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Maio - Escola de Educação Especial Anne Sullivan

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Correio da Fraternida<strong>de</strong><br />

ANO 19 – nº 227 Distribuição Gratuita <strong>Maio</strong> <strong>de</strong> 2008 Grupo Espírita “Irmão Vicente”<br />

A ESCOLA “ANNE SULLIVAN” EM DESFILE<br />

ESCOLA PARA A VIDA<br />

Com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> verduras, frutas, legumes e outros alimentos em<br />

casa, uma gran<strong>de</strong> parte das crianças, hoje – se sozinhas –, não sabem<br />

preparar uma refeição saudável, porque não sabem o que fazer com os<br />

alimentos, nem para que eles servem. Com a criança surda, não é<br />

diferente.<br />

Para auxiliar os pais na educação <strong>de</strong> seus filhos a <strong>Escola</strong> <strong>de</strong>u o empurrão<br />

inicial: aproveitando a matéria do programa oficial do MEC, alunos da 3ª<br />

e 4ª séries apren<strong>de</strong>ram a preparar salada <strong>de</strong> folhas, com as verduras da<br />

horta da <strong>Escola</strong>, que levam semanalmente para casa.<br />

Já para fazer a salada <strong>de</strong> frutas, os alunos precisaram ir até a feira do<br />

bairro. Para tal apren<strong>de</strong>ram a fazer lista <strong>de</strong> compras, calcular o troco e<br />

principalmente a se comunicarem com o feirante, que não conhece a<br />

língua <strong>de</strong> sinais. Com a orientação da professora, todos conseguiram<br />

vencer as dificulda<strong>de</strong>s através da escrita.<br />

De volta à escola, apren<strong>de</strong>ram: a lavar, <strong>de</strong>scascar, picar e <strong>de</strong>pois, a limpar<br />

tudo. Alguns alunos <strong>de</strong> 12, 13 anos experimentaram pela primeira vez<br />

frutas como: mamão e melão.<br />

Para surpresa da equipe da <strong>Escola</strong> os alunos, que no lanche nem sempre<br />

gostam <strong>de</strong> comer frutas, comeram toda a tigela da salada <strong>de</strong> frutas. Tudo<br />

isto porque a ativida<strong>de</strong> falou-lhes à inteligência. Perceberam que estes<br />

conhecimentos que apren<strong>de</strong>ram po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser aplicados em suas<br />

vidas, o que fez com que a salada tivesse outro sabor.<br />

Mais surpresas ficaram as mães quando souberam do resultado da<br />

ativida<strong>de</strong>. Souberam do que seus filhos são capazes e, principalmente,<br />

que para que eles se <strong>de</strong>senvolvam e sejam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, só precisam<br />

que alguém lhes mostre o caminho <strong>de</strong> como fazer.<br />

Nós <strong>de</strong>mos o primeiro passo!<br />

DIA DAS MÃES NA<br />

ESCOLA ANNE SULLIVAN<br />

Data comemorativa obrigatória nos calendários escolares, o<br />

Dia das Mães também foi comemorado na <strong>Escola</strong> <strong>Anne</strong><br />

<strong>Sullivan</strong>, com um objetivo: aproximar mães e filhos.<br />

Por conhecer a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas mães, que pelas Leis da<br />

Vida, receberam filhos surdos e que os têm na gran<strong>de</strong><br />

maioria, como crianças enjeitadas, esta é uma das chances<br />

que a <strong>Escola</strong>, como ferramenta, tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lhes<br />

mostrar que ser apenas mãe biológica não basta, é preciso<br />

mais. É senso comum achar que: dar comida, roupa, e um<br />

lugar para dormir, é o suficiente para criar seus filhos. Criar<br />

sim, mas está longe <strong>de</strong> educar.<br />

Muitas vezes, atendo-se apenas à sur<strong>de</strong>z, porque em suas<br />

conceituações seus filhos “nasceram com <strong>de</strong>feito”, as<br />

crianças são incompreendidas e, por isso, não conseguem<br />

integrar-se à família. São relegadas ao esquecimento, como<br />

por exemplo: uma criança <strong>de</strong> oito anos que come com a<br />

mão porque ainda não lhe ensinaram a como usar talher.<br />

Ou, então, são extremamente mimadas – para que não<br />

atrapalhem – porque é muito mais cômodo amarrar o<br />

cadarço da criança, do que ensiná-la a dar o nó e o laço;<br />

vesti-la, do que ensiná-la a vestir-se, etc.<br />

Neste dia <strong>de</strong> homenagem às mães, a <strong>Escola</strong> esforçou-se<br />

para apresentar-lhes os seus filhos como gente, porque,<br />

naquele corpo surdo está encarnado um espírito eterno, em<br />

provas dificílimas <strong>de</strong> reconstrução do seu equilíbrio íntimo 1<br />

e que precisa da colaboração <strong>de</strong> seus pais para vencer-se a<br />

si mesmo.<br />

Para tal, ressaltou-se o que as mães acabam por ignorar na<br />

convivência com seus filhos: que eles têm sentimentos, que<br />

eles gostam <strong>de</strong>las, que ficam tristes quando as vêem<br />

distanciadas <strong>de</strong>les. Que ficam felizes quando lhes recebem<br />

a atenção, que testam os limites – para ver se tem alguém<br />

que está cuidando da educação <strong>de</strong>les, que têm senso <strong>de</strong><br />

humor, etc.<br />

Exaltou-se o sorriso <strong>de</strong> satisfação quando os alunos viram<br />

suas mães chegarem, porque pensaram: “eu sou importante<br />

para a minha mãe, ela veio me ver – ela gosta <strong>de</strong> mim”.<br />

A homenagem foi coroada com a entrega <strong>de</strong> uma<br />

lembrancinha singela e <strong>de</strong> um cartão, ambos feitos pelos<br />

alunos, dizendo às mães, com suas palavras escritas, o quão<br />

importante elas são para eles.<br />

Esta é uma das lutas <strong>de</strong>sta <strong>Escola</strong>, que além <strong>de</strong> cumprir o<br />

programa básico da educação institucional, aproxima mães<br />

e filhos num clima <strong>de</strong> entendimento e <strong>de</strong> respeito mútuo.<br />

1 Evocação <strong>de</strong> um surdo-mudo encarnado, Revista Espírita Jan/1865 e<br />

O Livro dos Espíritos, questões: 371/2, 374 e 385<br />

Alunos compram frutas na feira<br />

Alunos fazem salada <strong>de</strong> frutas, na <strong>Escola</strong><br />

Cada Dia<br />

Cada manhã na Terra é uma página em branco <strong>de</strong> que<br />

dispões no livro da vida, para fazer os melhores<br />

exercícios e testemunhos <strong>de</strong> elevação e bonda<strong>de</strong>.<br />

Não olvi<strong>de</strong>s que cada pessoa a cruzar-te o passo, na<br />

trilha das horas, é uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção<br />

espiritual.<br />

Seja qual seja o motivo para <strong>de</strong>safeto, cultiva<br />

compreensão e amiza<strong>de</strong>, observando que todo favor<br />

que possas prestar a benefício <strong>de</strong> alguém é uma chave<br />

que fabricas para a solução <strong>de</strong> teus problemas futuros.<br />

CONTRIBUIR<br />

Emmanuel<br />

Passos da Vida – lição 2; psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier - ed. 3 a , 1972 - CEC<br />

Para que haja a verda<strong>de</strong>ira doação é imprescindível a existência do sentimento<br />

sincero, uma vez que se a contrarieda<strong>de</strong> estiver presente, ela já <strong>de</strong>nota por si<br />

só, a não espontaneida<strong>de</strong> do ato. É justamente sobre a contribuição sincera que<br />

o Mentor espiritual Emmanuel nos alerta, através da seguinte carta <strong>de</strong> Paulo <strong>de</strong><br />

Tarso:<br />

“Cada um contribua, segundo propôs em seu coração;<br />

não com tristeza ou por necessida<strong>de</strong>, porque Deus ama<br />

o que dá com alegria.” – Paulo (II Coríntios, 9:7)<br />

Quando se divulgou a afirmativa <strong>de</strong> Paulo <strong>de</strong> que Deus ama o que dá com<br />

alegria, muita gente apenas lembrou a esmola material.<br />

O louvor, todavia, não se circunscreve às mãos generosas que espalham<br />

óbolos <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong> entre os necessitados e sofredores.<br />

Naturalmente, todos os gestos <strong>de</strong> amor entram em linha <strong>de</strong> conta no<br />

reconhecimento divino, mas <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar que o verbo contribuir, na<br />

presente lição, aparece em toda a sua grandiosa excelsitu<strong>de</strong>.<br />

A cooperação no bem é questão palpitante <strong>de</strong> todo lugar e <strong>de</strong> todo dia.<br />

Qualquer homem é suscetível <strong>de</strong> fornecê-la. Não é somente o mendigo que a<br />

espera, mas também o berço <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se renova a experiência, a família em<br />

que acrisolamos as conquistas <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>, o vizinho, nosso irmão em<br />

humanida<strong>de</strong>, e a oficina <strong>de</strong> trabalho, que nos assinala o aproveitamento<br />

individual, no esforço <strong>de</strong> cada dia.<br />

Sobrevindo o momento <strong>de</strong> repouso diuturno, cada coração po<strong>de</strong> interrogar a si<br />

próprio, quanto à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua colaboração no serviço, nas palestras, nas<br />

relações afetivas, nessa ou naquela preocupação da vida comum.<br />

Tenhamos cuidado contra as tristezas e sombras esterilizadoras. Má vonta<strong>de</strong>,<br />

queixas, insatisfação, levianda<strong>de</strong>s, não integram o quadro dos trabalhos que o<br />

Senhor espera <strong>de</strong> nossas ativida<strong>de</strong>s no mundo. Mobilizemos nossos recursos<br />

com otimismo e não nos esqueçamos <strong>de</strong> que o Pai ama o filho que contribui<br />

com alegria. 1<br />

1 Pão Nosso, lição 58 – Emmanuel psic. Francisco C. Xavier (Compilado por Susan)<br />

EDITORIAL<br />

COMO AGIR?<br />

...“Mas quando vier aquele Espírito <strong>de</strong><br />

Verda<strong>de</strong>, ele vos guiará em toda a verda<strong>de</strong>”...<br />

– JESUS - (João, 16:13)<br />

Ver pág. 2<br />

FATOS PITORESCOS DE<br />

CHICO XAVIER<br />

O LADRÃO<br />

As irmãs do Chico eram quatro ou cinco.<br />

Moças, como todas as moças, medrosas.<br />

Sempre viveram com o irmão que distribuiu<br />

com elas, amor, carinho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Na realida<strong>de</strong> foi como verda<strong>de</strong>iro pai <strong>de</strong>las.<br />

