sintática da expressão o Homem.<br />
d) a função sintática da expressão o mar e o céu.<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
20 pontos<br />
41
42<br />
Realiza as duas atividades de escrita.<br />
GRUPO IV<br />
a) O poema que leste inclui diversos elementos marinhos. Constrói um glossário<br />
pessoal de seres do mar que conheças, ou de outros inventados por ti (8 a 10<br />
palavras).<br />
b) Agora, na posse do teu glossário, imagina que a edição do jornal da tua escola<br />
deste mês era dedicada ao tema «Mar».<br />
A partir de uma palavra (ou mais) do teu glossário, elabora um pequeno texto, de<br />
10 a 15 linhas, onde apresentes a defesa de um dos seres referidos ou imaginados<br />
por ti no glossário.<br />
Coloca um título no teu texto.<br />
FIM<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos
TESTE 6<br />
NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N. O : _____________<br />
Teatro<br />
GRUPO I<br />
Ouve atentamente a opinião do escritor António Torrado, no programa da TSF Nota<br />
de Autor.<br />
1. No final da audição deves ser capaz de<br />
a) dizer qual a opinião do escritor sobre o teatro para crianças e jovens em Portugal.<br />
b) indicar o encenador cujo comportamento se destaca da maioria relativamente<br />
às peças infantis.<br />
c) identificar a primeira peça mencionada por António Torrado, em cena no teatro<br />
Trindade.<br />
d) indicar o público a quem se dirige a peça identificada em d).<br />
e) identificar o nome do ator destacado pelo seu desempenho na peça para adultos.<br />
Áudio • Faixa 26<br />
António Torrado,<br />
entrevista radiofónica<br />
(10 pontos)<br />
10 pontos<br />
43
44<br />
A<br />
B<br />
Lê atentamente os textos A e B.<br />
GRUPO II<br />
Parte A<br />
Mentira e Autenticidade<br />
Espetáculo Centro Cultural de Belém<br />
Que formas tem o nosso corpo de se esconder, de<br />
mentir, de se mostrar? Estas são as questões colocadas<br />
neste espetáculo da coreógrafa Aldara Bizarro,<br />
um trabalho sobre o corpo, inserido no Projeto Respira<br />
2011. Mentira e Autenticidade é um projeto de experimentação<br />
artística aliado à criação de um espetáculo<br />
de dança, que conta com a participação de alunos do<br />
sexto ano de três localidades diferentes.<br />
Alunos, professores e a restante comunidade são<br />
envolvidos na criação artística, através de uma proposta<br />
genuína de partilha e de pesquisa.<br />
Para maiores de seis anos, o espetáculo decorre<br />
nos dias 7 e 8 deste mês.<br />
7 e 8 de janeiro_Pç. do Império / 213 612 400 / www.ccb.pt<br />
K’Cenas<br />
Curso de teatro ATL Carnide Centro<br />
Destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos que<br />
gostam de teatro e que querem aprofundar conhecimentos<br />
nesta área, a Associação Tenda Palhaços do<br />
Mundo, em colaboração com a Junta de Freguesia<br />
de Carnide, promove o curso de teatro K’Cenas.<br />
O curso, com inscrições já abertas, decorre de 10 de<br />
janeiro a 2 de julho, às segundas e quartas, sob orientação<br />
do ator António Manuel, a quem os participantes<br />
podem colocar todas as dúvidas sobre o que é ser ator.<br />
