16.04.2013 Views

Para você ver como as assombrações viajam! - Planej

Para você ver como as assombrações viajam! - Planej

Para você ver como as assombrações viajam! - Planej

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Português<br />

Índice<br />

Capítulo 1 – Idei<strong>as</strong> azuis................................................................................................<br />

8<br />

Capítulo 2 – Poesia no varal ........................................................................................ 28<br />

Capítulo 3 – Históri<strong>as</strong> de rapos<strong>as</strong>................................................................................<br />

46<br />

Capítulo 4 – Históri<strong>as</strong> de susto e de rir........................................................................<br />

69<br />

5


Português<br />

Apresentação<br />

Este caderno foi escrito para <strong>você</strong> e para todos que gostam de aprender,<br />

ler, ouvir e contar bo<strong>as</strong> históri<strong>as</strong>.<br />

Foi escrito, também, para que <strong>você</strong> mostre su<strong>as</strong> opiniões sobre o mundo a<br />

sua volta, crie e recrie textos falando e escrevendo, para melhorar sua interação<br />

com o que o cerca por intermédio da língua portuguesa, este maravilhoso<br />

idioma que vai nos ajudar a desvendar os melhores caminhos para os<br />

quadrinhos, <strong>as</strong> notíci<strong>as</strong> de jornais, os contos, <strong>as</strong> fábul<strong>as</strong>, a poesia... e muitos<br />

outros textos.<br />

Queremos convidá-lo a ler, participar, se di<strong>ver</strong>tir, opinar e escre<strong>ver</strong>.<br />

Enfim, este caderno é para <strong>você</strong> crescer melhor no mundo em que vive!<br />

7


8<br />

Capítulo<br />

Português 1<br />

<strong>Para</strong> começar<br />

Idei<strong>as</strong> azuis<br />

Neste capítulo, aprenderei o que são sinônimos e adjetivos<br />

e saberei identificar a estrutura de uma história.<br />

<strong>Para</strong> começarmos este capítulo, ouça uma história que seu professor contará.<br />

Preste atenção às paus<strong>as</strong> e às entonações dad<strong>as</strong> pela escritora Marina<br />

Col<strong>as</strong>anti ao narrar esta bela história!<br />

kRISDOG/DREAMSTIME.COM<br />

Uma ideia toda azul<br />

Um dia o rei teve uma ideia.<br />

Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia<br />

azul que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o<br />

jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre<br />

outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia<br />

dele toda azul.<br />

Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore.<br />

Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo.<br />

Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a ideia poderia ter chamado


a atenção de alguém b<strong>as</strong>taria esse alguém pegá-la e levá-la. É tão fácil<br />

roubar uma ideia! Quem jamais saberia que já tinha dono?<br />

Com a ideia escondida debaixo do manto, o rei voltou para o c<strong>as</strong>telo.<br />

Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu dos seus aposentos,<br />

atravessou salões, desceu escad<strong>as</strong>, subiu degraus, até chegar ao<br />

Corredor d<strong>as</strong> Sal<strong>as</strong> do Tempo.<br />

Port<strong>as</strong> fechad<strong>as</strong>, e o silêncio.<br />

Que sala escolher?<br />

Diante de cada porta o rei parava, pensava, e seguia adiante. Até chegar<br />

à Sala do Sono.<br />

Abriu. Na sala acolchoada, os pés do rei afundavam até o tornozelo, o<br />

olhar se embaraçava em gazes, cortin<strong>as</strong> e véus pendurados <strong>como</strong> tei<strong>as</strong>.<br />

Sala de qu<strong>as</strong>e escuro, sempre igual. O rei deitou a ideia adormecida na<br />

cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta.<br />

A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu<br />

nela.<br />

O tempo correu seus anos. Idei<strong>as</strong> o rei não teve mais, nem sentiu falta, tão<br />

ocupado estava em go<strong>ver</strong>nar. Envelhecia sem perceber, diante dos educados<br />

espelhos reais que mentiam a <strong>ver</strong>dade. Apen<strong>as</strong>, sentia-se mais triste e<br />

mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins.<br />

Só os ministros viam a velhice do rei. Quando a cabeça ficou toda branca,<br />

disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.<br />

Posta a coroa sobre a almofada, o rei logo levou a mão à corrente.<br />

— Ninguém mais se ocupa de mim — dizia atravessando salões e descendo<br />

escad<strong>as</strong> a caminho d<strong>as</strong> Sal<strong>as</strong> do Tempo — ninguém mais me olha.<br />

Agora posso buscar minha linda ideia e guardá-la só para mim.<br />

Abriu a porta, levantou o cortinado.<br />

Na cama de marfim, a ideia dormia azul <strong>como</strong> naquele dia.<br />

Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. M<strong>as</strong> o<br />

rei não era mais o rei daquele dia. Entre ele e a ideia estava todo o tempo<br />

p<strong>as</strong>sado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus olhos não<br />

viam na ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com<br />

ela? Nunca mais saberiam estar juntos <strong>como</strong> naquele dia.<br />

Sentado na beira da cama, o rei chorou su<strong>as</strong> du<strong>as</strong> últim<strong>as</strong> lágrim<strong>as</strong>, <strong>as</strong><br />

que tinha guardado para a maior tristeza.<br />

Depois, baixou o cortinado e, deixando a ideia adormecida, fechou para<br />

sempre a porta.<br />

COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. In: Uma ideia toda<br />

azul. São Paulo: Global Editora. © by Marina Col<strong>as</strong>anti<br />

9


Tatear: tocar delicadamente.<br />

Cortinado: grande armação com cortin<strong>as</strong>, geralmente colocado em torno de<br />

uma cama.<br />

Marfim: material de cor branca leitosa que forma <strong>as</strong> pres<strong>as</strong> de alguns animais,<br />

<strong>como</strong> o elefante.<br />

1.<br />

10<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Con<strong>ver</strong>sa sobre o texto<br />

O rei ficou maravilhado por ter uma ideia. Por que tanta felicidade?<br />

2. Apesar de muito contente, o rei não quis contar a ideia a ninguém. Por<br />

quê?<br />

3.<br />

Logo que o rei teve uma ideia, o que ele fez?


4.<br />

5.<br />

6.<br />

7.<br />

Por que o rei esperou todo o palácio dormir para guardar a ideia?<br />

Diante de tant<strong>as</strong> port<strong>as</strong>, qual o rei escolheu para guardar a ideia?<br />

O que aconteceu depois que o rei guardou a ideia?<br />

Como o rei se sentia com o p<strong>as</strong>sar dos anos?<br />

11


8.<br />

9.<br />

12<br />

O que o rei fez <strong>as</strong>sim que deixou o trono e a coroa?<br />

Qual a reação do rei ao <strong>ver</strong> a ideia?<br />

10. O rei chorou “<strong>as</strong> du<strong>as</strong> últim<strong>as</strong> lágrim<strong>as</strong> que tinha guardado para a maior<br />

tristeza”. Qual era a tristeza do rei?<br />

11. Você já teve uma ideia que poderia chamar de azul? Como era essa<br />

ideia?


12. O que <strong>você</strong> faz quando tem uma ideia: guarda <strong>como</strong> um segredo ou<br />

conta para <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

A língua em contexto<br />

Você deve ter observado que algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> no texto mostram <strong>como</strong> o<br />

rei estava se sentindo. Vamos ler algum<strong>as</strong>?<br />

maravilhado triste só<br />

Ess<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> são chamad<strong>as</strong> de adjetivos, pois indicam <strong>as</strong> característic<strong>as</strong><br />

do rei.<br />

Adjetivo é um modificador do substantivo que serve para caracterizar<br />

seres e objetos.<br />

Veja estes exemplos:<br />

linda ideia nota mensal<br />

grossa corrente ideia azul<br />

Vejamos outros exemplos do texto:<br />

ideia escondida educados espelhos jovem ideia<br />

sala acolchoada port<strong>as</strong> fechad<strong>as</strong><br />

13


Observe que <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> destacad<strong>as</strong> anteriormente dão característic<strong>as</strong><br />

aos substantivos: ideia, espelhos, ideia, sala e port<strong>as</strong>.<br />

1. A seguir, temos uma coluna de substantivos e outra de adjetivos, ligue-<br />

-os da forma mais adequada:<br />

14<br />

rei <strong>as</strong>sombrado<br />

gramado brilhante<br />

coroa macia<br />

árvore paciente<br />

c<strong>as</strong>telo r<strong>as</strong>teiro<br />

cama frutífera<br />

2. Escolha os adjetivos do quadro a seguir e preencha os espaços em<br />

branco do parágrafo adiante:<br />

simples – delicado – largos – reais –<br />

velho – <strong>ver</strong>melho – difícil – escondida<br />

Com a ideia debaixo do manto , o rei vol-<br />

tou para o c<strong>as</strong>telo. Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu<br />

dos seus aposentos , atravessou salões ,<br />

desceu escad<strong>as</strong>, subiu degraus, até chegar ao Corredor d<strong>as</strong> Sal<strong>as</strong> do<br />

Tempo.<br />

No exercício anterior, poderíamos colocar manto velho, no lugar de manto<br />

<strong>ver</strong>melho, porém isso mudaria o sentido do texto. <strong>Para</strong> que o sentido seja<br />

mantido, costumamos substituir os adjetivos por sinônimos, ou seja, por outro<br />

que tenha o mesmo sentido, vamos <strong>ver</strong> alguns exemplos:


ideia escondida = ideia oculta<br />

árvore delicada = árvore frágil<br />

manto florido = manto enflorado<br />

cama confortável = cama cômoda<br />

Você deve ter observado que, trocando os adjetivos por outros de mesmo<br />

sentido, não ocorre alteração. Assim, quando precisamos utilizar sinônimos,<br />

devemos recorrer a um dicionário:<br />

li•mu•si•ne sf. Automóvel de p<strong>as</strong>seio espaçoso e<br />

fechado por vidros.<br />

li•ná•ce:a sf. Espécime d<strong>as</strong> lináce<strong>as</strong>, família de<br />

erv<strong>as</strong>, arbustos e árvores cultivados pel<strong>as</strong> flores, ou<br />

pel<strong>as</strong> fibr<strong>as</strong> úteis. § li•ná•ce:o adj.<br />

lin•ce sm. Felídeo selvagem, de cauda curta.<br />

lin•char v.t.d. Justiçar sumariamente, sem qualquer<br />

espécie de julgamento legal. [Conjug.: [línchjar] §<br />

lin•cha•men•to sm.<br />

lin•dar v.t.d. 1. Pôr linde em; demarcar. T. c. 2. V.<br />

limitar (5). [Conjug: [lindjar]<br />

lin•de sm. Limite. § lín•dei•ro adj.<br />

lin•de•za (ê) sf. 1. Qualidade de lindo. 2. Pessoa ou<br />

coisa linda.<br />

lin•do adj. 1. Agradável à vista ou ao espírito; belo,<br />

formoso. [Antôn.: feio| 2. Gracioso, delicado; airoso.<br />

3. Perfeito, primoroso.<br />

line:a•men•to sm. Traço, linha.<br />

li•ne:a•men•tos sm. pl. 1. Traços gerais; esboço. 2.<br />

Linh<strong>as</strong> do corpo humano. 3. Rudimentos.<br />

li•ne•ar adj2g. 1. Relativo a, ou que apresenta a<br />

disposição de linha (9). 2. Que se representa por<br />

linh<strong>as</strong>. 3. Sem rodeios; direto. 4. Antrop. Relativo a<br />

parentesco traçado por linha direta, por relações<br />

sucessiv<strong>as</strong> de filiação.<br />

Nessa página de um dicionário, encontramos a palavra “lindo”, logo a seguir<br />

de “lindeza”. Escolhemos alguns sentidos e substituímos a seguir.<br />

Linda ideia = bela ideia Linda ideia = graciosa ideia<br />

Linda ideia = formosa ideia<br />

3. Qual dess<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> <strong>você</strong> considerou mais adequada para substituir o<br />

adjetivo “linda”?<br />

15


4. Agora, com o auxílio de um dicionário, reescreva <strong>as</strong> fr<strong>as</strong>es a seguir,<br />

substituindo <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> em destaque por sinônimos.<br />

Lembre-se de que <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> no dicionário, às vezes, não estão escrit<strong>as</strong><br />

<strong>como</strong> aparecem no texto.<br />

16<br />

Texto Dicionário<br />

envelhecia<br />

jardins<br />

mentiam<br />

envelhecer<br />

jardim<br />

mentir<br />

a) “Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore.”<br />

b) “Com a ideia escondida debaixo do manto, o rei voltou para o c<strong>as</strong>telo.”<br />

c) “Na sala acolchoada os pés do rei afundavam até o tornozelo.”<br />

d) “O rei deitou a ideia adormecida na cama de marfim, baixou o cortinado,<br />

saiu e trancou a porta.”<br />

“Idei<strong>as</strong> o rei não teve mais, nem sentiu falta, tão<br />

e) ocupado estava em<br />

go<strong>ver</strong>nar.”