Criou-as e manteve-as com o seu salário<br />

humil<strong>de</strong>.<br />

Ver pág. 2<br />

CONCEITOS FILOSÓFICOS<br />

FALSOS ESPÍRITAS<br />

Se o Espiritismo fosse uma simples teoria, um<br />

sistema, po<strong>de</strong>ria ser combatido por outro<br />

sistema; mas repousa numa lei da Natureza, tão<br />

bem quanto o movimento da Terra. A<br />

existência dos Espíritos é inerente à espécie<br />

humana; não é possível evitar que existam,<br />

como não se po<strong>de</strong> impedir suas manifestações,<br />

do mesmo modo que não se impe<strong>de</strong> o homem<br />

<strong>de</strong> marchar.<br />

Ver pág. 3<br />

ELUCIDAÇÕES<br />

DOUTRINÁRIAS<br />

A FÉ E OS SEUS MISTÉRIOS<br />

“Pois em verda<strong>de</strong> vos digo, se tivésseis a fé do<br />

tamanho <strong>de</strong> um grão <strong>de</strong> mostarda diríeis a esta<br />

montanha: Transporta-te daí para ali e ela se<br />

transportaria e nada vos seria impossível”.<br />

Ver pág. 4<br />

MENSAGENS SEMPRE<br />

PRESENTES DO<br />

EVANGELHO<br />

EM NOSSAS MÃOS<br />

“Venha a nós o teu reino; seja feita<br />

tua vonta<strong>de</strong>, assim na Terra como nos céus” –<br />

JESUS.<br />

Convence-te <strong>de</strong> que as Leis da Divina<br />

Sabedoria não se enganariam.<br />

Ver pág. 4<br />

EFEMÉRIDES ESPÍRITAS<br />

O APÓSTOLO DA HUMILDADE<br />

(Parte I)<br />

Conta-nos o espírito Hilário Silva, através da<br />

psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier¹, que certa<br />

feita o Sr. Eurípe<strong>de</strong>s Barsanulfo foi levado a<br />

sublime excursão espiritual. Viajou até campina<br />

ver<strong>de</strong>jante, on<strong>de</strong> avistou um homem envolto por<br />

suave luz. Emocionado reconheceu que aquele<br />

homem era o Mestre Jesus, que por sua vez<br />

também chorava. Ao indagar se as lágrimas<br />

eram referentes aos <strong>de</strong>screntes do mundo o<br />

Cristo respon<strong>de</strong>u...<br />

Ver pág. 6<br />

ORIGENS DA INCLUSÃO<br />

Com toda esta agitação na política<br />

educacional na área da educação especial,<br />

surge uma pergunta óbvia: as autorida<strong>de</strong>s não<br />

percebem o que estão fazendo?<br />

A resposta é bem simples: sim, percebem o<br />

que estão fazendo porque o fazem <strong>de</strong><br />

propósito.<br />

A inclusão, que é o <strong>de</strong>ficiente ser educado em<br />

sala <strong>de</strong> aula comum, chegou ao Brasil, em<br />

1994, <strong>de</strong>vido à ratificação da Declaração <strong>de</strong><br />

Salamanca, que coloca como condição, para<br />

que os países em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

continuassem a receber verbas internacionais,<br />

a implantação da inclusão.<br />

Ver pág. 7


COMO AGIR?<br />

...“ Mas quando vier aquele Espírito <strong>de</strong><br />

Verda<strong>de</strong>, ele vos guiará em toda a verda<strong>de</strong>...”<br />

– JESUS. (João, 16:13)<br />

ouve época que ser Espírita, neste país, <strong>de</strong>mandava coragem para enfrentar-se toda sorte <strong>de</strong> perseguição.<br />

A começar pela religiosa e a esten<strong>de</strong>r-se pela discriminação social que se fazia <strong>de</strong> maneira impiedosa.<br />

Os fatos históricos ensinam que na França, o Codificador da doutrina, enfrentou situação semelhante, que muito sofrimento lhe causou para que<br />

as Obras da Codificação viessem a lume e a Doutrina pu<strong>de</strong>sse expandir-se, como expandiu-se, por gran<strong>de</strong> parte dos países da Europa.<br />

Na questão 799, <strong>de</strong> “O Livro dos Espíritos” o professor <strong>de</strong> Lyon formulou a seguinte pergunta, tendo em vista este clima <strong>de</strong> hostilida<strong>de</strong> que enfrentava:<br />

– “De que maneira po<strong>de</strong> o Espiritismo contribuir para o progresso?”<br />

Ao que os Mentores Espirituais que o orientavam respon<strong>de</strong>ram: – “Destruindo o materialismo que é uma das chagas da socieda<strong>de</strong>, ele faz que os homens<br />

compreendam on<strong>de</strong> se encontram seus verda<strong>de</strong>iros interesses. Deixando a vida futura <strong>de</strong> estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por<br />

meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos <strong>de</strong> seitas, castas e cores, ensina aos homens a gran<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> que os há<br />

<strong>de</strong> unir como irmãos.”<br />

Ou ainda, como diz Emmanuel 1 : – “Há companheiros que indagam: – Devemos disputar saliência política ou dominar a fortuna terrestre?<br />

Enquanto isso, outros enfatizam a ilusória necessida<strong>de</strong> da guerra verbal a greis 2 H<br />

ou pessoas.<br />

Pois bem, os jornais Correio Popular, <strong>de</strong> Campinas, e Folha <strong>de</strong> São Paulo estamparam manchetes em suas páginas <strong>de</strong> 11/05/2008, que mostraram <strong>de</strong><br />

maneira clara que o materialismo, mencionado pelos Espíritos na resposta que <strong>de</strong>ram a Allan Kar<strong>de</strong>c, <strong>de</strong> forma sutil e maliciosa, sustentado por mentes<br />

<strong>de</strong>sencarnadas distantes da mensagem <strong>de</strong> Jesus, citada no início <strong>de</strong>ste editorial, vem se impondo às socieda<strong>de</strong>s hodiernas.<br />

Ei-las:<br />

Do jornal Correio Popular:<br />

– “Uma pesquisa sobre responsabilida<strong>de</strong> social na região <strong>de</strong> Campinas revela que o lucro maior das empresas não se reverte em mais recursos para ações<br />

filantrópicas...”<br />

E continua: ... “O índice <strong>de</strong> corporações que investem mais <strong>de</strong> R$ 1.000.000,00 por ano em ações sociais <strong>de</strong>spencou, no período, <strong>de</strong> 14% para 8% ...”.<br />

Da Folha <strong>de</strong> São Paulo:<br />

– ...“Negros têm só 3,5% dos cargos <strong>de</strong> Chefia. Mercado <strong>de</strong> trabalho, 120 anos <strong>de</strong>pois da Lei Áurea, oferece oportunida<strong>de</strong>s restritas <strong>de</strong> ascensão na<br />

hierarquia das empresas...”.<br />

Não é difícil <strong>de</strong> imaginar-se que o materialismo predominante no comportamento humano, jogará lote consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> pessoas pobres, que encontravam<br />

algum amparo através das Obras Assistenciais, na rua da amargura. E <strong>de</strong> maneira irônica, se constituirá em “preciosa” contribuição para o aumento do<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio social, que já não é pouco. Contribuindo com a falsa impressão <strong>de</strong> que o vil metal, a posse <strong>de</strong> bens materiais, se constituem nas únicas<br />

soluções, para socorrer aqueles que passam pelas experiências amargas da pobreza e suas necessida<strong>de</strong>s. Relegando-se <strong>de</strong>sta maneira o trabalho solidário<br />

das instituições filantrópicas, via <strong>de</strong> regra calcado nas mensagens da carida<strong>de</strong> cristã que as orientam nestas ativida<strong>de</strong>s, a mera questão <strong>de</strong> crendice religiosa<br />

<strong>de</strong> seus realizadores, quando não caem sobre algumas <strong>de</strong>las as acusações <strong>de</strong> que não passam <strong>de</strong> “laranjas” para que sanguessugas políticos e outros as<br />

utilizem para <strong>de</strong>sviarem recursos do erário público.<br />

Por outro lado, a reportagem da Folha <strong>de</strong> São Paulo caracteriza uma insuportável discriminação racial, ao noticiar que pessoas da raça negra, graduadas<br />

intelectualmente, <strong>de</strong>tentoras <strong>de</strong> diplomas universitários e outros títulos profissionais, tal e qual fora dito a Kar<strong>de</strong>c, se constitui no prejuízo que o<br />

materialismo sempre houve por bem semear entre os homens e que cabe ao Espiritismo combater.<br />

Tudo isto simplesmente porque a vida futura, do espírito eterno, ainda é uma incerteza para a gran<strong>de</strong> maioria dos homens.<br />

Viver bem, <strong>de</strong>ntro dos princípios materialistas que conserva, para o homem contemporâneo é <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> prazeres, tantos quantos lhes permitam suas<br />

posses terrenas. Quem não as tem que se vire para conquistá-las, se não quiser pertencer à galeria dos fracassados.<br />

É ainda cultivar entre outras coisas, através do egoísmo que o materialismo privilegia, uma prepotência <strong>de</strong> umas com relação às outras, das diferentes raças<br />

que se espalham pelo orbe terreno. Ignorando-se que através <strong>de</strong>las, os espíritos, que se acham temporariamente encarnados neste Planeta, encontram<br />

preciosa escola <strong>de</strong> aprendizado moral <strong>de</strong> que se acham necessitados.<br />

Diante <strong>de</strong>ste quadro surge a pergunta:<br />

– Afinal como agir?<br />

Eis a resposta <strong>de</strong> Emmanuel 3 para tão pertinente questão:<br />

– ...“Não nos iludamos, com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do Cristo a fazer luz no mundo das consciências – a<br />

começar <strong>de</strong> nós mesmos, dissipando as trevas do materialismo ao clarão da Verda<strong>de</strong>, não pelo espírito da força, mas pela força do espírito, a expressarse<br />

em serviço, fraternida<strong>de</strong>, entendimento e educação”.<br />

1-3 Ceifa <strong>de</strong> Luz, lição 35 – Emmanuel psic. Francisco C. Xavier – ed 1ª - FEB<br />

2 greis ≡ (Dicion. MEC) – F. S. Bueno – sin. ≡ socieda<strong>de</strong>; partido; paroquianos.<br />

FATOS PITORESCOS DE CHICO XAVIER<br />

O LADRÃO<br />

As irmãs do Chico eram quatro ou cinco. Moças, como todas as moças, medrosas.<br />

Sempre viveram com o irmão que distribuiu com elas, amor, carinho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Na realida<strong>de</strong> foi como verda<strong>de</strong>iro pai <strong>de</strong>las. Criou-as e manteve-as com o seu salário<br />

humil<strong>de</strong>.<br />

Chico é um ser humano, tão humano ou mais do que nós. Nada diferente. A sua mediunida<strong>de</strong> é<br />

que é excepcional. Apenas isso. No mais, sente frio, tem fome e se<strong>de</strong> e, sofre como nós, diante<br />

dos problemas da vida. Talvez sofra mais porque maior é a sua sensibilida<strong>de</strong>.<br />

Uma noite um ladrão entrou em sua casa e roubou algumas roupas que estavam no quintal. Fez<br />

barulho nas portas e assustou as irmãs do Chico. Este ficou também preocupado por causa das<br />

irmãs.<br />

No dia imediato, todos viram o Chico em gran<strong>de</strong> movimentação. Abriu um lençol e nele foi<br />

colocando as roupas que encontrava, roupas velhas, algumas novas, sapatos usados, etc., etc.<br />

