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Revista BRF Março / Abril 2012 – Edição 92 Arquivo PDF

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MARÇO/ABRIL <strong>2012</strong> - Nº- <strong>92</strong><br />

A vIdA MAIs gOstOsA<br />

<strong>BRF</strong> patRocina judô, natação e ginástica como<br />

apoio aos atletas BRasileiRos e estímulo à<br />

pRática de exeRcícios<br />

Pág. 6<br />

EQUILÍBRIO_ Executivos contam como conciliam carreira e vida pessoal <strong>–</strong> Pág. 14<br />

CONEXÃO_ Internet aproxima consumidor e empresa <strong>–</strong> Pág. 18


6<br />

Montagem com a mascote da Sadia. Criado em 1970 pelo<br />

publicitário Francesc Petit, o franguinho já ganhou vários<br />

traços, mas sempre mantém a jovialidade e o humor.<br />

Atletas: Leandro Guilheiro (Divulgação/CBJ) e<br />

Angélica Kvieczynski (Divulgação/VIPCOMM)<br />

03 CONsUMO<br />

Mais status ao queijo prato e à mussarela<br />

18<br />

06 CAPA 18 tENdÊNCIA<br />

<strong>BRF</strong> apoia atletas e incentiva prática de esportes Consumidor vira consultor de empresas<br />

12 vItRINE 20 INtERNACIONALIZAÇÃO<br />

Muito mais pizza na mesa Na busca por fornecedores globais<br />

14 COMPORtAMENtO 22 ACONtECE<br />

Como equilibrar carreira e qualidade de vida? Carne suína a caminho da China<br />

A REvIstA <strong>BRF</strong> é uma publicação<br />

periódica, de circulação externa<br />

e distribuição gratuita.<br />

Conselho Editorial: Wilson Mello,<br />

Kristhian Kaminski, Luciana Ueda,<br />

Mauricio Cherobin, Pérsio Pinheiro,<br />

Roberta Morelli<br />

Coordenação: Rosa Baptistella e Miguel Jimenez<br />

Colaboração: Roberta Pavon, Jones Broleze<br />

JBX Conteúdo e Comunicação<br />

Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044<br />

e-mail: antonia@jbxcomunicacao.com.br<br />

Coordenação Editorial: Antonia Costa<br />

Textos: Rachel Cardoso e Rosi Rico<br />

Projeto Gráfico: Graphic Designers<br />

Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego<br />

Impressão: Pancrom<br />

Tiragem: 8,5 mil exemplares<br />

SAC <strong>–</strong> <strong>BRF</strong>:<br />

0800-7017782<br />

20<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

DOSE<br />

DUPLA<br />

Sadia inveSte numa dupla deStinada ao<br />

SuceSSo e enSina que a marca do queijo<br />

é tão importante quanto à do preSunto<br />

CONsUMO<br />

O<br />

maior poder aquisitivo do<br />

brasileiro diversificou o carrinho<br />

de compras e provocou<br />

impacto positivo na demanda e<br />

consumo de derivados lácteos, em<br />

especial o queijo. Atenta a esse movimento<br />

a <strong>BRF</strong> apresenta ao mercado<br />

nacional, sob a marca Sadia, as<br />

opções de queijos prato e mussarela.<br />

Pesquisa da Associação Brasileira<br />

dos Produtores de Leite (Leite Brasil)<br />

revela que as vendas de queijo cresceram<br />

16% em 2011 na comparação<br />

com o ano anterior. Nada mal para<br />

um mercado em que o consumo per<br />

capita do produto saltou mais de 30%<br />

no período de oito anos, segundo<br />

dados da Embrapa/Scot Consultoria.<br />

Passou de 2,6 quilos/ano em 2000<br />

para 3,4 quilos/ano em 2008.<br />

<strong>BRF</strong> 3


CONsUMO<br />

Embora não exista estatística<br />

recente, a estimativa, com base no<br />

crescimento médio desse período,<br />

é que o consumo brasileiro per capita<br />

esteja em torno de 4 quilos de<br />

queijo por ano. Um volume irrisório<br />

se comparado com o dos grandes<br />

consumidores mundiais, como os<br />

países europeus. Para se ter ideia,<br />

na Grécia e na França a demanda é<br />

superior a 25 quilos/habitante/ano,<br />

quase sete vezes mais que no Brasil.<br />

Esse cenário não leva em conta<br />

apenas a renda da população, mas<br />

questões culturais.<br />

Por isso, a Sadia <strong>–</strong> referência em<br />

frios <strong>–</strong> não esconde a que veio. “Ao<br />

comprar presunto e peito de peru,<br />

por exemplo, o consumidor tem<br />

o hábito de pedir pela marca. No<br />

entanto, observamos que o mesmo<br />

não acontece com os queijos<br />

mussarela e prato. Vamos trabalhar<br />

para mudar este costume”, diz<br />

Fábio Medeiros, vice-presidente da<br />

unidade de lácteos da <strong>BRF</strong>. “Esse é<br />

um produto frequente na mesa dos<br />

brasileiros. Todas as classes sociais<br />

Os queijos Sadia<br />

são os primeiros<br />

no Brasil a usar<br />

embalagem Easy<br />

Open, que evita<br />

uso de facas na<br />

abertura da peça<br />

o consomem cerca de três vezes<br />

por semana.”<br />

Trata-se de uma excelente oportunidade<br />

de negócios e as investidas<br />

de marketing estão a toda. “É<br />

um segmento que apresenta crescimento<br />

constante. Anualmente são<br />

vendidas aproximadamente 700 mil<br />

toneladas de queijos no país, com a<br />

participação predominante de mussarela<br />

e prato”, destaca Medeiros.<br />

Agora o consumidor brasileiro já<br />

pode pedir o queijo pela marca tudo<br />

Fábio Medeiros, vice-presidente<br />

da unidade de lácteos da <strong>BRF</strong><br />

Fotos: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

pode<br />

A versatilidade do queijo faz com que ele integre desde o café da manhã, o almoço e o<br />

jantar até o aperitivo, o lanche e a ceia, sem conflito de identidade. Por isso, o produto<br />

costuma ser um aliado no dia a dia e está sempre presente na geladeira. Confira!<br />

