378 - maio 2010 - Diocese de Guarapuava
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AMBIENTAÇÃO:<br />
ACOLHIDA/ORAÇÃO INICIAL:<br />
DINÂMICA INICIAL:<br />
ACOLHIDA DA PALAVRA:<br />
LEITURA:<br />
REFLEXÃO:<br />
MAIO<br />
<strong>2010</strong> 24<br />
A igreja na<br />
DIOCESE<br />
<strong>de</strong> <strong>Guarapuava</strong><br />
E n c o n t r o P a r a G r u p o s d e J o v e n s<br />
TEMA: MARIA, MODELO DE PERSEVERANÇA, CAMINHA CONOSCO<br />
Preparar ambiente acolhedor, com uma imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, velas, e dois<br />
cartazes, um com imagens <strong>de</strong> pessoas famintas, guerras, violência e outro com<br />
imagens <strong>de</strong> pessoas felizes, <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, cenas que mostrem a <strong>de</strong>fesa da vida.<br />
O encontro será mais meditativo, orante. Para criar clima <strong>de</strong> oração e acolher os<br />
participantes po<strong>de</strong>-se colocar música instrumental <strong>de</strong> fundo e/ou entoar um<br />
mantra, ou refrão meditativo como “Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu<br />
coração, da minha vida, do meu <strong>de</strong>stino, do meu caminho, cuida <strong>de</strong> mim!” Após<br />
todos estarem em clima <strong>de</strong> oração, reza-se a “Ave Maria” e encerra-se com o<br />
mesmo refrão (Nossa Senhora, me dê a mão...)<br />
Algum participante segura o cartaz com sinais <strong>de</strong> morte, e o coor<strong>de</strong>nador do<br />
encontro pergunta: “O que mostram essas imagens? Que sinais são esses? Será que<br />
é isso que Deus preparou pra nós? O que leva as pessoas a assumirem posturas<br />
assim? ( todos partilham o que pensam sobre o que foi apresentado)<br />
Outro participante segura o outro cartaz, com as figuras <strong>de</strong> vida, e o<br />
coor<strong>de</strong>nador pergunta: “Que mensagem essas imagens nos mostram? Será que<br />
po<strong>de</strong>mos ter esperança <strong>de</strong> transformar o mundo? O que será que Deus quer <strong>de</strong><br />
nós? Será que po<strong>de</strong>mos viver como Jesus Cristo nos propõe no mundo <strong>de</strong> hoje?”<br />
(Todos partilham, da mesma forma que nas imagens anteriores)<br />
Após a partilha, lê-se o texto bíblico sugerido abaixo:<br />
CANTO: “Senhor, a tua palavra, nos faz lembrar Maria, não só a meditava, mas<br />
sempre a cumpria” ou outro canto conhecido do grupo.<br />
Apocalipse 12, 1-18<br />
Quem são os personagens que aparecem no texto?<br />
O ano sacerdotal esta terminando no dia 19 <strong>de</strong> junho.<br />
É mais do que necessário que todos nós façamos um<br />
balanço e nos perguntemos: o que temos feito? A que<br />
serviu este ano <strong>de</strong>dicado ao Santo Cura d'Ars e, através<br />
<strong>de</strong>le, a ajudar todos os sacerdotes da Igreja a reassumir<br />
com alegria o próprio ministério? Po<strong>de</strong>mos correr o risco<br />
<strong>de</strong> escrever páginas e páginas, <strong>de</strong> gastar palavras e<br />
palavras e no fim nos encontrar com um punhado <strong>de</strong> areia<br />
ou <strong>de</strong> palha que o vento leva. Mas uma coisa é importante,<br />
não cabe a nós julgar os frutos e verificar se os Padres são<br />
mais santos ou não. A nós cabe a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
assumir a missão, <strong>de</strong> sentir-nos co-responsáveis pela<br />
vida <strong>de</strong> todos os nossos sacerdotes e seminaristas.<br />
O sacerdote não é um “ZÉ NINGUÉM”, abandonado a si<br />
mesmo, um solitário que vive <strong>de</strong>sligado da comunida<strong>de</strong> e<br />
