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Os segredos das mulheres inteligentes - Livrarias Curitiba

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STEVEN CARTER & JULIA SOKOL<br />

<strong>Os</strong> <strong>segredos</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>mulheres</strong><br />

<strong>inteligentes</strong><br />

Aprenda a se valorizar e a<br />

evitar relacionamentos destrutivos


Introdução, 7<br />

SUMÁRIO<br />

Segredo 1: Você é quem você pensa que é, 19<br />

Segredo 2: Seus valores e objetivos não são negociáveis, 23<br />

Segredo 3: Aceitar sua própria história torna você mais forte, 27<br />

Segredo 4: A autoestima é algo que se constrói, não se compra, 33<br />

Segredo 5: A autoestima nasce do autorrespeito, 37<br />

Segredo 6: É inútil se criticar por problemas insignificantes, 41<br />

Segredo 7: A verdadeira beleza começa com a autoaceitação, 45<br />

Segredo 8: Quando se trata de sexo, você só deve fazer<br />

o que deseja, 49<br />

Segredo 9: Proteger-se dos homens fortalece a autoestima, 59<br />

Segredo 10: Limites claros protegem sua autoestima, 63<br />

Segredo 11: A construção da autoestima é um trabalho de equipe, 69<br />

Segredo 12: Ser gentil com os outros ajuda a ser gentil<br />

consigo mesma, 75


INTRODUÇÃO<br />

Quando se trata de amor, todos nós vamos cometer pelo<br />

menos alguns erros ao longo da vida. Isso já é esperado.<br />

Algumas <strong>mulheres</strong>, porém, têm um talento fora do comum<br />

para arruinar seus relacionamentos e escolher os parceiros<br />

errados. Por que isso acontece? Por que algumas <strong>mulheres</strong><br />

fazem boas escolhas e tomam decisões acerta<strong>das</strong> sobre suas<br />

relações amorosas enquanto outras parecem não ter a menor<br />

ideia do que estão fazendo? Responder a essa pergunta é<br />

muito fácil: a mulher que tem mais sucesso no amor é aquela<br />

que possui uma autoestima elevada e enxerga a si mesma<br />

como um verdadeiro “troféu”. Ela se gosta, se admira e<br />

demonstra isso em seu comportamento, aproximando-se de<br />

homens que sabem valorizá-la. Por outro lado, a que tem<br />

baixa autoestima tende a se envolver em relacionamentos nos<br />

quais aceita muito menos do que merece.<br />

Aqui está algo que toda mulher inteligente precisa saber:<br />

aumentar sua autoestima pode transformar e melhorar muito<br />

sua vida amorosa. Essa mudança vai influenciar não apenas sua<br />

escolha de parceiros, como também o que você espera e aceita<br />

deles. Parece bastante simples, não é? Entretanto, toda mulher<br />

que já se sentiu tentada a criticar qualquer aspecto de si mesma<br />

– seja sua aparência, seu peso, seu endereço, seus laços familiares,<br />

7


seu nível de instrução, sua conta bancária, ou até mesmo suas<br />

ideias – sabe que a autoestima não é algo que se compra pronto.<br />

Então, o que você precisa saber para dar uma guinada em<br />

sua vida amorosa? Que <strong>segredos</strong> se escondem por trás de uma<br />

autoestima forte e poderosa?<br />

As <strong>mulheres</strong> <strong>inteligentes</strong> sabem que...<br />

... ter autoestima é fundamental.<br />

Se você costuma se envolver com homens que não a tratam<br />

bem nem lhe fazem bem, é provável que precise resolver alguns<br />

problemas relacionados à sua autoestima.<br />

Muitas <strong>mulheres</strong> se identificam de imediato com essa si -<br />

tuação. Elas sabem que não se dão o devido valor e estão cansa<strong>das</strong><br />

