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São Paulo no Caminho Certo - Rede Folha

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2<br />

Abrindo portas para o jovem<br />

* Walter Barelli<br />

Os jovens respondem por aproximadamente<br />

metade do desemprego<br />

verificado nas principais<br />

áreas metropolitanas do Brasil,<br />

segundo pesquisas do DIEESE. Na<br />

área metropolitana de <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, a<br />

taxa de desemprego dos jovens entre<br />

16 e 24 a<strong>no</strong>s é de 32,6% em média. O<br />

problema é ainda mais sério quando se<br />

considera que essa taxa atinge 58,5%<br />

para os filhos das famílias mais pobres.<br />

A situação é grave e o assunto foi<br />

contemplado em minha plataforma<br />

eleitoral, constituindo prioridade em<br />

minha ação parlamentar. Avancei com<br />

as discussões acerca das razões para<br />

a elevada taxa de desemprego que se<br />

observa para essa faixa etária. Uma<br />

das causas identificadas são as regras<br />

do serviço militar obrigatório a que<br />

estão submetidos cerca de 1,6 milhão<br />

de jovens do sexo masculi<strong>no</strong> que devem<br />

alistar-se a cada a<strong>no</strong>.<br />

Verifica-se que, com freqüência,<br />

leis, decretos e outros dispositivos legais,<br />

inicialmente elaboradas com o<br />

objetivo de proteger o cidadão, terminam<br />

por prejudicá-lo. Esse é precisamente<br />

o caso das <strong>no</strong>rmas que garantem<br />

aos incorporados do serviço militar<br />

obrigatório o retor<strong>no</strong> ao emprego<br />

que tinham ao tempo da convocação.<br />

Se, por um lado, a estabilidade de<br />

um a<strong>no</strong> é um grande benefício para uma<br />

pequena parcela de empregados que<br />

passaram pelo serviço militar, por outro,<br />

a introdução de sucessivas garantias<br />

têm dificultado a contratação, pelas<br />

empresas, de boa parte dos jovens<br />

que se alistam a cada a<strong>no</strong>. A legislação<br />

garante estabilidade ao cidadão<br />

desde o momento do alistamento até<br />

um a<strong>no</strong> após o desligamento do serviço<br />

militar obrigatório. Além disso, as<br />

empresas são obrigadas a recolher o<br />

FGTS desse jovem, mesmo que esteja<br />

prestando o serviço militar.<br />

Tudo isso levou não à garantia do<br />

emprego do jovem, mas a sua discriminação<br />

<strong>no</strong> mercado de trabalho<br />

quando em idade de prestar serviço<br />

militar obrigatório, mesmo quando se<br />

considera que apenas 6% dos alistados<br />

são efetivamente incorporados. O<br />

fantasma do serviço militar e as regras<br />

que existem, em tese, para proteger<br />

o jovem trabalhador assombram<br />

os empregadores: porque arriscar<br />

contratá-los, se há risco de perdê-los<br />

e, ainda assim, ter que assumir compromissos<br />

presentes e futuros?<br />

Foi dentro desse contexto que<br />

apresentei projeto de lei que altera o<br />

marco legal do serviço militar obrigatório.<br />

A proposta é tornar a incorporação<br />

ao serviço militar facultativa<br />

àqueles que estejam empregados formalmente<br />

há pelo me<strong>no</strong>s 9 meses,<br />

benefício estendido aos jovens que,<br />

pelo mesmo tempo, participem de cooperativa<br />

de trabalho devidamente<br />

legalizada ou exerçam funções<br />

gerenciais em empresas formais de<br />

sua propriedade.<br />

A extensão da possibilidade de escolha<br />

aos cooperativados e aos jovens<br />

empreendedores constitui uma<br />

inflexão frente à realidade. Cada vez<br />

mais, jovens são forçados a criar sua<br />

própria atividade profissional, já que<br />

o mercado de trabalho não lhes abre<br />

as portas. Essa iniciativa também contribui<br />

para a formalização das atividades<br />

produtivas e pode retirar das<br />

sombras boa parte da sub-eco<strong>no</strong>mia<br />

que não recolhe impostos e não contribui<br />

para a previdência social.<br />

Com a aprovação da proposta, estaremos,<br />

principalmente, dando um importante<br />

passo para diminuir a discriminação<br />

que os jovens em idade de<br />

alistamento militar sofrem ao tentarem<br />

encontrar seu lugar <strong>no</strong> mundo profissional.<br />

Cabe então lançar o desafio de oferecer<br />

ao órgão responsável pela seleção<br />

uma <strong>no</strong>va regra de flexibilização<br />

da obrigatoriedade do serviço militar.<br />

É preciso esclarecer que não se<br />

trata de uma afronta contra a instituição,<br />

mesmo porque o serviço<br />

militar representa uma alternativa<br />

de ocupação para muitos dos<br />

alistados. Trata-se de uma iniciativa<br />

que, mesmo indiretamente,<br />

pretende também dar <strong>no</strong>vo ânimo<br />

à discussão sobre a profissionalização<br />

das Forças Armadas.<br />

A atividade militar deve constituir-se<br />

em opção vocacionada. Em<br />

<strong>no</strong>ssos vizinhos Argentina, Uruguai,<br />

Suriname e Guiana por exemplo, o<br />

serviço militar deixou há muito de ser<br />

obrigatório. Nesses e em muitos outros<br />

países, trata-se de uma escolha<br />

pessoal.<br />

Alguns poderão inconformar-se<br />

com a iniciativa de facultar aos jovens<br />

inseridos <strong>no</strong> mercado de trabalho a incorporação<br />

ao serviço militar sob o<br />

argumento de que não se pode abrir<br />

mão da formação de grandes contingentes<br />

de militares. A proposta não<br />

tem a pretensão de reduzir o contingente<br />

militar, mesmo porque sua importância<br />

social não pode ser questionada.<br />

O que se quer é evitar a interrupção<br />

da vida laboral daqueles que<br />

têm vínculos formais de emprego ou<br />

sejam empreendedores. Estes já estão<br />

engajados produtivamente na sociedade.<br />

Aliás tão importante quanto a segurança<br />

externa é a segurança interna.<br />

Não devemos <strong>no</strong>s esquecer que o<br />

desemprego dos jovens está na raiz<br />

de vários dos males de que é acometida<br />

a sociedade brasileira, em especial<br />

a violência. O emprego e o trabalho<br />

são, sem dúvida, o passaporte<br />

para uma vida digna. O projeto de lei<br />

que faculta aos jovens inseridos <strong>no</strong><br />

mercado formal de trabalho a incorporação<br />

ao serviço militar representa<br />

um grande avanço <strong>no</strong> marco legal brasileiro.<br />

No Congresso Nacional, continuo<br />

empenhado em melhorar as<br />

perspectivas profissionais dos jovens,<br />

<strong>Folha</strong> da Vila Matilde<br />

contribuindo assim para a estender a<br />

eles a fruição de todos os direitos da<br />

cidadania.<br />

* Walter Barelli é deputado federal<br />

(PSDB-SP)<br />

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