10 de janeiro a 2 de julho_Rua dos Táxis Palhinhas / 939 749 701/2 / www.tenda.pt<br />
Agenda Cultural de Lisboa, janeiro 2011
1. Indica a fonte dos textos A e B.<br />
2. Identifica o público-alvo das atividades culturais divulgadas em cada um dos artigos.<br />
3. Refere as entidades promotoras do curso de teatro K´Cenas.<br />
4. Seleciona a alínea correta para completares cada frase.<br />
4.1. As inscrições para o curso de teatro<br />
a) abrirão brevemente.<br />
b) já abriram.<br />
c) abrirão a 10 de janeiro.<br />
d) decorrerão entre janeiro e julho.<br />
4.2. O curso de teatro funcionará<br />
a) mensalmente.<br />
b) semanalmente.<br />
c) duas vezes por semana.<br />
d) diariamente.<br />
4.3. «Mentira e autenticidade» é o nome de um<br />
a) espetáculo de dança.<br />
b) projeto experimental e interativo.<br />
c) espetáculo musical.<br />
d) curso de teatro.<br />
4.4. Relativamente aos locais onde decorrem os espetáculos,<br />
a) não são fornecidas informações exatas.<br />
b) há referências explícitas nos textos.<br />
c) há informações vagas nos textos.<br />
d) não há qualquer informação nos textos.<br />
(2 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
45
46<br />
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
30<br />
35<br />
Lê atentamente o texto.<br />
Parte B<br />
O PAI está na sala, sentado à mesa, a limpar o pó a uma das suas<br />
preciosas telefonias.<br />
PAI Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder a<br />
paciência… Bolas!... Um intercomunicador para pôr no quarto<br />
do bebé! Se já se viu! E é logo uma porrada de dinheiro! Isto<br />
depois de ter comprado um guarda-roupa de bebé completo,<br />
que a criança fica vestida até lhe caírem os dentes de leite!<br />
Não sei quantas camisolinhas de todas as cores e feitios, não<br />
sei quantas calças, calcinhas, calções, porque estavam em<br />
saldo! (A VANESSA entra, sorrateira, e fica a ouvir o PAI, que<br />
não dá por ela) Pois não, quem é que havia de querer comprar<br />
aquela porcaria? Agora dá-lhe para comprar pela televisão<br />
um intercomunicador para ouvir o bebé a chorar no quarto!<br />
Como se não se ouvisse bem na sala. Como se vivêssemos<br />
num palácio imenso e não se ouvisse perfeitamente tudo que<br />
cada um faz em cada canto da casa! Se até se ouvem os vizinhos<br />
do quinto andar!<br />
VANESSA Que têm a mania de ir fazer chichi ao meio da noite e puxar o<br />
autoclismo!<br />
PAI Ah! Estavas aí?<br />
VANESSA Estavas a falar sozinho ou com a telefonia?<br />
PAI Com a telefonia. As pessoas crescidas não falam sozinhas.<br />
VANESSA Ó Pai, é verdade que ninguém sabe onde é que está Deus?<br />
PAI Que raio de pergunta! Por que é que queres saber isso?<br />
VANESSA A Mãe diz que é Deus que decide se ela vai ter um rapaz ou<br />
uma rapariga.<br />
PAI Ah, disse? Bem, é capaz de ser…<br />
VANESSA E o parvalhão do Rodrigo disse logo que Deus sabia tudo mas<br />
que nós é que não sabíamos onde é que Ele está e por isso<br />
não podíamos perguntar e a Fada Marina…<br />
PAI Quem?<br />
VANESSA Esquece. O que é que tu achas? É Deus que sabe mas não<br />
diz?<br />
PAI Eu acho que Deus é uma coisa que se encontra nas células<br />
das pessoas.<br />
VANESSA Como o sangue?