sOPAs<br />

Nove entre 10 pessoas<br />

consomem com queijos<br />

PIZZAs<br />

As mais populares têm queijo<br />

em generosa quantidade<br />

gRAtINAdOs<br />

A finalização que conta com a<br />

participação especial do queijo<br />

sALAdAs<br />

Ficam muito saborosas<br />

com queijo ralado<br />

tORtAs<br />

Praticamente todas as<br />

receitas levam queijo<br />

sANdUÍCHEs<br />

Ocupa lugar de destaque no<br />

lanche e enriquece as refeições<br />

AO NAtURAL<br />

Petiscos para acompanhar<br />

qualquer tipo de bebida<br />

4 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 5


Foto: Divulgação<br />

EsPORtEs<br />

Motive-se<br />

coM os<br />

caMpeões<br />

6 <strong>BRF</strong><br />

O ex-nadador Gustavo Borges,<br />

quatro vezes medalhista olímpico,<br />

é embaixador da Sadia na<br />

área de esportes<br />

ao patrocinar confederaçõeS<br />

como aS de judô, deSportoS<br />

aquáticoS e gináStica, a Sadia<br />

ajuda no deSenvolvimento<br />

de atletaS braSileiroS e ainda<br />

eStimula a população a<br />

praticar exercícioS fíSicoS<br />

O<br />

interesse de Gustavo Borges pela natação surgiu na infância,<br />

quando ele resolveu acompanhar amigos que já praticavam<br />

o esporte. Leandro Guilheiro começou com as aulas de judô<br />

no colégio onde estudava. Nessa época, nenhum dos dois pensava<br />

em competir e se tornar campeão olímpico. Era apenas prazer.<br />

O melhor de praticar esportes é isso: poder se exercitar e se divertir<br />

ao mesmo tempo, desenvolvendo não apenas a capacidade física, mas<br />

também as habilidades sociais. E isso está ao alcance de todos, não<br />

apenas de atletas profissionais. “As pessoas às vezes acham que aquilo<br />

não é para elas. Mas esporte não é um<br />

bicho de sete cabeças. Experimentar<br />

é o primeiro passo. Depois os resultados<br />

sem dúvida são muito gratificantes”,<br />

diz Gustavo. “Nosso corpo<br />

muda, temos aquela sensação de<br />

bem-estar à medida que evoluímos<br />

e isso tudo eleva nossa autoestima”,<br />

completa Leandro.<br />

Leandro Guilheiro, dono de duas<br />

medalhas olímpicas e que este<br />

ano assumiu a liderança do<br />

ranking mundial de judô<br />

Foto: Divulgação/CBJ


Foto: Divulgação/CBJ<br />

EsPORtEs<br />

É também como um convite para<br />

que as pessoas experimentem a gostosa<br />

sensação de melhorar a saúde<br />

enquanto se divertem que a Sadia<br />

investe no esporte brasileiro. A marca<br />

Sadia é patrocinadora principal<br />

da Confederação Brasileira de Judô<br />

(CBJ), copatrocinadora da Confederação<br />

Brasileira de Ginástica (CBG) e<br />

apoiadora da Confederação Brasileira<br />

de Desportos Aquáticos (CBDA) <strong>–</strong><br />

organizações que, juntas, reúnem milhares<br />

de praticantes. “Para a Sadia,<br />

incentivar o esporte é uma forma de<br />

estimular pessoas de todas as faixas<br />

etárias a adquirir hábitos saudáveis e<br />

equilibrados”, diz Eduardo Bernstein,<br />

diretor de Marketing da <strong>BRF</strong>.<br />

O investimento inclui também<br />

patrocínios individuais de atletas profissionais,<br />

como Leandro Guilheiro<br />

<strong>–</strong> dono de duas medalhas olímpicas<br />

e que este ano assumiu a liderança<br />

do ranking mundial de judô <strong>–</strong>, e ex-<br />

-atletas, como Gustavo Borges, que<br />

ganhou quatro medalhas olímpicas<br />

8 <strong>BRF</strong><br />

e 19 de jogos pan-americanos. Isso<br />

porque a empresa sabe que atletas e<br />

seleções com bom desempenho servem<br />

como exemplo. O objetivo, portanto,<br />

não é apenas garantir estrutura<br />

para que eles busquem resultados<br />

positivos para o país. “É personificar<br />

os valores que queremos transmitir<br />

aos consumidores Sadia”, explica<br />

Bernstein. Por isso, Gustavo é o embaixador<br />

da iniciativa. “Ele inspira<br />

comportamentos e orienta atitudes”,<br />

diz o executivo. Determinado, disciplinado<br />

e com uma imagem que<br />

transmite felicidade, Gustavo continua<br />

a praticar esportes regularmente<br />

mesmo depois de deixar as competições<br />

oficiais. E não apenas natação,<br />

mas também tênis e corrida.<br />

CORPO, MENtE E EsPÍRItO_<br />

Dentre os valores que a Sadia quer<br />

propagar, aqueles ligados ao judô são<br />

destaques. A atividade, que surgiu no<br />

Japão e chegou ao Brasil na década<br />

de 1<strong>92</strong>0, fortalece corpo, mente e espírito<br />

de forma integrada, um aprendizado<br />

que serve como educação para<br />

a vida. Muito popular entre crianças<br />

e jovens, o judô tem três milhões de<br />

praticantes no país, 700 mil atletas<br />

federados e é uma das modalidades<br />

com mais conquistas olímpicas.<br />

Além de patrocinar a CBJ, o que<br />

inclui recursos para as equipes femininas<br />

e masculinas de todas as<br />

categorias, a Sadia é a fornecedora<br />

oficial de alimentos para os judocas<br />

da Seleção Brasileira. Também são<br />

judocas três dos cinco atletas com<br />

patrocínio individual da empresa:<br />

Leandro Guilheiro, 28 anos, Sarah<br />

Menezes, de 21 anos, e Flávia Gomes,<br />

de 17 anos.<br />

Os três têm ótimas chances de aumentar<br />

