contos, fábulas facécias e exemplos da tradição popular

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Nota editorial Introdução Ana de Castro Osório (1872-1935) envolveu-se desde cedo na luta pelos direitos da mulher portuguesa e a sua obra oscila entre os artigos feministas («Às Mulheres Portuguesas», 1905) e a literatura infantil, passando pelo teatro e pelo romance. “Pioneira da literatura infantil portuguesa” (*) , para além de livros de carácter didáctico, recriou numerosíssimos contos e narrativas da nossa tradição popular oral, que acreditamos ser do maior interesse recuperar e divulgar em suporte (*) BARCELLOS, José Carlos, “Osório (Ana de Castro)” in Biblos, Enciclopédia VERBO das Literaturas de Língua Portuguesa, vol. III, Lisboa, Verbo, 1999, pp. 1307-1308
digital, chegando assim a um público mais alargado. A edição da Sociedade de Expansão Cultural A presente edição foi preparada a partir de um exemplar da edição não datada, feita sob a chancela da Sociedade de Expansão Cultural. Esta ocupa quatro volumes cartonados (233 mm por 187 mm e lombadas que oscilam entre os 11 e os 15 mm) e constituídos por cadernos cosidos. Todos os volumes apresentam vários desenhos da autoria de Álvaro Duarte de Almeida. O da capa, onde se reconhecem figuras e espaços das histórias narradas (um galo, uma raposa, um sapo, uma pérola na concha, quatro figuras humanas etc.), repete-se nos quatro volumes, sendo o único lugar onde os desenhos são coloridos. No primeiro volume, o desenho é castanho; no segundo, é vermelho; no terceiro, é verde
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Page 53 and 54: S. PEDRO E A FERRADURA abaixou-se,
Page 55 and 56: emédio tivesse. À CONTA DE DEUS A
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daquele grande defeito da avareza e
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lugar. O REAL BEM GANHO O real bem
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eal bem ganho, mas como há muito a
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— O REAL BEM GANHO E já outra ve
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trataram com o carinho e considera
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— Não vou. Levai-a vós, Senhor.
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LIÇÃO PROVEITOSA Lição proveito
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pedir nalguma pobre choupana alberg
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desse espanto e o motivo porque se
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— Ó pescador, não me mates. Bem
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protecção. Mas o que é certo, me
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para procurarmos médicos e percorr
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— Não és ainda feliz? Que desej
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acaso tinham saído. Mas foi tardio
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colheita venha buscar o seu ganho.
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O Diabo, vendo-se enganado, ficou f
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QUEM MUITO FALA POUCO ACERTA Quem m
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homem imaginou que tinha sonhado, m
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lhes viria esta fortuna? Não desca
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Domingo. — Mal isto foi dito, sal
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Cada qual tomou conta do seu haver,
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até chegar a uma terra onde lhe pa
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— O senhor não sabe?! É que nes
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daquele povo sem gatos). E dispunha
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O HOMEM QUE ANDOU VINTE E SETE ANOS
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Foi andando pela mata fora, e lá m
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— Foram dali com ele a outra casa
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perguntava e ninguém lhe sabia diz
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FILHO ÉS, PAI SERÁS Filho és, pa
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e não queria que ela se fosse embo
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E tanto fez e tanto disse e chorou
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nosso filho não aprenda o caminho
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— Mas vai coser, arruma a casa. O
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fará. — Deixa, marido. Amanhã,
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tivesse boas meadas para corar. OS
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três coisas. Devia conceder-nos, a
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seríamos felizes, escolhendo outra
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O Rei, informado pela grande dama C
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chorava como se pode imaginar, pois
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imposto. O mendigo temeu-se da mort
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decidiu fugir a um homem tão mau,
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entusiasmo do Príncipe. Chamaram e
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Quando estava já o cortejo dispost
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ÍNDICE Prefácio .................
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A coruja f
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de nós lhe dará uma pena, que nos
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A finura d
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O caso complicava-se de forma que,
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amarelos. Lá no seu íntimo jurava
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que se cansou. A Raposa, que espera
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A raposa q
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dizendo: — Tanto comeste que arre
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todos. O pobre Gaio, julgando toda
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— Não tenho medo, porque nunca s
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A raposa e
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Agora já os previno: aquele que es
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caminho que a Raposa havia de levar
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A raposa e
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de não comeres os meus filhos. —
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comeu os filhos! (gemeu a Raposa);
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arrancada ao rochedo onde estava pr
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O lobo e a
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mau que faz mil disparates e não m
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dizendo: — Que tal foi a aventura
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Mãe e, podendo mais o amor de que
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— Também não quero (respondeu a
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mais aflito. Parece que adivinhava.
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— Quero eu, quero eu, quero eu!
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que ir ao mercado, e disse ao seu J
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Diz o telhado: — Que tens tu, jan
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perguntou: — Que tens tu, boi, qu
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— E eu, que sou Rei, as minhas ba
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aflição. Quando voltou a si e se
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anco de neve; o frio era de arrepia
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Que me quebra. — Ó parede, tu é
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— Mais forte é o pau, Que me bat
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Que meu pé prende! — Mais forte
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que por pouco não morria. D. ANA D
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Franganito, que muito lépido se di
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dizer ao Rei do desatino do Frangan
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O casament
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Os galos U
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Os companh
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parecem. Partiram os quatro, cada v
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— Pois eu vou para o corredor. E
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carneiro; o alfaiate, nem mais nem
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de todos os bichos, embora tenha su
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O macaco f
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pomadas e unguentos, e disse, todo
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cortar um pau e, não tendo com qu
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Furioso, o macaco figurão roubou u
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figurão e de onde partira desesper
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casa da família. O homem assim fez
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ÍNDICE A coruja fiadora ..........