5. A seguir, vemos uma pessoa com um problema em uma ilha deserta.<br />

Observe a cena e descreva-a.<br />

17


18<br />

Leia com atenção o texto a seguir:<br />

As tranç<strong>as</strong> de Bintou<br />

Meu nome é Bintou e meu sonho é ter tranç<strong>as</strong>.<br />

Meu cabelo é curto e crespo. [...] Tudo que tenho são quatro birotes na<br />

cabeça.<br />

Às vezes, sonho que p<strong>as</strong>sarinhos estão fazendo ninhos na minha cabeça.<br />

Seria um ótimo lugar para deixarem seus filhotes. Aí eles dormiriam<br />

sossegados e cantariam felizes. M<strong>as</strong> na maioria d<strong>as</strong> vezes eu sonho<br />

mesmo é com tranç<strong>as</strong>. Long<strong>as</strong> tranç<strong>as</strong>, enfeitad<strong>as</strong> com pedr<strong>as</strong> colorid<strong>as</strong><br />

e conchinh<strong>as</strong>.<br />

Minha irmã, Fatou, usa tranç<strong>as</strong>, e é muito bonita. Quando ela me abraça,<br />

<strong>as</strong> miçang<strong>as</strong> d<strong>as</strong> tranç<strong>as</strong> roçam n<strong>as</strong> minh<strong>as</strong> bochech<strong>as</strong>. Ela me pergunta:<br />

“Bintou, por que está chorando? Menin<strong>as</strong> não usam tranç<strong>as</strong>. Amanhã<br />

eu faço novos birotes no seu cabelo”. Eu sempre acabo em birotes.<br />

Nesta manhã, vovó Soukeye está vindo nos visitar para o batizado de<br />

meu irmão, que hoje completa oito di<strong>as</strong>.<br />

Mamãe me pediu para ir buscá-la. Ela está com seu lindo vestido<br />

azul.<br />

Vovó Soukeye sabe de tudo. É o que mamãe sempre diz. Ela me explicou<br />

que os mais velhos sabem mais, e por isso aprenderam mais. E,<br />

já que a vovó sabe tudo, eu lhe pergunto por que menin<strong>as</strong> não podem<br />

usar tranç<strong>as</strong>.<br />

“Há muito tempo, existiu uma menina chamada Coumba que só pensava<br />

no quanto era bonita”, vovó diz enquanto afaga minha cabeça. “Todos a<br />

invejavam, e ela foi se tornando uma menina vaidosa e egoísta. Foi nessa<br />

época, e por isso, que <strong>as</strong> mães decidiram que <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> não usariam<br />

tranç<strong>as</strong>, só birotes, porque <strong>as</strong>sim el<strong>as</strong> ficariam mais interessad<strong>as</strong> em fazer<br />

amigos, brincar e aprender.”<br />

Vovó me acaricia e diz: “Querida Bintou, quando for mais velha, <strong>você</strong><br />

terá b<strong>as</strong>tante tempo para a vaidade e para mostrar a todos a bela mulher<br />

que <strong>você</strong> será. M<strong>as</strong>, agora, querida, <strong>você</strong> ainda é apen<strong>as</strong> uma criança.<br />

Poderá usar tranç<strong>as</strong> no momento adequado.”<br />

Nessa noite, sonho que sou mais velha, que tenho dezesseis anos e uso<br />

tranç<strong>as</strong> com conchinh<strong>as</strong> e pedr<strong>as</strong> colorid<strong>as</strong>. Quando balanço a cabeça, o<br />

sol me segue, e eu brilho <strong>como</strong> uma rainha.<br />

DIOUF, Sylviane A. As tranç<strong>as</strong> de Bintou. Trad. Charles<br />

Cosac. São Paulo: Cosac Naify, 2004.


6.<br />

Pesquise no dicionário <strong>as</strong> seguintes palavr<strong>as</strong>:<br />

egoísmo: __________________________________________________<br />

egoísta: ___________________________________________________<br />

vaidade: ___________________________________________________<br />

vaidoso: ___________________________________________________<br />

Agora, responda: d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> procurad<strong>as</strong>, quais são adjetivos?<br />

7. Que adjetivos Bintou usa para descre<strong>ver</strong> seu cabelo no segundo parágrafo?<br />

8. À noite, Bintou sonha com tranç<strong>as</strong>. No sonho do terceiro parágrafo, o<br />

que ela acha que os p<strong>as</strong>sarinhos de<strong>ver</strong>iam fazer?<br />

19


9. Que adjetivos, em destaque no terceiro parágrafo, são usados por Bintou<br />

para descre<strong>ver</strong> os sentimentos dos filhotes de p<strong>as</strong>sarinhos?<br />

10.<br />

20<br />

Ainda nesse sonho, que característic<strong>as</strong> teriam <strong>as</strong> tranç<strong>as</strong> sonhad<strong>as</strong>?<br />

11. Bintou é uma menina que vive no continente africano, por isso há algum<strong>as</strong><br />

tradições ligad<strong>as</strong> a <strong>como</strong> usar o penteado. A irmã de Bintou já usa<br />

tranç<strong>as</strong>. Por quê?


12.<br />

Qual o motivo da visita da vovó Soukeye? Como ela está vestida?<br />

13. A mãe de Bintou diz que vovó sabe de tudo porque é mais velha, viveu<br />

mais e por isso tem mais experiênci<strong>as</strong>. Qual a explicação da vovó para se<br />

usar tranç<strong>as</strong> somente com mais idade?<br />

14. E no sonho que aparece no último parágrafo, <strong>você</strong> notou alguma diferença?<br />

O sonho mudou depois da explicação da vovó Soukeye?<br />

A ordem alfabética em nosso cotidiano<br />

A ordem alfabética auxilia muito o dia a dia d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que precisam utilizar<br />

list<strong>as</strong>, <strong>como</strong> <strong>as</strong> telefônic<strong>as</strong>. Vejamos uma página da lista:<br />

21


22<br />

Vidraçaria<br />

Vidraçaria Almerinda<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-3245<br />

Vidraçaria Avenida<br />

Rua Afonso Nogueira, 557...........................................555-6895<br />

Vidraçaria Bigardi<br />

Rua Bom P<strong>as</strong>tor, 1123..................................... 555-3995<br />

Vidraçaria Caçula<br />

Rua Cristina de C<strong>as</strong>tro Moreira, 126.........................555-1125<br />

Vidraçaria Central<br />

Rua C<strong>as</strong>siano Freit<strong>as</strong>, 26 ...............................................555-7845<br />

Vidraçaria 18 de Maio<br />

Rua Amador Camargo, 786 ............................ 555-2356<br />

Vidraçaria Dois Irmãos<br />

Av. Padre Ambrosio,1256.............................................555-8745<br />

Vidraçaria Feleto<br />

Rua Bartolomeu Ferrez, 986 .......................................555-9865<br />

Vidraçaria Fernandes<br />

Rua Julião Antacanor, 486 ...........................................555-3247<br />

Vidraçaria Futura<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-6985<br />

Vidraçaria Gomes Cristais Finos<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-1123<br />

Vidraçaria Lux<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 ............................... 555-3655<br />

Vidraçaria Natal<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-7845<br />

Vidraçaria Provença<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-3111<br />

Vidraçaria Santa Rosa<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-3237<br />

Vidraçaria São Jorge<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-6685<br />

Vidraçaria Vivaz<br />

Rua Gustavo Forbes, 256 .............................................555-3784<br />

159


Observe que, na lista telefônica, há vários nomes repetidos, <strong>como</strong> é o c<strong>as</strong>o<br />

de vidraçaria. Veja que é o segundo nome que definirá quem vem primeiro na<br />

ordem alfabética:<br />

Vidraçaria Almerinda<br />

Vidraçaria Avenida<br />

Vidraçaria Bigardi<br />

Vidraçaria Caçula<br />

Vidraçaria Central<br />

Vidraçaria Dezoito (18) de Maio –<br />

mesmo sendo número, é considerado<br />

o número escrito por extenso<br />

Vidraçaria Dois Irmãos<br />

Quando <strong>as</strong> iniciais são <strong>as</strong> mesm<strong>as</strong>, considera-se a segunda letra.<br />

Assim também é feita a lista de chamada da cl<strong>as</strong>se que ajuda a organização<br />

do professor.<br />

Você sabe qual o nome dos coleg<strong>as</strong> que vem antes e depois do seu nome?<br />

Registre a seguir o nome completo deles:<br />

Antes do meu nome:<br />

meu nome:<br />

depois do meu nome:<br />

23


Também podemos ter list<strong>as</strong> de livros de uma biblioteca. Se fizermos a lista<br />

pelo sobrenome dos autores, teremos:<br />

24<br />

COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul.<br />

DIOUF, Sylviane. As tranç<strong>as</strong> de Bintou.<br />

LAGO, Ângela. João Felizardo, o rei dos negócios.<br />

Note que o sobrenome dos autores está em ordem alfabética: primeiro C<br />

de Col<strong>as</strong>anti, em seguida D de Diouf e, por último, L de Lago. É diferente da<br />

lista de chamada da cl<strong>as</strong>se em que se usa o primeiro nome para iniciar a<br />

ordenação.<br />

Na lista telefônica, também se usa o sobrenome dos <strong>as</strong>sinantes para estabelecer<br />

a ordem; por exemplo, se <strong>você</strong> procura o telefone de alguém chamado<br />

João Ramalho, terá que procurar na letra R de Ramalho.<br />

E se <strong>você</strong> ti<strong>ver</strong> que procurar o telefone de alguém chamado Mario Soares<br />

de Oliveira, em que letra procurará?<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Produção de texto<br />

1. Vimos que os adjetivos são utilizados para caracterizar os substantivos.<br />

Observe os adjetivos em destaque no trecho do conto de Ângela Lago, que<br />

faz parte do livro João Felizardo, o rei dos negócios.<br />

Esta é a história de João Felizardo, o rei dos negócios, que recebeu uma<br />

moeda de herança, e a trocou por um cavalo.<br />

Um cavalo tão veloz que João Felizardo trocou por um burro.<br />

Um burrico tão lento que João Felizardo trocou por uma cabra.<br />

Uma cabrinha tão esperta que João Felizardo trocou por um porco.<br />

Um porquinho tão sossegado que João Felizardo trocou por um pássaro.<br />

Um p<strong>as</strong>sarinho tão...