o número de vitórias do Brasil<br />

no judô, tanto na Olimpíada de Londres<br />

deste ano quanto na do Rio, em<br />

2016. Leandro já conquistou sua vaga<br />

nos jogos londrinos. Sarah, bronze no<br />

Pan de Guadalajara, realizado no ano<br />

passado, e prata no Gram Slam de Paris,<br />

disputado em fevereiro deste ano,<br />

também deverá estar lá. Flávia, campeã<br />

do Mundial Júnior na Hungria,<br />

em 2009, e ouro no Pan-Americano<br />

Sub-20 do Chile, em 2011, é considerada<br />

uma das promessas brasileiras<br />

para a competição no Rio.<br />

O quinto atleta da família Sadia é<br />

Bruno Fratus, nadador que ganhou o<br />

ouro no revezamento 4x100 metros livres<br />

e a prata nos 50 metros livres durante<br />

o Pan de Guadalajara, e também<br />

deverá estar presente em Londres.<br />

Sarah Menezes, vencedora<br />

do bronze no Pan de<br />

Guadalajara, em ação<br />

Sadia é a<br />

fornecedora oficial<br />

de alimentos<br />

para judocas e<br />

nadadores da<br />

Seleção Brasileira<br />

Comemoração dupla para<br />

Bruno Fratus em Guadalajara:<br />

ouro no revezamento 4x100<br />

e prata nos 50 metros livres<br />

PLANEjAMENtO E tRANQUILIdAdE_ Os cinco sabem bem as dificuldades<br />

enfrentadas por um atleta de alto rendimento, que precisa enfrentar a rotina<br />

de treinos e a pressão por resultados. “A competitividade é extrema. Por causa<br />

dela, o atleta deve planejar cada vez melhor sua temporada, cuidar sempre do<br />

corpo e buscar a evolução diariamente”, diz Leandro.<br />

Para que esse planejamento seja bem-sucedido, patrocínios como o da Sadia<br />

são fundamentais. “O atleta tem a oportunidade de treinar e competir sem<br />

se preocupar em obter recursos para custear despesas básicas”, diz Sarah.<br />

“Além da parte financeira, a Sadia me passa a tranquilidade de ter a minha<br />

imagem e meu nome associados a uma marca sólida e reconhecida. Assim,<br />

preciso apenas focar no meu resultado dentro das piscinas”, completa Bruno.<br />

<strong>BRF</strong> 9<br />

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM


EsPORtEs<br />

POPULAR E COMPLEtO_<br />

Considerado um dos esportes<br />

mais completos, a<br />

natação é praticada por<br />

11 milhões de pessoas<br />

no Brasil, sendo 100 mil<br />

atletas federados. Um<br />

dos principais atrativos é<br />

o fato de, por ser praticada<br />

na água, não causar impacto<br />

nas articulações nem na<br />

musculatura, o que diminui consideravelmente<br />

os riscos de lesões.<br />

A natação é um dos esportes<br />

mais antigos. Nos Jogos Olímpicos,<br />

por exemplo, está desde a primeira<br />

edição da era moderna, realizada<br />

em Atenas em 1896. Nas suas diversas<br />

categorias, o Brasil já conquistou<br />

várias medalhas com nomes como<br />

Ricardo Prado, Gustavo Borges e<br />

Cesar Cielo, entre outros.<br />

Mas o apoio da Sadia na CBDA<br />

não é direcionado apenas à natação.<br />

Abrange também as equipes de nado<br />

sincronizado, polo aquático, saltos<br />

ornamentais e maratona aquática. A<br />

empresa também é fornecedora exclusiva<br />

de alimentos da confederação,<br />

o que garante aos atletas acesso a<br />

uma alimentação saudável e gostosa.<br />

PRECIsÃO E LEvEZA_ A relação<br />

da Sadia com a ginástica rítmica é<br />

longa. Começou em 1996, quando<br />

RELAÇÃO dURAdOURA<br />

a empresa criou uma escolinha<br />

para filhas de funcionários e meninas<br />

da comunidade de Toledo, no<br />

Paraná. Hoje são atendidas cerca<br />

de 1.500 meninas.<br />

Desse projeto nasceu a equipe<br />

profissional, patrocinada pela Sadia<br />

desde 2000, em parceria com o Sesi<br />

e a prefeitura. A empresa oferece,<br />

atualmente, estrutura completa para<br />

o desenvolvimento de atletas de<br />

base e também de alto rendimento.<br />

Dentre as muitas conquistas estão as<br />

duas medalhas de bronze e uma de<br />

prata de Angélica Kvieczynski nos<br />

Jogos de Guadalajara.<br />

Praticada apenas por mulheres,<br />

a ginástica rítmica envolve movimentos<br />

de corpo e dança com o<br />

manejo de fitas, cordas, bolas, arcos<br />

e maças, e desenvolve flexibilidade,<br />

concentração, coordenação motora<br />

e expressão artística. A atividade<br />

faz parte das modalidades ligadas à<br />

Confederação Brasileira de Ginástica,<br />

também patrocinada pela Sadia,<br />

ao lado das ginásticas olímpica, de<br />

trampolim e aeróbica.<br />

Todos esses patrocínios são de<br />

longo prazo, o que demonstra a<br />

preocupação da Sadia no desenvolvimento<br />

contínuo dessas modalidades,<br />

principalmente tendo em vista<br />

os Jogos Olímpicos de 2016, que serão<br />

realizados no Rio de Janeiro.<br />

Com isso, além da formação de<br />

atletas de ponta, a marca espera<br />

multiplicar o número de pessoas<br />

que descobrem o<br />

prazer nos esportes.<br />

Equipe pré-infantil da Sadia/<br />

Prefeitura de Toledo/Sesi, campeã<br />

do Campeonato Brasileiro<br />

Infantil e Pré-Infantil de Ginástica<br />

Rítmica de 2011, em Manaus<br />

ANOs 60 1989 A 1991 1996 Até HOjE 2005 A 2008 2007 Até HOjE 2011 / <strong>2012</strong><br />