disso. Sentem-se prontas para melhorar a maneira como<br />

enxergam e tratam a si mesmas – o que já é um grande passo.<br />

Por outro lado, algumas estão igualmente fartas de aceitar<br />

relacionamentos insatisfatórios, mas não acreditam que sua<br />

autoestima tenha algo a ver com isso. Elas dizem coisas<br />

como: “Gosto de mim mesma, mas atraio os parceiros errados.”<br />

Ou: “O problema não é o que eu penso sobre mim, mas<br />

o que Anthony pensa sobre mim.” Ou ainda: “A questão não<br />

é a minha autoestima, e sim a dele; William precisa me -<br />

lhorar a maneira como vê a si mesmo para, então, ser capaz de<br />

apreciar uma mulher que se importa com ele.” Nós<br />

compreen demos o porquê dessas reações, mas gostaríamos<br />

que você as deixasse de lado até aprender o significado da<br />

8


autoestima e descobrir de que maneira ela influencia seus<br />

relacionamentos.<br />

O que é autoestima?<br />

Se procurarmos a palavra estima em um dicionário, veremos<br />

que seu significado é respeito e admiração. Sendo assim,<br />

autoestima significa autorrespeito e autoaceitação. Uma<br />

mulher com autoestima elevada valoriza a pessoa preciosa que<br />

ela é. Por isso, tende a atrair bons parceiros e a evitar homens<br />

que façam mal a ela.<br />

Já uma mulher com baixa autoestima parece ter um ímã<br />

interior que atrai sujeitos problemáticos; esse ímã conduz seu<br />

“navio sentimental” sempre para a direção errada. Quando ela<br />

gosta de um homem, presta mais atenção às necessidades dele<br />

do que às suas. E logo perde a capacidade de perceber quem<br />

ela é e o que deseja da vida. A baixa autoestima obscurece seu<br />

discernimento, tornando-a suscetível às falsas promessas dos<br />

aproveitadores de plantão. As <strong>mulheres</strong> vulneráveis evitam<br />

questionar as atitudes duvidosas dos homens com quem se<br />

envolvem. Até podem enxergar os sinais de alerta e pressentir<br />

o perigo, mas nem sempre agem de maneira a se proteger.<br />

Quando percebem indícios de problemas no relacionamento,<br />

em vez de se resguardar, preferem se convencer de que tudo não<br />

passa de uma falsa impressão. A baixa autoestima consegue<br />

transformar até a mulher mais independente em alguém que<br />

parece carente. E nem é preciso lembrar o poder que a carência<br />

tem de afastar boas companhias.<br />

9


A próxima questão é bastante óbvia: por que algumas mu -<br />

lheres têm tanta autoestima enquanto outras têm tão pouca?<br />

Ninguém nasce com baixa autoestima<br />

Problemas de autoaceitação são criados ao longo de nossa<br />

complexa história individual. A autoestima é produto do cres -<br />

cimento emocional e dos desafios que enfrentamos durante a<br />

vida – dos milhares de momentos e mensagens que vamos<br />

armazenando pelo caminho. Tudo tem início quando ainda<br />

somos crianças. Muitas dessas mensagens são bastante sutis: o<br />

sorriso de aprovação do pai, o olhar amoroso da mãe, uma<br />

repreensão, um ar de desprezo ou desinteresse. Outras são<br />

mais diretas: palavras de encorajamento e de incentivo, elogios,<br />

respostas ríspi<strong>das</strong>, indiferença, grosserias ou irritação.<br />

Cada mensagem e cada momento transmitem um universo de<br />

informações, criando e reforçando seu amor-próprio.<br />

Reflita sobre isto: antes mesmo de ter idade suficiente para<br />

pronunciar suas primeiras palavras, você já havia formado<br />

muitas ideias a respeito de si mesma – se era uma pessoa boa<br />

ou má, bonita ou feia, brilhante ou tola. Mais importante ainda,<br />

já tinha começado a se convencer de sua posição como um ser<br />

desejado ou rejeitado, digno ou indigno de ser amado.<br />

Em resumo, os primeiros anos de formação são decisivos. A<br />

maneira como seus pais e parentes próximos enxergavam você<br />

e uns aos outros, assim como a relação de sua família com a<br />

comunidade, é o que determina o grau de autoestima com que<br />

você dá seus primeiros passos. Mas, à medida que você ama-<br />

10


durece, passa por uma grande evolução emocional. O desenvolvimento<br />

do senso de valor interno é um processo que se es -<br />

tende pela infância e pela adolescência, continua durante os<br />

20, os 30, os 40 anos e segue por toda a vida. Quando você<br />

começa a frequentar a escola e a sofrer a influência de pessoas<br />

que não fazem parte de sua família, sua autoestima também<br />

passa a ser estimulada por professores, colegas, vizinhos<br />

e amigos – ou seja, por qualquer pessoa que atue em sua vida.<br />

Imagine que você tenha uma professora extremamente amável<br />

e solidária no jardim de infância, sempre pronta a estimular<br />

e elogiar suas atitudes. To<strong>das</strong> as vezes que você pega<br />

um lápis de cor e uma folha de papel, cada vez que cantarola<br />

uma canção infantil, essa professora afirma que você é uma<br />

grande artista em desenvolvimento. To<strong>das</strong> as vezes que você lê<br />