Agora, continue <strong>você</strong>: <strong>como</strong> seria esse p<strong>as</strong>sarinho? Será que João Felizardo<br />

também o trocou?<br />

Termine o conto à sua maneira e escreva, a seguir, o que aconteceu com<br />

João Felizardo.<br />

25


2. A seguir, vemos uma pessoa que tem idei<strong>as</strong> brilhantes e inovador<strong>as</strong>.<br />

Observe a cena e, utilizando adjetivos, descreva adiante o que ela pode estar<br />

criando e o que <strong>você</strong> vê na cena.<br />

26


<strong>Para</strong> finalizar<br />

O que aprendi no capítulo 1? Assinalar<br />

Identifico o que são substantivos e adjetivos.<br />

Reconheço a ordem alfabética.<br />

Escuto com atenção os textos lidos.<br />

<strong>Para</strong> c<strong>as</strong>a<br />

Pesquise em jornais e revist<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> iniciad<strong>as</strong> com F e V,<br />

cole-<strong>as</strong> em ordem alfabética no quadro a seguir:<br />

27


28<br />

Capítulo<br />

Português 2<br />

<strong>Para</strong> começar<br />

Poesia no varal<br />

Neste capítulo, conhecerei a literatura de cordel e a estrutura<br />

do texto em <strong>ver</strong>so.<br />

O que será que está sendo escrito na folha? Está em <strong>ver</strong>sos?<br />

MILOTTO/EDITORA COC<br />

Você já ouviu falar de folhetim de cordel ou literatura de cordel?<br />

ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL<br />

Um folheto de cordel é um livro pequeno, <strong>como</strong> se vê n<strong>as</strong> imagens, e muito<br />

fino, a maioria tem 8, 16 ou 32 págin<strong>as</strong>. É impresso em papel simples, e <strong>as</strong><br />

cap<strong>as</strong> sempre vêm ilustrad<strong>as</strong>.<br />

A palavra “cordel” é usada porque, em muit<strong>as</strong> praç<strong>as</strong>, <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> penduram<br />

os seus folhetins em cordões, <strong>como</strong> se fossem varais, para tornar mais fácil a<br />

exposição dos livrinhos e para que todos possam <strong>ver</strong> o que querem ler.<br />

Leia a seguir um trecho de uma dess<strong>as</strong> históri<strong>as</strong>. Esta é escrita por Bráulio<br />

Tavares:


O Flautista misterioso e os ratos de Hamelin<br />

Leitor, espere um momento<br />

e preste atenção em mim.<br />

Vou-lhe contar uma história<br />

com começo, meio e fim,<br />

de um c<strong>as</strong>o acontecido<br />

na cidade de Hamelin.<br />

M<strong>as</strong> um dia, de repente,<br />

[...]<br />

Havia ratos correndo<br />

sobre <strong>as</strong> relv<strong>as</strong>, sobre <strong>as</strong> gram<strong>as</strong>,<br />

n<strong>as</strong> bot<strong>as</strong> dos cavalheiros,<br />

n<strong>as</strong> long<strong>as</strong> sai<strong>as</strong> d<strong>as</strong> dam<strong>as</strong>,<br />

roendo o pão dos armários,<br />

puxando o lençol d<strong>as</strong> cam<strong>as</strong>.<br />

[...]<br />

E os ratos roendo tudo<br />

que surgia em sua frente!<br />

[...]<br />

Na cidade havia gatos<br />

m<strong>as</strong> todos tinham fugido.<br />

Diante de tantos ratos<br />

um gato estava perdido,<br />

fugia para não ser<br />

encurralado e comido.<br />

Completada uma semana<br />

de tamanha desventura,<br />

um grupo de cidadãos<br />

foi bater na Prefeitura<br />

já em pleno desespero,<br />

chorando de amargura:<br />

“Vejam que horrível tragédia<br />

aflige nossa cidade!<br />

Ninguém toma providênci<strong>as</strong>,<br />

ninguém mostra autoridade,<br />

e o que nós mais precisamos<br />

é de um líder de <strong>ver</strong>dade!”<br />

[...]<br />

Daí a pouco o Prefeito<br />

apareceu na sacada:<br />

“Calma, calma, minha gente,<br />

isto há de ser nada!<br />

Uma Comissão de Inquérito<br />

por mim já foi nomeada!”<br />

[...]<br />

“Dê um fim na rataria<br />

não importa <strong>como</strong> ou quando.<br />

para isto o elegemos<br />

e estamos lhe pagando,<br />

e olhe que a paciência<br />

já está se esgotando.”<br />

O prefeito recolheu-se<br />

ao gabinete central.<br />

[...]<br />

Ao entrar no gabinete<br />

o Prefeito se <strong>as</strong>sustou:<br />

um homem junto à janela<br />

ele ali observou,<br />

e com um pouco de medo<br />

devagar se aproximou.<br />

“Quem é <strong>você</strong>, cidadão?<br />

O que está fazendo aqui?”<br />

[...]<br />

O estranho deu um p<strong>as</strong>so,<br />

chegou à luz da janela.<br />

[...]<br />

Um tipo tão esquisito<br />

era raro em Hamelin,<br />

com jeito de saltimbanco<br />

e vestes de arlequim.<br />

Pendurado no pescoço<br />

tinha um comprido flautim.<br />

[...]<br />

“Eu sou especialista<br />

em combater este mal.<br />

Sou um caçador de ratos”<br />

[...]<br />

29


30<br />

“Se eu limpar a cidade<br />

desse animal nojento,<br />

cem moed<strong>as</strong> de ouro puro<br />

peço <strong>como</strong> pagamento.”<br />

[...]<br />

“Mande esses ratos embora<br />

mate todos, se puder,<br />

pense, planeje, descubra<br />

uma solução qualquer<br />

que eu enfio a mão no cofre<br />

e lhe pago o que quiser!”<br />

[...]<br />

O Prefeito foi olhar<br />

e viu no meio da praça<br />

o estranho, em pé num banco,<br />

rodeado pela m<strong>as</strong>sa<br />

de pesso<strong>as</strong> que apontavam<br />

sorrindo e fazendo graça.<br />

O Flautista concentrado,<br />

produzia o som agudo<br />

fechando os olhos, bem sério,<br />

distante, ausente de tudo,<br />

até que o povo da praça<br />

quedou-se, p<strong>as</strong>mado e mudo.<br />

[...]<br />

E o prefeito, na janela,<br />

p<strong>as</strong>sou a ouvir então<br />

outro barulho macio<br />

ali dentro do salão;<br />

virou-se, tomou um susto,<br />

soltou uma exclamação.<br />

Cruzaram o corredor,<br />

desceram pel<strong>as</strong> escad<strong>as</strong><br />

(e o Prefeito ia atrás<br />

com vagaros<strong>as</strong> p<strong>as</strong>sad<strong>as</strong>)<br />

e saíram para a rua<br />

sobre <strong>as</strong> pedr<strong>as</strong> d<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong>.<br />

[...]<br />

E lá do alto se via:<br />

praça, rua, grama, tudo<br />

era rato, rato, rato,<br />

do maior ao mais miúdo<br />

cobrindo o chão pel<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong><br />

<strong>como</strong> um tapete peludo.<br />

Foi então que o flautista<br />

desceu do banco onde estava,<br />

foi andando com cautela<br />

sempre olhando onde pisava<br />

e sempre tocando o som<br />

que os ouvidos arranhava.<br />

[...]<br />

Caminhando e a tocar<br />

o Flautista então seguiu;<br />

dobrando ru<strong>as</strong> e esquin<strong>as</strong>,<br />

lá do alto o povo viu<br />

quando ele se encaminhou<br />

até a margem do rio.<br />

[...]<br />

E cada rato que entrava<br />

parecia despertar!<br />

Pois vinham todos calados,<br />

andando de par em par,<br />

até mergulhar no rio<br />

e o encanto se acabar!<br />

[...]<br />

Quando o último afogou-se<br />

foi que o Flautista parou.<br />

E a população inteira<br />

aplaudiu e se alegrou,<br />

porque lá em Hamelin<br />

nem um só rato ficou.<br />

TAVARES, Bráulio. O Flautista<br />

misterioso e os ratos de Hamelin.<br />

São Paulo: Editora 34, 2006.


<strong>Para</strong> continuar<br />

Con<strong>ver</strong>sa sobre o texto<br />

1. Como vimos, um folhetim de cordel é um pequeno livro muito fino, normalmente<br />

impresso em papel simples. É comumente escrito em <strong>ver</strong>sos e,<br />

quando o lemos, reconhecemos o ritmo presente no texto. Copie uma estrofe<br />

do texto e grife <strong>as</strong> rim<strong>as</strong> que aparecem.<br />

2. Você observou que o texto foi todo escrito em <strong>ver</strong>sos com rim<strong>as</strong> e, também,<br />

que ele traz uma história. Na maioria d<strong>as</strong> vezes, uma história apresenta<br />

um “problema” — chamado de conflito. Espera-se que esse conflito seja resolvido<br />

no desenrolar da história; no entanto, algum<strong>as</strong> vezes, isso não acontece.<br />

a)<br />

Que problema o povo de Hamelin enfrenta?<br />

31


) O Flautista chega à cidade para resol<strong>ver</strong> o problema de Hamelin. Ele<br />

consegue isso? De que modo?<br />

3. Logo na primeira estrofe, o narrador pede para esperar um momento.<br />

Por que ele faz isso?<br />

4. Na literatura de cordel, o narrador fala diretamente com o leitor. Isso<br />

acontece nesse texto? Em que momento?<br />

Este sinal de pontuação “ ” é chamado de<br />

5. <strong>as</strong>p<strong>as</strong>, ele aparece no texto<br />

para demonstrar o quê?<br />

32


6. Volte ao texto e observe que algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> foram iniciad<strong>as</strong> por letr<strong>as</strong><br />

maiúscul<strong>as</strong>. Agora responda: quais personagens ti<strong>ver</strong>am seus nomes escritos<br />

com letra maiúscula?<br />

7. Leia a estrofe a seguir e <strong>as</strong>sinale com um X a resposta que <strong>você</strong> considera<br />

mais correta. Por que os parênteses ( ) foram usados na estrofe a seguir?<br />

Cruzaram o corredor,<br />

desceram pel<strong>as</strong> escad<strong>as</strong><br />

(e o Prefeito ia atrás<br />

com vagaros<strong>as</strong> p<strong>as</strong>sad<strong>as</strong>)<br />

e saíram para a rua<br />

sobre <strong>as</strong> pedr<strong>as</strong> d<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong>.<br />

<strong>Para</strong> mostrar a fala de uma personagem.<br />

<strong>Para</strong> mostrar o que uma d<strong>as</strong> personagens fazia.<br />