Mantém programas esportivos<br />

para funcionários e familiares,<br />

em uma época em que responsabilidade<br />

social ainda era um<br />

tema distante da maioria das empresas<br />

brasileiras.<br />

Impulsiona o vôlei brasileiro ao<br />

formar uma equipe feminina <strong>–</strong><br />

a primeira do país gerenciada<br />

por uma empresa <strong>–</strong> com jogadoras<br />

como Isabel, Ana Moser e<br />

Fernanda Venturini.<br />

Cria uma escolinha de ginástica<br />

rítmica para as filhas de funcionários<br />

e meninas da comunidade de<br />

Toledo (PR). Desse projeto nasce<br />

a equipe profissional de Ginástica<br />

Rítmica Sadia, em 2000.<br />

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM<br />

Nesse período, que incluiu os Jogos<br />

Pan-americanos do Rio 2007 e<br />

a Olimpíada de Pequim de 2008,<br />

torna-se uma das seis empresas<br />

patrocinadoras do Comitê Olímpico<br />

Brasileiro (COB).<br />

Implanta o Projeto Atletas do Futuro,<br />

em parceria com o Sesi, que<br />

oferece aulas de ginástica rítmica<br />

para mais de seis mil crianças e<br />

jovens em cidades de Santa Catarina,<br />

Paraná e Mato Grosso.<br />

Entre os atletas<br />

Sadia estão<br />

profissionais<br />

consagrados,<br />

promessas e<br />

esportistas com<br />

grandes chances<br />

de conquistas<br />

na próxima<br />

Olimpíada<br />

Foto: Divulgação<br />

Torna-se patrocinadora da Confederação<br />

Brasileira de Judô, copatrocinadora<br />

da Confederação<br />

Brasileira de Ginástica e apoiadora<br />

da Confederação Brasileira de<br />

Desportos Aquáticos.<br />

ESPORTE É<br />

PERSPECTIVA<br />

Além de prazeroso e saudável, o esporte também<br />

pode ser um eficaz instrumento para inclusão social. Por<br />

acreditar nessa filosofia, a <strong>BRF</strong> patrocina, desde 2009, o<br />

Instituto Lançar-se para o Futuro, que atende cerca de<br />

600 crianças e jovens com idades entre 9 e 20 anos na<br />

comunidade carente de Curicica, no Rio de Janeiro.<br />

A iniciativa, idealizada pelo professor Paulo Servo,<br />

oferece educação, alimentação, saúde e disciplina<br />

por meio do atletismo. A marca Sadia participa<br />

do projeto com o patrocínio de atletas<br />

como, por exemplo, Rosangela Santos,<br />

que no ano passado conquistou medalha<br />

de ouro nos 100 metros rasos no Pan de<br />

Guadalajara <strong>–</strong> a primeira medalha de uma<br />

brasileira desde o Pan de Caracas,<br />

em 1983. “É muito gratificante oferecer<br />

uma oportunidade<br />

de<br />

vida melhor<br />

a centenas<br />

de crianças<br />

que viviam sem perspectivas<br />

e que agora poderão contar<br />

com alimentação adequada, educação<br />

e prática esportiva. Nossa<br />

satisfação será ainda maior se<br />

conseguirmos formar futuros<br />

atletas de ponta, alimentando o<br />

sonho de um Brasil campeão”,<br />

diz José Antonio Fay, presidente<br />

da <strong>BRF</strong>.<br />

Rosangela Santos, a primeira<br />

brasileira a ganhar ouro<br />

nos 100 metros rasos em um<br />

Divulgação/VIPCOMM<br />

Pan, após mais de 20 anos Foto:<br />

10 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 11


vItRINE<br />

REdONdA & FAMOsA<br />

Inspirada nas mais diversas culturas, a pizza evolui constantemente.<br />

Mas quando os italianos adicionaram o tradicional tomate<br />

na sua confecção, a iguaria ainda era apreciada com recheio,<br />

dobrada ao meio, como sanduíche. O atual disco de massa assada<br />

com ingredientes a gosto só ganhou fama em Nápoles, graças à<br />

habilidade de um padeiro a serviço da rainha Margherita, a quem<br />

ele homenageou ao confeccionar uma pizza imitando as cores da<br />

bandeira italiana <strong>–</strong> branco, vermelho e verde <strong>–</strong>, usando mussarela,<br />

tomate e manjericão.<br />

A nova receita deu origem à primeira pizzaria conhecida, a<br />

Port’Alba, point onde artistas célebres, como o escritor Alexandre<br />

Dumas, se encontravam.<br />

A pizza desembarcou no Brasil com os imigrantes italianos, celebrizando<br />

o Brás, bairro da capital paulista. Aliás, a cidade de São<br />

Paulo registra o segundo maior consumo de pizzas do mundo, atrás<br />

apenas de Nova York, segundo o site Pizza Mídia. Os países em que<br />

PIZZAs sAdIA_ Nos sabores Pepperoni,<br />

Mussarela com Bacon, Marguerita e Portuguesa<br />

mais se come pizza são Estados Unidos e Brasil. Aqui são consumidas<br />

por dia 1,5 milhão de unidades.<br />

Inspiração para muitos mundo afora, ela destaca-se na animação<br />

“A Fantástica História da Pizza”, de Maurizio Forestieri, e também no<br />

famoso jogo Pac-Man: você o acha igualzinho a uma pizza, só que<br />

com uma fatia a menos? Foi exatamente essa a inspiração do designer<br />

japonês Toru Iwatani, em 1980.<br />

Com a nova linha de pizzas Sadia, é possível experimentar, além<br />

da tradicional Marguerita <strong>–</strong> que tanto fascinou a rainha italiana <strong>–</strong>, os sabores<br />