No fim da tar<strong>de</strong>, ao cair da noite, a sua trouxa estava feita. Ninguém disse nada, mas todos se<br />

admiraram. Iria o Chico embora, se mudar? Estaria aborrecido?<br />

Nada disso aconteceu.<br />

À noite, o gran<strong>de</strong> amigo pegou a trouxa, amarrou-a e pendurou-a no alpendre com um cartão<br />

mais ou menos nestes termos:<br />

“Meu amigo: estas são as roupas que pu<strong>de</strong> arranjar. Peço-lhe o favor <strong>de</strong> não fazer barulho para<br />

não assustar minhas irmãs.”<br />

Ao amanhecer, a trouxa <strong>de</strong> roupa havia <strong>de</strong>saparecido...<br />

Assim é o Chico.<br />

Chico Xavier - O Santo dos Nossos Dias - R. A. Ranieri (Compilado por Marta)<br />

SEM DESÂNIMO<br />

Frente à luta da nossa renovação íntima, freqüentemente nos <strong>de</strong>paramos com momentos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sânimo.<br />

Alerta-nos o Espírito André Luiz, na lição 30 da obra Paz e Renovação, <strong>de</strong> psicografia <strong>de</strong><br />

Francisco C. Xavier, sobre os perigos <strong>de</strong>sta posição:<br />

Se você <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> trabalhar, entrando em <strong>de</strong>sânimo, examine o tráfego numa rua simples.<br />

Ônibus, automóveis, caminhões, ambulâncias e viaturas diversas passam em graus <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> diferente, cumprindo as tarefas que lhes foram assinaladas.<br />

Nenhum veículo segue sem objetivo e sem direção.<br />

Observe, porém, o carro parado, fora da pista.<br />

Além <strong>de</strong> constituir uma tentação para malfeitores e um perigo no trânsito, é também um peso<br />

morto na economia geral, porquanto foge do bem que lhe cabe fazer.<br />

Entretanto, se o dono resolve recuperá-lo, aparecem, <strong>de</strong> pronto, motoristas abnegados, que se<br />

empenham a socorrê-lo.<br />

Consi<strong>de</strong>re a lição e não gaste o seu tempo, acalentando enguiços na própria alma, que farão<br />

<strong>de</strong> você um trambolho para os corações queridos que lhe partilham a marcha.<br />

Qual acontece ao veículo mais singelo, você po<strong>de</strong> perfeitamente auxiliar nos caminhos da vida,<br />

arrancar um companheiro <strong>de</strong>ssa ou daquela dificulda<strong>de</strong>, carregar um doente, transportar uma<br />

carta confortadora, entregar um remédio ou distribuir alimento.<br />

Se você quiser, realmente, largar o cantinho da inércia, rogue amparo aos Espíritos<br />

Benevolentes e Sábios que funcionam, caridosamente, na condição <strong>de</strong> mecânicos da<br />

Providência Divina, e eles colaborarão com você, mas para que isso aconteça, é preciso, antes<br />

<strong>de</strong> tudo, que você pense em servir, dispondo-se a começar.<br />

(Compilado por Cibele)<br />

André Luiz<br />

2 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008


A BIBLIOTECA ESPÍRITA EM DESFILE<br />

O PRINCIPIANTE ESPÍRITA<br />

Após o falecimento <strong>de</strong> Allan Kar<strong>de</strong>c, vieram à luz três <strong>de</strong> suas obras não editadas: Obras Póstumas, em 1890, A Obsessão (pela editora O Clarim) e O Principiante<br />

Espírita (pela editora O Pensamento).<br />

Nesta última, editada em 1955 pela Editora Pensamento, temos as valiosas informações para o amanho dos alicerces históricos e conceituais indispensáveis a quem quer<br />

iniciar seus estudos no Espiritismo.<br />

No prefácio do livro, o autor, Júlio Abreu Filho (1893-1971), faz um belo apanhado biográfico <strong>de</strong> Hippolyte Léon Denizard Rivail, o significado <strong>de</strong> seu pseudônimo, Allan<br />

Kar<strong>de</strong>c, e um apanhado do contexto histórico e cultural da socieda<strong>de</strong> da época.<br />

Atente, para o fato, <strong>de</strong> que a iniciação <strong>de</strong> Hippolyte ao estudo do Magnetismo e o Hipnotismo<br />

foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia, pois foram quase 35 anos <strong>de</strong> conhecimento que fizeram com que nunca se<br />

referisse ao Espiritismo como religião, mas como ciência baseada em fatos.<br />

Não <strong>de</strong>ixe passar nas entrelinhas o <strong>de</strong>sfilar <strong>de</strong> renomados nomes que prepararam o caminho a<br />

Kar<strong>de</strong>c, como o da médium Delphine Gay, escritora casada com o con<strong>de</strong> Émile <strong>de</strong> Girardin,<br />

que <strong>de</strong>sfrutava invejável prestígio como escritor, sociólogo e dramaturgo. As sessões<br />

mediúnicas nos salões da senhora Girardin contavam com os mais expressivos nomes das<br />

letras francesas e <strong>de</strong> renome mundial como Alexandre Dumas (1802-1870), escritor e autor,<br />

<strong>de</strong>ntre outras, <strong>de</strong> Os três mosqueteiros e O Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Monte Cristo.<br />

Há 150 anos o cientista Rivail <strong>de</strong>sapareceu para dar lugar ao filósofo Allan Kar<strong>de</strong>c. Era o<br />

renascimento espiritual <strong>de</strong> que Jesus falava a Nico<strong>de</strong>mos 1 , sobre aquele “a quem o Pai enviará<br />

em meu nome, e que ensinará todas as coisas” e nos “fará lembrar <strong>de</strong> tudo o que vos tenho<br />

dito”.<br />

Conheça esta parte da história e <strong>de</strong>leite-se nos conceitos básicos do Espiritismo.<br />

Comece pelo começo para não sentir falta <strong>de</strong>ssas informações no futuro. E para os espíritas <strong>de</strong><br />

longa data, asseguro que a obra é tão boa que não fará mal recapitular sua leitura.<br />

1 João, 14:26<br />

CONCEITOS FILOSÓFICOS<br />

FALSOS ESPÍRITAS<br />

Daniel Lona<br />

epois <strong>de</strong> 150 anos <strong>de</strong> sua codificação, o Espiritismo ainda é muito pouco compreendido em seus princípios <strong>de</strong>ntro<br />

das fileiras <strong>de</strong> seus a<strong>de</strong>ptos. Aí surgem incompreensões e dissidências que levam a práticas estranhas às<br />

recomendadas pela Doutrina. E isto causa entrave à marcha do Espiritismo em seu trabalho <strong>de</strong> revivescência do<br />

Cristianismo em sua feição mais simples e pura. Entretanto, isto não é novida<strong>de</strong>. Kar<strong>de</strong>c, em 1863, já se <strong>de</strong>frontava com<br />

tais problemas junto aos a<strong>de</strong>ptos do movimento iniciante. Por isto escreveu alertando os <strong>de</strong> sua época e os que viriam<br />

<strong>de</strong>pois:<br />

“Se o Espiritismo fosse uma simples teoria, um sistema, po<strong>de</strong>ria ser combatido por outro sistema; mas repousa numa lei da<br />

Natureza, tão bem quanto o movimento da Terra. A existência dos Espíritos é inerente à espécie humana; não é possível<br />

evitar que existam, como não se po<strong>de</strong> impedir suas manifestações, do mesmo modo que não se impe<strong>de</strong> o homem <strong>de</strong><br />

marchar.<br />

Contudo, se nada po<strong>de</strong> parar a marcha geral, há circunstâncias que po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar entraves parciais, como uma pequena<br />

barragem po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sacelerar o curso <strong>de</strong> um rio, sem o impedir <strong>de</strong> correr. Deste número são os movimentos inconsi<strong>de</strong>rados<br />

<strong>de</strong> certos a<strong>de</strong>ptos, mais zelosos que pru<strong>de</strong>ntes, que não calculam bem o alcance <strong>de</strong> seus atos ou <strong>de</strong> suas palavras.<br />

Nunca seria <strong>de</strong>mais recomendar aos Espíritas refletir maduramente antes <strong>de</strong> agir. Em tais casos manda a prudência não se<br />

bastar à opinião pessoal. Hoje, que <strong>de</strong> todos os lados se formam grupos ou socieda<strong>de</strong>s, nada mais simples que se reunir<br />

antes <strong>de</strong> agir. Não tendo em vista senão o bem da causa, o verda<strong>de</strong>iro Espírita sabe fazer abnegação do amor próprio. Crer<br />

na infalibilida<strong>de</strong>, recusar o conselho da maioria e persistir num caminho que se <strong>de</strong>monstra mau e comprometedor, não é do<br />

verda<strong>de</strong>iro Espírita. Seria prova <strong>de</strong> orgulho, se não <strong>de</strong> obsessão.<br />

O que caracteriza principalmente esses pretensos a<strong>de</strong>ptos é a tendência para fazer o Espiritismo sair dos caminhos da<br />

prudência e da mo<strong>de</strong>ração por seu ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> triunfo da verda<strong>de</strong>; a estimular as publicações excêntricas, e extasiarse<br />

<strong>de</strong> admiração ante as comunicações apócrifas mais ridículas, e que têm o cuidado <strong>de</strong> espalhar; a provocar nas reuniões<br />

assuntos comprometedores sobre política e religião, sempre para a vitória da verda<strong>de</strong>, que não po<strong>de</strong> ficar sob o velador;<br />

seus elogios aos homens e às coisas são incensórios <strong>de</strong> arrepiar: são os ferrabrás * do Espiritismo.<br />

Certo, perguntarão se todos os Espíritas são homens <strong>de</strong> bom senso e incapazes <strong>de</strong> se enganar?<br />

Preten<strong>de</strong>r que todos os Espíritas sejam infalíveis seria tão absurdo quanto a pretensão dos nossos adversários ao privilégio<br />

exclusivo da razão. Mas, se alguns se enganam, é que se confun<strong>de</strong>m quanto ao sentido e ao fim da Doutrina. Os crentes <strong>de</strong><br />

boa fé, pois, po<strong>de</strong>m enganar-se e não julgamos crime se não pensarem como nós. Contudo, se entre as torpezas que<br />

praticam, algumas fossem apenas opinião pessoal, só po<strong>de</strong>ríamos ver nisso <strong>de</strong>svios isolados, lamentáveis, mas seria,<br />

porém, injusto fazer recair a responsabilida<strong>de</strong> sobre a Doutrina, que os repudia claramente. Mas se dizemos que po<strong>de</strong>m ser<br />

o resultado <strong>de</strong> manobras interesseiras, é que nosso quadro é feito sobre medida.<br />

Essas manobras, sem dúvida, po<strong>de</strong>m levar a algumas perturbações parciais, momentâneas, razão por que é necessário<br />

reduzi-las tanto quanto possível. Entretanto, não prejudicariam o futuro: primeiramente, porque não terão tempo, <strong>de</strong> vez<br />

que são manobras da oposição, que cairá pela força das coisas; em segundo lugar, porque digam o que disserem e façam o<br />

que fizerem, jamais tirarão à Doutrina seu caráter distintivo, sua filosofia racional e sua moral consoladora. Pois o<br />

Espiritismo se distingue <strong>de</strong> todas as outras filosofias por não ser a concepção filosófica <strong>de</strong> um homem só, mas <strong>de</strong> um<br />

ensino que cada um po<strong>de</strong> receber em todos os cantos da Terra, e tal é a consagração recebida pelo Livro dos Espíritos.<br />