40<br />
45<br />
50<br />
55<br />
60<br />
65<br />
70<br />
75<br />
PAI Uma célula tem uma data de cromossomas e nos cromossomas<br />
estão os genes, quer dizer, o código genético.<br />
VANESSA Sim, está bem, mas quem é que decide?<br />
PAI Eu é que decido.<br />
VANESSA Tu?<br />
PAI Sim eu, mas é sem querer.<br />
VANESSA Sem querer? Uma coisa tão importante e ninguém liga nenhuma!<br />
A Mãe diz que tanto lhe faz, e tu achas que decides sem<br />
querer?<br />
PAI O que eu quero dizer é que é o pai da criança que tem os<br />
cromossomas X ou Y, olha, já não me lembro. Se quiseres vai<br />
ali buscar a Enciclopédia.<br />
VANESSA Não, deixa, não vale a pena.<br />
PAI Vale a pena sim senhor, eu é que não me lembro, acho que é<br />
o cromossoma Y que decide o rapaz. À partida, todas as pessoas<br />
são raparigas.<br />
VANESSA Pá, não me digas!<br />
PAI Deixa ver se me lembro, que eu já estudei isso há uma data<br />
de tempo. Ora deixa cá ver. É assim: o pai tem cromossomas<br />
X e Y e a mãe tem só X. Quer dizer que, quando fazem um<br />
bebé, metade dos cromossomas do pai são Y, portanto se há<br />
uma fusão de dois… gâmetas, acho que se chamam gâmetas<br />
X, nasce uma rapariga, se se juntam um gâmeta X fornecido<br />
pela mãe e um Y fornecido pelo pai nasce um rapaz…<br />
VANESSA Mas quem é que decide? Quem é que decide?<br />
PAI Há cinquenta por cento de hipóteses de ser rapaz e cinquenta<br />
por cento de hipóteses de ser rapariga.<br />
VANESSA (percebendo) Ninguém decide! É completamente ao calhas!<br />
PAI Sim, é por acaso.<br />
VANESSA Quer dizer que eu podia ter nascido rapaz?<br />
PAI Claro, se o meu cromossoma Y se tivesse juntado ao X da<br />
mãe.<br />
VANESSA O X da mãe, estou a ver… Isso é uma confusão de letras…<br />
Mas o que interessa é que é ao calhas, nasce-se rapariga por<br />
acaso, não é porque alguém quer ou não quer… Não é castigo.<br />
É boa, e eu a pensar…<br />
PAI O que é que pensavas, diz lá?<br />
VANESSA Pai, não sei! Cada um diz a sua coisa, ninguém se entende!<br />
(Zangada) Podiam-se pôr de acordo sobre qual é a história<br />
que devem contar às crianças.<br />
Luísa Costa Gomes, Vanessa vai à luta, Livros Cotovia<br />
47
48<br />
5. Identifica as personagens em cena.<br />
6. Indica o espaço cénico onde decorre a ação.<br />
7. Caracteriza, através de dois adjetivos, o estado de espírito do Pai no início da cena,<br />
apresentando as razões que o motivaram.<br />
8. Transcreve uma indicação cénica que indique a entrada de personagens em cena.<br />
9. No início do diálogo, Vanessa pergunta: «Ó Pai, é verdade que ninguém sabe onde é<br />
que está Deus?» Apresenta as razões da preocupação da menina.<br />
10. Seleciona a alínea correta para completares a frase.<br />
10.1. Perante as dúvidas de Vanessa, o Pai<br />
a) repete a explicação da mãe.<br />
b) concorda com Rodrigo.<br />
c) tenta apresentar à menina uma explicação científica.<br />
d) não apresenta qualquer explicação.<br />
10.2. Quando o pai afirma «Eu é que decido.» (linha 40), quer dizer<br />
a) que tem poder para decidir qual o sexo do bebé.<br />
b) que é um cromossoma masculino que determina o sexo da criança.<br />
c) que ele é que dá as ordens.<br />
d) que ele é que decide se compram o intercomunicador ou não.<br />
10.3. Depois da explicação do pai, Vanessa concluiu que<br />
a) os pais podiam decidir o sexo do bebé mas não o fazem.<br />
b) Deus é que decide qual o sexo do bebé.<br />
c) o Pai é que decide qual o sexo do bebé.<br />
d) ninguém tem poder de decisão sobre o sexo do bebé.<br />
11. Explica a razão do sentimento de Vanessa presente na última indicação cénica.<br />
12. O pai e a mãe de Vanessa vão ter outro bebé e conversaram sobre a forma como<br />
deveriam falar deste acontecimento aos dois filhos, Vanessa e Rodrigo.<br />
