Vamos à luta! Vamos à luta! - ascpderj
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CAMPANHA SALARIAL 2009<br />
C<br />
omo acontece em todos os<br />
anos, as categorias dos servi<br />
ços públicos se mobilizam em<br />
torno de suas reivindicações e<br />
melhorias salariais.<br />
Em assembléia geral, realizada pelos<br />
servidores do Proderj no dia 5 de março,<br />
foi decidido dar início <strong>à</strong> Campanha<br />
Salarial 2009. A <strong>luta</strong> pelo reajuste linear<br />
e a revisão do Plano de Cargos, Carreiras<br />
e Salários estão na pauta, entre<br />
outras reivindicações.<br />
Há 13 anos sem reajuste salarial linear,<br />
os servidores do Proderj <strong>luta</strong>m<br />
para que os salários dos trabalhadores<br />
da Autarquia sejam equivalentes aos<br />
mesmos aplicados nas empresas do<br />
mercado. Durante esse período o único<br />
ganho nos salários ocorreu indiretamente<br />
por conta da vitoriosa conquista do<br />
Plano de Cargos, que incorporou em<br />
definitivo a Lei 701 nos vencimentos e<br />
garantiu os Adicionais de Conhecimento<br />
e de Titularidade aos servidores.<br />
Mas, isso não possibilitou igualar os<br />
salários dos profissionais em Tecnologia<br />
do Informação (TI), nos mesmos patamares<br />
aplicados no mercado.<br />
“Farinha pouca,<br />
meu pirão primeiro!”<br />
Recentemente, foi informado que os<br />
salários do atual presidente, Paulo Coelho,<br />
do Vice-presidente, de um diretor<br />
e mais dois de seus assessores, foram<br />
reajustados em 27,5%. Os cinco<br />
figuram na lista de extraquadros. Ficaram<br />
de fora: os diretores da casa - que<br />
exercem as mesmas funções, os gerentes<br />
e os demais servidores, que foram<br />
discriminados e excluídos. Para justificar<br />
a medida, o presidente alegou<br />
que recebe salário abaixo de salários<br />
pagos a vários servidores da casa.<br />
A posição da ASCPDERJ é clara: sempre<br />
considerou que os salários dos executivos<br />
da Autarquia deveriam ser melhores.<br />
Por isso, durante a elaboração<br />
do Plano de Cargos, foi proposta uma<br />
tabela para regulamentar os salários<br />
dos executivos do Proderj, no sentido<br />
de deixar transparente a situação salarial<br />
dos diretores da autarquia. No entanto,<br />
<strong>à</strong> época da aprovação do Plano<br />
de Cargos, a proposta foi vetada pela<br />
liderança do governo na Alerj.<br />
Por outro lado, esses salários não poderiam<br />
ter sido reajustados e dos demais<br />
servidores não, pois essas pessoas são<br />
funcionários públicos como nõs, por se<br />
Reajuste<br />
emergencial de<br />
27,5%<br />
e revisão do Plano<br />
de Cargos, as<br />
principais<br />
reivindicações<br />
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERV<br />
Salários Salários Salários dignos, dignos, dignos, só só com com m<br />
m<br />
Leila Santos, presidente da ASCPDERJ, apresenta as propostas da entidade aos trabalhdores presentes <strong>à</strong> assembléia<br />
tratar de pessoas que exercem funções<br />
públicas. Ao mesmo tempo, a política do<br />
governo é de manter o congelamento dos<br />
salários dos servidores públicos, ficando<br />
provado, portanto, que não existe uma<br />
política salarial por parte do governo.<br />
A pauta de reivindicações foi aprovada<br />
e agora é necessário que todos os<br />
servidores participem<br />
ativamente da campa-<br />
nha, pois é a única forma<br />
de conquistar o reajuste<br />
que não acontece<br />
há 13 anos. Os principais<br />
pontos da Pauta<br />
de Reivindicações<br />
estão em destaque.<br />
Um erro fatal<br />
O congelamento dos<br />
salários mostra a completa<br />
falta de compromisso<br />
do governo estadual<br />
com um serviço público de qualidade.<br />
Não por acaso, a crise nas áreas<br />
de saúde, segurança, educação, por<br />
exemplo, mostra a falência desse modelo<br />
de administrar os interesses pú-<br />
blicos de acordo com a lógica privada.<br />
Sérgio Cabral imita de forma grosseira<br />
e irresponsável o mau exemplo do governador<br />
Aécio Neves, de Minas Gerais, que<br />
é implacável com servidores públicos<br />
com seu choque de gestão. Mais um<br />
nome criado para entregar de mão beijada<br />
serviços estratégicos do Estado.<br />
Mas é necessário<br />
que os servidores do<br />
Proderj façam uma profunda<br />
reflexão sobre<br />
sua participação nas<br />
campanhas salariais<br />
dos últimos anos. A<br />
verdade é que muitos<br />
se acomodaram com a<br />
aprovação do PCCS,<br />
avaliando equivocadamente<br />
que o Plano de<br />
Cargos, por si só, resolveria<br />
todos os problemas.<br />
Prova disso, foi a situação das gratificações.<br />
Muitos trabalhadores caíram do<br />
cavalo, quando viram o fim da incorporação<br />
das gratificações em seus vencimentos,<br />
projeto votado na calada da noite<br />
FOTOS: NANDO NEVES<br />
na Alerj. Muitos se deixaram levar por<br />
essa ilusão das gratificações, um conto<br />
da carochinha, e ao invés de <strong>luta</strong>rem e<br />
defenderem seus direitos com unhas e<br />
dentes se acomodaram esperando que<br />
um belo dia as gratificações fossem incorporadas<br />
aos seus salários.<br />
É de espantar, já que depois de anos<br />
<strong>luta</strong>ndo para incorporar a Lei 701 aos<br />
vencimentos, o que ocorreu com a vitoriosa<br />
aprovação e implantação do PCCS,<br />
muitos adotaram um posição individualista,<br />
egoísta, desprezando até mesmo<br />
os direitos dos aposentados, que tiveram<br />
um papel importante nas mobilizações<br />
pelo Plano de Cargos. Confiar na Justiça<br />
que só tem olhos para atender aos interesses<br />
dos poderosos, é outro erro fatal!<br />
A ASCPDERJ sempre defendeu que é<br />
preciso <strong>luta</strong>r para aumentar os salários.<br />
Agora, cada trabalhador tem uma grande<br />
oportunidade de melhorar as suas condições<br />
salariais, <strong>luta</strong>ndo pra aumentar os<br />
benefícios de toda a categoria. Nesse<br />
sentido, é necessário olhar para o conjunto<br />
dos trabalhadores. O PCCS foi a<br />
maior conquista dos trabalhadores do<br />
Proderj, e só veio através de muita <strong>luta</strong>.