Escrito sem equívocos possíveis e ao alcance <strong>de</strong> todas as inteligências, esse livro será sempre a expressão clara e exata da<br />

Doutrina e a transmitirá intacta aos que viverem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> nós.<br />

É preciso não per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista que estamos, como foi dito, em momento <strong>de</strong> transição, e que nenhuma transição se opera sem<br />

conflito. Não se admirem <strong>de</strong> ver agitarem-se as paixões em jogo, as ambições comprometidas, as pretensões frustradas, e<br />

cada um tentar se ressarcir do que vê escapar, montando no passado. Pouco a pouco, tudo estará extinto, a febre se acalma,<br />

os homens passam e as idéias novas ficam. Espíritas, elevai-vos pelo pensamento, olhai vinte anos para a frente e o<br />

presente não vos inquietará.” 1<br />

D<br />

(Compilado por Pedro Abreu)<br />

POESIA<br />

CORAGEM!<br />

Exige-se na atualida<strong>de</strong><br />

Doses maciças <strong>de</strong> coragem,<br />

Despida <strong>de</strong> vaida<strong>de</strong>,<br />

Nesta terrena romagem.<br />

Preciso é fibra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o acordar<br />

Até o instante <strong>de</strong> se <strong>de</strong>itar,<br />

Mantendo firme o propósito<br />

De com segurança caminhar.<br />

Ante a doença<br />

Preciso é a crença;<br />

Ante o fracasso,<br />

Não o <strong>de</strong>scaso,<br />

Mas a perseverança<br />

De seguir em aprendizado.<br />

Ante a tristeza,<br />

O trabalho com nobreza<br />

Em favor do mais necessitado;<br />

Ante as lágrimas<br />

Ou mesmo as lástimas,<br />

Um sorriso mais intensificado.<br />

Ante a <strong>de</strong>struição,<br />

A resignação;<br />

Mais fé no coração,<br />

De se compreen<strong>de</strong>r<br />

Como aluno a apren<strong>de</strong>r<br />

Belíssima lição.<br />

Ante o <strong>de</strong>speito,<br />

Mais respeito;<br />

Ante a vaida<strong>de</strong>,<br />

Mais humilda<strong>de</strong>;<br />

Ante o orgulho,<br />

Mais carida<strong>de</strong>.<br />

Ante a <strong>de</strong>sesperação,<br />

Mais oração,<br />

A forrar o sentimento<br />

De sublime emoção,<br />

Como a sorver divino pão,<br />

O espiritual alimento.<br />

Figuremos Jesus<br />

Que no instante da cruz<br />

Pronunciou a frase<br />

Repleta <strong>de</strong> sabedoria e verda<strong>de</strong>:<br />

“Pai, <strong>de</strong> mim afasta o cálice,<br />

Mas cumpra-se sempre a Sua<br />

[vonta<strong>de</strong>”.<br />

Portanto, nos momentos<br />

De dificulda<strong>de</strong>s e tormentos,<br />

Testemunhemos com o Senhor,<br />

De alma com menos fel e mais<br />

[amor.<br />

Pois a coragem não se faz<br />

Com braço forte e língua tenaz,<br />

Mas com espírito vivo a querer<br />

A cada vez mais apren<strong>de</strong>r.<br />

1<br />

Revista Espírita – Mar/1863: Falsos irmãos e amigos ineptos<br />

*Ferrabrás = fanfarrão, mentiroso<br />

3 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008<br />

Susan


ELUCIDAÇÕES DOUTRINÁRIAS<br />

A FÉ E OS SEUS MISTÉRIOS<br />

“P<br />

ois em verda<strong>de</strong> vos digo, se tivésseis a fé<br />

do tamanho <strong>de</strong> um grão <strong>de</strong> mostarda<br />

diríeis a esta montanha: Transporta-te daí<br />

para ali e ela se transportaria e nada vos seria<br />

impossível”.<br />

É <strong>de</strong> nosso conhecimento que o Senhor Jesus, para<br />

facilitar o entendimento <strong>de</strong> Suas lições, utilizava-se<br />

<strong>de</strong> parábolas e metáforas.<br />

Na passagem acima através da figura do grão <strong>de</strong><br />

mostarda, que não é maior que um grão <strong>de</strong> gergelim,<br />

e da montanha, ilustra quão po<strong>de</strong>rosa e ativa é a fé.<br />

No entanto, que fé é esta capaz <strong>de</strong> realizar<br />

maravilhas, quando no mundo há centenas <strong>de</strong><br />

pessoas que, tendo um dia sido crentes em qualquer<br />

princípio moral ou revelação religiosa,<br />

<strong>de</strong>cepcionaram-se e estão hoje na posição <strong>de</strong><br />

incrédulos?<br />

Teria o Mestre se confundido?<br />

Perguntemo-nos, antes, qual a compreensão que<br />

temos sobre a fé. Freqüentemente ela tem sido<br />

apresentada por algumas doutrinas como dogma<br />

absoluto. Isto é, como um pressuposto isento do<br />

exame da razão, um pressuposto inquestionável. Este<br />

o primeiro equívoco.<br />

Quando alguém diz que <strong>de</strong>vemos ter fé na pata do<br />

coelho branco, não importa o quanto gostemos da<br />

pessoa, o quanto gostemos <strong>de</strong> andar com esse objeto<br />

pendurado na bolsa ou até mesmo <strong>de</strong> nele<br />

confiarmos. Cedo ou tar<strong>de</strong>, a nossa razão perceberá<br />

que com ou sem o pé do animal, a nossa vida<br />

continua a mesma.<br />

Tudo isso porque a fé, a crença, não foi adquirida<br />

sobre firmes alicerces.<br />

O alicerce da fé é a compreensão <strong>de</strong> um fato através<br />

do uso do recurso mais precioso <strong>de</strong> que o homem é<br />

portador: a inteligência.<br />

Tudo o que não é aprovado pelo nosso<br />

discernimento, como o pé <strong>de</strong> coelho, não po<strong>de</strong> ser<br />

objeto <strong>de</strong> nossa fé.<br />

Portanto a fé verda<strong>de</strong>ira necessita <strong>de</strong> uma base, que é<br />

o entendimento completo daquilo em que se crê. E,<br />

conforme cita o Evangelho, “Bem-aventurados<br />

aqueles que crêem sem precisar ver”.<br />

Exemplo disso são as curas realizadas pelo Cristo.<br />

Há 2000 anos quem assistisse a um fenômeno<br />

<strong>de</strong>sses, justificadamente, pensaria que se tratava <strong>de</strong><br />

algo sobrenatural, <strong>de</strong> mágica. No entanto, hoje, tais<br />

fenômenos estão ao alcance da compreensão <strong>de</strong><br />

todos, pois o Magnetismo, o Espiritismo e,<br />

recentemente, a Física Quântica nos provam que um<br />

fenômeno <strong>de</strong>sse gênero é completamente natural.<br />

Pois se <strong>de</strong>scobriu, através <strong>de</strong> estudos e observações,<br />

através do uso da inteligência, que o nosso<br />

pensamento tem <strong>de</strong>terminante influência sobre a<br />

matéria.<br />

Quando isso ocorre, não há espaço para dúvidas, e<br />

sim para a fé como conseqüência natural.<br />

Por isso antes <strong>de</strong> julgarmos a fé algo inconveniente,<br />

<strong>de</strong>vemos sair da posição <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong>sesperançadas<br />

MENSAGENS SEMPRE PRESENTES DO EVANGELHO<br />

EM NOSSAS MÃOS<br />

da vida, em que costumamos nos colocar. Se<br />

observarmos, através do estudo e da comparação<br />

com a nossa realida<strong>de</strong>, perceberemos que as leis que<br />

regem a natureza estão em consonância com os<br />

ensinamentos do Evangelho.<br />

Esse Evangelho que sobreviveu a dois mil anos <strong>de</strong><br />

progresso da Humanida<strong>de</strong>. A condição do objeto<br />

sagrado do pé <strong>de</strong> coelho não durou sequer um<br />

parágrafo.<br />

Os ensinamentos do Evangelho, por sua vez,<br />

enfrentaram diversas ida<strong>de</strong>s da humanida<strong>de</strong>, são hoje<br />

estudados à luz da ciência e continuam coerentes.<br />

Isso <strong>de</strong>ve, no mínimo, incomodar a nossa ignorância,<br />

que é a única coisa capaz <strong>de</strong> dar algum mistério à fé.<br />

Neste ponto, cabe uma outra pergunta: Por que<br />

buscar o conhecimento das verda<strong>de</strong>s da Vida, que<br />

nos fará ter fé? Por que buscá-la, afinal?<br />

Porque a fé, conseqüência da compreensão das<br />

verda<strong>de</strong>s da Vida, fará com que nos reconheçamos<br />

na condição <strong>de</strong> espíritos eternos em marcha<br />

evolutiva. E somente o entendimento <strong>de</strong>ssas leis nos<br />

tornará capazes <strong>de</strong> fazermos maravilhas como a <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mover do nosso íntimo as montanhas do orgulho e<br />

do egoísmo, causas <strong>de</strong> todas as nossas dores.<br />

Sem a fé, somos tais quais viajores sem bússola e<br />

sem direção, que, vacilantes, cheios <strong>de</strong> dúvidas e<br />

incertezas, tornamo-nos presas fáceis das intempéries<br />

do caminho.<br />

1 Mateus, 17:19-20<br />

4 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008<br />

Débora<br />

“Venha a nós o teu reino; seja feita tua vonta<strong>de</strong>,<br />

assim na Terra como nos céus” – JESUS.<br />

Convence-te <strong>de</strong> que as Leis da Divina Sabedoria não se enganariam.<br />

Situando-te na Terra, por tempo <strong>de</strong>terminado, com vistas ao próprio burilamento que te cabe realizar, trazes<br />

contigo as faculda<strong>de</strong>s que o Senhor te conce<strong>de</strong>u por instrumentos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Encontras-te no lugar certo em que te habilitas a <strong>de</strong>sempenhar os encargos próprios.<br />

Tens contigo as criaturas mais a<strong>de</strong>quadas a te impulsionarem nos caminhos à frente.<br />

Passas pelas experiências <strong>de</strong> que não prescin<strong>de</strong>s para a conquista da sublimação que <strong>de</strong>mandas.<br />

Recebes os parentes e afeições <strong>de</strong> que mais necessitas para resgatar as dívidas do passado ou renovar-te nos<br />

impulsos <strong>de</strong> elevação.<br />

Vives na condição certa na qual te compete efetuar as melhores aquisições <strong>de</strong> espírito.<br />

Sofres lutas compatíveis com as tuas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento superior.<br />

Varas acontecimentos dos quais não se te faz possível a <strong>de</strong>sejada liberação, a fim <strong>de</strong> que adquiras<br />

autocontrole.<br />

Atravessas circunstâncias, por vezes difíceis, <strong>de</strong> modo a conheceres o sabor da vitória sobre ti mesmo.<br />

E em qualquer posição, na qual te vejas, dispões sempre <strong>de</strong> certa faixa <strong>de</strong> tempo a fim <strong>de</strong> fazer o bem aos<br />

outros, tanto quanto queiras, como julgues melhor, da maneira que te pareça mais justa e na extensão que<br />

