Download PDF - Juventude Adventista Portuguesa
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Em desespero, o converso exclama: “Eu não aguento mais. Não sei<br />
para onde ir. Ó Deus, porque Te esqueceste de mim? Porque me<br />
abandonaste?”<br />
Com uma intensidade profunda, Deus responde: “Meu filho, minha<br />
filha, Eu não te esqueci – tu é que me puseste de lado. Quantas<br />
vezes quis ajudar-te, proteger-te como a galinha guarda os seus<br />
pintainhos, e tu não permitiste?!”<br />
Surpreendido e desorientado, o recém-convertido jaz na lama. Ele<br />
vai tentar uma vez mais. Vai experimentar uma outra coisa. Pode<br />
ser que de facto resulte. Pleno de confiança, ele procura a verdade.<br />
Fielmente Jesus guia-o. Espantado, ele olha fixamente para a<br />
beleza que se depara diante dos seus olhos. Surgem milagres após<br />
milagres. O recém-convertido já não tem medo pois o seu Mestre<br />
está com ele. O passado é deixado para trás. Agora é só seguir em<br />
frente – avançar com Jesus, nunca sozinho! É então que o milagre<br />
maior começa a ter lugar e toda a lama acumulada se desvanece.<br />
Ele já não se encontra na poça lamacenta! Ele é agora uma nova<br />
pessoa em Cristo!<br />
Como uma mulher africana com um balde demasiado cheio de água<br />
à cabeça, a escorrer pelo rebordo enquanto percorre um caminho<br />
ventoso, também o novo convertido se dirige para a Igreja repleto<br />
do poder do Espírito Santo. Os seus olhos brilham com entusiasmo<br />
porque agora vai conhecer as pessoas de Deus. Cheio de<br />
expectativa, ele entra – mas pára, confuso. Não pode ser! Isto não<br />
pode ser verdade!<br />
A Igreja está morta! O fogo extinguiu-se. O recém-convertido olha à<br />
sua volta. Aqui e ali ele vê alguns olhos brilhantes sorrindo<br />
calorosamente. Outros observam-no com olhos mortos – ele<br />
estremece. Muitos atiram-se para os bancos da Igreja como uma<br />
porção de puré de batata e esperam que o pastor derrame algum<br />
molho sobre eles. De pernas paralizadas, o converso senta-se. Mas<br />
logo alguém entra, murmurando rapidamente: “Desculpe, mas está<br />
sentado no meu lugar.” Confuso, ele levanta-se e caminha em<br />
direcção à porta. É seguido pela sua igualmente desapontada<br />
namorada, mas esta é intersectada à porta por uma querida irmã<br />
que deseja ajudar o pastor na sua árdua tarefa. “Nesta Igreja, nós<br />
não usamos maquilhagem.” E tu, que assististe a tudo isto, queres<br />
gritar: “Meu Deus, o que aconteceu ao Teu povo?”<br />
A nossa doutrina até pode estar correcta. Podemos odiar as falsas<br />
doutrinas e resistir àqueles que não são leais aos princípios.<br />
Podemos caminhar com um entusiasmo implacável mas até isso é<br />
insuficiente. Uma religião fria e legalista não conseguirá trazer<br />
almas a Cristo, porque essa será uma religião sem amor, sem Deus.<br />
Muitas vezes, quando novos crentes se juntam a nós e ainda<br />
vibram por Cristo, ouvimos as pessoas dizer: “Que vergonha! Eles<br />
<strong>Juventude</strong> <strong>Adventista</strong><br />
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