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internet e pelas TVs a cabo. Atualmente, as propostas <strong>do</strong>s novos lançamentos<br />

são rapidamente percebidas nos seus detalhes mais sutis, identificadas em<br />

seus conceitos, por mais transgressores que sejam, e, na grande maioria das<br />

vezes, aceitas e experimentadas por um grande número de consumi<strong>do</strong>res.<br />

Mesmo reconhecen<strong>do</strong> que a moda vive numa estrutura temporal<br />

em que o futuro está cada vez mais próximo e menos dura<strong>do</strong>uro, a<br />

comunicação das tendências busca identificar categorias que possam<br />

criar nas produções <strong>do</strong> presente um senti<strong>do</strong> de devir, <strong>do</strong> que ainda<br />

está por vir. As joias, assim como as bijuterias – cada qual com suas<br />

vocações de duração e motivações próprias – incorporam os significa<strong>do</strong>s<br />

relativos às mudanças de comportamento e participam, efetivamente,<br />

da produção da inovação no ambiente da moda contemporânea.<br />

A compra se realiza na percepção <strong>do</strong> valor e não <strong>do</strong> preço<br />

As pesquisas indicam que, em 2011, a tendência que promete se<br />

estabelecer de forma mais pre<strong>do</strong>minante no comportamento <strong>do</strong>s<br />

consumi<strong>do</strong>res será a valorização <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> particular que os objetos<br />

adquirem na relação que experimentam com cada indivíduo. A eficiência<br />

da comunicação entre o tema das joias e das bijuterias – suas formas,<br />

cores e materiais - e o universo sensível <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res determinará<br />

as decisões de compra, mais <strong>do</strong> que propriamente o preço objetivo<br />

da merca<strong>do</strong>ria. o valor <strong>do</strong>s objetos é percebi<strong>do</strong>, cada vez mais, por<br />

um conjunto de atributos que envolve o design, a moda e os fatores<br />

emocionais, <strong>do</strong> que propriamente pelo preço de sua materialidade.<br />

A questão não é mais ‘ter’ ou ‘ser’:<br />

Hoje vivemos na contração <strong>do</strong> ‘ter-se’<br />

Se, por um la<strong>do</strong>, os consumi<strong>do</strong>res estão cada vez mais seletivos com<br />

as redundâncias entre os produtos e críticos com relação ao consumo<br />

<strong>do</strong>s supérfluos, por outro, estão sensíveis aos produtos que expressam<br />

valores considera<strong>do</strong>s essenciais e que remetem aos significa<strong>do</strong>s mais<br />

individuais. Esta atitude reflexiva na hora da compra sugere escolhas mais<br />

específicas, motivadas por razões subjetivas. A customização revelou-se<br />

muito mais uma mudança no comportamento <strong>do</strong> que, propriamente,<br />

uma tendência efêmera. Essa nova perspectiva tem proporciona<strong>do</strong> um<br />

aprofundamento na relação entre os sujeitos e seus objetos, uma aproximação<br />

entre o design <strong>do</strong>s produtos e os estilos de vida de seus usuários.<br />

Neste ambiente, o consumo assumiu, mais <strong>do</strong> que nunca, a sua função<br />

identitária. o antagonismo entre ‘ter’ e ‘ser’ parece ter si<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong> pelo<br />

diálogo. o ‘ter’ passou a falar diretamente sobre o ‘ser’, e vice-versa.

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