Portuguesa, Pepperoni, Mussarela com Bacon, as versões “meio<br />

a meio”, lançadas pela primeira vez pela marca: Meia Mussarela/Meia<br />

Calabresa e Meia Mussarela/Meia Frango com Catupiry. E para incrementar<br />

ainda mais essas opções, a Sadia apresenta também os Sabores<br />

da Itália: Formaggi Speciali (queijos gorgonzola, mussarela, emmental<br />

e grana padano), Receita do Nonno (queijo Edam, presunto defumado<br />

e presunto cru) e La Vera Margherita (mussarela, tomate e manjericão).<br />

MEIO A MEIO_ Frango com Catupiry<br />

e Mussarela; e Calabresa e Mussarela<br />

sABOREs dA ItÁLIA_ Receita do Nonno,<br />

Formaggi Speciali e La Vera<br />

Margherita (<strong>Edição</strong> limitada)<br />

12 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 13


COMPORtAMENtO<br />

a aRte<br />

do equilíBRio<br />

ExEcutivos E opErários<br />

contam como<br />

consEguEm conciliar<br />

carrEira E vida pEssoal<br />

ou quem se revela hábil para tratar<br />

situações difíceis, para controlar<br />

“Que<br />

situações adversas”. Essa é a definição<br />

do dicionário Houaiss para “equilibrista”,<br />

no sentido figurado. No cotidiano, a palavra<br />

pode muito bem ser aplicada como adjetivo<br />

para aqueles que conseguem conciliar bem<br />

carreira e vida pessoal. Encontrar a medida<br />

ideal é a busca tanto de homens quanto de<br />

mulheres, em uma época em que as ambições,<br />

bem como a crença de que não basta<br />

ter sucesso profissional, não têm mais gênero.<br />

É preciso também ter qualidade de vida. E<br />

o que é qualidade de vida? Para a maioria é<br />

equilibrar-se entre profissão, família, amigos<br />

e desejos pessoais.<br />

Disciplina e paixão_ Filho<br />

de imigrantes espanhóis e italianos,<br />

Luiz Henrique Lissoni estudou grande<br />

parte da vida em escolas católicas<br />

jesuítas, diferentemente de sua<br />

mãe não alfabetizada. A disciplina,<br />

portanto, esteve presente em seu dia<br />

a dia desde muito cedo. “As rotinas<br />

eram duras, pois havia hora certa<br />

para as orações, para o hino nacional<br />

e o uniforme devia estar impecável”,<br />

recorda o atual vice-presidente<br />

de Supply Chain da <strong>BRF</strong>.<br />

Além da disciplina, faz parte de<br />

sua receita pessoal a paixão. “É preciso<br />

ser passional. Sou um eterno<br />

apaixonado pelo meu trabalho, pela<br />

minha mulher, pelos filhos, pelas<br />

coisas que eu me disponho a fazer.<br />

Sem paixão a vida é triste, vazia”.<br />

Esses princípios básicos foram<br />

importantes na construção de sua<br />

carreira, embora a vida hoje seja<br />

muito diferente. “Quando comecei o<br />

trabalho no ramo de alimentos não<br />

tinha sábado livre, e dobrava o turno<br />

em épocas em que os demais descansavam,<br />

como Natal e Ano-Novo”.<br />

Para Luiz Henrique, “o sucesso<br />

está no malabarismo de cinco bolas:<br />

trabalho, amigos, família, saúde e o<br />

eu espiritual. Algumas delas são de<br />

vidro, se caírem quebram de forma<br />

irrecuperável, outras são de borracha,<br />

pulam e voltam. Cabe a cada<br />

um de nós entender qual é qual”.<br />

Ter apoio de uma equipe competente<br />

também faz diferença. “É importante<br />

somar as competências, formar<br />

um time forte, equilibrado. Assim<br />

conseguimos jantar com a família na<br />

hora do jantar de fato, compartilhar<br />

os feitos e desafios com a esposa, ouvir<br />

dos filhos as histórias do dia”.<br />

Fora do trabalho, o executivo<br />

busca se revigorar no contato com<br />

a natureza. Luiz Henrique faz trilhas<br />

off-road de moto ou com um 4x4,<br />

nas serras da Canastra, Bocaina e<br />

Mantiqueira, na África, no Atacama<br />

e até no Alasca. “Ou simplesmente<br />

pego a moto e saio pela rodovia<br />

Castelo Branco, em São Paulo, para<br />

respirar o ar fresco da noite. Isso me<br />

dá forças para tomar decisões difíceis<br />

como recusar uma promoção<br />

no México para ficar<br />

mais perto da minha<br />

filha mais velha, que<br />

não me acompanharia”,<br />

conta. “Abri mão<br />

de um pulo na minha<br />

carreira na época e, o<br />

que inicialmente pare-<br />

ceu uma perda, foi recompensado,<br />

pois nos aproximamos muito e novas,<br />

e melhores, oportunidades de<br />

trabalho apareceram finalmente! A<br />

expatriação quebraria o equilíbrio<br />

familiar naquele período”.<br />

“Simplesmente quebrar a rotina,<br />

ficar quieto por alguns instantes já<br />

ajuda. De um jeito ou de outro tudo<br />

se resolve. O importante é estar feliz<br />

fazendo o que dá prazer, junto de<br />

quem é importante”.<br />

Tempo para viajar_ Em 2007,<br />

Fabricio Pereira Leite, que já havia<br />

trancado a faculdade no Rio Grande<br />

do Sul para ganhar fluência no inglês<br />

em Chicago, nos Estados Unidos, trabalhava<br />

na operação africana da Perdigão<br />

a partir de Dubai, nos Emirados<br />

Árabes. Três anos depois, foi um dos<br />

primeiros da companhia <strong>–</strong> que, após<br />

a fusão com a Sadia, em 2009, passou<br />

a se chamar <strong>BRF</strong> <strong>–</strong> a desembarcar na<br />

África do Sul para a abertura de um<br />

escritório em Joanesburgo.<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

Luiz Henrique Lissoni,<br />

vice-presidente de<br />

Supply Chain da <strong>BRF</strong><br />

14 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 15


COMPORtAMENtO<br />

Hoje, Fabricio, 35 anos, trabalha<br />

como gerente regional de vendas<br />

para a África e mora na maior<br />

cidade do país com a esposa e dois<br />

filhos pequenos <strong>–</strong> uma menina de<br />

dois anos, que nasceu em Dubai, e<br />

um garoto de um ano, nascido em<br />

solo africano.<br />

Apesar de já ter conhecido e vivido<br />

em muitos lugares diferentes, o<br />

executivo quer mais. Para Fabricio,<br />

uma das principais motivações para<br />

batalhar e conciliar ascensão profissional<br />

e qualidade de vida é ter tempo<br />

e dinheiro para viajar e descansar<br />

com a família. O executivo se organiza<br />

para tirar férias duas vezes ao ano<br />

e poder conhecer novas culturas ou<br />

simplesmente relaxar. Procura também<br />

aproveitar os finais de semana<br />

para realizar pequenas viagens.<br />

Fabricio também mantém a casa<br />

no Brasil, embora não tenha planos<br />

de voltar a morar no país, onde costuma<br />

passar duas semanas por ano.<br />

Estar fora do país também trouxe<br />

a possibilidade de morar perto<br />

do trabalho e almoçar frequentemente<br />

com a mulher. “Sempre marcamos<br />

em algum restaurante próximo<br />

ao escritório da <strong>BRF</strong>”. E ainda<br />

sobra tempo para a academia, em<br />

que costuma praticar esteira e remo,<br />

das 6h30 às 7h30 diariamente. “Não<br />

troco esse ritmo por nada”, afirma<br />

Fabricio. “O trabalho não pode ser<br />

um fardo”.<br />

Perseverança é Paciência_<br />

A rotina é intensa. Miguel Angel<br />

Bermejo, diretor regional de RH do<br />

Grand Hyatt São Paulo, começa<br />

a responder e-mails que recebeu<br />

durante a noite, de diversas<br />

partes do mundo onde<br />

sua empresa mantém negócios,<br />

ainda em sua casa, logo<br />

cedo. No escritório, seguem-se<br />

reuniões, conference calls e encontros<br />

com colegas de trabalho.<br />

Mesmo depois do expediente<br />

não é raro continuar a trabalhar.<br />

“Acredito que a tecnologia veio<br />

para facilitar a nossa vida. Às vezes<br />

até consigo responder algumas<br />

coisas em uma parada da bicicleta.”<br />

Miguel também consegue ganhar<br />

tempo fazendo as refeições no<br />

próprio hotel. “Por sorte, temos um<br />

restaurante de colaboradores que<br />

serve refeições equilibradas, o que<br />

me permite manter uma alimentação<br />

saudável”, diz o executivo, que<br />

está há 20 anos no Hyatt, com períodos<br />

em unidades do grupo no Chile<br />

e na Espanha.<br />

Nos finais de semana, pratica<br />

mountain bike com a Tribo do Pedal<br />

Selvagem, em Mairiporã. Quando<br />

não consegue ir até lá, pedala pela<br />

ciclovia de São Paulo. “Claro que não<br />

é a mesma sensação, mas ajuda. Gosto<br />

também muito de ir ao<br />

cinema, ao teatro, de ler<br />

e de outros esportes de<br />

aventura, como o balonismo”,<br />

conta Miguel.<br />

Separado, tem namorada<br />

e é pai de uma garota<br />

de 20 anos.<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

De cima para baixo, Sandra<br />

Maria Pinto, funcionária da <strong>BRF</strong><br />

em Videira; Fabricio Pereira Leite,<br />

gerente regional de vendas da<br />

<strong>BRF</strong> para a África; Miguel Angel<br />

Bermejo, diretor regional de<br />

RH do Grand Hyatt São Paulo<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