Tendo em conta o texto, diz se esta afirmação é falsa ou verdadeira, justificando a<br />
tua resposta.<br />
(3 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(6 pontos)<br />
45 pontos
GRUPO III<br />
Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com as<br />
orientações que te são dadas.<br />
1. Lê a frase e identifica a classe da palavra destacada.<br />
«Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder a paciência… Bolas!...»<br />
1.1. Escreve uma frase, usando uma palavra homónima da expressão destacada.<br />
2. Justifica o uso da pontuação no seguinte excerto.<br />
«Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder a paciência… Bolas!... Um intercomunicador<br />
para pôr no quarto do bebé! Se já se viu!»<br />
3. Faz corresponder um sinal de pontuação a cada alínea no seguinte texto.<br />
Deves usar o ponto final, os dois pontos, a vírgula e o ponto de interrogação.<br />
Vanessa tem uma dúvida preocupante ______ a) o bebé que a mãe espera será menino<br />
ou menina ______ b) A menina já perguntou à mãe ______ c) ao pai e até ______ d) vejam lá ______ e) à<br />
fada Marina ______. f)<br />
4. Passa para o discurso indireto a seguinte fala.<br />
«Pai, não sei! Cada um diz a sua coisa, ninguém se entende! Podiam-se pôr de acordo<br />
sobre qual é a história que devem contar às crianças.»<br />
5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de forma a identificares<br />
a que uso do condicional corresponde cada uma das frases.<br />
a) Eu gostaria de ir ao teatro.<br />
b) Poderia dar-me a sua opinião sobre a peça?<br />
c) A mãe comprou os bilhetes, mas eu viajaria três<br />
dias depois.<br />
d) Se não tivesse viajado, assistiria à peça.<br />
6. Transforma a frase seguinte numa frase passiva.<br />
A menina escutava atentamente as palavras do pai.<br />
1) Indicar uma possibilidade que não se concretiza.<br />
2) Indicar algo que se concretizou no passado.<br />
3) Fazer um pedido.<br />
4) Exprimir um desejo.<br />
(2 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(3 pontos)<br />
(4 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
(2 pontos)<br />
20 pontos<br />
49
50<br />
GRUPO IV<br />
Imagina que tinhas a possibilidade de escrever um guião de dramatização, dando<br />
continuidade à cena que leste da peça Vanessa vai à Luta. Escreve a continuação desse<br />
texto, construindo uma nova cena.<br />
No texto deves incluir:<br />
– uma indicação cénica inicial que permita localizar a ação no espaço;<br />
– as personagens Vanessa, Mãe e Rodrigo (irmão de oito anos) e outras que consideres<br />
adequadas;<br />
– indicações cénicas nas falas das personagens.<br />
Escreve um texto de 20 a 30 linhas.<br />
(25 pontos)<br />
25 pontos
CENÁRIOS DE RESPOSTA<br />
TESTE 1<br />
Grupo I<br />
Página 2<br />
1.1 b).<br />
1.2 c).<br />
1.3 d).<br />
2. Os premiados são designados narradores da memória porque<br />
são porta-vozes e intérpretes das memórias dos lugares, e de<br />
um conjunto de informações muito importante para a memória<br />
coletiva.<br />
3. As pessoas premiadas vivem isoladas nas aldeias, nos lares de<br />
terceira idade ou nos centros de dia.<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 3 a 6<br />
1. d); e); a); g); c); f); b).<br />
2. O conto desenvolve-se a partir do momento em que o rei<br />
lança um desafio aos três filhos, que consiste em atirar uma<br />
pedra o mais longe que puderem, de forma a encontrarem a<br />
respetiva noiva.<br />
3. Duas das peripécias são, por exemplo, a apresentação, pelo<br />
filho mais novo, da noz ao rei, de onde sai uma fina tela interminável,<br />
e o momento da transformação da rã em princesa.<br />
4. A personagem principal é a rã, uma vez que é ela que soluciona,<br />
da melhor forma, todos os desafios lançados pelo rei.<br />
