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Vamos à luta! Vamos à luta! - ascpderj

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2 • Fevereiro/2009 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ<br />

Expediente<br />

Jornal da ASCPDERJ<br />

Associação dos Servidores<br />

do Centro de Processamento<br />

de Dados do Estado do<br />

Rio de Janeiro<br />

R. São Francisco Xavier, 524/ 2º<br />

and. Maracanã – CEP 20.550-013<br />

Tel: 2569-5480/2568-0341<br />

<strong>ascpderj</strong>.secretaria@uol.com.br<br />

<strong>ascpderj</strong>.imprensa@uol.com.br<br />

Presidente:<br />

Edição fechada em:<br />

19/03/2009<br />

LEILA DOS SANTOS<br />

1º Vice-presidente:<br />

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO<br />

2º Vice-presidente:<br />

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO<br />

1º Secretário:<br />

ELIZABETH SILVA MARTINS<br />

2º Secretário:<br />

ULYSSES DE MELLO FILHO<br />

1º Tesoureiro:<br />

MARCOS VILLELA DE CASTRO<br />

Responsável pela Sede Praiana<br />

(Saquarema):<br />

JOSÉ JOAQUIM PIRES NETO (KIKO)<br />

Redação e Edição:<br />

FERNANDO ALVES<br />

DENISE MAIA<br />

Diagramação<br />

ESTOPIM COMUNICAÇÃO E EVENTOS<br />

2518-7715<br />

Ilustração:<br />

LATUFF<br />

Fotolitos & Impressão:<br />

GRAFNEWS<br />

3852-7166<br />

Na Internet<br />

http://<strong>ascpderj</strong>.sites.uol.com.br/<br />

ENTIDADE DE UTILIDADE<br />

PÚBLICA ESTADUAL<br />

Editorial<br />

A crise e os direitos dos servidores públicos<br />

A<br />

gravidade da crise é<br />

uma realidade. Não há<br />

como negar ou esconder,<br />

como fez no início o presidente<br />

Luiz Inácio Lula da<br />

Silva, ao tentar diminuir os<br />

efeitos da crise sobre a economia<br />

brasileira, afirmando<br />

que aqui ela chegaria como<br />

uma “marolinha”.<br />

Passados meses desde<br />

que os países ricos admitiram<br />

publicamente estar vivendo<br />

sob recessão econômica<br />

e em crise financeira,<br />

não é mais possível ignorar essa dura e difícil realidade.<br />

No entanto, as medidas tomadas pelos governos dos países<br />

capitalistas mais ricos e poderosos do mundo e, também, pelos<br />

governos de países em desenvolvimento, como é o caso do<br />

Brasil, de distribuir fartamente os recursos públicos para salvar<br />

instituições financeiras e empresas da falência, são apenas<br />

uma das políticas adotadas que prejudicam maiores investimentos<br />

em serviços sociais de qualidade, em melhorar<br />

as condições da educação pública, de atendimento humano e<br />

decente nos hospitais e postos de saúde, em boas moradias<br />

para a população de baixa renda e, especialmente, em melhores<br />

e dignos salários para todos os trabalhadores. Até agora<br />

os donos do poder não deram sua cota de sacrifício reduzindo<br />

seus lucros, apenas ajuda do governo, redução de IPI e desemprego<br />

aconteceram. Quem não se lembra do PROER?<br />

O desemprego atinge a índices alarmantes nas empresas privadas<br />

e todos os dias as empresas anunciam mais e mais<br />

demissões, criando um quadro de insegurança para todos os<br />

que dele dependem para seu sustento e de sua família. Nem<br />

mesmo naquelas empresas em que o governo destina vultosas<br />

quantias de verbas públicas os trabalhadores podem ficar aliviados,<br />

como é o caso da Embraer, que recebeu dinheiro público,<br />

mas não teve dó nem piedade, demitindo 4.200 trabalhadores.<br />

Porém, a estabilidade pode acabar, se a crise se agravar ainda<br />

mais. Ninguém está livre dos efeitos da crise, não apenas sobre<br />

os salários, mas do seu próprio trabalho. É o que aponta a realidade<br />

em vários países, como a França, em que o governo do<br />

presidente Nicolas Sarkozy preparou um programa de reformas,<br />

que incluiu o fim dos direitos dos servidores públicos. O projeto<br />

só não foi para frente porque,<br />

no início de 2009 os servidores<br />

públicos franceses de todas<br />

as áreas, organizaram<br />

uma greve geral e paralisaram<br />

o país exigindo a retirada da<br />

proposta do governo francês<br />

e obrigando a recuar e a retirar<br />

momentaneamente essa<br />

proposta. Na Califórnia, Estados<br />

Unidos, o governador<br />

Arnold Schwarzenneger, eliminou<br />

20 mil cargos de servidores<br />

públicos. Lá os servidores<br />

não tem estabilidade.<br />

Em recente matéria publicada no jornal O Globo, no último<br />

dia 13 de março, mostrou a intenção da equipe econômica<br />

do governo federal de suspender o reajuste escalonado já<br />

acertado e negociado com os servidores públicos federais<br />

em 2008, alegando “dificuldade de caixa”.<br />

A possibilidade desse corte nos salários do funcionalismo<br />

federal é vista pelo presidente Lula e pela Ministra da Casa<br />

Civil, Dilma Roussef, como desgastantes politicamente para<br />

as eleições presidenciais de 2010.<br />

As entidades representantes dos servidores públicos federais,<br />

como a Condsef, por exemplo, já se manifestaram que<br />

responderão com greve, caso tenham seus direitos retirados.<br />

Isso prova que aqueles que pensam que a crise não afetará<br />

suas vidas, devem colocar suas barbas de molho e ficar bem<br />

ligado, pois os exemplos mostram exatamente o contrário.<br />

No âmbito estadual segue a política de arrocho e congelamento<br />

salarial patrocinado pelo governador Sérgio Cabral Filho,<br />

que não se mostra aberto <strong>à</strong>s negociações com as categorias<br />

do serviço público.<br />

Por outro lado, os servidores não estão dispostos a ficar de<br />

braços cruzados, programando uma jornada de <strong>luta</strong>s para o<br />

próximo dia 1º de abril, e realizarão uma passeata pelo Movimento<br />

Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (MUSPE)<br />

com o lema “O servidor não vai pagar pela crise”, no qual<br />

mostrarão que ao contrário do que o governo acha, a crise<br />

deve servir para aumentar os salários dos servidores.<br />

Por isso, torna-se mais do que urgente os trabalhadores do<br />

Proderj se organizarem para colocar o bloco na rua, na defesa<br />

de um salário digno e justo para a categoria.

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