<strong>de</strong>sejas, para que, auxiliando aos outros, recebas dos outros mais amplo auxílio, no instante oportuno.<br />

Segundo é fácil <strong>de</strong> observar, estás na Terra, <strong>de</strong> alma condicionada às leis <strong>de</strong> espaço e tempo, conforme o<br />

impositivo <strong>de</strong> auto aperfeiçoamento, em que todos nos achamos, no mundo físico ou fora <strong>de</strong>le, mas sempre<br />

com vastas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exercer o bem e estendê-lo aos semelhantes, porque melhorar-nos e elevar-nos,<br />

educar-nos e, sobretudo, servir, são sempre medidas preciosas, invariavelmente em nossas próprias mãos.<br />

Ceifa <strong>de</strong> Luz – lição 26 – Emmanuel psic. Francisco C. Xavier – 1ª ed. <strong>Especial</strong>, 04/04/05 (Compilado por Delcio)<br />

EMMANUEL


ASSIM SE EXPRESSOU O LEITOR<br />

UMA NOVA ERA<br />

Em Março <strong>de</strong> 2006, publicamos o artigo Um<br />

ensaio sobre o Porvir que analisava a<br />

reportagem “Essa é a nossa mais importante<br />

encarnação <strong>de</strong> todos os tempos” publicada em<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2006, pela Folha Espírita.<br />

Naquela oportunida<strong>de</strong> confrontamos informações da<br />

reportagem com outras mensagens por nós<br />

conhecidas que corroboravam no estudo das<br />

transformações que ocorrem no globo, prenunciando<br />

a renovação moral da Terra, e o início <strong>de</strong> uma nova<br />

era.<br />

Passados dois anos, novas informações chegaram ao<br />

nosso conhecimento... Derrubariam elas a tese, então<br />

<strong>de</strong>fendida, <strong>de</strong> que a Terra passa por um importante<br />

momento <strong>de</strong> transição?<br />

De forma alguma! Elas não só apóiam, como vêm<br />

trazer novos elementos sobre o período <strong>de</strong><br />

transformação pelo qual o orbe passa.<br />

Em Março do presente ano, a mesma Folha Espírita<br />

já citada, trouxe a conhecimento dos espíritas<br />

brasileiros o menino russo Boriska que fez a seguinte<br />

<strong>de</strong>claração em entrevista publicada no jornal russo<br />

Pravda em 12/03/2004: “Chegou a época propícia<br />

para que elas (crianças especialmente dotadas)<br />

venham à Terra porque o renascimento do planeta se<br />

aproxima... Elas estão nascendo e estarão preparadas<br />

para ajudar as pessoas... Os pólos da Terra se<br />

inverterão. A primeira gran<strong>de</strong> catástrofe com um dos<br />

continentes acontecerá em 2009. A próxima será em<br />

2013, e será ainda mais <strong>de</strong>vastadora.”<br />

Tal informação <strong>de</strong> transformação do globo dá apoio<br />

às profecias Maias, resgatadas pela Folha Espírita <strong>de</strong><br />

Abril p.p., que diz: “Os maias previram que o Sol<br />

mudará sua polarização em 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2012,<br />

após receber um raio sincronizado com origem a<br />

explosões solares iniciando a transformação do<br />

planeta. Deste modo, uma nova era terá início: o<br />

sexto ciclo solar. Os maias relatavam que esse<br />

fenômeno acontece a cada 5.125 anos e que a Terra<br />

será afetada pelo Sol <strong>de</strong>vido a uma mudança no seu<br />

eixo <strong>de</strong> rotação”.<br />

CONVERSANDO COM OS JOVENS<br />

REGRAS DE CONDUTA<br />

As regras nos impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> fazer as coisas à nossa moda. É verda<strong>de</strong> que quando<br />

há varias pessoas convivendo num mesmo espaço, elas se tornam<br />

imprescindíveis. De outra forma, cada um faria o que quisesse e,<br />

provavelmente, um prejudicaria o outro.<br />

Entretanto, você há <strong>de</strong> concordar que algumas regras que somos chamados a<br />

obe<strong>de</strong>cer são verda<strong>de</strong>iro exagero.<br />

Para que escovar os <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>pois do almoço, se ainda vamos comer no jantar? Uma<br />

escovação antes <strong>de</strong> dormir seria suficiente para dar conta da sujeira do dia inteiro.<br />

Para que arrumar a cama <strong>de</strong> manhã, se à noite vamos <strong>de</strong>sarrumá-la outra vez?<br />

Esse tipo <strong>de</strong> regra só serve para nos dar trabalho e não tem nenhuma utilida<strong>de</strong>.<br />

Ao contrário do que pensamos, no entanto, afirma o dicionário que a regra é aquilo<br />

que foi <strong>de</strong>terminado pela razão. Isto significa que a regra á criada por um motivo<br />

inteligente e não à toa.<br />

Precisamos escovar os <strong>de</strong>ntes, pois após as refeições, as bactérias (minúsculos<br />

bichinhos que temos na nossa boca) atacam os restos <strong>de</strong> alimento. Quando isso<br />

acontece, elas liberam sobre os restinhos <strong>de</strong> comida e, conseqüentemente, sobre os<br />

nossos <strong>de</strong>ntes, uma substância capaz <strong>de</strong> corroê-los pouco a pouco.<br />

Agora, imagine que isso fique acontecendo o dia inteiro em nossa boca até<br />

escovarmos os <strong>de</strong>ntes na hora <strong>de</strong> dormir. Idéia nada agradável não é? Aliás, nada<br />

inteligente também.<br />

Aquele lençol cheiroso e limpinho em que você se <strong>de</strong>ita para dormir, se não for<br />

protegido por uma colcha, durante o dia, ficará exposto à poeira e muito mais.<br />

Imagine se alguém colocar o pé sujo em cima do seu lençol?!<br />

Usando a nossa inteligência, percebemos que essas regrinhas não são para nos dar<br />

trabalho. Muito pelo contrário, são <strong>de</strong> extrema importância e necessida<strong>de</strong> para o<br />

nosso bem-estar.<br />

Portanto, se as regras só são estabelecidas por um motivo que a nossa inteligência<br />

julga importante, <strong>de</strong>vemos ser mais atentos a ela. Se não, quem estará sendo à toa e<br />

não sendo inteligente seremos nós.<br />

Tais seriam os sinais do fim dos tempos, as<br />

catástrofes no globo, explosões solares que gerariam<br />

alterações nos eixos da Terra?<br />

Acreditamos que não, pois já nos explicaram os<br />

Espíritos que “os flagelos são instrumentos <strong>de</strong> que se<br />

serve o gran<strong>de</strong> cirurgião do universo, para extirpar do<br />

mundo, <strong>de</strong>stinado a marchar para frente, os<br />

elementos gangrenados que nele provocam <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns<br />

incompatíveis com seu novo estado.” 1<br />

Além disso, tais convulsões do planeta, mais não são<br />

do que gran<strong>de</strong>s oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> renovação e resgate<br />

<strong>de</strong> dívidas dos espíritos que <strong>de</strong>sencarnam; e <strong>de</strong><br />

revisão dos sentimentos e dos valores daqueles que<br />

ficam encarnados sob o acicate da dor e do<br />

sofrimento.<br />

Nos tempos atuais inúmeros cataclismos, como<br />

terremotos, maremotos, vulcões, já têm causado a<br />

<strong>de</strong>struição da matéria, além daquelas outras<br />

provocadas pelo próprio homem através das guerras,<br />

da violência, da falta <strong>de</strong> cuidado para com o planeta<br />

Terra. Toda essa situação que a humanida<strong>de</strong> enfrenta<br />

atualmente a chama para rever seus valores, a buscar<br />

qual o porquê da vida...<br />

Quanto à informação <strong>de</strong> Boris <strong>de</strong> que chegou a época<br />

propícia para que crianças especialmente dotadas<br />

venham à Terra, verificamos que na Revista Espírita 2<br />

os espíritos esclarecem que “<strong>de</strong>vendo fundar a era do<br />

progresso moral, a nova geração se distingue por uma<br />

inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas<br />

ao sentimento inato do bem e das crenças<br />

espiritualistas... Não será composta exclusivamente<br />

<strong>de</strong> Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles<br />

que, tendo já progredido, estão predispostos a<br />

assimilar todas as idéias progressivas...”. Não<br />

bastante, informações semelhantes nos foram trazidas<br />

por Yvonne A. Pereira em entrevista com Chopin, no<br />

plano espiritual, on<strong>de</strong> ele afirma que “do ano 2000<br />

em diante, <strong>de</strong>scerá à Terra brilhante falange com o<br />

compromisso <strong>de</strong> levantar, moralizar e sublimar as<br />

artes” 3 , e por mensagem <strong>de</strong> Ana Prado, recebida em<br />

2006, que ressalta: “chamadas a este testemunho <strong>de</strong><br />

difundir o conhecimento espiritual, diversas falanges<br />

<strong>de</strong> trabalhadores dos primeiros tempos estão<br />

Débora<br />

corporificando-se na Terra, com o objetivo <strong>de</strong><br />

transformar a vida social no presente século.<br />

Diversos mentores da Vida <strong>Maio</strong>r já voltaram ao<br />

plano físico...” 4 . Portanto a existência <strong>de</strong> crianças<br />

especialmente dotadas espalhadas pelo mundo não é<br />

uma teoria, mas sim um fato que po<strong>de</strong> ser<br />

comprovado pelas notícias a que temos acesso pelos<br />

mais diferentes meios <strong>de</strong> comunicação, para não<br />

dizermos da possível existência <strong>de</strong> tais crianças em<br />

nosso convívio social. São crianças com dons<br />

artísticos, intelectuais e/ou morais altamente<br />

<strong>de</strong>senvolvidos, afinal quem esperaria ouvir <strong>de</strong> uma<br />

criança <strong>de</strong> 8 anos que: “É preciso ser-se mais<br />

solidário e cordial. Se alguém lhe bater, abrace o seu<br />

inimigo, <strong>de</strong>sculpe-se e ajoelhe-se ante ele. Se alguém<br />

o odiar, ame-o com todo o seu amor e <strong>de</strong>votamento e<br />

peça-lhe perdão. Estas são as leis <strong>de</strong> amor e<br />

humilda<strong>de</strong>.” 5<br />

Fim dos Tempos? Não, mas com certeza o início <strong>de</strong><br />

uma nova era. É tempo <strong>de</strong> transformação, tempo<br />

on<strong>de</strong> todos estamos sendo convidados a rever<br />

atitu<strong>de</strong>s, sentimentos, comportamentos, reavaliar<br />

quais são os nossos valores; transformar o nosso<br />

mundo interior para que possamos suportar as<br />

transformações do mundo exterior. Isso porque as<br />

dores e o sofrimento nas suas mais diversas formas<br />

vão bater-nos à porta, convidando-nos a exemplificar<br />

o aprendizado que já realizamos do Evangelho <strong>de</strong><br />

Jesus, e mais do que isso, convidando-nos a<br />

testemunhar se somos capazes <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r àquele que<br />

sofre ao nosso lado, se não o cobertor, ao menos a<br />

palavra <strong>de</strong> conforto do Mestre, que nos ajuda a ter fé<br />

e esperança, pois “aquele que perseverar até ao fim<br />

será salvo” 6 .<br />

5 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008<br />

Sheila<br />

1<br />

Revista Espírita Nov/1868 - Epi<strong>de</strong>mia na Ilha Maurícia<br />

2<br />

Outubro 1866 - Instrução dos Espíritos sobre a Regeneração da<br />

Humanida<strong>de</strong><br />

3<br />

Devassando o Invisível, cap. III - Fre<strong>de</strong>rico Chopin, na<br />

Espiritualida<strong>de</strong><br />

4<br />

A volta <strong>de</strong> Allan Kar<strong>de</strong>c - Recado <strong>de</strong> Ana Prado<br />