5.1 c);<br />
5.2 c).<br />
6. O aluno Y cita o provérbio que melhor se aplica a este conto,<br />
pois todos julgaram negativamente a rã somente pelo seu<br />
aspeto exterior.<br />
Parte B<br />
Páginas 6 e 7<br />
7. Calvin deseja oferecer a Susie um ramo de flores no dia dos<br />
namorados, no entanto procura flores murchas, facto que surpreende<br />
a vendedora. Na primeira tira, Calvin conversa com<br />
Hobbes, mostrando-lhe que está a escrever um cartão em<br />
forma de coração para Susie, mas a mensagem não é carinhosa,<br />
como seria expectável.<br />
8. No dia dos namorados, seria esperado que Calvin enviasse um<br />
bonito ramo a Susie e uma mensagem que traduzisse o seu<br />
carinho pela amiga, porém o menino acaba por oferecer-lhe<br />
flores murchas e um cartão dizendo que a odeia.<br />
9. Na terceira tira, são destacadas as palavras de Susie, que<br />
retribui a oferta de Calvin, ofendendo-o verbalmente, chamando-lhe<br />
«cabeça de alho chocho.».<br />
10. Na última vinheta, destaca-se a palavra «gosta», uma vez<br />
que esta é repetida nos balões de pensamento de Susie e<br />
Calvin. Este destaque demonstra que as personagens<br />
nutrem afeto uma pela outra, apesar de não conseguirem<br />
demonstrá-lo por palavras, ou seja, têm um problema de<br />
comunicação.<br />
Grupo III<br />
Páginas 7 e 8<br />
1. O princípio da cortesia não é respeitado porque Calvin afirma,<br />
no cartão dos dia dos namorados, «Susie, odeio-te. Oxalá caias<br />
redonda.» Susie retribui a ausência de cortesia, gritando-lhe<br />
«Calvin, cabeça de alho chocho.»<br />
2. a); d).<br />
3. diário; anelar.<br />
4. duas.<br />
5.<br />
a) O filho mais novo trazia consigo a noz dada pela noiva.<br />
b) Comprei-vos este livro.<br />
c) Gostaria de lhes recontar esta história.<br />
d) Posso ler o texto convosco.<br />
6.<br />
a) – 4)<br />
b) – 3)<br />
c) – 1)<br />
d) – 2)<br />
7.<br />
a) – não só.<br />
b) – como também.<br />
c) – pois.<br />
d) – mas.<br />
TESTE 2<br />
Grupo I<br />
Páginas 10 e 11<br />
a) Falsa. A narrativa oral é dividida em quadros.<br />
b) Falsa. Algumas lendas portuguesas nasceram fora do território<br />
nacional.<br />
c) Esta lenda é protagonizada por três cavaleiros do norte do país.<br />
d) Verdadeira.<br />
e) Verdadeira.<br />
2.1 B.<br />
2.2 B.<br />
2.3 C.<br />
3. A personagem é uma mulher que vai muito carregada, deslocando-se<br />
a pé, em peregrinação a Santiago de Compostela.<br />
Nota: Relativamente ao grupo IV, expressão escrita, sugere-se a utilização dos critérios propostos no exame nacional de 9. o ano.<br />
51
52<br />
CENÁRIOS DE RESPOSTA<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 11 a 13<br />
1. (2); (6); (7); (1); (5); (3); (4).<br />
2. «estrela da sorte».<br />
3.1 a).<br />
3.2 c).<br />
3.3 c).<br />
Parte B<br />
Páginas 14 a 16<br />
4. O Cavaleiro foi recebido de forma acolhedora pelos lenhadores.<br />
5. O lenhador alerta o Cavaleiro dizendo-lhe que durante a noite<br />
irá nevar e que a floresta está repleta de lobos esfomeados.<br />
6. O cavaleiro contra-argumenta, afirmando que nasceu na floresta<br />
e conhece todos os seus atalhos e que prometeu à família<br />
e amigos chegar a sua casa naquela mesma noite.<br />
7. Dois dos obstáculos que surgiram perante o Cavaleiro foram<br />
a neve que caía e os lobos que se colocaram no seu caminho.<br />
8. Ao longo da sua caminhada, o Cavaleiro revela-se corajoso e<br />
determinado.<br />
9. «Hoje é noite de trégua, noite de Natal».<br />
10. Este texto deve ser integrado na antologia «Narrativas de<br />
autores portugueses», uma vez que é da autoria de Sophia de<br />
Mello Breyner. É possível identificar características do conto<br />
de autor, nomeadamente dados referentes à localização<br />
espacial e temporal.<br />
Grupo III<br />