<strong>Para</strong> mostrar o que o Prefeito fazia enquanto os ratos eram atraídos<br />

para a rua pela música.<br />

8. Algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> indicam lugares ou espaços. Por exemplo, “em Hamelin”<br />

indica a cidade em que ocorre a história. Neste outro trecho, circule <strong>as</strong><br />

palavr<strong>as</strong> que mostram lugares ou espaços.<br />

Nisto, escutou-se na sala<br />

um som sobrenatural<br />

que entrava pela janela<br />

com a brisa matinal<br />

e parecia estar vindo<br />

lá da praça principal<br />

33


9. No capítulo anterior, estudamos que os adjetivos indicam característic<strong>as</strong><br />

dos substantivos. Leia a estrofe a seguir e grife, nos <strong>ver</strong>sos, <strong>as</strong> característic<strong>as</strong><br />

do Flautista.<br />

34<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Um tipo tão esquisito<br />

era raro em Hamelin,<br />

com jeito de saltimbanco<br />

e vestes de arlequim.<br />

Pendurado no pescoço<br />

tinha um comprido flautim.<br />

A língua em contexto<br />

Sinônimos<br />

No capítulo anterior, estudamos que algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> podem ser substituíd<strong>as</strong><br />

por outr<strong>as</strong> sem que haja alteração de sentido. Vejamos alguns exemplos:<br />

O Flautista concentrado,<br />

produzia o som agudo<br />

fechando os olhos, bem sério,<br />

distante, ausente de tudo,<br />

até que o povo da praça<br />

quedou-se, p<strong>as</strong>mado e mudo.<br />

Agora, veja o texto com <strong>as</strong> substituições:<br />

O Flautista pensativo,<br />

produzia o som penetrante<br />

fechando os olhos, bem sóbrio,<br />

distante, ausente de tudo,<br />

até que o povo da praça<br />

quedou-se, p<strong>as</strong>mado e calado.<br />

1. Agora, é com <strong>você</strong>!<br />

Circule, dentro dos parênteses, o significado que é semelhante à expressão<br />

grifada:


“Vejam que horrível tragédia (desgraça, sorte, bênção)<br />

aflige nossa cidade!<br />

Ninguém toma providênci<strong>as</strong>, (atitudes, imprudênci<strong>as</strong>)<br />

ninguém mostra autoridade,<br />

e o que nós mais precisamos<br />

é de um líder de <strong>ver</strong>dade!” (com certeza, de mentira)<br />

Algum<strong>as</strong> históri<strong>as</strong> que ouvimos foram contad<strong>as</strong> em lugares e époc<strong>as</strong> diferentes.<br />

Isso indica que <strong>as</strong> históri<strong>as</strong> podem viajar por países diferentes e ser<br />

contad<strong>as</strong> por pesso<strong>as</strong> de outr<strong>as</strong> cultur<strong>as</strong>. Hamelin é uma cidade da Alemanha,<br />

que fica no continente europeu.<br />

Portugal<br />

LOCALIZAÇÃO DE HAMELIN<br />

Irlanda Reino<br />

Unido<br />

Espanha<br />

França<br />

Noruega<br />

Hamelin<br />

Polônia<br />

Alemanha<br />

Eslováquia<br />

Itália<br />

Suécia<br />

Áustria<br />

0 307<br />

km<br />

35


Esta é, provavelmente, a pintura mais antiga de O Flautista de Hamelin,<br />

obra de Augustin von Moersperg, 1592:<br />

36<br />

wIkIMEDIA<br />

Observe este desenho de Matthäus Merian (1640) e o mapa atual da cidade<br />

de Hamelin:<br />

wIkIMEDIA


Veja o mapa da cidade de Hamelin, na Alemanha:<br />

HAMELIN (ALEMANHA)<br />

Rio Weser<br />

Rio Weser<br />

Rio Weser<br />

2. Agora, responda: <strong>você</strong> consegue localizar o rio n<strong>as</strong> três imagens — pintura,<br />

desenho e mapa? Por que o rio foi importante nessa história?<br />

37


3. Há quanto tempo existe a história O Flautista misterioso e os ratos de<br />

Hamelin, segundo esse outro trecho do cordel?<br />

4.<br />

38<br />

Leia estes dois <strong>ver</strong>sos:<br />

Mais de setecentos anos<br />

já são hoje transcorridos<br />

[...]<br />

m<strong>as</strong>, <strong>como</strong> existe a história,<br />

nunca foram esquecidos.<br />

Os ratos não voltaram,<br />

e nunca mais voltarão.<br />

Não confunda os termos “voltaram” e “voltarão”, pois seus sons e seus<br />

significados são diferentes. Ligue <strong>as</strong> colun<strong>as</strong> a seguir, de acordo com o significado<br />

de cada um dos termos:<br />

Voltaram aquilo que vai acontecer<br />

Voltarão aquilo que já aconteceu<br />

5. Agora, circule <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> terminad<strong>as</strong> em ou.<br />

Quando o último afogou-se<br />

foi que o Flautista parou.<br />

E a população inteira<br />

aplaudiu e se alegrou,<br />

porque lá em Hamelin<br />

nem um só rato ficou.<br />

As palavr<strong>as</strong> que <strong>você</strong> circulou, mostram:<br />

alguma coisa que está acontecendo na história.


alguma coisa que já aconteceu na história.<br />

alguma coisa que vai acontecer na história.<br />

Antônimos<br />

Quando temos uma palavra com um significado semelhante à outra, vimos<br />

que se trata de um sinônimo. E quando temos uma palavra com significado<br />

contrário? Acompanhe:<br />

6.<br />

O contrário de sim é não.<br />

O contrário de certo é errado.<br />

A palavra que possui um sentido contrário a outra é chamada de antônimo.<br />

Assim:<br />

“Não” é antônimo de “sim”.<br />

“Errado” é antônimo de “certo”.<br />

Agora, releia a estrofe a seguir e observe <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> grifad<strong>as</strong>:<br />

Contam relatos antigos<br />

que muitos anos atrás<br />

Hamelin era tranquila,<br />

tudo ali vivia em paz.<br />

Os seus habitantes eram<br />

felizes e cordiais.<br />

Ligue com um traço o antônimo de cada uma d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> grifad<strong>as</strong>:<br />

antigos mal-educados<br />

tranquila em guerra<br />

em paz tumultuada<br />

felizes infelizes<br />

cordiais novos<br />

39


7. Reescreva os dois <strong>ver</strong>sos colocando, no lugar da palavra grifada, os<br />

seus antônimos:<br />

40<br />

a imagem do frac<strong>as</strong>so:<br />

parecia exausto.<br />

8. A palavra “federal” significa alguma coisa que é da Federação, ou seja,<br />

do país ou da nação. Veja:<br />

a)<br />

b)<br />

O prefeito recolheu-se<br />

ao gabinete central.<br />

Pensou: “Que falta de sorte!<br />

Vou olhar no manual.<br />

Acho que praga de ratos<br />

é problema federal”.<br />

Sendo <strong>as</strong>sim, o que significa a palavra “municipal”?<br />

Então, “prefeitura” refere-se ao Estado, ao Município ou à Federação?


<strong>Para</strong> continuar<br />

Produção de texto<br />

1. Nesse quadrinho de Fernando Gonsalez, temos uma <strong>ver</strong>são engraçada da<br />

história do Flautista. Escreva com su<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> qual é a graça do quadrinho.<br />

FERNANDO GONSALES<br />

41


ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL<br />

2.<br />

a)<br />

b)<br />

42<br />

Agora, observe <strong>as</strong> du<strong>as</strong> fotos a seguir.<br />

O que <strong>você</strong> imagina que sejam esses objetos?<br />

De que materiais são feitos?<br />

ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL


REPRODUçãO<br />

3. A seguir, vemos a capa de um cordel chamado O romance do pavão<br />

misterioso. Escreva por que <strong>você</strong> acha que ele é misterioso. Que outr<strong>as</strong> característic<strong>as</strong><br />

podemos dar ao pavão?<br />

43<br />

DUDU CAVALCANTI/kEyDISC BRASIL


2.<br />

44<br />

<strong>Para</strong> finalizar<br />

O que aprendi no capítulo 2? Assinalar<br />

Reconheço a literatura de cordel.<br />

Sei qual é a estrutura de um texto poético.<br />

Escuto com atenção os textos<br />

lidos pelo professor.<br />

Diferencio sinônimos e antônimos.<br />

<strong>Para</strong> c<strong>as</strong>a<br />

1. Leia a estrofe a seguir e, com a ajuda de um dicionário, substitua<br />

<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> grifad<strong>as</strong> por sinônimos:<br />

E ali, num banco da praça,<br />

com expressão de<br />

o Flautista parecia<br />

a imagem do<br />

parecia<br />

sem forç<strong>as</strong> pra dar um p<strong>as</strong>so<br />

E ali, num banco da praça,<br />

com expressão de cansaço,<br />

o Flautista parecia<br />

a imagem do frac<strong>as</strong>so:<br />

parecia exausto,<br />

sem forç<strong>as</strong> pra dar um p<strong>as</strong>so<br />

Preencha os espaços dos <strong>ver</strong>sos com <strong>as</strong> su<strong>as</strong> característic<strong>as</strong>:<br />

Sou uma criança<br />

que gosta de


3. A seguir, temos outra estrofe do Flautista de Hamelin. Com a ajuda do<br />

dicionário, substitua <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> grifad<strong>as</strong> por antônimos:<br />

4.<br />

“Eu sou especialista<br />

em combater este mal.<br />

Sou um caçador de ratos<br />

de fama internacional;<br />

vim aqui logo que soube,<br />

<strong>como</strong> bom profissional.”<br />

Qual o antônimo de boca “cheia”?<br />

45


46<br />

Capítulo<br />

Português 3<br />

<strong>Para</strong> começar<br />

Históri<strong>as</strong> de rapos<strong>as</strong><br />

Neste capítulo, diferenciarei uma fábula de um texto informativo,<br />

reconhecerei a intensidade dos adjetivos, identificarei<br />

os encontros vocálicos e o desfecho de uma história.<br />

Álbum de família<br />

Biólogos fotografam e filmam filhotes de raposa-do-campo,<br />

espécie que só existe no Br<strong>as</strong>il<br />

Uma espécie de raposa que vive no Br<strong>as</strong>il e não gosta de comer galinh<strong>as</strong>,<br />

m<strong>as</strong>, sim, cupins. Isso existe? Sim. E, pela primeira vez, o dia a dia<br />

de uma família dessa espécie foi fotografado e filmado. Estamos falando<br />

da raposa-do-campo (Pseudalopex vetulus), animal que vive apen<strong>as</strong> no<br />

nosso país, em áre<strong>as</strong> de cerrado, nos estados de Min<strong>as</strong> Gerais, Goiás,<br />

Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Tocantins e, provavelmente,<br />

também no Piauí.<br />

Os filhotes de raposinha – <strong>como</strong> a espécie também é popularmente conhecida<br />

– foram localizados, filmados e fotografados pelo biólogo Frederico<br />

Gemesio Lemos, professor da Uni<strong>ver</strong>sidade Federal de Goiás, em parceria<br />

com outros três pesquisadores: Fernanda Cavalcanti de Azevedo, Hugo<br />

Costa e kátia Facure.<br />

Os pequenos animais fazem parte de uma família de rapos<strong>as</strong>-do-campo,<br />

composta ainda por um macho e uma fêmea, encontrada em uma fazenda<br />

no município de Cumari, no sul de Goiás, que está localizada a cerca de<br />

80 quilômetros de Uberlândia, em Min<strong>as</strong> Gerais.<br />

“Encontramos essa família em outubro de 2007, m<strong>as</strong> <strong>como</strong> os filhotes já<br />

estavam saindo da toca, o que geralmente acontece um mês após o n<strong>as</strong>cimento,<br />

acreditamos que eles tenham n<strong>as</strong>cido no mês de setembro”, conta<br />

Frederico Lemos.<br />

As rapos<strong>as</strong>-do-campo transformaram uma toca abandonada de tatu em<br />

seu lar, depois de cavar um pouquinho para alargar a moradia. Curiosamente,<br />

o lugar escolhido <strong>como</strong> abrigo para os filhotes fica a apen<strong>as</strong> 400 metros<br />

de uma c<strong>as</strong>a habitada, que existe nos limites da fazenda. “Isso indica que<br />

não há pressão de caça sobre a espécie no local”, explica Frederico.