5<br />

Pravda, 12/03/04, Boriska - o garoto <strong>de</strong> Marte<br />

6<br />

Mateus, 24:13<br />

NO USO DO EVANGELHO<br />

Devotamo-nos ao Evangelho <strong>de</strong> Jesus pelas mais diferentes razões. De modo geral, fomos<br />

levados a ele pelo chamamento da dor. Mas, o que apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ste Evangelho? Ele tem nos<br />

servido <strong>de</strong> pauta para a renovação <strong>de</strong> nossos sentimentos? É ele o instrumento utilizado na luta<br />

íntima do homem novo contra o homem velho?<br />

A “Indagação Oportuna” 1 foi feita por Paulo:<br />

“Disse-lhes: Recebestes vós o Espírito<br />

Santo quando crestes?” - (ATOS, 19:2)<br />

A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunida<strong>de</strong>, nos<br />

círculos do Cristianismo.<br />

Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já crêem, nas mais variadas<br />

situações.<br />

Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações<br />

sociais.<br />

Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que<br />

consi<strong>de</strong>ra importantes.<br />

Além, um enfermo recebe o socorro da carida<strong>de</strong> e se <strong>de</strong>clara seguidor da Boa Nova,<br />

guiando-se pelas impressões <strong>de</strong> alívio físico.<br />

Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão <strong>de</strong>sesperados quanto antes.<br />

Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são freqüentes.<br />

Encontramos gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> companheiros que se afirmam pessoas <strong>de</strong> fé, por<br />

haverem i<strong>de</strong>ntificado a sobrevivência <strong>de</strong> algum parente <strong>de</strong>sencarnado, porque se<br />

livraram <strong>de</strong> alguma dor <strong>de</strong> cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas<br />

da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando <strong>de</strong> amigos espirituais e <strong>de</strong><br />

médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermida<strong>de</strong>s ou se per<strong>de</strong>m através <strong>de</strong> novos<br />

labirintos do aprendizado humano.<br />

A interrogação <strong>de</strong> Paulo continua cheia <strong>de</strong> atualida<strong>de</strong>.<br />

Que espécie <strong>de</strong> espírito recebemos no ato <strong>de</strong> crer na orientação <strong>de</strong> Jesus? o da<br />

fascinação? o da indolência? o da pesquisa inútil? o da reprovação sistemática às<br />

experiências dos outros?<br />

Se não abrigamos o espírito <strong>de</strong> santificação que nos melhore e nos renove para o<br />

Cristo, a nossa fé representa frágil can<strong>de</strong>ia, suscetível <strong>de</strong> apagar-se ao primeiro golpe<br />

<strong>de</strong> vento.<br />

(Compilado por Sheila)<br />

1 Fonte Viva, lição 14 – Emmanuel psic. Francisco C. Xavier


EFEMÉRIDES ESPÍRITAS<br />

O APÓSTOLO DA HUMILDADE (Parte I)<br />

Conta-nos o espírito Hilário Silva, através da<br />

psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier¹, que certa<br />

feita o Sr. Eurípe<strong>de</strong>s Barsanulfo foi levado a<br />

sublime excursão espiritual. Viajou até<br />

campina ver<strong>de</strong>jante, on<strong>de</strong> avistou um homem<br />

envolto por suave luz. Emocionado<br />

reconheceu que aquele homem era o Mestre<br />

Jesus, que por sua vez também chorava. Ao<br />

indagar se as lágrimas eram referentes aos<br />

<strong>de</strong>screntes do mundo o Cristo respon<strong>de</strong>u<br />

“Não, meu filho, não sofro pelos <strong>de</strong>screntes<br />

aos quais <strong>de</strong>vemos amar. Choro por todos os<br />

que conhecem o Evangelho, mas não o<br />

praticam...” Eurípe<strong>de</strong>s acordou. E, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

aquele dia, sem comunicar a ninguém a divina<br />

revelação que lhe vibrava na consciência,<br />

entregou-se aos necessitados e aos doentes,<br />

sem repouso sequer um dia, servindo até a<br />

morte.<br />

Mas quem foi este homem que viu Jesus e<br />

compreen<strong>de</strong>u este ensinamento <strong>de</strong> modo tão<br />

contun<strong>de</strong>nte vivendo somente para o<br />

próximo? Quem foi Eurípe<strong>de</strong>s Barsanulfo,<br />

este espírita que passa <strong>de</strong>sapercebido por<br />

tantos indivíduos que se dizem espíritas?<br />

Este homem foi um verda<strong>de</strong>iro apóstolo da<br />

humilda<strong>de</strong> e do trabalho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mais tenra<br />

ida<strong>de</strong>, cuja vida é tão rica <strong>de</strong> exemplos que<br />

buscaremos abordar, <strong>de</strong> maneira singela, esta<br />

sua encarnação em duas partes.<br />

Eurípe<strong>de</strong>s Barsanulfo nasceu na inexpressiva<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacramento (MG), a 1 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

1880. Nessa época, a cida<strong>de</strong> possuía apenas<br />

um médico, duas parteiras e uma farmácia<br />

que não permaneceu aberta por muito tempo.<br />

As ruas <strong>de</strong> terra eram iluminadas à noite por<br />

lampiões e a Estrada <strong>de</strong> Ferro Mogiana ficava<br />

a catorze quilômetros <strong>de</strong> distância do centro.<br />

Foi numa família muito simples composta pelo<br />

pai Hermógenes Ernesto <strong>de</strong> Araújo, a mãe<br />

Jerônima Pereira <strong>de</strong> Almeida e outros catorze<br />

irmãos, que encarnava este gran<strong>de</strong> luminar da<br />

espiritualida<strong>de</strong>, sendo o terceiro filho do casal.<br />

O pai Hermógenes trabalhava como gerente<br />

num armazém próximo à Estação e era<br />

acompanhado por Eurípe<strong>de</strong>s quando este<br />

contava apenas cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. O<br />

menino atendia aos fregueses, fazia<br />

embrulhos e, às vezes, mesmo em dias <strong>de</strong><br />

chuva podia ser visto na Estação com os pés<br />

<strong>de</strong>scalços no barro, tomando conta <strong>de</strong><br />

animais <strong>de</strong> carga ou carregando as malas <strong>de</strong><br />

viajantes, em troca <strong>de</strong> algumas moedas que<br />

eram <strong>de</strong>positadas nas mãos <strong>de</strong> sua mãe.<br />

Apesar dos recursos escassos, aos seis anos<br />

apren<strong>de</strong>u a ler e a contar e, em seguida,<br />

ingressou no Colégio Miranda. Menino <strong>de</strong><br />

inteligência e esforços ímpares era um ótimo<br />

aluno, auxiliando sempre aos professores.<br />

Autodidata por excelência, durante a<br />

juventu<strong>de</strong> aventou a idéia <strong>de</strong> matricular-se na<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

entretanto a saú<strong>de</strong> da mãe <strong>de</strong>bilitada por<br />

freqüentes “ataques nervosos” fez com que<br />

<strong>de</strong>sistisse da idéia e continuasse estudando<br />

por conta própria.<br />

Quando a situação financeira da família<br />

melhorou, sr. Hermógenes adquiriu um<br />

armazém e entregou os serviços <strong>de</strong><br />

contabilida<strong>de</strong> ao filho. Com recursos<br />

provenientes <strong>de</strong> seu trabalho no local estudou<br />

francês e medicina homeopática, através dos<br />

livros que encomendava das livrarias da<br />

capital, pelo reembolso postal.<br />

Era um jovem inteligente, educado e bastante<br />

ativo. Juntamente com outros companheiros<br />

lançou a “Gazeta <strong>de</strong> Sacramento”, o<br />

jornal da cida<strong>de</strong>, quando tinha 21 anos,<br />

além <strong>de</strong> promover peças teatrais. Muito<br />

integrado à comunida<strong>de</strong> religiosa local,<br />

<strong>de</strong> orientação católica, auxiliou na<br />

Fundação da Irmanda<strong>de</strong> Vicente <strong>de</strong><br />

Paulo, cujo objetivo era o <strong>de</strong> beneficiar<br />

aos pobres. Não bastasse montou em<br />

sua própria residência, uma farmácia<br />

homeopática, que atendia<br />

gratuitamente a quem quer que lhe<br />

procurasse os serviços. Também foi cofundador<br />

e professor do Liceu<br />

Sacramento, escola que oferecia aulas<br />

do Ensino Médio e Superior.<br />

Respeitado por toda a cida<strong>de</strong>,<br />

sugeriram-lhe que se candidatasse a<br />

vereador. Apesar <strong>de</strong> renunciar ao<br />

pedido por inúmeras vezes acatou a<br />

idéia após muita insistência <strong>de</strong> seus<br />

confra<strong>de</strong>s. Foi eleito vereador da<br />

pequenina cida<strong>de</strong> em 1902, e<br />

promoveu diversas melhorias,<br />

principalmente com relação à infraestrutura<br />

sanitária que era oferecida<br />

aos moradores.<br />

Sua vida seguiu esse ritmo até seus<br />

vinte e cinco <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, em 1905, ano<br />

em que conheceu o Espiritismo através<br />

do tio Mariano da Cunha Júnior, com<br />

quem Eurípe<strong>de</strong>s tinha muita afinida<strong>de</strong>.<br />

Este freqüentava o grupo espírita “Fé e<br />

Amor”, em Santa Maria, nas<br />

proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sacramento.<br />

Eurípe<strong>de</strong>s, católico, certa feita<br />

questionou o tio a respeito do seu<br />

envolvimento com a nova Doutrina. O<br />

sr. Mariano, então, aconselhou a leitura<br />

da obra “Depois da Morte”, <strong>de</strong> Léon<br />

Denis, para que fizesse o seu<br />

julgamento. Barsanulfo simplesmente<br />

“<strong>de</strong>vorou” o livro; passou toda a noite<br />

lendo a obra, muito impressionado com<br />

a lógica dos conceitos nela inseridos.<br />

Seus dizeres foram simplesmente: “Muito obrigado, meu tio! Isto é um monumento!”. A partir <strong>de</strong><br />

então passou a freqüentar as reuniões do centro espírita <strong>de</strong> Santa Maria.<br />