Conciliar todas essas atividades<br />

nem sempre é fácil, mas é possível. “Antigamente,<br />

era bem mais difícil porque<br />

eu não conseguia dar prioridade às<br />

coisas que realmente importam. Hoje,<br />

consigo coordenar todas as minhas<br />

atividades, e parece que o dia é bem<br />

mais longo do que era antes”, diz o<br />

executivo, ressaltando que mesmo<br />

durante algumas viagens a negócio<br />

consegue prolongar sua estadia para “aproveitar<br />

um pouco mais com meus entes queridos”.<br />

Sua filha, por exemplo, faz faculdade no Chile<br />

e se prepara para ir à Espanha terminar os estudos,<br />

seguindo a mesma trilha do pai.<br />

Mais do que organização, segundo<br />

Miguel, é essencial<br />

paixão pelo trabalho,<br />

que ocupa grande<br />

parte da vida.<br />

“Quando você<br />

escolhe como<br />

profissão aquilo<br />

que ama,<br />

tem qualidade<br />

de vida”, acredita<br />

o executivo.<br />

Mas não<br />

só. “Hoje em dia,<br />

os jovens acreditam<br />

que carreira deve ser<br />

seguida de promoções de<br />

curto prazo, porém o que te<br />

faz mais forte como profissional<br />

são as mesmas virtudes das<br />

culturas milenares. Perseverança é<br />

paciência. Ao longo dos anos, trabalhando<br />

em diversos países, aprendi a esperar pelas<br />

oportunidades no momento certo e aproveitar<br />

a companhia daqueles que cruzam meu<br />

caminho. Aprender com esses momentos me<br />

tornou um profissional mais completo.”<br />

Divisão De tarefas_ Mesmo durante a semana,<br />

Sandra Maria Pinto, 37, faz questão de reservar<br />

uma hora para seu hobby preferido: caminhar.<br />

E sempre que pode leva junto os filhos, Michel, de<br />

7 anos, Leonardo, de 9, e Eduardo, de 18. Também<br />

costuma tomar sorvete com os filhos depois do<br />

trabalho e ainda organiza festinhas nos finais de<br />

semana para reunir os amigos.<br />

Para tanto conta com muita disciplina e a<br />

ajuda de Marcos Fumagalli, com quem é casada<br />

há 20 anos. “Meu marido é muito consciente”.<br />

Os dois se conheceram na unidade da <strong>BRF</strong> em<br />

Videira, Santa Catarina, onde trabalham até hoje.<br />

Ela, das 7h00 às 17h00, e ele, das 4h00 às 13h48.<br />

Na rotina familiar, os dois filhos mais<br />

novos estudam um pela manhã e o<br />

outro à tarde. O mais velho trabalha<br />

na <strong>BRF</strong>. Desde pequenos, os<br />

meninos foram educados para<br />

ser independentes e também<br />

para ajudar uns aos outros.<br />

Mesmo os menores sabem<br />

a hora de tomar banho e<br />

se trocar para ir à escola, e<br />

também como esquentar a<br />

própria comida, cuidadosamente<br />

arrumada em pratos<br />

individuais preparados antecipadamente<br />

por Sandra.<br />

“Eles sabem que precisamos<br />

trabalhar e aprenderam<br />

a tomar decisões sozinhos<br />

logo cedo”.<br />

As tarefas domésticas são<br />

divididas entre ela, o marido e os<br />

filhos. “Claro que às vezes preciso dar<br />

um puxão de orelha nos meninos, mas eles<br />

sabem que, se não ajudarem, não consigo<br />

vencer e não teremos tempo para lazer.”<br />

O fato de morar há 10 minutos do trabalho<br />

facilita bastante. Mas o principal, garante<br />

Sandra, é a união familiar.<br />

<strong>BRF</strong> 17


tENdÊNCIA<br />

INtERNEt APROXIMA<br />

CONsUMIdOREs<br />

E EMPREsAs<br />

contato direto permite a clienteS<br />

opinar Sobre produtoS e até<br />

meSmo ajudar a deSenvolvê-loS<br />

Quando a <strong>BRF</strong> lançou os sanduíches<br />

Hot Pocket, da marca Sadia,<br />

vários consumidores comentaram<br />

na internet que o produto<br />

ficaria ainda melhor se fosse acompanhado<br />

por um molho. Atenta a essas<br />

opiniões, a empresa resolveu criar<br />

uma campanha para que os próprios<br />

consumidores escolhessem quais sabores<br />

deveria colocar no mercado. A ação<br />

foi feita por meio de jogos no Facebook<br />

e no Twitter, e também na Campus Party,<br />

evento tecnológico realizado em São<br />

Paulo em fevereiro. Os dois sabores mais<br />

votados serão lançados em abril.<br />

A iniciativa ilustra bem como a relação<br />

entre empresas e consumidores<br />

mudou após a popularização da internet,<br />

principalmente com o sucesso de<br />

redes sociais e blogs. Antes os consumidores<br />

entravam em contato com o<br />

SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)<br />

das empresas e precisavam esperar<br />

alguns dias para receber uma resposta.<br />

Agora, essa dinâmica é diferente.<br />

A velocidade da internet exige prontidão.<br />

“No Twitter, por exemplo, o consumidor<br />

espera ser respondido em, no máximo,<br />

uma hora”, diz Beth Furtado, sócia-diretora<br />

da Alia Consultoria e Marketing.<br />

Dois novos lanches<br />

de Hot Pocket<br />

serão definidos por<br />

votação on-line<br />

Se o comentário for sobre alguma<br />

insatisfação do cliente, o risco<br />

para as empresas que não respondem<br />

prontamente está na proporção<br />

que aquilo pode adquirir.<br />

“Pode virar uma bola de neve<br />

e causar um estrago grande na<br />

[imagem] marca”, diz a consultora.<br />

Além de rapidez, é preciso<br />