Desde a descoberta, o biólogo e seus parceiros de trabalho têm monitorado<br />

os animais, na tentativa de obter mais informações sobre a espécie,<br />

considerada uma d<strong>as</strong> sete menos estudad<strong>as</strong> do mundo na família dos<br />

cães, lobos e rapos<strong>as</strong>. Todo o esforço tem sido recompensado. As fotos<br />

tirad<strong>as</strong> dos filhotes mamando, comendo ou brincando, por exemplo, são <strong>as</strong><br />

primeir<strong>as</strong> já feit<strong>as</strong> e mesmo imagens dos adultos, também realizad<strong>as</strong>, são<br />

algo raro de achar. Tudo porque a espécie tem hábitos noturnos, sendo<br />

difícil de encontrar e estudar, ainda mais porque os animais não se mostram,<br />

em outr<strong>as</strong> regiões do país, tão tranquilos e fáceis de seguir quanto os<br />

presentes no sul de Goiás.<br />

Além de fazer fotos e imagens em vídeo desses animais tão pouco estudados,<br />

os pesquisadores também querem saber mais sobre o comportamento<br />

d<strong>as</strong> rapos<strong>as</strong>-do-campo com os filhotes. “Até bem pouco tempo<br />

atrás, muito pouco era conhecido sobre o cuidado parental dessa espécie,<br />

m<strong>as</strong> pesquis<strong>as</strong> mais recentes têm mostrado que o papel do pai na criação<br />

dos filhotes é maior do que se pensava e é isso que queremos estudar”,<br />

conta Frederico. O biólogo e seus parceiros de pesquisa querem saber,<br />

por exemplo, até quando os filhotes vão permanecer com os pais. E até<br />

já fizeram algum<strong>as</strong> observações importantes, que serão divulgad<strong>as</strong> no<br />

momento oportuno.<br />

De brinde, porém, eles podem contar alguns fatos que observaram. Por<br />

exemplo, que o pai dos filhotes está b<strong>as</strong>tante presente no cuidado de su<strong>as</strong><br />

cri<strong>as</strong>, seja vigiando <strong>as</strong> proximidades da toca, rosnando e até avançando<br />

em quem quer que ouse se aproximar em excesso.<br />

M<strong>as</strong> <strong>você</strong> está curioso mesmo é para saber se os filhotes são machos<br />

ou fême<strong>as</strong>? Infelizmente, isso ainda não dá para responder. Porém, é por<br />

um bom motivo!<br />

O fato é que machos e fême<strong>as</strong> de raposa-do-campo não têm grandes<br />

diferenç<strong>as</strong> na aparência, então, para responder a essa pergunta seria preciso<br />

examinar os filhotes. Só que os pesquisadores não querem mexer<br />

neles, ao menos por enquanto, para não interferir na vida da família.<br />

Os biólogos, porém, estão de olho, pois, quando ficarem mais velhos, os<br />

filhotes podem apresentar comportamentos que indicam quem são os machos<br />

e <strong>as</strong> fême<strong>as</strong>. Isso porque essa espécie tem o hábito de demarcar território<br />

com urina e, para tanto, <strong>as</strong> fême<strong>as</strong> costumam se agachar, enquanto<br />

os machos fazem xixi com uma d<strong>as</strong> pern<strong>as</strong> levantad<strong>as</strong>.<br />

FIGUEIRA, Mara. Álbum de família.<br />

In: Ciência Hoje d<strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>.<br />

47


48<br />

Raro: pouco comum.<br />

Hábitos: comportamentos.<br />

Parental: parentes.<br />

Holofotes: lâmpada grande com luz<br />

muito forte usada para iluminar a distância.<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Con<strong>ver</strong>sa sobre o texto<br />

Oportuno: adequado.<br />

Cri<strong>as</strong>: filhotes.<br />

Cupim: inseto que ataca plant<strong>as</strong>, raízes,<br />

cereais e madeira e que pode fazer<br />

ninhos no solo e na madeira.<br />

1. O texto que lemos foi retirado do site da revista Ciênci<strong>as</strong> Hoje d<strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>.<br />

Quem o escreveu?<br />

2. Além de não comer galinh<strong>as</strong>, qual a diferença entre a raposa-do-campo<br />

e <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> rapos<strong>as</strong>?<br />

3. Os pesquisadores estão tentando conhecer mais sobre o dia a dia desse<br />

animal. O que já descobriram?


4. Algum<strong>as</strong> dificuldades foram encontrad<strong>as</strong> pelos pesquisadores. Quais foram<br />

el<strong>as</strong>?<br />

5. O cuidado com os filhotes chamou a atenção dos pesquisadores porque<br />

se diferencia dos outros tipos de raposa. O que eles notaram de diferente?<br />

6. O pai não permite que ninguém se aproxime muito da toca e, para evitar<br />

isso, ele rosna. Precisamos ir ao dicionário para descobrir o significado de<br />

“rosnar”? Explique o que significa com su<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>.<br />

7. Você conhece outr<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> que, também, indicam sons produzidos<br />

por animais?<br />

49


8. Os pesquisadores não conseguiram descobrir ainda se os filhotes são<br />

machos ou fême<strong>as</strong> — para descobrir, precisam aguardar que eles cresçam.<br />

Qual o comportamento que diferencia macho e fêmea, segundo os biólogos?<br />

9.<br />

50<br />

Leia o parágrafo a seguir:<br />

É, não dá vontade de parar de falar da família de rapos<strong>as</strong>-do-campo<br />

lá do sul de Goiás. M<strong>as</strong>, desse jeito, <strong>você</strong> não vai poder nem curtir <strong>as</strong><br />

fotos desses animais tão especiais. Então, menin<strong>as</strong> e meninos, deem<br />

uma espiada em um pouquinho da natureza que veio parar na tela do<br />

seu computador e aguardem mais novidades sobre <strong>as</strong> raposinh<strong>as</strong> muito<br />

em breve!<br />

a)<br />

Agora responda:<br />

Você encaixaria esse parágrafo no início ou no fim do texto? Por quê?<br />

b) Esse parágrafo indica que conhecemos tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> informações sobre <strong>as</strong><br />

rapos<strong>as</strong>-do-campo?


c) A autora sugere que a leitura do texto está muito interessante. Como ela<br />

faz isso?<br />

d) A autora diz “menin<strong>as</strong> e meninos, deem uma espiada em um pouquinho<br />

da natureza que veio parar na tela do seu computador”. Isso indica onde esse<br />

texto foi publicado?<br />

10. A legenda é um pequeno texto que explica o que vemos em uma foto<br />

ou figura.<br />

Observe a imagem a seguir e crie uma legenda para ela:<br />

TOM BRAkEFIELD / STOCkByTE / GETTy IMAGES<br />

51


52<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Vamos ler um outro texto sobre a raposa?<br />

Galinha com dentes<br />

Pelo cerrado vinha, bailarina, uma franguinha.<br />

Pezinho na frente, outro atrás, uma ciscadinha. Depois, perna jogada pra<br />

um lado, perna jogada pro outro, algum<strong>as</strong> bicadinh<strong>as</strong>.<br />

Sorrateira, toda sorrisos e gentilez<strong>as</strong>, a esperta raposa avistou a inocente<br />

franguinha. Cumprimentou-a e foi logo perguntando se não sentia medo durante<br />

a noite.<br />

— Muito, amiga raposa. Tremo, suo frio, tenho arrepios e horríveis pesadelos!<br />

Mal consigo dormir...<br />

— Ora, por isso não. Vou visitá-la hoje à noite e ninguém terá coragem<br />

de in<strong>como</strong>dar a companheira. Vai ser uma tranquilidade, <strong>você</strong> vai <strong>ver</strong>...<br />

A ingênua franguinha, satisfeita, continuou seu p<strong>as</strong>seio e encontrou o<br />

camarada cachorro. Alegremente, ela foi contando a novidade:<br />

— Amigo cão, estou agora em paz. Tudo pela bondade da camarada raposa<br />

— e contou tudo.<br />

Admirado, ele falou:<br />

— M<strong>as</strong> <strong>você</strong> está maluca, amiga? Onde já se viu raposa visitar galinha?<br />

Será seu fim! Nem tudo está perdido. Darei um jeito nisso.<br />

Pouco antes do sol se pôr, o cão escondeu-se no quartinho da c<strong>as</strong>a da<br />

amiga.<br />

— Fique calada, não dê um piozinho! Se der, bau-bau: uma frangota vai<br />

pro papo da rap<strong>as</strong>ota!<br />

Quando a raposa chegou com sua dentadura à mostra, foi procurando a ingênua<br />

franguinha, m<strong>as</strong> teve aquela surpresa! Levou uma tremenda dentada.<br />

Como tudo aconteceu muito rápido e no escuro, a raposa não soube quem<br />

a tinha ferido. Fugiu espavorida, dolorida, além de b<strong>as</strong>tante machucada.<br />

No dia seguinte, no mato, a raposa, confusa e ainda tremendo de medo,<br />

contou para os companheiros:<br />

— Vocês não vão acreditar! Imaginem que, pela primeira vez, encontrei uma<br />

galinha com dentes!!!<br />

GÓES, Lúcia Pimentel. Galinha com dentes.<br />

Rio de Janeiro: Ediouro,1999.<br />

Sorrateira: que esconde su<strong>as</strong> <strong>ver</strong>dadeir<strong>as</strong> intenções.<br />

Espavorida: amedrontada, apavorada.


<strong>Para</strong> continuar<br />

Con<strong>ver</strong>sa sobre o texto<br />

1. O pequeno texto a seguir apresenta a história da “galinha com dentes”.<br />

Vamos lê-lo?<br />

Galinha doméstica, inexperiente, só sabia ciscar e cacarejar. Na panela,<br />

uma delícia! Um dia, uma del<strong>as</strong> deu uma dentada bem dada...<br />

Cão, bom sujeito, às vezes feroz, sempre fiel.<br />

Raposa? ardilosa, traiçoeira. Imagine os três juntos...<br />

Observe que, em cada parágrafo, temos <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> de cada personagem.<br />

Escreva a seguir <strong>como</strong> era:<br />

a) a galinha:<br />

b)<br />

c)<br />

o cão:<br />

a raposa:<br />

53


2.<br />

54<br />

Nessa história, a raposa tenta enganar a galinha. Como ela faz isso?<br />

3. Você deve ter observado que o cão percebe rapidamente que a raposa<br />

está com más intenções. A partir daí, cria um plano para enganar a<br />

raposa. Qual foi o plano?<br />

4. Será que <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> rapos<strong>as</strong> acreditaram na história da raposa machucada,<br />

de que existia uma galinha com dentes?<br />

5. Durante o texto, o narrador usa vários adjetivos para caracterizar a galinha<br />

(franguinha). Volte ao texto e circule de <strong>ver</strong>melho todos os adjetivos que<br />

se referem à franguinha.<br />

6.<br />

Agora, circule de azul os adjetivos que se referem à raposa.