uma frase de um livro ou usa os dedos para contar até 10, ela<br />

praticamente aplaude em êxtase. Ao terminar o jardim de<br />

infância, você terá um sentimento muito positivo sobre si<br />

mesma, e o resultado será o florescimento de sua autoestima<br />

na escola. Você entrará no ensino fundamental com a expectativa<br />

de que se sairá muito bem. E se você tiver a experiência<br />

oposta? Imagine que sua professora seja sempre crítica e<br />

exigente e aja como se nada do que você faz tivesse valor.<br />

Suponha que ela lhe diga que sua leitura é deficiente, que lhe<br />

falta talento para as artes, que você não é capaz de cantar uma<br />

única nota com afinação e que jamais, em toda a sua vida,<br />

estará apta a contar até 10. É claro que você não vai se sentir<br />

tão otimista quanto ao seu lugar neste mundo quando chegar<br />

ao ensino fundamental.<br />

Uma educação cuidadosa por parte dos pais, combinada a<br />

11


uma série de boas experiências na escola e na comunidade,<br />

aumenta as chances de que você desenvolva uma visão segura<br />

de si mesma. Tomemos a história de Maria como exemplo.<br />

Maria teve uma mãe acolhedora e presente, que sempre fez o<br />

que pôde para ajudar a menina a crescer e a desenvolver suas<br />

potencialidades. A mãe a estimulava a pensar por si mesma e<br />

a desenvolver uma visão racional <strong>das</strong> próprias ha bilidades. O<br />

pai também era dedicado e caloroso. Quando a me nina demonstrou<br />

interesse por música, ele sugeriu que fizesse aulas de<br />

piano; se ela tirava boas notas em matemática, ele comprava<br />

livros com exercícios mais avançados; depois que Maria manifestou<br />

vontade de jogar tênis, ele passava horas ajudando-a<br />

a melhorar seu saque. <strong>Os</strong> pais também a esti mulavam a cuidar<br />