transparência e clareza nas respostas.<br />

“As empresas estão cada vez mais<br />

expostas por meio das redes sociais,<br />

blogs e vários outros novos meios de<br />

comunicação. Não podemos mais<br />

ter aquela respostinha padrão. Precisamos<br />

dar uma resposta mais qualificada,<br />

até porque agora ela vai por<br />

escrito e é vista por muito mais gente”,<br />

diz Eduardo Bernstein, diretor de<br />

Marketing de Carnes da <strong>BRF</strong>. Segundo<br />

o executivo, as menções em sites<br />

e redes sociais sobre as marcas da<br />

companhia cresceram de 14 mil para<br />

21 mil na comparação entre janeiro<br />

do ano passado e deste ano.<br />

NOvAs OPÇõEs_ Para as companhias<br />

que estiverem preparadas,<br />

as mudanças podem ser muito úteis,<br />

afinal o consumidor, agora, pode<br />

Campus Party, evento<br />

tecnológico realizado<br />

em São Paulo<br />

atuar como um consultor. “Já é fato.<br />

Há consumidores fazendo escolhas<br />

para as empresas e até mesmo participando<br />

como cocriadores de produtos<br />

ou ajudando no desenvolvimento<br />

de conceitos”, conta Furtado.<br />

É o que aconteceu na ação de<br />

Hot Pocket. “Sem a colaboração<br />

dos consumidores, teríamos de fazer<br />

pesquisas de mercado e o lançamento<br />

seria só no fim do ano”,<br />

diz Bernstein. Outra iniciativa da<br />

<strong>BRF</strong> para ampliar sua relação com<br />

os internautas foi a criação, no ano<br />

passado, do site www.meulivrodereceitas.com.br.<br />

Nele, cada pessoa<br />

pode, por meio de cadastro no<br />

Facebook, criar seu próprio livro<br />

de receitas com informações sobre<br />

seus pratos favoritos, e compartilhá-las<br />

com amigos.<br />

Ao criar uma experiência positiva,<br />

a empresa se aproxima do consumidor,<br />

que espalha para seus contatos<br />

como foi bem-sucedida aquela<br />

relação. “Antigamente quem tinha<br />

força eram as empresas, agora são<br />

os consumidores, que descobriram<br />

que não estão sozinhos, mas em<br />

rede”, completa Furtado.<br />

18 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 19<br />

Foto: Studio Rebizzi


INtERNACIONALIZAÇÃO<br />

do<br />

BRAsIL<br />

paRa o<br />

MUNdO<br />

time internacional da área de SuprimentoS deSenvolve<br />

carteira de fornecedoreS globaiS<br />

Alinhada à estratégia da <strong>BRF</strong><br />

para se tornar uma multinacional<br />

brasileira, a área de Suprimentos<br />

estruturou-se para buscar fornecedores<br />

globais que atendam aos<br />

padrões corporativos relacionados<br />

às especificações técnicas, à qualidade<br />

de produtos e ao nível de serviço<br />

exigidos por uma empresa com essa<br />

vocação e que já é uma das maiores<br />

exportadoras do país. Somam-se ao<br />

leque custos competitivos e respeito<br />

aos conceitos de sustentabilidade<br />

adotados pela empresa.<br />

O início do processo, em outubro<br />

de 2010, foi marcado por road<br />

show na China, seguido de visitas a<br />

fornecedores no sudeste asiático e<br />

na Índia. “Contando com o suporte<br />

do escritório comercial da <strong>BRF</strong> em<br />

Xangai (China), em maio de 2011 estabelecemos<br />

uma equipe local, focada<br />

na prospecção e homologação<br />

de fornecedores asiáticos. Foi o passo<br />

fundamental da longa jornada de<br />

internacionalização, que culminará<br />

com a consolidação de uma plataforma<br />

global de abastecimento”, diz<br />

o gerente de Suprimentos da <strong>BRF</strong>,<br />

Fabio Battaglia. “A novidade é que<br />

agora não trabalhamos mais para uma<br />

empresa exportadora e sim para uma<br />

multinacional brasileira de alimentos,<br />

o que requer uma série de mudanças”.<br />

Entre elas destacam-se licenças e<br />

especificações técnicas em diversos<br />

idiomas, importação de amostras de<br />

mercados até então desconhecidos<br />

e, além de tudo, flexibilidade para<br />

se relacionar com culturas completamente<br />

diferentes. “Ainda é preciso<br />

polir as pedras, pois estamos no<br />

início do processo e o trabalho é<br />

longo”, afirma o executivo. “Aprender<br />

a trabalhar com outras culturas<br />

e adaptar processos internos em várias<br />

áreas requer paciência, persistência<br />

e resiliência”.<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

Aldo Leme, coordenador de Suprimentos (à esquerda)<br />

e Fabio Battaglia, gerente de Suprimentos<br />

Centenas de<br />

empresas foram<br />

avaliadas e<br />

dezenas auditadas<br />

Para garantir os padrões <strong>BRF</strong>, a<br />

equipe mantém contínua interação<br />

com outras áreas. Equipes de Controle<br />

de Qualidade, Agropecuária<br />

e Pesquisa & Desenvolvimento atuam<br />

em conjunto para conquistar<br />

novos mercados. Auditorias são<br />

fundamentais e frequentes, garantindo<br />

a qualidade dos materiais em<br />

seu país de origem e assegurando<br />

a continuidade das operações nas<br />

plantas da companhia.<br />

Até agora, centenas de empresas<br />

foram avaliadas e dezenas auditadas.<br />

Inúmeros testes foram conduzidos<br />

em amostras e lotes piloto. Os primeiros<br />

resultados começam a aparecer.<br />