Páginas 16 e 17<br />
1.<br />
a) Verdadeira.<br />
b) Verdadeira.<br />
c) Falsa. Trégua usa-se, maioritariamente, no plural.<br />
d) Verdadeira.<br />
e) Verdadeira.<br />
f) Falsa. Descanso surge como sinónimo de trégua.<br />
2.<br />
a) «que».<br />
b) «quem».<br />
c) «que».<br />
3.<br />
a) «o lenhador».<br />
b) «o Cavaleiro».<br />
c) «o seu cavalo».<br />
4.<br />
a) «caminhou»;<br />
b) «sentia»;<br />
c) «decidira»;<br />
d) «reveláramos».<br />
5.<br />
5.1 b).<br />
5.2 a).<br />
5.3 b).<br />
5.4 a).<br />
TESTE 3<br />
Grupo I<br />
Páginas 19 e 20<br />
1.1 a).<br />
1.2 c).<br />
1.3 b).<br />
1.4 a).<br />
1.5 d).<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 20 a 23<br />
1.1 d).<br />
1.2 b).<br />
1.3 a).<br />
1.4 c).<br />
2. A afirmação é verdadeira, visto o texto ser escrito na primeira<br />
pessoa e o narrador ser personagem da história que conta<br />
(«Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho.»)<br />
3. O menino ficou surpreendido porque o tio Joaquim era muito<br />
solitário, autoritário e pouco simpático e as crianças não<br />
esperavam que se mostrasse afetivo.<br />
4. a); e); h); j).<br />
5. «…Kazukuta: lembro bem os teus olhos doces a brilhar tipo<br />
um mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tio Joaquim<br />
silencioso – veio te dar banho de mangueira…».<br />
6. O Kazukuta era um cão pachorrento, com o corpo coberto de<br />
feridas, ramelas nos olhos, triste e solitário. Parecia, também,<br />
um cão afetuoso e carente, talvez pelo facto de ninguém lhe<br />
dar a devida atenção.<br />
7. O episódio foi importante para o narrador pois permanece na<br />
sua memória. Por um lado, o menino recorda o cão mas<br />
sobretudo o facto de o tio ter revelado a sua afetividade e<br />
humanidade ao dar banho ao Kazukuta.<br />
Parte B<br />
Páginas 23 a 25<br />
8.<br />
a) – 3) e) – 2)<br />
b) – 5) f) – 4)<br />
c) – 6) g) – 1)<br />
d) – 7)
9. As informações mais importantes para um espetador são<br />
aquelas que se encontram no parágrafo inicial, isto é, a identificação<br />
da peça teatral, a data e o local da estreia.<br />
10. A Academia de Música de Viana do Castelo projeta a produção<br />
de um DVD com os diversos contos musicais encenados<br />
ao longo de vários anos.<br />
Grupo III<br />
Páginas 25 e 26<br />
1. Devagarinho; depois.<br />
2. Modo; tempo.<br />
3. a) O cão saiu de casa hoje.<br />
b) O tio Joaquim apareceu logo no quintal.<br />
4.<br />
a) à;<br />
b) de;<br />
c) por;<br />
d) até;<br />
e) da;<br />
f) sem.<br />
5.<br />
a) – (3)<br />
b) – (4)<br />
c) – (1)<br />
d) – (2)<br />
6.<br />
a) – (4)<br />
b) – (1)<br />
c) – (2)<br />
d) – (3.<br />
7.<br />
a) – (3)<br />
b) – (1)<br />
c) – (2)<br />
TESTE 4<br />
Grupo I<br />
Página 27<br />
a) Falsa. O entrevistado começou a praticar parapente por<br />
influência do pai.<br />
b) Verdadeira.<br />
c) Falsa. Na opinião do entrevistado…<br />
d) Verdadeira.<br />
e) Verdadeira.<br />
f) Falsa. A melhor sensação é de liberdade.<br />
g) Verdadeira.<br />
h) Falsa. O entrevistado é engenheiro mecânico.<br />
i) Verdadeira.<br />
j) Verdadeira.<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 28 e 29<br />
1. f); g); a); e); c); b); d).<br />
2. «os primeiros homens».<br />
Parte B<br />
Páginas 29 a 32<br />
3. João Sem Medo estava a morrer de fome e na outra margem<br />
havia um laranjal.<br />
4. «…à medida que o nadador se aproximava da outra margem, a<br />
água aumentava de volume e a lagoa dilatava-se.».<br />
5. João Sem Medo, como o nome indica, era destemido e persistente<br />
e, como tal, não desistiu e continuou a tentar combater<br />
o lago elástico.<br />
6. Durante a travessia, João Sem Medo é interpelado por uma<br />
onda, um peixe, uma gaivota e pela coruja de mitra.<br />
6.1 «Por último».<br />
