a dicotomia sociedade-natureza - Observatorio Geográfico de ...
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Anais do X Encontro <strong>de</strong> Geógrafos da América Latina – 20 a 26 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005 – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
mobilizando para estas mudanças que parecem estar ganhando os seus<br />
primeiros ecos. O processo <strong>de</strong> criação da vida é muito diferente do que<br />
pensávamos. Ele tem tantos princípios subjacentes que po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rálo<br />
uma lógica, a lógica da brinca<strong>de</strong>ira; na verda<strong>de</strong>, gostaríamos <strong>de</strong> chama-lo<br />
<strong>de</strong> “lógica da vida” (wheatley, 1996). Os elementos principais <strong>de</strong>ssa “lógica”<br />
se evi<strong>de</strong>nciam na obra recente <strong>de</strong> vários cientistas que investigam o modo<br />
como a vida vem a ser (wheatley,1996,14):<br />
• Tudo está num processo constante <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e criação:<br />
Tudo está mudando o tempo todo. As pessoas, os sistemas, os ambientes, as<br />
regras, os processos evolutivos. Até a mudança muda. Cada organismo<br />
reinterpreta as regras, cria exceções para si mesmo, cria novas regras.<br />
• A vida usa a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m para chegar a soluções bem or<strong>de</strong>nadas:<br />
A vida não parece compartilhar do nosso do nosso <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> eficiência e<br />
esmero. Ela se vale da redundância, da imprecisão, <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsas teias <strong>de</strong><br />
relacionamentos e <strong>de</strong> uma incansável ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> tentativas e erros para<br />
<strong>de</strong>scobrir o que realmente funciona.<br />
• A vida quer <strong>de</strong>scobrir o que funciona, não o que é “certo”:<br />
O importante é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar encontrando soluções; toda<br />
solução é temporária. Não há respostas permanentes. O que mantém o<br />
organismo vivo é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar mudando, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o que<br />
funciona no momento.<br />
• A vida cria mais possibilida<strong>de</strong>s a medida que trabalha com<br />
oportunida<strong>de</strong>s:<br />
Não existem “golpes <strong>de</strong> sorte”, estreitíssimos rasgos no tecido do espaçotempo<br />
que logo se fecham e <strong>de</strong>saparecem para sempre. As possibilida<strong>de</strong>s<br />
geram mais possibilida<strong>de</strong>s; elas são infinitas.<br />
• A vida ten<strong>de</strong> a or<strong>de</strong>m:<br />
Ela experimenta até <strong>de</strong>scobrir como formar um sistema capaz <strong>de</strong> manter<br />
diversos membros. Os seres experimentam uma gran<strong>de</strong> gama <strong>de</strong><br />
relacionamentos possíveis para <strong>de</strong>scobrir se são capazes <strong>de</strong> organizar-se<br />
num sistema que sustenta a vida. As explorações continuam até a<br />
<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um sistema. Então o sistema da estabilida<strong>de</strong> a seus membros,<br />
<strong>de</strong> modo que os seres sofram menos os efeitos bruscos da mudança.<br />
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