378 - maio 2010 - Diocese de Guarapuava
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COMENTÁRIOS DO EVANGELHO<br />
www.diopuava.org.br<br />
06 06 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>2010</strong><br />
10º DOMINGO DO TEMPO COMUM<br />
(1Rs 17,17-24; Gl 1,1-11; Lc 7,11-17)<br />
“VIDA, SINAL DA PRESENÇA DE DEUS”<br />
Neste domingo em que, chamados por Deus, nos reunimos em<br />
torno <strong>de</strong> sua Palavra e <strong>de</strong> sua Mesa, somos<br />
convidados a refletir sobre a vida e a morte e sua<br />
relação com Deus.<br />
Pois bem, nós seres humanos sempre<br />
buscamos culpar alguém pelas coisas que nos<br />
acontecem. Às vezes culpamos nossos pais, a<br />
socieda<strong>de</strong>, a comunida<strong>de</strong>, nós mesmos e não<br />
raramente culpamos Deus por meio <strong>de</strong> frases<br />
como estas: “eu sou pobre porque Deus me quer<br />
assim”; ou, “veja, é Deus que está castigando o<br />
fulano pelo que ele fez”; ou ainda “não chore, essa criança morreu<br />
porque essa era a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus!”.<br />
É fácil culpar Deus pelas nossas tragédias, pois assim aliviamos<br />
nossa consciência, pelo menos por um momento, do fardo das<br />
responsabilida<strong>de</strong>s.<br />
No entanto, as leituras <strong>de</strong>ste domingo nos revelam Deus<br />
preocupado com a vida <strong>de</strong> seu povo, um Deus amoroso e que vem<br />
ao encontro das pessoas na hora mais difícil. Deus sempre é o Senhor<br />
da vida, nunca da morte!<br />
Tanto na primeira leitura quanto no Evangelho encontramos<br />
casos semelhantes, uma mulher viúva que vê morrer seu único filho,<br />
sua única esperança.<br />
Na primeira proclamação encontramos Elias, o profeta que<br />
está hospedado na casa <strong>de</strong> uma viúva, em um tempo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
fome sobre a terra. Essa viúva vê morrer seu único filho e atribui á<br />
presença do profeta, á Deus o castigo que é essa morte. No entanto, a<br />
ação <strong>de</strong> Deus através <strong>de</strong> Elias traz o filho da viúva <strong>de</strong> volta á vida,<br />
provando que Deus não castiga, mas é o Deus da vida e da<br />
Esperança.<br />
A ação amorosa <strong>de</strong> Deus em favor dos homens é melhor<br />
expressada na atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus. O Evangelho nos relata que em Naim<br />
Jesus ia entrando com os que o seguiam quando encontra com um<br />
cortejo. Interessante notar que Jesus não tinha proximida<strong>de</strong> nenhuma<br />
com os parentes do morto, o jovem, filho único <strong>de</strong> sua mãe viúva.<br />
Ninguém pe<strong>de</strong> a Jesus que intervenha, mas Ele toma a iniciativa,<br />
comovido, e chama o rapaz á vida.<br />
Jesus sofre as dores da mãe que leva seu filho morto ao<br />
cemitério. Ele toma a iniciativa e vem ao encontro, restituindo a vida<br />
do moço e o <strong>de</strong>volvendo à sua mãe.<br />
De fato, se nós olharmos para a Bíblia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, Deus<br />
sempre vem ao encontro do seu povo dando-lhe vida. Foi Deus quem<br />
<strong>de</strong>u vida ao homem e à mulher.<br />
Portanto, não tem sentido nenhum culpar a Deus pelas nossas<br />
<strong>de</strong>sgraças, pelas catástrofes, pelas doenças e aci<strong>de</strong>ntes. Deus é<br />
inocente!<br />
A Palavra <strong>de</strong> Deus, os mandamentos, os ensinamentos <strong>de</strong> Jesus<br />
sempre nos chamam à vida e nos conduzem para um caminho <strong>de</strong><br />
dignida<strong>de</strong> e esperança.<br />
Mesmo da morte, mesmo das cinzas, Deus é capaz <strong>de</strong> tirar vida,<br />
mostrando o seu rosto <strong>de</strong> Pai amoroso.<br />
Quando Jesus trouxe à vida o jovem que estava morto, o povo<br />
não teve dúvidas que era “Deus visitando o seu povo” (cf. Lc 7,16).<br />
Uma das formas para sabermos se estamos vivendo segundo o<br />
que Deus quer <strong>de</strong> nós é percebermos se nossas ações estão gerando<br />
vida ou morte para nós e nossos irmãos. Se estão gerando vida, Deus<br />
está entre nós, se morte, é sinal <strong>de</strong> que precisamos nos converter.<br />
Po<strong>de</strong>mos, a partir <strong>de</strong>ste Evangelho, perceber em nossa<br />
comunida<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong>: quais são os sinais <strong>de</strong> vida que<br />
<strong>de</strong>monstram o agir <strong>de</strong> Deus em nossa comunida<strong>de</strong>? Quais os sinais <strong>de</strong><br />
morte que nos chamam a escutar mais a vonta<strong>de</strong> do Pai e<br />
convertermos o nosso coração e as nossas ações?<br />
Que Jesus, Deus que veio nos trazer vida em abundancia,<br />