que presta um serviço sagrado <strong>de</strong> vez em quando e <strong>de</strong>pois é<br />
marginalizado na vida. Ele é parte integrante da comunida<strong>de</strong>, ele<br />
é membro vivo <strong>de</strong> todas as famílias, ele é pessoa amada e<br />
querida pela missão que <strong>de</strong>sempenha. E todos nós, católicos,<br />
temos a certeza que sem o sacerdote a Igreja não po<strong>de</strong>ria<br />
existir, ela seria uma piedosa socieda<strong>de</strong> sem<br />
alma e sem vida. Não haveria a Igreja <strong>de</strong><br />
Jesus Cristo e nós seríamos todos órfãos e<br />
sem a presença real <strong>de</strong> Cristo na Eucaristia<br />
e sem o perdão dos nossos pecados. Uma<br />
comunida<strong>de</strong> cristã que não vela,<br />
não cuida amorosamente dos<br />
seus sacerdotes não compreen-<br />
Será que perseveramos como a mulher ou nos <strong>de</strong>ixamos guiar pelo dragão?<br />
Como Maria nos ensina a acolher a vida?<br />
Como po<strong>de</strong>mos agir para sermos parecidos com Maria?<br />
PISTAS PARA REFLEXÃO:<br />
O texto <strong>de</strong> Apocalipse parece difícil, mas na verda<strong>de</strong>, São João Evangelista, o<br />
autor, utiliza uma imagem simbólica. Maria é a mulher que estava grávida, e <strong>de</strong>la,<br />
nasce o menino Jesus. O dragão representa o mal, o egoísmo, o orgulho e tudo <strong>de</strong><br />
ruim que <strong>de</strong>strói o povo <strong>de</strong> Deus. Ele quer <strong>de</strong>struir o Filho da Mulher, porque sabe<br />
que Jesus é mais po<strong>de</strong>roso que ele. Jesus vence essa batalha, mas o dragão continua<br />
incomodando Maria e os outros filhos <strong>de</strong>la, que somos nós. Porém, Deus nunca<br />
abandona Maria nem seus outros filhos.<br />
Maria sempre foi vítima <strong>de</strong> perseguição. Quando disse “sim” a Gabriel e aceitou<br />
ser a mãe <strong>de</strong> Jesus, quase foi apedrejada porque estava grávida sem ser casada. Deus,<br />
porém, revelou seu plano <strong>de</strong> salvação a José, o noivo <strong>de</strong>la, e ele acolheu Maria como<br />
esposa.<br />
Ela acompanhou toda a vida <strong>de</strong> Jesus, e chorou sua morte injusta na cruz.<br />
Mais uma vez, Deus manifestou seu amor ressuscitando Jesus. E mais tar<strong>de</strong>, como<br />
mãe da Igreja, Maria foi perseguida, junto com os apóstolos, por anunciar Jesus<br />
Ressuscitado.<br />
Sua fé nos mostra que quem acredita em Deus e vive sua Palavra, nunca se<br />
<strong>de</strong>ixará levar pelo dragão. Uma fé perseverante como a <strong>de</strong> Maria nos faz querer e<br />
fazer um mundo melhor.<br />
Maria é mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perseverança e caminha conosco, interce<strong>de</strong>ndo por nós,<br />
como fez em Caná (João 2, 1-13) e também se pondo a serviço, como fez com Isabel<br />
(Lucas 2, 39-56).<br />
E por isso, queremos ser como Maria.<br />
ORAÇÃO:<br />
Preces espontâneas. Po<strong>de</strong>- se pedir pelas mães, pelos jovens, pelas crianças, pela<br />
comunida<strong>de</strong>, etc. A cada pedido, canta-se ou reza-se “Ouvi o grito que sai do chão,<br />
da juventu<strong>de</strong> em oração”<br />
ORAÇÃO FINAL:<br />
<strong>de</strong>u o evangelho e nem a missão <strong>de</strong> Jesus.<br />
Os sacerdotes necessitam não <strong>de</strong> presentes, <strong>de</strong> coisas,<br />
ele necessita <strong>de</strong> afeto sincero, <strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong> amor, <strong>de</strong><br />
estímulo para que esteja sempre atento à sua missão. O<br />
sacerdote não necessita <strong>de</strong> projeção humana e nem do<br />
apoio dos políticos, ele necessita <strong>de</strong> oração para que na<br />
