82 - Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança
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Destacamos aqui a matéria<br />
do editorial da revista espírita<br />
Seareiro, número 77, <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 2008:<br />
“O Plano Superior, ao<br />
permitir que tenhamos acesso<br />
a esta técnica, vem nos<br />
auxiliar na recomposição que<br />
possa favorecer o nosso<br />
corpo físico, como também<br />
favorecer aos <strong>de</strong>sencarnados<br />
que tenham ligações com os<br />
embriões <strong>de</strong> on<strong>de</strong> são<br />
extraídas as células-tronco<br />
embrionárias.”<br />
E prossegue:<br />
“Assim, no processo <strong>de</strong><br />
utilização das células-tronco<br />
embrionárias, não somente o<br />
encarnado será beneficiado,<br />
mas também o Espírito que se<br />
encontra ligado ao embrião <strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> foram extraídas as<br />
células, que po<strong>de</strong>rá se<br />
recompor com este ato <strong>de</strong><br />
amor.”<br />
Lembremo-nos <strong>de</strong> que, para<br />
nós, espíritas, como já<br />
dissemos, essa seria apenas mais uma etapa da VIDA, assim<br />
como a enten<strong>de</strong>mos.<br />
Assim, quer nos parecer que a pesquisa científica <strong>de</strong> que<br />
tratamos não é contrária à Lei. Ao contrário, se, pela própria<br />
natureza, e <strong>de</strong> acordo com as orientações da Espiritualida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>vemos cuidar do corpo e do Espírito, a coerência<br />
doutrinária é inquestionável, conforme nos revelam os<br />
Espíritos no capítulo I, item 8 <strong>de</strong> “O Evangelho Segundo o<br />
Espiritismo”:<br />
“É toda uma revolução que neste momento se opera e<br />
trabalha os Espíritos. Após uma elaboração que durou mais<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai<br />
marcar uma nova era na vida da Humanida<strong>de</strong>. Fáceis são <strong>de</strong><br />
prever as conseqüências; acarretará para as relações sociais<br />
inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se<br />
opor, porque elas estão nos <strong>de</strong>sígnios <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong>rivam da<br />
Lei do Progresso, que é lei <strong>de</strong> Deus.”<br />
Como se vê, tudo é previsto e tem seu tempo. Se essas<br />
revelações nos foram dadas há mais <strong>de</strong> cento e cinqüenta<br />
anos, continuam atuais e perfeitamente aplicáveis a este<br />
momento da nossa escalada espiritual.<br />
Todos temos o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> buscar a melhor<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, quer material, quer espiritual, fazendo aos<br />
outros o que gostaríamos que fizessem por nós.<br />
É assim que <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r o que nos ensina “O<br />
Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo II, item 6:<br />
“...o homem, instintivamente, procura o seu bem-estar e,<br />
embora certo <strong>de</strong> que só por pouco tempo permanecerá no<br />
lugar em que se encontra, cuida <strong>de</strong> estar aí o melhor ou o<br />
menos mal que lhe seja possível. Ninguém há que, dando<br />
com um espinho <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> sua mão, não a retire, para se<br />
não picar. Ora, o <strong>de</strong>sejo do bem-estar força o homem a tudo<br />
melhorar, impelido que é pelo instinto do progresso e da<br />
conservação, que está nas leis da Natureza.”<br />
Está ai abraçada pela doutrina a pesquisa científica.<br />
E, se doar é ato <strong>de</strong> amor, receber é ato <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong>.<br />
Auxilia doador e receptor a exercitarem o <strong>de</strong>sapego e a<br />
12<br />
aceitação.<br />
Nós <strong>de</strong>sconhecemos todos os elos que nos unem uns aos<br />
outros. Todavia, o fato <strong>de</strong> não conhecê-los, não quer significar<br />
que não existam.<br />
Recomenda, pois, a prudência, que nos acautelemos em<br />
nossas conclusões. Antes, busquemos o conhecimento<br />
<strong>de</strong>ntro das explicações que a própria doutrina, pela<br />
misericórdia divina e boa vonta<strong>de</strong> dos amigos espirituais nos<br />
são concedidas, sem jamais per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a recomendação<br />
do mestre lionês que nos orientou a acatar a Ciência, se entre<br />
esta e a doutrina houver incompatibilida<strong>de</strong>, tal como está<br />
expresso no livro “AGênese”, capítulo I, item 55:<br />
“Caminhando <strong>de</strong> par com o progresso, o Espiritismo jamais<br />
será ultrapassado, porque, se novas <strong>de</strong>scobertas lhe<br />
<strong>de</strong>monstrassem estar em erro acerca <strong>de</strong> um ponto qualquer,<br />
ele se modificaria nesse ponto. Se uma verda<strong>de</strong> nova se<br />
revelar, ele a aceitará.”<br />
Ocorre que não nos parece existir, neste caso, nenhuma<br />
incompatibilida<strong>de</strong>.<br />
O aval da mais alta corte <strong>de</strong> justiça <strong>de</strong> nosso país, o<br />
Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, com certeza chegou na hora<br />
exata, no momento oportuno em que a Espiritualida<strong>de</strong><br />
confiou na Ciência, creditando-lhe a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conduzir os<br />
seus experimentos <strong>de</strong> forma construtiva e salvadora, posto<br />
que é nosso <strong>de</strong>ver cuidar do corpo e do espírito, e<br />
<strong>de</strong>positando no homem a confiança <strong>de</strong> que é chegada a hora<br />
<strong>de</strong> sair da estagnação e evoluir.<br />
No livro “A Caminho da Luz”, capítulo I, Emmanuel, já nos<br />
<strong>de</strong>ixava isso bastante claro, ao dizer:<br />
“A Ciência <strong>de</strong> todos os séculos está cheia <strong>de</strong> apóstolos e<br />
missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo,<br />
refletindo a clarida<strong>de</strong> das Alturas, que as experiências do<br />
Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e<br />
exteriorizando os <strong>de</strong>feitos e concepções da época em que<br />
viveram, na feição humana <strong>de</strong> sua personalida<strong>de</strong>.”<br />
Tem-se por óbvio que a cada um, segundo as suas obras e<br />
que a lei natural jamais será revogada, portanto, usando do<br />
livre-arbítrio, cada um respon<strong>de</strong>rá pelo mau uso do benefício<br />
Seareiro