<strong>Para</strong> continuar<br />

A língua em contexto<br />

O narrador utiliza os adjetivos para demonstrar <strong>como</strong> são <strong>as</strong> personagens.<br />

Observe a fr<strong>as</strong>e:<br />

A raposa é esperta, porém o cão foi muito mais esperto do que ela.<br />

Vimos que, apesar de a raposa e o cão serem espertos, um é mais esperto<br />

do que o outro. Isso é reforçado pelo uso da palavra “muito”.<br />

Assim, podemos intensificar <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> dos substantivos; vejamos<br />

outros exemplos:<br />

muito maluca – muito satisfeita<br />

muito dolorida – muito esperta<br />

b<strong>as</strong>tante machucada – bem feliz<br />

Uma outra forma para intensificar os adjetivos é acrescentar ao seu final <strong>as</strong><br />

terminações “íssimo” ou “íssima”:<br />

muito maluca – maluquíssima<br />

muito satisfeita – satisfeitíssima<br />

muito dolorida – doloridíssima<br />

muito esperta – espertíssima<br />

bem feliz – felicíssima<br />

No entanto, a regra acima não vale para todos os substantivos. Veja alguns<br />

exemplos a seguir:<br />

magro – pobre – fácil – difícil<br />

muito magro – macérrimo<br />

muito pobre – paupérrimo<br />

muito fácil – facílimo<br />

muito difícil – dificílimo<br />

55


1. Reescreva <strong>as</strong> fr<strong>as</strong>es retirad<strong>as</strong> do texto, intensificando os adjetivos com<br />

<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> do quadro a seguir:<br />

56<br />

b<strong>as</strong>tante – bem – muito<br />

a) A franguinha, satisfeita, continuou seu p<strong>as</strong>seio.<br />

b) A esperta raposa avistou a franguinha.<br />

c) O cão fiel escondeu-se no quartinho da c<strong>as</strong>a da amiga.<br />

A raposa,<br />

d) confusa e ainda tremendo de medo, contou para os companheiros.


2. Substitua <strong>as</strong> expressões grifad<strong>as</strong> por outra de igual sentido, conforme o<br />

exemplo:<br />

a) O cão é muito feroz.<br />

b) A raposa é muito confusa.<br />

c) A franguinha é muito alegre.<br />

d) O cão é muito honesto.<br />

A franguinha era muito gentil.<br />

A franguinha era gentilíssima.<br />

57


e) A raposa ficou b<strong>as</strong>tante ferida.<br />

Encontro vocálico<br />

Quando pronunciamos lentamente uma palavra, sentimos que não separamos<br />

um som do outro, m<strong>as</strong> dividimos a palavra em pequen<strong>as</strong> partes — cada<br />

parte é chamada de sílaba.<br />

Assim, quando pronunciamos a palavra RAPOSA, podemos perceber que<br />

ela é dividida em três partes: RA-PO-SA. Com isso, dizemos que a palavra<br />

raposa é composta por três sílab<strong>as</strong>.<br />

Ao analisarmos a palavra “cão”, <strong>ver</strong>emos que não é possível dividi-la, pois<br />

é composta de apen<strong>as</strong> uma sílaba.<br />

3.<br />

58<br />

CÃO possui apen<strong>as</strong> uma sílaba.<br />

Vamos dividir <strong>as</strong> sílab<strong>as</strong> d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> a seguir?<br />

Palavra Separação Cl<strong>as</strong>sificação<br />

Galinha<br />

Inexperiente<br />

Panela<br />

Bailarina<br />

Perna<br />

Frio<br />

Bicadinh<strong>as</strong><br />

Companheira


Retorne ao quadro e complete a última coluna cl<strong>as</strong>sificando <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong><br />

em:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

monossílaba: apen<strong>as</strong> uma sílaba<br />

dissílaba: du<strong>as</strong> sílab<strong>as</strong><br />

trissílaba: três sílab<strong>as</strong><br />

polissílaba: quatro ou mais sílab<strong>as</strong><br />

Volte ao quadro anterior e observe que algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> possuem du<strong>as</strong><br />

vogais bem próxim<strong>as</strong>; é o c<strong>as</strong>o de: inexperiente, bailarina, p<strong>as</strong>seio, frio, arrepios,<br />

companheira.<br />

Veja que, quando separamos ess<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>, em alguns c<strong>as</strong>os <strong>as</strong> vogais<br />

ficam na mesma sílaba e, em outros c<strong>as</strong>os, ficam em sílab<strong>as</strong> separad<strong>as</strong> —<br />

isso vai depender do som dessa vogal.<br />

Vejamos este exemplo:<br />

bailarina bai – la – ri – na<br />

Observe que, na primeira sílaba, temos um encontro de uma vogal e uma<br />

semivogal, ou seja, um encontro vocálico. Isso acontece porque a vogal I tem<br />

um som mais fraco que a vogal A.<br />

inexperiente i – nex – pe – ri – en – te<br />

Ao pronunciarmos essa palavra, vemos que se separa a sílaba EN da anterior<br />

RI, pois o som N torna a vogal E mais forte.<br />

Quando uma vogal e uma semivogal ficam na mesma sílaba, esse encontro<br />

vocálico é chamado de ditongo.<br />

Veja estes exemplos:<br />

avistou: a-vis-tou<br />

sorrateira: sor-ra-tei-ra<br />

frio: frio<br />

não: não<br />

outro: ou-tro<br />

bailarina: bai-la-ri-na<br />

Quando <strong>as</strong> vogais formam diferentes sílab<strong>as</strong>, esse encontro vocálico é<br />

chamado de hiato.<br />

59


60<br />

Veja estes exemplos:<br />

suor: su-or<br />

país: pa-ís<br />

curioso: cu-ri-o-so<br />

biólogo: bi-ó-lo-go<br />

Algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> podem ter ditongo e hiato:<br />

criação: cri-a-ção<br />

realizad<strong>as</strong>: re-a-li-za-d<strong>as</strong><br />

cri<strong>as</strong>: cri-<strong>as</strong><br />

vigiando: vi-gi-an-do<br />

piozinho: pi-o-zi-nho<br />

4. Agora é a sua vez! Faça a separação silábica d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> do quadro a<br />

seguir:<br />

jeito<br />

raízes<br />

Palavra Separação silábica<br />

cumprimentou<br />

continuou<br />

encontrou<br />

contou<br />

soube<br />

ainda<br />

darei<br />

fugiu<br />

viu<br />

piozinho<br />

curiosamente


Observe <strong>como</strong> aparece a separação de sílab<strong>as</strong> no dicionário:<br />

ar•re•pi:o sm. Tremor resultante de frio, medo,<br />

susto, horror, etc.; calafrio.<br />

ar•res•tar v.t.d. Fazer arresto em; embargar.<br />

[Conjug.: [arrest]ar]<br />

ar•res•to sm. Jur. Apreensão judicial de bens do<br />

suposto devedor para garantir a execução, que<br />

contra ele ac<strong>as</strong>o se venha a promo<strong>ver</strong>; embargo.<br />

ar•re•ve•sa•do adj. 1. Difícil de entender; confuso.<br />

2. Diz-se de vocábulo difícil de pronunciar.<br />

ar•re•ve•sar v.t.d. 1. Pôr ao revés, às avess<strong>as</strong>. 2.<br />

Dar sentido contrário. [Conjug.: [arreves]ar]<br />

ar•ri•ar v.t.d. 1. Abaixar, descer (o que estava<br />

suspenso ou levantado). 2. Colocar no chão, sobre<br />

um móvel, etc. (objeto pesado) Int. e p. 3. Cair ou<br />

<strong>ver</strong>gar sob peso. 4. Perder <strong>as</strong> forç<strong>as</strong>, o ânimo.<br />

[Conjug.: [arri]ar]<br />

ar•ri•ba adv. <strong>Para</strong> cima<br />

ar•ri•ba•ção sf. Ato de arribar; arribada. [Pl.:<br />

–ções.]<br />

Note que são colocados pontos entre <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> para indicar a separação;<br />

<strong>as</strong>sim, temos: ar-ri-ar (hiato) e ar-ri-ba-ção (ditongo). Porém, observe que na<br />

palavra “arrepio”, aparece dois pontos — isso ocorre para demonstrar que, em<br />

algum<strong>as</strong> regiões do país, essa palavra pode ser separada de forma diferente.<br />

5.<br />

Leia a página do dicionário a seguir e responda:<br />

p<strong>as</strong>•se•ar v.int. 1. Ir a algum lugar a p<strong>as</strong>seio, em<br />

visita, ger. para di<strong>ver</strong>tir-se, espairecer-se. T.d. 2.<br />

Percorrer em p<strong>as</strong>seio. [Conjug.: [p<strong>as</strong>s]ear]<br />

p<strong>as</strong>•se•a•ta sf. 1. Pequeno p<strong>as</strong>seio. 2. Br<strong>as</strong>.<br />

Marcha coletiva em sinal de regozijo, reivindicação,<br />

protesto, etc.<br />

p<strong>as</strong>•sei:o sm. 1. Ato de p<strong>as</strong>sear. 2. Percurso de<br />

certa extensão de caminho, para exercício ou para<br />

di<strong>ver</strong>timento. 3. Lugar onde se costuma p<strong>as</strong>sear. 4.<br />

Calçada.<br />

p<strong>as</strong>•se•ri•for•me sm. Zool. Espécime dos p<strong>as</strong>seriformes,<br />

em ordem de aves pequen<strong>as</strong> ou médi<strong>as</strong>,<br />

terren<strong>as</strong>, aére<strong>as</strong>, ou arbóre<strong>as</strong>, e cosmopolit<strong>as</strong>. §<br />

p<strong>as</strong>•se•ri•for•me adj2g.<br />

p<strong>as</strong>•si:o•nal adj2g. 1. Relativo a paixão. 2.<br />

Suscetível de, ou causado por paixão. [Pl.: –nais.]<br />

p<strong>as</strong>•sis•ta s2g. 1. Br<strong>as</strong>. N.E. Dancarino de frevo. 2.<br />

Br<strong>as</strong>. RJ pessoa que samba com muita agilidade e<br />

graça.<br />

p<strong>as</strong>•sí•vel adj2g. Sujeito a experimentar sensações<br />

e emoções, ou a sofrer pen<strong>as</strong> ou sanções. [Pl.:veis].<br />

p<strong>as</strong>•si•vo adj. 1. Que sofre ou recebe uma ação ou<br />

impressão. 2. Que não atua; inerte. §<br />

p<strong>as</strong>•si•vi•da•de sf.<br />

61


a)<br />

b)<br />

62<br />

Quais dess<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> possuem hiato?<br />

Quais dess<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> podem ter a separação diferenciada?<br />