converta nosso coração a sempre lutarmos pela vida, principalmente<br />
dos marginalizados, dos sem voz nem vez.<br />
Diáconos: Adriano Toczek, Ângelo Altair <strong>de</strong> Oliveira,<br />
Jean Patrik Soares e Itamar Abreu Turco.<br />
MAIO<br />
<strong>2010</strong><br />
Jean Patrik Soares e Itamar Abreu Turco. 17<br />
1Rs 17,17-24;<br />
Gl 1,1-11; Lc 7,11-17<br />
13 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>2010</strong><br />
(1ª Leitura - 2Sm 12,7-10.13. Salmo - Sl 31,1-2.5.7.11.<br />
2ª Leitura - Gl 2,16.19-21. Evangelho - Lc 7,36-8,3.)<br />
Caro leitor, a liturgia <strong>de</strong>ste<br />
domingo nos recorda que o amor <strong>de</strong><br />
Deus prece<strong>de</strong> o amor humano, Deus<br />
ama e por isso perdoa. Po<strong>de</strong>-se<br />
perceber a partir da primeira leitura que<br />
a palavra profética <strong>de</strong>sveste orgulho<br />
que está no po<strong>de</strong>r que mata e explora o<br />
povo. Davi reconhece seu pecado,<br />
Deus que é proposta <strong>de</strong> salvação e<br />
perdoa os que se arrepen<strong>de</strong>m, por<br />
<strong>maio</strong>r que tenha sido o seu pecado, pois, “O Senhor perdoou o teu<br />
pecado, <strong>de</strong> modo que não morrerás!” (v.13).<br />
A segunda leitura da Carta aos gálatas Paulo apresenta como<br />
tema central que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas<br />
pela fé em Jesus Cristo. Segundo a experiência do Apóstolo Jesus nos<br />
amou e se entregou por nós, assim a iniciativa <strong>de</strong> perdoar e salvar vem<br />
<strong>de</strong> Deus, a pessoas <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r a este amor fazendo <strong>de</strong>le o<br />
centro da sua vida e ação, <strong>de</strong> tal modo que: “Eu vivo, mas não eu, é<br />
Cristo que vive em mim” (v.20).<br />
No Evangelho po<strong>de</strong>-se perceber que o evangelista Lucas com<br />
persistência apresenta Jesus sentado a mesa, ou seja, Jesus gostava<br />
<strong>de</strong> estar junto com as pessoas em banquetes encontrando-se na<br />
casa <strong>de</strong> muitos, aceitando o convite <strong>de</strong> ricos e pobres. No episódio <strong>de</strong><br />
hoje o encontramos na casa <strong>de</strong> um fariseu, ou seja, num ambiente <strong>de</strong><br />
pessoas moralmente elevadas, que gostavam <strong>de</strong> discutir sobre temas<br />
voltados para a religião.<br />
A personagem que interrompe a refeição <strong>de</strong> Jesus com os<br />
ju<strong>de</strong>us não diz uma palavra apenas traz um frasco com perfume e<br />
com suas lagrimas começou a banhar os pés <strong>de</strong> Jesus, tal<br />
comportamento aparentemente seria pela sua conversão, a<br />
manifestação do arrependimento e gratidão diante do mestre, por<br />
parte do Senhor encontramos o amor, o perdão, uma vida nova.<br />
O homem que acolhe Jesus em sua casa, é alguém que não<br />
consegue dar passos além <strong>de</strong> seus pensamentos, para ele é presente<br />
a idéia <strong>de</strong> que os homens <strong>de</strong>vem viver separados on<strong>de</strong> <strong>de</strong> um lado<br />
ficam os justos e <strong>de</strong> outro os pecadores. É um homem da época <strong>de</strong><br />
Jesus que conhecia as leis judaicas, mas pouco entendia a respeito <strong>de</strong><br />
Deus.<br />
Simão pecou não pelo fato <strong>de</strong> ter esquecido as principais<br />
regras <strong>de</strong> acolhida quando Jesus entrou em sua casa, mas sim pelo<br />
fato <strong>de</strong> não acolher a pessoa e a proposta <strong>de</strong> Jesus em seu coração,<br />
enquanto revelação da misericórdia <strong>de</strong> Deus para com os excluídos e<br />
marginalizados.<br />
DEUS PERDOA PORQUE AMA<br />
O liturgia <strong>de</strong>ste décimo primeiro domingo do tempo comum<br />
nos convida a compreen<strong>de</strong>r que quem não sente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />
perdoado, não é perdoado e se torna um exemplo <strong>de</strong> ingratidão e<br />
fechamento ao amor <strong>de</strong> Deus, pois o que é impossível aos olhos<br />
humanos é possível por causa do amor gratuito <strong>de</strong> Deus.<br />
A abertura ao amor <strong>de</strong> Deus nos leva a partilha, assim como as<br />
mulheres que o evangelista Lucas apresenta no Evangelho <strong>de</strong> hoje,<br />
sendo assim estaremos semeando sementes do Reino <strong>de</strong> Deus, reino<br />
que tem como base o amor e a misericórdia.<br />
Diáconos: Adriano Toczek, Ângelo Altair <strong>de</strong> Oliveira,<br />
1ª Leitura - 2Sm 12,7-10.13<br />
Salmo - Sl 31,1-2.5.7.11<br />
2ª Leitura - Gl 2,16.19-21<br />
Evangelho - Lc 7,36-8,3<br />
A igreja na<br />
DIOCESE<br />
<strong>de</strong> <strong>Guarapuava</strong>