da sua formação espiritual e faziam todo o possível para que a<br />

filha tivesse princípios e determinação. Eles a orientavam,<br />

mas confiavam nela para que tomasse decisões basea<strong>das</strong> em<br />

seu instinto. Além disso, a família da menina sempre foi respeitada<br />

e admirada na comunidade em que vivia, fazendo com<br />

que ela se sentisse imensamente segura e confortável em seu<br />

ambiente. Não é preciso dizer que Maria é uma garota de<br />

sorte por ter esses pais. Durante toda a sua vida, ela foi tratada<br />

como uma pessoa digna de respeito, admiração e aceitação.<br />

Portanto, não é nenhuma surpresa que, na idade adulta, seja<br />

assim que enxergue a si mesma.<br />

A maioria de nós não tem a mesma sorte que Maria. Nossas<br />

histórias pessoais nem sempre são positivas e justas. Talvez sua<br />

mãe fosse amável e acolhedora, mas seu pai, distante e austero.<br />

É possível que seus pais tenham se divorciado quando você<br />

era criança, deixando poucas, ou indesejáveis, lembranças de<br />

12


um deles ou de ambos. Talvez sua mãe tivesse problemas em<br />

relação ao próprio peso e ficasse obcecada com a aparência dos<br />

filhos. Ou, quem sabe, seus avós, tias ou tios fossem muito críticos<br />

e depreciadores. Pode ser que você tenha passado por<br />

experiências desagradáveis com uma série de babás, parentes,<br />

professores e outros adultos que deveriam servir-lhe de modelo.<br />

Talvez seus pais tratassem você bem, mas vivessem às voltas<br />

com tantas dificuldades que acabaram por afetar a visão que<br />

você construiu de si mesma. Talvez seus familiares tenham<br />

enfrentado problemas financeiros ou emocionais que a levaram<br />

a se sentir diferente de seus colegas. É possível que um de<br />

seus pais abusasse de álcool ou drogas ou então tivesse algum<br />

hábito que a fizesse ser vista pelos outros com desconfiança,<br />

gerando constrangimento ou até mesmo vergonha. Tudo isso<br />

pode ter provocado efeitos desastrosos em sua autoestima.<br />

Porém, por mais adversas que sejam as circunstâncias – con -<br />

siderando que a vida não é completamente negativa –, você<br />

também deve ter tido experiências que estimularam sua au -<br />

toestima e reforçaram seu amor-próprio. Você pode ter sido<br />

uma boa atleta ou uma aluna responsável. Talvez todos admirassem<br />

a sua beleza. Ou você sentisse orgulho de sua família e<br />

de tudo o que ela conquistou. Talvez as pessoas elogiassem seu<br />

sorriso doce, seu senso de humor, sua personalidade. Tudo isso<br />

faz uma grande diferença na maneira como você percebe a<br />

si mesma.<br />

As <strong>mulheres</strong> <strong>inteligentes</strong> sabem que...<br />

... nem sempre é possível se sentir bem<br />

em relação a todos os aspectos da vida.<br />

13


Todos nós temos experiências positivas e negativas, e nossa<br />

autoestima tende a refletir essa combinação. Isso significa que<br />

sua visão de si mesma pode ser diferente, dependendo da<br />

circunstância. Lorena, por exemplo, considera-se boa amiga,<br />

ótima mãe e uma parceira carinhosa e romântica. Ela tem<br />

consciência de sua personalidade agradável e de seu senso de<br />

humor. Infelizmente, Lorena também acredita que suas pernas<br />

são feias, que sua pele é oleosa demais, que seus quadris<br />

são gigantescos e seus seios, inexistentes. Quando está em<br />

casa, com sua família, ela se sente bem, mas se for a uma festa,<br />

à praia, ou mesmo ao supermercado, se incomoda com a possibilidade<br />

de que as pessoas riam de seu corpo. A insegurança<br />

a respeito da própria aparência leva Lorena a se esquivar de<br />

muitos eventos sociais.<br />

Tereza sabe que é bonita, inteligente e capaz. Ela possui<br />

diploma universitário e um bom emprego. No trabalho, é<br />

con fiante e competente. Entretanto, quando é apresentada a<br />

um homem, nada disso parece ter importância. A família de<br />

Tereza não tinha dinheiro nem status, por isso ela se sente<br />

profundamente insegura quanto ao seu lugar no mundo.<br />

Quando vai a um evento social ligado ao trabalho, fica com a<br />

sensação de que não deveria estar ali. Ela acha que não sabe<br />

como se comportar nessas situações. Quando conhece um possível<br />

pretendente, sua maior preocupação é o que vai revelar<br />

sobre as dificuldades que enfrentou no passado. Tereza tem a<br />

sensação de ser uma farsa.<br />

Dina é a primeira a reconhecer que tem sérios problemas de<br />

autoestima. É uma mulher muito atraente e agradável, que<br />

todos adoram. Entretanto, ela jamais se sentiu importante.<br />

14


Quando era criança, sua mãe tinha tendência a depreciar a<br />

maioria de suas escolhas. Parecia determinada a criticar seus<br />

amigos, suas roupas, seu peso. A mãe era incapaz de lhe oferecer<br />

qualquer tipo de orientação. E, para piorar, costumava comparar<br />

Dina a outras meninas, ressaltando seus pontos fracos.<br />

Dina tem consciência de que possui uma péssima autoimagem<br />

e de que passa tempo demais preocupada com a própria aparência.<br />

Todos os seus relacionamentos foram com homens com<br />

sérios defeitos. Um não conseguia se manter no emprego, outro<br />

bebia demais e usava drogas, outro era casado. Dina está juntando<br />

dinheiro para fazer uma cirurgia plástica que acredita que<br />

irá mudar sua vida. Quando comenta sobre seus planos, ela diz:<br />

“Tenho tantos problemas que nem sei por onde começar.” Mas,<br />

apesar de to<strong>das</strong> essas dificuldades, Dina é muito segura em certas<br />