Ortografia<br />

Algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> possuem um som parecido; por isso, quando vamos<br />

escrevê-l<strong>as</strong>, precisamos de atenção para não <strong>as</strong> confundir. Isso ocorre, por<br />

exemplo, com os sons do P e do B.<br />

Vamos ler algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> escrit<strong>as</strong> com P e B:<br />

B P<br />

biólogo país<br />

bem professora<br />

brinde parceria<br />

b<strong>as</strong>tante pesquisadores<br />

Br<strong>as</strong>il popular<br />

barulho parceiros<br />

breve papel<br />

buscar perna<br />

bicada perda<br />

bondade presente


6.<br />

Leia o parágrafo a seguir:<br />

O biólogo e seus parceiros de pesquisa querem saber, por exemplo, até<br />

quando os filhotes vão permanecer com os pais. E até já fizeram algum<strong>as</strong><br />

observações importantes, que serão divulgad<strong>as</strong> no momento oportuno.<br />

Agora, pinte de <strong>ver</strong>melho tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> que possuem a letra B, e de<br />

azul tod<strong>as</strong> que possuem a letra P.<br />

7.<br />

Escreva um parágrafo utilizando <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> a seguir:<br />

raposa-do-campo – hábito – biólogo<br />

8. Algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> foram retirad<strong>as</strong> do texto. Preencha <strong>as</strong> lacun<strong>as</strong> utilizando<br />

<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> do quadro a seguir:<br />

oportuno – pouco – bem – biólogo –<br />

pai – observações – pesquisadores<br />

Os também querem saber mais sobre o compor-<br />

tamento d<strong>as</strong> rapos<strong>as</strong>-do-campo com os filhotes. “Até<br />

pouco tempo atrás, muito era conhecido sobre o<br />

63


cuidado parental dessa espécie, m<strong>as</strong> pesquis<strong>as</strong> mais recentes têm mostra-<br />

do que o papel do na criação dos filhotes é maior<br />

do que se pensava e é isso que queremos estudar”, conta Frederico.<br />

O e seus parceiros de pesquisa querem saber, por<br />

exemplo, até quando os filhotes vão permanecer com os pais. E até já fize-<br />

ram algum<strong>as</strong> importantes, que serão divulgad<strong>as</strong> no<br />

momento .<br />

64<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Produção de texto<br />

A raposa é personagem de muit<strong>as</strong> históri<strong>as</strong>. Normalmente, ela é apresentada<br />

<strong>como</strong> muito esperta, sempre tentando enganar alguém. Vimos que isso aconteceu<br />

na história Galinha com dentes, agora conheceremos outra história:<br />

A raposa e <strong>as</strong> penad<strong>as</strong><br />

De longe, o galo e <strong>as</strong> galinh<strong>as</strong> puderam perceber o vulto de uma raposa<br />

que se aproximava sorrateiramente.<br />

O galo, mais que depressa, ordenou que tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> galinh<strong>as</strong> se empoleir<strong>as</strong>sem,<br />

<strong>como</strong> ele, na árvore que <strong>as</strong> cobria.<br />

A raposa, ao notar isso, usou, <strong>como</strong> sempre, a sua famosa esperteza e<br />

disse, dirigindo-se às penad<strong>as</strong>:<br />

— Não se preocupem mais comigo. A paz reina entre os animais desde<br />

hoje cedo. Ela foi decretada pelo rei Leão.<br />

O galo respondeu imediatamente à raposa:<br />

— Logo desceremos para comemorar este ato de paz. Vamos apen<strong>as</strong><br />

esperar alguns cães que estão chegando para nos unirmos a eles nesta<br />

comemoração.<br />

A raposa, <strong>as</strong>sustada e já se retirando, conclui:<br />

— Os cães são mal-informados e podem não saber dessa novidade.


1.<br />

2.<br />

Como a raposa tentou enganar o galo e <strong>as</strong> galinh<strong>as</strong>?<br />

A raposa usou a esperteza; porém, quem foi mais esperto do que ela?<br />

3. O galo disse que ia esperar os cães chegarem para descer e festejar.<br />

Por que a raposa não quis esperar?<br />

Nessa história que acabamos de ler, a raposa se deu mal e não conseguiu<br />

comer nenhuma galinha, pois o galo foi mais esperto do que ela. Na história<br />

Galinha com dentes, a raposa também não conseguiu se dar bem, pois o cão<br />

deu uma bela dentada nela.<br />

Será que em tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> históri<strong>as</strong> em que a raposa quer mostrar sua esperteza<br />

ela se dá mal?<br />

65


COREL STOCk PHOTOS<br />

66<br />

A raposa e o corvo<br />

Ao conseguir um belo pedaço de queijo, o corvo procurou uma árvore<br />

tranquila onde pudesse saboreá-lo.<br />

Mal sabia ele que a raposa já estava de olho no queijo suculento que ele<br />

se preparava para m<strong>as</strong>tigar.<br />

A raposa se aproximou do corvo e iniciou seu discurso repleto de elogios<br />

ao pássaro:<br />

— Senhor corvo, <strong>como</strong> o senhor é belo e sua plumagem brilhante! Sua<br />

voz deve ser macia e tão linda quanto sua postura.<br />

A vaidade do corvo falou mais alto e ele começou a cantar, abrindo o<br />

bico e deixando cair o queijo.<br />

A raposa, sem ouvi-lo, comeu o queijo e se retirou feliz da vida!<br />

4.<br />

5.<br />

A raposa usou da esperteza para conseguir o queijo. O que ela fez?<br />

Por que o corvo acreditou n<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> da raposa?<br />

TOM BRAkEFIELD / STOCkByTE / GETTy IMAGES


6. A seguir, vemos a ilustração de outra história em que a raposa também<br />

é personagem. A partir da imagem, pense no que pode ter acontecido<br />

nessa história.<br />

Mostre se a raposa conseguiu enganar alguém.<br />

67


68<br />

<strong>Para</strong> finalizar<br />

O que aprendi no capítulo 3? Assinalar<br />

Sei a diferença entre uma fábula<br />

e um texto informativo.<br />

Identifico os encontros vocálicos.<br />

Reconheço a intensidade dos adjetivos.<br />

Identifico o desfecho de uma história.<br />

<strong>Para</strong> c<strong>as</strong>a<br />

Procure em jornais e revist<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> escrit<strong>as</strong> com P e B.<br />

Cole-<strong>as</strong> no quadro a seguir:


SRUGINA / DREAMSTIME.COM<br />

Capítulo<br />

Português 4<br />

<strong>Para</strong> começar<br />

Históri<strong>as</strong> de<br />

susto e de rir<br />

Neste capítulo, identificarei o acontecimento mais importante<br />

de uma história, os encontros consonantais e os dígrafos.<br />

Leia com atenção o texto a seguir:<br />

A rosa <strong>as</strong>sombrada<br />

Há mais ou menos uns cem<br />

anos, vivia em Bom Despacho uma<br />

moça órfã que, virava e mexia, ia<br />

rezar para Santo Antônio e acabou<br />

arrumando um fã: o sacristão.<br />

Certo dia, a moça estava rezando<br />

com muito fervor. Sem perceber,<br />

pediu em voz alta:<br />

— Santo Antônio, me dá um sinal!<br />

Quero saber com quem eu vou<br />

me c<strong>as</strong>ar...<br />

O sacristão, que estava atrás do<br />

altar, aproveitou a deixa e sapecou<br />

na hora, disfarçando a voz:<br />

— Você vai c<strong>as</strong>ar com aquele<br />

que lhe entregar uma rosa bem na<br />

saída da igreja.<br />

Depois, tratou de sair pela porta da sacristia, para pegar depressa a primeira<br />

rosa no primeiro túmulo do cemitério e ir para a frente da igreja.<br />

Acontece que o túmulo era justamente o da mãe da órfã, m<strong>as</strong> o sacristão<br />

só se lembrou disso quando a moça apareceu. Sentiu um frio na espinha.<br />

Havia muita neblina naquele final de tarde chuvoso, m<strong>as</strong> mesmo <strong>as</strong>sim,<br />

olhando para o lado do cemitério, dava para <strong>ver</strong> o túmulo que tinha sido<br />

roubado.<br />

A moça vinha esbaforida com a resposta que ouvira no altar. Quando viu<br />

o sacristão lhe estender uma flor, arregalou os olhos e exclamou:<br />

— Mãe!<br />

69


Era só uma exclamação. M<strong>as</strong> o sacristão achou que a moça estava vendo<br />

a alma da mãe atrás dele.<br />

Largou a flor e saiu correndo.<br />

Vinha p<strong>as</strong>sando um rapaz bonito. Foi ele quem apanhou a rosa.<br />

Aí aconteceu uma coisa realmente estranha.<br />

A moça escutou uma voz muito clara:<br />

— Vai c<strong>as</strong>ar é com este!<br />

Dito e feito. Alguns meses depois, a moça se c<strong>as</strong>ou com o rapaz bonito.<br />

(Agora, cá entre nós, quem falou “Vai c<strong>as</strong>ar é com este” foi o sacristão –<br />

de novo. Ele olhou para trás enquanto corria, viu o rapaz entregando a flor,<br />

e adivinhou na hora.)<br />

LAGO, Ângela. A rosa <strong>as</strong>sombrada. In: Sete históri<strong>as</strong> para sacudir o<br />

esqueleto. São Paulo: Companhia d<strong>as</strong> Letrinh<strong>as</strong>, 2008. p. 35-44.<br />

70<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Con<strong>ver</strong>sa sobre o texto<br />

1. A história que acabamos de ler foi tirada do livro Sete históri<strong>as</strong> para sacudir<br />

o esqueleto. O que <strong>as</strong>susta nessa história?<br />

2. Na história, ficamos sabendo que a moça arrumou um fã na igreja, pois<br />

ia com frequência rezar para Santo Antônio. Qual expressão, presente no<br />

texto, confirma que ela ia sempre à igreja?


3. O sacristão ficou observando a moça e a ouviu fazer um pedido para<br />

Santo Antônio. Qual era esse pedido?<br />

4. Ouvindo o pedido a Santo Antônio, o sacristão tratou de dar uma resposta.<br />

Por que ele fez isso?<br />

5.<br />

No texto, o que significa a expressão “aproveitou a deixa”?<br />

6. Apesar de o sacristão ter dado a resposta para que ele fosse o pretendente,<br />

seu plano não deu certo. O que aconteceu?<br />

71


7. Normalmente, em históri<strong>as</strong> de mistério temos uma paisagem que não<br />

permite que <strong>as</strong> personagens vejam os fatos com muita clareza. Isso acontece<br />

nessa história? Como estava o tempo naquele dia?<br />

8.<br />

72<br />

A moça saiu esbaforida da igreja. Por quê?<br />

9. Quando a moça sai da igreja, o sacristão não entende por que ela diz<br />

“mãe” e interpreta mal. O que ele pensa?