7. c)<br />
8. «representa»; «finge»; «mente».<br />
9. Após chegar à outra margem, João tentou alcançar as desejadas<br />
laranjas mas os frutos diminuíram de volume, ficaram<br />
do tamanho de um berlinde e explodiram no ar; outros transformaram-se<br />
em cabeças de bonecas e deitaram-lhe a língua<br />
de fora; por último, laranjas e tangerinas de asas azuis começaram<br />
a subir ao céu.<br />
10. Para João Sem Medo, a felicidade reside na capacidade de<br />
enfrentar os obstáculos e encarar as dificuldades de forma<br />
otimista, resistindo com teimosia e seguindo em frente<br />
perante as adversidades.<br />
Grupo III<br />
Páginas 32 a 34<br />
1. d).<br />
2.<br />
Adjetivo: «esverdinhado».<br />
Determinante: «a».<br />
Conjunção: «e».<br />
Nome: «distância».<br />
Preposição: «de».<br />
Quantificador: «duas».<br />
3.<br />
a) por consequência.<br />
b) depois de.<br />
c) pois.<br />
4.<br />
a) Ele repeliu-a sem medo.<br />
b) Elas segredaram-lhe.<br />
53
54<br />
CENÁRIOS DE RESPOSTA<br />
5.<br />
a) Modificador.<br />
b) Modificador.<br />
c) Complemento oblíquo.<br />
d) Complemento oblíquo.<br />
6.<br />
a) (4)<br />
b) (3)<br />
c) (1)<br />
d) (2)<br />
TESTE 5<br />
Grupo I<br />
Páginas 35 e 36<br />
1.1 a)<br />
1.2 d)<br />
1.3 b)<br />
1.4 c)<br />
1.5 b)<br />
1.6 d)<br />
2. tens; ganhes; vens.<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 37 e 38<br />
1.1 c)<br />
1.2 c)<br />
1.3 a)<br />
1.4 b)<br />
2.<br />
a) Verdadeira.<br />
b) Falsa. O tema dos poemas a concurso é livre.<br />
c) Verdadeira.<br />
d) Falsa. Os cinco elementos do júri são designados pelo<br />
Plano nacional de leitura e pelo Centro Cultural de Belém.<br />
e) Verdadeira.<br />
f) As despesas de transporte e alojamento serão da responsabilidade<br />
da organização do concurso.<br />
Parte B<br />
Páginas 39 e 40<br />
3. O sujeito é feliz por ter nascido no tempo dos homens-rãs, que<br />
descem ao mar durante a manhã.<br />
4. Os homens-rãs movimentam-se no mar «perdido», onde as<br />
águas são tranquilas e habitadas por peixinhos de diversas<br />
cores, que navegam em filas.<br />
5. São diversas as formas verbais que descrevem os movimentos<br />
dos homens-rãs, nomeadamente «descem», «Mergulham»,<br />
«vão», «vêm», «serpenteiam», «roçam-se e «montam».<br />
6. A expressão «pulmões a tiracolo» refere-se às garrafas de oxigénio<br />
utilizadas pelos mergulhadores que descem às profundezas<br />
do mar.<br />
6.1 O recurso expressivo presente em 6. é uma metáfora.<br />
7. Os homens-rãs são aventureiros e corajosos.<br />
8. Campo lexical de mar: «mergulham»;« águas»; «peixes»;<br />
«sereias»; «espuma»; «Tritões».<br />
9. Neste poema, a visão pode ser considerado o sentido privilegiado,<br />
uma vez que o sujeito observa e descreve os movimentos<br />
dos homens-rãs, assim como a beleza de um quadro marítimo.<br />
10.1 b).<br />
10.2 c).<br />
10.3 a).<br />
11. Pode considerar-se que este poema é um elogio ao homem<br />
moderno, uma vez que o sujeito se afirma como Homem do<br />
seu tempo, capaz de desvendar o desconhecido, enfrentando<br />
os medos, e conquistando o mar e o céu.<br />
Grupo III<br />
Página 41<br />
1.<br />
a) observes;<br />
b) chova;<br />
c) víssemos.<br />
2.<br />
1) – c<br />
2) – b<br />
3) – a<br />
4) – d<br />
3. Quatro palavras da família de mar: maresia, marítimo, maré,<br />
marinheiro.<br />
4. O modificador é «tranquilas».<br />
5. As sereias de longos cabelos deslizavam pelas águas calmas.<br />
6.<br />
a) «Eu sou o homem e conquisto o mar».<br />
b) «Eu».<br />
c) Predicativo do sujeito.<br />
d) Complemento direto.<br />
TESTE 6<br />
Grupo I<br />
Página 43<br />
a) O escritor considera que o teatro para crianças e jovens<br />
tem sido colocado em segundo plano.<br />
b) O encenador é João Mota.
