"Veritas" - nº2 - Novembro 2011 - Paróquia de Carcavelos
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TEMA DE FUNDO<br />
8<br />
Veritas<br />
escutar os gemidos e os gritos, as preces<br />
e os “obrigados” <strong>de</strong> cada outro. Que<br />
se abra o Céu e sobre esta nossa humanida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sça, <strong>de</strong> novo, o Justo, que consegue<br />
curar-nos...<br />
4. ALEGRAR-SE!<br />
Em cada Natal, repete-se o convite: alegrai-vos!<br />
Em cada Natal, acontece a Boa-Notícia:<br />
alegrai-vos!<br />
Palavras fáceis <strong>de</strong> cantar, <strong>de</strong> dizer!<br />
Mas como po<strong>de</strong>remos alegrar-nos com<br />
cânticos e danças quando em tantas partes<br />
do mundo – a começar bem aqui ao<br />
nosso lado – há guerras com o seu cortejo<br />
<strong>de</strong> morte, sangue e dor? Como experimentar<br />
uma alegria quando em<br />
<strong>de</strong>masiados rostos escorrem, teimosamente,<br />
lágrimas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo,<br />
<strong>de</strong> angústia e <strong>de</strong> sofrimento?<br />
Precisamos <strong>de</strong> nos alegrar na fé.<br />
E em Advento, reapren<strong>de</strong>mos essa alegria<br />
interior que nos segreda essa verda<strong>de</strong><br />
maior que sublinha e garante a<br />
visita <strong>de</strong> um Deus que é Menino.<br />
Apren<strong>de</strong>r a alegria do Evangelho, que<br />
agra<strong>de</strong>ce o dom <strong>de</strong> Deus e que nos reforça<br />
no empenho <strong>de</strong> um trabalho solidário<br />
e cúmplice para que a festa e<br />
alegria não seja apenas <strong>de</strong> uns mas <strong>de</strong><br />
todos. Uma alegria que brota da capacida<strong>de</strong><br />
e da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> dar pão a quem<br />
tem fome, <strong>de</strong> espalhar a esperança aos<br />
corações <strong>de</strong>sanimados, oferecer a concórdia<br />
e o perdão a quantos são subjugados<br />
à divisão e à mágoa.<br />
Alegrar-se. Um dom e um empenho.<br />
Alegrar-se. Uma graça e um compromisso.<br />
Conhecemos muitas, tantas, e diversificadas<br />
alegrias superficiais, <strong>de</strong>stinadas a<br />
fazerem-nos esquecer por momentos as<br />
preocupações, os fracassos, os sofrimentos<br />
os medos.<br />
O Advento <strong>de</strong>safia e sugere uma alegria<br />
diferente. A alegria <strong>de</strong> uma vinda, a alegria<br />
<strong>de</strong> um encontro, a alegria <strong>de</strong> um<br />
abraço, entre o céu e a terra<br />
Deus vem ao coração <strong>de</strong>ste homem concreto.<br />
E essa é a maior e mais profunda<br />
das alegrias. Dessas alegrias que não<br />
passam, não per<strong>de</strong>m o vigor, sentido,<br />
oportunida<strong>de</strong>. Uma alegria que brota<br />
<strong>de</strong>ssa certeza imutável <strong>de</strong> que um Menino<br />
e um Deus verda<strong>de</strong>iro vem habitar<br />
no meio <strong>de</strong> nós; alegria que consiste<br />
nessa verda<strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> que n’Essa<br />
Criança se cumpre o nosso futuro e o<br />
nosso <strong>de</strong>stino.<br />
On<strong>de</strong> nenhum medo conseguirá <strong>de</strong>struir<br />
essa esperança <strong>de</strong> que Deus está connosco<br />
para sempre.<br />
<strong>Novembro</strong> - <strong>2011</strong> - Nº 02