10. Logo depois da fala da moça, o narrador nos diz que “era só uma exclamação”.<br />

Por que ele afirma isso?<br />

11. Apesar de toda enganação do sacristão, algo de estranho acontece na<br />

história. O quê?<br />

12. No texto, qual expressão comprova que aconteceu exatamente o que o<br />

sacristão havia dito?<br />

73


13. No fim da história, o narrador quer nos mostrar que não há tanto mistério<br />

<strong>as</strong>sim, pois foi o sacristão quem adivinhou que a moça se c<strong>as</strong>aria com o<br />

rapaz bonito. Como o narrador nos mostra isso? Além de palavr<strong>as</strong>, que sinal<br />

de pontuação usou para nos mostrar isso?<br />

14. Mesmo com a explicação do narrador, <strong>você</strong> considera essa história de<br />

mistério? Por quê?<br />

74<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

A língua em contexto<br />

No capítulo anterior, ao separarmos <strong>as</strong> sílab<strong>as</strong>, vimos que em alguns c<strong>as</strong>os<br />

<strong>as</strong> vogais podem ficar em uma mesma sílaba ou se separarem. Isso<br />

acontece também com <strong>as</strong> consoantes, que podem ficar na mesma sílaba ou<br />

se separarem, dependendo do som que possuem:<br />

Encontro consonantal é a sequência de dois ou mais sons consonantais<br />

em uma palavra.


Vejamos alguns exemplos:<br />

sacristão – atrás – aproveitou – igreja – primeira –<br />

lembrou – frio – neblina – flor – certo –<br />

depressa – frente – exclamação – altar<br />

Agora, observe que, ao separarmos <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> acima, o encontro consonantal<br />

pode ficar na mesma sílaba, sendo inseparável, ou pode ir para outra<br />

sílaba:<br />

Palavra Separação silábica<br />

sacristão sa-cris-tão<br />

aproveitou a-pro-vei-tou<br />

primeira pri-mei-ra<br />

frio frio<br />

flor flor<br />

depressa de-pres-sa<br />

exclamação ex-cla-ma-ção<br />

atrás a-trás<br />

igreja i-gre-ja<br />

lembrou lem-brou<br />

neblina ne-bli-na<br />

certo cer-to<br />

frente fren-te<br />

altar al-tar<br />

75


1. Separe <strong>as</strong> sílab<strong>as</strong> d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> a seguir e cl<strong>as</strong>sifique-<strong>as</strong> em monossílab<strong>as</strong>,<br />

dissílab<strong>as</strong>, trissílab<strong>as</strong> ou polissílab<strong>as</strong>:<br />

76<br />

fervor<br />

Palavra Separação silábica Cl<strong>as</strong>sificação<br />

sacristia<br />

disfarçando<br />

entregar<br />

primeiro<br />

lembrou<br />

clara<br />

trás<br />

entregando<br />

alguns<br />

Além do encontro consonantal, temos também o dígrafo, em que há du<strong>as</strong><br />

letr<strong>as</strong> com um mesmo som:<br />

Dígrafo é o grupo de du<strong>as</strong> letr<strong>as</strong> representando apen<strong>as</strong> um som.<br />

Vejamos alguns exemplos:<br />

<strong>as</strong>sombrada aquele<br />

despacho espinha<br />

arrumando achou<br />

que chuvoso<br />

correndo vinha<br />

quero adivinhou<br />

p<strong>as</strong>sando olhando


Os dígrafos são:<br />

ch: chuva – achar<br />

lh: galho – olhar<br />

nh: espinha – adivinhar<br />

rr: erro – arrumar<br />

ss: p<strong>as</strong>so – <strong>as</strong>sombrado<br />

gu: seguinte – guia<br />

qu: querer – aquele<br />

sc: descer – piscina<br />

sç: cresço – desça<br />

xc: exceção – excitar<br />

2. Separe <strong>as</strong> sílab<strong>as</strong> d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> a seguir e, depois, indique se el<strong>as</strong> possuem<br />

dígrafo ou encontro consonantal.<br />

Importante: Note que em algum<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> pode ocorrer dígrafo e, também,<br />

encontro consonantal!<br />

Palavra<br />

Despacho<br />

Arrumando<br />

Fervor<br />

Entregue<br />

Achou<br />

Estranha<br />

Quem<br />

Olhou<br />

Flores<br />

Separação<br />

silábica<br />

Cl<strong>as</strong>sificação<br />

O encontro consonantal aparece muito em trava-língu<strong>as</strong>, que apresentam<br />

a repetição de sons, tornando os textos engraçados.<br />

77


Observe que o próprio nome “trava-língua” demonstra que teremos um<br />

pouco de dificuldade para ler rapidamente em voz alta esse tipo de texto.<br />

78<br />

Vamos conhecer alguns:<br />

Três tigres tristes para três pratos de trigo.<br />

Três pratos de trigo para três tigres tristes.<br />

Não tem truque, troque o trinco, traga o troco e tire o trapo do prato.<br />

Tire o trinco, não tem truque, troque o troco e traga o trapo do prato.<br />

3. Quais encontros consonantais travam nossa língua nos textos anteriores?<br />

Se a aranha arranha a rã,<br />

Se a rã arranha a aranha.<br />

Como arranha a aranha a rã?<br />

Como a rã arranha a aranha?<br />

4. Nesse trava-língua, temos o dígrafo RR. Há outro dígrafo? Qual? Ele<br />

ajuda a dar ritmo ao texto?


5.<br />

a)<br />

b)<br />

6.<br />

DRkACzMAR / DREAMSTIME.COM<br />

Leia o poema a seguir:<br />

Voo<br />

Quero vi<strong>ver</strong> <strong>como</strong> p<strong>as</strong>sarinho<br />

Ter uma vida sem fim<br />

Alegre a deslizar sozinho<br />

Gostar de <strong>você</strong> e de mim.<br />

Praticar o bem e <strong>as</strong>sobiar<br />

Semear sempre e colher em paz.<br />

Livre, sem grades, planar...<br />

P<strong>as</strong>sar, com simplicidade e voar...<br />

Sentir a brisa no ar, o céu e respirar!<br />

Circule os dígrafos presentes no texto.<br />

Grife os encontros consonantais presentes no texto.<br />

Vamos ler outro poema da mesma autora?<br />

Cheiro cheiroso<br />

MIROSLAwP / DREAMSTIME.COM<br />

FREIRIA, Maria Helena.<br />

É bom sentir um cheiro<br />

De terra molhada de chuva...<br />

No lugar de capim seco e queimado,<br />

Cheiro de relva e de fruta madura!<br />

Todo esse aroma, cheiroso<br />

Que lembra p<strong>as</strong>to e quintal<br />

Cheiro de roça molhada<br />

De orvalho, na madrugada<br />

E de gado no curral<br />

FREIRIA, Maria Helena.<br />

79


a)<br />

b)<br />

80<br />

Quais palavr<strong>as</strong> do texto anterior possuem encontro consonantal?<br />

Quais dígrafos há no texto anterior? Em que palavr<strong>as</strong>?<br />

<strong>Para</strong> continuar<br />

Produção de texto<br />

Em muitos lugares do Br<strong>as</strong>il, ouvimos históri<strong>as</strong> de <strong>as</strong>sombração — muit<strong>as</strong><br />

são contad<strong>as</strong> entre <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> <strong>como</strong> forma de di<strong>ver</strong>timento, outr<strong>as</strong> ganham<br />

tanta vida que p<strong>as</strong>sam a ser relatos de acontecimentos da cidade.<br />

As históri<strong>as</strong> de <strong>as</strong>sombração percorrem cidades e até países. Muit<strong>as</strong> vezes,<br />

ganham nov<strong>as</strong> <strong>ver</strong>sões e podem ser aumentad<strong>as</strong> a cada momento em que são<br />

contad<strong>as</strong>, dependendo do narrador. Foi <strong>as</strong>sim que surgiu a expressão “Quem<br />

conta um conto aumenta um ponto”. Assim, <strong>as</strong> históri<strong>as</strong> vão se enriquecendo na<br />

voz de cada narrador diferente.<br />

Ângela Lago recontou algum<strong>as</strong> dess<strong>as</strong> históri<strong>as</strong> em seu livro Sete históri<strong>as</strong><br />

para sacudir o esqueleto. Vamos ler, agora, uma carta que a autora coloca,<br />

no fim do livro, para os leitores:


Meu querido leitor,<br />

Est<strong>as</strong> históri<strong>as</strong> quem me contou foi meu pai, n<strong>as</strong>cido<br />

e criado em Bom Despacho, Min<strong>as</strong> Gerais. São, dizia ele,<br />

c<strong>as</strong>os p<strong>as</strong>sados na família. O conto do Caio, por exemplo,<br />

explica <strong>como</strong> um parente virou fazendeiro. O dos bodes,<br />

<strong>como</strong> um tio desapareceu. E <strong>as</strong>sim por diante.<br />

Um dia escutei na escola a história da tia que<br />

resolveu cortar o caminho. Só que acontecia com outra<br />

pessoa, em Ouro Preto, bem longe de Bom Despacho. Fui<br />

conferir. Meu pai respondeu na hora:<br />

— <strong>Para</strong> <strong>você</strong> <strong>ver</strong> <strong>como</strong> <strong>as</strong> <strong>as</strong>sombrações <strong>viajam</strong>!<br />

Muito tempo depois, fiquei sabendo que o único c<strong>as</strong>o<br />

confirmado de <strong>as</strong>sombração na família era o da c<strong>as</strong>a da tia<br />

Potoca. Lá, até <strong>as</strong> galinh<strong>as</strong> andavam em fila, pelos cantos,<br />

grudad<strong>as</strong> no muro, de tanto medo. M<strong>as</strong> tia Potoca era<br />

corajosa <strong>como</strong> quê. Um dia, ela estava na rede quando<br />

seus chinelos começaram a caminhar sozinhos. Tia Potoca<br />

não se abalou:<br />

— Os chinelos <strong>você</strong> pode levar, que o meu pai é<br />

sapateiro.<br />

Vou dizer o mesmo aqui:<br />

— Ess<strong>as</strong> históri<strong>as</strong> <strong>você</strong> pode levar, que o meu pai era<br />

o contador. Agora el<strong>as</strong> são su<strong>as</strong>. Aumente um ponto. Ou<br />

dois. Ou três. Espere uma noite de trovoada ou, pelo<br />

menos, apague a luz... E conte!<br />

Ângela Lago<br />

LAGO, Ângela. Meu amigo leitor. In: Muito capeta.<br />

São Paulo: Companhia d<strong>as</strong> Letrinh<strong>as</strong>, 2004. p. 64.<br />

81


Ângela contou a seus leitores <strong>como</strong> conheceu tant<strong>as</strong> históri<strong>as</strong> de <strong>as</strong>sombração.<br />

Agora é sua vez! Con<strong>ver</strong>se com seus pais, seus parentes e seus vizinhos.<br />

Pergunte a eles se conhecem históri<strong>as</strong> de <strong>as</strong>sombração. Escolha uma del<strong>as</strong> e<br />

registre-a a seguir. E não se esqueça! Você pode aumentar muitos pontos...<br />

82


<strong>Para</strong> finalizar<br />

O que aprendi no capítulo 4? Assinalar<br />

Identifico o acontecimento mais<br />

importante de uma história.<br />

Identifico encontros consonantais.<br />

Sei o que são dígrafos.<br />

<strong>Para</strong> c<strong>as</strong>a<br />

1. Procure em jornais, revist<strong>as</strong> e panfletos cinco palavr<strong>as</strong> que<br />

apresentem encontro consonantal e cole-<strong>as</strong> no quadro a seguir:<br />

83


2. Procure em jornais, revist<strong>as</strong> e panfletos cinco palavr<strong>as</strong> que apresentem<br />

dígrafo e cole-<strong>as</strong> no quadro a seguir:<br />

84

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!