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D.ANA DE CASTRO OSÓRIO O grande ar
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de arrepender-se do que fazem!...
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— O que era a minha Arte?! Era mu
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quando o viu de volta, com o tempo
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vaca nem o seu preço. — Não, is
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a tremer lhe entregou a chave. O so
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Este, que pôde sabê-lo, disfarço
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desesperado e todos os dias se quei
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fugir, deixando jóias, dinheiro e
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A velha e
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que podia estar a contar casos um a
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— Isso sim! Descanse, que não h
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O médico
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homem para ir ao primeiro hospital
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indignação. E tal esforço fez pa
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melhor é experimentá-la. Diga-lhe
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egalado com tão bela ceia. Recebeu
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compadre, tirou-lhe a vaca e espero
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adivinhão, pois quando me viu, dis
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experimentar melhor a sua habilidad
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E assim o doutor Grilo viveu conten
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O pai, coitado, que era um pobre ig
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convencido que iria botar grande fi
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Castigo de
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querem (*) falar à lisboeta. É o
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como se chama? — Calhamandras.
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Não sem desatarem a estopa do rabo
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tirou do armário o jantar que lhe
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO História
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genro: — Espere aqui um bocadinho
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carregar sol às alcofadas, e pergu
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à noiva. — Não é preciso nada
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velho. A mãe disse ao visitante qu
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— Ai que desgraça! E eu que tenh
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— Não digas tal. A nossa tem um
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caminhar levando a pesada carga da
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O bolo ref
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outra, magoada), mas o meu homem é
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E foram batendo, enquanto se não c
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O homem, com medo que lhe chamassem
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cabaz, coberto com uma toalha branc
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Ao outro dia foram para a Igreja mu
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depressa os cure, mas não fazem na
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Façanhas
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cuspir nas mãos, que já as não s
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punham-se de longe a chamá-lo: —
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O conselho
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— Isto é o que veremos!... — N
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Os teimoso
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diz o ditado antigo: «duro com dur
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valia que passassem por mudas do qu
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO A fortuna
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O tolo e a
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO O criado P
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Pedro, às tolices que fizeste hoje
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Agora o vereis: começou a gritar q
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D. ANA DE CASTRO OSÓRIO Casa de me
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trás!... Depois que ele morreu, tu
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em e a fartura desta família, lemb
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ÍNDICE O grande artista condenado
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Contos, Fábulas, Facécias e Exemp
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árvores, e, assim guiado, encaminh
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O Rei ficou muito satisfeito com a
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os outros a perderiam, pois que nã
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Carvoeiro. Mandou que no campo o ag
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de lenhador, descarregando fortes g
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esolução, que nesta hora e lugar
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conheço o que permitiria a sua apl
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equivale a dizer que não deves rep
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velhinhos, e o empréstimo que fazi
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— O dia de amanhã, que eu julgav
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homens, que tem a realidade express
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Majestade. Também eu pensei, quase
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palavras do seu Primeiro Ministro.
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Majestade, mais uma vez, os aplauso
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alegria de a sustentar. Dessa vida
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possível que nenhum amparo viesse
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ainda, para com todo o passado, e p
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maturidade e o pleno poder que são
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palavras do Carvoeiro, verdades que
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continuou em voz severa): Venho vis
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as minhas palavras. — Visto isso,
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como a que vira sofrer ao nobre anc
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desobediência. — Real Senhor, Vo
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prémio, por me ser dada uma grande
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— Ela o quer, para servir Vossa M
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Respondeu o Carvoeiro: — A Fortun
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— Um homem tão sábio e audaz qu
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medo ao seu Rei, e rebaixá-lo, ass
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voltando-se para o Carvoeiro, conti
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Majestade suspeitasse o que este ho
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condição e mau carácter com auto
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inteligente e bom, é de Vossa Maje
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O REI, O VAQUEIRO E O TOURO BARROSO
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com o vaqueiro, acompanhados por su
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— E o nosso toiro barroso? — Sa
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JOÃO GANCHINHO João Ganchinho HAV
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puzeram a alcunha de João Ganchinh
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Malvado (pensou ele, enquanto ia i
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Não se fala mais nisso. E serei Jo
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triste e calado a pensar na sua des
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vazios, cheios de fome, sim, mas co
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O PEDRO DAS MALAS-ARTES O Pedro das
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porque o Pedro era senhor de alguma
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devias chegar, cumprimentar com uma
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mais tirte nem guarte, atirou-lhe p
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animal às costas, qual se fosse um
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ois, e lá foi o Pedro comprá-las
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— Oxalá sopre muito vento! — A
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por fim: — Não sejas bruto, home
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OS DEZ ANÕEZINHOS DA TIA VERDE-ÁG
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— Ah, tia Verde-Água, se eu tive
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hora do almoço chegou o marido à
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A mulher ficou de boca aberta e, s
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acertadas lições. Porque não via
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manter e governar. Os maridos tinha
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mulheres de fora tinham acedado e p
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as viandas, a que mando juntar as f
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lhe abrira o caminho para a felicid
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discursatas de vaidoso mandrião qu
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depois falaremos. O que eu quero é
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Por mais que eu queira, não posso
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Mas fica certo que, por esse preço
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futuro dos meus filhos. Eu sei que
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— Se já decidiste assim, como po
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à fruta. No mesmo dia vieram traba
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terra, ficam por minha conta, porqu
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A razão diz-me que, permitindo o S
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alcunha de O Vagabundo. Só Maria d
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a Deus. Mas... E é dela ainda este
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estranhas. Foi dura a lição, Joaq
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ÍNDICE Págs. O Rei, o Ministro e
show all

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