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As Irmandades mineiras de Nossa Senhora da Boa Morte

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1206 - At<strong>As</strong> do IV Congresso InternACIonAl do BArroCo ÍBero-AmerICAno<br />

dores, permitia “por misericórdia” que eles fossem conduzidos até a sepultura no esquife<br />

<strong>da</strong> associação. 13 O quadro 2 nos informa o valor <strong>da</strong>s taxas cobra<strong>da</strong>s e o número<br />

<strong>de</strong> missas prometi<strong>da</strong>s pelos grêmios <strong>de</strong>votados à Dormição <strong>de</strong> Maria. 14<br />

QUADRO 2 - TAXAS E MISSAS<br />

<strong>Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> N. Sra. <strong>da</strong> <strong>Boa</strong> <strong>Morte</strong> Valores em oitava Número<br />

<strong>de</strong><br />

Sufrágios<br />

Locali<strong>da</strong><strong>de</strong> Ano Entra<strong>da</strong> Anui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Cachoeira 1730 1 ½<br />

Guarapiranga 1779 1 ½<br />

Bor<strong>da</strong> do Campo 1782 1 ½<br />

São João Del Rei 1786 1 ½ ½<br />

Vila Rica* Fins do séc. XVIII 1 ½<br />

Catas Altas 1822<br />

1 + 1 libra <strong>de</strong><br />

cera<br />

Observando os <strong>da</strong>dos, percebemos uma padronização entre as entra<strong>da</strong>s e anui<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São João Del Rei diferenciava-se por exigir <strong>de</strong> matrícula meia oitava<br />

<strong>de</strong> ouro a mais e a <strong>de</strong> Catas Altas porque requeria uma libra <strong>de</strong> cera. Com relação<br />

aos sufrágios, notamos que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> variou entre 4, 8 e 12, contudo, <strong>de</strong> acordo<br />

com as pesquisas <strong>de</strong> Marcos Magalhães <strong>de</strong> Aguiar (1999, p. 291-293), sabemos que<br />

estes índices estão <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois correspon<strong>de</strong>m ao costume praticado<br />

pelas associações negras e mulatas erigi<strong>da</strong>s em Minas Gerais durante o setecentos e o<br />

início do oitocentos.<br />

13 AEAM, Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> <strong>Boa</strong> <strong>Morte</strong> e <strong>As</strong>sunção uni<strong>da</strong> a Arquiconfraria <strong>de</strong><br />

São Francisco. Catas Altas do Mato Dentro: Compromisso (1822), décimo primeiro capítulo.<br />

14 Não tivemos acesso à documentação <strong>da</strong> irman<strong>da</strong><strong>de</strong> erigi<strong>da</strong> em Baependi e por isso não a<br />

incluímos no quadro 2. Quanto às associações <strong>de</strong> Campanha <strong>da</strong> Princesa e <strong>de</strong> Aiuruoca só<br />

consultamos as reformas <strong>de</strong> compromisso, cujas <strong>da</strong>tas – respectivamente 1840 e 1896 – são<br />

posteriores ao período que nos propomos a analisar. Contudo, para informar o leitor, explicitamos<br />

aqui os seguintes <strong>da</strong>dos: Campanha <strong>da</strong> Princesa – entra<strong>da</strong>: mil réis; anui<strong>da</strong><strong>de</strong>: quinhentos<br />

réis; missas em sufrágio <strong>da</strong>s almas dos irmãos <strong>de</strong>funtos: 12. Aiuruoca – entra<strong>da</strong>: três mil réis;<br />

anui<strong>da</strong><strong>de</strong>: mil réis; missas em sufrágio <strong>da</strong>s almas dos irmãos <strong>de</strong>funtos: 4.<br />

* Sobre os <strong>da</strong>dos utilizados para a irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vila Rica Cf. APM, CC: 2004, microfilme 127<br />

(2/7), E5. Livro <strong>de</strong> assento <strong>de</strong> irmãos <strong>da</strong> Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> <strong>Boa</strong> <strong>Morte</strong> <strong>de</strong> Vila<br />

Rica (1721-1765). AGUIAR, Marcos Magalhães <strong>de</strong>. Negras Minas Gerais: uma história <strong>da</strong> diáspora<br />

africana no Brasil Colonial. 1999. 402 f. Tese (Doutorado em História) – Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, 1999. p. 293.<br />

½<br />

8<br />

12<br />

12<br />

12<br />

8<br />

4

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