28/05/2008 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL Nome: CPI - Escutas Telefônicas Clandestinas Número: 0772/08 TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS Data: 28/05/2008 que foi adotada por V.Exa. ou se há alguma providência que a Comissão poderia adotar. De fato, pedir, se foi adotada alguma providência, que a empresa responsável possa realmente nos apresentar... Foi feita inspeção na linha, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Itagiba) - Eu fiz uma inspeção in loco e foi constatado justamente que a minha linha estava direcionada para algum outro lugar. Ficaram de me apresentar um relatório... O SR. DEPUTADO NELSON PELLEGRINO - Mas a inspeção in loco foi feita por V.Exa. ou V.Exa. a requereu a algum funcionário da empresa? O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Itagiba) - Eu requeri a um funcionário da empresa que viesse fazê-la e eu a acompanhei. Então, eu agradeço as manifestações a V.Exa. e gostaria de colocar o seguinte: acho que seria interessante que o diretor de operações da empresa fosse convocado — e peço a V.Exa. que faça essa convocação — e fosse solicitado também o relatório técnico da inspeção que foi feita nessa linha telefônica. O SR. DEPUTADO NELSON PELLEGRINO - Pois não, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Itagiba) - Então, superado esse primeiro incidente, essa comunicação que faço a esta Comissão Parlamentar de Inquérito, eu passo a palavra ao Sr. Reinaldo Szydloski, por até 20 minutos, para fazer a sua manifestação. É um nome que deve ser de origem polonesa. Eu tenho um nome de origem russa também, acho que nem sempre as pessoas conseguem pronunciar de forma correta. Então, se não o fiz de forma correta, peço desculpas e um melhor esclarecimento por parte de V.Sa. da pronúncia utilizada no seu nome. E quero dizer a V.Sa. que esta CPI tem por objetivo apurar escutas ilegais, as escutas legais, feitas de forma inadequada ou sem a devida supervisão, bem como os equipamentos que fazem as gravações de interceptações telefônicas. V.Sa. está compromissado na forma da lei, eu sei que é policial rodoviário federal e não vai faltar com a verdade a esta Comissão. Então, peço a V.Sa. que exponha quem é V.Sa., que atividade exerceu, qualquer esclarecimento necessário, depois responder as perguntas dos membros desta Comissão. Seja bem-vindo. 3
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL Nome: CPI - Escutas Telefônicas Clandestinas Número: 0772/08 TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS Data: 28/05/2008 O SR. REINALDO SZYDLOSKI - Boa-tarde, Sr. Presidente, boa-tarde, Sr. Relator, para mim é um privilégio, é uma honra poder comparecer a esta Comissão e trazer algumas informações e esclarecimentos que estiverem ao meu alcance. Esse é o meu propósito em tratar aqui com toda serenidade e clareza com relação àquilo que possa contribuir. Com relação à figura, e mais especificamente da qual e pela qual estou convocado, do então inspetor Reinaldo Szydloski, como policial rodoviário federal, dizer que, por 33 anos, exercemos a profissão de policial rodoviário federal e que, dos anos 2000 a 2003, fomos responsáveis pela Coordenação-Geral de Operações do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, onde desenvolvemos uma série de atividades, damos um novo norte à instituição do ponto de vista da atividade específica relacionada às atribuições da Polícia Rodoviária Federal. De pronto, eu me coloco à disposição para todos os questionamentos. Eu sei que, com isso, estarei inclusive facilitando o trabalho dos senhores. Então, era essa a minha intervenção inicial que eu gostaria de manifestar. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Marina Maggessi) - Sr. Reinaldo, o senhor trabalhou com escutas telefônicas? O SR. REINALDO SZYDLOSKI - Objetivamente. Eu creio que seria importante fazer um breve histórico com relação a essa questão de escutas telefônicas desenvolvidas por policiais rodoviários federais e eu abro aspas para esse aspecto. Em meados de dezembro de 2002, a partir de uma série de relatos e de informações trazidas dos mais variados Estados, das mais variadas superintendências. Eu não tenho específico, mas São Paulo, Rio, Brasília. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Marina Maggessi) - Mas trazidas de que forma? De denúncia anônima? O SR. REINALDO SZYDLOSKI - Não, não. Relatos de inteligência, dando conta de algumas informações sérias a respeito. De posse desse material, nós fizemos um relatório e encaminhamos ao Ministério Público. A partir desse relatório, o Ministério Público, então, nos requisitou, a polícia, alguns policiais para que fossem colaboradores do Ministério Público no desenvolvimento de algumas investigações ligadas, vamos dizer, ao cotidiano da atividade policial, ligadas à rodovia, ao que passava pelas rodovias. Então, esse é um aspecto. A nossa ligação com escutas telefônicas se deu nesse aspecto, como colaboradores no sentido não 4
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