Na primeira visita... surpresa! Recebeu a saudação do Dr. Bezerra <strong>de</strong> Menezes (o conhecido<br />

médico dos pobres) e, em seguida, do espírito Vicente <strong>de</strong> Paulo. Travava-se a partir <strong>de</strong> então uma<br />

aliança muito estreita entre estes espíritos. As orientações iniciais que recebera foram sobre os<br />

trabalhos que <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>sempenhar no campo da<br />

cura, auxiliado pelo Dr. Bezerra. Também<br />

recebeu a informação <strong>de</strong> que <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>svincularse<br />

da Irmanda<strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Paulo, da qual<br />

era secretário, não escon<strong>de</strong>ndo sua posição<br />

religiosa, mas isto sim propagá-la. Depois disso,<br />

diversos fenômenos foram prodigalizados,<br />

inclusive com a participação <strong>de</strong> Eurípe<strong>de</strong>s como<br />

médium. Ele possuía as faculda<strong>de</strong>s da vidência,<br />

da psicografia, psicofonia, efeitos físicos, cura e<br />

bicorporeida<strong>de</strong>. Uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

espíritos muito elevados se manifestou através da<br />

sua mediunida<strong>de</strong> como: Sócrates, Platão,<br />

Pitágoras – da antiga Grécia; apóstolos <strong>de</strong> Jesus<br />

como Pedro, Tiago, além <strong>de</strong> Maria <strong>de</strong> Magdala,<br />

Paulo <strong>de</strong> Tarso, Maria, a Mãe <strong>de</strong> Jesus; além <strong>de</strong><br />

outros tantos espíritos como Orígenes, Agostinho<br />

– da origem do Cristianismo; Joana D’Arc, João<br />

Huss, Victor Hugo, Fenelon, Lincoln, Tira<strong>de</strong>ntes,<br />

Pedro <strong>de</strong> Alcântara e muitos outros. Ah! Mas essa<br />

já é outra parte da história. Até o próximo mês!<br />

Susan/Débora<br />

Leia mais em:<br />

1<br />

A Vida Escreve - Hilário Silva psic. Francisco C. Xavier<br />

Eurípe<strong>de</strong>s: o Homem e a Missão - Corina Novelino<br />

Eurípe<strong>de</strong>s Barsanulfo: o Apóstolo da Carida<strong>de</strong> - Jorge Rizzini<br />

EM SILÊNCIO<br />

Dentro dos recursos <strong>de</strong> origem material e,<br />

principalmente, dos recursos <strong>de</strong> entendimento que<br />

possuímos, <strong>de</strong>dicamos esforços <strong>de</strong> forma a servir e<br />

colaborar com os que nos ro<strong>de</strong>iam.<br />

Mas, constatamos que apesar da nossa boa intenção,<br />

nem sempre conseguimos ser úteis <strong>de</strong> fato, pois entre<br />

outras coisas nos falta a aplicação da recomendação<br />

feita por Paulo e sobre a qual nos esclarece o Espírito<br />

Emmanuel.<br />

“Não servindo à vista, como para agradar<br />

aos homens, mas como servos do Cristo,<br />

fazendo <strong>de</strong> coração a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus”<br />

– Paulo. (Efésios, 6:6)<br />

Se sabes, aten<strong>de</strong> ao que ignora, sem ofuscá-lo com a<br />

tua luz.<br />

Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com a<br />

tua posse.<br />

Se amas, não firas o objeto amado com exigências.<br />

Se preten<strong>de</strong>s curar, não humilhes o doente.<br />

Se queres melhorar os outros, não maldigues<br />

ninguém.<br />

Se ensinas a carida<strong>de</strong>, não te trajes <strong>de</strong> espinhos, para<br />

que teu contato não dilacere os que sofrem.<br />

Tem cuidado na tarefa que o senhor te confiou.<br />

É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo,<br />

procurando o apreço dos homens.<br />

Difícil, porem, é servir às ocultas, sem o ilusório manto<br />

da vaida<strong>de</strong>.<br />

É por isto que, em todos os tempos, quase todo o<br />

trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em<br />

geral, cuida-se <strong>de</strong> obter a qualquer preço as<br />

gratificações e as honras humanas.<br />

Tu, porém, meu amigo, apren<strong>de</strong> que o servidor sincero<br />

do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o<br />

Senhor, no divino silencio do espírito...<br />

Vai e serve.<br />

Não te dêem cuidado as fantasias que confun<strong>de</strong>m os<br />

olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da<br />

boca.<br />

Faze o bem, em silêncio.<br />

Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir,<br />

<strong>de</strong> coração, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

Vinha <strong>de</strong> Luz, lição 4 – psic. Francisco C. Xavier<br />

(Compilado por Débora)<br />

Emmanuel<br />

6 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008


A ESCOLA “ANNE SULLIVAN” EM DESFILE<br />

ORIGENS DA INCLUSÃO<br />

Com toda esta agitação na política educacional na área da educação especial,<br />

surge uma pergunta óbvia: as autorida<strong>de</strong>s não percebem o que estão fazendo?<br />

A resposta é bem simples: sim, percebem o que estão fazendo porque o fazem<br />

<strong>de</strong> propósito.<br />

A inclusão, que é o <strong>de</strong>ficiente ser educado em sala <strong>de</strong> aula comum, chegou ao<br />

Brasil, em 1994, <strong>de</strong>vido à ratificação da Declaração <strong>de</strong> Salamanca,<br />

documento internacional da UNESCO - Organização das Nações Unidas para<br />

<strong>Educação</strong>, a Ciência e a Cultura, assinado na Espanha, que coloca como<br />

condição, para que os países em <strong>de</strong>senvolvimento continuassem a receber<br />

verbas internacionais, a implantação da inclusão 1 .<br />

A Declaração <strong>de</strong>screve em <strong>de</strong>talhes como <strong>de</strong>ve se realizar a inclusão <strong>de</strong> cada<br />

<strong>de</strong>ficiência e para os surdos e os surdos-cegos, a Declaração abre uma<br />

exceção e explica que no caso <strong>de</strong>les, respeitando-se os direitos humanos, em<br />

função da especificida<strong>de</strong> da língua, a melhor educação é a oferecida nas<br />

escolas especiais 2 .<br />

No Brasil, a implantação da Declaração, para se continuar recebendo verbas<br />

internacionais, começou com a aprovação da nova LDB 3 em 1996, que prevê<br />

a inclusão. Nesta lei há uma pequena brecha 4 para as escolas especiais,<br />

quando fala que: quando não for possível a integração do <strong>de</strong>ficiente na sala<br />

comum, ele será atendido em escola especializada. Esta brecha foi <strong>de</strong>ixada<br />

porque já haviam percebido que não é viável uma professora, aten<strong>de</strong>r alunos<br />

<strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>ficiências,<br />

LIVRO ESPÍRITA – AMIGO SUBLIME<br />

LEITURA PARA ADULTOS<br />

UMA QUESTÃO DE SINTONIA<br />

“Dizes que <strong>de</strong>sejarias saber qual o meu modo <strong>de</strong> compor e que método sigo. Não te posso verda<strong>de</strong>iramente dizer a esse respeito senão o que se segue, porque<br />

eu mesmo nada sei e não me posso explicar.<br />

Quando estou em boas disposições e inteiramente só, durante o meu passeio, os pensamentos musicais me vêm com abundância. Ignoro don<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>m esses<br />

pensamentos e como me chegam; nisso não tem a minha vonta<strong>de</strong> a menor intervenção”. 1<br />

Tal <strong>de</strong>poimento que extravasa humilda<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>ria ser senão <strong>de</strong> um espírito que enquanto encarnado trabalhou para transmitir aos outros encarnados as<br />

harmonias da vida em forma <strong>de</strong> música. Wolfgang Ama<strong>de</strong>us Mozart através <strong>de</strong> sua fala exemplifica-nos não só a humilda<strong>de</strong>, mas também mostra que ter boas<br />

inspirações é uma questão <strong>de</strong> sintonia. Afinal ele ignorava da on<strong>de</strong> vinham e como lhe chegavam tais pensamentos musicais, mas sabia que estes só lhe<br />

chegavam quando estava “em boas disposições”.<br />

Entendamos que pela natureza dos nossos sentimentos selecionamos as intuições e companhias que arrumamos do mundo espiritual. Assim, se apren<strong>de</strong>mos a<br />

respeitar a Vida pela harmonia que suas Leis nos inspiram, passamos a ser pessoas que se vigiam a todos os momentos em seus atos, para que esta harmonia<br />

esteja sempre presente em nossa própria esfera psíquica.<br />

Deste modo, nós, compositores da sinfonia da nossa vida <strong>de</strong> espíritos eternos, também somos constantemente inspirados por aqueles espíritos que nos cercam e<br />

acompanham conforme as vibrações que imprimimos aos nossos pensamentos; pois “o pensamento é o laço que nos une aos espíritos, e pelo pensamento<br />

atraímos os que simpatizam com as nossas idéias e inclinações” 2 . Portanto, não é à toa que o Mestre Jesus nos ensinou há 2000 anos: vigiai e orai para que não<br />

venhais a cair em tentação... Trabalhemos, para que estejamos sempre com “boas disposições”, sendo humil<strong>de</strong>s em reconhecermo-nos ignorantes e imperfeitos,<br />

criando com os espíritos amigos que nos acompanham a sintonia necessária para que eles possam nos ajudar estimulando-nos ao trabalho, amparando-nos em<br />

nossas dificulda<strong>de</strong>s e, quando permitido, inspirando-nos na solução <strong>de</strong> nossos problemas...<br />

Não nos prejudiquemos, pois, por uma questão <strong>de</strong> sintonia!<br />

Sheila<br />

1<br />

Correio Fraterno Abr/08 - Mozart: a melodia da inspiração<br />

2<br />

Revista Espírita Fev/1859 - Escolhos dos Médiuns<br />

dos mais diferentes níveis, na mesma sala <strong>de</strong> aula, com , no mínimo, outros<br />

20 ou 30 alunos, que também cobram a sua atenção e o seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

Outras medidas que estão presentes na Declaração também foram realizadas<br />

como, por exemplo: reconhecimento da língua <strong>de</strong> sinais do país como língua,<br />

divulgação na mídia sobre a inclusão, para “conscientizar as pessoas”,<br />

oferecimento <strong>de</strong> emprego para <strong>de</strong>ficientes, etc.<br />

Com toda esta movimentação, educadores radicais, até então inexpressivos,<br />

que tiveram experiências fracassadas <strong>de</strong> inclusão, tornaram-se figuras <strong>de</strong><br />

referência nacional, pregando a inclusão incondicional. Esta linha <strong>de</strong><br />

raciocínio encontrou apoio em muitos pais e familiares que não aceitam a<br />

<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> seus filhos, que tentam empanar, com a freqüência à escola<br />

comum, a realida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>stes e a real necessida<strong>de</strong> da luta para a<br />

superação da <strong>de</strong>ficiência.<br />

Agora com esta nova política educacional, toda a orientação dada pelo<br />

documento base, na área da educação dos surdos, está sendo ignorada, bem<br />

como a reivindicação dos próprios <strong>de</strong>ficientes auditivos, que protestaram,<br />

para que não se feche as escolas especiais.<br />

1 Declaração <strong>de</strong> Salamanca: item 4<br />

2 Declaração <strong>de</strong> Salamanca: item 21 do Enquadramento da Ação<br />

3 LDB: Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da <strong>Educação</strong> Nacional<br />

4 LDB 9394/96, art. 58, §2º<br />

Quando pensamos ou agimos estimulamos vários neurônios presentes em áreas específicas do cérebro. Entretanto refletimos: será que nossos pensamentos e/ou sentimentos estão<br />

restritos a estes impulsos nervosos? Ou melhor, será que nossas vonta<strong>de</strong>s, nossa vida está circunscrita aos neurônios? Não! É o que explica o experiente neurologista Núbor<br />