c) A peça intitula-se Aventuras de João Sem Medo e é baseada<br />
na obra de José Gomes Ferreira.<br />
d) A peça dirige-se a avós, pais filhos, sobrinhos e netos.<br />
e) O ator é Miguel Guilherme.<br />
Grupo II<br />
Parte A<br />
Páginas 44 e 45<br />
1. A fonte de ambos os textos é a Agenda cultural Lisboa de janeiro<br />
de 2011.<br />
2. O público-alvo do texto A é uma camada jovem, com idades<br />
compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Quanto à atividade<br />
referida no texto B, destina-se a crianças maiores de seis anos.<br />
3. As entidades promotoras do curso referido no texto A são a<br />
Associação Tenda Palhaços do Mundo e a Junta de Freguesia<br />
de Carnide.<br />
4.1 b)<br />
4.2 c)<br />
4.3 b)<br />
4.4 b)<br />
Parte B<br />
Páginas 46 a 48<br />
5. Inicialmente o pai está sozinho em cena. Entretanto entra a<br />
filha Vanessa.<br />
6. A ação decorre na sala, estando o pai sentado à mesa a limpar<br />
uma das suas telefonias.<br />
7. Inicialmente, o Pai está irritado e nervoso.<br />
8. «A VANESSA entra, sorrateira…» é uma indicação cénica que<br />
refere a entrada de uma personagem em cena.<br />
9. Vanessa mostra-se muito preocupada por não saber onde está<br />
Deus porque a mãe lhe dissera que Deus é que decidia o sexo do<br />
irmão que estava para nascer, e a menina estava ansiosa por<br />
decifrar esse enigma.<br />
10.1 c)<br />
10.2 b)<br />
10.3 d)<br />
11. A menina mostra-se zangada porque os pais apresentaram<br />
explicações totalmente distintas relativamente às dúvidas<br />
de Vanessa sobre o sexo do futuro irmão.<br />
12. Esta afirmação é falsa, pois na última intervenção de Vanessa,<br />
assim como nas diversas falas ao longo da cena, é evidente o<br />
desacordo entre o pai e a mãe. A menina chega a afirmar que<br />
os pais deveriam conversar antes de apresentarem uma explicação<br />
aos filhos.<br />
Grupo III<br />
Página 49<br />
1. A palavra «Bolas» neste contexto é uma interjeição.<br />
1.2 Vanessa pediu à mãe que comprasse duas bolas para oferecer<br />
ao irmão.<br />
2. As reticências acentuam a irritação do Pai. Os pontos de<br />
exclamação destacam a sua impaciência crescente e exasperação<br />
perante a atitude da esposa.<br />
3.<br />
a) Dois pontos.<br />
b) Ponto de interrogação.<br />
c) Vírgula.<br />
d) Vírgula.<br />
e) Vírgula.<br />
f) Ponto final ou de exclamação.<br />
4. Discurso indireto: Vanessa respondeu ao Pai que não sabia. Cada<br />
um dizia a sua coisa e ninguém se entendia. A menina afirmou<br />
que podiam pôr-se de acordo sobre qual era a história que<br />
deviam contar às crianças.<br />
5.<br />
a) – (4)<br />
b) – (3)<br />
c) – (2)<br />
d) – (1)<br />
6. Frase passiva: As palavras do pai eram escutadas atentamente<br />
pela menina.<br />
55
P7 – Livro de Testes