Hoje a <strong>BRF</strong> já conta com alguns<br />

fornecedores chineses homologados<br />

e os primeiros embarques começam<br />

a chegar ao Brasil.<br />

O mesmo movimento que garante<br />

atualmente a competitividade da<br />

empresa no Brasil será a base para<br />

o crescimento sustentável das operações<br />

de produção em todo o mundo,<br />

como, por exemplo, a nova planta<br />

nos Emirados, que deverá iniciar as<br />

atividades em 2013.<br />

20 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 21


ACONtECE<br />

MERCAdO<br />

EXtERNO<br />

brf chega à china<br />

Os chineses deverão conhecer<br />

o sabor da carne suína<br />

brasileira em breve. No<br />

início de março, a <strong>BRF</strong> faz o primeiro<br />

embarque de sobrepaleta<br />

suína congelada sem osso para<br />

aquele país. Processado na unidade<br />

da empresa em Rio Verde (GO),<br />

uma das três plantas brasileiras de<br />

carnes habilitadas a exportar para<br />

a China, o produto será vendido<br />

pela recém-criada joint venture<br />

entre a <strong>BRF</strong> e a chinesa Dah Chong<br />

Hong Limited (DCH).<br />

Pela iniciativa, firmada em<br />

maio do ano passado, a <strong>BRF</strong> deve<br />

ficar responsável pela produção,<br />

suporte técnico e marketing dos<br />

produtos vendidos pela joint<br />

venture. À DCH caberá a atuação<br />

na cadeia de suprimentos e distribuição<br />

das operações, processamento,<br />

embalagem e serviços<br />

gerais de suporte. Para a empresa<br />

brasileira é uma forma também<br />

de desenvolver a marca Sadia e<br />

atuar na China Continental, em<br />

Hong Kong e Macau, regiões onde<br />

a DCH está presente. No primeiro<br />

ano, a expectativa é de que o<br />

negócio represente<br />

volume de exportação<br />

acima de 140 mil toneladas<br />

e receitas de US$ 450<br />

milhões, com investimentos em<br />

capital de giro.<br />

Por enquanto, a <strong>BRF</strong> está autorizada<br />

a exportar apenas carne<br />

suína desossada para aquele país,<br />

mas a empresa já trabalha para<br />

habilitar plantas instaladas em<br />

Santa Catarina, de onde é permitido<br />

também o embarque de carne<br />

suína com osso, uma vez que<br />

o Estado é considerado livre de<br />

febre aftosa sem vacinação.<br />

Criada em 1949, a DCH é um<br />

dos maiores distribuidores de automóveis,<br />

alimentos e produtos<br />

de consumo na China, com estrutura<br />

para a distribuição de resfriados<br />

e congelados.<br />

Da esquerda para a direita:<br />

Antonio Augusto De Toni,<br />

VP de Mercado Externo da <strong>BRF</strong>;<br />

<strong>BRF</strong><br />

José Antonio Fay, presidente da <strong>BRF</strong>;<br />

Donald Yip, CEO da DCH;<br />

<strong>Arquivo</strong><br />

Arthur Tsoi, diretor executivo da DCH Foto:<br />

sABOR<br />

CAsEIRO<br />

SalgadoS Sob medida<br />

Donos de lanchonetes, bares e restaurantes<br />

já podem ampliar a oferta de<br />

salgados Sadia para seus clientes. Chega<br />

ao mercado uma nova linha de produtos com oito<br />

tipos de aperitivos, com sabor caseiro e a garantia de<br />

segurança alimentar. São eles: Coxinha de Frango, Coxinha<br />

de Frango com Requeijão, Esfiha de Carne, Esfiha de Frango,<br />

Pão de Queijo, Kibe, Enroladinho de Salsicha e Enroladinho<br />

de Presunto e Queijo. Todos são semiprontos, pré-fritos ou<br />

pré-assados, o que facilita o preparo.<br />

AMPLIAÇÃO<br />

maiS queijo no mS<br />

Nos últimos três meses, a produção de queijo mussarela na fábrica<br />

da <strong>BRF</strong> em Terenos (MS) cresceu 300% e hoje chega a 20 toneladas/<br />

dia. O resultado foi conquistado com o treinamento de 170 colaboradores<br />

e a revisão de algumas operações internas na planta, que pertencia à<br />

Heloísa Lácteos, comprada pela <strong>BRF</strong> em novembro de 2011. Sob as marcas<br />

Sadia e Santa Rosa, os queijos produzidos em Terenos são comercializados<br />

nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Cerca de 3.400 produtores<br />

asseguram o fornecimento de leite à unidade <strong>–</strong> número que deve ser<br />

ampliado ainda neste semestre. Para tanto, a empresa estuda a implantação,<br />

no Estado, do Clube do Produtor de Leite, programa de fidelização de<br />

produtores da <strong>BRF</strong>.<br />

Foto: <strong>Arquivo</strong> <strong>BRF</strong><br />

PROHAB<br />

nova mutum<br />

A<br />

prefeitura de Nova Mutum<br />

(MT) repassou à <strong>BRF</strong> terreno<br />

de 12 hectares, onde a empresa<br />

vai construir mais 250 moradias<br />

em continuidade ao Programa Habitacional<br />

da companhia (PROHAB)<br />

no município, que já entregou 271 unidades<br />

a funcionários. A cidade, com<br />

mais de 30 mil habitantes, está entre<br />

os destaques em Índice de Desenvolvimento<br />

Humano, segundo o Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

(IBGE). Seu IDH é 0,801 numa escala<br />

de 0 a 1 e não 0,810 como foi publicado<br />

na edição anterior.<br />

Acesse a revista <strong>BRF</strong> no<br />

www.revistabrf.com.br<br />

22 <strong>BRF</strong> <strong>BRF</strong> 23

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