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CÂMARA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA – RS
filhos. A Ana é uma companheira especial, conselheira, mãe e mulher, é meu pêndulo, minha
âncora e guia, agradeço a Deus por você existir. Nossos filhos, Juliana e Auber, são meu orgulho
e alegria permanente. É meu desejo agora registrar alguns fatos que me fizeram vincular ainda
mais a Flores da Cunha e a sua gente, Renato. Falo com emoção da vida política e suas
realizações. Tenho consciência que o título de Cidadão Florense, que recebo nesta noite, foi uma
conquista da vida política. E a vida política, para mim, começou nos bancos escolares. Sempre
contestei o regime militar, menos pelo regime em si, muito mais porque amordaçava vozes e
tolhia inteligências privilegiadas no nosso país. No Rio Grande do Sul, em 1977, fui presidente
do Grêmio Estudantil São Rafael e integrante do Diretório Central de Estudantes da
Universidade de Caxias do Sul, em 1978. Neste período, misturei a contestação política com a
paixão pela música. Fazia músicas e poesias em parceria com Roberto e Mauro Bigarella e
Carlos Paviani, e participava de festivais de música. A música entra na minha alma e me faz
mais humano, sereno, confiante e conciliador. Considero a música a criação mais elevada do
homem. Em 1982 me elegi vereador com 411 votos. Convivi com Ivo Sonda, nosso Prefeito hoje
de Nova Pádua, com Euclides Menegat, Horácio Balbinot, Oscar Francescatto, Vilso Fiorio,
Antonio Sozo, Sabino Costa, Hilário Sgarioni e os vereadores já falecidos José Francisco
Panizzon Neto e Alberto Sogari. Minha experiência na Câmara serviu para conhecer a nossa
história e fiz parte dela. Publiquei dois livros sobre a economia do município, os dois com o
apoio do então deputado Germano Rigotto; fui líder do governo Ângelo Araldi, que teve grandes
realizações; e me prepararei para ser candidato a prefeito nas eleições de 1988. Em 1987, com
surpresa, recebi um convite do governador Pedro Simon para ser seu chefe de gabinete; foi um
período de grande aprendizado na vida pública; conheci melhor Pedro Simon, um homem
público sério e patriota. Em 1988, me elegi prefeito na eleição mais marcante de minha trajetória
política; juntamente com a minha equipe de líderes jovens e criativos montamos um programa de
governo arrojado, com preocupação na saúde, educação, infra-estrutura, lazer e lazer, segurança
e planejamento. Algumas das realizações já foram citadas na noite de hoje, mas creio ser
importante aqui fazer um registro da postura isenta que nós adotamos no processo de
emancipação de Nova Pádua e com todo o apoio incondicional, desde o primeiro momento, do
meu vice-prefeito Odir Boniatti. Desejo que a história registre os meus agradecimentos aos meus
secretários que me acompanharam e foram importantes nas conquistas daquele período de
governo. Falo aqui dos secretários Dagoberto Lanzarin, Renato Cavagnoli, Hildebrando Cardoso
Pereira, in memoriam, Gotardo Vaneli e Jorge Dal Bó, Carlos Paviani e Eroni Mazzochi Koppe.
Em 1995, fui convidado pelo governador Antonio Britto para ser seu Secretário de Estado de
Turismo, Esporte e Lazer; foi um período de conhecimento ainda mais forte das potencialidades
do Rio Grande do Sul. Em 1996, participei de uma eleição a prefeito, Renato; a gente ganha
eleição e a gente perde eleição; o que importa são a gente aprender que as regras das eleições
existem para que os cidadãos escolham os seus governantes. E eu tive um gesto absolutamente
consciente, como tenho feito sempre, de, perdendo a eleição, cumprimentar o Heleno, que está
conosco, que ganhou as eleições, porque eu entendia que aquele era um gesto não só
democrático, mas patriótico, da minha parte, em relação a Flores da Cunha. Em 1997, os colegas
empresários me elegeram para ser o presidente do Centro Empresarial, e a convivência que tive
ao longo dos dois anos, Deunir, dos quatro anos que tivemos de mandato, reforçam em mim os
motivos que nos fazem ter uma confiança grande na nossa sociedade, que é economicamente
ativa. Em 2002, fui convidado por Germano Rigotto para ser o coordenador geral de sua
campanha ao Governo do Estado. Era uma eleição difícil, quase impossível, menos de 3% dos
gaúchos tinham intenções de votar em Germano Rigotto. Aquela campanha mostrou que os
desafios são vencidos por uma pequena dose de sorte, mas muita garra, determinação e carisma
do candidato. Germano Rigotto somou qualidades que o fizeram vencer uma eleição sem
expectativa de vitória. Com a vitória de Germano Rigotto, fui convidado para exercer a chefia da
Casa Civil, a mais importante função do Governo. Sou grato ao convite e ao convívio honrado,
sério e de interesse público elevado. Posso dizer, publicamente, que foi a minha maior e melhor
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