Download em PDF - Escrita Criativa
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Severino retrucou.<br />
— Por quê? Você é um deles?<br />
A pergunta fez o engraçadinho se escafeder e gerou<br />
algumas risadas na audiência, que começava a aumentar.<br />
Como ninguém gostava mesmo dos dois, o respeito não<br />
era muito e foi a custo que o padre Eulálio conteve a<br />
esculhambação que a coisa estava virando.<br />
lá!<br />
Severino propôs logo providências:<br />
— Prepara o velório! Arruma a Câmara Municipal! Vai ser<br />
— Mas, e a cena do crime? Genivaldo já queria mostrar<br />
serviço. Qu<strong>em</strong> sabe botavam ele de delegado, né?<br />
— Não adianta cena do crime se não t<strong>em</strong> n<strong>em</strong> culpado.<br />
Além do mais, t<strong>em</strong> tanto corno que ninguém vai descobrir<br />
nunca qu<strong>em</strong> foi o responsável...<br />
Padre Eulálio estava escutando a conversa entre o<br />
subdelegado e o prisioneiro, enquanto cofiava o queixo com a<br />
barba de três dias.<br />
O Patrício, notando o ar pensativo do religioso, chegou<br />
pertinho:<br />
— O que é que o padre está a assuntar?<br />
— Nada não, Patrício. Só vou ter é que dar uns<br />
telefon<strong>em</strong>as para resolver o caso do futuro delegado. No caso<br />
do prefeito, assume o presidente da Ass<strong>em</strong>bleia, e assunto<br />
resolvido. Mas, no caso da delegacia, sei não…<br />
IV – Genivaldo vira autoridade<br />
Em uma s<strong>em</strong>ana já tinham sido os defuntos devidamente<br />
saudados e enterrados, os herdeiros iniciado a briga pelo<br />
espólio, e a cidade começava a se acalmar.