Facure em sua obra Muito Além dos Neurônios. Neste livro o médico a<strong>de</strong>ntra o cérebro humano e, muito mais do que isso, se aprofunda pelos caminhos do espírito, o real agente<br />

criador, o qual atua sobre a máquina chamada corpo humano através <strong>de</strong>sta ferramenta <strong>de</strong>nominada cérebro. Se você quer mergulhar no estudo sobre a interação espírito-matéria<br />

procure este título em nossa Biblioteca Espírita Irmão Clarêncio. E, assim, aproveite cada conhecimento, reflexão e experiência que este estudioso, tanto das coisas da matéria<br />

quanto das da alma, tem para compartilhar. Bom estudo!<br />

Susan<br />

LIVRO INFANTO-JUVENIL<br />

Olá! Você sabe, por acaso, o que fizeram os discípulos do Senhor Jesus e as tantas outras pessoas que o<br />

acompanharam, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Ele ter sido crucificado?<br />

Bem, nós po<strong>de</strong>mos adiantar-lhes que <strong>de</strong> férias eles não ficaram. Mas quem tirará essa história a limpo,<br />

será você mesmo, através <strong>de</strong> uma coleção <strong>de</strong> livros chamada “Relatos do Evangelho”, <strong>de</strong> Roque Jacinto.<br />

Neste mês, convidamo-los à leitura do livro “A Serviço <strong>de</strong> Jesus”.<br />

Ele conta um pouquinho do que aconteceu a Tiago e a Simão Pedro, quando o rei dos ju<strong>de</strong>us, o senhor<br />

Hero<strong>de</strong>s, ficou chateado por <strong>de</strong>scobrir que eles falavam muito, e muito bem, do “Reino dos céus” e nada<br />

sobre o reino <strong>de</strong>le.<br />

Não perca tempo!<br />

Estamos esperando a sua visita!<br />

7 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008<br />

Débora


GAROTO VÊ DOENÇAS DAS PESSOAS NO ESPELHO<br />

Rafael Batyrov, <strong>de</strong> 11 anos, da república <strong>de</strong> Basquíria 1 , po<strong>de</strong> ver as doenças das pessoas no espelho,<br />

afirmou o Jornal Russo Pravda em 3 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005 2 . O jovem médium é um pequeno menino<br />

sar<strong>de</strong>nto com um sorriso encantador. “Descobri meu dom aproximadamente há um ano, em Março<br />

(2004). O meu pai lia um artigo sobre uma pessoa, que podia ver através das pessoas. Disse-lhe que eu<br />

também podia fazer o mesmo. Pedi que meu pai se sentasse na frente <strong>de</strong> um espelho, e então <strong>de</strong>screvilhe,<br />

uma após outra, todas as doenças,” disse Rafael.<br />

O pai do menino era um fumador inveterado há mais <strong>de</strong> 30 anos. Rafael recitou uma prece em voz alta<br />

sobre uma lata <strong>de</strong> água da torneira e <strong>de</strong>u-a a seu pai. Ele bebeu a água e parou <strong>de</strong> fumar no mesmo dia.<br />

A água milagrosa tornou-se também numa gran<strong>de</strong> ajuda para alcoólatras incorrigíveis.<br />

O menino-laser, como é chamado, diz que quando vê o reflexo <strong>de</strong> uma pessoa no espelho, po<strong>de</strong> ver nele<br />

algo como um mapa da aura da pessoa.<br />

“A energia ruim acumula-se nos locais on<strong>de</strong> o reflexo é mais escuro. Um ponto escuro indica a posição<br />

<strong>de</strong> um órgão doente,” diz o garoto. Embora no início Rafael pu<strong>de</strong>sse somente indicar um ponto doente,<br />

agora po<strong>de</strong> dar diagnósticos bastante abrangentes.<br />

O garoto <strong>de</strong> 11 anos possui uma Bíblia, um Alcorão, as profecias <strong>de</strong> Nostradamus e livros <strong>de</strong> Medicina,<br />

na sua estante. Rafael não come carne nem lacticínios. Ele também recomenda a seus pacientes não<br />

comerem carne <strong>de</strong> porco.<br />

Rasima Batyrov, a mãe do menino prodígio, é professora da escola primária, on<strong>de</strong> o filho estuda.<br />

“Rafael já curou diversos professores nossos. Até mesmo o diretor já veio ver o meu filho,” disse.<br />

“Não me senti confortável em pedir ajuda a um <strong>de</strong> meus alunos. Sou amigo da mãe <strong>de</strong>le, que me<br />

convidou um dia a ir a sua casa. Fui operado há dois anos – os médicos removeram pólipos da cavida<strong>de</strong><br />

maxilar. Rafael não sabia <strong>de</strong> nada. Quando Rafael viu o meu reflexo no espelho, diagnosticou a minha<br />

doença imediatamente. Disse também que eu precisava tomar cuidado com o estômago e a garganta.<br />

Começou a tratar-me imediatamente: movendo as mãos dos meus ombros aos joelhos, sem sequer tocar<br />

a minha roupa,” disse Raila Khabiubllina, um professor da escola <strong>de</strong> Rafael.<br />

As pessoas formam filas perto da casa do Batyrovs, nos fins <strong>de</strong> semana. O menino recebeu até 20<br />

pessoas, por dia, no verão. O garoto só não recebe pessoas acima <strong>de</strong> 50 anos – por ser difícil <strong>de</strong>mais<br />

para uma criança.<br />

Indivíduos extra-sensoriais acreditam que têm que exercitar seus dons para que não <strong>de</strong>sapareçam.<br />

Rafael tenta ajudar as pessoas o mais que po<strong>de</strong>. “Já <strong>de</strong>i entrevistas a muitos jornais. Agora temos gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> pessoas procurando-nos em casa. Vêm <strong>de</strong> toda Basquíria, sem mencionar outras repúblicas.<br />

É bastante difícil para mim, trabalhar com todas elas. Preciso <strong>de</strong> tempo para os meus estudos, também,”<br />

suspira o garoto.<br />

O menino é um ótimo aluno na escola. Biologia é sua matéria preferida, seguida por matemática,<br />

História e exercícios físicos. Rafael sonha seguir Medicina, e tornar-se um especialista extra-sensorial.<br />

Como diz o Espírito <strong>de</strong> Verda<strong>de</strong> no prefácio <strong>de</strong> O Evangelho segundo o Espiritismo: “Os Espíritos do<br />

Senhor, que são as virtu<strong>de</strong>s dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as or<strong>de</strong>ns do<br />

seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas ca<strong>de</strong>ntes, vêm<br />

iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.<br />

Eu vos digo, em verda<strong>de</strong>, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão <strong>de</strong> ser restabelecidas<br />

no seu verda<strong>de</strong>iro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.”<br />

1 A República do Bascortostão ou Basquíria é uma divisão fe<strong>de</strong>ral, região do Volga, da Fe<strong>de</strong>ração Russa<br />

2 http://english.pravda.ru/society/anomal/7833-laserboy-0<br />

PALAVRAS FINAIS<br />

ENCONTRO MARCADO<br />

Daniel Lona<br />

NA BASE DA<br />

RECOMPENSA<br />

Foi-se o tempo em que as crianças<br />

buscavam ter um tratamento especial <strong>de</strong><br />

seus professores, levando-lhes uma maçã na<br />

aula. Agora, os professores querendo<br />

expressar reconhecimento às suas crianças<br />

estão recompensando-as (por bom<br />

comportamento, esforço e boas notas) com<br />

chocolates e doces, <strong>de</strong> acordo com pesquisa<br />

realizada através da Internet com 2581 pais<br />

britânicos. BBC News - 02/05/08.<br />

Na reportagem da qual reproduzimos o<br />

trecho acima, o <strong>de</strong>scontentamento dos pais<br />

fixa-se no fato da recompensa (doces e<br />

chocolates) não ser um alimento saudável,<br />

que po<strong>de</strong> prejudicar os bons hábitos<br />

alimentares <strong>de</strong> seus filhos.<br />

Mas, perguntamo-nos, há sentido real em<br />

recompensar uma criança por bom<br />

comportamento, pela <strong>de</strong>dicação aos estudos<br />

ou pelas boas notas? Não seria esse o seu<br />

<strong>de</strong>ver diante do direito que tem <strong>de</strong> estudar?<br />

Não seria função dos pais mostrarem aos<br />

filhos que a maior recompensa à <strong>de</strong>dicação,<br />

ao bom comportamento e às boas notas, é o<br />

próprio conhecimento que a criança adquire<br />

na escola? Isso porque, se ao recusar-se a<br />

apren<strong>de</strong>r as lições <strong>de</strong> português, matemática<br />

e ciências, ele será também o maior<br />

prejudicado, pois tais conhecimentos lhe<br />

farão falta no dia a dia <strong>de</strong> sua vida.<br />

Portanto, assim como a punição muitas<br />

vezes se faz necessária à educação, a<br />

recompensa também po<strong>de</strong> ser utilizada<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a criança, o jovem, o adulto,<br />

compreendam que a cada um será dado<br />

segundo suas obras, isto é, que as<br />

recompensas da vida não são doces e<br />

chocolates, mas sim o resultado do que<br />

fazemos; <strong>de</strong>sta forma a real recompensa das<br />

boas atitu<strong>de</strong>s tomadas, das <strong>de</strong>cisões que<br />

prezam pela boa moral, do “bom<br />

comportamento” diante da vida, é a própria<br />

paz <strong>de</strong> consciência, a felicida<strong>de</strong> íntima que<br />

cada um traz para si. Deste modo, o<br />

reconhecimento dos outros, ou quaisquer<br />

outras recompensas exteriores pouco<br />

representarão, quando realmente<br />

enten<strong>de</strong>rmos que os gran<strong>de</strong>s beneficiários <strong>de</strong><br />

nossas atitu<strong>de</strong>s somos nós mesmos...<br />

Prezado leitor, apresentamos-lhe as nossas <strong>de</strong>spedidas.<br />

Como diz o dito popular, quem em boa árvore encosta, boa sombra o cobre, constatamos que, sob a sombra acolhedora do Evangelho <strong>de</strong> Jesus, revivido pela<br />

Doutrina Espírita, pu<strong>de</strong>mos estabelecer uma conversa instrutiva, através <strong>de</strong>stas páginas, on<strong>de</strong> as notícias e artigos aqui grafados foram o motivo que nos estreitou<br />

nesse entendimento.<br />

Esperamos que nesta conversa fraterna, sob a boa sombra da árvore do Evangelho, tenhamos podido recompor as forças da alma, ampliado um pouco mais os<br />

horizontes <strong>de</strong> compreensão da vida para continuar caminhando com mais segurança, rumo às conquistas dos valores imperecíveis do Espírito.<br />

Assim, se você nos permite, queremos <strong>de</strong>ixar marcado o nosso próximo encontro.<br />

Será no mês que vem, quando aqui estaremos novamente, se Deus quiser!<br />

Até lá!<br />

Equipe <strong>de</strong> Redação<br />

BIBLIOTECA<br />

8 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2008<br />

Sheila<br />

Artigos e publicações dos órgãos Espíritas <strong>de</strong><br />

Divulgação serão encontrados na Biblioteca<br />

“Irmão Clarêncio”, do Grupo

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