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CÂMARA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA – RS
faculdade. Provavelmente este foi o motivo que levaram a mim e a Ana a escolher a
contabilidade como profissão. Acabei adquirindo o escritório do Sanguanini em novembro de
1979. Eu e a Ana continuamos a exercer a profissão de contador, hoje com a colaboração de
muitas colegas, a quem agradeço a presença neste momento. Ainda na vida profissional, em
julho de 93, fundamos com o Dagoberto Lanzarin, a Olimóveis Empreendimentos Imobiliários,
para atuar na produção de lotes. Separamos a sociedade em junho de 2000. Hoje o Dagoberto
tem a sua empresa, a Lanzarin Empreendimentos Imobiliários e eu continuo com a Olimóveis,
uma empresa familiar, totalmente administrada pela minha esposa, filhos e alguns colaboradores.
Desde cedo a vida me estimulou a trabalhar. Aqui fui soldador, padeiro, motorista, auxiliar de
escritório, contador e empresário. Sou uma pessoa realizada na vida profissional e agradeço a
Flores da Cunha por ter me dado a chance de viver importantes conquistas na minha vida
empresarial. Com o coração e estimulado pelo sentimento mais profundo de minha alma, falo
dos meus amigos, da convivência em sociedade, da família e, especialmente, da minha esposa e
filhos, eles são vertentes que me equilibram nos momentos difíceis. Não posso deixar de relatar
minha trajetória em Flores da Cunha. Meu primeiro lar foi a casa do Waldir Martinelli,
recebendo a atenção de Dona Marlene. Meus primeiros dias, portanto, como vocês podem sentir,
já foram de muito carinho. Em seguida, morei no hotel da rodoviária, dividindo o quarto com o
amigo Reinaldo Monteiro, que tinha vindo de Dom Pedrito para Flores da Cunha. Obrigado,
Reinaldo, por aqueles momentos em que ajudamos um ao outro e pela companhia sincera. Minha
terceira morada foi no hotel Brasil, localizado onde hoje existe a Caixa Econômica Federal. O
hotel Brasil já não existe mais, o hotel Brasil, do hotel Brasil eu guardo duas boas lembranças: a
primeira, ficava esperando os bilhetes, com declarações de amor, que a Ana deixava embaixo da
porta do quarto, logo ao amanhecer, quando ela ia para o colégio. Era comum eu colar os
bilhetes na porta do guarda- roupa, junto com as letras de música que fazia e frases, e as frases de
vida que retirava dos livros de Khalil Gibran e Hermann Hesse, meus preferidos autores daquela
época. A segunda lembrança foi minha festa de casamento, Renato, feita no hotel Brasil, muito
humilde e para pouco mais de 50 pessoas, que aconteceu no dia 05 de janeiro de 1980. Aquele
foi um dia pleno, quando firmei uma parceria de cumplicidade e de vida com a Ana e lá se vão
mais de 31 anos. Minha quarta morada foi na “Casa República”, mais conhecida como “Chatô”,
né, Gilberto, uma casa estrategicamente localizada na frente da casa de minha namorada Ana.
Dividia despesas com Reinaldo Monteiro, com o Gilberto Boscato e Antonio Pierdoná, um
amigo recentemente falecido. Em novembro de 1977 meus pais e irmãos chegaram a Flores da
Cunha, com quem fui morar até a data do meu casamento. Vivi momentos sempre muito intensos
neste município. Conquistei e conquisto amigo todos os dias e eles são, sempre são importantes
na minha vida. Agradeço a fidelidade de todos, em nome do meu amigo, conselheiro e
confidente Hildebrando Cardoso Pereira. Na última fez que falei com o Senhor, Doutor
Hildebrando, o Senhor me disse, com um olhar sereno, que estava partindo. Se realmente partiu,
acabou ficando, pelos seus exemplos de vida e na memória daqueles que nunca o esqueceram.
Em Flores da Cunha sempre encontrei árvores frondosas. Para mim, foi imprescindível conviver
e viver com a família Aldo Luis Santini. Lembro com saudade do Senhor Aldo, homem íntegro e
simples, que me acolheu em sua casa. Sua memória vive em nós e vive em mim de forma
particular, porque foi na sua casa que encontrei a Ana, com quem casei e com quem temos dois
filhos, Juliana e Auber. Dona Carmen sempre me tratava com carinho e atenção. Nunca faltou a
mesa farta e o bom vinho. Valério e Adriana, meus cunhados, sempre foram amigos em todos os
momentos. Obrigado a vocês pelo que fizeram e pelo que fazem por mim. Minha presença na
política florense, Governador, tem muito do Senhor Aldo Santini, que teve participação decisiva
na minha vitória para vereador no ano de 1982. Meus pais são iluminados para os seus filhos.
Minha mãe cuida de mim ainda hoje. Meu pai é o melhor conselheiro que tenho. Meus irmãos
Emérito, Alaili e Adilson torcem por mim. É comum ajudarmos um ao outro e isso nos faz muito
bem. Deus tem sido generoso comigo, me dá saúde, coragem, oportunidades, amigos, família de
quem recebo carinho e, para completar, me ofereceu a chance de viver com a Ana e nossos
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