áreas. Ela se considera uma boa mãe para a filha adolescente,<br />

uma boa irmã mais velha e uma excelente amiga.<br />

Em outras palavras, uma mulher pode se sentir bem em<br />

algumas esferas e, ao mesmo tempo, mal em outras. Esse é um<br />

ponto importante que deve ser sempre lembrado, pois a oscilação<br />

entre confiança e vulnerabilidade é bastante complexa.<br />

Como a baixa autoestima atrapalha os relacionamentos?<br />

Aqui estão algumas maneiras:<br />

As <strong>mulheres</strong> com baixa autoestima procuram parceiros<br />

que as façam se sentir bem consigo mesmas, pois são inca -<br />

pazes de conseguir isso sozinhas. Essa postura as deixa<br />

15


16<br />

vulneráveis aos homens dissimulados, que sabem o que<br />

dizer para conquistar a atenção de uma mulher no início<br />

de um relacionamento.<br />

Como não se aceitam verdadeiramente, essas <strong>mulheres</strong> cos -<br />

tumam se envolver com homens que também não as aceitam<br />

e que as depreciam, muitas vezes sem que elas percebam.<br />

As <strong>mulheres</strong> que não se valorizam tendem a se contentar<br />

com sujeitos problemáticos. A lógica que seguem é: “Há<br />

tantas coisas erra<strong>das</strong> com o João que ele provavelmente<br />

não vai reclamar do meu peso, dos meus seios pequenos,<br />

da minha mãe bêbada, da minha conta zerada no banco,<br />

<strong>das</strong> marcas de acne no meu rosto”, etc.<br />

Pelo fato de estarem sempre se desculpando por suas<br />

“deficiências”, elas não desenvolvem a habilidade de se<br />

relacionar com justiça e igualdade. Mais uma vez, seguem<br />

uma lógica tortuosa: “João não pode reclamar dos meus<br />

defeitos. Afinal de contas, eu tolero seu comportamento<br />

inaceitável e faço mais do que deveria para manter nosso<br />

relacionamento.”<br />

As <strong>mulheres</strong> com problemas de autoestima frequentemente<br />

usam a própria insegurança como desculpa para<br />

evitar eventos sociais. Elas se escondem atrás de frases<br />

como: “Ninguém vai me achar bonita mesmo, então por<br />

que eu deveria tentar me arrumar?”


Elas se sentem tão desvaloriza<strong>das</strong> que ficam gratas aos<br />

homens que aparecem em suas vi<strong>das</strong> – simplesmente por<br />

estarem com elas. Sem dúvida, esse tipo de atitude cria<br />

relacionamentos desiguais e insatisfatórios.<br />

Alguma dessas afirmações lhe soa familiar? Então, chegou<br />

a hora de aprender os <strong>segredos</strong> <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>inteligentes</strong>.<br />

17


As <strong>mulheres</strong> <strong>inteligentes</strong> sabem que…<br />

Segredo 1: Você é quem você pensa que é<br />

<br />

A sua autoestima depende da sua maneira de pensar em si<br />

mesma. Você pode ser a mulher mais encantadora e charmosa<br />

do mundo, mas, se tiver um crítico interno sempre fazendo<br />

com que se lembre de seus defeitos, vai se considerar uma<br />

pobre coitada. To<strong>das</strong> nós já lemos biografias de <strong>mulheres</strong> lin<strong>das</strong><br />

e famosas que confessaram jamais terem se sentido seguras<br />

em relação à sua aparência ou ao seu talento. Elas nunca<br />

conseguiram relaxar e desfrutar a vida. Quando lemos relatos<br />

assim, achamos difícil acreditar, mas eles nos dão um bom<br />

exemplo de como a baixa autoestima cria problemas sem<br />

nenhum fundamento.<br />

Sabemos que muitas <strong>das</strong> dificuldades que você teve na construção<br />

de uma autoimagem saudável foram cria<strong>das</strong> ainda na<br />

infância ou então por circunstâncias que estavam fora do seu<br />

controle. Talvez as pessoas à sua volta não tenham conseguido<br />

ajudá-la a se sentir bem consigo mesma. Mas isso foi no passado.<br />

Hoje você é uma mulher adulta e chegou a hora de assu-<br />

19


mir as rédeas de sua vida. Primeiro, é preciso reconhecer que<br />

seus pensamentos formam a base de sua autoestima. E se quiser<br />

aprender a se valorizar, você deve se enxergar como um ser<br />

único, digno e precioso. Em outras palavras, comece a pensar<br />

em si mesma de uma maneira diferente.<br />

Comece aprendendo uma nova linguagem<br />

Não é francês, nem alemão ou italiano. A língua a que nos<br />

referimos é o idioma do amor-próprio: a linguagem da autoestima.<br />

A forma como você fala consigo mesma reflete o que você pensa a<br />

seu respeito. Essa conversa interior é um elemento fundamental<br />

na construção (ou destruição) de uma autoimagem po sitiva.<br />

Isso significa que certas palavras e expressões precisam ser elimina<strong>das</strong><br />

