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DNA PAULISTANO - Rede Nossa São Paulo

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para falar da vizinhança que "não tem preço".<br />

E Chico fala de boca cheia. Quando a mulher sofreu uma parada cardíaca, foi a vizinha<br />

que ligou chamando o resgate.<br />

"Por isso eu poderia ter muito dinheiro, mas não sairia daqui para morar cercado de<br />

muros, sem conhecer ninguém", diz o morador da vila há 33 anos.<br />

Vizinhança e segurança caminham juntas na zona norte.<br />

<strong>São</strong> o terceiro e o segundo indicadores mais apontados pelos moradores como principal<br />

qualidade da região, com 11% e 12%, respectivamente -o primeiro colocado é comércio<br />

e serviços, com 21%.<br />

No entanto, apesar desta percepção positiva, a região não é uma ilha de tranqüilidade. O<br />

tráfico tem forte penetração na zona norte e há indícios de que policiais militares atuem<br />

em grupos de extermínio, principalmente no Tremembé e no Jaçanã -ambos receberam<br />

as piores avaliações sobre segurança, com notas 4,4 e 3,9, respectivamente. A nota<br />

média da região para segurança é 4,6 e a da cidade, 5. Santana (5,6), Mandaqui (5,3) e<br />

Tucuruvi (5,3) tiveram as maiores notas.<br />

Futebol<br />

"A gente mal sai de casa e já cumprimenta todo mundo", retoma Chico, balançando o<br />

chaveirinho da Portuguesa no bolso. Ele garante que o futebol não predomina nas<br />

conversas.<br />

Com um grito, Chico cumprimenta o palmeirense Ary Ungaretti, 54, colega de praça.<br />

Patologista e artista plástico, Ary tem entrevistado os moradores para escrever um livro<br />

de memórias. Mas ele mesmo tem suas histórias. Diz que, quando menino, ganhava<br />

papinha de dona Maria Cândida, mulher do português Guilherme -que deu o nome à<br />

vila, segundo ele.<br />

É caminhando pela rua Maria Cândida com Wanda Konem Primo, 75, que se entende a<br />

noção de vizinhança. Leva cinco minutos para que ela cumprimente quatro senhoras na<br />

padaria, outra em frente à igreja e Malvina Quadros, 79, que conversa com Gilda<br />

Giovanardi, 83, cem metros à frente.<br />

"Ela me chama no muro todo dia para conversa", diz Malvina. As três amigas se<br />

conhecem há mais de 50 anos. "Se eu vou à "cidade", ligo e pergunto se ela precisa de<br />

algo", diz Gilda, que, em troca, não costura sem pedir à amiga. Wanda e as amigas<br />

sabem de tudo na Vila Guilherme. "Mas que não digam que somos fofoqueiras", brinca.<br />

(WILLIAN VIEIRA)<br />

Frase<br />

"O comércio é excelente. Aqui por perto tem de tudo, tá crescendo muito. Acho isso bom<br />

porque não preciso mais ir para a zona sul"<br />

Ana Carolina Azevedo 33,<br />

advogada, moradora do Alto de Santana<br />

COMÉRCIO E SERVIÇOS SÃO ELEITOS PONTO FORTE<br />

Para 21% dos entrevistados, a oferta de supermercados, padarias, farmácias e bancos é a<br />

melhor coisa de se viver na zona norte. O índice é ainda maior na Vila Guilherme (27%)

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