sua vida saiba passar pelas dificulda<strong>de</strong>s humanas e<br />
espirituais sem cair nas tentações que o circundam dia e<br />
noite. Ele não necessita <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s manipuladoras, mas<br />
<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira que no momento o corrijam diante<br />
dos seus erros e advirtam pelos perigos que possa<br />
encontrar. O sacerdote não necessita <strong>de</strong> ser convidado<br />
para almoços e para festas, ele necessita ser convidado<br />
nas famílias para evangelizar, para visitar os doentes, para<br />
ser presença ao lado dos pobres e dos anciãos que vivem<br />
não raramente em profunda solidão.<br />
O sacerdote não <strong>de</strong>ve ser amigo só dos ricos e nem os<br />
ricos po<strong>de</strong>m exigir que o Padre seja só amigo <strong>de</strong>les, ele é o<br />
homem <strong>de</strong> Deus enviado a todos, especialmente aos<br />
pobres. Nesta terrível violenta tempesta<strong>de</strong> que se abate na<br />
Igreja por causa <strong>de</strong> alguns Padres que cometeram pecados<br />
<strong>de</strong> pedofilia, on<strong>de</strong> me parece que há uma tempesta<strong>de</strong><br />
contra a mesma Igreja, o sacerdote necessita que os fiéis<br />
estejam ao lado dos nossos Padres para animá-los a<br />
continuar o caminho e lembrar-se da bem-aventurança <strong>de</strong><br />
Jesus: “felizes sois vós quando sois perseguidos por causa<br />
do meu nome... Mt 5. Desta tempesta<strong>de</strong> a Igreja, tenho<br />
certeza, sairá mais bela, mais corajosa e mais fortalecida. E<br />
Rezemos (ou cantemos) o Cântico <strong>de</strong> Maria, o Magnificat:<br />
Sacerdotes que transmitem Deus<br />
na noite a estrela do Padre brilhará com mais luz. É no<br />
esterco que também nascem as flores mais belas. Ninguém<br />
conseguirá anular a importância, a beleza e o heroísmo<br />
corajoso <strong>de</strong> tantos sacerdotes. Não há na terra vocação<br />
mais bela que o sacerdócio. É a comunhão mais íntima que<br />
alguém possa alcançar com Jesus Cristo. Ser o continuador<br />
do amor <strong>de</strong> Cristo no meio da humanida<strong>de</strong>.<br />
O povo não se importa se o padre não sabe grego e<br />
aramaico, nem se não tem faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> filosofia ou história,<br />
não vai exigir do Padre que seja um bom político e nem um<br />
ótimo arquiteto, não fica preocupado se o Padre não<br />
conhece muito bem a gramática brasileira, não está<br />
interessado se o Padre estudou em Nova York ou Oxford, o<br />
povo quer que o Padre seja um homem <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> oração,<br />
que on<strong>de</strong> passa <strong>de</strong>ixe a presença viva do Senhor.<br />
Em outras palavras, o povo quer Padres santos, os<br />
santos sabem entrar em diálogo com todas as culturas e<br />
com todos os povos. Quer Padres que levantem suas mãos<br />
para abençoar e abram sua boca para cantar as maravilhas do<br />
Senhor. Isto não dispensa que o Padre estu<strong>de</strong> mais, seja<br />
sempre atento à realida<strong>de</strong> em que vive, mas a sua principal<br />
preocupação é a santida<strong>de</strong>. O povo procura o Padre não para<br />
se aprofundar em história e filosofia e arte, mas para que lhe<br />
fale <strong>de</strong> Deus e lhe ensine os caminhos que levam para o céu. O<br />
mestre do Padre é um só, Jesus Cristo, caminho, verda<strong>de</strong> e<br />
vida. Precisamos <strong>de</strong> sacerdotes que nos transmitam Deus e<br />
todas as verda<strong>de</strong>s do evangelho e da Igreja.<br />
Frei Patrício Sciadini, ocd.