do seu vocabulário, enquanto inúmeras outras devem<br />

ser introduzi<strong>das</strong>. Cada vez que você se critica cruelmente, causa<br />

em sua autoestima o impacto de uma arma, ferindo-a gravemente.<br />

Algumas dessas críticas incluem frases como: “Eu<br />

estou horrível”, “Eu odeio, odeio o meu nariz”, “Quem poderia<br />

se interessar por uma pessoa com estas coxas?”, “Sou despreparada<br />

demais para esse emprego”, “Como sou imbecil!” e<br />

“Minha família me mata de vergonha, ninguém jamais vai me<br />

aceitar”, “Nunca estou arrumada o suficiente”. Sempre que se<br />

agride com uma frase dessas, você se desvaloriza ainda mais, o<br />

que só aumenta sua dificuldade de sentir-se verdadeiramente<br />

bem consigo mesma.<br />

A linguagem da autoestima positiva tem expressões totalmente<br />

diferentes <strong>das</strong> cita<strong>das</strong> acima. Ela contém afirmações<br />

20


como: “Eu mereço isso”, “Fiz um excelente trabalho!”, “Estou<br />

tão orgulhosa de minhas conquistas!”, “Sou uma pessoa extraor -<br />

dinária por ter superado uma infância tão difícil, qualquer um<br />

ficaria impressionado com a minha trajetória”, “Fico muito<br />

bem com essa roupa”, “Eu me sinto ótima”. Você percebe a<br />

diferença entre essas duas linguagens? Mude a sua maneira de<br />

pensar em si mesma e aprenda a se valorizar.<br />

Você deve estar imaginando: “Isso é tudo maravilhoso, mas<br />

afirmar que sou linda e magra não vai me fazer caber num<br />

jeans 38 se meu tamanho for 48.” Isso é verdade, mas seus<br />

pensamentos são muito poderosos e, embora você não possa<br />

usá-los para mudar a cor de seus cabelos ou seu manequim,<br />

pode, sim, lançar mão deles para se manter em contato com o<br />

que realmente importa. Empregue sua força metal para desviar<br />

a atenção de assuntos superficiais e enfocar os pontos<br />

positivos que a tornam uma pessoa maravilhosa. Você é única!<br />

Não há ninguém igual a você!<br />

Faça agora mesmo uma lista com pelo menos 10 de suas<br />

maiores qualidades. Pegue uma folha de papel e escreva de<br />

que forma você demonstra ser uma pessoa gentil, solidária e<br />

atenciosa. Liste aquilo que a torna uma boa amiga, irmã, mãe,<br />

tia. Você é boa ouvinte? Anote isso. Faz as pessoas rirem?<br />

Anote. De que maneira você acredita que contribui para o<br />

mundo que a cerca? Enumere suas conquistas, por menores<br />

que sejam, na escola, no trabalho, nos esportes. Você sobreviveu<br />

a uma infância sofrida? A um relacionamento doloroso?<br />

Tome nota. Essas são conquistas importantes e você precisa se<br />

parabenizar por elas. Escreva todos os dias alguma coisa boa<br />

sobre si mesma da qual consiga se lembrar. Tente acrescentar<br />

21


algo novo diariamente. É nessas qualidades que você precisa<br />

pensar, são elas que você deve reforçar. Essa é a sua “lista principal”,<br />

o que você realmente é. Sempre que começar a fazer<br />

comentários autodepreciativos, pise no freio! Não se deixe<br />

envolver nessa espiral de negatividade e dirija, conscientemente,<br />

seu pensamento para suas qualidades. Se for preciso,<br />

leia sua lista em voz alta. Faça isso várias vezes por dia. Afaste-<br />

-se <strong>das</strong> ideias destrutivas e cerque-se de pensamentos que lhe<br />

proporcionem amor e apoio – aqueles que evocam tudo o que<br />

a torna especial. Essa é uma maneira simples mas poderosa de<br />

estimular sua autoestima.<br />

22<br />

As <strong>mulheres</strong> <strong>inteligentes</strong> entendem a<br />

importância de usar palavras carinhosas<br />

ao falar consigo mesmas.

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